terça-feira, junho 16, 2020

Pesquisadores da UERN desenvolvem estudos para prevenção e combate à Covid-19

Ao longo dos anos, a produção científica vem possibilitando a abertura de novas fronteiras para o conhecimento, contribuindo de forma significativa para a evolução tecnológica e a melhoria da qualidade de vida da população. Em épocas de crise, como a atual pandemia da Covid-19, o seu papel indispensável para a sociedade torna-se ainda mais evidente.
Em meio à crise de saúde pública provocada pelo coronavírus, pesquisadores de todo o país têm empreendido esforços na busca de alternativas para prevenção e combate à contaminação do vírus. E a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) não está de fora desse processo.

Pesquisadores do Grupo de Engenharia de Software (GES) do Departamento de Informática, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (UERN/UFERSA), estão participando ativamente de algumas iniciativas de pesquisa no combate à Covid-19. Os estudos estão sendo desenvolvido com instituições parceiras, como a Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Estadual do Ceará (UECE).

O GES é coordenado pelas professoras Cicília Raquel Maia Leite (UERN), pós-doutora pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), e Christina Pacheco, em estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (associação ampla UERN/ UFERSA), e conta com alunos de graduação e mestrado em Ciência da Computação.

Dentro das ações, foi desenvolvida uma pesquisa para avaliar a resposta rápida dos cientistas brasileiros diante da pandemia de Covid-19. O estudo desenvolvido em parceria entre UERN e a UnB envolveu 25 voluntários, entre alunos de graduação e pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. Na análise, foi feito um levantamento das ações contra a Covid em todas as 114 universidades públicas federais, estaduais e municipais brasileiras, incluído a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan. O estudo mostrou que existem 789 pesquisas em andamento.

Também está em desenvolvimento um novo EPI, numa proposta de ensaio clínico de avaliação do efeito de máscara N95 com nanopartículas de Quitosana para potencialização da filtração e indução de efeito biocida contra coronavírus (SARS-CoV-2). Os pesquisadores visam comparar a eficácia de filtração de vírus, especialmente SARS-CoV-2, em máscaras contendo nanofilmes de quitosana em relação a máscara padrão N95 utilizadas por profissionais de saúde. O trabalho é uma parceria entre a UERN, UnB e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Outros dois projetos para o monitoramento do horizonte tecnológico, que avaliam os avanços mundiais em uma determinada área, foram propostos em um estudo conjunto entre a UERN, UECE e UnB. O primeiro pretende avaliar os desenvolvimentos de testes para o diagnóstico da Covid-19, e um segundo visa avaliar as vacinas.

Uma outra ação fruto da parceria entre a UERN, UnB e Fiocruz é o sistema LAVE+, que está sendo desenvolvido para atuar no monitoramento da prevenção e cuidados com as mãos. O objetivo é desenvolver um sistema inteligente de prevenção e monitoramento remoto, visando auxiliar o processo de higienização das mãos dos profissionais da saúde, com foco no cuidado personalizado, a partir da rotina individual do profissional evitando assim possíveis infecções.

Com ações em diferentes frentes, o Grupo de Engenharia de Software tem oferecido sua expertise na área de informática aplicada à saúde, mais especificamente na área de Mobile Health (Mhealth), para atuar em colaboração e disponibilizar soluções para este momento atípico. Os trabalhos de pesquisa do GES vêm sendo desenvolvidos em parceria com pesquisadoras de outras universidades brasileiras, principalmente a UnB, através da Profª. Drª. Suélia Fleury Rosa e da Profª. Drª. Leonor Santos e seus grupos de pesquisa, e a UECE, por meio da Profª. Drª. Vânia Ceccatto e sua equipe.

Estudiosos de várias instituições ressaltam importância da parceria com a UERN

A Prof. Drª. Leonor Santos vê com satisfação a consolidação e estreitamento das parcerias entre as instituições . Do mesmo modo, Christina Pacheco avalia que a ação colaborativa entre as instituições é de suma importância para potencializar os resultados no combate à COVID. “Essa cooperação entre pesquisadoras de diferentes áreas e universidades é necessária para que os avanços ocorram rápido, algo imprescindível no momento atual de pandemia“.

A Profª. Drª. Suélia Fleury ressalta que parceria da UERN impacta na necessidade de produção de insumos sanitários sumamente urgentes para responder a emergência gerada pela pandemia do COVID-19. “Estamos juntos, com a participação da UERN, visando comparar a eficácia de filtração de vírus, especialmente SARS-CoV-2, em máscaras contendo nanofilmes de quitosana em relação a máscara padrão N95 utilizadas por profissionais de saúde. A conclusão desse estudo irá nos levar inovação tecnológica de uma máscara nova resulte em maior efetividade para filtração e deterioração das partículas virais em relação a máscara padrão tipo N95”, diz.

O Prof. Dr. Pedro Binsfeld destaca que um dos legados importantes deste momento de crise da pandemia do COVID-19 é a construção conjunta de soluções técnicas e científicas que permitam o melhor enfrentamento da pandemia. “Vislumbro nesta prática um salto de qualidade e transformação da pesquisa acadêmica em mais resultados inovadores para o benefício de toda a sociedade”, diz.

