quinta-feira, novembro 24, 2022

Após vitória do Brasil com gols de Richarlison, 'pombomania' toma conta da torcida

Só deu ele! No Catar, em campo e até nas areias de Copacabana, na Zona Sul do Rio, no Fifa Fan Fest. É que depois de marcar dois gols da vitória do Brasil em jogo contra a Sérvia, Richarlison virou o nome mais comentado no meio da torcida brasileira.


Só comentando, não. Imitado na dança do pombo e até no corte de cabelo.


"Sou fã do Richarlison, do Vinicius Jr. e fanático pela Seleção Brasileira. Tanto que fiz até o cabelo igual ao dele", disse Rodrigo Azevedo, de 25 anos, que estava curtindo o jogo com amigos nas areias do Fifa Fan Fest.


Rodrigo Azevedo com sua arruda no cabelo à la Richarlison — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Richarlison e seu corte "atizica" com arruda — Foto: Reprodução/Redes sociais

Já os amigos de Rodrigo, que até apostavam em outros jogadores como destaque do jogo antes da partida, tiveram que improvisar na dancinha mesmo. A dancinha do pombo, claro! (Veja no vídeo acima).


Foi o caso de Leonardo Pacheco, de 30 anos, morado da Praça Seca, e de Vitor Gonçalves, de 26, e que veio da Taquara, bairros que ficam na Zona Oeste do Rio.


"Esse moleque é fã do Richarlison, nosso Richarlison, e somos todos pombos", disse Leonardo.


A origem da 'pombomania'

Conhecido como pombo, Richarlison, que joga no Tottenham, da Inglaterra, costuma comemorar seus gols imitando um pombo, inclusive com o característico barulho do animal, o "pruuu".


A brincadeira começou em 2018, por causa da música "Dança do Pombo", de MC Faísca e os Perseguidores, que viralizou e o atacante fez sucesso com um vídeo em que aparecia fazendo a dacinha do pombo.


Telão de mil polegadas

O torcedor que escolheu a arena do Fifa Fan Fest para acompanhar a estreia da Seleção Brasileira na Copa do Catar nesta quinta-feira (24) passou bem. Além dos shows de Ferrugem e Dudu Nobre a organização do evento ofereceu um um telão de 645 metros quadrados, mil polegadas e alta definição, que permitia ver a partida de qualquer ponto da arena - com capacidade para 20 mil pessoas.


Telão de mil polegada fez sucesso no Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Torcedor Carlos Henrique, na arena de Copacabana: fé no hexa — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Tiago Leal com a namorada: "Habib és" — Foto: Marcos Serra Lima/g1

José Geraldo com o look "Força da natureza" — Foto: Eliane Santos/g1

Festa da torcida brasileira com o gol de Richarlison em Copacabana — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Só Deus e "São Maradona" sabem como foi difícil a terça-feira (22), pós-jogo da Argentina contra a Arábia Saudita, para o barbeiro Gustavo Gagliano, de 19 anos.


Argentino de Córdoba, ele está no Brasil há oito meses, e há seis trabalha em uma barbearia em Copacabana, na Zona Sul do Rio, cheia de brasileiros que não tiveram pena da derrota do time albiceleste para os árabes por 2 a 1.


"Sou apaixonado por futebol, curto, acompanho, mas não teve jeito. Tive que aguentar eles falando", disse o argentino sob sorrisinhos dos colegas, mas vestindo a camisa de sua seleção e garantindo que não vai agourar o Brasil nesta quinta-feira (24) em jogo contra a Sérvia.


"Senão sou demitido", brincou torcedor, que tem foto de Lionel Messi em sua bancada de trabalho.


A foto de Messi faz parte da decoração da bancada de Gustavo na barbearia, em Copacabana, Zona Sul do Rio — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Zebra deu prejuízo a apostador

Pior do que o dia de Gustavo Gagliano, só o do entregador Eduardo Ferreira Samuel, de 34 anos. É que ele perdeu dinheiro na terça, quando apostou na vitória da Argentina, e na quarta (23), quando dava como certa a vitória da Alemanha. Mas a zebra não deixou.


"Era para eu ter ganhado R$ 500 com a vitória da Argentina, e R$ 200 com a da Alemanha, mas não deu, tomei uma pernada. Mas acho que ainda vai ter muita zebra nessa Copa", diz colocando em dúvidas a vitória do Brasil.

"Se entrar com salto alto, já viu, né? Mas nem ligo, prefiro ver o Flamengo jogar. Minha seleção é vermelho e preto", diz ele rezando para a mulher não ler a reportagem e descobrir que a zebra anda garfando o orçamento de casa.


