quinta-feira, julho 30, 2020

RN tem 49.667 casos confirmados de Covid-19 e 1.751 mortes pela doença

RN soma mais de 136 mil testes de Covid-19 — Foto: Cadu Rolim/Estadão ConteúdoO Rio Grande do Norte se aproxima dos 50 mil casos confirmados de Covid-19. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde Pública nesta quinta-feira (30), são 49.667 pessoas diagnosticadas com a doença no estado e 1.751 mortes registradas. Outros 185 óbitos estão sob investigação.

Em relação ao boletim do dia anterior, são 616 casos novos e 16 mortes a mais - eram 49.051 casos confirmados e 1.735 mortes por Covid-19.

Ainda de acordo com os dados da Sesap, o estado tem 61.800 casos suspeitos e 78.818 descartados. O número de pacientes recuperados não foi atualizado e segue em 22.901.

O RN tem atualmente 415 pessoas internados por causa da Covid-19 no estado, sendo 276 na rede pública e 139 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 64,3% na rede pública e de 45% na rede privada.

A Sesap registrou ainda que 136.880 testes de coronavírus foram realizados no estado desde o início da pandemia, sendo 59.890 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 76.990 sorológicos.

Números do coronavírus no RN
49.667 casos confirmados
1.751 mortes
22.901 confirmados recuperados
61.800 casos suspeitos
78.818 casos descartados

fonte: G1
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Reservas hídricas do RN alcançam 55% da capacidade em julho, aponta Igarn

O monitoramento feito pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) nos 47 reservatórios com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos apontou que as reservas hídricas do Estado estão com 55,55% da capacidade total.

Já a barragem Marechal Dutra, conhecida também como Gargalheiras, localizada em Acari, está com 31,74% da sua capacidade total que é de 44.421.480 m³.  — Foto: Heráclito Patrício/Igarn
Já a barragem Marechal Dutra, conhecida também como Gargalheiras, localizada em Acari, está com 31,74% da sua capacidade total que é de 44.421.480 m³. — Foto: Heráclito Patrício/Igarn

Os dados mostram que as reservas somam 2.431.342.926 m³, enquanto a capacidade total do Estado é de 4.376.444.842 m³.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório estadual com 2,37 bilhões de metros cúbicos, está com 1.533.987.376 m³, percentualmente 64,64% da capacidade total. No mesmo dia 30 de julho de 2019, o reservatório estava com 786.152.000 m³, que correspondiam a 32,76% da sua capacidade.

Já a barragem Santa Cruz do Apodi, segundo maior manancial do RN, com capacidade para 599.712.000 m³, está acumulando 207.261.960 m³, que correspondem a 34,56% do volume total do reservatório. No mesmo período de 2019 o manancial estava com 144.150.181 m³, que percentualmente, correspondiam a 24,04% do seu volume total.

A barragem Umari, localizada em Upanema, com capacidade para 292.813.650 m³, está reservando 262.344.229 m³, em termos percentuais, 89,59% do volume máximo. No final de julho de 2019 o manancial estava com 112.365.178 m³, percentualmente, 38,37% da sua capacidade.

O açude Itans, localizado em Caicó, está com 10.499.227 m³, que correspondem a 13,84% do seu volume máximo que é de 75.839.349 m³. Neste mesmo período do ano passado o açude estava com 1.314.500 m³, correspondentes a 1,61% da sua capacidade.


Já a barragem Marechal Dutra, conhecida também como Gargalheiras, localizada em Acari, está com 14.098.283 m³, que correspondem a 31,74% da sua capacidade total que é de 44.421.480 m³. No mesmo período de julho do ano passado o reservatório acumulava 238.595 m³, correspondentes a 0,54% da sua capacidade.

Segundo o diretor-presidente do Igarn, Auricélio Costa, as reservas hídricas atingidas durante a quadra chuvosa deste ano possibilitam tranquilidade para chegar ao próximo ano atendando às necessidades de usos múltiplos.

“A quantidade de reserva hídrica acumulada durante este inverno foi a melhor dos últimos 8 anos, o que nos possibilita acreditar que conseguiremos atender às diversas demandas pelo uso da água, tanto para as populações, quanto para o agronegócio, agricultura familiar, pecuária, indústria, enfim, todos os usos com mais tranquilidade realizando uma boa gestão e consigamos chegar à próxima quadra chuvosa de 2021 em condições melhores do que entramos nessa e com um novo ciclo de chuvas dentro do normal possamos continuar a recuperação das nossas reservas”.

Ele ressalta ainda a necessidade da população evitar o desperdício de água. “Ressaltamos ainda a necessidade do uso consciente da água, que naturalmente, com esse período de pandemia, já tem seu consumo aumentado, para que possamos manter o maior quantidade de água, pelo maior tempo permissível nas nossas reservas hídricas”, disse Auricélio Costa.

Situação das lagoas
A Lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital, está atualmente com 100% da sua capacidade que é de 11.019.525 m³.
A Lagoa do Boqueirão, localizada em Touros, acumula 10.682.573 m³, percentualmente, 96,46% da sua capacidade total que é de 11.074.800 m³.
A Lagoa do Bonfim, localizada em Nísia Floresta, está com 46.178.708 m³, correspondentes a 54,8% da sua capacidade total de acumulação que é de 84.268.200 m³.

Fonte: G1
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Enxame de abelhas invade cabine, motorista perde controle e vira caminhão na BR-304 no RN

Um enxame de abelhas invadiu a cabine de um caminhão e provocou um acidente na BR-304, próximo ao município de Lajes, na região central do Rio Grande do Norte, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O caso aconteceu na manhã desta quinta-feira (30). Ninguém ficou ferido.

Motorista perdeu controle de caminhão após enxame de abelhas invadir cabine, segundo a PRF. Caso acontece na BR-304, no RN — Foto: PRF/Divulgação
Motorista perdeu controle de caminhão após enxame de abelhas invadir cabine, segundo a PRF. Caso acontece na BR-304, no RN — Foto: PRF/Divulgação

Ainda de acordo com as informações da PRF, com a invasão das abelhas no caminhão, o motorista perdeu controle do veículo e acabou virando na estrada. A carga levada pelo caminhão articulado não foi informada.