Por fim, a Profª. Drª. Cicilia Maia ratifica a necessidade do trabalho em conjunto nesse momento tão delicado. “Buscamos a parceria com outras IES para poder colaborar nesse momento tão atípico que estamos vivendo. Temos a convicção que somente a ciência permitirá que tenhamos menos danos e nos ajudará a sair dessa situação de pandemia. Nossos esforços coletivos vão no sentido de juntar as competências instaladas (pessoal e infraestrutura) para desenvolvimento de soluções para o enfrentamento da COVID. O envolvimento destes pesquisadores possibilitará ampliar as oportunidades, fomentando assim mais transferência de conhecimento e interação nacional das instituições parceiras através de mais atividades conjuntas”, declara.

Fonte: Agora RN
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Idoso de 81 anos morre de Covid-19 após esperar 11 dias por leito no RN; 'Eu só queria uma UTI para salvar meu pai', diz filha

O idoso João Alves de Souza, de 81 anos, morreu em decorrência do coronavírus na última segunda-feira (16) no Hospital Municipal de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal, após esperar 11 dias por um leito de UTI.

João Alves de Souza, de 81 anos, morreu no RN após esperar 11 dias por um leito — Foto: Cedida
João Alves de Souza, de 81 anos, morreu no RN após esperar 11 dias por um leito — Foto: Cedida

Na sexta-feira passada (12), a família do idoso conseguiu uma liminar na Justiça que o dava direito a um leito de UTI especializado de Covid-19 no estado, mas nem assim foi possível. "Não deu tempo. Meu pai já foi pros braços de Deus. Eu só queria uma UTI, eu só queria salvar meu pai. Só isso. Não foi possível. Está doendo muito", lamentou a filha Janaína Fidélis.

A filha reforça que não espera ver outra família passar por essa situação. "Não deu tempo de salvar meu pai, não conseguimos uma UTI. Que outras famílias não sintam essa dor, que outras famílias consigam uma UTI. O que nos conforta é saber que meu pai está descansando nos braços de Deus, pois ele era um homem de Deus e deixou um lindo legado. Isso nos deixa feliz", disse.

"Estamos despedaçados, é uma dor inexplicável. Que outras famílias não sintam essa dor. Não deu tempo. Meu lindo paizinho cheio de vida e de sonhos não está mais aqui".

Na decisão judicial, o juiz Luis Felipe Lück Marroquim deferiu pedido de tutela de urgência para que o Estado providenciasse uma internação "na rede hospitalar pública ou privada" de João Alves de Souza para uma UTI, o que não aconteceu.

Consultada às 16h50 desta terça-feira (16), a plataforma Regula RN, que monitora a regulação dos pacientes em tempo real no RN, apontou que 62 pacientes aguardam por leitos de UTI no estado.

O Tribunal de Justiça do RN já registra 13 processos de 1º grau relativos a pedido de vagas de UTI por conta do novo coronavírus e, em em 2º grau, tem 2 agravos de instrumento (recursos contra decisão de 1º grau), além de um mandado de segurança. Os dados se referem até segunda-feira (15).

O número de ações com pedidos por um leito de UTI na Defensoria Pública do RN também teve uma evolução nos últimos meses. Apenas em junho, até o dia 14, haviam sido registrados 7 pedidos.

Fonte: G1
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Mais de 9 mil servidores públicos no RN receberam auxílio emergencial indevidamente

Um cruzamento de dados feito pela Controladoria Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE) apontou que 9.867 servidores públicos estaduais e municipais podem ter recebido o auxílio emergencial de forma indevida. O montante total pago aos servidores foi de quase R$ 6,6 milhões por parcela.

Sede da CGU em Natal — Foto: Divulgação
Sede da CGU em Natal — Foto: Divulgação

O levantamento consta em um relatório produzido em conjunto pelos dois órgãos datado de 16 de junho e envolve servidores ativos, aposentados e pensionistas. Como critério de cruzamento de dados, foi utilizado o número do CPF. A CGU e o TCE cruzaram os dados de pagamentos do auxílio emergencial com as folhas de pagamento municipais e estadual.

Os resultados desse cruzamento de informações já foram encaminhados ao Ministério da Cidadania para avaliação quanto à eventual suspensão/bloqueio em relação ao pagamento de novas parcelas, bem como para o ressarcimento de parcelas já pagas.

Além disso, cada gestor público terá acesso individualizado às ocorrências de possível prática indevida de servidores do seu órgão, para que tome as medidas cabíveis.

O recebimento indevido do Auxílio Emergencial, mediante a inserção ou declaração de informações falsas em sistemas de solicitação do benefício podem caracterizar crimes de falsidade ideológica e estelionato, além de configurarem possíveis infrações disciplinares a serem analisadas no âmbito do Estado e dos Municípios.

Em todo o o Rio Grande do Norte, o auxílio emergencial foi pago a 1.102.658 potiguares, que representam 31% da população do estado estimada pelo IBGE em 3,5 milhões de habitantes.

Sobre os servidores estaduais, o governo do RN informou, por nota, que não ainda foi notificado do caso. "O governo aguarda notificação dos órgãos de controle da União para eventuais providências. Ressalta, entretanto, que repudia toda e qualquer prática ilícita e reforça o zelo pela legalidade da administração pública", diz a nota.

Uso indevido de CPF
Nos casos em que o servidor suspeite que o seu CPF e dados pessoais foram utilizados de forma indevida para a obtenção do auxílio emergencial, este deverá formular denúncia por meio do Fala.BR e informar essa situação à CGU-Regional/RN, por meio do e-mail: cgurn@cgu.gov.br, ou telefone (84) 3343-4732. Este e-mail também poderá ser utilizado para informar a devolução de valores recebidos indevidamente, ou pode entrar em contato com o Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Central de Atendimento ao Jurisdicionado (CAJ), pelo telefone (84) 3642-7275, ou pelo e-mail: caj@tce.rn.gov.br, para os mesmos fins.

