domingo, outubro 20, 2019

Primeira missa a Santa Dulce dos Pobres no Brasil leva milhares de fiéis à Arena Fonte Nova em Salvador

A primeira cerimônia de homenagem a Santa Dulce dos Pobres no Brasil foi realizada neste domingo (20), com a presença de 49 mil pessoas, na Arena Fonte Nova, em Salvador. A programação contou com missa, espetáculo teatral sobre a vida da santa e atrações musicais. Irmã Dulce foi canonizada no último domingo (13), no Vaticano.

Mais de 46 mil pessoas acompanham missa a Santa Dulce dos Pobres — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Mais de 46 mil pessoas acompanham missa a Santa Dulce dos Pobres — Foto: Daniele Rodrigues/G1

O público se concentrou nos arredores da arena ainda por volta das 9h, cerca cerca de 3h antes dos portões abrirem, ao meio-dia. Uma fila gigantesca se formou para aguardar a entrada no estádio, enquanto os termômetros marcavam 30 graus.

Imagem da Santa Dulce dos Pobres em procissão — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Imagem da Santa Dulce dos Pobres em procissão — Foto: Daniele Rodrigues/G1

Do lado de fora da Arena Fonte Nova, muitos comerciantes vendiam azulejos, bijuterias e bonecas em alusão à santa.

Entre os fiéis que chegaram para assistir à cerimônia, muitos funcionários e voluntários das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Uma dessas pessoas foi Tatiane Ferreira, que levou a filha Anna Clara, de 8 anos.

“É uma emoção muito grande. Um reconhecimento que eu já tenho, como funcionária das Obras Sociais, e agora esse reconhecimento no mundo todo. A gente que trabalha lá vê o amor que tem nas obras por causa dela”, disse Tatiane.

Os miraculados Cláudia Araújo e José Moreira participaram da cerimônia — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Os miraculados Cláudia Araújo e José Moreira participaram da cerimônia — Foto: Daniele Rodrigues/G1

Grande parte do público era formado por idosos, que também enfrentaram o sol para chegar à Fonte Nova. Um grupo de senhoras da paróquia de Santa Dulce também marcou presença na celebração.

“É muito bonito poder ver tudo isso, nossa primeira santa. A gente que já é mais velho faz um esforço para vir, por que quando isso vai acontecer de novo? É muita emoção estar aqui, mas está difícil pra gente andar. Algumas pessoas que estavam de muletas na nossa equipe desistiram”, ponderou Hildete Cavalcante, uma das líderes do grupo.

Quatro grupos musicais e a cantora Patrícia Ribeiro animaram o público, que vibrava e cantava mesmo com as queixas de sol forte.

Apresentação do Império do Amor na Arena Fonte Nova — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Apresentação do Império do Amor na Arena Fonte Nova — Foto: Daniele Rodrigues/G1

Espetáculo Império do Amor
Ainda como parte da programação, 530 crianças participaram do espetáculo Império de Amor, que contou a vida do Anjo Bom da Bahia ao público presente.

As crianças encenaram toda a trajetória da beata desde a infância. A peça também fez referências às obras de Irmã Dulce e a luta da primeira santa brasileira para cuidar dos pobres e enfermos.

“É gratificante ver que ela lutou isso tudo, mesmo contra a vontade de muita gente até da igreja, porque queria fazer o bem. A obra dessa nossa santa vale ouro”, observou a religiosa Janete Dias, que estava acompanhada de duas filhas.

Dom Murilo Krieger com bispos assistiram o espetáculo Império do Amor — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Dom Murilo Krieger com bispos assistiram o espetáculo Império do Amor — Foto: Daniele Rodrigues/G1

O arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, acompanhou todo o espetáculo do altar. Na plateia estavam os miraculados Cláudia Araújo e José Maurício Moreira, além da sobrinha de Santa Dulce, Maria Rita Pontes.

O espetáculo contou com a participação da cantora Margareth Menezes, que subiu ao palco vestida de freira. Além disso, o sanfoneiro Waldonys cantou o hino oficial a Santa Dulce e emocionou o público.

Os cantores Saulo e Tuca Fernandes também participaram do espetáculo e cantaram a música "Doce Luz", que também homenageia o legado da Santa Dulce dos Pobres.

Margareth Menezes se apresenta no Império do Amor — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Margareth Menezes se apresenta no Império do Amor — Foto: Daniele Rodrigues/G1

Além das crianças, o Império de Amor também teve a participação de pacientes e voluntários das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Um coral também esteve no palco, entoando os cânticos à santa. Uma estátua de Irmã Dulce foi colocada no centro do altar, enquanto o espetáculo acontecia.