Eduardo Ferreira Samuel, 34, apostou na Argentina e perdeu; apostou na Alemanha, perdeu. E decidiu apostar na Sérvia, contra o Brasil — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Eduardo Ferreira Samuel, 34, entregador, acompanha o placar de Bélgica e Canadá e checa a aposta feita — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Mistura do Brasil com a Alemanha

A Alemanha também causou estragos emocionais na vida de Aisha Moura, de 22 anos. Filha de pai alemão e mãe brasileira, ela não esperava ter que lidar com uma derrota da Seleção Alemã logo na estreia, contra o Japão, na quarta-feira (23), por 2 a 1.


"Não esperava, mas tô aqui. Sigo torcendo e tenho certeza que a gente vai vencer o segundo jogo. Tem que!", diz suspirando mesmo sabendo que o próximo confronto será contra a Espanha, que venceu a Costa Rica por 7 a 0.


Aisha Moura, estudante, 22 anos, tem pai alemão e mãe brasileira e o coração divido na Copa do Mundo — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Apesar da zebra ter pastado em solo alemão, Aisha torce pelo bichinho na Copa.


"Acho bacana, mostra que o futebol está democratizado e espero que dê muitas zebras a favor das seleções africanas", diz já na torcida para Camarões contra a Suíça na quinta-feira (24).

Ela descarta um resultado inusitado no jogo do Brasil, diz que torce para o time de Tite e que nem mesmo no fatídico 7 a 1, da Copa do Brasil, deixou de torcer para as duas seleções.


"No começo, quem ganhasse estava bom. Depois fiquei meio sem graça com tantos gols e só queria que o jogo acabasse logo", lembra rindo.


Aisha Moura: torcida pela recuperação alemã e vitória brasileira — Foto: Marcos Serra Lima/g1


'A Copa do Naruto'

Feliz na quarta-feira (23), pós-jogo da Alemanha contra o Japão, só o ambulante Daniel Moreira, de 30 anos, que aproveitou para estrear sua camisa da Seleção Japonesa.


"Eu vendo muita coisa aqui na praia, inclusive camisa. Separei essa para mim porque achei bonita e, como o Japão ganhou, resolvei usar hoje. Acho que eles ainda vão longe na Copa, só não vão ganhar do Brasil. Mas vai passar de fase sim", diz.


"Vai ser a Copa do Naruto", ri e beija o escudo da camisa japonesa.


Daniel Moreira, 30 anos, ambulante, trabalhou na tarde desta quarta-feira, 23, em Copacabana vestindo a camisa do Japão — Foto: Marcos Serra Lima/g1

Daniel Moreira, 30 anos, ambulante, trabalhou na tarde desta quarta-feira, 23, em Copacabana vestindo a camisa do Japão — Foto: Marcos Serra Lima/g1


Fonte: g1

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Prefeito de Lajeado do Bugre é morto a tiros dentro da prefeitura, diz BM

O prefeito de Lajeado do Bugre, Roberto Maciel Santos (PP), foi morto a tiros dentro da prefeitura no fim da manhã desta quinta-feira (24). A informação foi confirmada pela Brigada Militar (BM).


Prefeito de Lajeado do Bugre, Roberto Maciel Santos (PP) — Foto: Reprodução


Segundo a BM, o prefeito e um motorista da Secretaria Municipal de Saúde estavam em uma reunião dentro do gabinete, quando um homem encapuzado entrou no local e atirou diversas vezes contra os dois. O homem teria deixado a prefeitura em um carro.


O prefeito morreu no local. O motorista, que ainda não teve a identidade divulgada, foi socorrido em estado grave e levado para o Hospital de Caridade de Palmeira das Missões.


Prefeitura de Lajeado do Bugre, no Norte do RS — Foto: Reprodução/RBS TV


A BM isolou o local para a perícia. Foram encontrados cartuchos de uma pistola 9 mm. A arma do crime não foi localizada. Buscas estão sendo feitas na região para tentar encontrar o responsável. A Polícia Civil esteve no local e começou as investigações.


A Confederação Nacional de Municípios (CNM) manifestou pesar. "Recebo com muita tristeza essa notícia. Espero que, na fé, encontrem consolo e resignação neste momento de tristeza e pesar", disse em telegrama ao município e aos familiares, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.


O corpo será encaminhado a Palmeira da Missões para a perícia. Assim que liberado, o velório sera aberto ao público na sede da Assembleia de Deus, em Lajeado do Bugre. O corpo de Roberto Maciel Santos deve ser sepultado por volta do meio-dia de sexta-feira (25), no Cemitério da Picada Grande, na entrada do município


Secretário morto em 2019

Em junho de 2019, o então secretário de Saúde da cidade, Vilmar Brandão Alves, de 52 anos, também foi morto a tiros. Ele estava em um bar no interior do município, que fica no Norte do Rio Grande do Sul. O suspeito do crime foi preso em flagrante.


