segunda-feira, janeiro 24, 2022

Sistema prisional do RN registra pelo menos 103 presos com covid-19

A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) do Rio Grande do Norte confirmou 103 casos de Covid-19 entre os internos de nove unidades prisionais do estado pelo menos até o último sábado (22). 30 policiais penais estão afastados do trabalho por causa da doença.


Penitenciária de Alcaçuz, na Grande Natal, Nísia Floresta RN — Foto: Anna Alyne Cunha/Inter TV Cabugi


O número de casos suspeitos entre os presos é ainda maior, uma vez que os detidos das celas onde foram detectadas as infecções foram isolados para observação.


Neste domingo (23), a Seap também suspendeu as visitas presenciais na Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó, o décimo estabelecimento a adotar a medida.


Segundo os dados recebidos pela equipes de saúde da Seap, os presos doentes apresentam tosse, dores pelo corpo, dor de cabeça e garganta irritada, mas não relataram perda de olfato ou paladar. Alguns reclamaram de leve cansaço.


"O quadro de saúde em geral é estável. A Seap determinou que os presos enfermos recebam alimentação dobrada", informou a secretaria, em nota.


Os privados de liberdade estão em celas isoladas das demais para evitar a disseminação da doença. Segundo a pasta, suspensão das visitas no momento epidemiológico atual visa garantir a segurança dos servidores, dos privados de liberdade e seus familiares.


A Seap determinou a apresentação do passaporte vacinal obrigatório para adentrar nas unidades prisionais e demais prédios da administração penitenciária.


Unidades com visitas suspensas:


Penitenciária Estadual de Alcaçuz (Nísia Floresta)

Penitenciária Rogério Coutinho Madruga (Nísia Floresta)

Central de Recebimento e Triagem de Parnamirim

Cadeia Pública de Ceará-Mirim

Cadeia Pública de Caraúbas

Penitenciária Agrícola Mário Negócio (Mossoró)

Penitenciária João Chaves Masculino (Natal)

Centro de Detenção Provisória Feminina de Parnamirim

Cadeia Pública de Nova Cruz

Penitenciária do Seridó (Caicó)

Segundo a Seap, no caso da penitenciária do Seridó, a suspensão de visitas foi adotada porque a ocupação de leitos de UTI para Covid em Caicó atingir os 90% da capacidade.


Ainda segundo a Seap, as direções das unidades foram orientadas a manter contato com os familiares dos internos doentes para atualizar a situação de saúde do privado de liberdade.


Fonte: g1

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Taxa de ocupação de UTIs Covid chega a 70% na Região Metropolitana de Natal; RN atinge 65%

A taxa de ocupação dos leitos de UTI chegou a 70% na Região Metropolitana de Natal nesta segunda-feira (24). A taxa não era atingida desde o dia 19 de junho de 2021, de acordo com a plataforma Regula RN, que monitora em tempo real a situação da rede pública no estado.


UTI na Grande Natal — Foto: Sandro Menezes


A plataforma apontou ainda que o estado chegou a 65% de ocupação dos leitos críticos na noite desta segunda, patamar que não era atingido desde 1º de julho de 2021.


O estado tem registrado uma crescente nos casos de Covid, nos atendimentos nas redes pública e privada e também nas internações. O crescimento, segundo especialistas, está associado à chegada da variante ômicron, que foi confirmada circulando desde dezembro no Rio Grande do Norte.


De acordo com a plataforma, a Região Seridó tem 64% de ocupação dos leitos e a Região Oeste 55% atualmente. Há ainda 28 pacientes que necessitam de UTI à espera para serem regulados e 24 vagas disponíveis em todo o estado.


Ao todo, nove hospitais já registram 100% de ocupação no estado, que tem 84 pacientes ocupando leitos críticos da Covid. No pico da pandemia em 2021, o estado chegou a ter 411 leitos críticos abertos e começou a revertê-los em leitos de UTI Geral após a melhora nos índices.


Neste início de janeiro, no entanto, os números têm aumentado, com o estado registrando mais de 1 mil casos por dias entre segunda e quinta-feira passada.


Situação da pandemia

Entre quarta-feira (19) e sábado (22), a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) notificou mais de 1 mil casos de Covid por dia no estado.


Quarta (19): 1.307 novos casos notificados

Quinta (20): 1.112 novos casos notificados

Sexta (21): 1.070 novos casos notificados

Sábado (22): 1.543 novos casos notificados

O aumento de casos acontece justamente após a chegada da variante ômicron, em dezembro, ao estado. Ela é considerada pelos especialistas como uma variante de maior contágio.


