terça-feira, janeiro 21, 2020

'Vendi meu cabelo por US$ 2 para poder alimentar meus filhos'

"Meu filho de 7 anos, Kaliyappan, voltou da escola e pediu comida. Depois, começou a chorar por causa da fome", diz Prema Selvam.

Prema teve dificuldades para alimentar seu filhos depois de o marido se matar; raspar a cabeça foi uma forma de conseguir dinheiro — Foto: BBC
Prema teve dificuldades para alimentar seu filhos depois de o marido se matar; raspar a cabeça foi uma forma de conseguir dinheiro — Foto: BBC

Mas a mãe, de 31 anos, que mora no distrito de Salem, em Tamil Nadu, na Índia, não tinha nada e ficou desesperada.

Naquela sexta-feira, 3 de janeiro, ela nem mesmo cozinhou, porque estava sem mantimentos.

Prema chegou ao fundo do poço após uma sequência trágica de acontecimentos.

'Partiu meu coração'

Prema sofreu ao ver o filho mais velho, Kaliyappan (de camisa vermelha), passar fome — Foto: BBC
Prema sofreu ao ver o filho mais velho, Kaliyappan (de camisa vermelha), passar fome — Foto: BBC

"Eu não tinha nada para dar. Isso me fez sofrer, partiu meu coração. Pensei qual seria o sentido de viver, se não posso alimentar meus próprios filhos?" ela disse à BBC.


Prema não tinha dinheiro, bens, joias, objetos de valor ou mesmo utensílios de cozinha que pudessem ser vendidos.

"Eu só tinha alguns baldes de plástico." Então, ela percebeu que tinha algo que poderia vender.

Venda de cabelo por peso
"Lembrei de uma loja que comprava cabelos. Fui até lá e vendi todo meu cabelo por 150 rúpias (US$ 2, ou R$ 8)", disse Prema.

O cabelo humano é comercializado globalmente e a Índia é o principal exportador. Depois que o cabelo é vendido, os fios são usados ​​para produzir implantes.

Alguns devotos hindus oferecem seus cabelos em templos quando suas orações são atendidas.

Os revendedores compram os cabelos e vendem no exterior.

Suicídio do marido
O dinheiro que recebeu pela venda do cabelo poderia comprar um almoço em um restaurante de classe média em uma cidade maior. Mas, na aldeia dela, ela conseguiu comprar muito mais.

"Consegui três pacotes de arroz cozido, cada um custando 20 rúpias (R$ 1,17), para os meus três filhos."

Ela compartilhou a comida com os filhos, mas foi uma vitória momentânea.

Prema sabia que havia esgotado sua última opção e começou a se preocupar com a próxima refeição da família.

Durante anos, ela trabalhou com o marido na fabricação de tijolos e eles ganharam dinheiro suficiente apenas para os gastos básicos.

Seu marido havia feito um empréstimo para montar seu próprio forno de tijolos, mas os planos nunca decolavam e a frustração tomava conta.

Ele nunca conseguia dinheiro suficiente e se viu em um estado de desespero. Ele se matou há sete meses.

Depois de vender o cabelo e sem ninguém para apoiá-la, Prema pensou em seguir o mesmo caminho.

Tentativa de suicídio
"Fui a uma loja e pedi um pesticida."

Mas, notando seu estado de angústia, o vendedor se recusou a atender ao pedido.


Ela chegou em casa e decidiu tentar outra coisa. Arrancou sementes das plantas de oleandro e começou a triturá-las para fazer uma pasta.

Felizmente, a irmã dela, que mora no bairro, apareceu e a impediu de tomar a mistura venenosa.

Prema diz que a pressão para pagar o dinheiro emprestado pelo marido acabou com ela.

Trabalho pesado
Desde a morte do marido, Prema é a única fonte de renda da família. Ela continua fabricando tijolos — um trabalho exigente fisicamente, mas cuja remuneração é melhor que a do trabalho agrícola.

"Quando vou ao trabalho, recebo 200 rúpias (R$ 11,71) por dia, o que é suficiente para nossa família", diz Prema.

Ela normalmente leva seus dois filhos pequenos porque eles não têm idade suficiente para ir à escola.

