terça-feira, junho 29, 2021

Mulher é morta a facadas dentro de condomínio onde morava na Grande Natal; ex-marido é principal suspeito

Uma mulher foi morta a facadas, na noite desta segunda-feira (28), na área comum de um condomínio no município de Parnamirim, na região metropolitana de Natal. Segundo a Polícia Civil, o ex-marido da vítima é o principal suspeito.


Anailzy Suany Marques da Costa, de 32 anos, foi morta a facadas na noite desta segunda-feira, 28 — Foto: Reprodução


Vizinhos contaram que por volta das 19h30 ouviram voz de uma mulher gritando por socorro. Quando eles chegaram ao local, encontraram a vítima caída entre dois blocos de apartamentos, próximo à quadra do condomínio. Ela morreu no local, antes da chegada do socorro médico.


A vítima foi identificada como Anailzy Suany Marques da Costa, de 32 anos. Ela estava morando no condomínio localizado no bairro Liberdade há cerca de 3 meses, após se separar do marido, com quem foi casada por 12 anos. Anailzy dividia um apartamento com a irmã e o filho de 12 anos.


O ex-marido de Anailzy tinha se mudado para o prédio havia 3 semanas. Sem que a ex-mulher soubesse, ele alugou um apartamento ao lado do bloco dela.


“Ela foi comprar algum alimento e quando ela resolveu sair do lugar, ele abordou ela. Quando eu cheguei lá, ela pediu socorro, só que ela estava muito ensaguentada”, contou uma vizinha que preferiu não se identificar.


O filho do casal não estava no apartamento no momento do crime. Ele tinha ido passar o fim de semana na casa de parentes e não retornou. Após o crime, o ex-marido de Anailzy não mais foi localizado.



Vizinhos contaram à Polícia Civil que a vítima relatou que tinha uma medida protetiva para garantir distância do ex-marido, com quem viveu um relacionamento abusivo. Mas, Anailzy nunca apresentou o documento ao condomínio para impedir a entrada do ex-marido no local.


O crime será investigado pela Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), por meio da força tarefa de homicídios de Parnamirim. De acordo como a Polícia Civil, o caso será investigado como feminicídio.


Fonte: G1

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PF faz operação para investigar contratos de tecnologia do Ministério da Integração Nacional, Funasa e INSS

A Polícia Federal começou a cumprir, nesta terça-feira (29), 50 mandados de busca e apreensão em uma operação que investiga possíveis irregularidades em contratos de tecnologia da informação firmados com o Ministério da Integração Nacional, a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao todo, os contratos somam R$ 16 milhões.


Carro da Polícia Federal em operação, em imagem de arquivo — Foto: Polícia Federal


Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Distrito Federal e estão sendo cumpridos na capital e em outros cinco estados. Veja lista:


Brasília - 35 mandados

Rio de Janeiro (RJ) - 3 mandados

Planaltina e Formosa (GO) - 6 mandados

Mossoró (RN) - 2 mandados

São Paulo (SP) - 2 mandados

Icapuí (CE) - 1 mandado

João Pessoa (PB) - 1 mandado

A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 22 milhões das contas dos investigados. Segundo a Polícia Federal, entre os alvos da operação, nomeada "Bouchonée", estão servidores suspeitos de participação no esquema e representantes da empresa que fechou os contratos, que não teve o nome divulgado.


Além do bloqueio de valores, a Justiça determinou o afastamento de servidores públicos de suas funções e proibição da empresa de firmar novos contratos. Segundo a PF, "os investigados fraudaram inicialmente uma licitação no Ministério da Integração Nacional, que resultou em uma ata de registro de preços, instrumento que viabilizava que outros órgãos contratassem diretamente a empresa investigada, por meio de adesões a essa ata".



Ainda segundo a corporação, "os investigados criaram um 'kit adesão', com minutas e modelos de documentos necessários para que outros órgãos formalizassem a adesão à ata de registro de preços do Ministério da Integração. Esse 'kit adesão' era repassado aos servidores públicos cooptados, que, mediante o pagamento de propina, iniciavam o processo de adesão à ata do MI".


A PF afirma que os suspeitos lavaram o dinheiro ilícito por meio de lojas de vinhos. "Somente uma delas recebeu transferências de mais de 3 milhões de reais da empresa de TI investigada, num curto período de 4 meses", diz a corporação.


Os investigados devem responder pelos crimes de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. Se condenados, as penas podem ultrapassar 50 anos de prisão.


O nome da operação é um termo em francês, que significa um vinho "arrolhado", ou seja, que apresenta cheiro de papelão e foi arruinado por conta de uma infecção de um fungo na rolha.


Fonte: G1

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Governo do RN conclui pagamento da folha salarial de junho nesta quarta-feira (30)



O Governo do Rio Grande do Norte vai concluir o pagamento da folha salarial do mês de junho dos servidores nesta quarta-feira (30). O pagamento segue a previsão do calendário acordado no início deste ano.


Ao todo, serão depositados R$ 195 milhões na conta dos servidores, totalizando R$ 495 milhões pagos neste mês.


Receberão nesta quarta cerca de 35 mil servidores ativos, inativos e pensionistas que recebem acima de R$ 4 mil (valor bruto). Eles vão receber 70% do salário - os 30% iniciais foram pagos no último dia 15).