A procura por testes e exames têm crescido nas últimas semanas em cidades como a capital Natal. Um dos Centros de Enfrentamento à Gripe, da prefeitura, precisou fechar as portas mais cedo na terça-feira (18) passada devido à alta demanda. Em Mossoró, nesta segunda (24), dia de reabertura do Centro de Testagem, houve mais de 500 atendimentos.


Diante do cenário, o estado decidiu passar a cobrar o passaporte vacinal para acesso a estabelecimentos fechados e também aos abertos que tenham mais de 100 pessoas. O MP e a Defensoria Pública, inclusive, acionaram a Justiça para que o estado proíba eventos de massa no estado para evitar o espalhamento, diante da iminente crise do sistema de saúde.


Os laboratórios particulares da capital potiguar registram aumento de até 400% na quantidade de exames realizado em janeiro no comparativo com dezembro do ano passado.


Fonte: g1

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MP e Defensoria Pública acionam Justiça para que governo do RN proíba eventos de massa no estado

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e a Defensoria Pública do RN ingressaram com uma ação civil pública na Justiça para que o governo do Rio Grande do Norte proíba os grandes eventos de massa no estado.


Último dia de shows no carnaval de Natal em 2020 — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


O pedido acontece diante da alta de casos de Covid, desde o aparecimento da variante ômicron, considerada mais transmissível, que culminou com o aumento de atendimento e internações nas redes pública e privada do estado.


A solicitação dos órgãos é para que o governo do RN altere o decreto estadual que entrou em vigência na última sexta-feira (21), que determinou a cobrança do passaporte vacinal em estabelecimentos, mas manteve autorizados os eventos de massa com o cumprimento de medidas sanitárias.


Em nota, o governo do RN disse que aguarda a decisão da Justiça sobre a ação e garantiu que o "acompanhamento e avaliação do cenário — não apenas em relação à covid-19, mas ao surto de gripe — vem sendo feito diariamente".


"O posicionamento do Governo do Estado, a despeito do decreto nº 31.265, de 17 de janeiro de 2022, é de permanente análise dos diversos indicadores para eventual tomada de decisão, independente do prazo de vigência dessas regras", citou a nota.


O governo ainda diz que as medidas adotadas recentemente, como a exigência do passaporte vacinal, "já apontam mudanças no cenário do número de vacinados: um aumento de 95,6% na procura pelas vacinas foi registrado, tendo como base comparativa o último sábado (22 de janeiro) com o sábado anterior (15 de janeiro). Os dados comprovam a importância da exigência do comprovante da vacinal".


Ação

A ação dos órgãos pede que a Justiça determine ao governo do RN cancelar todas as autorizações para a realização de shows com grande público, sejam em locais abertos ou fechados.


Ainda é pedido que a Justiça obrigue o Estado a se abster de conceder novas autorizações para shows de massa e congêneres em todo o território potiguar, assim como a suspender tais eventos, até que ocorra novo controle da transmissibilidade do coronavírus no RN.


A ideia é que esses eventos fiquem suspensos até que a pandemia volte a atingir os patamares de contágio alcançados em novembro e dezembro de 2021.


'Omissão'

O MP e a Defensoria consideraram que houve omissão do governo do RN ao editar o decreto mais recente, uma vez que o Comitê de Especialistas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) recomendou a suspensão desses tipos de eventos dada a realidade de risco iminente de colapso do sistema de saúde.


No último dia 17, MP, Gabinete Civil, Sesap, Defensoria Pública do RN e os Ministérios Públicos Federal e do Trabalho, além de representantes da Federação de Municípios do RN (Fermurn), se reuniram para deliberar acerca da recomendação do comitê científico.


Na ocasião os representantes do MPRN e da Defensoria Pública defenderam a proibição de eventos de massa, o que não foi acatado pelo governo do RN.


Os órgãos consideram que as medidas impostas pelo governo do RN até o momento, apesar de serem importantes para a atividade econômica local, uma vez que buscam preservar o setor de promoção de eventos, são insuficientes para reduzir os índices da Covid-19.


Os órgãos reforçam que eventos de massa públicos ou privados possuem aptidão para amplificar a transmissão do vírus, já que grandes aglomerações são identificados como eventos "super espalhadores"


Além disso, ressaltam que a elevada transmissão da ômicron aumenta exponencialmente o risco do surgimento de novas variantes, que dificultam o encerramento da pandemia.


Fonte: g1

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RN libera vacinação com CoronaVac para crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) autorizou na tarde desta segunda-feira (24) que crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos sejam vacinados com a CoronaVac no Rio Grande do Norte.


CoronaVac — Foto: Ana Amaral/Prefeitura de Parnamirim


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) havia aprovado o uso do imunizante para esse público no último dia 20 de janeiro e o Ministério da Saúde liberado a utilização no dia 21.


A decisão da Sesap aconteceu após reunião da Câmara Técnica de Vacinas nesta segunda-feira (24) com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (Cosems).


