terça-feira, março 24, 2020

Alcolumbre diz que fala de Bolsonaro na TV é 'grave' e que país precisa de 'liderança séria'

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), divulgou uma nota na noite desta terça-feira (24) na qual afirmou que a fala do presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento na TV foi "grave" e que o país precisa de uma "liderança séria".

O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) — Foto: Roque de Sá/Agência Senado
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) — Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Na noite desta terça, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional no qual pediu "volta à normalidade" em meio à pandemia do novo coronavírus e o fim do "confinamento em massa". Afirmou também que meios de comunicação espalharam "pavor" na população.

"Neste momento grave, o país precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19", afirmou Alcolumbre na nota.

Dados sobre coronavírus
De acordo com o Ministério da Saúde, até esta terça, foram registradas 46 mortes no Brasil em razão da Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Além disso, segundo o ministério, há 2,2 mil casos confirmados.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que há no mundo mais de 375 mil casos de coronavírus, com 16,3 mil mortes confirmadas, em 195 países.

Íntegra
Leia a íntegra da nota de Alcolumbre:

Nota à imprensa

Neste momento grave, o País precisa de uma liderança séria, responsável e comprometida com a vida e a saúde da sua população. Consideramos grave a posição externada pelo presidente da República hoje, em cadeia nacional, de ataque às medidas de contenção ao Covid-19. Posição que está na contramão das ações adotadas em outros países e sugeridas pela própria Organização Mundial da Saúde (OMS).

Reafirmamos e insistimos: não é momento de ataque à imprensa e a outros gestores públicos. É momento de união, de serenidade e equilíbrio, de ouvir os técnicos e profissionais da área para que sejam adotadas as precauções e cautelas necessárias para o controle da situação, antes que seja tarde demais.

A Nação espera do líder do Executivo, mais do que nunca, transparência, seriedade e responsabilidade. O Congresso continuará atuante e atento para colaborar no que for necessário para a superação desta crise.

Fonte: G1
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Bolsonaro pede na TV 'volta à normalidade' e fim do 'confinamento em massa' e diz que meios de comunicação espalharam 'pavor'

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Contrariando tudo o que especialistas e autoridades sanitárias do país e do mundo inteiro vêm pregando como forma de evitar que o novo coronavírus se espalhe, o presidente Jair Bolsonaro criticou, em pronunciamento na noite desta terça-feira (24) em rede nacional de televisão, o pedido para que todas aqueles que possam fiquem em casa.

Bolsonaro culpou os meios de comunicação por espalharem, segundo ele, uma sensação de "pavor". E disse que, se contrair o vírus, não pegará mais do que uma "gripezinha".

Consultado, o Ministério da Saúde informou que não vai se posicionar sobre o pronunciamento do presidente.

"O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa. O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Por que fechar escolas?", declarou.

Segundo o presidente, "raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de idade. 90% de nós não teremos qualquer manifestação caso se contamine. Devemos sim é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nosso queridos pais e avós, respeitando as orientações do Ministério da Saúde".

"No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão. Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença."

Na fala, Bolsonaro disse que os meios de comunicação espalharam "pavor" e provocaram "histeria" no país.

"Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália. Um país com grande numero de idosos e com o clima totalmente diferente do nosso. O cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país", afirmou.

De acordo com o presidente, "percebe-se que, de ontem para hoje, parte da imprensa mudou seu editorial, pedem calma e tranquilidade. Isso é muito bom. Parabéns, imprensa brasileira. É essencial que o bom senso e o equilíbrio prevaleçam entre nós".

Íntegra
Leia abaixo a íntegra do pronunciamento:

Boa noite.

Desde quando resgatamos nosso irmãos em Wuhan na China numa operação coordenada pelos ministérios da defesa e Relações Exteriores surgiu para nós o sinal amarelo. Começamos a nos preparar para enfrentar o coronavírus, pois sabíamos que mais cedo ou mais tarde ele chegaria ao Brasil.

Nosso ministro da saúde reuniu-se com quase todos os secretários de saúde dos estados para que o planejamento estratégico de enfrentamento ao vírus fosse construído.

E desde então, o doutor Henrique Mandetta vem desempenhando um excelente trabalho de esclarecimento e preparação do SUS para o atendimento de possíveis vítimas.

Mas o que tínhamos que conter naquele momento era o pânico, a histeria e, ao mesmo tempo, traçar a estratégia para salvar vidas e evitar o desemprego em massa. Assim fizemos, contra tudo e contra todos.

Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam exatamente a sensação de pavor, tendo como carro chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália. Um país com grande numero de idosos e com o clima totalmente diferente do nosso. O cenário perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se espalhasse pelo nosso país.

Percebe-se que, de ontem para hoje, parte da imprensa mudou seu editorial, pedem calma e tranquilidade. Isso é muito bom. Parabéns, imprensa brasileira. É essencial que o bom senso e o equilíbrio prevaleçam entre nós.

O vírus chegou, está sendo enfrentado por nós e brevemente passará. Nossa vida tem que continuar. Os empregos devem ser mantidos. O sustento das famílias deve ser preservado. Devemos sim voltar à normalidade.

Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento de comércios e o confinamento em massa.

O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos. Por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de pessoas sãs com menos de 40 anos de idade. 90% de nós não teremos qualquer manifestação caso se contamine.

Devemos sim é ter extrema preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nosso queridos pais e avós, respeitando as orientações do Ministério da Saúde.

No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado com o vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como disse aquele famoso médico daquela famosa televisão.

