Robinson Faria diz não ter como resolver problemas de gestões desastrosas no RN em poucos meses

Ao desembarcar em Mossoró ontem, o governador Robinson Faria (PSD) incorporou o discurso do "retrovisor" e disse estar resolvendo problemas de décadas

de más administrações. "É um governo que está resgatando em pouco tempo a credibilidade. Estamos trabalhando em quase regime de plantão. É lógico que ninguém conserta gestões desastrosas de décadas em poucos meses, mas temos que andar para frente, eu aceitei o desafio e tenho coragem para governar", explicou.

O chefe do Executivo estadual disse ter uma relação tranquila com a Assembleia Legislativa. "É uma relação tranquila. Estivemos num café da manhã com 15 deputados e outros sete ligaram para justificar. É um clima de confiança e de harmonia", destacou.

Ele também analisou a crise com o deputado estadual José Dias. "O deputado José Dias é o maior amigo que tenho na Casa. Está comigo há 28 anos e é um amigo meu, um irmão mais velho, um conselheiro e foi um fato circunstancial que ele interpretou que eu tinha deixado a neutralidade. Eu compreendo a reação dele e de forma alguma isso afetou o meu carinho por ele", declarou.

Questionado qual seria o maior problema do Governo, Robinson falou que a maior prioridade é a segurança. "Tudo no Governo é complexo, mas elegi como prioridade a segurança pública. Inclusive vamos entregar o ônibus do crack e na outra semana mais dois carros e duas motos para a política pública de combate ao crack. Em Mossoró, um dos grandes clamores é a segurança. Avançamos na segurança e vamos avançar muito mais", disse.

Ele explicou que já tem o que destacar na segurança ao fazer um balanço positivo dos primeiros dias de gestão. "O balanço que eu faço é o que representa a verdade: sem otimismo, mas com toda honestidade é um balanço positivo. Começamos um governo com bastante aprovação popular porque mudamos o perfil na segurança pública. Reduzimos todos os indicadores e atendemos os comerciantes que estavam muito preocupados. Pela primeira vez na história pagamos diárias operacionais nas cidades polo, cidades importantes fora a capital", analisou.

COMPLEXO

Sobre a demora em relação à conclusão do Complexo Viário da Abolição, o chefe do Executivo disse que tudo está emperrado num imbróglio jurídico. "Sexta passada tivemos uma reunião de quase três horas para tratar das obras do Dnit e eu cobrei de imediato a situação no anel viário e há uma demanda judicial que estamos tentando contornar essa situação e retornar essa obra", afirmou.

Governador afirma querer diálogo com servidores do HM

O governador afirmou que está buscando uma solução para o impasse no Hospital da Mulher, que será visitado hoje pela manhã. "Estou em Mossoró para mostrar que quero dialogar com o Hospital da Mulher. Hoje pela manhã orientei o secretário de Planejamento, Gustavo Nogueira, e ordenei que ele fosse encontrar com o secretário doutor Lagreca para discutir as pendências e pagamentos", acrescentou.

O chefe do Executivo estadual reclamou da falta de planejamento das gestões anteriores na saúde. "Eu tomei conhecimento sábado da crise que não é só aqui. Estamos gerenciando uma crise na saúde que tem demandas de pagamentos atrasados de gestões passadas que desaguaram no meu governo e vamos encontrar a solução para honrar esses pagamentos para aqueles que ofereceram serviços e medicamentos", frisou.

O governador pediu paciência em relação ao setor hospitalar. "A saúde é muito mais complexa. Não se resolve em curtíssimo prazo. O governador está cumprindo o que prometeu em campanha. Está deixando o gabinete para visitar os hospitais. Já estivemos em nove. Estamos completando o ciclo nos principais hospitais para começar a cobrar resultados à nossa equipe", relatou.

Fonte: O Mossoroense