Com a liberação da Anvisa, ficou decidido pela inclusão da CoronaVac na campanha de imunização contra a Covid desse público. Antes, estavam sendo usadas apenas doses pediátricas da Pfizer.


"A vacinação com a CoronaVac vai acelerar ainda mais a vacinação das crianças, que hoje são imunizadas apenas com a Pfizer pediátrica, enviada em etapas pelo Ministério da Saúde", disse Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap.


Estoque e restrições

Segundo a Secretaria de Saúde, atualmente o Rio Grande do Norte tem 110 mil doses da CoronaVac em estoque. A dose aprovada do imunizante, produzido a partir de vírus inativado, é a mesma usada para adultos (600 SU em 0,5 ml), com um intervalo de 28 dias entre a primeira e a segunda aplicação.


Crianças com cinco anos de idade e as imunossuprimidas entre 6 e 17 só podem, no entanto, receber o imunizante da Pfizer.


"Hoje temos em estoque um bom número para imunizar todas as crianças, por isso estamos organizando uma estratégia para que a vacinação comece imediatamente a partir dos municípios que ainda tem CoronaVac em seus estoques", afirmou a coordenadora.

A Sesap prevê distribuir as doses de Coronavac para os municípios na manhã desta quinta-feira (27). O lote deverá ser enviado junto com doses pediátricas da Pfizer, que o Ministério da Saúde sinalizou que chegarão na próxima quarta-feira (26).


"A ideia é que possamos fazer um mutirão de vacinação dessas crianças, para que sejam vacinadas o mais rápido possível", finalizou Lima.


Fonte: g1

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Ex-desembargador do TJRN é condenado por sonegação de imposto e Justiça Federal aponta esquema de 'rachadinha' no gabinete

A Justiça Federal condenou o ex-desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) Rafael Godeiro Sobrinho por omitir das declarações de imposto de renda valores recebidos através da pratica de “rachadinha” com um assessor.


Tribunal de Justiça do RN — Foto: Eduardo Maia


O magistrado aposentado se tornou réu em uma ação por sonegação de impostos, a partir de uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal em 2021.


Durante as investigações, uma das testemunhas arroladas no processo, que era assessor do desembargador no TJRN, afirmou à Justiça que tinha que depositar parte do que recebia como salário na conta do desembargador, para permanecer no cargo.



Segundo a denúncia do MPF, a maior parte dos valores omitidos pelo desembargador na declaração do imposto de renda é justamente relacionada aos depósitos feitos pelo assessor na conta dele, entre 2010 e 2011.


Procurado pelo g1 no início da tarde desta segunda-feira (24), o advogado Caio Graco, que defende o Rafael Godeiro, afirmou que ainda não tomou conhecimento da sentença e só falará sobre o assunto depois de ter acesso à decisão.


A sentença do juiz da 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, Francisco Eduardo Guimarães Farias, é da última sexta-feira (21) e impôs ao desembargador a condenação a quatro anos e oito meses de reclusão, em regime semiaberto, e 146 dias-multa, sendo cada um equivalente a 1/10 do salário mínimo vigente à época dos crimes. A condenação diz respeito somente à sonegação fiscal.


Mais de R$ 33 mil depositados

Ao fundamentar a decisão, o magistrado considerou que “a detida análise dos elementos probatórios coligidos nos autos" aponta que o desembargador omitiu depósitos bancários "de origem não comprovada" nas declarações de ajuste anual dos anos-calendário 2010 e 2011, suprimindo imposto de renda.


Ao longo do processo, os auditores fiscais observaram que os depósitos omitidos pelo réu, que somaram R$ 33.650,00, ao longo dos anos de 2010 e 2011, foram transferidos pelo então assessor do desembargador para a conta corrente dele.



Em testemunho, o homem afirmou que os valores eram referentes a parte do salário do cargo comissionado que ele exercia no TJ, que ele era obrigado a devolver ao desembargador que o nomeou.


Em sua defesa, o desembargador disse à Justiça que os valores depositados pelo assessor eram de um empréstimo feito por ele ao homem, mas o juiz considerou que a afirmação não ficou comprovada e que "tal tese revela apenas uma versão evasiva e a sua intenção de suprimir o tributo devido, ocultando, assim, a transação sabidamente ilícita do controle externo das autoridades".


No entendimento do juiz federal, o assessor “era obrigado a transferir uma quantia para a conta do então desembargador, sob pena de sair do referido cargo”.


Condenação foi apenas por sonegação

Apesar de constatar o indício da prática de "rachadinha" no gabinete do desembargador, o juiz federal se deteve apenas à sonegação fiscal, na condenação do réu, porque o julgamento sobre a "rachadinha" apontada pelo servidor ouvido no processo caberia à Justiça Estadual do Rio Grande do Norte, após denúncia do Ministério Público Estadual.