No início da tarde desta quinta-feira (30), o veículo já havia sido tirado da pista e colocado no acostamento.

fonte: G1
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Comitê científico do RN entrega parecer contra reabertura de escolas e recomenda nova análise em 30 dias

O comitê científico que assessora o governo do Rio Grande do Norte sobre as decisões relacionadas à pandemia do novo coronavírus entregou, nesta quinta-feira (30), um parecer favorável à manutenção da suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares do estado. Em suas recomendações, o grupo considerou que o retorno das aulas deverá ocorrer somente quando risco de contágio for baixo para professores e alunos e que uma nova avaliação do quadro epidemiológico deve ser realizada em 30 dias, para apontar uma data provável de retorno.

Sala de aula da Escola Municipal Ivonete Maciel, na Cidade da Esperança — Foto: Secom/PMN
Sala de aula da Escola Municipal Ivonete Maciel, na Cidade da Esperança — Foto: Secom/PMN

"Não é possível iniciar as aulas neste momento, pois não é seguro para os trabalhadores da educação, bem como para toda a comunidade escolar, alunos e familiares", aponta o parecer. A decisão sobre o assunto cabe ao governo do estado.

No início da quarta-feira (29), a governadora do estado, Fátima Bezerra (PT) afirmou que o comitê iria se reunir ainda ao longo do dia para tratar sobre o assunto, mas já considerava que o indicativo era de adiamento das aulas, cujo retorno previsto era 17 de agosto. À noite, o prefeito de Natal, Álvaro Dias (MDB) voltou atrás na decisão de autorizar o retorno das aulas nas escolas particulares no dia 10 de agosto e das escolas públicas municipais em 14 de setembro.

No documento, os pesquisadores consideraram que o retorno às aulas neste momento iria impactar de maneira significativa na taxa de isolamento social e isso poderia implicar diretamente no aumento de novos casos. Eles também argumentaram que a suspensão das atividades escolares é responsável por manter em isolamento social aproximadamente 30% da população do estado, quando ainda é necessário manter níveis de isolamento social em torno de 40%, por causa da falta de vacinas e medicamentos cientificamente comprovados para tratamento da Covid-19.

"Neste contexto que ainda requer cautela e maior observação da evolução dos indicadores epidemiológicos, o retorno das atividades escolares pode representar um forte impacto sobre a circulação de pessoas e, consequentemente, sobre os níveis de transmissão da Covid-19 em todo o estado. Somado ao expressivo contingente de matriculados no Ensino Básico no RN das redes estadual, municipal, federal e privada (superior a 800 mil) há de se considerar a indução a uma movimentação ainda maior de pessoas da comunidade escolar e fora dela. Por exemplo, haverá o aumento da circulação de pais e responsáveis, prestadores de serviços afins à atividade escolar como transporte público e particular, além da mobilidade de servidores docentes e demais funcionários desses estabelecimentos de ensino", considerou o relatório.

O comitê ainda argumentou que 17% dos domicílios potiguares eram coabitados por crianças de 6 a 14 anos e idosos em 2018, segundo levantamento do IBGE. Além disso, mais de 50% dos professores possui 40 anos ou mais, o que representa um risco de transmissão da doença, pelas crianças, a pessoas dos grupos de risco.

Por fim, o comitê ainda afirmou que atualmente há mais de 130 municípios com taxa de transmissibilidade maior que 1 e 40 municípios apresentam maior que 2, ou seja, um contaminado contamina, em média, outras duas pessoas. Desde a reabertura econômica, iniciada em 1º de julho, a taxa estaria apresentando instabilidade, inclusive nas maiores cidades do estado, como Natal, Mossoró e Parnamirim.

Fonte: G1
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Moraes determina bloqueio de contas de bolsonaristas em redes sociais no exterior

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de contas de 16 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em redes sociais também no exterior.

Alexandre de Moraes, ministro do STF — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
Alexandre de Moraes, ministro do STF — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

Na prática, a determinação ampliou o alcance de uma outra decisão, da semana passada. No último dia 24, as contas foram retiradas do ar por decisão de Moraes, mas alguns dos investigados tentaram driblar a ordem do STF e mudaram, por exemplo, as configurações de localização para outros países para continuarem publicando mensagens. Também usaram perfis alternativos.

Moraes considerou que houve cumprimento parcial da decisão, o que acarreta imposição de multa. Segundo o ministro, a exclusão das contas deve ocorrer independentemente do acesso a essas postagens se dar por qualquer meio ou qualquer IP, seja no Brasil ou fora do país.

Nesta quinta, diante da nova decisão de Moraes, a rede social Twitter divulgou uma nota na qual informou que bloqueou as contas.

"O Twitter bloqueou as contas para atender a uma ordem judicial proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora não caiba ao Twitter defender a legalidade do conteúdo postado ou a conduta das pessoas impactadas pela referida ordem, a empresa considera a determinação desproporcional sob a ótica do regime de liberdade de expressão vigente no Brasil e, por isso, irá recorrer da decisão de bloqueio", informou.

A exclusão das contas faz parte do chamado inquérito das fake news, que apura ameaças a ministros do STF e a disseminação de conteúdo falso na internet. Moraes é o relator do caso.

Pela nova decisão, foram bloqueados os perfis de:

Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB;
Luciano Hang, empresário;
Edgard Corona, empresário;
Otávio Fakhoury, empresário;
Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia;
Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia;
Bernardo Küster, blogueiro;
Allan dos Santos, blogueiro;
Winston Rodrigues Lima, militar da reserva;
Reynaldo Bianchi Júnior, humorista;
Enzo Leonardo Momenti, youtuber;
Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas;
Sara Giromini;
Eduardo Fabris Portella;
Marcelo Stachin;
Rafael Moreno.

Primeira decisão de Moraes
Quando as contas foram retiradas do ar pela primeira vez, todos os responsáveis pelos perfis negaram irregularidades e criticaram a decisão do STF.

O governo chegou a acionar o Supremo para rentar reverter a decisão.

Em maio, o grupo alvo da decisão também foi alvo de mandados de busca e apreensão, autorizados por Alexandre de Moraes.