Os servidores que receberam o benefício de forma indevida podem realizar a devolução dos valores, acessando o canal virtual do Ministério da Cidadania.

Fonte: G1
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Inmet alerta para chuvas fortes em 81 cidades do RN; veja lista


O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas fortes em 81 cidades do Rio Grande do Norte. O alerta é válido desta terça-feira (16) até 10h da quarta-feira (17).

Chuva vai atingir Natal e outras cidades do estado — Foto: Pedro Vitorino/Cedida
Chuva vai atingir Natal e outras cidades do estado — Foto: Pedro Vitorino/Cedida

De acordo com o órgão, as chuvas podem ser de 20 a 30 milímetros por hora e atingir até 50 milímetros por dia. Segundo o Inmet, o riscos potenciais são de alagamentos e pequenos deslizamentos, em cidades que tenham essa área de risco.

As chuvas são consideradas de "perigo potencial", o segundo numa escala de gravidade de quatro, e vai atingir boa parte da extensão litoral potiguar, além de parte da região agreste do Rio Grande do Norte. Paraíba, Pernambuco e Alagoas também vão ser afetados pelas chuvas.

A recomendação do instituto é para que se evite enfrentar o mau tempo, evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada e que se fique atento às alterações nas encostas.

Chuva vai atingir RN, PB, PE e AL — Foto: Inmet
Chuva vai atingir RN, PB, PE e AL — Foto: Inmet

Confira as cidades que vão receber chuvas no RN
Angicos
Arês
Barcelona
Baía Formosa
Bento Fernandes
Bom Jesus
Brejinho
Caiçara do Norte
Caiçara do Rio do Vento
Campo Redondo
Canguaretama
Ceará-Mirim
Cerro Corá
Coronel Ezequiel
Espírito Santo
Extremoz
Fernando Pedroza
Galinhos
Goianinha
Guamaré
Ielmo Marinho
Jandaíra
Januário Cicco
Japi
Jardim de Angicos
Jaçanã
João Câmara
Jundiá
Lagoa D'Anta
Lagoa de Pedras
Lagoa de Velhos
Lagoa Salgadas
Lajes
Lajes Pintadas
Macau
Macaíba
Maxaranguape
Montanhas
Monte Alegre
Monte das Gameleiras
Natal
Nova Cruz
Nísia Floresta
Parazinho
Parnamirim
Passa e Fica
Passagem
Pedra Grande
Pedra Preta
Pedro Avelino
Pedro Velho
Poço Branco
Pureza
Riachuelo
Rio do Fogo
Ruy Barbosa
Santa Cruz
Santa Maria
Santo Antônio
Senador Elói de Souza
Senador Georgino Avelino
Serra Caiada
Serra de São Bento
Serrinha
São Bento do Norte
São Bento do Trairi
São Gonçalo do Amarante
Sã José de Mipibu
São José do Campestre
São Miguel do Gostoso
São Paulo do Potengi
São Pedro
São Tomé
Sítio Novo
Taipu
Tangará
Tibau do Sul
Touros
Vera Cruz
Vila Flor
Várzea

Fonte: G1
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Receita Federal registra mais de 200 mil declarações do Imposto de Renda no RN

A Receita Federal registrou que, até as 10h desta terça-feira (16), recebeu 203.092 declarações do Imposto de Renda no Rio Grande do Norte. Os dados representam 1,04% do total nacional que já foi computado - 19.501.032. A previsão é que 336 mil contribuintes no estado entreguem a declaração até o dia 30 de junho.

Prazo final para entrega de declaração é 30 de junho — Foto: Letícia Paris/G1
Prazo final para entrega de declaração é 30 de junho — Foto: Letícia Paris/G1

O programa para fazer a declaração está disponível no site da Receita (clique aqui). A Receita Federal espera receber 32 milhões de declarações.

Este ano, por causa da pandemia do novo coronavírus, o prazo final de apresentação da declaração foi adiado do dia 30 de abril para o dia 30 de junho. Também foi retirada a exigência de se informar o número constante no recibo de entrega da última declaração de ajuste anual para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2020.

Quem deve declarar?
Deve declarar o IR neste ano quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado.
Contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano passado;
Quem obteve, em qualquer mês de 2019, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;
Quem teve, em 2019, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural;
Quem tinha, até 31 de dezembro de 2019, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;
Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês do ano passado e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro de 2019;
Quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.

fonte: G1
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Primeiro dia de 'drive thru' de testes rápidos do coronavírus tem fila quilométrica em Natal

Uma quilométrica fila de carros se formou nos arredores da Arena das Dunas nesta terça-feira (16), primeiro dia do “drive thru” para a realização de testes rápidos do novo coronavírus. De acordo com a Prefeitura de Natal, os exames, que são gratuitos, vão ser realizados com os pacientes dentro dos veículos, e o foco é em principalmente em idosos, além de pessoas com comorbidades e sintomáticos.

Primeiro dia de 'drive thru' de testes rápidos do coronavírus tem fila quilométrica em Natal — Foto: Augusto César Gomes
Primeiro dia de 'drive thru' de testes rápidos do coronavírus tem fila quilométrica em Natal — Foto: Augusto César Gomes

Por causa do trânsito na região, a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) interditou os túneis da Avenida Prudente de Morais com a Lima e Sival, da Avenida Capitão-Mor Gouveia e da Avenida Romualdo Galvão.