O g1 procurou o Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte, para questionar ao órgão se já há alguma investigação em andamento ou se o órgão abrirá um inquérito para apurar o caso com base nas informações do MPF e da Justiça Federal, mas não recebeu posicionamento sobre o assunto até a última atualização desta matéria.


Operação Judas

Em 2021, Rafael Godeiro foi condenado junto com outro ex-desembargador e uma servidora do TJRN a devolver 14,1 milhões aos cofres públicos, por desvios do setor de precatórios do tribunal no período em que presidiu a corte estadual.


O caso veio a público após a operação Judas, do Ministério Público Estadual, deflagrada em 2012. Em 2013, o desembargador foi aposentado compulsoriamente por decisão do Conselho Nacional de Justiça e perdeu o foro privilegiado. Pelo mesmo crime, ele foi condenado a 7 anos e meio de reclusão em 2018. Ele recorre.


Fonte: g1

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Casos de Covid e gripe entre servidores faz Ufersa suspender atividades presenciais por uma semana

A Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa) anunciou nesta segunda-feira (24) que vai suspender as atividades presenciais durante toda a semana, por causa dos casos de gripe e covid-19 confirmados entre vários servidores, inclusive a reitora da instituição.


Entrada da Ufersa, em Mossoró (Arquivo) — Foto: Isaiana Santos/Inter TV Costa Branca


Até a próxima segunda-feira (31) o trabalho será desenvolvido de forma não remoto, com exceção para atividades de manutenção, engenharia, limpeza e vigilância.


"Com relação às atividades de pesquisas, a recomendação é para que aconteçam apenas aquelas que necessitem impreterivelmente de forma presencial. A recomendação é para que o máximo de atividades aconteça de forma remota, evitando desta forma, o contato de pessoas e a consequente proliferação de contágios", informou a instituição.


Segundo a universidade sediada em Mossoró, a reitora da instituição, Ludimilla Oliveira, testou positivo para a covid-19 no último sábado (22) e adiou uma viagem de férias.


A instituição não informou, até a última atualização desta matéria, quantos servidores estão afastados das funções.


Fonte: g1

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Brasil volta a bater recorde na média móvel de casos conhecidos de Covid em 24 horas, com 150 mil; média de mortes cresce mais uma vez

O Brasil registrou nesta segunda-feira (24) 90.509 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 24.134.946 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 150.236 - a maior marca registrada até aqui e marcando o sétimo recorde seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +241%, indicando tendência de alta nos casos da doença.


Brasil, 24 de janeiro

Total de mortes: 623.412

Registro de mortes em 24 horas: 267

Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 307 (variação em 14 dias: +152%)

Total de casos conhecidos confirmados: 24.134.946

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 90.509

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 150.236 por dia (variação em 14 dias: +241%)


Média móvel de casos conhecidos — Foto: g1


O país também registrou 267 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 623.412 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 307 -- a maior registrada desde 31 de outubro. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +152%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.


Acre, Goiás e Roraima não registraram mortes por Covid nas últimas 24 horas.


Dessa forma, a média móvel de vítimas atinge agora um patamar acima do que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro (leia mais abaixo). Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença a cada dia.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Instabilidade nos sistemas

Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4 de janeiro.



Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.


No início de janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, no dia 7 de janeiro, normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações estava sido gradual.


Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem pesquisadores.


"A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.


"A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem", afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.


Curva de mortes nos estados

Em alta (22 estados e o DF): PR, RS, SC, ES, MG, RJ, SP, DF, GO, MS, MT, AC, AM, AP, TO, AL, BA, CE, MA, PB, PI, RN e SE

Em queda (3 estados): PA, RO e PE

Em estabilidade (1 estado): RR

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências da pandemia).


Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta, estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados.


Consórcio de veículos de imprensa

Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre g1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.


Fonte: g1

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Homens se passavam por empresários sertanejos para dar golpes de até R$ 80 milhões, diz polícia

Dois homens são suspeitos de se passarem por empresários sertanejos para aplicar golpes de até R$ 80 milhões, informou a Polícia Civil, nesta segunda-feira (24). O delegado Alexandre Bruno disse que eles enganavam as vítimas com falsos empréstimos e financiamentos para compra de imóveis e carros de luxo. A dupla também é investigada por receptação de cargas de aço e ferro.


O g1 não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem. O delegado informou que Renato confessou o crime e colabora com as investigações. Pablo ainda não havia sido ouvido até o início desta tarde.