Também vão ser depositados os salários dos 23 mil trabalhadores lotados em pastas com recursos próprios, que vão ganhar o valor integral.


No último dia 15, o governo do RN pagou o salário integral aos servidores que recebem até R$ 4 mil (valor bruto) e toda a categoria da segurança pública, além da parcela de 30% aos trabalhadores que recebem acima de R$ 4 mil.


Fonte: G1

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RN registra 337.294 casos confirmados e 6.748 mortes por Covid

O Rio Grande do Norte chegou nesta terça-feira (29) a 337.294 casos confirmados de Covid. A doença vitimou 6.748 pessoas no estado desde o início da pandemia. O boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) aponta ainda que outros 1.446 óbitos estão sob investigação.


A Sesap registrou 16 mortes a mais em relação ao boletim do dia anterior.

O RN tem ainda 159.149 casos suspeitos e 633.282 casos descartados de Covid.


O boletim destaca ainda que 646 pessoas estão internadas por causa da Covid no RN - 475 na rede pública e 171 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 278 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 67,1% na rede pública; com 112 internados, a rede privada tem 73% de ocupação.


Mortes e casos de Covid nas cidades do Rio Grande do Norte

Covid-19: veja a ocupação dos leitos de UTI em Natal

Números do coronavírus no RN

337.294 casos confirmados

6.748 mortes

159.149 casos suspeitos

633.282 casos descartados





Fonte: G1

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Grávidas que tomaram vacina de Oxford no RN só podem tomar 2ª dose 45 dias após o parto, orienta Sesap

 Mais de 400 mulheres grávidas que tomaram a primeira dose da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 só poderão tomar o reforço do imunizante 45 dias após o parto, segundo recomendação da Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte.


Segundo a pasta, a recomendação é que as grávidas que já iniciaram a vacinação com a Oxford devem completar o esquema com o mesmo imunizante, porém só podem tomar a D2 após o puerpério - o período de 45 dias após o nascimento do bebê.


A orientação é criticada por gestantes como a advogada Thais de Fátima Souza Araújo, de 32 anos, que mora em Mossoró, tem hipertensão e tomou a primeira dose da vacina ainda nos primeiros meses de gestação, em maio. Pela recomendação publicada após a suspensão da vacinação com Oxford em grávidas, ela só poderia tomar a segunda dose em novembro.


"Para toda a população dizem : 'tomem a segunda dose, não deixem de tomar a segunda dose, a segunda dose é muito importante para que você fique protegido'. Mas, para as grávidas, que somos um grupo de risco, com mortalidade materna altíssima, o que dizem para a gente? 'Você não podem tomar a segunda dose'. Então nos assusta muito esse posicionamento tão omisso", diz.


Advogada Thais Araújo, de 32 anos, tomou primeira dose da vacina de Oxford no dia 5 de maio e deveria tomar segunda dose em agosto. — Foto: Cedida


Nesta terça-feira (29), a Prefeitura do Rio autorizou que grávidas que tomaram a vacina da AstraZeneca contra a Covid na primeira dose recebam a da Pfizer na segunda aplicação. É a primeira capital brasileira a adotar a combinação de imunizantes.


AstraZeneca suspensa para grávidas

A AstraZeneca foi suspensa para gestantes após recomendação da Anvisa, em 10 de maio, para investigação sobre uma possível “reação adversa” em uma gestante. Logo após suspender a vacinação, o estado informou que aquelas gestantes que tomaram a primeira dose e não tivessem apresentado reação, poderiam tomar a segunda, mas a orientação foi modificada.


Ainda naquele mês, o Ministério da Saúde passou a recomendar a vacinação de grávidas com comorbidades com a CoronaVac e a Pfizer.


No Rio Grande do Norte, através de uma nota técnica publicada no fim de maio, a Sesap recomendou a vacinação com os outros imunizantes para as grávidas em geral, mas apontou que as grávidas que já tinham tomado a primeira dose da Oxford deveriam esperar.


Estamos nos sentindo muito inseguras e abandonadas com essa decisão

— Thais Araújo, gestante

A advogada Thais conta que não apresentou nenhuma reação à vacina de Oxford e tomaria a segunda dose do mesmo imunizante, se fosse oferecido para ela. Ela faz parte de um grupo de gestantes que tem se mobilizado nas redes sociais para buscar a aplicação da segunda dose dentro do prazo certo, seja da Oxford ou outra. "Nossa pauta não é escolha da vacina, mas a 2ª dose no prazo correto", diz.



Ela diz que, entre as gestantes, também há profissionais de saúde, que engravidaram após tomar a primeira dose e também estão se arriscando, porque continuam trabalhando, mesmo sem o esquema vacinal completo.


"No meu caso, o fato de ter hipertensão já é um risco. E a própria gestação hoje é um fator de risco para a Covid. Estamos nos sentindo muito inseguras muito abandonadas com essa decisão", diz.


Fonte: G1

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Lei prevê multa para quem divulgar 'fake news' sobre pandemia da Covid no RN

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), sancionou lei estadual que prevê multa para divulgação de "fake news”, ou notícias falsas, relacionadas à pandemia da Covid-19.