Enquanto estou falando, o mundo busca um tratamento para a doença. O FDA americano e o hospital Albert Einstein, em São Paulo, buscam a comprovação da eficácia da cloroquina no tratamento do Covid-19. Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre esse remédio fabricado no Brasil e largamente utilizado no combate à malária, ao lúpus e à artrite.

Acredito em Deus, que capacitará cientistas e pesquisadores do Brasil e do mundo na cura dessa doença. Aproveito para render minha homenagem a todos os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros técnicos e colaboradores que na linha de frente nos recebem nos hospitais, nos tratam e nos confortam.

Sem pânico ou histeria, como venho falando desde o princípio, venceremos o vírus e nos orgulharemos de viver nesse novo Brasil que tem, sim, tudo para ser uma grande nação. Estamos juntos, cada vez mais unidos.

Deus abençoe nossa pátria querida.

Fonte: G1
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Governo do RN proíbe rede privada de saúde de negar atendimento durante pandemia do novo coronavírus

Os hospitais privados e organizações filantrópicas de saúde do Rio Grande do Norte estão proibidos de negar atendimento integral aos usuários do sistema de saúde particular e suplementar durante a pandemia do novo coronavírus. A determinação é do governo do Estado e foi publicada no Diário Oficial desta terça-feira (24).

Governo do RN proíbe rede privada de saúde de negar atendimento durante pandemia do novo coronavírus — Foto: Prefeitura de Itupeva/Divulgação
Governo do RN proíbe rede privada de saúde de negar atendimento durante pandemia do novo coronavírus — Foto: Prefeitura de Itupeva/Divulgação

De acordo com a portaria, assinada pelo secretário de Saúde Pública, Cipriano Maia, essas instituições devem elaborar planos de contingência para atender a essa parcela da população.

Ainda segundo a portaria, esses hospitais e organizações filantrópicas não podem recusar o atendimento e transferir os pacientes para hospitais de referência da rede pública.

Fonte: G1
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Coronavírus: governo do RN antecipa pagamento de aposentados para evitar aglomerações nos bancos

O governo do Rio Grande do Norte anunciou que vai pagar os salários de março dos aposentados e pensionistas na quinta-feira (26) e na sexta (27). O anúncio do adiantamento foi feito pelo Poder Executivo nesta terça (24). A intenção é evitar aglomeração nas agências bancárias.

Prédio da governadoria do Rio Grande do Norte — Foto: Thyago Macedo
Prédio da governadoria do Rio Grande do Norte — Foto: Thyago Macedo

Segundo o governo, os pensionistas e inativos da administração indireta serão os primeiros a receber, com depósito dos salários nesta quinta-feira (26). Na sexta (27) é a vez dos inativos da administração direta, além dos alunos soldados da Polícia Militar.

Ainda segundo o Poder Executivo, os ativos das administrações direta e indireta que ainda não receberam vão ter os salários depositados na terça-feira (31), de acordo com o calendário de pagamentos estipulado no início do ano.

O governo lembra que quem ganha abaixo de R$ 4 mil já recebeu seu salário integral no dia 14 de março. Foi pago nessa data também 30% dos vencimentos de quem recebe acima desse valor e a integralidade do salário para a categoria da Segurança Pública.

Fonte: G1
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Viação Nordeste suspende viagens como medida de prevenção ao coronavírus

O grupo de transporte Viação Nordeste comunicou que vai suspender as viagens programadas a partir desta quinta-feira (26) até o dia 2 de abril como medida de prevenção ao novo coronavírus.

Viação Nordeste vai parar atividades até 2 de abril — Foto: Divulgação
Viação Nordeste vai parar atividades até 2 de abril — Foto: Divulgação

De acordo com a empresa, já nesta quarta-feira (25) foram canceladas viagens com saídas de Natal, João Pessoa e Campina Grande. A Viação Nordeste atua ainda em municípios como Mossoró, Fortaleza e Aracati.

O comunicado destaca que após o dia 2 de abril será realizada uma nova análise da situação da doença no país e a partir daí haverá uma outra definição para os dias seguintes.

Os passageiros que têm passagens compradas para o período de paralisação das atividades poderão remarcar as viagens, segundo a empresa.

Fonte: G1
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Fila quilométrica de carros se forma em 'drive thru' de vacina contra a gripe em Natal

Uma fila quilométrica de carros se formou na Avenida Prudente de Morais nesta terça-feira (24), no entorno da Arena das Dunas, por causa da vacinação contra Influenza. O único ponto disponibilizado pela Prefeitura de Natal para o “drive thru” de vacina na capital foi a Arena, e muita gente procurou o serviço logo no primeiro dia de funcionamento.

A campanha tem como prioridade imunizar os idosos contra a gripe. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mil vacinas foram aplicadas nas três primeiras horas de operação. A SMS teme que as pessoas estejam confundindo a imunização contra a Influenza com a do novo coronavírus, que ainda não foi criada.

Os veículos se enfileiraram saindo da Arena das Dunas e subindo a Prudente de Morais até próximo ao cruzamento com a Rua Raimundo Chaves, onde atrapalharam o fluxo dos demais carros que circulavam pela região. A Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) foi acionada para controlar o trânsito.

A SMS acredita que pessoas de outros municípios foram até o local para serem vacinadas, porque há falta dos medicamentos de imunização em alguns lugares do Rio Grande do Norte.

Ainda de acordo com a SMS, nesta segunda (23), no posto da Praça Augusto Leite, no bairro Tirol, 1,5 mil vacinas foram aplicadas. A Secretaria ressalta que a campanha para imunização dos idosos segue até 15 de abril e que, na Arena das Dunas, o “drive thru” fica aberto das 8h até as 16h.