Segundo o delegado Gustavo Fleury, o suspeito chegou ao bar e atirou contra um outro homem. Depois, teria retornado ao bar e matado a tiros o secretário de Saúde. Vilmar chegou a ser atendido, mas morreu no hospital de Palmeira das Missões.


Fonte: g1

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Filho de Sérgio Cabral se apresenta e é preso na PF

Filho do ex-governador Sérgio Cabral, José Eduardo Neves Cabral se apresentou na tarde desta quinta-feira (24) na Superintendência da Polícia Federal (PF), na Praça Mauá, e foi preso.


José Eduardo Cabral filho do ex-governador Sérgio Cabral — Foto: Reprodução


Nesta quarta-feira (23), ele foi um dos alvos da Operação Smoke Free, da Polícia Federal contra “uma organização criminosa armada e transnacional especializada em comércio ilegal de cigarros”. No entanto, ele não foi encontrado.


Segundo as investigações, entre as funções de José Eduardo no esquema estava pagar propina a funcionários públicos.


Doze pessoas foram presas na operação de quarta. Um dos detidos é o policial federal Allan Cardoso Inácio de Assis.



A defesa de José Eduardo Neves Cabral diz que ele está seguro de que "sua inocência será provada no decorrer do processo".


Falsificação e lavagem de dinheiro

De acordo com a investigação, iniciada em 2020, desde 2019, o grupo criminoso alvo da Smoke Free "reiteradamente, com falsificação ou não emissão de notas fiscais, depositava, transportava e comercializava cigarros oriundos de crime em territórios dominados por outras organizações criminosas, como facções e milícias”.


“Em consequência, efetuava a lavagem dos recursos obtidos ilicitamente e remetia altas cifras ao exterior de forma irregular”, afirma a PF.

Ainda segundo os investigadores, a quadrilha contava com “uma célula de serviço paralelo de segurança”, coordenada por um policial federal e integrada por policiais militares e bombeiros.


A PF afirma que o grupo criminoso investigado é responsável por causar prejuízos à União de cerca de R$ 2 bilhões.


A força-tarefa conta com o apoio da US Homeland Security Investigations, a Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos.


Fonte: g1

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Vídeo mostra guarda suspeito de balear jovem negro despejando cascas de banana em frente à casa da vítima; ato é considerado racismo

Imagens de uma câmera de monitoramento mostram que o guarda municipal suspeito de balear um jovem negro de 28 anos, dentro de casa, em Mogi das Cruzes despejou cascas de banana em frente à casa da vítima no dia 9 de novembro. O ato é considerado racismo. A vítima levou um tiro no rosto e um nas costas e precisou passar por cirurgia.


Em conversa com o g1, Jefferson Azpilicueta, pai de Pedro Azpilicueta, disse que o guarda municipal José Carlos de Oliveira já havia descartado cascas de banana em diversas oportunidades anteriores. Ainda segundo o pai, era comum o suspeito proferir ataques racistas direcionados a toda a família da vítima. O g1 tenta localizar o advogado do suspeito.


Guarda joga casca de banana na frente de casa de jovem negro antes de atirar contra ele — Foto: Imagens de câmera de monitoramento


O crime ocorreu na quarta-feira (23), na Avenida Ricieri José Marcatto, no distrito de César de Sousa. Segundo a família, o guarda atirou três vezes no jovem, que estava dentro de casa. A vítima foi atingida por dois disparos.


Nas imagens é possível ver o momento em que o guarda e o jovem discutem. Então, o suspeito vai até a frente da casa da vítima para agredi-la com uma barra de ferro. O jovem então começa a gravar com o celular. O atirador então chega com um revólver e atira enquanto a vítima tenta se esconder dentro da própria casa.


A vítima foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade e depois transferida para o Hospital Luzia de Pinho Melo, onde passou por cirurgia ainda na terça-feira. Segundo o pai, o jovem já está se recuperando no quarto.


Atitudes recorrentes

O pai ainda revela que, durante uma das diversas discussões que já teve com o guarda, o vizinho apontou uma arma em sua direção. "Ele colocou a arma em cima do carro e apontou pra mim".


"Vinha rolando durante um tempo esses ataques racistas", disse. "Macaco" e "preto sujo" seriam algumas das ofensas ditas constantemente pelo guarda à família. Questionado sobre por que não foi registrado boletim de ocorrência, ele disse que "não tinha como provar" os casos de racismo.