Ao todo, de acordo com o Executivo, foram adquiridos 20 mil testes. Os exames serão feitos das 8h às 17h e levam cerca de 20 minutos para ficarem prontos. A expectativa é de aplicar cerca de 900 testes por dia.

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A entrada para a realização dos testes rápidos é pelo portão P1 da Arena. Os exames estão sendo aplicados preferencialmente para pessoas com idades acima de 60 anos, que são sintomáticas da Covid-19. Será cobrado comprovante de residência na cidade, que pode pertencer até a um parente de primeiro grau.

Fila de carros seguiu pela Avenida Prudente de Morais, no entorno da Arena das Dunas — Foto: Augusto César Gomes
Fila de carros seguiu pela Avenida Prudente de Morais, no entorno da Arena das Dunas — Foto: Augusto César Gomes

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os kits para os exames foram comprados pela própria Prefeitura de Natal. Parte desses 25 mil testes serão distribuídos também para as 11 Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Natal que estão com horários estendidos, de acordo com o prefeito Álvaro Dias. Além disso, 2 mil deles vão ser para testagem de servidores, como guardas municipais e garis.

O prefeito Álvaro Dias falou ainda que o atendimento por 'drive thru' será ampliado a partir da próxima semana. No dia 23, ele passará a ser feito também no entorno do Ginásio Nélio Dias, na Zona Norte.

Há muita procura pelos testes rápidos de coronavírus no "drive thru" da Arena das Dunas em Natal — Foto: Kleber Teixeira/InterTV Cabugi
Há muita procura pelos testes rápidos de coronavírus no "drive thru" da Arena das Dunas em Natal — Foto: Kleber Teixeira/InterTV Cabugi

Fonte: G1
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Senado dá aval para governo prorrogar redução de jornada e salário até o fim do ano

O Senado deu aval para o governo prorrogar a suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornadas e salários enquanto durar o período de calamidade pública, ou seja, até o fim do ano. O período de adiamento, porém, dependerá de decisão do presidente Jair Bolsonaro. Os senadores aprovaram a medida provisória sobre o tema por 75 votos favoráveis e nenhum contrário.

Medida foi aprovada em sessão remota, com 75% dos votos favoráveis e nenhum contrário.
© Pedro França/Agência Senado Medida foi aprovada em sessão remota, com 75% dos votos favoráveis e nenhum contrário.

A proposta seguirá direto para sanção do presidente Jair Bolsonaro, o que deve ocorrer nos próximos dias. A MP 936/2020 foi assinada por Bolsonaro em abril e é vista como essencial para a preservação de empregos e um alívio financeiro às empresas durante a pandemia de covid-19. Até esta terça-feira, 16, de acordo com o Ministério da Economia, pelo menos 10,693 milhões de acordos entre funcionários e empregadores foram assinados nos moldes da MP.

O texto original da MP autorizava a suspensão de contratos por até 60 dias e a redução de jornada, por até 90 dias. Com a mudança, as empresas poderão estender o período de suspensão ou redução. O adiamento, porém, depende de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro. Conforme o Estadão/Broadcast antecipou, o governo avalia prorrogar o período de suspensão por mais dois meses e o prazo de redução de jornada e salário por mais 30 dias.

O governo deve sancionar rapidamente o projeto. Uma das preocupações da equipe econômica e de alguns setores é com acordos de suspensão fechados no início de abril e que venceram no início deste mês. Ou seja, as empresas dependem da prorrogação para continuar com os contratos suspensos por mais um período a partir de julho.

A medida permite redução de jornada em 25%, 50% ou 70%, com um corte proporcional no salário, por até três meses. Também é possível suspender o contrato por até dois meses. O governo estabeleceu uma compensação depositando valores diretamente na conta dos trabalhadores que podem chegar a 100% do seguro-desemprego, dependendo do nível salarial.

A suspensão ou a redução garante ao funcionário um nível de estabilidade no emprego. Por exemplo, se o empregado tiver três meses de salário reduzido, a empresa terá de pagar multas maiores em caso de demissão sem justa causa durante um período de seis meses - o dobro do tempo de duração da redução na jornada. O acordo pode ser fechado coletivamente com sindicatos ou individualmente com cada funcionário.

CLT. O Senado retirou alguns trechos incluídos pela Câmara na medida provisória, entre eles aqueles que traziam alterações permanentes na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), considerou essa parte estranha ao escopo principal da MP, ou seja, um "jabuti" no jargão do Congresso.

A impugnação desagradou o governo, mas foi vista como necessária para aprovar a MP e evitar que o texto voltasse à Câmara dos Deputados. Entre os pontos impugnados por Alcolumbre em acordo com senadores, estavam alterações na jornada de trabalho dos bancários e no cálculo de variação das dívidas trabalhistas na Justiça.

Na mesma sessão, o Senado barrou outra medida incluída pela Câmara que poderia aumentar a margem de empréstimos consignados no período da pandemia de covid-19. O dispositivo aumentava de 35% para 40% a margem de empréstimo descontado em folha para aposentados, servidores e trabalhadores com carteira assinada./COLABOROU IDIANA TOMAZELLI

Fonte: Estadão
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Um menino de 5 anos que ficou cego e outros efeitos trágicos das informações falsas sobre a covid-19

Notícias falsas podem matar?