A polícia já identificou 85 vítimas dos suspeitos, entre elas, um cantor sertanejo de uma dupla goiana, que não teve o nome divulgado pela corporação. A polícia prendeu Renato Renner Marques Ferreira, de 42 anos, e Pablo Lima Estrela, de 40. Há ainda um terceiro suspeito que é considerado foragido da Justiça: Manoel Antônio Vieira de Lima.


Pablo Estrela e Renato Renner foram presos suspeitos de receptação e estelionato em Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação


De acordo com o delegado, os dois detidos se apresentavam às vítimas como pessoas que poderiam conseguir financiamentos e empréstimos do sistema habitacional ou junto a bancos para compra de carros de luxos.


“Eles também se passavam por empresários sertanejos, no sentido de oferecer empréstimos para alavancar a carreira de pessoas do ramo”, disse o delegado.

Conforme as investigações, as pessoas adiantavam aos suspeitos dinheiro para conseguir os empréstimos. Eles então pegavam o valor, enganavam as vítimas, muitas vezes dizendo que havia algum problema no sistema dos bancos, e desapareciam com o dinheiro.


“Eles se faziam presentes nas redes sociais, onde angariavam ‘clientes’ para poder apresentar esses financiamentos e, posteriormente, aplicar os golpes”, explicou o delegado.


Pablo Estrela foi preso em Camaçari (BA) e trazido para Goiás de avião pela Polícia Civil — Foto: Polícia Civil/Divulgação


Receptação de cargas

As investigações tiveram início há um ano, após a polícia perceber um aumento significativo em ocorrências de roubo de cargas de ferro e aço em Goiás. Durante as apurações, a corporação descobriu uma empresa em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, que estaria vendendo os produtos provenientes dos furtos.


“Nós conseguimos efetuar a prisão em flagrante do gerente [Renato] desse estabelecimento comercial e, a partir das informações prestadas por ele, nós conseguimos identificar que, não só de vendas de carga de aço roubada esse pessoal vivia”, explicou o delegado.

O investigador informou que a empresa gerava um lucro aos investigados de até R$ 5 milhões por mês, com a venda dos produtos roubados. No entanto, ao prender Renato, os policiais descobriram também o esquema de golpes do falso empréstimo.


Manoel Antônio Vieira é considerado foragido pela Justiça de Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação


Após isso, a corporação começou a investigar os estelionatos e chegou ao Pablo Estrela, que foi preso na última sexta-feira (21), em Camaçari (BA). De acordo com a Polícia Civil, ele estava na cidade desfrutando de uma vida de luxo com o dinheiro de suas vítimas. Após ser detido, a polícia o trouxe de avião para Goiás.


“No início, nós achávamos que o dinheiro que existia para a aquisição desse aço vendido na empresa, seria o dinheiro vindo dessa questão dos estelionatos. No entanto, era ao contrário, eram os estelionatos que financiavam essa venda dessas cargas. A empresa servia de fachada para lavada de dinheiro”, disse o delegado.


A polícia continua com as investigações com o intuito de conseguir prender Manoel Antônio Vieira, que é considerado foragido da Justiça. De acordo com a corporação, ele usava o nome falso de Marcos de Suassuna e é apontado como o investidor do esquema criminoso, responsável por gerenciar as compras e vendas dos produtos roubados, além de ser o dono da empresa.


“Uma pessoa de um bom relacionamento empresarial e acima de qualquer suspeita. Ele está ligado aos outros dois presos e se encontra foragido”.

Os suspeitos devem responder pelos crimes de receptação de cargas, estelionato, organização criminosa e lavagem de capitais.


Fonte: g1

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Homem suspeito de vazar vídeo íntimo de Natália, do BBB22, nega crime e diz estar recebendo ameaças de morte

O homem de 39 anos suspeito de ter vazado um vídeo íntimo de Natália Deodato, participante mineira do BBB22, negou qualquer envolvimento na divulgação das imagens.


Natália é modelo e designer de unhas — Foto: Reprodução/Globoplay


Em entrevista ao g1 Minas, nesta segunda-feira (24), ele contou que, com a repercussão do caso, chegou a receber ligações com ameaças de morte.


A gravação foi divulgada na última terça-feira (19) e espalhada nas redes sociais. Ao tomar conhecimento dos fatos, a família da modelo e designer de unhas procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, em Belo Horizonte, para registrar um boletim de ocorrência.


No documento policial é citado o nome do homem e o número telefônico dele, que, supostamente, teria sido usado para espalhar as imagens. 


"Eu estava com meu filho na Bahia desde o dia 16 de janeiro para que ele disputasse um torneio de futebol. Tomei conhecimento desse vídeo na semana passada, quando mais de 20 pessoas começaram a me mandar, e também chegou em um grupo. Não fui eu quem divulgou essas imagens, nem sabia que essa gravação existia. Também não sou eu quem estou com ela no vídeo", disse o homem.


