sexta-feira, agosto 19, 2022

Jorge do Rosário lança sua candidatura a Deputado Estadual nas cidades de Mossoró, Areia Branca e Grossos



O candidato a Deputado Estadual pelo Avante, Jorge do Rosário, fará o lançamento de sua candidatura em três municípios neste fim de semana.


A agenda de lançamentos começa nesta sexta-feira (19), quando Jorge fará o lançamento na cidade de Grossos, às 19h. O evento será na rua Manoel Firmino, número 11, no centro do município. A prefeita de Grossos Cinthia Sonale, que apoia Jorge do Rosário, e lideranças políticas da região da Costa Branca já confirmaram presença.


No sábado (20), Jorge desembarca em Areia Branca para lançar sua candidatura. Será no Ivipanim Clube, a partir das 17h. Presença do Deputado Souza, correligionários e comunidade areiabranquense.





Ainda no sábado (20), o lançamento será em Mossoró, base eleitoral de Jorge, às 19h, na Rua Juvenal Lamartine, centro, no estacionamento ao lado do antigo Fórum da cidade. Contará com a presença de pré-candidatos a deputado estadual e federal pelo partido Avante, lideranças, amigos e apoiadores.


"É um momento para falar com as pessoas sobre o nosso projeto e reforçar o compromisso com a geração de emprego para o povo do Rio Grande do Norte", disse Jorge do Rosário sobre os lançamentos.


Os eventos são abertos ao público em todas as cidades.

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Advogados intermediaram plano de fuga de Alcaçuz, diz secretário

Um plano de fuga na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, que faz parte do Complexo de Alcaçuz, contava com a intermediação de dois advogados ligados ao crime, segundo apurou e divulgou a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), nesta quarta. Seis presos vão responder a uma sindicância e poderão ter as penas aumentadas. Os advogados foram presos na Operação Carteiras, do Ministério Público do RN.


Secretaria de Administração Penitenciária apreendeu materiais usados para cerrar grades e para fugir da cela. Fuga seria no final de semana


“Detectamos que havia uma comunicação de advogados com várias lideranças. Todo preso que o advogado falava, ele cometia uma falta disciplinar, então ele teria que ser transferido para aquela determinada cela, que era a do isolamento. Percebemos que havia algo anormal: presos que não davam problemas começaram a cometer faltas e irem para as celas. E ainda relacionamentos com advogados que foram presos na operação do Ministério Público”, disse Pedro Florêncio, secretário da Seap. 


O plano era “engenhoso”, nas palavras de Pedro Florêncio. A situação funcionava da seguinte forma: os presos cometiam faltas disciplinares de forma intencional para serem enviados à uma cela específica, a do isolamento. As faltas poderiam ser ofensas à policiais penais, desobediências a procedimentos, xingamentos e materiais inapropriados. Uma vez na cela, começava-se o trabalho, com serragens das grades e ocultação do material no lixo fora da cela. Era de lá que eles fugiriam, utilizando-se de “teresas”, cordas formadas por lençóis torcidos. 


“Eles iriam romper a cela serrando a grade, lançando a teresa e teria o apoio já do outro lado porque já havia comunicação dos advogados de como se daria a fuga e o resgate. Teria um ou mais carros esperando eles lá fora. Naquele momento tinham seis presos, e nessa cela, dois fugitivos de Alcaçuz do ano passados, recuperados, estavam lá. E um dos que estavam coordenando essa fuga era um que falou com a advogada presa recentemente”, cita. 


Os seis homens presos que participavam da operação de violação da cela não necessariamente eram os que iriam fugir. 


Segundo Pedro Florêncio, plano era “engenhoso”


“Eles é quem estavam executando o dano na grade. Os presos que arquitetaram estavam aguardando a hora de cometer a falta e irem para a cela, que eram as lideranças realmente do crime”, acrescentou Florêncio. 


Entre os materiais utilizados, o secretário explica que, além dos lençóis para as “teresas”, os presos utilizavam arroz, feijão e raspas das paredes para criar uma massa e esconder e disfarçar os danos causados nas grades. Para a serragem, os presos utilizavam ainda lâminas de barbear.


“As teresas eram feitas com lençóis que eles rasgam e fazem a corda. Esse outro material, para serrar a grade, é material da estrutura física da cela, do lado de fora, o acabamento da laje. Eles descobriram que aquilo servia para lixar. O desgaste de uma matéria com a outra. Eles escondiam jogando no lixo do lado de fora, quando ia ter revista. Depois eles conseguiam resgatar com o próprio lençol”. 


Em nota enviada à imprensa, a  OAB/RN disse que está acompanhando, desde o começo do ano, as operações realizadas contra advogados investigados por intermediar a comunicação com detentos nos presídios estaduais.


“A OAB/RN zela pelas prerrogativas da advocacia, mas não compactua com nenhum envolvimento com atividades ilegais, que vão contra o Código de Ética da Advocacia e a Constituição Federal. A Ordem instaurou processos éticos-disciplinares para apurar as condutas”, diz a nota. 


Plano já estava 60% executado 


O plano de fuga dos presos já estava 60% executado e existia a possibilidade de a fuga acontecer neste final de semana, acredita o secretário Pedro Florêncio, titular da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária.


