terça-feira, junho 14, 2022

RN registra aumento de 106% nas internações por Covid em 11 dias

As internações por Covid nos leitos clínicos e críticos nas redes pública e privada de saúde do Rio Grande do Norte tiveram aumento de 106% em 11 dias. No dia 3 de junho o estado tinha 44 pacientes internados por causa da doença, em 13 de junho esse número saltou para 91. O levantamento considerou dados publicados nos boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).


RN registra aumento de 106% nas internações por Covid em 11 dias — Foto: Divulgação


Em relação exclusivamente aos leitos críticos - nas redes pública e privada -, o aumento é de 117% no mesmo período - subiu de 23 para 50.


Segundo o boletim da última segunda-feira (13), foram 270 novos casos confirmados de Covid nas últimas 24 horas no estado. Ao longo da pandemia, são 511.701 casos confirmados e 8.220 vítimas da doença, além de outros 1.366 óbitos em investigação.


Nesta terça-feira (14), em entrevista ao Bom Dia RN, o professor Ricardo Valentim, coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN), destacou que, apesar do aumento no número de casos diários, a situação ainda não é crítica no estado. Ele explica que é um quantitativo bem inferior ao início do ano, com a variante Ômicron, e no ano passado, com a Delta.


"Para dizer que não é crítico, a gente observa pelo número de pacientes internados. Hoje temos 15. Quando a Ômicron chegou, tivemos 120 pacientes internados e antes, com a Gama, tivemos mais de 400 pacientes. Estamos muito longe do cenário visto em janeiro e mais longe ainda do que vimos na Gama (no início de 2021)", contou.


Para Valentim, o aumento de casos de Covid registrado nos últimos dias ocorre, principalmente, na população que mais tem alguma dose da vacina em atraso. A maior incidência do vírus atualmente é na faixa de idade entre 18 e 50 anos - a que mais possui doses atrasadas.


O LAIS monitora os números da Covid-19 desde o início da pandemia e projeta redução do número de casos em até 30 dias, "o que deverá reduzir ainda mais a questão de pacientes internados", reforçou Valentim.


Fonte: g1

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ALRN assina contrato e edital de concurso deve ser lançado na próxima semana

O concurso da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) está próximo de ter seu edital lançado. Nesta terça-feira (14), o presidente da casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), assinou o contrato com o Instituto AOCP, entidade responsável pela condução do certame.


Serão 47 vagas efetivas no concurso público, que deve ter edital publicado na próxima semana. — Foto: Divulgação/ALRN


A expectativa da ALRN é que o edital para as provas seja lançado na próxima semana. A previsão inicial é que as provas sejam aplicadas no mês de setembro em Natal, Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros.


O concurso da Assembleia terá 24 vagas efetivas para Analista Legislativo, com salários de R$ 8,3 mil; e Técnico Legislativo, com salários iniciais de R$ 4,4 mil. Ambos possuem, além dos vencimentos básicos, benefícios.


“O concurso deve atrair muita atenção, a expectativa é que tenhamos de 35 a 40 mil inscritos e espero ter a chance de ainda nesta gestão convocar os primeiros aprovados”, disse Ezequiel Ferreira.


A casa legislativa anunciou, na última semana, que o certame terá reserva de 20% das vagas para pessoas negras, seguindo recomendação para cumprimento da Lei Estadual 11.015/2021.


Fonte: g1

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Hospital Universitário Onofre Lopes suspende internações para cirurgias eletivas

O Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) suspendeu as internações para cirurgias eletivas. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (13) e ocorre pela falta de material médico hospitalar.


Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) cancelou internações para cirurgias eletivas. — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


A medida atinge cirurgias ambulatoriais de menor complexidade. Ainda segundo a unidade médica, os pacientes foram informados sobre a suspensão com antecedência. O hospital segue com a realização de procedimentos urgentes e de alta complexidade.


De acordo com o hospital, fornecedores relataram dificuldade em entregar os equipamentos, fundamentais para realização dos procedimentos. Entre os utensílios, estão as vestimentas hospitalares.


Além disso, uma licitação que não foi concluída também impactou na suspensão do serviço. O hospital estima a normalização do serviço somente a partir do dia 22 de junho.


Fonte: g1

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'Aumento de casos de Covid é principalmente na população com doses atrasadas', diz pesquisador sobre maior contaminação no RN

O aumento de casos de Covid registrado nos últimos dias ocorre, principalmente, na população que mais tem alguma dose da vacina em atraso. A afirmação é do professor Ricardo Valentim, do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais/UFRN) e foi dada em entrevista ao Bom Dia RN desta terça-feira (14).