Pedro Azpilicueta trabalha em seu próprio pet shop em Mogi das Cruzes, segundo o pai — Foto: Arquivo pessoal


O pai do jovem disse que vive no local há cerca de 30 anos. Ele recordou que o guarda municipal mudou-se para a vizinhança por volta de 2015. Desde então, a família é insultada pelo vizinho. Jefferson ainda revela que, durante uma das diversas discussões que já teve com o guarda, o vizinho apontou uma arma em sua direção. "Ele colocou a arma em cima do carro e apontou pra mim".


Abertura de sindicância

O caso foi registrado pela Polícia Civil como tentativa de homicídio no 3º DP de Mogi. A polícia solicitou a perícia para a casa da vítima e também o exame de corpo de delito.


O g1 questionou, mas a Secretaria Estadual de Segurança Pública não informou se o guarda é considerado foragido. Em nota, a pasta informou que "a ocorrência segue em investigação por meio de inquérito policial instaurado pelo 3º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, que analisa todas as circunstâncias relevantes ao caso. A Polícia Civil segue nas diligências visando ao completo esclarecimento dos fatos. Outros detalhes serão preservados para garantir autonomia ao trabalho policial".


Guarda municipal atira contra vizinho negro em Mogi das Cruzes — Foto: Imagens de câmera de monitoramento


A Prefeitura de Mogi informou que apura o caso em conjunto com a Corregedoria da GCM. O guarda foi afastado administrativamente e uma sindicância será aberta. Segundo a administração, o guarda municipal ainda não foi localizado para prestar esclarecimentos.


A Secretaria Municipal de Segurança informou que o guarda municipal não fazia parte das equipes que utilizam arma de fogo no exercício das funções. Além disso, segundo a pasta, o servidor estava licenciado do trabalho e a arma utilizada não pertence à Prefeitura.


Fonte: g1

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Treze cidades do AP registram falta de energia a uma hora antes da estreia do Brasil na Copa do Mundo

Treze cidades do Amapá registraram falta de energia 1h antes da estreia do Brasil na Copa do Mundo, nesta quinta-feira (24). Em nota, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) Equatorial Energia informou que o problema foi ocasionado por uma ocorrência na linha de transmissão no trecho Laranjal do Jari/Macapá.


Torcedores já esperam pelo no jogo na orla de Macapá — Foto: Rodrigo Juarez/ge


A distribuição começou a normalizar por volta das 16h12. Apenas os municípios de Oiapoque, Laranjal do Jari e Vitória do Jari não foram afetados.


Veja nota na íntegra:


A CEA Equatorial esclarece que a falta de energia que afetou 13 municípios do Amapá, registrada na tarde desta quinta-feira, 24, não foi de responsabilidade da empresa, enquanto distribuidora. A causa da interrupção foi ocasionada pela saída da linha de transmissão de 230 KV no trecho Laranjal do Jari/Macapá, cuja administração é da empresa Energisa.



O caso será investigado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) que deverá se posicionar sobre a ocorrência.


A normalização integral da distribuição de energia aos 13 municípios afetados ocorreu às 16h12. A CEA Equatorial está à disposição para esclarecimentos e dispõe da Central, através do 0800 096 0196, para o atendimento aos clientes.


Fonte: g1

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Sem consenso, apresentação da PEC do Bolsa Família fica para a próxima semana


O relator do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), afirmou nesta quinta-feira (24) que apresentará oficialmente a proposta de emenda à Constituição (PEC) que retira do teto de gastos o programa Bolsa Família até a próxima terça-feira (29). A tramitação da PEC é mais uma vez adiada devido à falta de acordo entre os senadores.


O objetivo do texto é assegurar o pagamento da parcela de R$ 600 do benefício a partir de janeiro mais um adicional de R$ 150 por criança de até seis anos.


"Para que possamos focar na elaboração do Orçamento de 2023, precisamos que a PEC seja aprovada no Senado e na Câmara, até o dia 10 de dezembro. Portanto, até a próxima terça-feira (29), irei protocolar o texto da PEC para darmos celeridade à aprovação da matéria nas duas Casas e garantirmos a continuidade do pagamento dos 600 reais do Bolsa Família e mais 150 reais por criança de até 6 anos de idade”, disse Castro.


Nos bastidores, líderes da cúpula do Senado já admitiam que não há consenso em torno do texto para que seja protocolado ainda nesta semana. Os pontos mais sensíveis são por quanto tempo deve durar proposta e qual o impacto financeiro vai gerar.


Inicialmente, o novo governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), propôs a exclusão permanente do Programa Bolsa Família do teto de gastos- barreira que limita o crescimento das despesas públicas acima da inflação. Mas, após reação negativa do mercado, o próprio presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou que um projeto sem definição de prazo não encontraria apoio no Congresso.