“Os advogados faziam a comunicação de como se daria o plano entre as lideranças que estão isoladas em salas diferentes. E através de advogados sérios, descobrimos que havia plano de fuga dentro daquela unidade. Acredito que esse plano já estava com uns 60¨% avançado. Mas isso pode ser feito em uma semana como em dois dias. Era uma atividade que não fazia barulho”, complementa.


A Seap vai avaliar, junto ao Ministério Público (MPRN), a possibilidade de transferência desses presos para unidades federais.


“Vai ser aberto um inquérito na Deicor. Os seis presos vão responder a uma sindicância no âmbito da Seap onde serão punidos e a pena é revertida pelo juiz de execuções em aumento da pena. Eles já estão isolados e vamos verificar a possibilidade de conseguir a transferência dessas lideranças para presídios federais e identificar se essa comunicação ainda está se dando através de advogados ou se foi apenas por parte dos advogados presos nas operações Carteiras”, complementou o secretário Pedro Florêncio.


O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou na semana passada a operação Carteiras 2. O objetivo foi cumprir mandado de prisão contra um advogado suspeito de integrar uma organização criminosa que atua dentro e fora de unidades prisionais do Estado. Além do advogado, a ação cumpriu outros quatro mandados de prisão contra detentos.


O advogado foi preso na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta. A investigação do MPRN já apurou que ele, por diversas vezes trocou “catataus” (mensagens) com detentos, estabelecendo a comunicação entre os internos integrantes da organização criminosa que ainda estão nas ruas e as lideranças encarceradas.


O MPRN já ofereceu denúncia contra o advogado preso nesta segunda-feira e ele já é réu em ação penal. Na denúncia, o MPRN mostra que no dia 6 de outubro de 2021, o advogado entrou na penitenciária de Alcaçuz portando um print de conversa do aplicativo WhatsApp sobre venda de objeto ilícito. No dia 27 de novembro passado, durante atendimento a internos da mesma unidade prisional, deixou cair um papel no parlatório. Esse “catatau” tratava de comunicação dos presos com integrantes da organização criminosa.


Para o MPRN, o advogado preso se aproveitava de suas funções para driblar a fiscalização penitenciária, usando criminalmente suas prerrogativas.


No dia 8 de julho passado, o MPRN deflagrou a operação Carteiras, que cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz, Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências de advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga. Ao todo, três advogados foram presos na ação.


Confira nota da OAB:

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte (OAB/RN) está acompanhando, desde o começo do ano, as operações realizadas contra advogados investigados por intermediar a comunicação com detentos nos presídios estaduais. 


A OAB/RN zela pelas prerrogativas da advocacia, mas não compactua com nenhum envolvimento com atividades ilegais, que vão contra o Código de Ética da Advocacia e a Constituição Federal.


A Ordem instaurou processos éticos-disciplinares para apurar as condutas.


Fonte: Tribuna do Norte

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Sindsaúde fará paralisação no Estado para cobrar pagamento do piso



O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde-RN) vai promover, no próximo dia 25, uma paralisação em todas as unidades de saúde do Estado para cobrar a implementação do piso salarial para enfermeiros e técnicos de enfermagem. 


“Aprovamos uma paralisação de advertência mostrando que a enfermagem do RN não está satisfeita com a situação da legislação. A enfermagem, principalmente nos interiores, carrega as UBSs e hospitais nas costas. A saúde quem faz é a enfermagem. Se a sociedade soubesse as dificuldades, todos estariam do nosso lado pedindo que tivéssemos bom salários para termos apenas uma carga horária, para atender melhor e dar melhor assistência à população”, explica João Antônio Assunção, coordenador do sindicato, acrescentando que a instituição do piso é uma luta histórica da categoria. 


De acordo com João Antônio, o Sindsaúde encaminhou ofício ao Governo do Estado para solicitar a regulamentação e implantação do piso salarial da categoria. “Até o momento, nenhum gestor municipal ou estadual se pronunciou. Mas vamos provocar. Vamos entregar a cada prefeitura um ofício solicitando a implementação do piso”, acrescenta.


Em nota enviada à TRIBUNA DO NORTE, o Governo do Estado   disse que a  Secretaria de Estado da Administração (Sead) e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) analisam a implantação do Piso Salarial dos Profissionais da Enfermagem. 


“Considerando que estamos em pleno período eleitoral, que implica em algumas condutas vedadas; e diante das recentes alterações promovidas pela União, na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que também veda incremento de despesa com pessoal no último semestre do mandato do governante. Nesse contexto, está sob análise se há algum impedimento eleitoral e/ou fiscal”, diz a nota.


De acordo com Flávio Gomes, diretor do Sindsaúde, o sindicato já oficiou um pedido à Prefeitura do Natal para pedir informações a respeito da instituição do piso salarial. “Infelizmente, a prefeitura, historicamente, tem descumprido direitos dos trabalhadores. Agora é lei, vão ter que fazer e cumprir”, disse.


“É urgente que a prefeitura dê uma resposta. Estamos oficializando um pedido de resposta do anúncio, que a prefeitura se pronuncie. Esse debate não é só do piso. Tivemos uma assembleia onde debatemos a necessidade dos trabalhadores lutarem contra o veto de Bolsonaro, que praticamente congela o piso. Institui um piso e não prevê um reajuste dele?” 