Governadoria do Rio Grande do Norte RN fachada sede prédio Governo do RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


O texto foi publicado nesta terça-feira (29), no Diário Oficial do Estado (DOE).


Segundo a lei, são consideradas informações falsas, conteúdos que distorcem a verdade e afetam o interesse público para obter algum tipo de vantagem.


A multa prevista é de R$ 1.000 e pode ser dobrada, caso a informação falsa seja atribuída a uma autoridade pública.


A lei das “Fake News” tem validade enquanto perdurar o estado de emergência relativo à pandemia pelo coronavírus.


Ainda de acordo com texto, o valor arrecadado com as multas será revertido no combate a pandemia.


Fonte: G1

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Covid: 27 mil pessoas não tomaram 2ª dose de vacina no RN

Quase 27 mil pessoas ainda não tomaram a segunda dose de vacina contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde. O dado foi divulgado nesta terça-feira (29).


Vacina contra Covid-19 no Rio Grande do Norte — Foto: Elisa Elsie


As pasta afirma que está intensificando a atuação com os municípios potiguares para mobilizar a população que ainda não buscou os postos para completar o esquema vacinal.


A orientação aos municípios é que façam busca por esse público. São 26.966 pessoas, ao todo.


“Esse trabalho será a nossa prioridade, estaremos durante essa semana fazendo a busca ativa e teremos reuniões com as apoiadoras das Regionais de Saúde para intensificar o trabalho com os municípios”, disse a subsecretária de planejamento e gestão da Sesap, Lyane Ramalho.


Outra preocupação, de acordo com a Sesap, é com o subregistro da aplicação das doses, que pode estar contribuindo para elevar o número de pessoas que constam no sistema RN Mais Vacina com o esquema vacinal incompleto.


“Precisamos zerar esses números ou no mínimo entender por que ainda existem”, afirma a subsecretária.


Segundo o governo, estão sendo realizadas reuniões virtuais com secretários municipais de saúde, equipes técnicas de imunização e outros órgãos, para tratar sobre o assunto. “Queremos deixar o nosso chamamento para que a população não deixe de tomar a segunda dose, pois só assim estará completando a imunização”, declarou Lyane Ramalho.


Segundo o sistema RN + Vacina, usado pelo governo do estado e pelos municípios para gestão das doses, 1.113.125 pessoas tomaram a primeira dose de vacina contra Covid-19 até a manhã desta terça (29).


As que estão totalmente vacinadas, com as duas doses, são 406.969. Ao todo, o estado contabiliza 1.520.094 doses aplicadas, de 2.027.780 recebidas do Ministério da Saúde.


Quatro vacinas são usadas na imunização no RN e a única que não precisa de duas doses é a Janssen, cujo primeiro lote chegou ao estado na semana passada.


Fonte: G1

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STJ mantém decisão que permite a Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá usarem o nome Legião Urbana

A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve nesta terça-feira (29) sentença que permitiu aos músicos Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá usarem o nome Legião Urbana, mesmo sem autorização de Giuliano Manfredini, filho do fundador da banda, o cantor e compositor Renato Russo, morto em 1996.


Integrantes da Legião Urbana na capa de álbum lançado pela banda em 1987 — Foto: Divulgação


Os ministros analisaram um recurso contra decisão de 2014 da 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, que autorizou Villa-Lobos e Bonfá a usarem o nome mesmo sem autorização do titular quando se apresentarem profissionalmente. Atualmente, a marca Legião Urbana é administrada por Manfredini.


O julgamento estava empatado e foi desempatado na sessão desta terça com o voto do ministro Marco Aurélio Buzzi.


Buzzi acompanhou a divergência aberta pelo ministro Antônio Carlos Ferreira, que já havia sido seguido pelo ministro Raul Araújo.


Para os ministros, o entendimento da Justiça do Rio de Janeiro não deveria ser revisado porque Villa-Lobos e Bonfá também foram responsáveis pela divulgação e valorização da marca.


Segundo Buzzi, a discussão sobre a denominação Legião Urbana envolve patrimônio imaterial porque sem os dois músicos a marca também não existiria.


“A marca está enraizada na vida pessoal e profissional dos recorridos que não podem ser tolhidos do direito de identificação com o nome”, afirmou.


A relatora Isabel Gallotti e o ministro Luis Felipe Salomão ficaram vencidos. A ministra defendeu que a discussão envolvia o direito patrimonial e, portanto, no entendimento dela, o uso da marca seria exclusivo da Legião Urbana Produções Artísticas.


Fonte: G1

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Instalação de bandeira do Brasil em condomínio do DF gera polêmica entre moradores

A instalação de um mastro com a bandeira do Brasil gerou polêmica entre moradores de um condomínio no Distrito Federal. A bandeira foi colocada na entrada do residencial Vivendas Bela Vista, no dia 2 de junho, por decisão de um grupo de 30 moradores.


Mastro com bandeira do Brasil instalado em condomínio do DF — Foto: Arquivo pessoal


O condomínio, no Grande Colorado, região administrativa de Sobradinho, tem 724 casas. Parte dos moradores considerou uma iniciativa de apoio ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), e fez um abaixo-assinado pedindo que a bandeira fosse retirada.