Natália Deodato é designer de unhas em BH — Foto: Redes sociais


Término de relacionamento há dois anos

No registro policial, consta que o suspeito já tinha ameaçado mostrar as imagens há cerca de dois anos. No entanto, à época, ele não o fez, mas teria jogado o vídeo nas redes sociais após a entrada de Natália no BBB22.


Já na versão do homem, ele namorou com Natália por cerca de 11 meses, e o relacionamento chegou ao fim em janeiro de 2020. À época, ele teria descoberto traições por parte de Natália e teria ameaçado divulgar que teria sido traído pela jovem de 22 anos. 


"Desde que esse vídeo começou a circular que não tenho mais sossego, a polícia veio na minha casa sábado e levou um notebook, um relógio, uma camisa e uma aparelhagem de pesquisa de audiência de TV que eu já tinha. Cheguei ontem de viagem e não tive coragem de entrar em casa, deixei minha residência em Belo Horizonte e estou em outro lugar. Tenho receio por mim, pelo meu filho de 9 anos e por toda minha família", afirmou.

O homem disse que ainda não foi intimado e espera que a investigação finalize rapidamente para confirmar sua inocência.


"Eu não sei mais o que fazer, não tenho dinheiro para pagar advogado. Estou sem trabalhar por causa disso tudo. Eu não divulguei esse vídeo", disse.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa de Natália, que disse apenas que "o jurídico acompanha o caso".


Natália Deodato foi uma das participantes mais votadas e disputa a permanência no reality com Naiara Azevedo e Luciano. A eliminação de um deles ocorre nesta terça-feira (25).


Natália conversas com os outros participantes do 'BBB22' — Foto: Reprodução/Globo


Intimação nos próximos dias

Nesta segunda-feira (24), a Polícia Civil informou que o homem será intimado para prestar esclarecimentos nos próximos dias. Ainda conforme a instituição, um inquérito foi instaurado e diligências são realizadas para apuração dos fatos. Não serão divulgadas as datas de oitivas do suspeito.


Na última semana, a polícia enviou à Justiça um pedido de medida protetiva para Natália.


Por meio de nota, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que o processo encontra-se em trâmite em uma das varas especializadas em proteção à mulher na capital mineira.


Questionado pela reportagem do g1 Minas qual seria a decisão sobre a solicitação de medida protetiva, o TJMG informou que o caso é segredo de Justiça e, por esse motivo, não é possível informar detalhes sobre o julgamento do pedido.


Fonte: g1

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Helicóptero do Ibama é incendiado durante ataque em Manaus

Um helicóptero foi incendiado durante um ataque, quando estava estacionado no Aeroclube de Manaus, Zona Centro-Sul. Policiais militarem informaram que foram acionados para a ocorrência na manhã desta segunda-feira (24).


A aeronave é utilizada em operações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


Helicóptero do Ibama é incendiado durante ataque em Manaus. — Foto: Ayrton Senna Gazel/g1 AM


As chamas destruíram completamente a parte frontal da aeronave. A hélice também ficou parcialmente destruída.


O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado por volta de 4h20, e deslocou equipes para o combate às chamas. Foi informado para a equipe que dois homens invadiram o aeroclube e atearam fogo no helicóptero.


As autoridades tratam o caso como incêndio criminoso. Nas primeiras horas da manhã, agentes da 12ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram acionados ao local.


A Secretaria de Segurança do Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que está prestando total apoio para a Polícia Federal (PF-AM), responsável pelas investigações.


O que diz o Ibama

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou, em nota, que, assim que tomou conhecimento do fato, na manhã desta segunda-feira (24), enviou uma equipe ao local para verificar a situação, onde foi constatado a tentativa de incêndio em duas aeronaves, acionando imediatamente a Polícia Federal.


Em nota, o governo federal disse que "repudia qualquer ação contra a estrutura de combate aos crimes ambientais", citando o ataque contra as aeronaves do Ibama. O teto informa ainda que a Polícia Federal foi acionada imediatamente após o conhecimento dos fatos e que "o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional; e o Ministério do Meio Ambiente, por meio do Ibama e ICMBio, continuarão atuando de forma contundente contra os crimes na região da Amazônia".


Fonte: g1

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Preços da gasolina e do diesel sobem nos postos do país

Os preços médios da gasolina e do diesel avançaram nos postos do país na semana passada, após reajuste feito pela Petrobras, segundo levantamento divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Preço médio da gasolina e do diesel sobem nos postos do país — Foto: Paulo Guereta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo


O litro da gasolina teve alta de 0,85% em uma semana, passando de R$ 6,608 para R$ 6,664, em média.


O aumento do diesel, por sua vez, foi de 2,95%. O litro do combustível passou de R$ 5,422, em média, para R$ 5,582.