Na ocasião, o ministro determinou o bloqueio de contas em redes sociais de 16 investigados. Os perfis seguiam ativos até esta semana, o que levou o magistrado a reforçar a determinação na última quarta.

Fonte: G1
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Brasil registra média de 1.024 mortes pelo coronavírus por dia na última semana; 7 estados têm alta de óbitos

Covid-19: com mais 852 óbitos, Brasil chega a 88.470 mortes pela ...O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quinta-feira (30).

O país registrou 1.189 mortes pela Covid-19 confirmadas nas últimas 24 horas, chegando ao total de 91.377 óbitos. Com isso, a média móvel de novas mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.024 óbitos, uma variação de -3% em relação aos dados registrados em 14 dias.

Em casos confirmados, já são 2.613.789 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 58.271 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 46.263 por dia, uma variação de 33% em relação aos casos registrados em 14 dias.

MÉDIA MÓVEL: Veja como estão os casos e mortes no seu estado

No total, 7 estados apresentaram alta de mortes: RS, SC, RJ, GO, MS, AC e RR.

Em relação aos dados de quarta (29), TO deixou de ter crescimento de mortes e o RJ tem óbitos subindo.

Brasil, 30 de julho
Total de mortes: 91.377
Registro de mortes em 24 horas: 1.189
Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 1.024 por dia (variação em 14 dias: -3%)
Total de casos confirmados: 2.613.789
Registro de casos confirmados em 24 horas: 58.271
Média de novos casos nos últimos 7 dias: 46.263 por dia (variação em 14 dias: 33%)
(Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 90.212 mortes e 2.556.207 casos; e às 13h, com 90.383 mortes e 2.566.765 casos confirmados.)

Estados

Subindo: RS, SC, RJ, GO, MS, AC e RR.
Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente: PR, MG, SP, DF, MT, RO, TO, BA e SE.
Em queda: ES, AM, AP, PA, AL, CE, MA, PB, PE, PI e RN.
Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).

Fonte; G1
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Carta de mil padres com críticas a Bolsonaro esquenta racha político na Igreja

Mil e cinquenta e oito padres brasileiros assinaram um manifesto, divulgado na tarde desta quinta-feira (30), em apoio a uma carta de 152 bispos da Igreja Católica com duras críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tornada pública no fim de semana.

Basílica em Aparecida, no interior de São Paulo — Foto: Getty Images
Basílica em Aparecida, no interior de São Paulo — Foto: Getty Images

A iniciativa desses sacerdotes esquenta ainda mais o embate entre as chamadas alas "progressista" e "conservadora" na Igreja Católica.

Grupos conservadores haviam reagido ao documento dos representantes do episcopado, a "Carta ao Povo de Deus", divulgada no domingo pelo jornal Folha de S.Paulo.

Os bispos disseram que o Brasil atravessa um dos momentos mais difíceis de sua História e vive uma "tempestade perfeita", combinando uma crise sem precedentes na saúde e um "avassalador colapso na economia", com questionadas e polêmicas ações do presidente da República que resultam "numa profunda crise política e de governança".

'Agir em favor de toda a população'
Os padres afirmam que a manifestação dos bispos brasileiros "em profunda comunhão com o papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)" oferece ao povo "luzes para o discernimento dos sinais nestes tempos tão difíceis da história do nosso País".

Segundo o documento dos padres, os governantes "têm o dever de agir em favor de toda a população, de maneira especial os mais pobres", mas "não tem sido esse o projeto do atual governo", que "não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma economia que mata, centrada no mercado e no lucro a qualquer preço".

E acrescenta: "Por isso, também estamos profundamente indignados com ações do presidente da República em desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também com a da 'nossa irmã, a Mãe Terra', e tantas ações que vão contra a vida do povo e a soberania do Brasil".

O documento dos bispos brasileiros deveria ser divulgado inicialmente na quarta-feira (22), mas foi suspenso para ser analisado pelo Conselho Permanente da CNBB.

Acabou vazando, deliberadamente, diante do temor de alguns signatários de que os conservadores católicos impedissem a sua divulgação.

Assinaram o documento, entre outros, o arcebispo emérito de São Paulo, dom Claudio Hummes, o bispo emérito de Blumenau dom Angélico Sândalo Bernardino; o bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM), dom Edson Damian; o arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, e o bispo emérito do Xingu (PA), dom Erwin Krautler.

O texto será avaliado pela CNBB em reunião no próximo dia 5. A CNBB, na avaliação de religiosos, tende a se manifestar em favor da autonomia dos bispos para darem declarações.

Padres da Caminhada
Já os padres também contrários às ações de Bolsonaro se organizaram em movimentos como o Padres da Caminhada - com cerca de 200 integrantes, entre eles bispos eméritos, com dom Mauro Morelli, de Duque de Caxias (RJ) -, e os Padres contra o Fascismo, com 170 membros.

Surgido no final do ano passado em um encontro de comunidades eclesiais de base em Canoas, no Rio do Grande do sul, os Padres da Caminhada saíram em defesa do pároco Edson Tagliaferro, da cidade de Artur Nogueira (SP), que chamou Bolsonaro de "bandido" numa homilia, no início de julho.

Também apoiaram os colegas padres Dennis Koltz e Sisto Magro, agredidos por um fazendeiro no interior do Amapá, há cinco meses, e se posicionaram contra o racismo na Igreja Católica, reivindicando ao papa Francisco a nomeação de mais bispos negros.

Na carta divulgada ontem, os padres afirmam ser necessária e urgente a reconstrução das relações sociais no Brasil, pois "este cenário de perigosos impasses, que colocam nosso País à prova, exige de suas instituições, líderes e organizações civis muito mais diálogo do que discursos ideológicos fechados".

Afirmam ainda um compromisso "em favor da vida, principalmente dos segmentos mais vulneráveis e excluídos, nesta sociedade estruturalmente desigual, injusta e violenta", e se solidarizam com todas as famílias que perderam vidas por causa da covid-19.

"Essa doença ceifa vidas e aterroriza a todos. Próximos de atingir 100 mil mortos nesta pandemia, é inadmissível que não haja neste governo um ministro da Saúde, que possa conduzir as políticas de combate ao novo coronavírus", reclama o documento.