Pesquisador aponta relação entre aumento no número de casos de covid e população com doses em atraso de vacina contra covid. — Foto: Divulgação/Ascom PMP


Segundo o pesquisador, a maior incidência de caso atualmente é na faixa de idade entre 18 e 50 anos - a que mais possui doses atrasadas.


"A grande recomendação é tomar a vacina. Hoje esse aumento de casos é principalmente na população de 18 a 50 anos, a população que está com suas doses atrasadas", diz.



"A população precisa se imunizar, principalmente a população dessa faixa etária, considerada economicamente ativa", conclui.


Ricardo Valentim reforça que aproximadamente 700 mil pessoas estão com alguma dose do imunizante em atraso em todo o estado.


De acordo com o pesquisador, o RN deveria ter alcançado a marca de 70% de sua população com a 3ª dose da vacina (dose de reforço), o que não ocorreu.


"O Brasil vive uma estagnação em relação a imunização. Pelas projeções, o RN no mês de maio deveria ter alcançado a marca de 70% de sua população com a 3ª dose. Justamente por não ter alcançado essa marca, estamos vendo o aumento de casos", afirma.

Situação não é crítica

Apesar do aumento no número de casos diários, a situação ainda não é crítica. Segundo o professor, apesar do Rio Grande do Norte registrar um maior número de confirmações de Covid nos últimos dias, é um quantitativo bem inferior ao início do ano, com a variante Ômicron, e no ano passado, com a Delta.



"Para dizer que não é crítico, a gente observa pelo número de pacientes internados. Hoje temos 15. Quando a Ômicron chegou, tivemos 120 pacientes internados e antes, com a Gama, tivemos mais de 400 pacientes. Estamos muito longe do cenário visto em janeiro e mais longe ainda do que vimos na Gama [no início de 2021]", explica Valentim.


O laboratório, que monitora os números da Covid-19 desde o início da pandemia, projeta redução do número de casos em até 30 dias.


"A nossa previsão é que daqui a 20, ou no máximo 30 dias, é que haja uma redução do número de casos, o que deverá reduzir ainda mais a questão de pacientes internados", reforçou.


Fonte: g1

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8 anos após deslizamento em Mãe Luíza, moradores atingidos têm auxílio reduzido e seguem sem casas reconstruídas em Natal

O deslizamento de terra em Mãe Luíza, zona Leste de Natal, ocorrido há oito anos segue trazendo consequências negativas aos atingidos pela tragédia. Este ano os proprietários dos imóveis atingidos viram o auxílio financeiro ser reduzido pela metade e seguem aguardando a entrega das novas residências, que ainda não ocorreu.


A via atingida pelo desmoronamento foi reconstruída e uma escadaria erguida onde antes havia o cenário da tragédia. Mas quem perdeu o lar, ainda aguarda o cumprimento de promessas do poder público.


O Residencial Mãe Luíza, que será localizado na Rua João XXIII, uma das principais vias do bairro, ainda não saiu do papel. A obra ainda aguarda andamento dos trâmites legais por parte do executivo, mesmo passados oito anos da tragédia.


"Nem sequer um tijolo foi colocado", lamenta Vilson Barbosa, fotógrafo afetado pela tragédia. Desempregado, Vilson revela que não acreditava que a entrega dos imóveis fossem atrasar tanto e chama atenção para outras estruturas que foram erguidas com mais pressa.


"Temos escritura, tudo do terreno, mas a prefeitura fez a academia. Quando abriu as tábuas de proteção das construções, já estava a academia feita", afirmou Barbosa.


A estrutura da academia ao ar livre foi construída no lugar onde estavam as residências atingidas pelo desmoronamento de terra.


De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), a nova gestão encontrou o processo de construção do Residencial Mãe Luíza parado. A pasta afirma ter finalizado a licitação há duas semanas.


"A expectativa é de que, nos próximos dias, a ordem de serviço seja assinada para início dos trabalhos", afirmou a pasta, em nota enviada ao g1.


Com o deslizamento, 26 imóveis caíram ou foram demolidos pelos órgãos públicos, por oferecerem riscos aos seus ocupantes. Cerca de outros 20 também precisavam de reformas para que os moradores pudessem retornar.