Uma equipe da BBC investigou dezenas de casos de informações erradas sobre a covid-19, conversando com pessoas afetadas e autoridades médicas a fim de verificar os relatos. A reportagem encontrou relações entre as fake news propagadas durante a pandemia e episódios de ataques, incêndios provocados e mortes ao redor do mundo.

Especialistas afirmam que o potencial de estrago indireto causado por boatos e teorias da conspiração pode ser ainda muito maior.

“Achávamos que o governo estava usando a covid-19 para desviar nossa atenção ou que tivesse a ver com o 5G”, afirmou Brian Lee Hitches. “Daí, não seguimos as regras nem procuramos ajuda antes.“

Brian, 46, conversou com a BBC por telefone de um leito de hospital na Flórida. Sua mulher está em estado grave, sedada e com um respirador em uma sala ao lado.

“Seus pulmões estão inflamados, e seu corpo simplesmente não responde”, afirma, com voz trêmula.

Após ler teorias conspiratórias na internet, o casal pensou que a doença era um engodo ou no máximo uma gripe. Mas no início de maio, sua mulher contraiu o coronavírus.

“Agora me dou conta de que o coronavírus definitivamente não é falso. Ele está lá fora, se espalhando.”

Desinformação perigosa
Uma equipe da BBC tem investigado o custo humano da desinformação a partir de dezenas de casos, alguns que não tinham vindo a público ainda. Foram entrevistadas pessoas afetadas e autoridades de saúde a fim de checar as histórias.

Os efeitos se espalham pelo mundo.

Boatos na internet levaram a ataques feitos por multidões na Índia e envenenamento em massa no Irã. Engenheiros de telecomunicações foram ameaçados e atacados e torres de transmissão de telefonia celular foram incendiadas no Reino Unido e em outros países. Tudo em decorrência de teorias conspiratórias.

Grafite anti-5G em Nova York
© BBC Grafite anti-5G em Nova York

No Estado americano do Arizona, um casal ingeriu uma garrafa de um produto de limpeza de aquários ao pensar, erroneamente, que ele continha um remédio profilático contra a covid-19.

Envenenamento por produtos de limpeza
O mês de março se aproximava do fim quando Wanda e Gary Lenius começaram a ouvir sobre a hidroxicloroquina. O casal notou que havia um ingrediente aparentemente similar no rótulo de uma velha garrafa guardada na casa deles.

A droga hidroxicloroquina pode ter o potencial de combater o vírus, mas ainda há pesquisas em andamento sobre o remédio, por isso sua eficácia não pode ser comprovada ou descartada de modo seguro.

Nos últimos dias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu retirar temporariamente a hidroxicloroquina da sua lista de medicamentos em estudo para tratar a covid-19. Com base em um estudo publicado na Lancet, a instituição alegou que não estava claro que o medicamento apresentava o nível de segurança necessário. Mas o estudo em questão sofreu diversos questionamentos sobre a confiabilidade dos dados e foi retirado da plataforma. Em seguida, a OMS decidiu retomar os estudos com a droga.

Hidroxicloroquina tem sido defendida pelos presidentes Bolsonaro e Trump, mesmo sem estudos definitivos sobre sua eficácia
© Getty Images Hidroxicloroquina tem sido defendida pelos presidentes Bolsonaro e Trump, mesmo sem estudos definitivos sobre sua eficácia

Especulações sobre a eficácia da hidroxicloroquina contra a covid-19 começaram a circular pela internet na China no fim de janeiro. Veículos de imprensa, inclusive estatais, citaram estudos antigos sobre seu uso como um remédio antiviral.

Pouco depois, um especialista francês anunciou resultados promissores. Ainda que a pesquisa tenha sido amplamente questionada, o interesse em hidroxicloroquina disparou. Ela foi citada, com níveis distintos de ceticismo, por diversos veículos de imprensa e figuras influentes, a exemplo do executivo-chefe da Tesla, Elon Musk, e o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

A droga passou a figurar também em entrevistas de autoridades na Casa Branca e em tuítes do líder americano, Donald Trump. “O que nós temos a perder”, disse em 3 de abril. “Tome.”

Em meados de maio, ele disse ter tomado a droga, seguindo seu próprio conselho. Cada menção do presidente dos EUA resultava em picos de comentários e buscas sobre a droga, segundo dados da ferramenta de monitoramento online CrowdTangle.

São raros os relatos de overdose da hidroxicloroquina, mas a ansiedade decorrente da pandemia levou pessoas a medidas extremas.

Na Nigéria, um aumento do número de pessoas com envenenamento por hidroxicloroquina levou autoridades de saúde do Estado de Lagos a alertar a população contra o uso da substância.

No início de março, um vietnamita de 43 anos deu entrada em uma clínica especializada em envenenamento em Hanói após ingerir uma dose enorme de cloroquina. Ele estava avermelhado, trêmulo e incapaz de enxergar direito. O diretor da unidade de saúde, Nguyen Trung Nguyen, afirmou que o paciente teve sorte de ser atendido rapidamente, pois poderia ter morrido.

Presidente Trump disse que ele tem tomado hidroxicloroquina
© Getty Images Presidente Trump disse que ele tem tomado hidroxicloroquina

O americano Gary Lenius não teve tanta sorte. O produto de limpeza que ele e a mulher Wanda ingeriram continha uma substância diferente e era venenoso.

Em poucos minutos, ambos sentiram tonturas e calor. Vomitaram e tiveram dificuldade para respirar. Gary morreu e Wanda acabou hospitalizada.

