quarta-feira, outubro 14, 2020

RN registra 73.695 casos confirmados e 2.428 mortes por Covid-19

 O Rio Grande do Norte soma 73.695 casos confirmados de Covid-19 e 2.428 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Os dados foram atualizados no epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta quarta-feira (14).


O número de óbitos em investigação segue em 404. Em comparação com o boletim de terça-feira (13), foram cinco novas mortes e 552 casos a mais (veja o gráfico acima).


A Sesap aponta ainda que o número de casos suspeitos atualmente é de 42.284 e o de descartados é de 159.484. O número de confirmados recuperados segue em 42.040 e o de inconclusivos, que agora são tratados como "Síndrome Gripal não especificada", está em 52.793.


A pasta aponta ainda que atualmente 188 pessoas estão internadas por causa da Covid-19 no estado, sendo 147 na rede pública e 41 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 44,67% na rede pública e de 13,7% na rede privada.


Ainda de acordo com a Sesap, o RN realizou 250.365 testes para coronavírus, sendo 147.341RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 103.024 sorológicos.


Aumento da média

Segundo a Sesap, o Rio Grande do Norte passou de uma média de 195 casos de Covid-19 por dia, em 29 de agosto, para 261 casos por dia em 28 de setembro. “O que esperávamos era uma continuidade de queda da média de casos/dia. Mas ocorreu esse leve aumento, efeito das aglomerações de agosto e início de setembro. Isso reforça a necessidade de intensificarmos as medidas de vigilância, controle e respeito aos decretos. A pandemia não acabou e esses números mostram isso", falou o secretário de saúde Cipriano Maia.



"Felizmente, ainda não se traduziram em crescimento no número de óbitos, mas também não houve uma continuidade no declínio de óbitos, se mantendo entre 3 e 5 óbitos diários. Isso não é aceitável. Cada vida vale a pena. Queremos chegar a zero óbitos por dia e esperamos que todos contribuam para que alcancemos essa meta”.


Números do coronavírus no RN

73.695 casos confirmados

2.428 mortes

42.040 confirmados recuperados

42.284 casos suspeitos

159.484 casos descartados


Fazendo upload: 385118 de 385118 bytes.

Teste Covid — Foto: Jornal Nacional


Fonte: G1

Leia Mais ››

Corpo de Bombeiros registra 14 incêndios florestais em 24h no RN

 O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte informou que atendeu 14 ocorrências de incêndios florestais em todo o estado nas últimas 24 horas. Os casos aconteceram entre terça e esta quarta-feira (14).


Incêndio florestal na segunda-feira atingiu Zona Sul de Natal e se aproximou de prédios e residências — Foto: Julianne Barreto


“Temos muitas demandas na Região Metropolitana e no interior do estado. O que é comum, acontece todos os anos", explicou o comandante geral do Corpo de Bombeiros no RN, Coronel Monteiro Júnior em relação aos casos neste período.


Por conta disso, em agosto, a corporação lançou a operação Abrace o Meio Ambiente (AMA), que intensificou ações contra incêndios florestais com investimento como em equipamentos de proteção individual e viaturas operacionais.


"Esse número alto de ocorrências atendidas é o reflexo do esforço do nosso trabalho integrado que foi desenvolvido e planejado ainda em agosto quando lançamos a Operação Abrace o Meio Ambiente”, falou o comandante geral.


Segundo o Corpo de Bombeiros, esse aumento acontece neste período do ano devido à escassez de chuvas no estado. Assim, o incêndio florestal vira uma das principais ocorrências em áreas rurais e urbanas.


Apesar de um crescimento previsto, os bombeiros apontam que há formas da população colaborar. Por isso, a corporação orienta:


Nunca jogar resto de cigarro ainda aceso ou qualquer outra fonte de calor em locais onde haja vegetação;

Nunca usar fogo para limpeza de terreno ou de plantação;

Próximo as estradas e terrenos, o ideal é providenciar uma aceiro para evitar a propagação de um possível incêndio nas proximidades;

Em caso de acampamentos, a fogueira precisa ser feita em locais onde não haja vegetação


Fonte: G1

Leia Mais ››

Comércio varejista potiguar cresce mais que média nacional e registra aumento de 6,5% em agosto, diz IBGE

O volume de vendas do comércio varejista do Rio Grande do Norte cresceu 6,5% em agosto na comparação com julho, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (14). O aumento foi maior que a média nacional, que ficou em 3,4% no mês.


Comércio no bairro Alecrim — Foto: Pedro Vitorino/Cedida


Com o resultado do mês de agosto, o varejo potiguar chegou ao quarto mês consecutivo de crescimento nas vendas do varejo. Somente duas unidades da federação tiveram redução do volume de vendas em agosto frente a julho.


Apesar dos resultados positivos, no acumulado do ano, as perdas ainda acumulam mais de 6% de perdas para o segmento. Agosto foi o primeiro mês, desde o início da pandemia, em que o volume de vendas superou o mesmo período em 2019.


Na comparação de agosto de 2020 com o mesmo mês do ano passado, o volume de vendas do varejo potiguar cresceu 2,9%. Foi o quarto menor crescimento, na comparação com agosto de 2019, entre os estados brasileiros.


Varejo ampliado

O comércio varejista ampliado cresceu 5,4% em agosto em relação ao mês anterior, também acima da média do Brasil (4,6%). Na comparação com agosto de 2019, a variação positiva foi de 3,1%, o terceiro menor crescimento entre as unidades da federação nessa perspectiva.



O varejo ampliado é composto pelos segmentos do varejo acrescido dos segmentos de venda de “veículos, motocicletas, partes e peças” e “material de construção”.