Mas, durante os três meses anteriores à venda dos cabelos, ela muitas vezes adoecia, o que significava que não podia ganhar dinheiro suficiente.

"Eu não conseguia carregar uma carga pesada de tijolos. Fiquei em casa a maior parte do tempo, com febre."

Dívidas
Prema começou a deixar de pagar os empréstimos. Quando os credores começaram a pressionar, suas frustrações aumentaram.

Ela é analfabeta e não conhecia os programas do governo que prestam ajuda a pessoas em situações como a dela.

O sistema bancário formal na Índia está repleto de regras complicadas que dificultam o acesso das comunidades pobres ao crédito a taxas de juros mais baixas.

Prema e seu marido haviam tomado empréstimos de credores locais e vizinhos.

Por se tratarem de empréstimos sem garantias, o custo era alto.

Quando Prema adoeceu repetidamente, começou a ganhar cada vez menos dinheiro, o que a deixou em profundo desespero.

Ajuda de um desconhecido

Bala Murugan conseguiu arrecadar mais de US$ 1.600 em um dia — Foto: BBC
Bala Murugan conseguiu arrecadar mais de US$ 1.600 em um dia — Foto: BBC

Poucos dias depois de Prema chegar ao fundo do poço, uma ajuda externa apareceu.

"Conheci Prema pelo meu amigo Prabhu, dono de um forno de tijolos nessa região", disse Bala Murugan.

A luta de Prema o lembrou do momento mais difícil da família dele. Bala sabe bem como a pobreza pode levar as pessoas ao desespero.

"Quando eu tinha 10 anos, minha família ficou sem comida. Minha mãe vendeu nossos livros e jornais antigos por peso e comprou arroz."

Desesperada, a mãe de Bala queria acabar com a própria vida e a de sua família.

Ele se lembra de sua mãe fazendo fila com ele e suas irmãs. "Minha mãe primeiro tomou algumas pílulas e, depois disso, quando minha irmã estava prestes a engolir as pílulas, minha mãe a impediu."

Ela mudou de ideia no último momento.

A família levou a mãe a um médico, que conseguiu salvar sua vida.

Após o incidente e anos de luta, Bala saiu da pobreza e agora tem uma empresa de computação gráfica.

Conselho de amigo
Bala contou a Prema sobre sua família e a encorajou a ter esperança.

Junto com seu amigo, Prabhu, deu a ela um pouco de dinheiro para comprar comida. Então, Bala escreveu no Facebook sobre o que havia acontecido.

"Em um dia, arrecadei 120.000 rúpias (US$ 1.670, ou R$ 7 mil). Quando contei a Prema, ela ficou muito feliz e disse que era o suficiente para pagar a maior parte de seu empréstimo."

Mas, a pedido de Prema, a captação de recursos foi interrompida. "Ela disse que voltaria ao trabalho e pagaria o resto", disse Bala.

Agora ela precisa pagar cerca de 700 rúpias (US$ 10 ou R$ 41) por mês para diferentes credores.

Autoridades do governo também prometeram ajudá-la a montar seu próprio comércio.

Infelizmente, a história de Prema não é única. Apesar do crescimento econômico da Índia, milhões de pessoas como ela lutam para colocar comida na mesa.


Segundo o Banco Mundial, a Índia abriga o segundo maior número de pessoas extremamente pobres (que ganham menos de US$ 1,90 por dia) no mundo, atrás apenas da Nigéria.

Nova vida
Bala Murugan disse a Prema que continuará dando apoio à família.

"Agora percebo que foi a decisão errada (de tentar suicídio). Vou conseguir pagar o restante do empréstimo."

Prema diz que ficou impressionada com a ajuda que recebeu de pessoas desconhecidas, e disse que foi fundamental para que ela se animasse.

Onde buscar ajuda no Brasil?
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (saúde da família, postos e centros de saúde)
UPA 24h
Samu 192
Hospitais
Pronto-socorro
CVV - Centro de Valorização da Vida (apoio emocional e prevenção do suicídio)

188 (ligação gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular)
www.cvv.org.br (Chat, Skype ou e-mail)

Fonte: G1
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Parlamentar iraniano oferece US$ 3 milhões para quem matar Trump

Um deputado do Irã ofereceu US$ 3 milhões (cerca de R$ 12,6 milhões) para quem matar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para vingar a morte do importante militar iraniano em um ataque americano no Iraque, informou a agência ISNA nesta terça-feira (21).

O presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso no dia 19 de janeiro de 2020 — Foto: Reuters/Kevin Lamarque
O presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso no dia 19 de janeiro de 2020 — Foto: Reuters/Kevin Lamarque

Ahmad Hamzeh, um membro pouco conhecido do parlamento, fez a oferta em nome de Kerman, cidade natal de Qassem Soleimani, que morreu em 3 de janeiro em um ataque com um drone americano na capital iraquiana e foi enterrado em nesta localidade.

"Daremos US$ 3 milhões a quem matar Trump", disse Hamzeh, que representa o condado de Kahnuj, perto de Kerman, informou a agência ISNA.

O que ele não explicou é quem pagará a recompensa, anunciada um mês antes das eleições legislativas.

As autoridades iranianas prometeram vingança pela morte de Soleimani, uma das figuras públicas mais populares do Irã e cuja morte exacerbou o sentimento antiamericano no país.

Fonte: G1
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Base aliada do governo terá palanque dividido

A governadora do Estado, Fátima Bezerra (PT), já avisou que o partido deverá lançar candidato próprio a prefeito de Natal, mas sua base de apoio pode se fragmentar na disputa municipal. Partido do vice-governador Antenor Roberto, o PC do B já tem pré-candidato ao pleito majoritário, o ex-presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Rio Grande do Norte (Sindfern), Fernando Freitas, que inscreveu sua pré-candidatura no dia 15. “Não vejo problema nenhum. Esse momento agora é de debater Natal, inclusive estamos juntos com outros 6 partidos (PT, PC DO B, PV, PSB, REDE, CIDADANIA e PSTU) políticos fazendo Seminários sobre a Revisão do Plano Diretor de Natal”, disse ele.

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Fátima Bezerra confirmou que PT terá candidato próprio 

Fernando Freitas afirmou que “estamos criando grupos temáticos para fazermos o diagnóstico e prognóstico das principais políticas públicas tais como Saúde, Educacao, Segurança, Mulheres, Juventude dentre outras”.

Freitas declarou, ainda, que “a nossa tática é de formação de uma frente ampla em defesa de uma Natal cada vez melhor, mais inclusiva, geradora de oportunidades e empregos, e mais segura para todos”.

O presidente do Comitê Municipal do PC do B, Christian Lira, disse que a decisão sobre a homologação de candidaturas ocorrerá na convenção do partido, em julho. “Até lá, naturalmente, cabe à candidatura viabilizar-se politica e eleitoralmente”.

Mesmo com a pré-candidatura de Fernando Freitas a prefeito de Natal, Christian Lira admite que “alianças nunca serão descartadas. Sobretudo para nós, que defendemos a formação de uma frente ampla contra o fascismo”.

Segundo Lira, o PC do B “perseguirá a formação de uma frente ampla de forças políticas também na esfera municipal”, inclusive uma coligação com o PT, caso não se confirme a candidatura de Freitas: “É uma possibilidade. Como o inverso também”.
Lira disse que para o Comitê Municipal, a candidatura de Fernando Freiras “deve atuar com amplitude de visão política, mostrando-se como polo aglutinador de forças capaz de contribuir para a formação de uma frente ampla municipal”.

Resultado de imagem para Base aliada do governo terá palanque divididoFernando Freitas oficilizou que pretende concorrer pelo PCdoB 

“Outros militantes podem pleitear essa condição”, explicou Lira: “Cabem a eles, como já disse, viabilizarem suas respectivas pré-campanhas”.

Com graduação em engenharia e pós-graduado em Gestão Pública, Fernando Freitas integrou a equipe do Governo Filma de Faria (2003/2010), tendo atuado como subsecretário estadual de Habitação e de Obras Públicas.