Cratera se abriu na rua Guanabara, em Mãe Luíza em 2014 — Foto: Heloísa Guimarães/ Inter TV Cabugi


Auxílio reduzido

Enquanto a obra não é entregue, quem foi afetado pelos deslizamentos teve que lidar com mais um problema. O auxílio financeiro, definido em juízo em pagamento mensal de R$ 1.200, foi reduzido há três meses. Quem depende do benefício reclama que o novo valor de R$ 600, metade do que era pago antes, é insuficiente para o pagamento das despesas básicas.



"Gasto mais de R$ 700 com aluguel, água e luz. Esse valor (de R$ 600), não dá", afirma Tereza Rocha, de 71 anos.

Apesar da idade, Tereza não se aposentou. Com enfermidades, ela conta que não tem mais idade para trabalhar e que a fonte de renda de sua família, além do auxílio com valor reduzido, é a aposentadoria do marido. "Até medicamento pra mim sai da aposentadoria dele. Graças a Deus ele não tem muita enfermidade. Se não fosse isso, não daria para sobreviver", revela.


O auxílio tinha sido definido em um salário mínimo em 2014, e vinha sendo reajustado a medida que o salário aumentava. De acordo com a pasta, no final de 2021 foi sancionada a Lei de Benefícios Eventuais, que transferiu a missão de pagar o benefício para a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas). A mudança, aliada à regulamentação da pasta que passou a ser responsável pelo pagamento, fez com que o benefício fosse fixado num valor correspondente a 50% do que vinha sendo pago anteriormente.


Memória

Apesar do deslizamento ocorrer no dia 14 de junho de 2014, a tragédia começou a partir do dia anterior. Naquela sexta-feira (13), Natal recebia a primeira das quatro partidas que sediaria na Copa do Mundo. Enquanto México e Camarões jogavam na manhã chuvosa, a mesma água que caía do céu fez um terreno desmoronar entre a avenida Sílvio Pedroza, em Areia Preta, e a comunidade em si. Apesar de ninguém ficar ferido, moradores de Mãe Luiza permaneceram em alerta.



No dia seguinte, após o registro de , a estrutura onde as casas foram construídas não aguentou. Antes disso, a Defesa Civil conseguiu retirar moradores de centenas de casas do local. A situação foi descrita por Maria de Carmo Torres, uma das pessoas que perderam a residência naquele dia. Ela descreve as sensações daquele sábado e reforça que não pensava em sua casa, mas sim em salvar sua mãe, que morava na parte inferior da rua Guanabara, via que foi destruída após o deslizamento.


"Quando vi na porta aquela quantidade de água, desci com minha neta, pensando na minha mãe. Quando cheguei lá, a Defesa Civil já estava 'levando ela'. Quando tentei voltar, já não consegui mais" revela, calculando que a situação se agravou em um intervalo de 30 minutos.


"Foi passar meia hora e a avenida já não existia mais. Só 'casa caindo', o chão parecia chocolate, se derretendo... só lama", pontua.

A mãe de Maria do Carmo, ela mesma e tantos outros tiveram que deixar os imóveis apenas com a roupa do corpo. A cratera se abriu na avenida Guanabara durante a noite, justamente sobre o terreno que tinha cedido no dia anterior. A estimativa do município eram de que 70 toneladas de terra e outros materiais foram levados no deslizamento.



Após o desastre, o município e o governo federal anunciaram investimentos para recuperar a área. A escadaria e obras de macro e microdrenagem na região,foram entregues no final de 2015, junto com a academia ao ar livre. A rua desmoronada também foi reconstruída. Foram investidos cerca de R$ 5,6 milhões nas obras.


Chuva abriu cratera no bairro de Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal, em 2014 — Foto: Felipe Gibson/G1


Mas o Município criou a Lei de Benefícios Eventuais, sancionada no final do ano passado, que tirou da Seharpe e colocou para a Semthas a missão de pagar o benefício que depois, por força de regulamentação também, foi fixado em 600 reais.


São oito anos de espera, nem sequer um tijolo foi colocado.


O mais incrível é que a prefeitura se apossou. Tem escritura, tem tudo do terreno. A prefeitura se apossou e fez a academia. Quando abriu as tábuas, das construções, já estava a academia feita.


Pelo menos 26 imóveis que caíram ou foram demolidos pelos órgãos públicos e, em pleno 2022,


que fez com que 26 imóveis


Fonte: g1

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homem de 33 anos é amarrado durante surto psicótico e morre na UPA do Gama, no DF

Um homem de 33 anos morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Gama, no Distrito Federal, após ter um surto psicótico. Antônio Marcos passou mal em frente a um comércio, Imagens gravadas por testemunhas mostram o homem amarrado durante o socorro, com os braços para trás e a cabeça para baixo.