Leia a íntegra
"CAMINHAMOS NA ESTRADA DE JESUS"

CARTA DE PADRES EM APOIO E ADESÃO AOS BISPOS SIGNATÁRIOS DA CARTA AO POVO DE DEUS

"Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situamse cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Às vezes, sentimos a tentação de ser cristãos, mantendo uma prudente distância das chagas do Senhor. Mas Jesus quer que toquemos a miséria humana, que toquemos a carne sofredora dos outros" (EG 56 e 270).

Nós, "Padres da Caminhada", "Padres contra o Facismo", diáconos permanentes e tantos outros padres irmãos, empenhados em diversas partes do Brasil a serviço do Evangelho e do Reino de Deus, manifestamos nosso agradecimento e apoio aos bispos pela Carta ao Povo de Deus. Afirmamos que ela representa nossos pensamentos e sentimentos. Consideramos um documento profético de uma parcela significativa dos Bispos da Igreja Católica no Brasil, "em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil", oferecendo ao Povo de Deus luzes para o discernimento dos sinais nestes tempos tão difíceis da história do nosso País.

O documento é uma leitura lúcida e corajosa da realidade atual à luz da fé. É a confirmação da missão e do desafio permanente para a Igreja: tornar o Reino de Deus presente no mundo, anunciando esperança e denunciando tudo o que está destruindo a esperança de uma vida melhor para o povo. É como uma grande tempestade que se abate sobre o nosso País.

Os bispos alertam para o perigo de que "a causa dessa tempestade é a combinação de uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República", principalmente impulsionado pelo Presidente. Sentimo-nos também interpelados por essa realidade a darmos nossa palavra de presbíteros comprometidos no seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O Evangelho ilumina nossa caminhada e vamos aprofundando nosso compromisso na Igreja, sinal e instrumento do Reino, a serviço da vida e da esperança. Cada vez mais vemos a vida do povo sendo ameaçada e seus sofrimentos, principalmente dos pobres, vulneráveis e minorias. Tal realidade faz com que nossos corações ardam, nossos braços lutem e nossa voz grite pelas mudanças necessárias. Como recordam os Bispos, nós não somos motivados por "interesses político-partidários, econômicos, ideológicos ou de qualquer outra natureza. Nosso único interesse é o Reino de Deus".

Os bispos muito bem expressaram em sua carta, recordando o Santo Padre, o Papa Francisco, que "a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus. A nossa reposta de amor não deveria ser entendida como uma mera soma de pequenos gestos pessoais a favor de alguns indivíduos necessitados […], uma série de ações destinadas apenas a tranquilizar a própria consciência. A proposta é o Reino de Deus […] (Lc 4,43 e Mt 6,33) (EG. 180)".

Sabemos que os que nos governam têm o dever de agir em favor de toda a população, de maneira especial, os mais pobres. Não tem sido esse o projeto do atual Governo, que "não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma "economia que mata" (Alegria do Evangelho, 53), centrada no mercado e no lucro a qualquer preço". Por isso, também estamos profundamente indignados com ações do Presidente da República em desfavor e com desdém para com a vida de seres humanos e também com a da "nossa irmã, a Mãe Terra", e tantas ações que vão contra a vida do povo e a soberania do Brasil. É urgente a reconstrução das relações sociais, pois "este cenário de perigosos impasses, que colocam nosso País à prova, exige de suas instituições, líderes e organizações civis muito mais diálogo do que discursos ideológicos fechados. [...] Essa realidade não comporta indiferença.".

A CNBB tem se pronunciado de forma contundente em momentos recentes; em posicionamento do dia 30 de abril, manifestou perplexidade e indignação com descaso no combate ao novo coronavírus e por eventos atentatórios à ordem constitucional. Em outro momento, os 67 bispos da Amazônia publicaram outro documento, expressando imensa preocupação e exigindo maior atenção e cuidado do poder público em relação à Amazônia e aos povos originários.

Na carta aberta ao Congresso Nacional do dia 13 de julho de 2020 a CNBB denunciou os 16 vetos do Presidente da República ao Plano Emergencial para Enfrentamento à Covid-19 nos Territórios Indígenas, comunidades quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais (PL nº PL 1142/2020, agora Lei nº 14.021) dizendo: "Esses vetos são eticamente injustificáveis e desumanos pois negam direitos e garantias fundamentais à vida dos povos tradicionais". Outras Comissões da CNBB assumiram decididamente o lado dos povos tradicionais do Brasil "duplamente vulneráveis: ao contágio do coronavírus e à constante ameaça de expulsão de seus territórios".

Nesse tempo de "tempestade perfeita", a voz do Espírito ressoa em posicionamentos corajosos da Igreja, que renova a cada dia seu compromisso "na construção de uma sociedade estruturalmente justa, fraterna e solidária", como indicam os bispos em sua carta. Reafirmamos nosso compromisso na defesa e no cuidado com a vida.

Ao convite dos bispos queremos dar nosso sim! "Somos convocados a apresentar propostas e pactos objetivos, com vistas à superação dos grandes desafios, em favor da vida, principalmente dos segmentos mais vulneráveis e excluídos, nesta sociedade estruturalmente desigual, injusta e violenta."

Queremos nos empenhar para cuidar deste País enfermo! Nós nos solidarizamos com todas as famílias que perderam alguém por essa doença que ceifa vidas e aterroriza a todos. Próximos de atingir 100 mil mortos nesta pandemia, é inadmissível que não haja neste governo um Ministro da Saúde, que possa conduzir as políticas de combate ao novo coronavírus.

Conclamamos todos os cristãos e cristãs, as igrejas e comunidades, e todas as pessoas de boa vontade para que renovem, junto com os bispos, a opção pelo Evangelho e pela promoção da vida, espalhando as sementes do Reino de Deus.

Nós, "Padres da Caminhada", "Padres contra o Fascismo", diáconos permanentes e tantos outros padres irmãos, reafirmamos com alegria, ânimo e esperança a fidelidade à missão a nós confiada e apoiamos os bispos signatários da Carta ao Povo de Deus e em sintonia com a CNBB em sua missão de testemunhar e fortalecer a colegialidade.