A Prefeitura do Natal disse, em nota, que a Secretaria Municipal de Saúde está estudando com a Secretaria Municipal de Administração e Finanças para definir os termos da aplicação da medida. “É preciso ressaltar que, por força legal, sobretudo relacionada aos impedimentos de reajustes salariais imposto ao serviço público em virtude das eleições gerais deste ano, o prazo obrigatório para a implantação do piso só começa a vigorar após o período eleitoral. Desta forma, há ainda tempo hábil para uma discussão serena sobre a questão”, completou a prefeitura.


Fonte: Tribuna do Norte

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Municípios do RN têm dificuldade para implantar piso da enfermagem

Sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 4 de agosto, o novo piso nacional da Enfermagem foi uma vitória comemorada pela categoria que agora teme não vê-la se concretizar. Isso porque, a nova lei preocupa Estados e Municípios sobre os  recursos para esse aumento na folha de pessoal tendo o orçamento que já esbarra nos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). No Rio Grande do Norte, pelo menos 140, dos 167 municípios que se enquadram no perfil de pequeno porte, dependem dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para equalizar as finanças e com os questionamentos feitos no Supremo Tribunal Federal (STF) por diversas entidades, o sindicato da categoria vê o risco da conquista não acontecer na prática e planejam mobilização com paralisações incluídas na pauta. O impacto nos municípios do RN pode ser de R$ 272,4 milhões, segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). 


Lei 14.434 fixou salário da enfermagem R$ 4.750, independente do vínculo ser na iniciativa privada ou na rede pública


A presidente do Conselho Municipal das Secretarias de Saúde do RN (Cosems), Maria Eliza Garcia, diz que o novo piso é merecido para esses profissionais que trabalham diretamente na linha de frente do atendimento à população, porém , ressalta que há preocupação enquanto gestão. “É o contexto financeiro, visto que o SUS é financiado e, para os programas que temos, recebemos incentivos do governo federal, e não pactuação, onde há cofinanciamento. Outra preocupação é que tenhamos cautela e verifiquemos como está a folha porque grande parte dos municípios está no limite prudencial. Temos 140 municípios com menos de 20 mil habitantes e eles não têm sustentação de arrecadação vivendo do FPM para garantir o pagamento desse piso”, alertou a presidente.


Segundo a gestora, o novo piso elevará a folha dos enfermeiros de quase todos os municípios em 100%. “Estamos preocupados em como vamos articular, organizar e cumprir o piso, que sabemos que teremos que fazer, mas como vamos ter recursos para isso?”, questiona.


A Lei 14.434 estipula que, em todo o país, enfermeiros não poderão receber menos que R$ 4.750, independentemente de trabalharem na iniciativa privada ou no serviço público federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, mas não apenas isso, uma vez que 70% (R$ 3.325) deste valor deve ser pago aos técnicos e 50% (R$ 2.375), para auxiliares e parteiras. Os pisos salariais deverão ser aplicados por todos os setores até o início do próximo exercício financeiro. Por enquanto, só poderão ser aplicados em instituições privadas e filantrópicas e municípios que tenham disponibilidade orçamentária.


Maria Eliza, que também é secretária de saúde do município de Doutor Severiano, diz que o número de técnicos e auxiliares é ainda maior e necessária para a prestação de serviços na área. “Temos grande número de técnicos de enfermagem. O Governo Federal falou em criar um fundo e temos que ter algum recurso adicional e estamos solicitando que tenha esse fundo de suplementação financeira para atender essa necessidade. somente com os cofres municipais é muito difícil atender esse pleito”, avalia a presidente do Cosems.


A lei que institui os pisos nacionais também determina que as remunerações e salários atualmente pagos a quem já ganha acima desses pisos deverão ser mantidos, independentemente da jornada de trabalho para o qual o trabalhador foi admitido. E que também os acordos individuais ou coletivos devem respeitar esses valores mínimos.


Entretanto, o governo decidiu vetar o dispositivo que garantia o reajuste anual automático dos valores com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A decisão não agradou a categoria. Em nota, a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos, disse que a partir de agora, esses profissionais têm um dispositivo constitucional que permite lutar para estabelecer condições de salário e de trabalho.


“Vamos manter a mobilização, para derrubar o veto ao dispositivo que garante o reajuste pelo INPC no Congresso. Praticamente todas as categorias da saúde possuem jornadas de trabalho inferiores a 44 horas semanais, menos a Enfermagem. Existem fartas evidências científicas mostrando que é necessário reduzir a jornada da categoria para 30 horas semanais, além de garantir um descanso digno para essas trabalhadoras e trabalhadores”, disse Eliza.


Fonte: Tribuna do Norte

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Taxistas fazem protesto por falta de pagamento do auxílio

Parte dos taxistas de Natal não recebeu a 1ª parcela do auxílio taxista, referente aos meses de julho e agosto, que passou a ser paga na terça-feira (16) em todo o Brasil. Ao todo, a capital soma 1.010 táxis cadastrados no benefício, mas dessa parcela, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), apenas 517 trabalhadores da categoria conseguiram receber. Na manhã desta quinta-feira (18), um grupo de profissionais do segmento se reuniu em frente ao órgão, responsável pelo cadastramento dos beneficiários em Natal, em protesto pela falta de pagamento e reivindicam respostas da STTU. 