Carros ficaram enfileirados no entorno da Arena das Dunas, em Natal, por causa do "drive thru" de vacina contra grite — Foto: Reprodução
Carros ficaram enfileirados no entorno da Arena das Dunas, em Natal, por causa do "drive thru" de vacina contra grite — Foto: Reprodução

Fonte: G1
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Defensoria recomenda que planos de saúde não suspendam contratos de pessoas do grupo de risco no RN

A Defensoria Pública do Rio Grande do Norte (DPE) recomendou nesta terça-feira (24) que as operadoras de plano de saúde que atuam no estado não suspendam contratos neste período de pandemia do novo coronavírus. A recomendação, que será publicada nesta quarta-feira (25) no Diário Oficial do Estado (DOE), se refere sobretudo às pessoas inseridas no grupo de risco.

Plano de saúde também não devem negar internação — Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Plano de saúde também não devem negar internação — Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O texto indica que os planos de saúde não devem ser suspensos enquanto durar a situação de emergência e calamidade em saúde por conta do coronavírus. Segundo a Defensoria, neste período excepcional, as operadoras devem utilizar "meios menos gravosos de coação para a cobrança de dívidas", possibilitando, por exemplo, o parcelamento e não suspendendo as coberturas assistenciais.

O documento também recomenda que os planos de saúde não devem negar cobertura do custeio do exame para o diagnóstico do coronavírus - o que determina a Agência Nacional de Saúde.

É recomendado ainda pelos defensores públicos que os planos de saúde não neguem cobertura assistencial de internação hospitalar, principalmente em unidade de terapia intensiva. A recomendação se dá tendo em vista que o prazo máximo de carência para situações de urgência é de 24 horas, conforme a Lei dos Planos de Saúde. Assim, as operadoras não devem tentar transferir os pacientes para a rede pública de saúde nessa situação.

Segundo a DPE, também devem ser dispensadas as perícias prévias para autorização de procedimentos médicos e os planos de saúde devem adotar medidas para fornecimento de “receituários por um prazo maior de validade, nos casos de idosos, pacientes crônicos e com condições especiais, que fazem uso de medicamentos de uso contínuo, para evitar o deslocamento dos mesmos a clínicas e hospitais nesse período de situação de emergência em saúde”.

Os defensores recomendam também temporariamente a adoção dos procedimentos de telemedicina, como a teleorientação, o telemonitoramento e a teleinterconsulta, métodos recomendados pelo Conselho Federal de Medicina.

Além disso, devem ser estabelecidos canais eletrônicos de comunicação direta para atendimentos aos pacientes. Caso precise ser presencial, “dispense-se a presença física de pessoas em grupo de risco para a doença Covid-19, podendo tal atendimento ser realizado por pessoas com parentesco consanguíneo ou afim, independentemente de apresentação de procuração”.

Fonte: G1
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RN tem 478 casos suspeitos de coronavírus notificados em 64 municípios; veja lista

Os casos confirmados do novo coronavírus no Rio Grande do Norte subiram para 14, na manhã desta terça-feira (24) e o número de casos suspeitos saltaram para 478 (2 prováveis).

Dados foram divulgados pela Sesap — Foto: Getty Images
Dados foram divulgados pela Sesap — Foto: Getty Images

De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) 64 cidades potiguares registram suspeitas da Covid-19. (veja tabela abaixo).



Cidade Casos suspeitos
Assu                                   10
Angicos                          1
Areia Branca                     1
Augusto Severo                     1
Baía Formosa                     1
Baraúna                             9
Barcelona                             2
Bodó                                     3
Brejinho                             2
Caicó                             1
Canguaretama                     2
Caraúbas                             2
Carnaubais                     2
Ceará-Mirim                     2
Cerro Corá                             1
Doutor Severiano             2
Parnamirim                   29
Espírito Santo                    1
Extremoz                            2
Felipe Guerra                    4
Florânia                            1
Frutuoso Gomes                    1
Goianinha                            1
Governador Dix-Sep Rosado  3
Guamaré                           6
Ipueira                           2
Jardim do Seridó           1
Januário Cicco                   1
João Câmara                   2
Jucurutu                           3
Jundiá                           2
Lagoa D'Anta                   1
Lagoa de Velhos                   1
Lajes                                   3
Macaíba                              3
Macau                                 2
Montanhas                   1
Monte Alegre                   1
Monte das Gameleiras   1
Mossoró                         90
Natal                        200
Nísia Floresta                   3
Nova Cruz                           1
Parelhas                           4
Rio do Fogo                   3
Patu                                   2
Santa Maria                   1
Pau dos Ferros                   1
Pedro Velho                   2
Pilões                           1
Ruy Barbosa                   1
Santa Cruz                   2
Santana dos Matos           1
São Fernando                   1
São Gonçalo do Amarante   6
São João do Sabugi           3
São José de Mipibu           4
São José do Campestre   3
São Miguel do Gostoso   1
São Paulo do Potengi           1
Serra do Mel                   1
Tibau                           4
Tibau do Sul                   1
Touros                           1
RN                                454

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap)


Fonte: G1

No domingo (22) eram 13 casos confirmados no Rio Grande do Norte e 282 suspeitos. Ainda segundo o boletim da Sesap, 180 notificações foram excluídas e 44 descartados. O perfil dos casos suspeitos apresentado até o momento é predominantemente do sexo feminino, e na faixa etária entre 20 e 39 anos.