Diante disso, o PT recuou. O líder da sigla no Senado, Paulo Rocha (PA), e o senador eleito, Wellington Dias (PI), afirmaram que o texto seria apresentado com validade de quatro anos, durante o mandato de Lula, apenas.



Ainda assim, partidos como o PSD, segunda maior bancada do Senado composta por 12 parlamentares, discordaram. Líder da legenda, Nelsinho Trad (MS), defendeu excepcionalizar o programa do teto somente por um ano e disse que o prazo proposto pelos petistas é um "cheque em branco".


Após a resistência dos partidos independentes, parlamentares petistas reconhecem a possibilidade de aceitarem um meio termo, exclusão do programa do teto por dois anos.


Jaques Wagner (PT-BA), que integra a equipe de Lula na transição governamental, foi escalado esta semana para comandar a articulação da PEC no Congresso, após parlamentares reclamarem que não foram ouvidos no processo de elaboração do texto, como os aliados do presidente Jair Bolsonaro. Para Wagner, se Lula definir logo quem será o próximo ministro da Fazenda, vai facilitar as negociações.


A aprovação de uma PEC exige adesão de ampla maioria do Senado (49 votos favoráveis) e da Câmara (308), em duas votações em cada Casa.


Renan Calheiros (MDB-AL), uma das principais lideranças da maior bancada do Senado, o MDB, avaliou em entrevista nesta quarta (23) à GloboNews que "o novo governo tentou começar pela PEC e ocultou o fato de que a PEC não é caminho único". "Eu acho que recorrer ao Centrão antes mesmo de tomar posse também foi um erro", pontuou.



Calheiros defende uma ideia, que voltou a ganhar força nos últimos dias, caso o acordo seja fechado a favor de um ano de duração da proposta; a possibilidade de Lula, já na Presidência no próximo ano, apenas editar uma medida provisória criando créditos para custear o Bolsa Família. Neste cenário, o PT não se desgastaria tentando formar base de apoio no Congresso antes mesmo de tomar posse.


Até a relatoria da PEC no Senado foi alvo de disputa. Marcelo Castro disse que gostaria de ser o relator. O nome de Alexandre Silveira (PSD-MG), que apoiou Lula na campanha, também foi ventilado. Na semana passada, quando o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB ), foi até o Congresso entregar uma sugestão de texto da PEC, Davi Alcolumbre (União-AP), assumiu a condução da reunião e disse que aquela versão [de Alckmin] "nem de longe" seria o texto "apresentado".


Alcolumbre, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), primeiro lugar por onde o projeto passará, também tenta ser o relator.


A proposta

O novo governo do presidente eleito Lula negocia há semanas com o Congresso uma forma de possibilitar a continuidade do valor mensal de R$ 600 do benefício. Essa necessidade existe pois o Orçamento enviado pela atual gestão do presidente Jair Bolsonaro reserva R$ 105 bilhões para o programa, o suficiente para custear uma parcela de apenas R$ 405.



A primeira versão da proposta exclui da regra do teto todo o dinheiro que o governo precisa para garantir o Bolsa Família a R$ 600 mais o acréscimo às crianças, um montante de R$ 175 bilhões.


Desta forma, uma folga é aberta no Orçamento do próximo ano e o novo governo poderá usar os recursos para cumprir outras promessas de campanha, como aumento do salário mínimo, transferência para Farmácia Popular, merenda escolar, ações de saúde, entre outros.


Esses gastos seriam discriminados já no projeto de lei orçamentária anual (PLOA), que precisa ser aprovado pelo Congresso até 18 de dezembro. Por isso, o relator do texto, Marcelo Castro, quer que a PEC passe até dia 10.


O primeiro esboço do projeto ainda permite a flexibilização de mais R$ 23 bilhões do teto destinados a investimentos. Então, R$ 198 bilhões ficariam de fora da regra fiscal.


Durante a semana, também circularam no Senado propostas alternativas à PEC do PT, sugerindo um menor impacto nas despesas públicas.


Fonte: g1

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PP se afasta de movimento golpista do PL e vai dizer ao TSE que não endossa reclamação sobre urnas


O PP decidiu se afastar do movimento golpista ensaiado pelo PL, que nesta semana acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir revisão extraordinária do resultado do segundo turno.


O PP vai dizer ao tribunal que não endossa a reclamação do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, sobre as urnas eletrônicas.


Na ação que enviou ao TSE, o PL falou em nome de toda a coligação, da qual o PP fez parte.


O presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, não acolheu o pedido do PL e ainda multou a coligação em R$ 22,9 milhões. Moraes entendeu que a argumentação do PL contra as urnas era esdrúxula e que o partido incorreu em litigância de má fé -- quando a Justiça é acionada de forma irresponsável.