No entanto, a instalação foi autorizada pelo governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Administração Regional de Sobradinho-II, a quem compete disciplinar a ocupação de área pública de uso comum. A justificativa é que o mastro foi colocado fora da área cercada, em uma rotatória de retorno localizada na Avenida São Francisco, ao final da rodovia DF-150.


A ideia de hastear a bandeira de 1,80 metros por 2,56 metros em um mastro de 12 metros foi do general reformado, Haroldo Assad Carneiro, que mora no condomínio. De acordo com o general, o início do projeto contou com o apoio da administração do condomínio.



"Quando o alicerce ficou pronto, um pequeno grupo de condôminos entregou um abaixo-assinado à administração do condomínio, exigindo que o mastro não fosse colocado", diz o militar.


'Guerra' de faixas


Faixa colocada por moradores contra instalação de mastro com bandeira do Brasil em condomínio do DF — Foto: Arquivo pessoal


Com o descontentamento de parte dos moradores, o síndico do residencial interveio para suspender a instalação da bandeira, até que o impasse fosse resolvido. "Seguindo as vias da legalidade, obtivemos as autorizações das autoridades governamentais competentes", conta o general Haroldo.


De acordo com o general, "a instalação foi idealizada, organizada e custeada mediante um rateio dos mencionados trinta moradores, que se cotizaram para tal, não havendo qualquer ônus financeiro para a União, nem para o DF e nem para o condomínio".


Em protesto, moradores contrários a permanência da bandeira instalaram faixas no condomínio. Em uma delas é possível ler: "Nossa bandeira não pode ser usada como símbolo do genocida Jair Bolsonaro e seus milicos de pijama, responsáveis pela tragédia que já matou mais de 460 mil brasileiros" (veja acima).


Reunião de condomínio


Na semana passada, o condomínio chamou uma assembleia geral extraordinária para decidir sobre a retirada do mastro. Segundo o morador Cláudio Eduardo Sampaio, nunca houve uma reunião do condomínio tão cheia.


"Apareceram 196 proprietários, mais seus pares e alguns filhos. Acho que tinha umas 400 pessoas. Para assuntos sérios ninguém aparece", reclama o morador.


"Nunca vi tantas pessoas nessa reunião, desde que comprei meu lote em 1989", diz Sampaio.


Segundo o morador, durante a reunião, o grupo contrário a bandeira apresentou argumentos dos mais diversos para justificar a retirada. "Teve um um engenheiro que trouxe normas técnicas para instalação de para raio, já que o poste da bandeira pode ser um condutor de energia e causar um acidente com risco de vida. Teve também argumentos sobre questões do direito de propriedade do condomínio, onde os moradores é que deveriam decidir se põem ou não a bandeira", contou.


"Os argumentos contra foram bem embasados e até juridicamente defensáveis, mas penso que foi só para não configurar que essas pessoas estão defendendo ideias políticas ou serem chamados de comunistas, ou antipatriotas, ou desagregadores", diz Sampaio.


Ao final, 96 participantes votaram a favor da permanência da bandeira do Brasil e 85 votaram contra.

"Temos diversas questões para melhoria do bem estar dos nossos vizinhos e familiares, que são sempre debatidos em assembleia e quase ninguém aparece. As pessoas têm suas ocupações diárias e, se está tudo dando certo e não tem taxa extra, tá legal. Nem aparecem nas reuniões", reclama.


"Eu não sou contra nem a favor da bandeira. Entendo quem se incomodou, porque acho que o presidente da república abraçou a bandeira do país como um símbolo do seu governo, já que ele não tem um plano de governo. Mas, quanto ao condomínio, espero que essa baboseira se encerre logo e que as pessoas se acalmem", diz o morador.


Fonte: G1

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Defesa de fazendeiro pede que ele seja solto devido à morte de Lázaro Barbosa

A defesa do fazendeiro preso suspeito de ajudar na fuga de Lázaro Barbosa pediu à Justiça para que ele seja solto após a morte do criminoso. Lázaro foi localizado e morto na segunda-feira (28), em Águas Lindas de Goiás.


A juíza Luciana Siqueira tornou a prisão em flagrante do fazendeiro em preventiva na noite de sexta-feira (25). Na decisão, a magistrada disse que manteve a prisão do fazendeiro por entender que "sua liberdade representa risco efetivo à ordem pública".


"O fato apresenta extrema gravidade concreta. Foram reunidos indícios de que ele, por vários dias, deu guarida, em sua fazenda, a criminoso que se supõe de altíssima periculosidade", escreveu a juíza.


Fazendeiro preso suspeito de ajudar Lázaro Barbosa na fuga em Goiás — Foto: Reprodução/TV Globo


No pedido de reconsideração publicado no final da manhã de segunda-feira (29) a defesa argumentou que, após a morte de Lázaro, a prisão cautelar do fazendeiro “caiu por terra”, perdendo, segundo a defesa, o objeto da prisão preventiva.


O pedido ainda não havia sido julgado pela Justiça de Goiás até as 16h50 desta terça-feira (29) .


O caseiro do fazendeiro também chegou a ser preso suspeito de ajudar na fuga do criminoso, mas foi liberado em audiência de custódia. Segundo a decisão, não foi possível verificar que o caseiro tenha aderido à suposta conduta do proprietário da fazenda de ajudar Lázaro.