Os casos confirmados do novo coronavírus no Rio Grande do Norte subiram para 14, na manhã desta terça-feira (24) e o número de casos suspeitos saltaram para 478 (2 prováveis). De acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) 64 cidades potiguares registram suspeitas da Covid-19. (veja tabela abaixo).

No domingo (22) eram 13 casos confirmados no Rio Grande do Norte e 282 suspeitos. Ainda segundo o boletim da Sesap, 180 notificações foram excluídas e 44 descartados. O perfil dos casos suspeitos apresentado até o momento é predominantemente do sexo feminino, e na faixa etária entre 20 e 39 anos.

Fonte: G1
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Coronavírus: portaria limita a 10 quantidade de pessoas em enterros nos cemitérios públicos de Natal

O acesso a sepultamentos nos cemitérios públicos de Natal foi limitado para evitar aglomerações e possível propagação do novo coronavírus. A partir de agora, só é permitida a presença de, no máximo, 10 pessoas por cerimônia. A medida foi publicada na edição esta terça-feira (14) do Diário Oficial do Município.

Fachada do Cemitério do Alecrim, na Zona Leste de Natal — Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi
Fachada do Cemitério do Alecrim, na Zona Leste de Natal — Foto: Reprodução/ Inter TV Cabugi

Além da limitação da quantidade de gente nos enterros, a portaria determina que, em caso de óbito por Covid-19, o sepultamento será realizado com a urna lacrada. Todas cerimônias devem acontecer de forma rápida.

A mesma publicação também modificou o funcionamento dos cemitérios públicos. Os serviços administrativos, tais como retirada de documentos, atualizações cadastrais, transferência de titularidade, reformas ou construções nos jazigos ou covas estão suspensos.

Por outro lado, o expediente interno não passará por alteração, ocorrendo nos dois turnos (7h às 11h e 13h às 17) de domingo a domingo. Os cemitérios públicos da capital são: Bom Pastor I, Bom Pastor II, Alecrim, Igapó, Pajuçara, Redinha, Nova Descoberta e Ponta Negra.

Isenção de taxa
Segundo a Semsur, as pessoas de baixa renda que precisarem sepultar um familiar em um dos oito cemitérios de Natal estão isentas de pagar a taxa de R$ 237 referente ao enterro ou exumação.

Para estas pessoas, as isenções serão registradas no Livro Ata, diretamente nas administrações de cada cemitério, contendo todos os dados cadastrais do responsável pelo sepultamento. Ao fim do período de emergência, esse responsável deve ir até a Semsur para formalizar o processo de isenção.

Atendimento por telefone
A Secretaria de Serviços Urbanos (Semsur) orienta que, como alternativa para evitar a necessidade de comparecimento pessoal, as demandas relacionadas aos cemitérios públicos poderão ser resolvidas pelo telefone 3232-9843. O atendimento está disponível no horário das 9h às 14h, sempre de segunda a sexta-feira.

Fonte: G1
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Laboratório Central do RN recebe mais 200 testes para diagnóstico de coronavírus

O Laboratório Central do Rio Grande do Norte recebeu mais de 200 novos testes para diagnóstico do coronavírus - o Covid-19 - enviados pelo Ministério da Saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde (Sesap), os kits continuarão a ser enviados regularmente.

Laboratório Central do Rio Grande do Norte (Lacen) — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi
Laboratório Central do Rio Grande do Norte (Lacen) — Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi

Desde a última sexta-feira (20), o laboratório está realizando o processamento das amostras para o novo coronavírus. Os testes são realizados de acordo com os critérios clínicos e epidemiológicos estabelecidos pela Secretaria de Saúde Pública e após os resultados para Influenza e outros vírus respiratórios terem dado negativo.

O Laboratório Central do Rio Grande do Norte recebeu mais de 200 novos testes para diagnóstico do coronavírus - o Covid-19 - enviados pelo Ministério da Saúde. De acordo com a Secretaria de Saúde (Sesap), os kits continuarão a ser enviados regularmente.

Desde a última sexta-feira (20), o laboratório está realizando o processamento das amostras para o novo coronavírus. Os testes são realizados de acordo com os critérios clínicos e epidemiológicos estabelecidos pela Secretaria de Saúde Pública e após os resultados para Influenza e outros vírus respiratórios terem dado negativo.

Fonte: G1
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Instituto da UFRN divulga telefone para tirar dúvidas de pessoas com sintomas de coronavírus

O Instituto de Medicina Tropical da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) disponibilizou um serviço de teleatendimento à população com sintomas respiratórios ou suspeita do novo coronavírus - o Covid-19. O serviço fica disponível das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, através do telefone (84) 3342-2300.

Instituto de Medicina Tropical da UFRN — Foto: Anastácia Vaz/UFRN
Instituto de Medicina Tropical da UFRN — Foto: Anastácia Vaz/UFRN

De acordo com a instituição, durante as ligações, profissionais de saúde estarão disponíveis para tirar dúvidas e fornecer orientações por telefone com o objetivo de diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde e a propagação do vírus na comunidade.

Ainda segundo o Instituto, o serviço não vai oferecer consultas médicas, mas apenas orientações básicas, que inclui o direcionamento para a unidade de saúde adequada conforme os sintomas relatados, seguindo o plano de contingência do município de Natal.

Para realizar este serviço, o IMT contou com a cooperação da Superintendência de Informática da UFRN (Sinfo). No último domingo (22), o reitor José Daniel Diniz publicou uma carta em que anunciava o serviço e destacava outros frentes para apoiar o enfrentamento dessa crise.

Além desse serviço de teleatendimento que começa a funcionar, ele citou o esforço do IMT na busca de aquisição de insumos necessários para iniciar testes do Covid-19. Ainda não há detalhes sobre o serviço.