"O presidente Valdemar como representante da coligação entrou em nome da Coligação , mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados e como podemos ser penalizados?", questionou Claudio Cajado, presidente do PP.


Fonte: Blog do Camarotti

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Aliados de Bolsonaro racham e criticam PL; partidos da coligação querem deixar a ação no TSE


Partidos da coligação do presidente Jair Bolsonaro, PP e Republicanos não concordam com a decisão do PL de entrar no TSE contra o resultado das eleições no segundo turno. As siglas vão pedir ao tribunal para serem excluídas da decisão que multou a coligação em R$ 22,9 milhões.


O racha na aliança de partidos ocorreu porque PP e Republicanos afirmam terem reconhecido o resultado da eleição presidencial – e dizem que não foram avisados pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, da ação que contestaria os votos na Justiça Eleitoral.


A ação foi apresentada em nome da coligação e, por isso, a decisão do ministro Alexandre de Moraes de aplicar multa por litigância de má-fé incide sobre os três partidos.


"O presidente Valdemar [Costa Neto] entrou em nome da coligação, mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados. Como podemos ser penalizados?", questionou o presidente do Progressistas, deputado Claudio Cajado (PP-BA).


Segundo ele, os advogados do PP vão entrar com recurso ainda nesta quinta para excluir o partido da decisão do TSE. O Republicanos adotará o mesmo caminho do Progressistas e irá pedir sua exclusão da ação impetrada pelo PL.


Cláudio Cajado disse que faltou uma intimação aos partidos da coligação, e defendeu que os poderes do representante só valem até a eleição.


"As eleições já terminaram e o resultado foi admitido pelos presidentes dos partidos. Impugnaremos o valor atribuído a uma causa que não tem valor econômico", acrescentou.


Multa e pedido de investigação

A coligação de Bolsonaro foi punida pelo TSE porque o PL entrou com uma ação questionando as urnas eletrônicas fabricadas antes de 2020, cerca de 250 mil das mais de 500 mil, sem nenhuma prova e com fundamentação técnica totalmente incorreta. Os pontos contestados pelo Instituto Voto Legal, contratado pelo PL, foram totalmente rebatidos pelos técnicos do TSE.


O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, avaliou que o PL agiu de má fé, com a finalidade de tumultuar o Estado Democrático de Direito, ao apresentar uma ação sem provas, e decidiu multar a coligação em R$ 22,9 milhões e determinar a abertura de inquérito para investigar a atuação do partido do presidente no episódio.



Mesmo dentro do PL, há críticas à decisão de Valdemar Costa Neto de protocolar a ação – tomada após pressão de Bolsonaro. Segundo aliados, o presidente do PL "entrou numa fria" ao ceder às pressões do presidente e vai acabar prejudicando o partido.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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Transição se reúne com Lula nesta sexta para alinhar proposta de PEC do Bolsa Família


Membros da equipe de transição de governo vão a São Paulo nesta sexta-feira (25) para apresentar ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , todas as propostas feitas até agora para a PEC do Bolsa Família – texto que pretende excluir o programa social do teto dos gastos públicos.


As propostas serão levadas pelo senador eleito Wellington Dias (PT-PI) a Lula. Há pelo menos três possíveis formatos em discussão:


a proposta do PT, que libera R$ 198 bilhões do teto de gastos por quatro anos;

a proposta do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), elevando o teto em R$ 80 bilhões;

e a proposta do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), com um furo no teto de R$ 70 bilhões para bancar o Bolsa Família.

Além disso, há também divergência sobre o período em que o programa ficaria fora do teto: um, dois ou quatro anos.


O PT defendia que a exclusão fosse permanente, mas decidiu optar por quatro anos por avaliar que sua ideia original não tinha apoio. O governo Bolsonaro e até aliados de Lula propõem um ano. O PT acha inviável um ano e diz topar uma duração mínima de dois anos para a regra.


Segundo o senador Paulo Rocha (PT-PA), que também integra o grupo de articuladores da PEC do Bolsa Família, a expectativa é que Lula escolha o formato a ser defendido nesta sexta (25).


Com isso, a proposta final poderia ser oficializada na próxima segunda (28) e votada no Senado até a sexta-feira seguinte (2).


Nesta quinta-feira (24), o senador Jaques Wagner (PT-BA), também designado por Lula para fazer as negociações, disse considerar que ajudaria nas negociações se o presidente eleito anunciasse o nome do futuro ministro da Fazenda. Afirmou, porém, que essa era uma avaliação dele e que a decisão é do presidente.


Planos adiados

A equipe de transição planejou inicialmente apresentar a PEC do Bolsa Família nesta semana, mas divergências com os aliados acabaram levando ao adiamento dos planos do PT.