A magistrada escreveu na sentença que "os indícios de autoria até o momento colhidos revelam-se frágeis, principalmente porque sua relação com o outro autuado é de patrão-empregado".


Fonte: G1

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Criança agredida pelo pai após errar dever de casa em MG tem morte cerebral

O menino de 6 anos que foi agredido pelo pai, após errar o dever de casa em Caratinga (MG), não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta segunda-feira (28).


Elias Emanuel Martins Leite foi internado na UPA de Caratinga, nesse domingo (27), mas, devido à gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido para o Hospital de Pronto-Socorro João 23, na região Leste de Belo Horizonte.


A Prefeitura de Caratinga informou que o menino teve morte cerebral constatada no início da noite desta segunda.


O pai da criança foi preso em flagrante por tortura pela Polícia Civil, ainda no domingo, e encaminhado ao sistema prisional.


De acordo com a PC, o autor justificou que estava embriagado no momento das agressões. Disse também que já teve o poder familiar suspenso em razão de agressões e correções abusivas com o menino, mas que depois foi retomado.


Entenda o caso



Criança foi levada à UPA de Caratinga em estado gravíssimo — Foto: Hérisder Matias/G1


Uma criança de 6 anos ficou gravemente ferida após ser agredida pelo pai, de 26. De acordo com a Polícia Militar, o pai estava ensinando dever de casa ao filho. Por não saber resolver uma atividade e errar, o homem agrediu o menino com tapa, socos, pontapés e uma rasteira.


“O pai e a criança estavam sozinhos em casa. Ele estava ensinando tarefa para a criança e ficou nervoso, pois a criança não estava conseguindo entender a matéria. Ele efetuou socos do rosto, face e crânio da criança. Em certo momento, ele aplicou uma rasteira na criança, ela caiu, veio a bater a cabeça em um móvel e ficou inconsciente”, explicou o tenente Fábio Fonseca.


Ainda segundo a PM, a criança bateu com a cabeça em um móvel e teve uma convulsão. O autor tentou desenrolar a língua do menino e deu um banho nele, mas não conseguiu reanimá-lo.


Diante da situação, o próprio pai levou o filho para a UPA da cidade. Os funcionários da Unidade de Pronto Atendimento acionaram a Polícia Militar, avisando sobre o caso.


“Uma equipe da Polícia Militar fez contato no Pronto Atendimento, onde foi confirmada a gravidade das lesões da criança. Ela se encontra inconsciente, intubada e aguardando transferência para uma Unidade de Tratamento Intensivo pediátrica”, disse o tenente.


Durante os trabalhos da polícia, o autor chegou a ligar para a esposa e madrasta da criança, pedindo a ela que escondesse uma arma que estava no local. A mulher, então, entregou a um irmão dele que também foi preso. A arma não foi localizada.


Ainda de acordo com a PM, o pai da criança tem passagens pela polícia por homicídio. Disse ainda que o autor apresentava sinais de ter ingerido bebida alcoólica.


Fonte: G1

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Conta de luz: Aneel reajusta valor da bandeira tarifária vermelha 2 em 52%

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (29) o reajuste na bandeira tarifária vermelha patamar 2 - cobrança adicional aplicada às contas de luz realizada quando aumenta o custo de produção de energia. A cobrança extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos – alta de 52%.


Nesta segunda-feira (28) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento na televisão em que afirmou que o país passa por um momento de crise hídrica e pediu uso "consciente e responsável" de água e energia por parte da população. O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos (veja mais abaixo).


O reajuste contrariou a área técnica da agência, que havia recomendado uma alta maior na bandeira vermelha 2, de R$ 11,50 a cada 100 kWh consumidos, de forma a equilibrar a alta de custo da geração de energia.


O novo valor para a bandeira tarifária vermelha patamar 2 começa a valer em julho. A previsão é a de que a bandeira permaneça acionada até novembro, segundo a Aneel.


Outras bandeiras também sofreram reajustes, são elas (por 100 kWh consumidos):


Bandeira amarela - passou de R$ 1,34 para R$ 1,874 por 100 kWh consumidos; e

Bandeira vermelha 1 - passou de R$ 4,16 para R$ 3,971 por 100 kWh consumidos.


Entenda mais abaixo o que significa cada bandeira.


A bandeira verde continua sem cobrança adicional, pois sinaliza que não há custo extra para geração de energia.


O último reajuste do sistema de bandeiras tarifárias foi feito em 2019.


Os diretores da Aneel também decidiram abrir uma consulta pública para discutir mudanças na metodologia de cálculo das bandeiras tarifárias e possivelmente novos valores.


Crise Hídrica

O Brasil vive a pior crise hídrica dos últimos 91 anos. Os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste – que respondem por 70% da capacidade de geração de energia do país – estão com 29,4% da capacidade de armazenamento, e não há perspectiva de chuva forte nessas regiões até meados de outubro.


A situação dos reservatórios em junho de 2021 — Foto: Arte/G1


As usinas termelétricas – mais caras e poluentes – estão sendo acionadas para garantir o fornecimento de energia. Por isso, houve aumento no custo da geração de energia – estimado em R$ 9 bilhões pelo Ministério de Minas e Energia, valor que é repassado para os consumidores.