Os três hospitais universitários também estão atuando no apoio contra a disseminação desse novo vírus, segundo informou.

Fonte: G1
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Em carta a Bolsonaro e G-20, ONU fala em risco de pandemia "apocalíptica"

09.jan.2020 - Debate no Conselho de Segurança da ONU - Xinhua/Li Muzi

Numa carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro e aos demais líderes do G-20 na segunda-feira (23), o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apela para que as maiores economias do mundo se unam para dar uma resposta à crise gerada pelo coronavírus e que saiam ao resgate dos países mais pobres do mundo.

Caso contrário, o documento obtido pela coluna alerta para o risco de que o mundo seja atingido por uma "pandemia de proporções apocalípticas".

O G-20 irá manter uma reunião extraordinária nesta semana, ainda que encontros entre ministros tenham demonstrado a dificuldade do grupo em achar um plano comum.

Segundo Guterres, o mundo espera do G-20 "uma ação decisiva". Em sua avaliação, mesmo os países ricos enfrentam desafios e o impacto sócio-econômica será profundo.

O chefe da ONU também fala abertamente em uma recessão e indica que o Covid 19 vai exigir uma "resposta como nunca antes". "Um plano de guerra em termos de crise humana", disse na carta.

Para ele, o G-20 tem a oportunidade de demonstrar "solidariedade" com o mundo, especialmente com os mais vulneráveis.

Guterres divide a resposta em diferentes etapas. A primeira delas é de saúde, com uma cooperação capaz de "suprimir o vírus". Mas, para que isso ocorra, o vírus precisara derrotado em todas as partes do mundo.

Nos últimos dias, o governo americano tem usado o vírus para atacar a China, aprofundando a crise internacional. Para Guterres, o momento é de união e de cooperação para testar pessoas com sintomas e isola-los, fazer avançar a ciência e lidar com restrições de movimentos. A 

ONU também pede coordenação para garantir que suprimentos médicos possam continuar a circular pelo mundo, que os governos se comprometam a não barrar a exportação de equipamentos e remédios e que os locais mais necessitados sejam auxiliados. Guterres também defende que países em desenvolvimento tenham acesso a recursos para dar uma resposta aos bilhões de habitantes nessa região do mundo. 

"Qualquer coisa que não atenda esse compromisso poderia levar a uma pandemia de proporções apocalípticas afetando a todos nós", escreveu o secretário-geral. 

Ele também pede que as sanções impostas sobre países sejam suspensas para permitir o acesso a alimentos e remédios.

Estímulo

Guterres também pede que governos adotem planos de estímulo para minimizar os impactos sociais. Segundo ele, a crise vai ser medida em "trilhões de dólares" e o G-20 terá de injectar recursos de mais de 10% do PIB mundial.

Ele também pede que regras fiscais sejam ignoradas. "Estamos em um período sem precedentes", disse.

Para ele, não há uma crise bancária e, portanto, a ajuda terá de ser focada em pessoas e famílias. Algumas ações neste sentido têm sido adotadas. Mas ele aponta que não são suficientes.

"Peço aos líderes do G-20 que considerem um pacote urgente de grande escala de trilhões de dólares", disse. O dinheiro precisa chegar às pequenas empresas, trabalhadores e famílias. Isso inclui perdão de dívidas, incentivos fiscais, queda de taxa de juros, crédito e apoio a salários.

Em sua avaliação, o G-20 também precisa estabelecer um pacote para ajudar os países mais pobres, inclusive para que possa se proteger. Sua tese é de que se o vírus se proliferar nas áreas mais pobres do mundo, a possibilidade de o erradicar fica afastada.

Nesta quarta-feira, Guterres ainda lançará um apelo global para que um resgate humanitário seja estabelecido.

Outro apelo do chefe da ONU aos líderes do G-20 se refere ao modelo de recuperação a ser adotado. Para ele, a economia mundial precisa criar uma estratégia de desenvolvimento mais inclusiva e sustentável. 

"A crise atual é um lembrete do destino comum da humanidade e da necessidade de investimentos para reduzir os riscos catastróficos de uma pandemia", disse. Para ele, uma resposta devem envolver investimentos em saúde pública e redes de proteção.

"A crise financeira de 2008 demonstrou que os países com sistemas de proteção social robustos foram os que menos sofreram e se recuperaram mais rapidamente de seu impacto", disse.

"Estou convencido de que só a coordenação internacional pode evitar o pior cenário possível. Uma mensagem unificada de ação concertada dos líderes do G-20 é agora mais do que nunca necessária", completou.

Fonte: Uol
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MP abre brecha para que funcionário contaminado no trabalho seja demitido

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João (nome fictício) é economista e, portanto, poderia trabalhar de casa, mas está sendo obrigado pela empresa a ir ao escritório. Além do medo de pegar a covid-19 e de ser obrigado a infringir as recomendações de saúde de ficar em casa, ele não sabe que, se contrair o vírus no trabalho, pode ser demitido assim que voltar da licença médica.

Foi justamente este um dos precedentes permitidos pela medida provisória (MP) 927/2020, publicada no domingo (22) pelo governo e que prevê flexibilizações trabalhistas em tempos de pandemia.

O texto gerou fortes críticas não apenas nas redes sociais, mas também do Ministério Público do Trabalho, de associações de juristas e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, por permitir, entre outras mudanças, que empresas pudessem suspender por quatro meses contrato e salário de seus funcionários, deixando-os sem rendimentos. Após repercussão negativa, o governo editou nova MP na noite de segunda (23) suspendendo o artigo 18 (o que permitia a suspensão dos contratos). No entanto, demais pontos da MP não foram alterados.