No total, a capital tem 1.010 taxistas cadastrados para o recebimento do auxílio


De acordo Alexandro Rômulo, diretor social e de imprensa do Sindicato de Trabalhadores Autônomos de Transporte Especial Intermunicipal de Passageiros do Rio Grande Do Norte, a associação não pode realizar mobilizações oficiais a respeito do não pagamento. Isso porque, segundo ele, os taxistas que não conseguiram o benefício são aqueles que não realizaram o recadastramento até a data prevista ou possuem apenas a placa de fretamento e não de táxi para se enquadrarem como beneficiários. “O sindicato (Sintratep) hoje tem essas duas atividades: o taxista e o fretamento, mas só quem tem o alvará da prefeitura tem direito a receber o auxílio”, destaca. 


Segundo normas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Previdência do Governo Federal, têm direito ao  benefício, com valor máximo de R$ 1.000, os motoristas de táxi registrados nas prefeituras até 31 de maio de 2022, que sejam titulares de concessão, permissão, licença ou autorização emitida pelo poder público municipal ou distrital, ou com autorização emitida pelo poder público municipal ou distrital. Ainda, de acordo com o órgão, apenas recebem as parcelas quem estiver em exercício e apresentar CPF e CNH regulares. 


Apesar da mobilização em frente à STTU na manhã desta quinta-feira, o presidente do Sindicato dos Taxistas de Natal, Aldemir Calixto, afirma que não serão realizadas manifestações oficiais pela falta de pagamento por parte da organização.  Assim como Rômulo, ele argumenta que o problema decorre de pendências de determinados trabalhadores junto à Prefeitura. “Os que não receberam precisam procurar a secretaria e regularizar a sua situação para serem encaminhados na segunda remessa”, relata.


Ele aponta, ainda, para outro problema: muitos dos que solicitaram o benefício não atuam mais como taxistas e, dentre outras irregularidades encontradas, está a falta de vistorias dos veículos para funcionamento regularizado em Natal. “Não vai ter mobilização, pois é uma questão do Governo Federal e das Prefeituras. A única  coisa que podemos fazer é informar sobre o estado dessas pessoas (que não conseguiram o auxílio) para a STTU. O sindicato também tem informado sobre a necessidade da regularização”, complementa. 


No Brasil, estima-se que  245.213 motoristas de táxi receberão o valor referente aos meses de julho e agosto. Em nota, a STTU informou que está cumprindo todos os critérios determinados pelo Governo Federal para que os taxistas recebam o Auxílio e informou, ainda, que não existe nenhuma intenção em dificultar o cadastro dos trabalhadores enquadrados nos critérios determinados pelo Governo Federal. 


Fonte: Tribuna do Norte

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MP Eleitoral pede que Styvenson troque foto escolhida na urna eletrônica

O Ministério Público Eleitoral pediu para Styvenson Valentim trocar a foto escolhida para a urna eletrônica. Na ação, o procurador Rodrigo Telles de Souza diz alega que o candidato apresentou fotografia inadequada e irregular, que não atende aos moldes exigidos pela legislação. 


Foto cadastrada por Styvenson Valentim


Na foto enviada, o candidato aparece em pose com braços cruzados, o que foi mencionado pela ação, além de não estar de busto. O documento foi publicado na tarde desta quinta-feira (18).


"Não se trata de apego exagerado a formalismos. Ao contrário, busca-se evitar que candidatos utilizem a foto constante na urna eletrônica para, depois, cobrar, do eleitor que anteriormente havia sido ilicitamente cooptado, informações sobre detalhes da foto (ex.: se estava de braços cruzados, com as mãos no bolso, de corpo inteiro, etc.), a fim de comprovar se o eleitor havia, realmente, nele votado", diz a ação.


O procurador também cobra a certidão da Justiça Federal de 1º grau expedida para fins eleitorais, a fim de que as pendências sejam regularizadas no prazo de três dias.


Fonte: Tribuna do Norte

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Gabriel Monteiro tem o mandato de vereador cassado em sessão plenária da Câmara do Rio

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro cassou, nesta quinta-feira (18) à noite, o mandato do vereador Gabriel Monteiro (PL) por quebra de decoro parlamentar. O ex-policial militar e youtuber é acusado por suspeita de assédio sexual, forjar vídeos na internet e de estupro de vulnerável.


O vereador Gabriel Monteiro (PL) durante a sessão desta quinta-feira (18) — Foto: Renan Olaz/CMRJ


Dos 50 votos possíveis na Câmara, 48 foram pela casssação de Gabriel, e dois pela não. Esses votos couberam ao próprio Gabriel e ao vereador Chagas Bola.


O resultado quase unânime já se desenhava no momento em que as bancadas dos partidos orientavam o voto de seus representantes e todos foram a favor da cassação.


Painel de votação na Câmara: 48 a 2 — Foto: Reprodução


A sessão que determinou a cassação do mandato do vereador Gabriel Monteiro (PL), por quebra de decoro, teve início às 16h desta quinta-feira (18) no plenário da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro e terminou às 22h23 com a votação e consequente cassação do mandato.


Gabriel Monteiro foi investigado no Conselho de Ética da Câmara por acusações de assédio sexual, forjar vídeos na internet e de estupro de vulnerável, por filmar relações com menor de idade, o que é crime previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Gabriel Monteiro já é réu na Justiça por isso.



Na quarta (17), dia em que seu recurso foi negado na Comissão de Justiça e Redação e a votação da cassação determinada, um novo áudio que Gabriel Monteiro teria admitido sexo com menores foi divulgado.