Depois disso, os miraculados fizeram a procissão conduzindo as relíquias de Santa Dulce. Os cantores Adelmário Coelho, Targino Gondim e o sanfoneiro Waldônys entoaram o hino dedicado à santa, e foram acompanhados a plenos pulmões pelo público.

Uma imagem do Santo Antônio, santo de devoção de Irmã Dulce, e de Nossa Senhora da Conceição e do Senhor do Bonfim foram apresentadas em procissão. O tenor Thiago Arancam cantou o hino ao Senhor do Bonfim, que também foi cantado pelo público. O momento despertou a plateia, que gritava e aplaudia em um dos momentos mais fortes da celebração.

Missa a Santa Dulce dos Pobres — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Missa a Santa Dulce dos Pobres — Foto: Daniele Rodrigues/G1

Celebração eucarística
Bispos, padres, diáconos e seminaristas seguiram em procissão para a entrada da missa. A cerimônia começou a ser presidida por Dom Murilo Krieger, por volta das 17h40.

Todo o momento da celebração foi cantado e respondido pelos fiéis. Entre os pontos altos da missa, o Glória e o Credo fizeram o público rezar junto com Dom Murilo Krieger e padre Edson, que conduziram a cerimônia.

No momento do Pai Nosso, as luzes foram apagadas para que os religiosos tivessem um momento íntimo de oração. Depois do ofertório, padre Edson anunciou Quênia fiéis teriam uma surpresa após a comunhão.

Missa a Santa Dulce dos Pobres — Foto: Daniele Rodrigues/G1
Missa a Santa Dulce dos Pobres — Foto: Daniele Rodrigues/G1

Os cânticos para comungar foram entoados e ministros entraram no campo e nas arquibancadas para distribuir as hóstias. O momento emocionou os presentes, que aguardaram pacientemente para a comunhão.

A surpresa do final ficou por conta da imagem de Santa Dulce dos Pobres, que foi venerada por centenas de fiéis que se aglomeravam na frente do altar. A santa missa foi encerrada com o hino à Irmã Dulce, antes dos fiéis dispersarem na Arena Fonte Nova.

Fonte: G1
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Chile decreta toque de recolher em mais regiões; governo diz que há mortos

O governo do Chile informou que três pessoas morreram durante um incêndio em um mercado na madrugada deste domingo (20) na região metropolitana de Santiago. O incêndio acontece em meio aos protestos e saques que tomaram as ruas do país.

Incêndio durante protestos no Chile — Foto: Reuters/Rodrigo Garrido
Incêndio durante protestos no Chile — Foto: Reuters/Rodrigo Garrido

A prefeita de Santiago, Karla Rubilar, afirmou que duas pessoas morreram queimadas e a terceira vítima faleceu no hospital.

O governo anunciou que a Provincia de Concepción, Valparaíso, Rancagua, La Serena e Coquimbo também estão sob toque de recolher. O general Javier Iturriaga, responsável por comandar o estado de emergência, já havia decretado a medida na capital Santiago e na região metropolitana após manifestantes continuarem nas ruas mesmo com a suspensão da alta na tarifa do metrô.

O Ministro de Defesa, Alberto Espina, afirmou que mais 1.500 militares atuarão nas ruas do Chile, chegando a mais de 9 mil o número de integrantes das Forças Armadas atuando contra os protestos, principalmente para controlar pontos estratégicos como centrais de abastecimento de água, eletricidade e cada uma das 136 estações de metrô, que são alguns dos alvos mais visados pelos manifestantes.

É a primeira vez que Santiago é patrulhada por soldados desde o fim da ditadura do general Augusto Pinochet, em 1990.


Segundo o jornal local La Tercera, companhias aéreas cancelaram e reagendaram voos no aeroporto de Santiago. Os passageiros, segundo a mídia, estão presos no terminal no meio do toque de recolher.

Suspensão na alta da tarifa

Após a onde de protestos, o presidente chileno Sebastián Piñera anunciou a suspensão do aumento de 30 pesos (quase 20 centavos) na passagem de metrô na capital Santiago. "Escutei com humildade a voz de meus compatriotas e não terei medo de seguir escutando esta voz. Vamos suspender o aumento nas passagens do metrô", disse o presidente em uma transmissão.