Apesar da crise hídrica, o governo descarta o risco de apagão e de racionamento de energia em 2021.


Impacto na conta de luz

Segundo a Aneel, a previsão é que, nos meses em que vigorar a bandeira vermelha patamar 2, o impacto médio seja de 4,9%.


André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), afirma que um reajuste médio de 15% na bandeira tarifária tem um impacto médio de 5% na conta de luz.


Já uma alta de 5% na conta de luz aumenta, em média, em 0,2 ponto percentual a inflação.


Bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para sinalizar o custo de geração de energia.


A bandeira fica na cor verde quando o nível dos reservatórios está alto e não há necessidade de acionamento extra de usinas térmicas.


A bandeira amarela é acionada quando as condições para geração de energia são menos favoráveis, mas ainda não há o custo extra de acionamento das térmicas.


Já as bandeiras vermelhas entram em vigor quando os reservatórios das usinas hidrelétricas ficam baixos e é preciso acionar várias usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia.


Quanto mais térmicas fornecendo energia, mais caro fica o custo de geração, que pode chegar à bandeira vermelha patamar 2 - o nível mais alta do sistema.


O objetivo do sistema de bandeiras é informar aos consumidores quando o custo aumenta e permitir que eles reduzam o consumo para evitar pagar uma conta de luz mais cara.


Antes do sistema de bandeiras, o custo do acionamento extra das térmicas era repassado somente no ajuste anual das tarifas, o que acarretava na cobrança de juros e correção monetária, penalizando o consumidor.


Divergências

Durante a reunião, o relator do processo, Sandoval Feitosa, propôs que não houvesse um reajuste no momento, apenas uma atualização do valor da bandeira em 1,67%. Feitosa disse ainda que o consumidor deveria participar da decisão, pois ele será o "principal responsável por sair dessa crise".


“A crise hídrica que vivenciamos não foi causada pelo consumidor. Mas esse mesmo consumidor será o principal responsável por sair dessa crise, seja pagando os custos ou economizando. Acho justo e legal que o consumidor participe dessa decisão. E ao arbitrarmos um valor agora, ele não participa dessa decisão”, disse Feitosa.


Por outro lado, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, afirmou que, se não houvesse o reajuste imediato, o déficit poderia atingir R$ 5 bilhões até o fim ano, onerando ainda mais o consumidor.



O voto de Pepitone foi acompanhando por outros três diretores da agência. Somente o diretor Sandoval Feitosa discordou.


Fonte: G1

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Câmara instala comissão do projeto sobre terrorismo; críticos veem 'riscos' à democracia



A Câmara dos Deputados instalou nesta terça-feira (29) uma comissão especial para discutir o projeto que trata de ações de combate ao terrorismo e a outros tipos de atos. A proposta é criticada por partidos de oposição e entidades da sociedade civil.


O texto regulamenta ações do Estado para reprimir atos considerados terroristas e inclui dispositivos que, segundo críticos, representam "riscos" para a democracia e podem, na prática, enquadrar a mobilização social como terrorismo.


O autor do projeto, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), aliado do presidente Jair Bolsonaro, nega a tentativa de criminalização dos movimentos sociais.


>>> Leia mais abaixo os argumentos a favor e contra o projeto.


A comissão instalada pela Câmara será presidida por Evair Vieira de Melo (PP-ES), e o relator será o deputado Sanderson (PSL-RS). Os dois parlamentares são vice-líderes do governo na Câmara, isto é, aliados de Bolsonaro, assim como o autor da proposta.


O texto é uma reedição de um projeto apresentado em 2016 pelo então deputado Jair Bolsonaro. A proposta ficou parada durante a gestão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e, em março deste ano, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou a comissão.


Segundo o projeto, as ações do Estado também poderão ser aplicados nos seguintes atos, mesmo que não sejam considerados terroristas:


ato perigoso para a vida humana ou potencialmente destrutivo em relação a alguma infraestrutura crítica, serviço público essencial ou recurso-chave;

ato que aparente ter a intenção de intimidar ou coagir a população civil ou de afetar a definição de políticas públicas por meio de intimidação, coerção, destruição em massa, assassinatos, sequestros ou qualquer outra forma de violência.

Excludente de ilicitude

O projeto prevê o chamado excludente de ilicitude em alguns casos. O excludente consiste em um militar ou um agente de segurança ser isentado de punição se cometer algo proibido por lei, como matar.



Segundo o texto, presume-se que o agente público envolvido em "operações contraterroristas" atua em legítima defesa quando dispara arma de fogo "para resguardar a vida de vítima, em perigo real ou iminente, causado pela ação de terroristas, ainda que o resultado, por erro escusável na execução, seja diferente do desejado".


O texto também livra de punição o agente infiltrado que comete crimes durante a operação para proteger a própria vida.


Identidade falsa

O texto também permite a infiltração de agentes com identidades falsas em operações para prevenir e reprimir as atividades consideradas terroristas.


De acordo com o projeto: "O poder público viabilizará a proteção da identidade de agentes públicos contraterroristas quando empregados nas ações contraterroristas, inclusive por meio de autorização de uso da identidade vinculada de segurança".


Conforme o projeto, identidade vinculada de segurança é o documento cujos dados de qualificação e as referências a outros registros públicos associados a uma pessoa física são diferentes dos efetivamente atribuídos ao agente que o porta.