Serviços

De acordo com o IBGE, o volume de serviços potiguar também teve um crescimento acima da média nacional. O aumento foi de 3,9% em agosto, na comparação a julho, quando no Brasil, a média fo de 2,9%. Além do Rio Grande do Norte, outras 20 unidades da federação apresentaram expansão do volume de serviços em agosto. No Nordeste, sete estados cresceram nesse aspecto.


No acumulado de 12 meses, no entanto, o estado ainda registra queda de 11,2% no volume de serviços.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Candidato a vereador é um dos presos em operação da PF contra suspeitos de ataques a carros-fortes no RN


Um candidato a vereador de Ipueira foi uma das pessoas detidas pela Polícia Federal nesta quarta-feira (14), durante a operação de combate a uma organização criminosa suspeita de ataques a carros-fortes no Rio Grande do Norte. Jovani Medeiros de Araújo (PL) atualmente é suplente de vereador no município, que fica na região Seridó potiguar.


Ao todo cinco mandados de prisão foram cumpridos em Caicó e Ipueira. De acordo com a PF, os suspeitos presos durante a Operação Sombra serão indiciados por organização criminosa, roubo qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito. De acordo com a corporação, as investigações já têm um ano e apuram seis ocorrências de ataques a veículos de transporte de valores ocorridos entre junho de 2018 e julho de 2019.


O advogado de Jovani, Daniel Costa Dantas, afirmou que o candidato foi preso preventivamente por força de mandado de prisão decretado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, após o pedido ter sido negado inicialmente pela Justiça de Jardim do Seridó.


"Agora ele ficará preso preventivamente até que a gente consiga provar que ele não teve qualquer envolvimento com o que é narrado no processo criminal. Lembro ainda que trata-se de uma prisão processual e preventiva, portanto, não há qualquer condenação contra o senhor Jovani”, disse ainda o advogado.


Duas armas foram apreendidas com o candidato. De acordo com o advogado, ele possui a posse de ambas e elas são registradas em nome dele.


Já o PL do município informou que não iria se pronunciar sobre a prisão por ser um "assunto pessoal" do candidato.


O G1 entrou em contato com o Tribunal Regional Eleitoral para saber como ficará a situação do candidato nas eleições municipais de 2020. A assessoria de imprensa da corte informou que o assunto deverá ser analisado inicialmente pelo juízo da Zona Eleitoral de Caicó responsável pelo município de Ipueira. A 26ª Zona Eleitoral não atendeu às ligações.


No sistema da Justiça eleitoral, Jovani aparece como candidato cadastrado. Ainda de acordo com o sistema, ele concorre ao cargo de vereador pela terceira vez e, atualmente, é suplente de vereador.


O candidato foi levado para o Fórum de Caicó e deve ficar à disposição da Justiça no presídio estadual localizado no município.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Ladrão cai de altura de 5 metros e é preso após arrombar supermercado e tentar fugir escalando prateleiras no RN

Um homem que arrombou um supermercado ficou ferido e acabou preso após cair de uma altura de cerca de cinco metros, segundo a Polícia Militar. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (14) em Assu, no Oeste potiguar.


Ladrão caiu de altura de cinco metros, dentro de supermercado, segundo a PM — Foto: Focoelho/cedida


De acordo com a PM de Assu, quando funcionários chegaram ao supermercado, por volta das 7h, encontraram o homem caído no chão, perto de sacolas.


Segundo a polícia, o homem teria entrado, revirado vários objetos, separado alguns produtos que seriam furtados e colocado tudo em sacolas. Porém, ao tentar sair pelo teto, subindo pelas prateleiras, ele caiu.


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado e socorreu o suspeito. Ele foi levado à Unidade de Pronto-Atendimento da cidade com um corte no queixo e reclamou de dores no corpo.


Após atendimento, o homem foi liberado pela equipe médica e conduzido pela polícia à Delegacia de Mossoró, para registro do flagrante.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Operações do MP e PF prendem membros de facção criminosa no Alto Oeste potiguar

 O Ministério Público do Rio Grande do Norte e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira (14), duas operações, com apoio da Polícia Militar, para tentar desarticular uma "célula de liderança" de uma facção criminosa paulista que atua no estado.


Membros do MP, da Polícia Federal e da Polícia Militar fizeram operação no Alto Oeste — Foto: Cedida


Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão e outros nove, de busca e apreensão nas cidades de Pau dos Ferros e São Francisco do Oeste, na região do Alto Oeste potiguar.


Segundo o MP, as investigações foram iniciadas em 2019, para apurar os possíveis cometimentos dos crimes de organização criminosa, porte e posse ilegal de armamentos, tráfico de drogas, associação para o tráfico e pistolagem.


Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos em desfavor de pessoas que seriam envolvidas diretamente nas atividades da organização e chefias da facção. Entre os investigados, há lideranças estaduais da facção criminosa.


Ainda segundo as investigações, integrantes do grupo criminoso no Rio Grande do Norte mantinham intensa comunicação, em conversas via conferência, com lideranças de outros estados, nas quais realizavam cadastros de novos membros e cobravam pagamento de valores para a organização criminosa, que a facção chama de “rifa”.


Os chefes da organização criminosa que se encontravam presos determinavam ordens de crimes como roubos, homicídios, tráfico de drogas dentre outros, que eram executados por membros da denominada “linha de frente” da facção.



"Todos os mandados foram cumpridos. Os presos possuem antecedentes criminais, alguns deles, inclusive, se encontravam foragidos da Justiça. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos armas, drogas, munições, dinheiro fracionado e um caderno com anotações referentes à facção", informou o MP.