Torcida organizada e gritos de guerra

O clima nas galerias da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro durante a sessão para a cassação de Gabriel Monteiro nesta quinta-feira (18) estava semelhante ao de um estádio de futebol, com torcidas prós e contrárias ao youtuber.


Faixas e cartazes foram colocadas no local para manifestar a opinião das galerias. Do lado dos apoiadores de Gabriel, faixas como "Gabriel Monteiro guerreiro brasileiro" e "Contra a máfia do reboque" podiam ser lidas. Já o lado dos manifestantes a favor da cassação de Gabriel Monteiro, uma grande faixa dizia: "Vereadores, imaginem se fosse a filha de vocês".



Assim que os vereadores começaram a falar, gritos de guerra começaram a ser entoados: "Não tem caô, estuprador não pode ser vereador", “Fora, estuprador” , "Ão, ão, ão, vai sair de camburão" e “Ou, ou, ou, é o melhor vereador”.


Comentários antes da votação

O vereador Chico Alencar (Psol), relator do processo que investigou Gabriel Monteiro no Conselho de Ética da Câmara, foi o primeiro parlamentar a se manifestar no plenário. Chico Alencar leu parte do relatório aprovado pelo conselho. O documento pede a cassação do mandato de Gabriel Monteiro.


As galerias da Câmara Municipal estavam cheias durante a leitura do relatório final. Em vários momentos, apoiadores de Gabriel Monteiro vaiaram o relator do processo. O presidente da Casa precisou intervir e pedir silêncio aos manifestantes.


"É um dever de todos os vereadores e vereadoras dessa Casa de leis dar uma resolução para esse caso. (...) Mais do que o discurso, o que vale é o voto. Esse é um momento histórico e gritos histéricos não vão interrompê-lo. A não aprovação do projeto que determina a perda do mandado do vereador Gabriel Monteiro seria uma contribuição para a perpetuação da cultura do estupro e do patriarcado presente em nosso estado. Urge fazer justiça", comentou Chico Alencar.



"Diante das provas e do tudo que se afirmou até aqui restou fartamente demonstrado que o vereador Gabriel Monteiro praticou ou ordenou que se praticasse atos deploráveis e inteiramente incompatíveis com o decoro que se espera de um vereador da Câmara de Vereadores do Rio", completou o relator.


Votação na Câmara decide sobre cassação do mandato de Gabriel Monteiro por quebra de decoro — Foto: Renan Olaz/CMRJ


A vereadora Laura Carneiro (PSD) utilizou seu tempo de fala no plenário para dizer que foi seguida por pessoas ligadas ao vereador Gabriel Monteiro.


"Eu estava sendo tocaiada. A ordem era investigar a vereadora Laura Carneiro, que na época era secretaria de assistência social. Eu fiquei chocada, seguir e tocaiar a vereadora Laura Carneiro era uma tentativa de intimidação", comentou Laura Carneiro.


A vereadora também lembrou de uma vistoria realizada pelo vereador Gabriel Monteiro. Segundo ela, a conduta do vereador foi ilegal por tentar visitar um abrigo de crianças de 0 a 3 anos depois das 18h. Além disso, Laura Carneiro acusou o vereador de manipular as informações para montar um vídeo publicado em suas redes sociais.


"No dia que invadiram com 13 pessoas o abrigo do Taiguara (abrigo para menores), eu liguei para a polícia porque era determinação dos juízes. Foi lá um tenente fazer o papel dele de policial. Sabe o que aconteceu com ele? O vereador fez uma representação contra ele. Ou seja, não interessa a conduta do servidor, do policial ou os serviços para as crianças. Só interessava o vídeo do dia seguinte", completou Laura Carneiro.


Em seguida, a vereadora Tainá de Paula (PT) também lembrou que a função de vereador não pode servir como base para produzir vídeos e ganhar dinheiro na internet.


"Não fomos eleitas para ganhar dinheiro com a atividade parlamentar. Isso é abjeto, é amoral e precisamos refletir sobre isso. Dentre os vídeos (investigados) existe a manipulação de uma criança. Eu não vou me aprofundar aqui sobre se ouve ou não abuso. Mas nós temos responsabilidade pública sobre as crianças do Rio de Janeiro. E o vídeo é claro", disse Tainá.


Já o vereador Felipe Michel (Progressistas) lembrou que sempre apoiou o trabalho desenvolvido por Gabriel Monteiro no parlamento carioca. Contudo, segundo ele, as investigações do Conselho de Ética não deixam dúvidas sobre a decisão de cassar o mandato do vereador.


“Não estamos aqui para passar a mão na cabeça de ninguém. Sempre tratei ele com carinho e com afeto. Eu olho como se fosse um filho. Mas se meu filho errar não tem como passar a mão na cabeça. Tem que pagar por isso. A palavra de Deus é bem clara. Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Vá e não peque mais. Tudo na vida tem um preço. Quando a gente erra paga um preço por isso”, comentou Felipe Michel.



"Eu gosto dele e vou continuar gostando. Até esse exato momento, como um pai fala para um filho, por tudo que vejo até aqui, por tudo que eu vi, pelas duas filhas que eu tenho em casa, é uma situação que para mim é insustentável. Como vereadores aqui hoje, é impossível eu votar contra o conselho de ética", afirmou.

'É o vale tudo da monetização', diz vereador

Entre os nove vereadores que pediram para usar a palavra antes da votação, a maioria criticou o fato de Gabriel utilizar o mandato como vereador para produzir vídeos para o seu canal no Youtube e ganhar dinheiro com essa atividade.