Depois de recuar no levantamento anterior, o valor do litro etanol voltou a subir. Passou de R$ 5,046 para R$ 5,053, leve alta de 0,14%.


Por fim, o preço médio do gás de cozinha de 13kg aumentou de R$ 102,24 para R$ 102,53 no intervalo analisado pela ANP.


Na terça-feira (18), o governo começou a pagar o vale-gás, no valor de R$ 52 para 5,47 milhões de famílias que fazem parte do Auxílio Brasil.


Novo reajuste de Petrobras

Desde 12 de janeiro, os preços da gasolina e do diesel às distribuidoras foram reajustados pela Petrobras.


Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, o que representa um aumento de 4,85%.


O valor do diesel subiu de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%.


O último ajuste nos preços foi realizado em dezembro do ano passado, quando a Petrobras promoveu uma redução no valor da gasolina de 3,13%. Foi a primeira queda desde 12 de junho.


Já o último aumento foi anunciado em outubro do ano passado.


Fonte: g1

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BC cria sistema para clientes consultarem valores a receber de bancos e instituições financeiras

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O Banco Central (BC) informou nesta segunda-feira (24) que está disponível o sistema para que pessoas e empresas possam consultar se têm algum valor a receber de bancos e demais instituições financeiras.


O serviço pode ser acessado a partir da aba "Valores a Receber" no sistema Registrato, disponível no site do Banco Central.


Caso tenha valores a serem resgatados, o usuário poderá receber o dinheiro de duas formas:


diretamente via PIX na conta indicada no sistema do Registrato, para bancos e instituições financeiras que aderiam a um termo específico junto ao BC;

em um meio de pagamento ou transferência a ser informado pela instituição bancária, nos demais casos. Aqui, o beneficiário informará seus dados de contato no sistema para receber a comunicação.

Para acessar o site, o cliente precisa precisa estar cadastrado no login único do governo federal ou fazer um cadastro, pela internet, junto ao Banco Central.


Até R$ 8 bilhões

Segundo o Banco Central, nesta primeira fase do serviço são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos decorrentes de:


contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;

tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;

cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e

recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.


Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões. O restante dos valores será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, fruto de:


tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;

contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;

contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e

outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.


Publicidade

Na época em que anunciou a criação da funcionalidade, o Banco Central disse que objetivo do sistema é dar publicidade a valores que clientes de instituições financeiras têm direito e, muitas vezes, nem sabem.



"Além disso, a perspectiva de recebimento de valores baixos pode não motivar as pessoas a procurarem as instituições financeiras com as quais mantém ou mantiveram relacionamento atrás de informações”, afirmou o BC em nota na época.


A autoridade monetária informa que as informações disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias instituições.


"Em algumas situações, os saldos a receber podem ser de pequeno valor, mas pertencem aos cidadãos que agora possuem uma forma simples e ágil para receber esses valores", diz o Banco Central em nota divulgada nesta segunda.


Fonte: g1

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Comitê da Associação Médica Brasileira pede anulação de portaria do governo que defende 'kit Covid'



Em nota de repúdio divulgada nesta segunda-feira (24), o Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 da Associação Médica Brasileira (AMB) pediu a anulação da portaria do Ministério da Saúde que rejeitou diretrizes da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao Sistema Único de Saúde (Conitec) sobre o chamado "kit Covid".


A Conitec se manifestou contra o uso de medicamentos do kit, como a hidroxicloroquina, para tratamento de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com Covid-19.


Segundo o comitê da AMB, os argumentos apresentados na portaria assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Hélio Angotti Neto, para não acolher as recomendações da Conitec “não têm a menor sustentação científica” e são “pontuações falaciosas”.


Mais cedo, o partido Rede Sustentabilidade ingressou no Supremo Tribunal Federal para pedir — além da anulação da portaria — o afastamento do secretário Angotti Neto.


Na última sexta (21), portaria assinada por Angotti Neto recusou a incorporação de diretrizes aprovadas pela Conitec para o tratamento contra a Covid-19 na rede pública de saúde.


Entre as medidas sugeridas pela comissão de aconselhamento do ministério estavam a não utilização de remédios como a cloroquina, a azitromicina, a ivermectina e outros medicamentos sem eficácia para tratar a doença – tanto em ambulatórios (casos leves) como em hospitais, quando o paciente está internado.


Como fundamento para a decisão, o Ministério da Saúde apresentou uma nota técnica na qual afirmava que vacinas não têm demonstração de segurança e efetividade.


O entendimento é contrário ao adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e de agências reguladoras do setor, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).


Na conclusão, o secretário ainda lista como motivos para a rejeição o "possível viés de seleção de estudos e diretrizes previamente tecidas por outras instituições”.