As operações deflagradas simultaneamente foram denominadas Barrito e Argos. Barrito é o som emitido pelos elefantes, em uma referência à região onde ficam as cidades-alvo da ação, conhecida como “tromba do elefante”. Argos, na mitologia grega, era um gigante que tinha cem olhos.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Operação da PF combate organização criminosa especializada em assaltos a carros-fortes no Seridó potiguar

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (14) em duas cidades do interior do Rio Grande do Norte, a 2ª fase da Operação Sombra, que tem objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de assaltar carros-fortes na região do Seridó.


Polícia Federal faz operação no Seridó potiguar — Foto: Divulgação


Cerca de 30 policiais federais estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Caicó e Ipueira. Um dos presos é um candidato a vereador, de 35 anos.


"As investigações vem sendo desenvolvidas ao longo dos últimos doze meses e apuram um total de seis ocorrências de ataques a veículos de transporte de valores ocorridos entre junho de 2018 e julho de 2019", informou a corporação.


Ainda de acordo com a PF, os suspeitos presos serão indiciados por organização criminosa, roubo qualificado e porte ilegal de arma de uso restrito.


O nome da operação Sombra remete a uma propriedade rural encravada no município de Jardim do Seridó, em local bem próximo de onde ocorreu um dos ataques da organização criminosa.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Criminosos invadem São Paulo do Potengi, atacam delegacia a tiros e explodem caixas eletrônicos

 Cerca de 30 homens usando armas de grosso calibre atacaram duas agências bancárias e o prédio onde funcionam a base da Polícia Militar e a Polícia Civil em São Paulo do Potengi, distante cerca de 90 quilômetros de Natal, na madrugada desta quarta-feira (14). Os criminosos também dispararam para cima em vários pontos, assustando a população do município. As informações são da Polícia Militar.


Agência do Banco do Brasil atacada por criminosos na madrugada desta quarta-feira (30). — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi


O ataque começou por volta de meia-noite. Os bandidos arrombaram as agências do Banco do Brasil e do Bradesco na cidade e usaram explosivos para arrombar os caixas eletrônicos. De acordo com a corporação, eles chegaram a levar o cofre da primeira agência.


Agência do Bradesco atacada em São Paulo do Potengi — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi


Os bandidos também atacaram o pelotão da Polícia Militar e a delegacia da Polícia Civil. Na fuga, eles ainda se depararam com equipes de reforço da PM que chegavam ao município. Houve troca de tiros, mas os bandidos conseguiram fugir.


Bandidos queimaram carro na entrada de São Paulo do Potengi, no Agreste potiguar — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi


Segundo a PM, os criminosos usavam armas de grosso calibre, inclusive fuzil. Eles também queimaram um carro na entrada da cidade e jogaram grampos de ferro para dificultar o acesso da polícia.


A PM não informou a quantia roubada pelos bandidos.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Maioria dos ministros vota no STF pela manutenção da prisão do traficante André do Rap



A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quarta-feira (14) pela manutenção da prisão do traficante André Oliveira Macedo, o André do Rap.


De dez ministros, seis manifestaram esse entendimento. Após o voto de Dias Toffoli (o sexto), a sessão foi encerrada e terá continuidade nesta quinta (15), com os votos dos outros quatro ministros.


O entendimento mantém decisão do presidente da Corte, Luiz Fux. No sábado (10), Fux derrubou liminar (decisão provisória) do colega Marco Aurélio Mello, que havia concedido a soltura do criminoso.


Nesta quarta-feira, votaram os ministros Luiz Fux (relator), Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Dias Toffoli.


Todos os seis consideraram que a falta da revisão de uma prisão preventiva a cada 90 dias — prevista no pacote anticrime aprovado pelo Congresso, que alterou o Código de Processo Penal e motivou a decisão de Marco Aurélio Mello — não implica soltura automática do preso.


Nesta quinta (15), votarão Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia e Marco Aurélio Mello. O julgamento não tem a participação de Celso de Mello, ministro que se aposentou nesta terça-feira (13) e ainda deve ser substituído.


Um dos chefes de uma facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo, André do Rap estava preso desde setembro de 2019. Ele foi condenado em segunda instância por tráfico internacional de drogas com penas que totalizam mais de 25 anos de reclusão.



André do Rap foi solto após liminar (decisão temporária) concedida pelo ministro Marco Aurélio no último dia 2. O ministro se baseou no artigo 316 do Código de Processo Penal, segundo o qual uma prisão preventiva (provisória) se torna ilegal se não é reanalisada a cada 90 dias pelo juízo responsável.


Votos dos ministros

Ao votar, o ministro Luiz Fux afirmou que derrubou de forma “excepcionalíssima” a decisão do colega. Segundo ele, a decisão desrespeitou diversos precedentes do STF, beneficiando um líder de facção que "permaneceu por cinco anos foragido e foi condenado por tráfico de quatro toneladas de cocaína".


Fux disse ainda que André do Rap "debochou da Justiça" por ter se aproveitado da decisão "para evadir-se imediatamente" e "cometeu fraude processual ao indicar endereço falso". O traficante agora é considerado foragido e está na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.


Sobre o pacote anticrime aprovado pelo Congresso, que introduziu no artigo 316 do Código Penal o dispositivo com base no qual Marco Aurélio Mello tomou a decisão, Fux afirmou que isso "não conduz à revogação automática da prisão preventiva" e que devem ser analisadas a legalidade e a atualidade dos fundamentos da preventiva antes de conceder os habeas corpus.