Além disso, sem o apoio de partidos do Centrão, como PP e Republicanos, o futuro governo não tem os 308 votos suficientes na Câmara para aprovar uma proposta de emenda constitucional.



Lula, segundo aliados, terá mesmo de entrar em campo para acertar com aliados e partidos do Centrão para aprovar a PEC na primeira quinzena de dezembro, a tempo de votar o Orçamento da União de 2023.


Além do Bolsa Família fora do teto, o governo eleito também busca espaço no orçamento para recompor programas como o Farmácia Popular e a complementação federal das verbas para a merenda escolar.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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Após cirurgia, Lula participa de reunião virtual com Fiocruz para discutir vacinação no país

Afastado das agendas públicas, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participou nesta quinta-feira (24) de reunião virtual com pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre os assuntos discutidos, segundo a equipe de Lula, estão o Programa Nacional de Imunização (PNI) e os recursos do Orçamento destinados à saúde.


Lula durante reunião com representantes da Fiocruz — Foto: Divulgação/Gabinete de Transição


Lula participou do encontro fechado de forma remota, diretamente da sua residência no Alto de Pinheiros, em São Paulo. Ele está em repouso, a pedido da equipe médica que o acompanha, em razão de uma cirurgia para retirada de lesões na prega vocal esquerda, ocorrida no último domingo (20).



De acordo com a assessoria do presidente eleito, ele defendeu o aumento de investimentos em inovação na saúde e a recuperação do PNI. Lula também repetiu declarações feitas durante a campanha de que a saúde não será encarada como um gasto para o novo governo.


"Participei agora de reunião online com especialistas em saúde sobre o Programa Nacional de Imunizações, nosso programa de vacinas, que sofreu tanto nos últimos anos. Vamos trazer de volta o Zé Gotinha e fazer do Brasil mais uma vez referência mundial em vacinação", escreveu em uma rede social.


Em vídeo obtido pela TV Globo, Lula disse que o novo governo não pode deixar que brasileiros esperem por "meses" ou "anos" atendimentos especializados após consultas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).


"Esse povo tá muito sofrido, sabe? O povo, ele até consegue ir à UPA, mas depois da UPA ele não consegue mais nada. Depois da UPA, ele fica meses esperando, anos esperando, e não podemos deixar isso", declarou.


O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Nésio Fernandes, afirmou que Lula "quer fazer o SUS [Sistema Único de Saúde] voar".


"Ele não pediu, ele encomendou as melhores propostas para melhorar o acesso aos serviços assistenciais do SUS e para recuperar rapidamente as coberturas vacinais. Nós topamos o desafio", disse.



Além de representantes da Fiocruz e especialistas em saúde, o encontro contou com a participação de cinco ex-ministros da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE), o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), Arthur Chioro, José Gomes Temporão e José Agenor.


Fonte: g1

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Após encontro com Guedes, Barbosa diz que opinião do ministro será considerada na transição

Integrantes da transição de governo, os economistas Nelson Barbosa (ex-ministro do Planejamento e da Fazenda) e Guilherme Mello tiveram nesta quinta-feira (23) a primeira reunião com a atual equipe do Ministério da Economia, chefiada por Paulo Guedes.


Nelson Barbosa (esquerda) e Guilherme Mello após encontro com ministro da Economia, Paulo Guedes. — Foto: Alexandro Martello /g1


O encontro, que durou cerca de duas horas e meia, aconteceu no Ministério da Economia, em Brasília. Depois da reunião, Nelson Barbosa disse a jornalistas que as opiniões de Guedes serão levadas em consideração pelo grupo que atua na transição.


"As informações que o ministro apresentou, e opiniões que o ministro deu, serão levadas em consideração na transição", afirmou Barbosa.


Ele não quis detalhar quais as informações foram prestadas pelo atual titular do Ministério da Economia. "A sugestão do ministro, se ele quiser, ele apresenta. É uma conversa entre o governo em exercício e o governo eleito", disse Barbosa.



Na semana passada, durante um evento em comemoração aos 30 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE). Em seu discurso, Paulo Guedes elevou o tom e fez ataques contra Lula.


"Já ganhou, cala a boca, vai trabalhar, vai construir um negócio melhor, porque o desafio é grande", disse Guedes.


PEC da Transição

Os integrantes do grupo de transição relataram que o clima da reunião foi "ótimo". Barbosa afirmou que durante a reunião com Guedes não foi discutida a PEC da transição, proposta do governo eleito para viabilizar o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 650 no ano que vem.