Argumentos

Saiba os argumentos contra e a favor do projeto.


Contra o projeto

A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RJ) argumenta que o Brasil não tem histórico de crimes de terrorismo e que o projeto é inconstitucional. "Regulamenta o que o presidente vem tentando fazer de maneira ilegal: o aparelhamento dos órgãos policiais por objetivos policiais e políticos", disse.


Durante a instalação da comissão, algumas entidades de direitos humanos usaram uma rede social para criticar a proposta, chamando o texto de "estado de exceção permanente".


"Com o #PLEstadoDeExceçãoPermanente, a mobilização da sociedade civil corre o risco de ser vista como 'terrorismo', tratada com vigilância e ações de repressão pelas forças de segurança do Estado", escreveram as ONGs Conectas e Artigo 19.


A diretora do Instituto Igarapé, Ilona Szabó, mestre em Estudos Internacionais pela Universidade de Uppsala (Suécia), também se manifestou por meio de uma rede social, afirmando que o projeto representa "riscos" à democracia. "Não podemos permitir que a sociedade civil seja tratada como terrorista", escreveu.



Quando a comissão foi criada, entidades da sociedade civil que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Democracia e dos Direitos Humanos afirmaram que o texto é uma "ameaça aos direitos fundamentais".


"O projeto de lei é parte de uma lista extensa de projetos que têm como pretexto o fomento de novas modalidades de controle da sociedade e que tem por objetivo criminalizar a atuação de lideranças, movimentos de base e organizações da sociedade civil", dizia a nota.


A favor do projeto

Autor da proposta, Vitor Hugo defendeu a necessidade de aprovar o projeto uma vez que, segundo ele, não existe uma legislação que "estabelece critérios" para um sistema de prevenção em combate ao terrorismo.


"Nós tratamos de vários assuntos [na proposta] que visam, no final das contas, proteger a vida humana, proteger a capacidade do Estado de tomar decisões e proteger o patrimônio público e privado", disse.


"Essa legislação, se Deus permitir, virá a suprir uma lacuna que existe e ficou evidente lá em 2001, quando houve aquele ataque às Torres Gêmeas [nos Estados Unidos]". Vitor Hugo nega que a proposta criminalize a atuação de movimentos sociais.


"Só há um tipo penal no projeto de lei aqui, que é aquele que na verdade reforça a cadeia de comando contra terrorista. Essa visão de que está se penalizando ou criminalizando é refutada porque não há um tipo penal", concluiu.


Fonte: G1

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Governo decide suspender contrato para aquisição da vacina indiana Covaxin



Os ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e Wagner Rosário, da Controladoria-Geral da União (CGU), anunciaram nesta terça-feira (29) a suspensão do contrato de compra da vacina indiana Covaxin.


O contrato da Covaxin se tornou alvo da CPI da Covid no Senado e do Ministério Público Federal depois que o servidor Luis Ricardo Miranda, do Ministério da Saúde, e o irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), denunciaram "pressão atípica" dentro da pasta pela aceleração da compra da vacina.


O ministro Wagner Rosário afirmou que o contrato permanecerá suspenso enquanto a CGU estiver realizando, por meio de auditoria, uma "revisão do processo" de aquisição da vacina, a fim de identificar eventuais irregularidades.


"O tempo de suspensão vai durar tão somente durante o prazo de apuração. Nós colocamos a equipe para fazer uma apuração, uma equipe reforçada para ser bastante célere nesse processo e esperamos em não mais de dez dias ter uma resposta sobre essa análise", disse Rosário.


Segundo o ministro, o objetivo é ter "certeza" de que não há "mácula" no contrato.


"A partir daí, a decisão de contratação ou não é um ato de gestão do ministro da Saúde, não cabe à CGU. A CGU está suspendendo o processo única e exclusivamente para verificação de possíveis irregularidades trazidas por um servidor que alega algum tipo de irregularidade que ele não consegue ainda especificar qual é", afirmou Rosário.



Em depoimento à CPI, os irmãos Miranda disseram ter procurado o presidente Jair Bolsonaro para alertar sobre suspeitas de corrupção em relação à compra de 20 milhões de doses do imunizante. Em contraste com a negociação de outras vacinas, a da Covaxin envolvia uma empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. Além disso, a Covaxin é a mais cara das vacinas negociadas pelo Brasil.


Bolsonaro confirmou o encontro com os dois irmãos, mas negou que eles tivessem relatado suspeitas de corrupção. Senadores apontaram prevaricação e apresentaram ao Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime contra o presidente.


Marcelo Queiroga disse que o Ministério da Saúde vai fazer uma "apuração administrativa", embora, em nota, o a pasta tenha informado que não identificou irregularidades no contrato. A decisão de suspender o contrato, segundo a nota, terá por objetivo fazer uma "análise mais aprofundada".


"De acordo com a análise preliminar da CGU, não há irregularidades no contrato, mas, por compliance, o Ministério da Saúde optou por suspender o contrato para uma análise mais aprofundada do órgão de controle. Vale ressaltar que o Governo federal não pagou nenhum centavo pela vacina Covaxin", diz a nota.


Versões do governo

O governo já apresentou três versões diferentes para o caso da Covaxin.