29 de julho de 2020

Festa de Santa Marta"

Fonte: G1
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Justiça Eleitoral aceita denúncia, e Alckmin vira réu por caixa 2, corrupção e lavagem de dinheiro

Alckmin vira réu e vai responder na Justiça Eleitoral por caixa 2 ...
A Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou nesta quinta-feira (30) a denúncia do Ministério Público contra o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) por falsidade ideológica eleitoral (caixa dois), corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Com isso, Alckmin vira réu no processo.

A defesa de Alckmin afirmou que "a denúncia ora recebida pelo Poder Judiciário dará a oportunidade que foi até agora negada ao ex-governador Geraldo Alckmin de se defender e de contraditar as falsas e injustas acusações de que está sendo vítima e, principalmente, de provar a sua improcedência" (leia, abaixo, a nota dos advogados do ex-governador).

Já o PSDB estadual informou que "reitera sua confiança na idoneidade do ex-governador Geraldo Alckmin. "Acreditamos na Justiça e temos convicção de que, ao final do processo, os fatos serão devidamente esclarecidos", afirmou Marco Vinholi, presidente do partido em São Paulo.

O Ministério Público acusou Geraldo Alckmin de receber R$ 11,3 milhões da Odebrecht durante as campanhas eleitorais de 2010 e 2014 ao governo do estado de São Paulo pelo PSDB. O ex-governador foi citado por três delatores do grupo. Segundo o MP, Alckmin recebeu os recursos sob o uso de diversos codinomes, como "pastel", "pudim" e "bolero".

A denúncia foi aceita pelo juiz Marco Antonio Martin Vargas, titular da 1ª Zona Eleitoral da capital paulista. No documento, o magistrado afirmou que a denúncia tem "indícios suficientes de materialidade" dos crimes e de suas autorias.

De acordo com os promotores que investigaram o caso, as transferências para Alckmin foram feitas via caixa 2. Isso porque a empreiteira estava impedida de fazer doações eleitorais em razão de ter contratos com o governo. Ainda segundo os promotores, Geraldo Alckmin sabia que o valor não seria declarado.

Codinomes
Segundo a denúncia, Geraldo Alckmin apareceu com codinomes diferentes nas planilhas de propina da Odebrecht. Na campanha de 2010, o nome do ex-governador vinha associado ao codinome "Belém". Ainda segundo a denúncia, na eleição seguinte, em 2014, Alckmin foi identificado como "Meia" em uma tabela disfarçada, que usava termos do futebol.

A acusação aponta que, em 2010, os pagamentos foram intermediados por Adhemar Cesar Ribeiro, cunhado de Alckmin. Adhemar só não foi denunciado porque, segundo os promotores, o prazo para processá-lo pelos crimes já prescreveu por causa da idade dele.

O Ministério Público disse ainda que Marcos Antônio Monteiro, ex-tesoureiro do PSDB e ex-secretário de planejamento do governo paulista, intermediou os pagamentos de 2014.

Os promotores afirmaram que os pagamentos faziam parte dos planos da Odebrecht de manter e de ampliar as relações com o governo de São Paulo. Segundo a acusação, a empreiteira tinha interesse em obras viárias e em projetos de transporte, especialmente do Metrô e do Monotrilho.

O Ministério Público também incluiu na denúncia os nomes de seis delatores da Odebrecht, que terão as eventuais penas estabelecidas de acordo com os termos de colaboração premiada de cada um deles firmou com a Procuradoria Geral da República (PGR).

O que disse a defesa de Alckmin:
"A denúncia ora recebida pelo Poder Judiciário dará a oportunidade que foi até agora negada ao ex-governador Geraldo Alckmin de se defender e de contraditar as falsas e injustas acusações de que está sendo vítima e, principalmente, de provar a sua improcedência. Por esta nota, em respeito à opinião pública e à confiança da sociedade, de que sempre foi merecedor, lamenta essa injusta e indevida exposição, confiante de que, ao final do processo, a verdade e a justiça prevalecerão, pois nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenham sido devidamente declarados nos termos da legislação vigente, nem tampouco praticou qualquer ato de corrupção, como, aliás, nunca fez durante mais de 40 anos de vida pública."

José Eduardo Rangel de Alckmin

OAB/DF 2977

Marcelo Martins de Oliveira

OAB/SP 81.138

Fonte: G1
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Vice-presidente do Grêmio morre vítima de complicações decorrentes da Covid-19

Um dos vice-presidentes do Grêmio, Marco Bobsin faleceu no final da tarde desta quinta-feira no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. O dirigente havia se recuperado da Covid-19 após mais de 100 dias internado, mas voltou ao hospital recentemente por conta de complicações da doença.

O dirigente passou quase dois meses internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para superar a Covid-19. Há cerca de um mês, ele deixou o hospital na companhia do presidente Romildo Bolzan Júnior e do vice de futebol Paulo Luz.

Marco Bobsin, vice do Grêmio, faleceu nesta quinta-feira — Foto: Divulgação/GrÊmio
Marco Bobsin, vice do Grêmio, faleceu nesta quinta-feira — Foto: Divulgação/GrÊmio

Mas voltou ser internado por conta de uma infecção urinária. O problema se espalhou e chegou ao intestino. Terminou por atingir outros órgãos do dirigente de 68 anos, eleito em dezembro como vice-presidente do Grêmio por três anos. O Grêmio manifestou pesar pela morte do dirigente.

— É com profundo pesar que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense comunica o falecimento do seu vice-presidente Marco José Bobsin, aos 68 anos. Eleito para o Conselho de Administração em 2019, Marcão, como era chamado pelos amigos, foi vitimado por complicações decorrentes da COVID-19 — comunicou o clube.

Bobsin foi contaminado logo no início da pandemia no país, em março, e ficou no hospital já a partir dos primeiros exames. Ele voltou a ser internado no meio de julho e desde então lutava pela recuperação. O dirigente era casado com Graça Bobsin e tinha dois filhos, Mariane e Diego.

Presidente Romildo Bolzan e vice Paulo Luz com Marco Bobsin, no final de junho — Foto: Arquivo Pessoal
Presidente Romildo Bolzan e vice Paulo Luz com Marco Bobsin, no final de junho — Foto: Arquivo Pessoal

O dirigente compunha o Conselho de Administração como um dos vices do clube — são seis no total, além do presidente Romildo Bolzan.