Mesmo não integrando a coligação que elegeu Fátima Bezerra no primeiro turno das eleições de 2018, o PSB que a apoiou no segundo turno, também deve lançar candidato a prefeito de Natal, o deputado Hermano Morais, que no começo do primeiro semestre deixou o MDB e no fim do ano filiou-se ao PSB a convite de seu presidente estadual, o deputado federal Rafael Motta.

O Pros, partido da senadora Zenaide Maia, que apoia o governo do Estado, já foi sondado pelo presidente do Solidariedade, deputado Kelps Lima, para indicar a candidatura da vereadora Carla Dickson (Pros) à vice-prefeita em Natal, conforme já informou o marido dela e presidente estadual do Pros, deputado Albert Dickson.

Fonte: Tribuna do Norte
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Governo do RN prevê queda de R$ 60 milhões no FPE de janeiro; 13 cidades têm 2ª cota do FPM zerada

O secretário de Planejamento do Rio Grande do Norte, Aldemir Freire, afirmou nesta terça-feira (21) que o Rio Grande do Norte terá uma queda de R$ 60 milhões nos repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE) em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação foi publicada por ele em uma rede social. A redução é de 15,2%.

De acordo com Governo do RN, queda do repasse é de R$ 60 milhões em janeiro (arquivo)  — Foto: G1 RN
De acordo com Governo do RN, queda do repasse é de R$ 60 milhões em janeiro (arquivo) — Foto: G1 RN

Nesta segunda-feira (20), quando a segunda das três parcelas mensais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi depositada, treze municípios tiveram cota zerada, segundo a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn). Veja a lista no fim dessa matéria.

Ambos os fundos tiveram redução de 15,2% neste mês, de acordo com o secretário Aldemir.

"Queda brutal no FPE e no FPM no mês de janeiro. Governo do Estado do Rio Grande do Norte perderá cerca de R$ 60 milhões agora em janeiro comparado a janeiro de 2019. FPE do Estado cairá de R$ 391 milhões para R$ 331 milhões", informou.

Municípios
Os 13 municípios já faziam parte da lista de 32 cidades potiguares que tiveram a primeira parcela zerada no dia 10 de janeiro. Esses municípios não deixaram exatamente de receber o valor devido, mas o valor da parcela fica retido por causa das dívidas previdenciárias das prefeituras.

Maior cidade potiguar, a capital Natal recebeu parcela de R$ 635.305,97 nesta segunda (20), segundo a Femurn. Os demais municípios potiguares receberam R$ 20,5 milhões. Esses valores são os líquidos, ou seja, considerados após os descontos do Fundeb, da Saúde e do Pasep, mas não levam em consideração os descontos das dívidas previdenciárias.

Os fundos
O FPM e o FPE são repasses de verbas do Governo Federal para os municípios e estados brasileiros, previstos pela Constituição. A distribuição é feita de acordo com o número de habitantes e a renda per capita estimados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o valor é dividido em três cotas mensais. Quando o município ou o estado têm dívidas com o governo federal o repasse é retido e o valor é abatido da dívida.

Lista de municípios do RN que teve 2ª cota do FPM zerada em janeiro
Angicos
Baraúna
Florânia
Galinhos
Governador Dix-Sept Rosado
Grossos
Jandaíra
João Câmara
Pedro Avelino
Pendências
Santana do Matos
São José de Mipibu
Touros

Fonte: G1
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Deputado estadual é condenado por contratação irregular de empresa quando era prefeito de cidade do RN

Após pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça condenou o deputado estadual Galeno Torquato por improbidade administrativa. Para os investigadores, ele participou de um esquema que utilizou recursos públicos para favorecer uma empresa particular na contratação de bandas para a festa junina do Município de São Miguel em 2010, quando era prefeito do município.

Deputado estadual Galeno Torquato é deputado estadual no RN — Foto: ALRN/Divulgação
Deputado estadual Galeno Torquato é deputado estadual no RN — Foto: ALRN/Divulgação

Além de Galeno Torquato, foram condenados o ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) de São Miguel, uma empresa de eventos e o responsável por ela. Por meio de sua assessoria de imprensa, o deputado afirmou que ainda cabe recurso à decisão e que isso está sendo providenciado pela sua defesa.