Um deles, o artigo 29, afirma que os "casos de contaminação pelo coronavírus (covid-19) não serão considerados ocupacionais", ou seja, não serão considerados acidentes ou doenças de trabalho, exceto quando o trabalhador conseguir comprovar que essa contaminação aconteceu no escritório, comércio ou fábrica.

Segundo especialistas trabalhistas ouvidos pela Repórter Brasil, a relação entre a doença e o ambiente de trabalho é um dos poucos casos hoje em que o trabalhador possui garantia de estabilidade no emprego —após retornar da licença médica, ele não pode ser demitido durante 12 meses. Ou seja, ao dificultar a responsabilização da empresa, o governo abre a porta para a demissão justo em um momento de possível crise econômica generalizada.

Todas as pessoas que não têm escolha de parar de trabalhar, como um porteiro, terão que comprovar que adquiriram o vírus no trabalho. Mas é complicado comprovar, porque é uma doença viral, e o corpo elimina o vírus depois de um tempo.

Valdete Souto Severo, presidente da Associação de Juízes para a Democracia

Além de retirar direitos do trabalhador, a MP incentiva que empresas continuem em funcionamento normal e colocando seus trabalhadores em risco.

Esse artigo mostra para quem a lei foi feita: para a classe patronal. É como se o governo estivesse dando um salvo-conduto para a empresa: 'coloca esse trabalhador em exposição'.

Valdete Souto Severo, da Associação de Juízes para a Democracia

O advogado trabalhista Fernando José Hirsch, sócio do escritório LBS Advogados, concorda. "É uma medida para proteger o empresário, para fazer com que as empresas funcionem, o que é o inverso do que seria recomendado do ponto de vista da saúde", afirmou.

Em caso de contaminação no escritório, o trabalhador poderia alegar que adquiriu o vírus por ser impedido de fazer quarentena, afirmou Hirsch, mas vai precisar demonstrar que estava sem máscara, que não tinha álcool em gel e que a contaminação não ocorreu em outro lugar, o que não é tão simples.

Ao tornar subjetiva a responsabilização da empresa em caso de contaminação, a MP também tem grave impacto nos casos de mortos em decorrência do vírus, já que dificulta a obtenção de indenização na Justiça. Isso afeta não apenas as famílias de funcionários contaminados, mas também aquelas em que algum membro do grupo de risco morreu após ser exposto a um trabalhador infectado em ambiente profissional.

"A família fica totalmente sem respaldo, e isso vai na contramão do que decidiu o Supremo Tribunal Federal recentemente em relação a esta questão da responsabilidade do empregador por dano decorrente por doenças no trabalho ou exposição a riscos. A responsabilidade é objetiva do empregador, segundo o STF", afirmou a presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), Alessandra Camarano Martins.

Trabalhador demitido pode ir à Justiça

Em caso de demissão após adquirir o coronavírus no emprego, o trabalhador pode entrar com um processo na Justiça, segundo Ângelo Fabiano Farias da Costa, da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho. "Tem chances de ele ser reintegrado judicialmente no trabalho ou ser indenizado pelo período de 12 meses."

No caso da indenização pela contaminação, ela poderia ser pedida em uma ação de responsabilidade civil. Costa destacou ainda que, no caso de situações coletivas, como o de um surto no ambiente de trabalho, os trabalhadores poderão denunciar o caso ao Ministério Público do Trabalho, que poderá entrar com ação contra a empresa.

No entanto, o problema de depender da Justiça para comprovar a responsabilidade da empresa é que, com a recente reforma trabalhista, o trabalhador poderá ser condenado a pagar os honorários advocatícios e periciais caso não tenha ganho de causa.

O governo quer evitar uma enxurrada de ações requerendo estabilidade alegando que foi doença de trabalho.
Ângelo Fabiano Farias da Costa, da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho

MP dificulta comprovação

A comprovação do contágio no escritório é dificultada pela própria MP, segundo Camarano Martins, uma vez que seu artigo 15 suspende, durante o estado de calamidade pública, "a obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares", com exceção dos exames demissionais, que poderá ser feito 60 dias após o encerramento do estado de calamidade pública.

Como vai ser possível saber se houve contágio no escritório ou não se o trabalhador está sem exame médico periódico e se o exame demissional só ocorrerá depois de 60 dias?
Alessandra Camarano Martins, presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat)

O exame demissional atesta as condições do trabalhador no momento de seu desligamento e tem como finalidade garantir que ele não será dispensado pela empresa com problemas de saúde decorrentes do exercício de sua atividade profissional. Hoje, o laudo desse exame é obrigatório para que a rescisão do contrato de trabalho seja homologada.

Além de dificultar o acesso aos direitos decorrentes de acidente de trabalho, a suspensão dos exames médicos periódicos pode, inclusive, colocar mais trabalhadores em risco.

Ela dificulta o diagnóstico do coronavírus, que já está dificultado porque não tem teste para todo mundo.
Alessandra Camarano Martins, presidente da Abrat

Em tempos de pandemia, os exames periódicos feitos pelos médicos das empresas poderiam estar ajudando a identificar casos suspeitos de contaminação pela doença, sugerindo o isolamento desses trabalhadores para que não contagiem seus colegas.

Alguns advogados ponderam que, em alguns casos, a suspensão dos exames médicos periódicos é, sim, justificada, uma vez que evita que um trabalhador em home office seja obrigado a sair de sua residência apenas por uma formalidade burocrática. O problema é a forma como isso impacta o trabalhador que continua na ativa.