"[A soltura] somente é possível mediante decisão fundamentada do órgão julgador, no sentido da ausência dos motivos autorizadores da cautela, e não do mero transcorrer do tempo", afirmou.


Conforme demonstrou o G1, o ministro Marco Aurélio Mello tem aplicado à risca a nova legislação. Foram ao menos 79 solturas pela falta de reavaliação das prisões pelos juízos competentes, incluindo crimes graves, como homicídio, e mais leves, furto.


O ministro Alexandre de Moraes afirmou que André do Rap é um criminoso "de altíssima periculosidade" e, em um “total escárnio à polícia e à Justiça, ficou cinco anos foragido”.


“Após esses cinco anos, ele foi preso numa vida nababesca, numa casa de frente para o mar, e com ele foram encontrados um helicóptero, no custo de aproximadamente R$ 8 milhões, duas embarcações, de R$ 5 milhões, inúmeros outros bens. Ou seja, ele continuava nesses cinco anos realizando fluxo do tráfico de entorpecentes”, argumentou o ministro.


Para Moraes, “não é uma mera prisão preventiva. Ele tem uma dupla condenação em segundo grau, num total de 25 anos. Além disso, continua sendo investigado por outros delitos”.


De acordo com o ministro, o pacote anticrime não autoriza a soltura automática de presos por falta de revisão de prisões. Segundo ele, a prisão pode vir a se tornar ilegal, mas “mediante uma análise obrigatória.


“Não há automaticidade, não se fixou prazo fatal. A lei não diz: a prisão preventiva tem 90 dias. Se quiser prorrogar, decrete de novo. Não diz isso. Ela diz que tem dever de ser feita uma análise. E a análise pressupõe as peculiaridades de cada um dos casos", declarou.


Acompanhando o relator Fux, Alexandre de Moraes sugeriu também que a revisão prisional não seja aplicada quando se tratar de condenado em segunda instância.


O ministro Edson Fachin acompanhou o relator e afirmou que o juiz deve investigar a demora em cada processos, pois a prisão provisória exige “fiscalização constante”.


Para Fachin, a revisão cabe ao órgão emissor da prisão e, no caso de André do Rap, essa prisão foi mantida com a condenação.


“A inovação legislativa, ao contrário de atestar a inadmissibilidade das prisões e a completa falência do sistema prisional, procura criar condições para a execução das medidas cautelares de restrição de liberdade diante das carências do sistema de justiça criminal”, disse Fachin.


Em seguida, o ministro Luís Roberto Barroso, também acompanhando o voto de Fux, afirmou que “não tem sido singela a tarefa de procurar fazer com que o Brasil seja um país em que o crime compensa, os bandidos perseguem os mocinhos e muitas vezes o mal vence no final”.


“Esse caso confirma minha convicção de que a decisão que impediu a execução depois de condenação em segundo grau foi um equívoco que o Legislativo precisa remediar. Só estamos julgando esse caso porque um réu condenado em dois processos a 25 anos ainda é, por decisão do STF, considerado inocente. Se não, o caso já estaria encerrado como deveria estar. Mas há essa cultura da procrastinação e da impunidade que não deixam o processo acabar. De modo que este cavalheiro, objeto dessa nossa discussão, é ainda presumido inocente, absurdo como possa parecer”, afirmou.


Para Barroso, a interpretação constitucional do artigo 316 não autoriza a concessão de liberdade a André do Rap.


“A omissão do juiz em reavaliar a prisão preventiva não tem como consequência a soltura automática do preso, porque isso poderia significar colocar na rua os mais perigosos facínoras”, disse. Segundo o ministro, o juiz deve ser provocado a reavaliar, mas, nesse caso, como há condenação, sequer isso. "O artigo 316 se aplica a casos em que não há condenação", disse.


A ministra Rosa Weber acompanhou o relator pela manutenção da prisão do traficante, mas reforçou que o presidente do STF não pode derrubar decisão de colega em temas penais.


Segundo a ministra, Fux não inovou ao suspender a liminar de Marco Aurélio, mas essa decisão “carece de amparo legal e regimental”.


Mesmo assim, no caso de André do Rap, Rosa Weber decidiu votar a favor de manter a decisão de Fux.


O ministro Dias Toffoli também acompanhou o relator, formando maioria pela manutenção da prisão.


Toffoli disse que sabe as responsabilidades de ser presidente do Supremo e defendeu que a lei não permite a soltura automática de presos.


“Assim como a lei não pode prender, assim a lei não solta, não manda soltar. Daí a necessidade do juiz. Então, aqui eu entendo que, havendo a ultrapassagem do prazo previsto no Código de Processo Penal, já fiz decisões no sentido de determinar ao juiz que se manifeste a respeito. Ou seja, não há automaticidade em soltura”, disse o ministro.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Covid afeta o cérebro e pode causar alterações mesmo em pacientes leves, aponta estudo brasileiro

Uma pesquisa realizada por um grupo de mais de 70 pesquisadores brasileiros mostra como o novo coronavírus age no cérebro humano, provocando a morte de neurônios não apenas nos pacientes graves ou moderados, mas também nos pacientes leves que ainda não precisaram de tratamento hospitalar na fase aguda da Covid-19.


Exames de ressonância magnética feitos na Unicamp em 81 pacientes com sintomas neuropsiquiátricos pós-COVID revelam alterações na estrutura do córtex cerebral. As áreas em amarelo apresentam redução na espessura cortical. As marcas azuis correspondem a áreas com espessura aumentada — Foto: Divulgação


O estudo foi coordenado pelos pesquisadores Daniel Martins-de-Souza, Marcelo Mori e Clarissa Lin Yasuda, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e Thiago Cunha, da Universidade de São Paulo (USP), que contaram com financiamento da Fapesp. Também participaram representantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio) e do Instituto D’Or.