O deputado e o presidente da comissão foram sentenciados à suspensão dos direitos políticos pelo prazo de cinco anos e multa (R$ 10 mil para o primeiro e R$ 5 mil para o segundo). O empresário, por sua vez, recebeu como sentença multa de R$ 5 mil e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos, mesma pena aplicada à sua empresa.

Irregularidades
Em 2010, o Município de São Miguel firmou um convênio com o Ministério do Turismo no valor de R$ 172 mil para a contratação de bandas que animariam o chamado “São João da Serra/17º Arraiá do Tio Kálica”. De acordo com o MPF, os grupos musicais se apresentaram, porém o contrato foi firmado através de um procedimento de inexigibilidade de licitação fraudulento.


Ainda de acordo com o MPF, em 19 de março de 2010, a comissão de licitação solicitou a abertura de “procedimento de inexigibilidade de licitação para a contratação de empresa especializada em realizações de eventos artísticos”, sem especificar as justificativas ou apresentar pesquisa prévia de preços que demonstrasse a inviabilidade de promover uma licitação.

Exclusividade
Uma das possibilidades de contratação sem licitação, de acordo com a lei, inclui artistas “consagrados pela crítica especializada ou pela opinião pública”, diretamente ou através de seus empresários exclusivos. Independentemente de as bandas se encaixarem ou não no conceito de consagração, a realidade era que o dono da empresa contratada não era empresário exclusivo. Ele obtinha, apenas, uma “carta de exclusividade” válida para os dias do evento.

“(...) verifica-se que a exclusividade da empresa (...) resumia-se unicamente ao dia do evento e no município, ficando nítido que o documento era confeccionado tão somente com a finalidade de justificar a inexigibilidade, não se tratando de empresário exclusivo”, afirmou o juiz federal Rodrigo Arruda Carriço, autor da sentença.

Dessa forma, ressaltou o MPF, ele atuava como suposto empresário exclusivo dos artistas, “embora fosse, de fato, apenas um intermediário”. Soma-se a isso irregularidades como o procedimento fraudulento não ter sido publicado na imprensa oficial e não incluir nem a minuta do contrato, com as especificações exigidas por lei.

Vários documentos utilizados na contratação foram elaborados depois do termo de escolha e da data da proposta apresentada pelo empresário, que incluía até mesmo bandas não representadas pela empresa na época. Com tudo isso, a prestação de contas do convênio foi parcialmente reprovada pelo Controle Interno do Ministério do Turismo.

Fonte: G1
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Quase 10 mil potiguares têm solicitações de benefícios pendentes há mais 45 dias no INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem 9,8 mil pedidos de benefícios previdenciários pendentes há mais de 45 dias no Rio Grande do Norte, segundo dados informados a pedido do G1 nesta terça-feira (21). O benefício com maior fila de espera é o assistencial dado a pessoas com deficiência, que tem mais de 4.086 mil potiguares na lista.

INSS em Natal — Foto: Sindprevs-RN
INSS em Natal — Foto: Sindprevs-RN

O prazo de 45 dias é o prazo para que o INSS comece a pagar o benefício, após o usuário dar entrada na solicitação. Em todo o país, até o início da semana passada, cerca de 2 milhões de pessoas estavam na espera mesmo após esse prazo. Na maior parte dos casos, o atraso ocorre devido a problemas no sistema de análise da própria previdência.

No Rio Grande do Norte, a maior parte dos pedidos é por auxílio a pessoas com deficiência. O segundo maior grupo é dos que querem se aposentar por idade (2.176). O salário-maternidade vem em seguida, com 1.531 mulheres na fila, além dos trabalhadores que querem se aposentar por tempo de contribuição (911), dos pedidos de pensão por morte (591), do benefício assistencial ao idoso (523) e auxílio-reclusão (23).

Na semana passada, o Governo Federal reconheceu o problema e anunciou medidas para reduzir a fila de espera. Entre elas, está a previsão de convocação de militares da reserva para o atendimento no órgão. No entanto, a situação só deverá se normalizar em setembro, de acordo com a previsão do próprio poder Executivo nacional.