A mudança promovida pelo governo não deve ter efeito para os profissionais da saúde, que são os mais expostos ao risco de contágio por coronavírus, porque a ligação é óbvia, diz a presidente da AJD. No entanto, o mesmo não se aplica a outros trabalhadores —como os da área do comércio, telemarketing, jornalismo, indústria e funcionalismo público, que ainda estão obrigados a trabalhar.

Preocupado em legislar em favor das empresas, dizem especialistas, o governo se esqueceu de pontos importantes para o trabalhador neste momento, como sobre a dispensa da necessidade de atestado médico para caso de afastamento por suspeita de coronavírus. A OMS tem recomendado que se evite procurar o sistema de saúde em caso de sintomas leves da doença, orientando que as pessoas fiquem imediatamente em quarentena, para reduzir o risco de contágio, só procurando um hospital em caso de agravamento dos sintomas.

"Isso é mais uma prova de que o governo não está preocupado com a saúde da população. A orientação do governo tinha que ser de a empresa dispensar todos, independentemente de atestado. A MP não tem uma única linha sobre isso", diz Severo.

Essa MP tem um caráter simbólico: enquanto o mundo está parado, esperando dos seus governos uma posição, nosso governo dá como resposta que vai precarizar mais, tirar direitos e suspender qualquer exigência em segurança e saúde do trabalho. Qual é o recado social que está sendo dado aqui?
Valdete Souto Severo, presidente da Associação de Juízes para a Democracia

Fonte: Uol
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Aneel suspende por 90 dias cortes no fornecimento de luz por inadimplência

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A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) suspendeu por 90 dias a possibilidade de cortes no fornecimento de energia elétrica em caso de inadimplência do consumidor por conta da pandemia do novo coronavírus. A medida vale para distribuidoras de eletricidade de todo o país.

A decisão foi tomada depois que alguns estados começaram a levantar a possibilidade de adotar a medida de forma unilateral. Segundo a Aneel, a resolução aprovada na reunião desta terça (24) uniformiza o entendimento sobre o assunto e poderá ser estendida após o fim do prazo inicial.

"Essa decisão visa assegurar a preservação do fornecimento aos consumidores mais vulneráveis e dar uniformidade ao tratamento aplicado pelas empresas de energia elétrica, uma vez que governos estaduais e municipais têm emitido decretos nesse sentido", afirmou o relator da proposta, diretor Sandoval Feitosa.

A suspensão vale para unidades residenciais urbanas e rurais, incluindo baixa renda, além de serviços e atividades consideradas essenciais, como unidades de saúde, segurança pública, instalações de telecomunicações, e produção de centro de produção de vacinas, soros e combustíveis, entre outras.

A agência pediu, porém, que os consumidores que têm condições mantenham os pagamentos, para ajudar a manter o funcionamento de toda a cadeia do setor elétrico e o pagamento do salário dos funcionários das empresas.

"Além de ser uma medida de cidadania, ela [a manutenção do pagamento por aqueles que podem pagar] permitirá que possamos abraçar aquelas pessoas que eventualmente não possam fazer o pagamento", disse Feitosa.

"Aqueles que têm condições de pagar a conta de luz é importante que assim o façam para que a gente consiga atravessar esse período de calamidade com o equilíbrio desejado", reforçou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.

O consumo residencial responde por 47% do faturamento das distribuidoras. A suspensão do corte no fornecimento não impede que a distribuidora tome outras medidas para cobrar as contas em atraso, como a negativação de inadimplentes em cadastros de crédito.

Na reunião, a agência também suspendeu medições presenciais de consumo e entregas da fatura impressa. No primeiro caso, as distribuidoras poderão calcular o valor da conta com base em média de consumo. As contas de luz deverão ser digitais.

A Aneel permitiu ainda que as distribuidoras suspendam o atendimento presencial ao público para evitar riscos de contágio. As empresas estão sendo orientadas a intensificar o uso de canais eletrônicos. A suspensão deverá ser amplamente divulgada à população.

Durante o período de calamidade, as distribuidoras terão ainda que priorizar o atendimento a serviços e atividades essenciais e elaborar planos de contingência para atender hospitais e unidades de saúde em caso de problemas no abastecimento.

Os desligamentos programados no fornecimento para manutenção terão que ser limitados àqueles considerados "estritamente necessários". O prazo para pedidos de ressarcimento por danos em equipamentos provocados por oscilações no fornecimento também foi suspenso.

A decisão alivia a pressão de autoridades sobre o setor. Na semana passada, o governador do Rio Wilson Witzel (PSC) chegou a propor em entrevista a suspensão dos pagamentos da conta de luz durante a crise, proposta criticada pelas distribuidoras pelo risco de gerar inadimplência generalizada na cadeia de suprimento.

Fonte: Folha de São Paulo
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Coronavírus: quem deve usar máscara? Pode ser de tecido? Tire dúvidas

iStockA expectativa do que está por vir com o aumento nos casos positivos do novo coronavírus no Brasil tornou comum encontrarmos pessoas utilizando máscaras cirúrgicas ao andar na rua (os que se arriscam, já que a recomendação é ficar em casa e sair apenas quando realmente necessário) —um costume que antes era observado com mais frequência apenas nos países asiáticos, onde muito usavam o acessório para se proteger da poluição. 

Mas a prática não é recomendada nem pela OMS (Organização Mundial da Saúde) nem pelo Ministério da Saúde se você está saudável.

Dúvidas sobre o uso de máscaras

Quem deve usar máscara? E por quê?