"A PEC está sendo negociada no Congresso, falamos mais da situação da transição. Transição de equipe, de como processar os atos administrativos do ministério nessa transição, o que tem de ser feito em dezembro, o que está programado para ser feito em janeiro", disse.


A PEC da transição retira do teto de gastos os recursos necessários para pagamento do Bolsa Família no ano que vem. Tetos de gastos é a regra que limite as despesas do governo para controlar o crescimento da dívida pública.


Fonte: g1

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MP vai ao TCU para saber se PL usou verba pública em ação que quer anular votos sem provas


O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, acionou a Corte para saber se o PL, partido ao qual o presidente Jair Bolsonaro é filiado, usou dinheiro público na ação em que pede a anulação de parte dos votos sem ter apresentado provas de fraude.


Presidido por Valdemar Costa Neto, o PL pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a anulação dos votos dados em 250 mil urnas, mas somente no segundo turno. O pedido é baseado em um relatório feito por uma consultoria privada.


O TSE multou a legenda em R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé. O tribunal entendeu que o partido de Bolsonaro apresentou um pedido ilícito e realizado de maneira inconsequente.



Para o procurador Lucas Furtado, é preciso calcular quanto o PL gastou de dinheiro público com a ação.


"Possibilidade de questionamento não pode ser entendida como 'carta branca' para se questionar tudo e causar conflitos na sociedade. Ainda mais quando estamos diante de pedido desprovido de fundamentações fáticas e jurídicas", argumentou.

O procurador pediu para instaurar e quantificar o débito advindo da representação e “identificar responsáveis em função do eventual prejuízo causado para a União, haja vista o Supremo Tribunal Federal entender que todo direito é relativo e, portanto, a referida ação poderia caracterizar abuso na proposição de ação judicial”.


Fonte: g1

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Equipe de Lula já avalia 'plano B' caso despesas do Bolsa Família fiquem fora do teto só por 1 ano

A equipe do presidente eleito Lula (PT) já avalia adotar um "plano B" caso a proposta que exclui do teto de gastos as despesas com o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) estabeleça que a permissão será válida somente por um ano. A equipe de transição quer a medida válida por quatro anos.


O presidente eleito Lula — Foto: FáTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


Integrantes da equipe de transição analisam a possibilidade de usar como base uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pagamento de renda mínima por meio de crédito extraordinário. O caminho considerado ideal, porém, ainda é o da aprovação da PEC.


No último dia 16, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin entregou ao Congresso Nacional o texto prévio da PEC. Entre outros pontos, a proposta prevê as despesas com o futuro Bolsa Família fora do teto de gastos.



O governo eleito argumenta que a medida é necessária para manter o benefício em R$ 600 mensais, uma vez que o Orçamento proposto pelo governo Jair Bolsonaro garante R$ 405.


O 'plano B'

Até hoje não implementada, a decisão do Supremo Tribunal Federal determinou ao governo Bolsonaro que implementasse um programa de renda mínima.


Nesse cenário, dizem interlocutores de Lula, o futuro governo poderia editar uma medida provisória para abrir crédito extraordinário para cumprir a decisão do STF e, assim, garantir a promessa de Lula: pagamento mensal de R$ 600 mais R$ 150 por criança de até seis anos.


A saída chegou a ser defendida por uma ala da equipe de transição e pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). O objetivo é evitar negociações com o Centrão antes mesmo de Lula tomar posse. A tese, porém, perdeu força depois que houve sinalizações de que a PEC seria aprovada.



Só que o cenário mudou, principalmente após aliados passarem a defender a exclusão do Bolsa Família do teto por somente um ano.


'Meio termo'

A equipe de Lula, que segue defendendo o Bolsa Família fora do teto por quatro anos, aceita o que considera um "meio termo", isto é, um período de dois anos.


Interlocutores do presidente eleito avaliam que aliados estão criando resistências inesperadas à PEC de olho em negociações sobre a formação do ministério do futuro governo.


Em reunião no escritório da transição, articuladores políticos do presidente eleito avaliam que, hoje, o Senado apresenta mais resistências e dificuldades para aprovar a PEC.


A avaliação é que, na Câmara, o presidente Arthur Lira está colaborando para aprovar a PEC ainda na primeira quinzena de dezembro.


Já no Senado, depois que Tasso Jereissati apresentou uma proposta diferente da do governo, com um aumento no teto de R$ 80 bilhões, o cenário ficou mais difícil para o futuro governo. Segundo aliados de Lula, Tasso tem muito peso e credibilidade entre senadores.


Apresentação do texto foi novamente adiada e prazo final é visto como segunda, para que a PEC seja aprovada em dois turnos no Senado na semana que vem. Valor que ficará fora do teto deve cair de R$ 198 bilhões para casa de R$ 140 bilhões.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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