Em 2019, MPF pediu contratação de servidores
Em agosto do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública contra a União e o INSS determinando que fossem contratados de forma temporária, em até 45 dias, funcionários em número suficiente para atender às demandas acumuladas há mais de 60 dias no instituto. Além do recrutamento de mão de obra temporária, o MPF pediu que fosse realizado concurso para provimento de cargos efetivos vagos. Além disso, o INSS deveria informar mensalmente o tempo de análise dos pedidos recebidos.

Fonte: G1
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Homem morre eletrocutado em obra de shopping em Natal

Um homem morreu eletrocutado em um andaime eletromecânico usado nas obras de um shopping no bairro Potengi, Zona Norte de Natal, na noite desta segunda-feira (20). De acordo com a Polícia Civil, a vítima sofreu uma descarga elétrica ao tocar a mão no andaime, que estava sendo carregado para o trabalho no dia seguinte. Segundo a Polícia, a vítima usava equipamentos de proteção durante o serviço.

Polícia Civil foi ao local para fazer perícia após morte de operário em shopping na Zona Norte de Natal nesta segunda (20 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Polícia Civil foi ao local para fazer perícia após morte de operário em shopping na Zona Norte de Natal nesta segunda (20 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Ainda de acordo com informações da Polícia, a vítima é Diego de Queiroz Morais, de 30 anos. Ele era de Recife, PE, e trabalhava como operário em uma empresa terceirizada contratada pelo shopping para obras. A Polícia Civil foi ao local para realizar perícia.

Segundo o delegado da Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal, a vítima estava com todos os equipamentos de proteção individual, como botas e luvas. De acordo com o delegado, mesmo assim ele sofreu uma descarga elétrica ao tocar no andaime.

O fluxo de saída de carros e o funcionamento do shopping não foi prejudicado. Em nota, o Partage Norte Shopping disse que "lamenta profundamente o incidente ocorrido, que presta apoio à família e toma providências para o esclarecimento do incidente". O centro comercial também disse que orienta lojistas e prestadores de serviços a tomarem cuidado e cumprirem as legislações e protocolos de segurança.

Fonte: G1
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Brumadinho: MP denuncia ex-presidente da Vale, mais 15 pessoas e duas empresas por homicídio doloso

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou, nesta terça-feira (21), Fabio Schvartsman, ex-presidente da Vale, mais 15 pessoas e as empresas Vale e TÜV SÜD pelo crime de homicídio doloso, aquele em que há a intenção de matar.

Área atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho segue encoberta por lama — Foto: Raquel Freitas/G1
Área atingida pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho segue encoberta por lama — Foto: Raquel Freitas/G1

A força-tarefa que investiga o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho distribuiu a denúncia para a Justiça ainda nesta manhã.

A barragem I da Mina do Córrego do Feijão se rompeu quase um ano atrás, no dia 25 de janeiro de 2019, deixando 270 vítimas. Destas, 259 foram identificadas pela Polícia Civil de Minas Gerais. Os bombeiros procuram 11 desaparecidos, na maior operação de buscas do país.


O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) dará outros detalhes das denúncias em coletiva nesta tarde.

Em nota, a TÜV SÜD disse que está oferecendo "cooperação às autoridades e instituições no Brasil e na Alemanha no contexto das investigações em andamento" (Leia a nota na íntegra no final desta reportagem).

O G1 entrou em contato a Vale e, até a última atualização desta reportagem, não havia obtido retorno.

Ao longo desta semana, membros do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizam uma caminhada em protesto contra a morosidade das ações judiciais, dos reparos e a falta de responsabilidade da Vale. Partindo de Belo Horizonte, passaram por Pompéu nesta terça e planejam chegar a Brumadinho no sábado (25).

Nota da TÜV SÜD na íntegra
"A TÜV SÜD continua profundamente consternada pelo trágico colapso da barragem em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. Nossos pensamentos estão com as vítimas e suas famílias.

Um ano após o rompimento, suas causas ainda não foram esclarecidas de forma conclusiva.

Como era esperado, as investigações levam um tempo considerável: muitos dados de diferentes fontes precisam ser compilados, apurados e analisados. Por esse motivo, as investigações oficiais continuam.