O artigo com os resultados foi publicado em versão pré-print na plataforma medRxiv e segue em avaliação por uma revista científica internacional.


Os resultados revelam que:


o vírus promove alterações significativas na estrutura do córtex, a região do cérebro mais rica em neurônios e responsável por funções complexas como memória, atenção, consciência e linguagem.

o vírus infecta e se replica nos astrócitos, que são as células mais abundantes do sistema nervoso central e têm formato de estrela.

foram observadas atrofias em áreas relacionadas, por exemplo, à ansiedade, um dos sintomas mais frequentes no grupo estudado.


“Nós encontramos muitos pacientes que, mesmo já tendo se curado da Covid-19 há cerca de 2 meses, continuavam apresentando sintomas neurológicos, como fortes dores de cabeça, sonolência excessiva, alteração da memória, além de perda de olfato e paladar. Em alguns casos raros, até convulsões, e esses pacientes nunca tinham sentido isso antes" - Clarissa Lin Yasuda, pesquisadora da Unicamp

Mecanismos de ação do vírus

Segundo os pesquisadores, foram feitas duas grandes descobertas em relação ao mecanismo de ação do vírus. Quando o SARS-CoV-2 entra no cérebro ele ataca uma espécie de célula de apoio responsável pelos processos metabólicos, dificultando a produção de energia e a nutrição dos neurônios e, consequentemente, podendo levar à morte do tecido cerebral.


Alguns estudos já haviam demonstrado a presença do novo coronavírus no cérebro, mas desta vez os experimentos comprovaram que a infecção e replicação nos astrócitos.


A presença do vírus foi confirmada nas 26 amostras estudadas, coletadas por meio de autópsia minimamente invasiva realizada em pacientes que morreram por causa da Covid-19.


o braço da pesquisa, a análise de imagens de ressonância magnética em pacientes leves que não tinham precisado ainda de hospitalização demonstraram uma redução importante do córtex cerebral em algumas regiões próximas às vias aéreas, chamada de região orbitofrontal, comprovando que se tratam de alterações da estrutura cerebral.



Algumas áreas apresentavam espessura menor do que a média observada em cérebros não acometidos pela Covid-19, enquanto outras apresentavam aumento de tamanho o que, segundo os autores, poderia indicar algum grau de edema. Foi ainda nesta região que foram observadas as atrofias.


Suspeita de ligação com outras doenças genéticas

A pesquisadora da Unicamp Clarissa Lin Yasuda afirma ainda que há suspeita de que o vírus possa ativar doenças genéticas como esquizofrenia, Parkinson e Alzheimer. "O que nós ainda não sabemos é a gravidade destas lesões, se são passageiras ou se podem ser irreversíveis, por isso vamos acompanhar esses pacientes pelos próximos 3 anos para saber se o vírus desencadeia doenças degenerativas em quem tem algum potencial genético”, explica a pesquisadora.


Até agora os cientistas não tinham certeza se o vírus estava mesmo dentro das células do cérebro ou se os sintomas eram causados por outros problemas trazidos pela doença, mas os estudos mostraram o vírus agindo em células do cérebro. Embora a maior parte dos pacientes com Covid-19 apresente sintomas pulmonares, como pneumonia e falta de ar, cerca de 30% dos infectados acabam manifestando sintomas neurológicos ou psiquiátricos.


“Nos pacientes graves, a morte de neurônios já era esperada porque eles têm baixa oxigenação do sangue e isso prejudica muito o cérebro, mas uma pessoa leve ou moderada ter uma modificação significativa como esta é muito mais preocupante”, enfatiza Daniel Martins-de-Souza, pesquisador da Unicamp e do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), um dos líderes do estudo.


Mudança no tratamento

A descoberta é importante porque pode mudar o tipo de tratamento que os pacientes estão recebendo. Uma das perguntas que precisam ser respondidas é como o vírus chega ao sistema nervoso central e qual é o mecanismo de ação para entrar nos astrócitos.


“Até agora, a gente considerava que alguns sintomas eram secundários da doença, mas a gente está vendo que, em algumas pessoas, os sintomas neurológicos e psiquiátricos podem ser primários, ou seja, não adianta tratar o pulmão desse paciente porque o coronavírus está no cérebro. Entendendo que o vírus muda a forma de fazer energia nas células, nós conseguimos começar a pensar em como usar os medicamentos corretos”, explica Martins-de-Souza.



Para Lin Yasuda, a principal contribuição é ajudar a encontrar alvos para o tratamento. “Se eu souber que o Sars-CoV-2 mexe com os astrócitos, eu posso inventar uma droga que não deixe ele entrar nesta célula, ou que fortaleça essa célula, ou eu posso, talvez, criar uma medicação que possa ser utilizada por via nasal para ajudar a evitar que o novo coronavírus entre no organismo. Isso aumenta as nossas chances de combate à doença. Quando eu não sei com quem eu vou brigar, como eu vou me defender?”, destaca a neurologista.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Juiz federal do DF nega pedido do MP para afastar ministro Ricardo Salles do cargo

A Justiça Federal do Distrito Federal negou, nesta quarta-feira (14), um pedido de afastamento do cargo do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.


O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, criou grupo para estudar fusão entre Ibama e ICMBio. — Foto: José Cruz/Agência Brasil


A decisão é assinada pelo juiz Márcio de França Moreira, da 8ª Vara Federal do DF. O pedido de afastamento imediato tinha sido feito pelo Ministério Público Federal (MPF), em uma ação de improbidade contra Salles, apresentada em julho.