Entre eles, o vereador Celso Costa (Republicanos) lembrou que também foi vítima da manipulação coordenada por Gabriel Monteiro. Segundo ele, Monteiro editou suas falas em um vídeo sobre uma visita a um abrigo da prefeitura.


"O senhor editou as minhas falas e jogou nas suas redes sociais. É o vale tudo da monetização. Tudo para colocar dinheiro no bolso. Você não respeitou um colega. E também não respeitou o presidente dessa casa. O senho divulgou uma fake news dizendo que o presidente estava proibindo o senhor de fiscalizar", comentou.

Celso Costa também comentou sobre o vídeo que mostra um homem em situação de rua sendo orientado a simular o furto de uma bolsa na Lapa, no Centro do Rio. Depois de fazer isso, o homem foi abordado pelo vereador Gabriel Monteiro, que o questionou pelo ato. Segundo o vereador, a atitude de Gabriel nesse caso foi vergonhosa.



"Eu não vou citar aqui as acusações de pedofilia, abuso sexual e assédio moral, mas vossa excelência se aproveitar das condições de um morador de rua, passando necessidades, passando fome, para manipular imagens. E tudo para que vossa excelência colocasse dinheiro no bolso, para bancar suas condições de vida no Condomínio Mansões na Barra da Tijuca. Isso é uma vergonha. Isso não se faz", comentou Celso Costa.


Na opinião da vereadora Mônica Benício (Psol), será uma vergonha se o mandato de Gabriel Monteiro não for cassado nesta quinta-feira.


“Acusação de assédio, estupro e de gravar vídeo com cenas sexuais com menores. Se isso não é vergonha, sinceramente eu não sei o que é. Vergonha é se essa casa não decidir pela cassação do Gabriel Monteiro", disse Benício.

Defesa alega falta de provas

Com duas horas para apresentar suas alegações, antes do início da votação em plenário, o advogado Sandro Figueiredo, responsável pela defesa de Gabriel Monteiro, repetiu muitos dos argumentos que estavam no documento de 47 páginas que foi apresentado em sua defesa no processo ético-disciplinar do Conselho de Ética da Câmara.


Sandro Figueiredo, advogado de defesa de Gabriel Monteiro — Foto: Renan Olaz/CMRJ


Em determinado momento, Sandro Figueiredo disse que o Conselho de Ética não garantiu o direito a ampla defesa do acusado. De acordo com Sandro, o processo contra Gabriel só existiu porque o vereador deu voz de prisão para os chefes, segundo ele, da "máfia do reboque".


Sobre a acusação de que o vereador teria filmado relações sexuais com uma adolescente, o advogado disse no plenário que seu cliente não sabia que a jovem seria menor de idade.


Sandro Figueiredo alegou que Gabriel e a jovem se conheceram através de uma rede social e que ela dizia em seu perfil ter 18 anos.


"A jovem contou que começou a conversar com o Gabriel pelo Instagram e no Instagram dela diz o seguinte 'since 2003'. Ela afirmava que tinha 18 anos de idade, ela afirmava pelo Instagram. Ele conversou com ela pelo Instagram. Em outro trecho do depoimento dela diz: 'Gabriel uma vez me perguntou a minha idade e eu disse que tinha 18 anos'. Por isso que eu digo: vale o que ta escrito", comentou Sandro.


Após negar que o vereador soubesse a idade da jovem, o advogado de Gabriel disse que ela autorizou a filmagem do ato sexual.


"O vereador teve sim relações sexuais. Ela afirmou em seu depoimento que autorizou a filmagem do ato sexual. Mas ela, uma maior de idade, autorizou. É um erro de tipo. Um erro de tipo exclui a culpa. E assim o fato se torna atípico. Está provado nos autos que o vereador Gabriel não tinha conhecimento que ela tinha 15 anos. Ela afirmou que tinha 18 anos", completou Sandro.


Em seguida, o advogado defendeu Gabriel Monteiro das acusações de violação de direitos de uma criança que aparece em um vídeo do político publicado na internet.


Na gravação, o vereador leva uma criança para fazer compras em um shopping. Gabriel é investigado por, supostamente, induzir respostas da criança para a filmagem.


"A menina do shopping, que disseram que ele assediou, ela estava aqui na galeria da Câmara com a mãe. Ela afirmou em seu depoimento que Gabriel Monteiro foi o único que fez uma vaquinha que rendeu entre R$ 70 mil e R$ 80 mil. Para quem não tinha o que comer em casa. Ela falou no depoimento dela que Gabriel Monteiro mudou a vida da família", comentou o advogado.



Sobre as acusações de manipulação dos vídeos publicados no perfil de Gabriel Monteiro, o advogado de defesa admitiu que as manipulações foram "necessárias".


"É pisotear a inteligência dos vereadores dessa casa dizer que ele manipulou vídeos. Todo mundo que trabalha com rede social faz isso o tempo inteiro. Foi necessário. Porque tanto a menina do salão, como a menina do shopping, receberam cerca de R$ 80 mil. Então é claro que o vídeo tem que ser manipulado para aquele que vai colaborar com a vaquinha, que ele possa ofertar", comentou Sandro Figueiredo.


Gabriel nega acusações

Dentro do tempo reservado para sua defesa, Gabriel Monteiro também decidiu se manifestar. O vereador negou todas as acusações.