"O uso da máscara só é justificado se você estiver com algum sintoma respiratório, pois aí evita que as gotículas que venham de tosse ou do espirro sejam espalhadas no ambiente", explica o infectologista Ivan Marinho, do Hospital Leforte, em São Paulo. Fora esse caso, ele diz, o uso não deve ser feito simplesmente porque não vai servir para nada —pode até facilitar a contaminação, já que muitas pessoas colocam mais a mão no rosto na tentativa de ajustar o acessório.

"A máscara não vai proteger contra a contaminação e a pessoa ainda vai reduzir o volume do produto no mercado para quem realmente precisa, como os agentes de saúde", avalia o profissional. Algumas pessoas questionam se infectados sem sintomas não deveriam também usar máscara, já que esses são os principais transmissores do coronavírus. Isso não faz sentido simplesmente porque a pessoa sem sintomas não vai ficar tossindo ou espirrando. Nesse momento, a recomendação para assintomáticos não espalharem o vírus é evitar o contato social.

Que tipo de máscara é mais recomendado para casos de coronavírus?

Desde que a pandemia chegou ao país, duas máscaras estão sendo bastante procuradas: a cirúrgica descartável, feita de um material chamado não-tecido e que é mais popularmente encontrada nas farmácias e deve ser usada por quem apresenta sintomas como febre e tosse, ou por quem está cuidando de pessoas doentes.

E o modelo N-95, elaborada para profissionais de saúde, pois impede a passagem de partículas pequenas contaminantes, como os aerossóis (expelidos geralmente durante o processo de intubar ou aspirar o paciente).

Máscaras feitas de sacola plástica ou garrafa pet são permitidas?

Assim como aconteceu na China no auge da epidemia, o brasileiro resolveu improvisar criando máscaras com sacola plástica e até garrafa pet. No entanto, o uso de outros materiais para a confecção de máscaras não tem comprovação científica. Pior: sacolas plásticas, por exemplo, podem provocar sufocamento no usuário e, por isso, não são recomendadas.

"O risco também existe em quem usa essas máscaras improvisadas", afirma o infectologista João Prats, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo. "Não sabemos como fica a qualidade do ar e o nível de umidade próximo ao rosto durante o uso, o que pode facilitar o aparecimento de outras doenças", afirma o especialista.

Máscara de tecido comum é segura?

Nas redes sociais, há diversos vídeos ensinando a fazer máscaras de tecido comum (como tricoline) —uma ação supostamente apoiada após uma fala do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, em que ele diz para usar a versão caseira ao sair de casa e poupar o estoque para os profissionais de saúde.

Mas esse modelo não é seguro. O mesmo vale para colocar um lenço ou echarpe no rosto. Além de não estarem dentro dos padrões vigentes da Anvisa, o tecido não tem a trama fechada o suficiente para impedir a transmissão do vírus para o ambiente. "Além disso, a modelagem feita sem medidas específicas contribui para que o ajuste no rosto seja ruim, deixando a pessoa em risco de qualquer maneira", avalia o infectologista Leonardo Weissmann, conselheiro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).

Em nota enviada ao VivaBem, o Ministério da Saúde disse que Mandetta "não recomendou que as pessoas façam máscaras de pano. Ele estava exemplificando uma situação, para ressaltar que as pessoas devem fazer o uso racional desse insumo que é muito mais necessário aos profissionais de saúde e às pessoas que estão com sintomas".

Pode lavar a máscara e usá-la de novo?

Não. A matéria-prima utilizada nas máscaras acaba se modificando quando é lavada, fazendo com que ela perca suas funções de proteção. A recomendação dos órgãos oficiais é utilizar o acessório por até duas horas, no máximo.

No caso dos profissionais da saúde, no entanto, a situação é mais delicada. Recentemente, temendo a escassez do produto, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia recomendou aos profissionais que, se necessário, reutilizassem as máscaras N-95 utilizando uma máscara cirúrgica comum por cima. 

Em nota técnica posterior, a Anvisa não recomenda a prática, "pois além de não garantir proteção de filtração ou de contaminação, também pode levar ao desperdício de mais um EPI [equipamento de proteção individual], o que pode ser muito prejudicial em um cenário de escassez", diz o documento.

No entanto, o próprio órgão afirma que, excepcionalmente, "em situações de carência de insumos e para atender a demanda da epidemia da covid-19, a máscara N-95 ou equivalente poderá ser reutilizada pelo mesmo profissional", desde que ela tenha sido retirada de forma a minimizar a contaminação.

Como deve ser feito o descarte da máscara?

Idealmente, como é um material com potencial de contaminação, a máscara se encaixa na categoria de lixo hospitalar e deveria ser destinada ao descarte específico. "Mas isso não é realista", afirma o pneumologista Elie Fiss, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Segundo ele, o correto é retirar a máscara evitando contato com a parte da frente e colocá-la em um saco plástico. Jogue em uma lixeira fechada e lave as mãos com água e sabão imediatamente após o descarte, evitando tocar em qualquer superfície.

Eu não tenho máscara. E agora?

Se você está saudável, o acessório não é necessário para manter você protegido. O mais importante é seguir as recomendações do Ministério da Saúde, como lavar as mãos com água e sabão, utilizar álcool em gel quando não for possível e permanecer em casa, saindo apenas quando realmente necessário.

Mas se você estiver com sintomas de doença respiratória, o indicado é permanecer em casa em isolamento, sempre com pelo menos um metro de distância de outras pessoas. Se for tossir ou espirrar, usar a dobra do braço no rosto e nunca as mãos.

Fonte: Viva Bem
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