Confira a nota do Grêmio
"É com profundo pesar que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense comunica o falecimento do seu vice-presidente Marco José Bobsin, aos 68 anos. Eleito para o Conselho de Administração em 2019, Marcão, como era chamado pelos amigos, foi vitimado por complicações decorrentes da COVID-19.

Nascido em Santo Antônio da Patrulha no dia 28 de novembro de 1951, Marco Bobsin era um apaixonado pelo esporte. Durante a carreira profissional no Banco do Brasil, foi dirigente da AABB. Gremista dedicado, sócio do Clube por cinco décadas, saiu da arquibancada para a política do Clube em 1982, pelas mãos do patrono Hélio Dourado. Ao lado de figuras que viriam a se tornar seus amigos, como Taddeu Vargas, Rafael Bandeira dos Santos, Cacalo, César Pacheco, Paulo Pelaipe, Walter Polli e Décio Medaglia, Marco Bobsin fez parte do movimento Reforma, primeiro grupo e origem dos atuais movimentos políticos do Grêmio. O nome “Reforma” nasceu da defesa de uma reforma proporcional na ocupação de cargos do Conselho a partir da proporção de votos de cada chapa.

A primeira das quatro eleições para o Conselho Deliberativo aconteceu em 1989. Suas duas passagens pelo colegiado foram daquele ano até 1995 e de 2007 até hoje. Chefe de Gabinete da Presidência até 2019, Marcão foi reconhecido, no exercício do cargo, como peça-chave no processo de pacificação política e ampliação do diálogo entre os movimentos do Clube. Defendendo sempre a oxigenação política, foi um dos responsáveis pela abertura da estrutura de debate aos diferentes grupos.

Essa facilidade com que se relacionava com conselheiros e torcedores, sempre servindo aos interesses do Tricolor, lhe rendeu o merecido lugar na nominata do Conselho de Administração aclamada em 29 de outubro para o mandato 2020-2022. Aclamação que teve sua assinatura, como um dos arquitetos dessa unidade. No dia 16 de dezembro de 2019, tomou posse como vice-presidente do CA.

Marcão foi internado no dia 15 de março no hospital Moinhos de Vento, depois do diagnóstico positivo para a COVID-19. Ele recebeu alta em 26 de junho, após um período que demandou 53 dias de cuidados na Unidade de Terapia Intensiva e foi saudado pelos amigos de Grêmio na porta do hospital. Porém, complicações decorrentes da doença levaram o vice-presidente gremista novamente para o hospital.

Marco Bobsin era casado com Graça Bobsin e tinha dois filhos, Mariane e Diego.

O Grêmio oferece sua solidariedade à família e aos amigos desse grande gremista que hoje nos deixa."

Fonte: Globo Esporte
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Maia chama novo imposto de 'jeitinho' e diz que votará contra se governo enviar proposta

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, chamou de “jeitinho” a criação de um novo imposto para bancar a desoneração das folhas de pagamento das empresas.

Maia chama novo imposto de 'jeitinho' e diz que votará contra se ...

Nesta quinta-feira (30), ele participou de um evento sobre a reforma tributária promovido pelo jornal "Folha de S. Paulo" em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Sesi e o Senai.

A equipe econômica do presidente Jair Bolsonaro estuda enviar ao Congresso uma proposta de criação de um novo imposto sobre pagamentos eletrônicos, com alíquota de 0,2%. Parte das sugestões do governo para a reforma tributária foi enviada na semana passada 

Uma comissão mista do Senado e da Câmara discute propostas de deputados, senadores e do governo para o sistema tributário.

A proposta de criar um novo tributo é capitaneada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e já tinha recebido apoio do setor industrial. Porém, a ideia segue enfrentando resistências no Congresso Nacional. Parlamentares criticam o novo imposto por considerá-lo semelhante à antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Segundo Guedes, a intenção é ampliar a base de cobrança, ou seja, a variedade de itens sobre a qual o imposto incide. Com isso, diz o ministro, seria possível reduzir a cobrança sobre outras bases, como a folha de pagamentos.

Para Maia, a desoneração da folha de pagamento deve ser bancada pela redução dos gastos públicos, e não pela criação de novos impostos.

“O Brasil vai ter muitas oportunidades se o Brasil conseguir reorganizar o Estado brasileiro. Se a gente achar que vamos dar mais ‘jeitinho’, criando mais um imposto, nós vamos estar taxando mais a sociedade e vamos ter de discutir a despesa pública”, disse Maia no evento desta quinta.
O presidente da Câmara declarou voto contra a proposta e disse que vai trabalhar para influenciar os pares contra a ideia.

“O presidente vai mandar a proposta [de um novo imposto]? Então, encaminha a proposta. Estou dando a minha opinião. Não vai passar. Eu sou um voto. Em PEC, eu voto. Vou votar contra. Eu jogo muito transparente na política. Não jogo pelas costas. Quando eu negocio, falo: 'Eu sou contra isso e meu voto vai ser assim'. Aqueles poucos que eu influencio, vou tentar influenciar também para votar contra”, afirmou o presidente da Câmara.

'Erros do passado'
Maia criticou integrantes da equipe econômica que propõem a criação de um novo imposto para permitir a desoneração da folha de pagamento das empresas. Segundo ele, isso já foi feito no passado e não deu certo.

“A gente vê: ‘Vamos desonerar a folha, mas vamos criar um imposto novo’. É a mesma equação de 1996 a 2008, acho eu. Onde estávamos querendo dar solução para o Brasil, criava um imposto. Aumentava uma alíquota, aumentamos 9% do PIB nossa carga tributária e continuamos com os problemas mais graves do que tínhamos antes”, destacou o presidente da Câmara.

Maia afirmou que a desoneração da folha no modelo já feito durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff não gerou “um emprego”. Segundo ele, é preciso debater novas estratégias.

“Se queremos desonerar a folha, vamos olhar as despesas públicas. Onde cortar despesa para poder desonerar a folha. Não será aumentando mais impostos que vamos resolver nossos problemas”, disse.