"Antes mesmo de me defender eu vou me acusar. Poucas pessoas aqui me conhecem de fato, quem é o Gabriel Luiz Monteiro de Oliveira. Eu não sou essa pessoa ruim, que está gravando vídeo fazendo chacota", disse Gabriel.


Gabriel Monteiro foi investigado no Conselho de Ética da Câmara por acusações de assédio sexual, forjar vídeos na internet e de estupro de vulnerável. — Foto: Reprodução redes sociais


"Tirar meu mandado é decretar minha morte, porque por mais que seja estranho se autoelogiar, eu acho que sou uma pessoa do bem. Talvez decretar minha morte política não seja bom para os senhores e para o Rio de Janeiro", disse.


"Hoje é a minha cabeça, amanhã é a dos senhores", completou o vereador.

Jairirinho foi o primeiro

Essa será a segunda vez na história que a Câmara do Rio votará a cassação do mandato de um parlamentar.


A primeira foi em junho, quando, por unanimidade, os 49 vereadores presentes decidiram destituir do cargo o então vereador doutor Jairinho, preso acusado de matar o enteado.


Relembre o caso

Ex-funcionários do vereador Gabriel Monteiro relataram episódios de assédio moral e sexual, agressões físicas e afirmaram que alguns de seus vídeos postados em redes sociais foram forjados.


As denúncias foram feitas em uma reportagem do Fantástico, exibida no dia 27 de março. No mês seguinte, a TV Globo teve acesso a novas denúncias de estupro contra o parlamentar. Três mulheres diferentes, com histórias parecidas de relacionamentos consentidos que acabaram em violência.


Em maio, o vereador Gabriel Monteiro passou à condição de réu depois que a Justiça aceitou a denúncia feita em abril pelo Ministério Público (MPRJ) por filmagem feita por ele de relações sexuais com uma adolescente.


O MP narra que os dois trocaram mensagens e que, em determinado momento, Gabriel convidou a adolescente para ir à mansão dele, num condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.


Também de acordo com a promotoria, passados cinco meses desde o primeiro encontro, o parlamentar usou o próprio celular para filmar a adolescente enquanto eles tinham relações sexuais.


Ainda em abril, Gabriel Monteiro foi alvo de uma operação da Polícia Civil para investigar justamente o vazamento de vídeos íntimos com uma adolescente.


Réu em outro processo

No final de junho, o MPRJ também denunciou o vereador por importunação sexual e assédio sexual. No dia 5 de julho, a Justiça aceitou a denúncia e Gabriel também se tornou réu nesse processo.


Nesse caso, a investigação apurava os possíveis crimes de assédio sexual e importunação sexual contra a ex-assessora do parlamentar Luiza Caroline Bezerra Batista, de 26 anos.


Na denúncia, a promotora Lenita Machado Tedesco cita que a ex-assessora era constantemente constrangida a participar de vídeos modificados, "não podendo deles reclamar", uma vez que era ameaçada de demissão.


O que diz a defesa do vereador

Em nota, a defesa do vereador Gabriel Monteiro afirmou que vai continuar aguerrida e, amanhã (quinta), por certo, fará questão de demonstrar alguns apontamentos que provam a inocência do parlamentar, bem como o conluio criminoso formado para assassinar a sua reputação.


Sobre os áudios apresentados na reportagem do RJ2, os advogados do vereador decidiram não comentar.


Na época das denúncias, os advogados de defesa do vereador Gabriel Monteiro comentaram, em nota, sobre o vídeo do parlamentar com uma menor de idade.


"Os advogados do vereador Gabriel Monteiro afirmaram que o delegado Luis Maurício Armond declarou que a menor que aparece no vídeo confirmou em depoimento que disse ao parlamentar ter 18 anos e que há uma investigação em curso onde já se provou a ligação de Rafael Sorrilha com os ex-assessores que acusam Gabriel Monteiro, deixando claro que todas as denúncias foram motivadas pela prisão efetivada contra o empresário quando ele ofereceu dinheiro ao vereador para não divulgar a máfia dos reboques".


Fonte: g1

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Recenseadores do IBGE denunciam casos de ameaças e violência

O medo, a falta de orientações e a vontade de desistir têm sido comuns no dia a dia dos recenseadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde que começaram a atuar na realização do Censo 2022 no dia 1º de agosto. Os relatos são numerosos em grupos das redes sociais que reúnem os profissionais. “Um homem quase me bateu quando perguntei o sexo dele; já saiu gritando comigo e me perguntando que tipo de pergunta é essa, porque ele é muito macho”, desabafou uma recenseadora em um grupo. “Ontem eu voltei para casa chorando, fiquei o dia todo escutando piadinhas dos moradores”, lamenta outra. “Eu vou desistir antes de terminar o primeiro setor”, contou outra agente.


Recenseadores relatam agressões durante perguntas


Nos últimos dias, foram registrados casos de agressões verbais, assédio e ameaças aos profissionais em diferentes pontos do País. Os recenseadores são orientados a retornar a cada domicílio por quatro vezes no caso de recusa ou ausência dos moradores. Em uma cidade no interior do Maranhão, José (nome fictício) diz que, na quarta visita a uma das casas, deixou uma notificação que pede que o cidadão entre em contato com o recenseador responsável pela área. “Não sei como, mas a pessoa achou meu número pessoal e ligou às nove da noite me insultando, dizendo que ia mandar me prender, que não ia responder o censo porque ela não era vagabunda e não devia nada para o governo”, conta. 