Ela explicou depois porque tomaram o produto de limpeza. “Trump ficava dizendo que isso era praticamente uma cura.”

Envenenamento por álcool
No Irã, autoridades afirmam que centenas de pessoas morreram envenenadas por álcool depois que viralizaram boatos sobre seus supostos efeitos terapêuticos.

Ao todo, o boato afetou ao menos 796 pessoas até o fim de abril, segundo Kambiz Soltaninejad, autoridade da Organização de Medicina Legal do Irã. Segundo ele, essas mortes foram resultado de “notícias falsas em redes sociais”.

A verdade por trás desse número é nebulosa em um país onde o álcool é proibido e o álcool ilegal é frequentemente contaminado. Mas, neste caso, a equipe da BBC viu rumores da suposta "cura" se espalhando no aplicativo de mensagens Telegram antes do anúncio oficial do governo sobre as mortes.

Autoridades do Irã, incluindo o presidente Hassan Rouhani, se encontram para debate pandemia
© Getty Images Autoridades do Irã, incluindo o presidente Hassan Rouhani, se encontram para debate pandemia

Shayan Sardarizadeh, da equipe de desinformação da BBC Monitoring, observa que o anúncio representou um constrangimento considerável para as autoridades iranianas - pela proibição ao álcool - e que o número pode estar subestimado.

A BBC investigou a veracidade de um dos casos e identificou que um menino de 5 anos ficou cego depois que seus pais o fizeram ingerir a bebida ilegal como uma tentativa de combater a doença.

'Meu amigo comeu sabão'
Para além da hidroxicloroquina, o presidente americano, Donald Trump, fez especulações também sobre diversas supostas curas da covid-19. No fim de abril, ele sugeriu que raios ultravioletas poderiam neutralizar o vírus.

“Daí vejo o desinfetante, que derruba o vírus em um minuto. Um minuto. Pode existir uma maneira de fazer algo desse tipo por dentro, com uma injeção, ou quase como uma limpeza?”

Ante a reação negativa de sua declaração, Trump afirmou depois que estava sendo sarcástico. Mas alguns americanos não viram dessa forma, e serviços de informação por telefone sobre controle de venenos afirmou ter recebido ligações acerca do conselho presidencial.

Uma autoridade do Estado americano do Kansas afirmou que uma pessoa ligou para pedir informações depois que um amigo ingeriu sabão desinfetante líquido após a fala do presidente.

Duncan Maru, médico do hospital Elmhurst, em Nova York, afirmou que colegas trataram pacientes que ficaram bastante doentes depois de ingerirem desinfetante.

“Esse consumo pode ter consequências de longo prazo, como câncer e sangramentos gastrointestinais.”

Incêndios, ataques e conspirações
Redes sociais têm sido um terreno fértil para teorias conspiratórias. Uma das muitas relacionadas ao coronavírus que circulam online levou a incêndios e ataques.

No Reino Unido, mais de 70 torres de transmissão de telefonia celular foram vandalizadas por causa de falsos rumores de que a tecnologia de comunicação móvel 5G seria de alguma forma responsável pelo coronavírus.

Em abril, Dylan Farrell, engenheiro da Openreach, dirigia sua van próximo a Leicester. Havia sido um dia longo e ele encostou o carro para tomar um chá. Logo depois, começou a ouvir gritos.

Primeiramente, Farrell pensou que eles fossem voltados para outra pessoa. Mas quando ouviu “5G” sendo gritado pela janela do passageiro percebeu que era com ele mesmo.

“Você não tem moral alguma, o 5G está matando a todos”, gritou o homem.

Farrell relata que se não tivesse trancado as portas o homem teria invadido o carro e o agredido fisicamente. “Foi assustador.”

“Temos visto uma série de teorias conspiratórias há bastante tempo sobre o 5G. Elas acabaram evoluindo para se conectarem ao novo coronavírus”, afirma Claire Milne, da Full Fact.

Tensões raciais e ataques violentos
Em março, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a pandemia poderia resultar em outro “inimigo perigoso”. Ele se referia ao racismo contra pessoas da China e do continente asiático, mas o vírus exacerbou tensões em diversos países.

Em abril, três muçulmanos foram atacados violentamente em incidentes separados em Nova Déli, na Índia. Segundo a polícia, eles foram agredidos depois que passaram a circular rumores de que muçulmanos estavam disseminando o vírus.

Em Sisai, uma pequena vila no leste da Índia, gangues rivais se confrontaram. Isso ocorreu após um ataque a um garoto muçulmano, novamente uma ação associada aos falsos rumores. Um jovem perdeu a vida e outro ficou seriamente ferido.

Informações falsas também circularam entre comunidades étnicas. Em Bradford, na Inglaterra, boatos afirmavam que pacientes não brancos estavam sendo abandonados à morte.

Na cidade indiana de Indore, médicos que tentavam localizar um paciente infectado foram atacados com pedras em meio à circulação de vídeos no WhatsApp com acusações falsas de que muçulmanos saudáveis estavam sendo sequestrados por profissionais de saúde e contaminados propositalmente com covid-19. Dois médicos ficaram feridos gravemente.

Danos de conspirações

A desinformação online pode ter consequências diretas, e plataformas de rede social como o Facebook disseram que removerão as postagens ligadas ao coronavírus que representam uma ameaça imediata.

Mas a circulação de informações falsas também pode ter efeitos indiretos ou retardados.