Reforma ampla
Durante o debate, Affonso Celso Pastore, economista e ex-presidente do Banco Central (BC), defendeu uma reforma tributária ampla, nos moldes da proposta apresentada pelo deputado Baleia Rossi (MDB-SP) em discussão no Congresso.

O governo enviou na semana passada ao Congresso um projeto de unificação do PIS/Cofins (impostos federais), com uma nova alíquota de 12% para as empresas e de 5,8% para instituições financeiras.

A proposta foi considerada tímida se comparada aos dois textos em tramitação no Congresso. A sugerida por deputados propõe a unificação de cinco impostos. Senadores propuseram unificar nove tributos.

“O que nós precisamos, na verdade, é de uma reforma tributária corajosa sobre bens e serviços que realmente introduza um IVA [Imposto sobre Valor Agregado] verdadeiro, com alíquota única, que seja cobrado no destino do bem, e não na origem, e termine com a guerra fiscal entre os estados”, defendeu Pastore.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e o relator da reforma tributária na comissão mista que discute o assunto, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), seguiram a mesma linha.

“O que eu defendo é uma reforma ampla, de se mudar sobretudo essa tributação. Na PEC 45 [proposta por deputados], estamos de fato trazendo um 'IVA 5.0', na comparação com 5G”, afirmou Ribeiro.


“Nós apoiamos principalmente a reforma da PEC 45 porque entendemos que ela é uma proposta que abrange não só os impostos federais, mas os municipais e estaduais. é importantíssimo que tenhamos uma simplificação no pagamento de tributos, não só para a União mas para os entes da federação”, declarou Braga.

Fonte: G1
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Primeira-dama Michelle Bolsonaro contraiu Covid-19, mas estado de saúde é 'bom', informa Planalto

A primeira-dama Michelle Bolsonaro está com Covid-19, informou nesta quinta-feira (30) o Palácio do Planalto.

Primeira-dama Michelle Bolsonaro contraiu Covid-19, mas estado de ...

Em nota, a Presidência disse ainda que o estado de saúde de Michelle é bom e que ela seguirá "todos os protocolos estabelecidos" para tratamento da doença.

"A primeira-dama Michelle Bolsonaro testou positivo para Covid-19 nesta quinta-feira, 30. Ela apresenta bom estado de saúde e seguirá todos os protocolos estabelecidos. A primeira-dama está sendo acompanhada pela equipe médica da Presidência da República", diz a nota divulgada pela Presidência.

O resultado do exame de Michelle saiu dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter anunciado que se curou da Covid-19. O presidente informou no dia 7 de julho que seu exame tinha dado positivo. Passou os dias seguintes trabalhando da residência oficial. No sábado (25), disse que não tinha mais o vírus.

A primeira-dama mora com Bolsonaro e as filhas Letícia e Laura na residência oficial do Palácio da Alvorada.

Michelle Bolsonaro participou de solenidade no Palácio do Planalto ao lado do presidente e de ministros um dia antes do exame dar positivo para Covid-19 — Foto: Alan Santos/PR
Michelle Bolsonaro participou de solenidade no Palácio do Planalto ao lado do presidente e de ministros um dia antes do exame dar positivo para Covid-19 — Foto: Alan Santos/PR

Michelle participou na quarta-feira (29) de uma cerimônia no Palácio do Planalto, na qual discursou. A primeira-dama apareceu ao lado do presidente e utilizou máscara.

As ministras Tereza Cristina (Agricultura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) discursaram no mesmo evento.

O líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), também compareceu e ficou próximo da primeira-dama.

Já os ministros Paulo Guedes (Economia), Fernando Azevedo (Defesa), André Mendonça (Justiça) e Fábio Faria (Comunicações) acompanharam a solenidade junto à plateia.

Em uma rede social, Tereza Cristina informou que, assim que soube do resultado de Michelle, decidiu suspender a agenda do dia e fazer o exame.

Fonte: G1
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Em 1º evento público após se recuperar da Covid-19, Bolsonaro fica sem máscara em aglomeração

Em seu primeiro evento público após se recuperar da Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro chegou ao aeroporto de São Raimundo Nonato, a 523 km de Teresina, na manhã desta quinta-feira (30). Ele foi ao local para participar de cerimônia em cidade próxima na Bahia, ainda nesta manhã, e depois voltar ao Piauí para visitar ao Parque Nacional da Serra da Capivara.

Após descer do avião presidencial, ainda na área externa do terminal, Bolsonaro montou em um cavalo em meio a uma aglomeração de apoiadores e tirou a máscara que usava no rosto.

Ainda montado no cavalo, Bolsonaro tirou o chapéu e agradeceu a presença das pessoas. Em seguida, tocou na mão de apoiadores. Ele pegou, ainda, um microfone que foi estendido a ele e falou com a multidão.


Conforme decreto do governo do estado do Piauí, válido desde 13 de julho, é obrigatório o uso de máscaras em todo o território piauiense. A desobediência está sujeita a multa que varia de R$ 500 a R$ 1 mil – em caso de reincidência - para pessoa física.

Após visitar a Bahia, o presidente retornou ao Piauí por volta de meio dia, seguiu para o Parque Nacional da Serra da Capivara e, na visita fechada à imprensa, conheceu as pinturas rupestres e o Museu da Natureza.

Na ocasião, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, anunciou investimentos em São Raimundo Nonato. “Três milhões e oitocentos mil reais para pavimentar ruas de maior fluxo de veículos e mais um milhão e oitocentos mil para pavimentação da avenida que vai até o açude”, disse.

O ministro afirmou ainda que a Serra da Capivara será incluída no programa de promoção dos parques nacionais. “Também será feita uma reestruturação do aeroporto em parceria com o Ministério da Infraestrutura, para que seja possível atrair voos comerciais”, explicou.

Bolsonaro visita o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí — Foto: Divulgação/Ciro Nogueira
Bolsonaro visita o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí — Foto: Divulgação/Ciro Nogueira

São Raimundo Nonato também receberá, segundo o ministro, divulgação através de produção audiovisual na região. “Aplicar recursos na produção de filmes tendo como plano de fundo a Serra da Capivara, ajudando a divulgar esse lindo destino do nosso Brasil”, declarou.