Em áudio enviado ao Agente Censitário Supervisor (ACS), ele afirma que, ao explicar sobre a obrigatoriedade das respostas, foi confrontado: “Ela falou que não tinha nada a ver, e que se você quiser pode ir lá, mas que ela poderia nos processar por ter deixado uma notificação na casa dela. Eu considero isso um desacato ao funcionário público, que é um crime, né?”.


Após conversar por telefone com o supervisor, que orientou o recenseador a voltar à residência, a moradora concordou em responder aos questionamentos, mas José não descarta registrar um boletim de ocorrência. “Se for só pra conversar e ela sair impune, ela pode fazer isso com outras pessoas”, afirma. 


Em Goiânia, Sandro (nome fictício) também passou por situações como essa em duas ocasiões. Quando assinou o contrato de trabalho com o IBGE, decidiu avisar alguns moradores de seu setor, próximo de onde mora, sobre o início da coleta dos dados. Um dos moradores, agente de segurança pública, teria ameaçado pegar uma arma de fogo. Nesta semana, um homem que chegou a iniciar a entrevista na calçada mudou de ideia. “Ele começou a gritar, me xingar de vagabundo e voltou para a casa simulando que ia pegar algo para me agredir caso eu não saísse da calçada”, relata.


Quando o caso foi levado aos supervisores, Sandro teria sido orientado a voltar à residência em outro dia e tentar resolver a situação. “Nas duas agressões não disseram quais seriam as medidas adotadas, mas sofri retaliação da supervisão, que disse que se eu registrasse um boletim de ocorrência iria sujar o nome do IBGE”, completa. Sandro se negou a voltar ao local e foi transferido de setor. Ele conta, ainda, que o grupo em que a equipe trocava informações foi restringido para que apenas os supervisores pudessem enviar mensagens. Na última sexta-feira, ele teria sido desligado das atividades como recenseador.


Na cidade de Fortaleza, Bruna (nome fictício) foi assaltada na semana passada enquanto realizava entrevistas do censo. Segundo o boletim de ocorrência registrado, dois homens a ameaçaram com arma de fogo e levaram o celular fornecido pelo IBGE. Sem equipamento, ela ficou oito dias sem trabalhar até que um novo aparelho fosse fornecido. “Perguntei sobre direito à reparação financeira, já que ganhamos por produção. Mas não obtive resposta”, conta. Um B.O. por calúnia também foi registrado por uma recenseadora contra um entrevistado na cidade de Ponta Grossa, no Paraná.


Para os recenseadores ouvidos, as dificuldades se devem à falta de divulgação sobre o censo. “A maioria das pessoas não sabe o que significa essa entrevista e só faltam nos bater; outras se escondem ou nos tratam super mal”, continua Bruna. “As pessoas têm medo de golpes ou coisas piores”, pontua José. Um dos recenseadores conta que adotou uma estratégia para tentar diminuir a taxa de recusas; ele mostra uma reportagem televisiva que noticia o início do censo e informa que as equipes do IBGE farão visitas a mais de 70 milhões de domicílios pelo País.


Muitos entrevistados também parecem não compreender o objetivo dos questionários: há moradores que ficam receosos de ter que informar o CPF ou responder a perguntas como de qual raça se consideram e se são do sexo feminino ou masculino. “Tem muitas também que acham que é uma pesquisa sobre política, por ser ano de eleição”, explica Sandro.


Segundo o IBGE, as situações de agressão são casos isolados que estão sendo encaminhados localmente pelas unidades estaduais do instituto. Por meio de nota, o órgão informou que em casos de ofensa, assédio, agressão, qualquer ato de violência, verbal ou física, a orientação aos recenseadores é inicialmente comunicar ao coordenador de subárea ou ao supervisor e registrar um boletim de ocorrência para as devidas providências. 


Fonte: g1

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Jorge do Rosário apresenta suas propostas para o RN aos moradores do Conjunto José Agripino, em Mossoró



Jorge também explicou aos moradores os motivos que o levaram a entrar na política


O conjunto José Agripino, Santo Antônio e Estrada da Raiz receberam nesta quinta-feira o candidato a Deputado Estadual Jorge do Rosário (Avante) em mais uma grande caminhada. Desde o início da campanha, Jorge do Rosário tem participado de caminhadas pelos bairros de Mossoró para apresentar suas propostas e conversar com as pessoas.


Como aconteceu nas caminhadas anteriores, Jorge foi muito bem recebido pelos moradores do conjunto José Agripino, Santo Antônio e Estrada da Raiz. As pessoas saíram de suas casas para cumprimentar, conversar com o candidato, mostrar apoio e também fazer reivindicações.


Em seu discurso, Jorge explicou porque resolveu entrar na política. "Eu só tenho um propósito na política. Política é uma ferramenta para transformar vidas e eu quero entrar na política, quero ser deputado estadual para melhorar a vida do povo do meu estado", revelou.





De casa em casa, nas calçadas e nas ruas, Jorge levou sua mensagem de esperança e confiança ao povo do conjunto José Agripino e  Adjacências. "Não tenho o direito de ser um deputado medíocre, não quero ser apenas mais um parlamentar, eu quero ser o deputado do emprego, pois o emprego é sim, o que dá dignidade e põe comida na mesa do trabalhador”, disse Jorge.

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