Segundo Moreira, o MPF não demonstrou como a manutenção de Salles no cargo poderia prejudicar a análise da ação judicial. A decisão vem após ordem do desembargador Ney Bello para que o pedido de afastamento fosse analisado pelo juiz imediatamente.


O mérito da ação deve ser julgado pela 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), no próximo dia 27.


Decisão do juiz


Para Moreira, os procuradores não apresentaram provas de possível interferência do ministro do Meio Ambiente na condução processual.


O magistrado disse que a ação tem argumentos vagos sobre ameaças de Salles a servidores do órgão, o que revela uma clara intenção de antecipar os efeitos de uma eventual condenação à perda do cargo público.


"Somente a demonstração efetiva de empecilho criado pelo agente público à instrução processual, cuja permanência no local de trabalho seria um elemento facilitador para a obstrução ou ocultação de provas, é que justificaria a medida de suspensão e afastamento da função pública, mas não há nos autos prova incontroversa de que a permanência do agente público no cargo de Ministro de Estado do Meio Ambiente importa em ameaça à instrução do presente processo."


O que diz a ação

Na ação, os procuradores do MPF afirmam que "por meio de ações, omissões, práticas e discursos, o Ministro do Meio Ambiente promove a desestruturação de políticas ambientais e o esvaziamento de preceitos legais, mediante o favorecimento de interesses que não possuem qualquer relação com a finalidade da pasta que ocupa."


"Caso não haja o cautelar afastamento do requerido do cargo de Ministro do Meio Ambiente o aumento exponencial e alarmante do desmatamento da Amazônia, consequência direta do desmonte deliberado de políticas públicas voltadas à proteção do meio ambiente, pode levar a Floresta Amazônica a um 'ponto de não retorno', situação na qual a floresta não consegue mais se regenerar", defendeu o MPF ao pedir o afastamento imediato.


Vai-e-vem na Justiça

O pedido foi apresentado à Justiça Federal em Brasília, mas o juiz determinou o envio dele à Seção Judiciária de Santa Catarina, porque já havia uma solicitação similar tramitando no local. O MPF recorreu e o desembargador Ney Bello determinou que a ação ficasse na capital.



Em setembro, o MPF cobrou uma decisão, alegando que a manutenção de Salles no cargo traz danos às iniciativas de preservação do meio ambiente. "A permanência do requerido Ricardo Aquino Salles no cargo de Ministro do Meio Ambiente tem trazido, a cada dia, consequências trágicas à proteção ambiental, especialmente pelo alarmante aumento do desmatamento, sobretudo na floresta amazônica."


À ocasião, o juiz Márcio de França Moreira argumentou que não havia uma decisão final sobre a competência da Justiça Federal de Brasília, e não a de Santa Catarina, para analisar o caso. Por isso, disse que não poderia analisar o pedido de afastamento apresentado pelo MPF.


Os procuradores então recorreram novamente ao TRF-1. Na terça-feira (13), o desembargador Ney Bello determinou que o juiz analisasse o pedido imediatamente. O magistrado entendeu que estavam presentes os requisitos para a concessão da liminar. Porém, disse que, antes, o pedido precisava ser analisado na primeira instância.


"Todavia, para não incorrer em indevida supressão de instância, entendo que o pedido deve ser analisado pelo pedido de origem, ao qual é facultado suscitar conflito de competência ao órgão judicial competente para dirimi-lo."


Fonte: G1

Leia Mais ››

Brasil tem média móvel de casos de Covid abaixo de 20 mil pela 1ª vez desde maio; curva de mortes também aponta queda



O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira (14).


O país registrou 716 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 151.779 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 496, uma variação de -29% em relação aos dados registrados em 14 dias. Essa é a média mais baixa registrada desde o dia 7 de maio.


É o 3º dia seguido com a curva de mortes apontando queda, após 28 dias em estabilidade.


Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 5.141.498 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 26.675 desses confirmados no último dia. A média móvel de novos casos foi de 19.877 por dia, uma variação de -26% em relação aos casos registrados em 14 dias. Ou seja, também encontra-se na faixa que aponta queda.


É a primeira vez que a média móvel de novos casos de coronavírus fica abaixo de 20 mil desde o dia 29 de maio.


Vale ressaltar que, no mês passado, o período de uma semana de queda visto nas mortes pela doença coincidiu com a semana do feriado de 7 de Setembro. Depois desse período, a curva voltou a apontar estabilidade por quase um mês. Assim como nos finais de semana, em feriados prolongados é comum se ver queda nos registros devido às menores equipes de plantão. Por isso, a sensação de baixa nas mortes pode ser enganosa, após o feriado desta semana.


Apenas um estado apresenta indicativo de alta de mortes: Piauí.


Outros 19 estados têm curvas que apontam queda. Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados.



Brasil: 14 de outubro

Total de mortes: 151.779

Registro de mortes em 24 horas: 716

Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 496 por dia (variação em 14 dias: -29%)

Total de casos confirmados: 5.141.498

Registro de casos confirmados em 24 horas: 26.675

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 19.877 por dia (variação em 14 dias: -26%)

(Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 151.078 mortes e 5.115.061 casos; e às 13h, com 151.161 mortes e 5.117.825 casos confirmados.)


Estados

Subindo (1 estado): PI

Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (6 estados + o DF): RJ, DF, AC, AL, MA, PB e SE

Em queda (19 estados): PR, RS, SC, ES, MG, SP, GO, MS, MT, AM, AP, PA, RO, RR, TO, BA, CE, PE e RN

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).