A TÜV SÜD reitera seu compromisso em ver os fatos sobre o rompimento da barragem esclarecidos. Por isso, continuamos oferecendo nossa cooperação às autoridades e instituições no Brasil e na Alemanha no contexto das investigações em andamento.

Enquanto os processos legais e oficiais ainda estiverem em curso, e até que se apurem as reais causas do acidente de forma conclusiva, a TÜV SÜD não poderá fornecer mais informações sobre o caso"

Fonte: G1
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Bolsonaro anuncia criação de Conselho da Amazônia e de Força Nacional Ambiental

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (21), por meio de uma rede social, que determinou a criação do Conselho da Amazônia e de uma Força Nacional Ambiental, que atuará na "proteção do meio ambiente da Amazônia".

Fumaça das queimadas na Amazônia em Altamira (PA) — Foto: João Laet/AFP
Fumaça das queimadas na Amazônia em Altamira (PA) — Foto: João Laet/AFP

O anúncio ocorre após o governo brasileiro, e o próprio Bolsonaro, serem alvos de críticas, inclusive internacionais, pela atuação na área ambiental (leia mais abaixo).

Bolsonaro informou na publicação que o vice-presidente Hamilton Mourão será o coordenador do conselho, que deverá organizar ações entre ministérios para "proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia".

"Determinei a criação do Conselho da Amazônia, a ser coordenado pelo Vice Presidente @GeneralMourao, utilizando sua própria estrutura, e que terá por objetivo coordenar as diversas ações em cada ministério voltadas p/ a proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia", escreveu Bolsonaro.

"Dentre outras medidas determinadas está também a criação de uma Força Nacional Ambiental, à semelhança da Força Nacional de Segurança Pública, voltada à proteção do meio ambiente da Amazônia", acrescentou.

Mais tarde nesta terça, Bolsonaro informou, após reunião ministerial no Palácio da Alvorada, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, "deu sinal verde" para criação da Força Nacional Ambiental.

O presidente, contudo, não informou o custo para criação da força. Bolsonaro ainda afirmou que Mourão é a "melhor pessoa" para dar detalhes sobre a força e o conselho.


O G1 procurou o Planalto e a Vice-Presidência e o Ministério do Meio Ambiente para obter mais informações, e aguarda resposta.

Força Nacional
A Força Nacional atua mediante o pedido feito por governadores ou, em casos pontuais, em apoio à Polícia Federal ou a outros órgãos federais.

A tropa costuma ser utilizada em ações de policiamento ostensivo, de combate a crimes ambientais, bloqueios em rodovias, ações de defesa civil em caso de desastres e catástrofes e ações de polícia judiciária e perícias.

Nos últimos anos, por exemplo, a Força Nacional foi empregada para reforçar a segurança em estados, como o Rio Grande do Sul. A Força Nacional ainda foi empregada, em apoio aos militares das Forças Armadas, em operações de garantia da lei e da ordem (GLO).

Política ambiental do governo sofre críticas
A política ambiental se tornou foco de atritos para Bolsonaro ao longo de seu primeiro ano de governo.

O presidente protagonizou rusgas com organizações não-governamentais (ONGs), pesquisadores, políticos estrangeiros (o presidente francês Emmanuel Macron e a chanceler alemã Angela Merkel) e com o ator Leonardo DiCaprio, conhecido por sua militância na área ambiental.

A preservação da floresta amazônica foi um tema polêmico no primeiro ano do mandato de Bolsonaro, com registro de aumento do desmatamento na região e uma crise provocada por queimadas, na qual o presidente enviou as Forças Armadas para auxiliar no combate ao fogo.

No episódio das queimadas, Bolsonaro afirmou, sem apresentar provas, que organizações não-governamentais poderiam estar por trás dos focos de incêndios, a fim de prejudicar o governo.

Em outro episódio, mudanças propostas pelo governo no Fundo Amazônia, que financia projetos para a proteção da floresta e da biodiversidade, levou os governos de Alemanha e Noruega, que são os doadores de recursos para o fundo, a suspender os repasses.

A Amazônia foi um dos temas centrais do discurso do presidente, em setembro, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. Ele disse ter "compromisso solene" com a preservação do meio ambiente e acusou líderes estrangeiros de ataque à soberania do Brasil.