Estado de emergência
Na sexta e no sábado, auge das manifestações, as forças de segurança foram esmagadas pela multidão: houve destruição em pontos diversos da capital, entre incêndios em estações de metrô e inúmeros saques em lojas, supermercados, bancos e hotéis.

Isso levou à declaração de emergência no sábado para confiar ao Exército o controle da situação em Santiago, ao qual o governo acrescentou as regiões de Valparaíso (centro), Concepción (sul), as comunas de Coquimbo e La Serena, na região de Coquimbo (norte) e a comuna de Rancagua, O'Higgins (centro).

Piñera disse que o objetivo da medida é voltar a recuperar a normalidade. "O objetivo deste estado de emergência é muito simples, mas muito profundo: garantir a ordem pública, a tranquilidade dos habitantes da cidade de Santiago, proteger bens públicos e privados e, acima de tudo, garantir os direitos de todos", disse.


A militarização do país vem aumentando para tentar controlar a radicalização dos protestos contra o aumento do preço do metrô, apontados por observadores apenas como a ponta do iceberg do cansaço da sociedade com a desigualdade no país. O descontentamento da sociedade com o sistema previdenciário chileno, administrado por empresas privadas, o custo da saúde, o deficiente sistema público de educação e os baixos salários em relação ao custo de vida acabou emergindo junto com os protestos sobre o preço do metrô.

Piñera reconheceu que há "boas razões" para protestar, mas pediu uma "manifestação pacífica" e observou que "ninguém tem o direito de agir com violência criminosa brutal" em relação aos danos ao Metrô de Santiago, onde 78 estações foram danificadas.

Segundo a agência Reuters, no sábado, 156 policiais ficaram feridos, cinco deles gravemente, 49 carros da polícia foram danificados e 308 pessoas foram detidas. O metrô deve ficar fechado durante todo o final de semana. O governo anunciou a suspensão das aulas nas escolas em Santiago na segunda-feira.

Fonte: G1
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Taxa de suicídios entre crianças e jovens de 10 a 24 anos cresce pelo décimo ano consecutivo nos EUA

Após dez anos consecutivos de alta, a taxa de mortalidade por suicídio nos Estados Unidos, considerando a faixa etária que abrange desde as crianças de 10 anos até os jovens de 24, ultrapassou pela primeira vez a marca dos dois dígitos. Em 2017, o país registrou 10,6 suicídios a cada 100 mil habitantes. Em comparação, a taxa de homicídios caiu após dois anos de alta, e ficou em 7,9 por 100 mil habitantes.

Em 2010, a taxa de mortalidade por suicídio ultrapassou a marca de 10 a cada 100 mil habitantes entre a faixa etária de 10 a 24 anos nos Estados Unidos — Foto: Pixabay
Em 2010, a taxa de mortalidade por suicídio ultrapassou a marca de 10 a cada 100 mil habitantes entre a faixa etária de 10 a 24 anos nos Estados Unidos — Foto: Pixabay

Naquele ano, 6.769 moradores dos EUA nessa faixa etária tiraram suas vidas – 517 deles tinham entre 10 e 14 anos. Os dados foram publicados nesta semana pelo Centro Nacional de Estatísticas da Saúde (NCHS, na sigla em inglês).

No Brasil, os dados mais recentes são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que estima que, em 2018, 11.314 pessoas de todas as idades cometeram suicídio. A taxa média nacional é de 5,4 a cada 100 mil habitantes. Considerando a população mais nova, entre 2000 e 2012 o aumento foi de 65% entre pré-adolescentes de 10 a 14 anos e de 45% entre adolescentes de 15 a 19. O Ministério da Saúde estimou que, em 2016, o país tenha registrado um caso de suicídio a cada 46 minutos.


Suicídio x homicídio

O estudo com dados específicos dos Estados Unidos foi feito pelas pesquisadoras Sally C. Curtin e Melonie Heron, da Divisão de Estatísticas Vitais do NCHS. Segundo elas, "a taxa de suicídio entre pessoas de 10 a 24 anos ficou estável entre 2000 e 2007, e depois aumentou 56% entre 2007 e 2017", de 6,8 para 10,6 a cada 100 mil habitantes.