O ministro afirmou que esses recursos já estão empenhados. Por volta das 14h, o presidente voltou ao aeroporto de São Raimundo Nonato, onde falou, novamente sem máscara, com apoiadores e embarcou de volta para Brasília.

Agenda do presidente
Bolsonaro saiu de Brasília (DF) no início da manhã para São Raimundo Nonato. Ele partiu em seguida para Campo Alegre de Lourdes, cidade baiana próxima à divisa com o Piauí, onde participou de cerimônia para inaugurar o sistema integrado de abastecimento de água. Depois, voltou ao Piauí para fazer visita ao Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato.

 Em 1º evento público após Covid-19, Bolsonaro chega sobe em cavalo em meio a aglomeração sem usar máscara — Foto: Neyara Pinheiro/TV Clube
Em 1º evento público após Covid-19, Bolsonaro chega sobe em cavalo em meio a aglomeração sem usar máscara — Foto: Neyara Pinheiro/TV Clube

Primeiro evento público após se recuperar da Covid-19
Este é o primeiro dia de eventos públicos com a participação do presidente desde 7 de julho, depois de se recuperar da Covid-19. No dia 22, um teste indicou que o presidente ainda estava com coronavírus.

Em 23 de julho, Bolsonaro passeou de moto e, sem máscara, conversou com garis que faziam a limpeza da área externa do Palácio do Alvorada. No último dia 25, o presidente informou que um novo teste para Covid-19 tinha dado negativo.

Bolsonaro chega a Campo Alegre de Lourdes — Foto: Joyce Guirra/TV São Francisco
Bolsonaro chega a Campo Alegre de Lourdes — Foto: Joyce Guirra/TV São Francisco

Em Campo Alegre de Lourdes, o governo federal inaugurou o sistema de abastecimento de água e estima que 40 mil pessoas serão beneficiadas com a obra. A cidade fica na região que integra o "polígono da seca", que abrange todos os estados do Nordeste, exceto o Maranhão, além de incluir Minas Gerais.

Fonte: G1
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Perícia encontra veneno de rato em comida que matou dois sem-teto e cachorro na Grande SP

Perícia encontra veneno de rato em comida que matou dois sem-teto ...

Perícia da Polícia Civil constatou que a comida entregue a dois sem-teto e um cachorro, em Itapevi, na Grande São Paulo, tinha veneno de rato. Outros dois adolescente que também passaram mal após comer as marmitas doadas por voluntários num posto de combustível abandonado e foram internadas em hospitais.

José Luiz de Araújo Conceição, de 61 anos, e Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37, e o cão que estava com eles morreram no dia 21 de julho após comerem as marmitas. O delegado Aloysio Mendonça Neto investiga a motivação das mortes e tenta identificar quem poderia ter envenenado o alimento.

À reportagem, o delegado confirmou nesta quinta-feira (30) que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) encontrou "terbufos, um componente altamente tóxico, usado na fabricação do famoso 'chumbinho'" em algumas marmitas e no estômago do cão.

Resultado do laudo necroscópico nos sem-teto deve confirmar que a morte deles foi causada por envenenamento no alimento. O delegado não informou se os exames ficaram prontos.

Os dois sem-teto tiveram dor de barriga e espumaram pela boca após comerem as marmitas, segundo duas testemunhas do caso. A polícia procura saber quem colocou veneno nas comidas, já que, aparentemente, elas não estavam contaminadas quando foram entregues.

Em seus depoimentos, voluntários disseram à polícia que eles mesmos e até seus próprios familiares chegaram a comer depois as mesmas marmitas produzidas que tinham sido entregues no posto e não passaram mal.

Sem-teto
Segundo as testemunhas, José se queixou de dor de barriga após comer a marmita, e Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira estava espumando pela boca.

"Seu José estava se sentindo muito mal, com muita dor na barriga", disse o comerciante José Jacob, vizinho do posto de combustíveis, e que conhecia o morador de rua havia cinco anos.
"Ele [Vagner] estava sentado com a gente aqui, conversando normalmente. Ele deitou e começou a espumar pela boca. Falei: 'vamos pedir ajuda, pedir socorro, alguma coisa'", disse Cleber Viginoski, que também é morador costuma dormir no posto de combustíveis onde os outros sem-teto estavam.
Além dos dois moradores de rua mortos, o cachorro que estava com eles também morreu após comer a comida da marmita.

Um comerciante que passava por perto também recebeu as marmitas, mas não comeu na hora. Ele levou para casa e entregou para a mulher, uma moça de 17 anos, e para o filho de 11 anos. Os dois adolescentes comeram o alimento, passaram mal e foram internados em estado estável em um hospital da cidade.

Vídeo
A mulher que prestou depoimento à polícia na quarta (22) não teve a identidade divulgada. Segundo os policiais, ela se apresentou espontaneamente na delegacia, após identificar que o carro dela apareceu em imagens divulgadas pela investigação.

O vídeo mostra veículos e voluntários doando marmitas aos moradores, que depois morreram após comer o alimento. Eles moravam no posto abandonado na Rodovia Engenheiro Renê Benedito da Silva, em Itapevi.

Investigação
O delegado responsável pela investigação quer ouvir mais voluntários conhecidos por doarem comida na cidade e aguardava os resultados dos exames necroscópicos, que irão apontar a causa das mortes.

"Tem comida de uma semana que está lá com eles. Pode ser essa comida estragada, que pode ter causado esse óbito, assim como pode ser uma contaminação proposital, um envenenamento. Só os laudos vão ajudar a dar uma resposta", chegou a dizer Aloysio, delegado de Itapevi.
Barueri

Em novembro de 2019 ocorreu outro caso parecido com o de Itapevi, mas em outra cidade da Grande São Paulo. Quatro sem-teto morreram após tomar uma bebida com álcool e cocaína numa praça de Barueri. Segundo a polícia, a bebida havia sido oferecida às vítimas por Vinícius Sales Cardoso, que também tomou a mistura, mas sobreviveu.

O suspeito chegou a ficar preso temporariamente por 30 dias, depois foi solto. Atualmente, ele está internado numa clínica de reabilitação. A investigação está em fase final para conclusão do inquérito que será relatado à Justiça.

Fonte: G1
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