A primeira reação do Palácio do Planalto foi tentar desqualificar as acusações do chefe de importação do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda. Apontou-se adulteração do documento que previa o pagamento antecipado de US$ 45 milhões para uma empresa sediada em Cingapura, um paraíso fiscal.


Depois, ficou provado que o documento estava no sistema do Ministério da Saúde e que não havia sido fraudado 


Diante dessa constatação, o governo divulgou uma segunda versão para o caso — a de que o presidente da República encaminhou as acusações para serem checadas pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello


Só que a versão, segundo senadores da CPI da Covid, era muito frágil. Afinal, o encontro entre Bolsonaro, o deputado Luís Cláudio Miranda e o irmão dele, o servidor Luís Ricardo Miranda, aconteceu no sábado, 20 de março. E, na terça-feira seguinte, 23 de março, Pazuello foi exonerado. Considerada essa versão, o ex-ministro teve somente a segunda-feira (22) para checar as informações.



Nesta terça-feira, por meio do líder no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), o governo divulgou uma terceira versão — a de que Pazuello repassou as acusações para o então secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, apurar


Franco teria feito uma checagem "criteriosa" sem encontrar irregularidade. O ex-secretário-executivo teve supostamente mais tempo que Pazuello para fazer a checagem (quatro dias) porque foi exonerado na sexta-feira, 26 de março.


Fonte: G1

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Mensalão tucano: 2ª Turma do STF decide enviar à Justiça Eleitoral recurso do ex-governador Azeredo



Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiram nesta terça-feira (29) enviar à Justiça Eleitoral um processo criminal que envolve o ex-governador de Minas Gerais e ex-senador Eduardo Azeredo.


Pela decisão, caberá à Justiça Eleitoral analisar se anula ou valida as decisões tomadas no processo, inclusive a condenação pela Justiça de Minas Gerais, instância à qual competia até então julgar o caso, no chamado mensalão tucano.


De acordo com a denúncia do Ministério Público, o mensalão tucano teria desviado ao menos R$ 3,5 milhões de empresas públicas para a campanha eleitoral de Azeredo, que concorria à reeleição ao governo do estado, em 1998.


A defesa argumentou inexistência de provas, mas Azeredo foi condenado em primeira instância em dezembro de 2015 e em segunda instância em agosto de 2017. Em maio do ano seguinte, foi preso.


O julgamento no STF

Os ministros da Segunda Turma do STF analisaram nesta terça-feira um recurso da defesa do ex-governador, que pedia a anulação da condenação, por peculato e lavagem de dinheiro.


Prevaleceu o voto do ministro Gilmar Mendes, acompanhado pelos dos ministros Nunes Marques e Ricardo Lewandowski.


Os ministros consideraram que prevalece a competência da Justiça Eleitoral no caso, mesmo que tenha havido prescrição no crime eleitoral, em relação ao qual há a conexão dos outros delitos.


“As regras constitucionais e legais aplicáveis reconhecem a inequívoca competência da justiça eleitoral para o processamento de crimes eleitorais conexos a crimes comuns”, afirmou o ministro Gilmar Mendes.


O ministro Edson Fachin abriu a divergência. Entendeu que o instrumento usado para discutir a questão, o recurso em habeas corpus, não era o adequado. E que o tema trazido no recurso não foi discutido em instâncias inferiores.


“Compreendo incabível o exame da matéria diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, sob pena de flagrante supressão de instâncias”, afirmou.


Na primeira instância, Azeredo foi condenado, em dezembro de 2015, a 20 anos e 10 meses de prisão. Em agosto de 2017, 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais reduziu a pena em 9 meses - que passou, então, a ser de 20 anos e 1 mês de prisão.


À época, foi determinada ainda a execução provisória da pena —Azeredo chegou a ser preso em maio de 2018, mas foi solto em novembro de 2019, após mudança do entendimento do Supremo em relação à possibilidade de execução da pena após condenação em segunda instância.


A defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para anular a sentença, mas teve o pedido negado. A Quinta Turma do tribunal, no entanto, decidiu reduzir a pena para 15 anos, 7 meses e 20 dias de prisão.



Argumentos da defesa ao STF

Ao Supremo, os advogados de Azeredo argumentaram que a Justiça estadual não é a instância competente para analisar o caso que, para eles, deveria ser enquadrado como caixa 2 e enviado para a Justiça Eleitoral. Em 2019, o Supremo fixou a competência da Justiça Eleitoral para analisar crimes relacionados à infrações eleitorais.


Os advogados pediram, ainda, que todos os atos praticados pela Justiça estadual sejam considerados nulos. Ainda segundo a defesa, processos envolvendo outros réus que tiveram origem na mesma investigação também foram anulados por declaração de incompetência da Justiça estadual.


No processo no STF, a Procuradoria-Geral da República opinou pela rejeição do pedido. Sustentou que a tese da defesa, de incompetência da Justiça estadual, não chegou a ser apresentada e discutida nas instâncias inferiores.


Além disso, argumentou, o Superior Tribunal de Justiça ainda não terminou de analisar um recurso da defesa contra a condenação. O Ministério Público também entende que não há natureza eleitoral nos crimes atribuídos a Azeredo.


Fonte: G1

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