Compare acima as taxas de suicídios e homicídios nos Estados Unidos entre crianças de 10 anos e jovens de 24; em 2017, foram 10,6 suicídios por 100 mil habitantes e 7,9 homicídios a cada 100 mil pessoas — Foto: Ana Carolina Moreno/G1

Compare acima as taxas de suicídios e homicídios nos Estados Unidos entre crianças de 10 anos e jovens de 24; em 2017, foram 10,6 suicídios por 100 mil habitantes e 7,9 homicídios a cada 100 mil pessoas — Foto: Ana Carolina Moreno/G1

Os dados foram analisados também entre os três grupos que compõem essa parcela demográfica: as crianças e pré-adolescentes de 10 a 14 anos, os adolescentes de 15 a 19 anos e os jovens de 20 a 24 anos.

As pesquisadoras ressaltaram que as taxas de suicídio são mais altas que as de homicídios em todos os três grupos dentro dessa faixa etária, e é atualmente a segunda causa de morte mais frequente em todos eles.

No caso dos adolescentes e dos jovens, o homicídio está em terceiro lugar na lista de motivos que mais matam. Já entre as crianças de até 14 anos, a taxa de homicídios caiu 18% desde 2000, e atualmente é a quinta principal causa de morte – as demais causas de morte são, por exemplo, as doenças ou acidentes. Em 2017, 178 pessoas com idade entre 10 e 14 anos foram vítimas de homicídio no país.

Gráfico mostra a variação nas taxas de suicídio e homicídio desde 2000 nos EUA para cada faixa etária do estudo — Foto: Ana Carolina Moreno/G1
Gráfico mostra a variação nas taxas de suicídio e homicídio desde 2000 nos EUA para cada faixa etária do estudo — Foto: Ana Carolina Moreno/G1

Geração da solidão

Segundo especialistas brasileiras em suicidologia consultadas pelo G1, os números não são necessariamente surpreendentes porque acompanham uma tendência de vários anos.

"[O número] não surpreende, mas ele choca, de a gente poder pensar por que crianças dessa idade estão pensando em morrer", afirmou Karen Scavacini, cofundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio.

O fato de que a taxa de homicídio seja mais baixa entre as crianças, ou esteja em declínio em um país desenvolvido como os Estados Unidos, também segue uma tendência já esperada – a violência urbana costuma ser mais alta entre adolescentes e jovens, por exemplo.

A psicóloga Karina Okajima Fukumitsu, especialista em prevenção e posvenção ao suicídio, explica que, "quando queremos compreender os processos destrutivos, devemos atentar para a direção da agressividade, ou seja, quando a agressividade se volta contra si, o suicídio acontece. E, quando a agressividade se volta para fora, os homicídios acontecem".

Se essa autodestruição afeta as gerações mais jovens, Karina diz que isso vai no contrafluxo do desenvolvimento humano. "A gente pensa que a criança e o adolescente seriam o futuro da nação, como a gente normalmente fala. O suicídio é uma morte que afronta o instinto de sobrevivência que teoricamente um adolescente poderia ter."

As especialistas dizem que o suicídio é um fenômeno influenciado por uma série de fatores, e por isso não é simples reduzi-lo a uma única explicação. Porém, no caso da geração atual de crianças, adolescentes e jovens adultos, alguns fatores podem ser o isolamento e falta de vínculos sociais, o uso excessivo e negativo da tecnologia e o preconceito que a saúde mental ainda sofre na sociedade, refletido também na falta de políticas públicas.

No caso dos adolescentes e jovens, o uso abusivo de álcool e drogas também é citado, pois eles podem potencializar transtornos mentais.

"Não posso generalizar para todos os jovens, mas, se a gente olhar essa geração como um todo, tem muitos jovens que não veem sentido em viver", afirmou Karen Scavacini, do Vita Alere. "Isso é muito grave, eles não entendem o porquê de a gente precisar passar por tristeza, porque a gente passa por coisas difíceis, e não têm esperança de que possa mudar."

Karina Fukumitsu, que neste ano colaborou na elaboração da "Campanha nacional de prevenção ao suicídio e à automutilação de crianças, adolescentes e jovens", do governo federal, diz que é "imprescindível" ampliar a conscientização para o problema de saúde pública e das redes de cuidados a vários grupos de pessoas. Não só as que tentam suicídio, mas também "aos sobreviventes, enlutados pelos suicídios e às pessoas que apresentam comportamento autolesivo", com planos de intervenção nos núcleos de assistência.

Para ampliar o número de profissionais qualificados para lidar com o fenômeno do suicídio, as duas especialistas lançaram, neste ano, os dois primeiros cursos de especialização em prevenção ao suicídio no Brasil.