Fonte: G1

Leia Mais ››

PGR denuncia governador de Mato Grosso do Sul, irmãos Batista e mais 21 por corrupção



A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta quarta-feira (14) à Justiça o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), os empresários Joesley Batista e Wesley Batista, da JBS, e outras 21 pessoas. O grupo é acusado de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


O caso será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque, como governador, Azambuja tem foro privilegiado no tribunal. Em nota, o político disse que não teve garantido o direito à ampla defesa e que recebeu a denúncia "com indignação".


"Recebi com indignação a denúncia do MPF e aguardo, com serenidade, a oportunidade de fazer valer o direito à ampla defesa, até este momento não concedido. Agora, no âmbito do Judiciário, tenho plena convicção que a verdade prevalecerá. Eu confio na Justiça", afirma Reinaldo Azambuja.


O G1 aguarda retorno da defesa dos demais citados.


Segundo o MPF, o governador do MS e os outros denunciados receberam R$ 67 milhões em pagamentos de propina entre 2014 e 2016. Como contrapartida, diz o Ministério Público, os agentes públicos garantiram isenções fiscais e benefícios ao grupo empresarial JBS em valores que ultrapassam R$ 209 milhões.


Na denúncia, o MPF pede a condenação pelos crimes, a perda do cargo público para os que estiverem no governo e o pagamento de indenização, por danos morais coletivos, no valor de R$ 277 milhões.


O ex-secretário de Fazenda do MS e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Márcio Campos Monteiro também consta na lista de denunciados. Os outros 20 nomes não foram divulgados pelo MPF.


A denúncia foi oferecida pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo e reúne provas obtidas na Operação Vostok e provas compartilhadas a partir da Operação Lama Asfáltica, acordos de colaboração premiada e da quebra dos sigilos telefônico e bancário dos envolvidos.


Esquema atravessou governos

Segundo o MP, o esquema de corrupção entre a JBS e o governo de Mato Grosso do Sul ocorre desde pelo menos 2003, envolvendo sucessivos governadores.


Os procuradores afirmam que, ainda na campanha eleitoral de 2014, Azambuja buscou os empresários atrás de doações. A partir daquele momento, segundo a denúncia, começaram as tratativas para manutenção do esquema criminoso, caso ele fosse eleito.


Joesley e Wesley Batista firmaram acordo de delação com a Procuradoria-Geral da República (PGR), homologado pelo Supremo Tribunal Federal e rescindido pela PGR em seguida por causa do descumprimento de cláusulas. Com isso, os dois empresários foram denunciados.


Como a rescisão da delação ainda não foi homologada pelo STF, Lindôra pediu ao STJ que suspenda a tramitação da ação penal em relação aos dois empresários. Quando a análise do Supremo for concluída, o STJ poderá dar andamento aos processos contra eles.


Vantagens

Ainda segundo a denúncia, Reinaldo Azambuja se valeu do cargo de governador para exercer o comando da organização criminosa. Ele pediu e aceitou promessa de vantagens indevidas repassadas pela empresa JBS, diz o MPF.


Lindôra Araújo aponta, como contrapartida para a empresa, a concessão de benefícios fiscais ilegais por meio da assinatura de Termos de Acordos de Regime Especial (Tares) ou aditivos.


O MPF estima que cerca de 30% dos valores que a JBS deixava de recolher aos cofres públicos em impostos eram repassados para a organização criminosa. Os acordos eram assinados por Márcio Campos Monteiro, na condição de secretário de Finanças.


O pagamento das vantagens indevidas, diz a denúncia, eram feitas de três formas:


doações eleitorais oficiais, que em seguida eram descontadas de uma “conta propina”, mantida pela JBS;

por meio de notas fiscais frias emitidas por empresas e pecuaristas indicados pelo próprio Azambuja, sem a devida contrapartida em produtos ou serviços e com os valores revertidos direta ou indiretamente em benefício do governador;

e por meio da entrega de dinheiro em espécie a emissários de Azambuja.

O principal operador do esquema, diz o MP, era o filho do governador, Rodrigo Souza e Silva – também denunciado.


O MPF afirma que a quebra de sigilo telefônico dos investigados confirma a presença de Azambuja na sede da JBS em São Paulo em pelo menos duas ocasiões. A denúncia reúne ainda provas com datas e horários das entregas de valores em espécie, por funcionários da JBS, a operadores do esquema.


O MP também aponta que as entregas eram acompanhadas pelo filho de Azambuja, que ligava para o operador responsável pelo recebimento e, em seguida, para o pai.


Além disso, diz o MPF, Wesley Batista afirmou em depoimento que R$ 12 milhões foram repassados a Azambuja em espécie por meio de entregas a operadores em São Paulo e no Rio de Janeiro.


O que dizem os citados

Confira, abaixo, as notas enviadas ao G1 pelos citados na denúncia.


Reinaldo Azambuja, governador do MS (PSDB)

"Recebi com indignação a denúncia do MPF e aguardo, com serenidade, a oportunidade de fazer valer o direito à ampla defesa, até este momento não concedido. Agora, no âmbito do judiciário, tenho plena convicção que a verdade prevalecerá. Eu confio na Justiça."


Fonte: G1

Leia Mais ››

Primeira-dama dos EUA relata que filho Barron Trump também teve teste positivo para o coronavírus

Em relato publicado pela Casa Branca nesta quarta-feira (14), a primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, contou que Barron Trump, filho dela com o presidente americano, também contraiu o novo coronavírus. Diferentemente dos pais, o jovem de 14 anos não apresentou sintomas.


Presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania Trump chegando à última noite da Convenção Nacional do Partido Republicano nesta quinta-feira (28) — Foto: Alex Brandon/AP


"De um lado, eu estava contente que nós três passamos por isso ao mesmo tempo, então pudemos nos cuidar uns dos outros e passar tempo juntos", relatou Melania.


O documento também diz que Barron foi testado três vezes: primeiro, logo após os pais pegarem a Covid-19, deu negativo. Depois, um teste positivo, e, posteriormente, um novo exame atestou que ele não tinha mais o novo coronavírus.


Donald Trump com Melania Trump e o filho Barron no dia 5 de janeiro de 2020 — Foto: Mike Theiler/Reuters


A primeira-dama disse também que apresentou "sintomas mínimos", mas que pareciam ser "uma montanha russa" nos dias que se seguiram.


"Eu tive dores no corpo, tosse e dores de cabeça, e me senti cansada na maior parte do tempo", enumerou.

No texto, Melania também disse que se tratou por uma "via mais natural", com vitaminas e "comida saudável". A eslovena aproveitou o texto para encorajar as pessoas a viverem "do jeito mais saudável que puderem" — embora uma boa alimentação e outros bons hábitos ajudem o corpo a combater o vírus, não há nenhuma indicação de que determinados alimentos ou compostos vitaminados eliminem a Covid-19 por si sós.


Covid-19 na Casa Branca


Donald Trump anunciou no início do mês que ele e a primeira-dama apresentaram teste positivo para o novo coronavírus. Após relatar apenas sintomas leves, o presidente dos EUA foi levado a um hospital militar como medida de precaução. O republicano deixou a unidade três dias depois.


Após pouco mais de uma semana, o médico da Casa Branca disse que Trump estava livre do novo coronavírus e que não tinha mais risco de transmitir o patógeno a outras pessoas. Ele, então, retomou os compromissos de campanha para as eleições presidenciais de novembro. Melania Trump também já se recuperou da Covid-19.


Além do presidente e da primeira-dama, outros aliados do governo e funcionários da Casa Branca receberam diagnóstico da Covid-19 na mesma semana. Isso aumentou as suspeitas de que o evento de nomeação de Amy Coney Barrett como juíza da Suprema Corte tenha funcionado como "superespalhador" do vírus.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Aprovação automática em 2020 é necessária para reduzir evasão escolar, diz especialista



Especialistas ouvidas pelo RJ2 avaliaram como correta a decisão do Governo do Rio de aprovar automaticamente os alunos da rede estadual que cursaram o ano letivo de 2020. Devido à pandemia de Covid-19, os estudantes ficaram quase um ano sem ter aulas presenciais.


A resolução, publicada pela Secretaria estadual de Educação nesta quarta-feira (14), prevê que, independentemente das notas que apresentarem no fim deste ano, os alunos serão considerados aptos a seguir para o próximo ano.


Para duas especialistas consultadas pelo RJ2, os desafios para o ensino público em 2021 serão enormes. Isso considerando que, segundo pesquisas, a pandemia pode provocar uma evasão escolar de pelo menos 30% no ano que vem.


Seguindo essa projeção, no Estado do Rio o número de jovens alunos que poderão abandonar a escola chega a 210 mil. Cláudia Costin, especialista em educação, diz que a não reprovação é uma estratégia necessária para reduzir a evasão escolar.


"Os dois anos se condensam em um só, que é a solução que a maioria dos estados está adotando hoje em dia. Não faz sentido, depois de tanto sofrimento, imaginar que alguém que participou – porque eles esclareceram na resolução que é pra quem participou das atividades – que se reprove ou deixe de ser aprovado uma parte dos alunos", opinou Costin.


A especialista também lembrou que outra pesquisa recente da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) apontou que 28% dos alunos questionados disseram que pretendem abandonar os estudos.


"Uma reprovação em um contexto desse tem um grande risco de aumentar a desigualdade educacional, fazendo com que alunos mais vulneráveis abandonem os estudos para irem atrás de fontes adicionais de renda, para compensar os sofrimentos que suas famílias estão vivendo e, com isso, prejudicando seu futuro", completou Costin.


Priscila Cruz, do movimento Todas pela educação, concorda. E acrescenta que o estado terá que fazer um grande esforço para recuperar no ano que vem todo o conteúdo que ficou para trás em 2020.


O que está valendo

As medidas publicadas no Diário Oficial valem para para os alunos da rede estadual – que oferece os ensinos fundamental, médio, incluindo os cursos técnicos e educação de jovens e adultos.


A divisão em semestres foi extinta agora em 2020, ou seja, será considerado como ano letivo o período de 10 de fevereiro até o dia 22 de dezembro. Isso totaliza, segundo a secretaria, o mínimo de 800 horas de aulas.


A resolução também determina aprovação dos alunos, independentemente das notas que tiverem durante o ano.


As escolas serão orientadas a procurar os estudantes que não frequentaram as aulas presenciais no início do ano e que não tiveram acesso às aulas remotas. Se não forem encontrados, eles terão a possibilidade de permanecer na mesma série em que foram matriculados em 2020.


A partir da próxima segunda-feira, os alunos do ensino fundamental, da primeira e da segunda séries do ensino médio, das primeira, segunda e terceira fases ou módulos da Eja (Ensino de Jovens e Adultos) terão apenas ensino remoto.


Já os alunos da terceira série do ensino médio e do quarto módulo da Eja poderão optar pelas aulas online ou pelo ensino presencial.


Fonte: G1

Leia Mais ››