Brian Lee Hitchens, paciente da Flórida que foi seduzido pelas teorias da conspiração por coronavírus, e sua esposa não tinham uma convicção firme sobre a doença. Oscilavam entre pensar que o vírus era uma farsa, ligada ao 5G, e que era uma doença real, mas não grave.

Então eles seguiram a vida normalmente, apesar dos alertas das autoridades. Brian não se preocupava com o distanciamento social ou o uso de uma máscara.

A contaminação pelo vírus o trouxe de volta à realidade. Ele voltou suas energias para as redes sociais, desta vez para alertar as pessoas sobre as teorias de desinformação e conspiração.

Especialistas dizem que publicações como a de Brian podem ser mais úteis no combate a conspirações do que artigos de notícias e checagens de fatos.

"Uma das maneiras mais eficazes de tentar corrigir uma informação", diz Claire Milne, da Full Fact, "é conseguir que a pessoa que fez a alegação original faça isso sozinha".

'Perdemos muitas vidas para a desinformação'
O caso de Brian pode ser um caso extremo, mas com a enorme quantidade de informações circulando — a OMS falou em infodemia — muitas outras pessoas foram enganadas pelo que leram na internet.

Eles não estão necessariamente se matando tomando curas falsas. Mas podem estar diminuindo suas chances de sobrevivência ao não considerar que o coronavírus é real e perigoso.

Em uma sexta-feira de maio, dois homens na casa dos 40 anos chegaram a um hospital de emergência no bairro de Queens, em Nova York. Eles moravam na mesma casa, trabalhavam em turnos longos e compartilhavam uma cama de solteiro. Ambos estavam gravemente doentes.

Em poucas horas, o médico Rajeev Fernando viu um deles morrer diante de seus olhos. O outro foi colocado em um respirador.

Fernando perguntou aos dois por que eles não foram ao hospital antes, e ouviu deles que leram em algum lugar na internet que a ameaça do vírus não era séria.

"Eles tentaram terapias alternativas, achando que isso é exatamente como a gripe."

Ambos estavam no grupo de risco da covid-19, que inclui cardíacos, diabéticos e hipertensos, por exemplo. Mas o médico Rajeev Fernando acredita que eles poderiam ter se recuperado se tivessem ignorado os conselhos falsos e procurado ajuda especializada mais cedo.

O professor Martin Marshall, presidente do Royal College de Clínicos Gerais, afirmou que ele e seus colegas no Reino Unido constataram que vários de seus pacientes receberam dicas de postagens que viram na internet — como, por exemplo, de que é possível fazer um autodiagnóstico prendendo a respiração, ou de que tomar bebidas quentes ajuda a combater o coronavírus. Alguns citaram declarações do presidente Trump sobre desinfetante como justificativa.

Para Maru, médico do Hospital Elmhurst de Nova York, é difícil culpar os próprios pacientes.

"A desinformação é um problema estrutural. Culpar alguém por ingerir alvejante ou por ficar em casa e morrer é como culpar alguém que está andando na rua e é atropelado por um motorista bêbado."

Em resposta à onda de desinformação, plataformas de redes sociais elaboraram novas regras. Em um comunicado, o Facebook disse: "Não permitimos informações erradas e removemos centenas de milhares de postagens, incluindo curas falsas, alegações de que o coronavírus não existe, que é causado pelo 5G ou que o distanciamento social é ineficaz". A empresa também diz que colocou alertas em 90 milhões de peças de conteúdo.

O YouTube diz que não permite conteúdo que promova curas perigosas e que possui uma série de políticas contra a desinformação ligada ao covid-19, incluindo contestar a existência da doença ou sugerir que ela é causada pelo 5G.

O que mais nos espera?
Enquanto as pesquisas avançam em busca de uma vacina contra o coronavírus, muitos grupos antivacina e ligados a teorias conspiratórias veem sua audiência crescer. Eles figuram um risco de saúde em potencial, mas ainda não imediato.

O que alguns médicos entrevistados pela BBC mais temem é que o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, que seria um feito incrível, seja minado pela desinformação.

O futuro é assustador, afirmam médicos, por causa do que estamos vendo atualmente.

Brian, o paciente de coronavírus na Flórida, tem uma mensagem para as pessoas que ainda acreditam nas teorias conspiratórias que ele apoiava antes.

“Não seja tolo como eu fui, e a mesma coisa que aconteceu comigo e com minha mulher não acontecerá a você.”

Com reportagem de Khue Luu Binh, Flora Carmichael, Alistair Coleman, Shruti Menon, Olga Robinson, Shayan Sardarizadeh, e um jornalista da BBC Persian.

Fonte: BBC News
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Policial empurra repórter em protesto e intimida profissional em DP: 'Não vai dar em nada'

Repórter do UOL gravava a abordagem policialPresente na cobertura dos protestos na Avenida Paulista no último domingo (14), o repórter Luís Adorno, do UOL, foi empurrado por um policial militar durante a cobertura dos atos e, com isso, teve a tela do celular quebrado. Além disso, o profissional foi intimidado por militares quando foi registrar queixa no 78º DP, na Zona Oeste da capital paulista.

O incidente ocorreu enquanto o repórter filmava uma abordagem policial. Durante o ato, um grupo com aparatos nazistas passou em frente ao Masp e um deles disse: ‘Protesto de merda”. Foi então que outros grupos que pertenciam a manifestação antifascista começaram a alertar os jovens de que eles não eram bem-vindos.