Ligação gratuita

O CVV é uma associação civil sem fins lucrativos que trabalha com prevenção ao suicídio, por meio de voluntários que dão apoio emocional a todas as pessoas que querem e precisam conversar. Eles recebem treinamento adequado e não precisam ter formação em psicologia. Todas as ligações são sigilosas.


As ligações de prevenção de suicídio feitas para o Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio do número 188, passaram a ser gratuitas para todo o Brasil desde 2018, após assinatura de um convênio com o Ministério da Saúde.

Fonte: G1
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Mesmo sem horário de verão, internautas relatam que celulares adiantaram hora

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Apesar de ter sido revogado por Jair Bolsonaro, o horário de verão – ou a falta dele – agitou as redes sociais durante a madrugada deste domingo (20). No Twitter, centenas de internautas relataram que os celulares adiantaram automaticamente em 1 hora e questionaram o horário certo.

O problema já era previsto. Na última sexta-feira, o Google havia publicado um anúncio oficial em seu blog recomendando que usuários de Android no Brasil alterassem as configurações automáticas de data e hora.

Na sexta-feira, as operadoras de telefonia, representadas pelo SindiTelebrasil, informaram que "desprogramaram a alteração do horário de verão em suas plataformas, de acordo com o novo decreto presidencial". O G1 procurou o sindicato neste domingo, mas não havia conseguido contato até a última atualização desta reportagem.

Efetividade do horário de verão
O objetivo por trás da origem do horário de verão é aproveitar os dias mais longos para obter um melhor aproveitamento da iluminação natural, poupando recursos da matriz energética e reduzindo os riscos de apagões, principalmente no horário entre 18h e 21h, quando as lâmpadas dos espaços públicos são ligadas, boa parte da população chega em casa e parte do comércio, escritórios e indústria continua ativa.

Mas, nos últimos anos, mudou o padrão de consumo do país. Lâmpadas incandescentes foram substituídas por lâmpadas mais eficientes e o horário de pico de energia se deslocou do início da noite para o meio da tarde, por volta das 15h, devido ao aumento expressivo do uso de ar-condicionado.

Estudo do Ministério de Minas e Energia divulgado no ano passado já apontava para a perda de efetividade do horário de verão. Segundo a nota técnica, a adoção de outros instrumentos regulatórios, como a tarifa branca e preço por horário, pode produzir resultados mais relevantes para o setor elétrico.

De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o governo fez uma pesquisa que mostrou que 53% dos entrevistados pediram o fim do horário de verão. Não foram divulgados, entretanto, detalhes da pesquisa.


Horário de verão
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932, pelo então presidente Getúlio Vargas. Sua versão de estreia durou quase seis meses, vigorando de 3 de outubro de 1931 a 31 de março de 1932.

No verão seguinte, a medida foi novamente adotada, mas, depois, começou a ser em períodos não consecutivos. Primeiro, entre 1949 e 1953, depois, de 1963 a 1968, voltando em 1985 até abril de 2019, quando foi revogado por decreto.

O período de vigência do horário de verão era variável, mas, em média, durava 120 dias.

No mundo, o horário diferenciado é adotado em 70 países — e atinge cerca de um quarto da população mundial.

O horário de verão é adotado em países como Canadá, Austrália, México, Nova Zelândia, Chile, Paraguai e Uruguai.

Fonte: G1
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'Pergunta para eles', diz Bolsonaro ao ser questionado se fica no PSL

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O presidente Jair Bolsonaro foi questionado neste sábado (19) se permanecerá no PSL e respondeu: "Pergunta para eles".

Bolsonaro fez a afirmação no momento em que deixava o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e se dirigia à Base Aérea de Brasília. Bolsonaro embarca neste sábado para o Japão.

A crise na relação entre Bolsonaro e o PSL se tornou pública há cerca de dez dias, quando o presidente da República pediu a um apoiador para "esquecer" o partido porque Luciano Bivar, presidente da legenda, está "queimado para caramba".

Essa declaração resultou em uma crise que passou a envolver o Palácio do Planalto, o comando do PSL e a bancada do partido no Congresso Nacional.

Neste sábado, por exemplo, os deputados Eduardo Bolsonaro e Joice Hasselmann, ambos do PSL de São Paulo, trocaram ofensas nas redes sociais.

Além disso, também neste sábado, o deputado Luiz Lima (RJ) informou ter sido destituído da vice-liderança do PSL na Câmara. Lima integra a ala de Bolsonaro e assinou uma lista que apoiava Eduardo Bolsonaro para a liderança do PSL no lugar do deputado Delegado Waldir (PSL-G0), que integra o grupo de Bivar.