Na avaliação do comitê, ao questionar as vacinas, a portaria “vai além em termos de completo desalinhamento científico”.


“Em uma tabela desastrosa tenta induzir erroneamente o entendimento que Hidroxicloroquina/Cloroquina (HCQ/CQC) tem comprovação de eficácia e é segura, e incrivelmente desacredita as vacinas contra Covid rotulando como sem efetividade e com dúvidas sobre a segurança”, diz o texto da nota.



“Ao contrário do que diz a portaria da SCTIE/MS, no atual momento em janeiro de 2022 não há mais debate ou dúvidas científicas sobre a não eficácia de Hidroxicloroquina/Cloroquina (HCQ/CQC) e Ivermectina entre outras drogas em termos de benefícios clínicos à pacientes com Covid-19”, ressalta a nota, acrescentando que “nenhuma sociedade médica brasileira ou instituição pública nacional ou internacional” recomenda o uso das medicações do chamado "kit Covid".


O g1 procurou o Ministério da Saúde para saber se a pasta pretende responder às críticas e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.


Críticas à gestão

Mais cedo, a AMB, divulgou boletim do mesmo comitê no qual afirma que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, “age à margem das mais simples normas de conduta e preceitos éticos esperados” para o exercício da medicina.


O órgão relaciona “exemplos de erros de conduta e deslizes éticos perpetrados pelo ministro”, entre os quais, segundo a entidade, postergar o início da vacinação de crianças de 5 a 11 anos e a defesa do uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19.


“Causa-nos indignação e temor a omissão, as idas e vindas do ministro, assim como posições que contradizem as boas evidências científicas, expondo a saúde e a vida dos brasileiros”, destaca o boletim.


O comitê diz ainda que o Brasil está “em alerta e pede mudanças na gestão da saúde”.


“Vivemos dias de gravidade ímpar no sistema de saúde do Brasil, enquanto o ministro da Saúde desperdiça tempo, endossa tratamentos ineficazes e protela a vacinação”, diz o texto.


Fonte: g1

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Rede pede ao STF afastamento de secretário do Ministério da Saúde e anulação de nota sobre vacinas

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O partido Rede Sustentabilidade pediu nesta segunda-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da nota técnica da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde que – contrariando a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade científica – afirma que as vacinas não têm demonstração de segurança.


A sigla também pede o afastamento cautelar do secretário responsável pelo setor que emitiu a nota técnica, Helio Angotti Neto. Os pedidos devem ser analisados pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso, que já é relator de uma ação da Rede sobre atos de agentes públicos na pandemia.


A nota técnica questionada pela Rede foi publicada na última sexta-feira (21). No documento, a secretaria do Ministério da Saúde também afirma que a hidroxicloroquina demonstrou segurança como uma tecnologia de saúde para a Covid-19 – o que não tem respaldo científico.


O uso do medicamento contra a doença chegou a ser discutido pelos maiores órgãos de saúde do mundo, nos meses iniciais de enfrentamento à pandemia. Desde março de 2021, no entanto, a OMS oficialmente não recomenda o uso do fármaco para o tratamento ou prevenção do coronavírus.


Na petição enviada ao ministro Barroso, a Rede diz que a nota técnica "é claramente contrária ao consenso científico internacional e afronta os princípios da cautela, precaução e prevenção – que deveriam ser o norte da bússola de qualquer gestor público no âmbito do enfrentamento de uma pandemia".


A legenda também classifica o documento da secretaria do Ministério da Saúde como "acintoso à Constituição Federal". Além da anulação da nota e do afastamento do secretário, a Rede pede que, em substituição ao documento questionado, seja publicada uma nova nota técnica que observe:


normas e critérios científicos e técnicos, como os estabelecidos por organizações e entidades internacional e nacionalmente reconhecidas;

os princípios constitucionais da precaução e da prevenção.


Erro de interpretação, diz governo

Neste sábado (22), após reportagens sobre a nota técnica, o Ministério da Saúde afirmou que "em nenhum momento afirmou que o referido fármaco [a hidroxicloroquina] é seguro para tratamento da Covid-19, nem questionou a segurança das vacinas, que é atestada pela agência reguladora [Anvisa]".


Segundo a pasta, a interpretação foi retirada de forma equivocada de uma manifestação da secretaria chefiada por Helio Angotti Neto.


"A interpretação foi retirada erroneamente de uma manifestação de nota técnica da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE). A secretaria informou que observada isoladamente não traduz o real contexto, explicitado no próprio texto. A interpretação de que ela afirma existência de evidências para o medicamento cloroquina e não existência de evidências para vacinas é errada e descontextualizada", afirmou a pasta comandada por Marcelo Queiroga.


Fonte: g1

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