Ao se direcionar ao policial para avisar que os jovens estavam usando artigos neonazistas, um dos PMs respondeu: “Infelizmente, a gente vive num país em que a democracia é livre”. Um dos jovens com camiseta com suásticas complementou: “Liberdade de expressão”, conforme versão do UOL.

Na sequência, o PM disse: “Alguém aqui… Pode fornecer o documento do senhor [antifascista]? A gente vai conduzir, então, para a delegacia.” O rapaz respondeu: “Vamos, demorou. O playboy vai para a delegacia comigo? Ele vai para a delegacia mesmo? Ou só eu vou?”. O PM pediu o documento ao homem com aparatos nazistas, que respondeu: “Ixe, eu tô sem”. O policial pediu, então: “Tá sem? Encosta aqui, por gentileza.”.

Nesse momento, Luís gravava a abordagem quando foi empurrado pelo policial, pelas costas. De acordo com apuração do site, o PM que cometeu o ato é Ricardo Avilda de Souza, de 37 anos.

O repórter continuou registrando as imagens e ao ver o policial passar disse a ele: “Pô, cara, não precisava disso, né? Não precisava”. Com a mão direita na cintura, o PM foi em direção ao repórter e disse: “O que é que você tá falando aí? Vamos conversar, vamos trocar uma ideia, então”.

Segundo o jornalista, ele perguntou o nome do policial que disse não ter entendido a pergunta. Luís repetiu a frase “não tinha necessidade” e se afastou para relatar o caso para a redação. Enquanto isso, ouviu de um dos policiais: “Vai, c****”. O repórter voltou ao local para continuar seu trabalho e fotografou o PM.

Após o ocorrido, o jornalista foi à delegacia para registrar a ocorrência e no local encontrou com o policial que o empurrou. O militar disse ao repórter: “Por que não veio conversar comigo? Vamos trocar ideia, você ficou com medo?” Um policial civil que tinha acabado de sair da sala do delegado o orientou: “Nem discute que vai ser pior, o delegado vai ouvir ele e não vai dar nada”.

No BO, o policial militar afirmou que esbarrou acidentalmente no repórter e que estava preocupado com a repercussão do fato.

O UOL está adotando as medidas cabíveis.

Fonte: Isto É
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Ministro do STF determina quebra de sigilo bancário de 10 deputados e 1 senador bolsonaristas

Ministro do STF determina quebra de sigilo bancário de 10 ...

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra dos sigilos bancários de dez deputados e um senador bolsonaristas. São os seguintes:

Alê Silva, deputada (PSL-MG)
Aline Sleutjes, deputada (PSL-PR)
Arolde de Oliveira, senador (PSD-RJ)
Bia Kicis, deputada (PSL-DF)
Carla Zambelli, deputada (PSL-SP)
Caroline de Toni, deputada (PSL-SC)
Daniel Silveira, deputado (PSL-RJ)
General Girão, deputado (PSL-RN)
Guiga Peixoto, deputado (PSL-SP)
Junio Amaral, deputado (PSL-MG)
Otoni de Paula, deputado (PSC-RJ)
A determinação faz parte do conjunto de medidas adotadas para identificar financiadores de manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar. Um inquérito aberto no STF pelo ministro Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria Geral da República investiga a organização dessas manifestações.

Na manhã desta terça, por decisão de Moraes, a Polícia Federal começou a cumprir 26 mandados de busca e apreensão contra 21 pessoas, entre as quais empresários, blogueiros, youtubers e um deputado, em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão e Santa Catarina.

Busca e apreensão
Pela manhã, dentre os 26 mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal cumpriu um no gabinete do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos principais defensores do presidente Jair Bolsonaro na Câmara.

Os investigadores fizeram o chamado "espelhamento" das informações de computadores do escritório.

A PF ainda localizou três computadores com aplicativos que inviabilizavam a cópia do material. Diante da situação, os agentes levaram dois computadores que seriam do deputado e um do chefe de gabinete.

A PF busca e-mails de todos os funcionários do gabinete que possam indicar eventual participação em uma rede de estruturação e financiamento dos atos antidemocráticos.

O que disseram os parlamentares
Saiba abaixo o que os parlamentares disseram sobre a decisão de Moraes:

Deputada Carla Zambelli (PSL-SP) - A assessoria de imprensa da deputada federal Carla Zambelli esclarece que a defesa da parlamentar não foi intimada a respeito de suposta quebra de sigilo bancário da deputada, não sabendo sequer em qual procedimento a referida decisão pode ter sido ultimada. Carla Zambelli afirma que "se alguém espera encontrar algo que me comprometa, terá uma grande decepção". "Reforçamos que a parlamentar está, como sempre esteve, à disposição das autoridades".

Deputado Junio Amaral (PSL-MG) - "Mais uma vez eu estou sabendo a partir da imprensa apenas. Direitos e garantias fundamentais assegurados, com exceção daqueles que são apoiadores do presidente Bolsonaro. Se você se dispõe nesse sentido publicamente e tem algum tipo de influência, pode ter certeza que a intenção é intimidar você. Eu não fui notificado de nada, não tenho nenhuma informação oficial acerca disso. [...] A única coisa que eu financiei recentemente é o meu apartamento. Eu não tenho mais financiamento de absolutamente nada. E ainda que fizesse doações para manifestações, é direito meu."

O G1 tentava localizar os demais parlamentares até a última atualização desta reportagem.

Fonte: G1
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