Monitoramento do desmate
Outra polêmica de 2019 foi quanto ao uso dos sistemas de monitoramento do desmate. O governo tem dois: um para alertas diários e outro para dados consolidados anuais.

Os alertas diários são emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Já os dados oficiais são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). Especialistas dizem que a falta de fiscalização e punição está levando ao crescimento do desmatamento na região amazônica.

Os alertas diários preliminares de áreas com sinais de devastação na floresta vêm sendo confirmados ano a ano.

A divulgação destes alertas gerou críticas do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que os números prejudicam a imagem do país. O episódio levou à exoneração do então diretor do instituto, Ricardo Galvão. Tanto a taxa oficial quanto os alertas diários preliminares são do Inpe, que é ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

Fonte: G1
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Farmacêuticas anunciam recall de lotes de medicamento para úlcera no estômago

Ao menos duas farmacêuticas iniciaram o recolhimento de alguns lotes de medicamentos usados no tratamento de úlcera gástrica por conta de uma possível contaminação com substância de potencial cancerígeno.

Nesta segunda-feira (20), a Medley anunciou o recall de lotes de remédios a base de cloridrato de ranitidina, que podem estar contaminados com N-nitrosodimetilamina (NDMA). Em dezembro do ano passado, a Aché suspendeu a comercialização e a fabricação de medicamentos com este composto.

A NDMA é uma molécula do grupo das nitrosaminas. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), elas são impurezas que, a longo prazo, podem aumentar o risco de câncer. A agência alertou em um comunicado que esta impureza pode ser formada em laboratório durante a sintetização de alguns produtos a base de nitritos.

A Anvisa pediu que empresas adotem medidas de precaução para a produção de medicamentos livres desta contaminação. Segundo a Anvisa, a suspensão de medicamentos contaminados com NDMA é uma medida preventiva, porque estudos em animais classificaram a molécula como um potencial agente cancerígeno.

Em nota publicada na terça-feira (14), a Anvisa recomendou “fortemente” que as empresas reavaliem os métodos de processamento para evitar a contaminação. Em setembro do ano passado, a agência suspendeu a importação de ranitidina fabricada por um laboratório indiano por conta da detecção de NDMA na composição.

Medley anunciou o recolhimento de medicamento por possível contaminação com impureza de potencial cancerígeno — Foto: Reprodução/Medley
Medley anunciou o recolhimento de medicamento por possível contaminação com impureza de potencial cancerígeno — Foto: Reprodução/Medley

O que vai ser recolhido?
Foi anunciado o recolhimento de medicamentos de dois laboratórios brasileiros. A Medley, unidade de negócios de genéricos no Brasil do laboratório francês Sanofi, faz o recolhimento voluntário de Ranitidina 150 mg e 300 mg. (Veja abaixo a lista com os lotes dos medicamentos recolhidos pela farmacêutica).

A empresa recomendou que os pacientes entrem em contato com o SAC da empresa pelo telefone 0800 729 8000 de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h.

Medicamentos recolhidos pela Medey
ProdutoLoteProdutoLote
Ranitidina 150 mg18070254Ranitidina 150 mg9KP08061
Ranitidina 150 mg18060374Ranitidina 150 mg9KP08193
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Ranitidina 150 mg18040157Ranitidina 150 mg9KP05861
Ranitidina 150 mg18040158Ranitidina 150 mg9KP07342
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Ranitidina 300 mg18070097Ranitidina 300 mg9KP11829
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Ranitidina 300 mg18110541Ranitidina 300 mg9KP11807

Já o Aché Laboratórios Farmacêuticos disse em nota que o recolhimento dos medicamentos Label comprimidos, Label xarope e os genéricos de cloridrato de ranitidina foi protocolado na Anvisa em dezembro do ano passado.

A empresa disse que segue as solicitações da agência e que acompanha as discussões sobre os riscos da NDMA. A farmacêutica reforçou que os pacientes com estes medicamentos devem entrar em contato com a central de atendimento no telefone 0800-701-6900 ou pelo e-mail cac@ache.com.br.

Fonte: G1
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