Áudios
Nesta semana, em meio à crise no PSL, surgiu um áudio que revelava uma articulação de Bolsonaro para tirar o deputado Delegado Waldir da liderança do partido. O próprio parlamentar chegou a afirmar que o presidente da República havia pressionado deputados a tirá-lo para colocar Eduardo Bolsonaro no lugar.

Um dia depois, surgiu um outro áudio, no qual Delegado Waldir afirmava que iria "implodir" Bolsonaro. Depois, o deputado chegou a recuar, mas, em seguida, afirmou que era "vagabundagem" do presidente da República tentar tirá-lo da liderança.

Relação de Bolsonaro e Bivar
No último dia 16, a colunista do G1 Andréia Sadi informou que Bivar tem dito a aliados que a relação entre ele e Bolsonaro "não tem volta".

No mesmo dia, à noite, Bolsonaro foi questionado sobre o assunto e afirmou que "nunca" teve relação com o presidente do PSL. Em seguida, disse ter feito uma "piada".

Bivar, por sua vez, divulgou um texto afirmando, sem citar nomes, que "interesses pessoais" têm criado "fatos artificiais".

Fonte: G1
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Deputado diz que pedirá ao PSL para suspender Eduardo Bolsonaro das funções partidárias

O deputado Junior Bozzella (PSL-SP) informou que pedirá ao PSL para suspender o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) das funções partidárias.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro — Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro — Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Eduardo Bolsonaro é filho do presidente Jair Bolsonaro e está no centro da disputa pela liderança do partido na Câmara.

Enquanto a ala bolsonarista tenta assumir o posto, o grupo ligado ao presidente do partido, Luciano Bivar, quer manter o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) na função.

"Vou entrar com uma representação no partido pedindo a suspensão das suas funções partidárias e também encaminhar processo no nosso Conselho de Ética. Ele [Eduardo] vem agredindo deputados e o próprio partido de forma injusta e irresponsável. Quanto antes suspender, melhor", disse Bozzela.

Além da suspensão, aliados de Luciano Bivar também querem que Eduardo Bolsonaro seja retirado da presidência do partido em São Paulo, e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), da presidência da legenda no Rio de Janeiro.

“O problema não é Jair Bolsonaro, o problema são os filhos, que atrapalham ele. Nós estamos há uma semana com o país parado por causa dos caprichos de um dos filhos, que quer ser tudo e não é nada e vive atacando integrantes do partido", declarou Bozzela.

Ele se referiu à tentativa de Eduardo de assumir a liderança do PSL e ao fato de o presidente Jair Bolsonaro já ter dito que indicará o filho para a Embaixada do Brasil em Washington (EU).

Fonte: G1
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Bombeiros encontram 9ª vítima do desabamento do Edifício Andrea e encerram operação de resgate

O corpo de Maria das Graças Rodrigues, de 70 anos, síndica do edifício que desabou na terça-feira (15) em Fortaleza, foi resgatado dos escombros no fim da tarde deste sábado (19). Segundo o Corpo de Bombeiros, Maria era última pessoa que estava desaparecida sob os escombros, e a operação de busca por pessoas foi encerrada.

Bombeiros encerraram operação de resgate e fizeram ato solene em homenagem às vítimas do desabamento do prédio — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução
Bombeiros encerraram operação de resgate e fizeram ato solene em homenagem às vítimas do desabamento do prédio — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

"Foram retiradas nove vítimas. Graças ao bom Deus resgatamos com vida sete pessoas. Com isso declaramos encerrada a operação de resgate no edifício", afirmou o comandante.

Após o encerramento da ação de resgate, os bombeiros civis e militares realizaram um ato solene em homenagem às nove vítimas da tragédia. Eles distribuíram flores entre familiares e voluntários que acompanharam o trabalho dos socorristas.


Conforme o comandante Eduardo Holanda, outros servidores assumirão a responsabilidade sobre a área do desabamento para retirada de escombros, recolhimento de pertences dos moradores e devolução dos itens aos sobreviventes e familiares.

Mais cedo, por volta das 10h40, o corpo do cuidador de idosos José Eriverton Laurentino Araújo, de 44 anos, também foi removido do local pelos bombeiros. Ele trabalhava para Vicente de Paula e Izaura Marques Menezes, ambos também mortos no desastre.

Fonte: G1
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