O homem foi levado pelo Corpo de Bombeiros à UPA do Gama, no sábado (11). A família reclama do atendimento e diz que Antônio foi mantido amarrado, mesmo na unidade de saúde. Na madrugada de domingo (12), os parentes receberam a notícia que ele tinha morrido.


Antônio Marcos morreu após ter surto no Distrito Federal — Foto: Arquivo pessoal


Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren-DF) afirmou que a imobilização ocorreu de forma inadequada (veja mais abaixo). Já o Instituto de Gestão Estratégica em Saúde do DF (Iges-DF), responsável pela UPA, diz que recebeu o homem "contido mecanicamente em decorrência de agitação psicomotora e extrema agressividade".


"Tal conduta, apesar de chocante, por vezes é necessária até o efeito desejado de medicações que controlem a agressividade (contenção química)", diz o Iges-DF.


Segundo o instituto, o homem sofreu uma parada cardiorrespiratória, e a equipe tentou reanimá-lo por uma hora, mas não conseguiu. Afirmou ainda que Antônio tinha histórico de surto pelo consumo de drogas, o que a família nega.


O Corpo de Bombeiros informou que, em alguns casos de surto psicótico, o paciente pode se tornar agressivo e violento, se fazendo necessária a imobilização dele para garantir a segurança do paciente, da equipe de socorro e demais envolvidos. A corporação também disse que está apurando o caso.


Surto psicótico

Testemunhas gravaram, primeiro, o homem com o braço paralisado e dificuldade para falar. Outras imagens mostram ele sendo contido por pessoas que passavam pelo local e, em seguida, já imobilizado, na maca dos bombeiros.


Antônio Marcos, de 33 anos, foi amarrado durante surto no DF — Foto: Arquivo pessoal


Patrick Pereira era primo de Antônio Marcos e foi o último a ver o homem com vida. Segundo o parente, na tarde de sábado, Antônio pediu ajuda e, quando o primo chegou ao local para buscá-lo, o homem conseguiu pegar o carro e sair em disparada.


De acordo com Patrick, o primo já tinha enfrentado episódios de surto. "Ele já teve essa crise antes, duas vezes, mas tinha muito tempo que ele não dava essa crise de não reconhecer nem familiar. Ele estava irreconhecível", diz.


Quando Patrick conseguiu reencontrar o primo, ele já estava sendo contido. Segundo o parente, Antônio estava com pernas e braços amarrados, ofegante e se debatendo. A equipe de socorro então pediu para que o familiar se afastasse, para que o homem se acalmasse.


Ele afirma ainda que, na UPA, a equipe não permitiu a presença de um acompanhante. Antônio Marcos deixou mulher e uma filha, de seis anos.


Abordagem

Para o Conselho Regional de Enfermagem do DF, é preciso analisar a situação com cautela, mas os vídeos permitem identificar falhas na ação.


"Como se trata de uma emergência psiquiátrica, é necessário avaliar o contexto que levou a essa situação. Contudo, pela imagem, pode-se concluir que essa não é a maneira adequada de imobilizar o paciente", diz, em nota.



"Além de ser violenta e extremamente desconfortável, pode prejudicar a circulação sanguínea da pessoa. Esse tipo de abordagem deve ser humanizada e profissional. O caso deve ser apurado rigorosamente. Ninguém merece ser tratado dessa forma", continua o Coren-DF.


O que diz o Iges-DF

Segundo o Iges-DF, o homem "foi atendido prontamente na UPA, sendo tomadas todas as medidas clínicas para a assistência médica. Infelizmente, o paciente evoluiu para o óbito, apesar de todo o esforço da equipe".


"Cabe ressaltar que o Iges-DF se solidariza com a dor da família, mas reforça a necessidade das devidas apurações, incluindo o laudo final da necrópsia, para formar uma opinião médica final sobre essa ocorrência, vistos os registros de acontecimentos que antecederam a chegada do paciente a UPA", diz o instituto.


Fonte: g1

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Losartana: exercício aumenta os benefícios de remédio de pressão em homens hipertensos, aponta estudo brasileiro

Uma pesquisa feita por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto apontou que associar exercícios físicos aeróbicos ao uso do remédio losartana, para pressão alta, aumentou os benefícios para o coração em homens.


Homem caminha à beira de um rio — Foto: Pexels


Os cientistas mostraram que a atividade física aumentou a variabilidade da frequência cardíaca nos pacientes com hipertensão que tomavam a losartana.


A variabilidade da frequência cardíaca descreve as oscilações nos intervalos entre batimentos consecutivos do coração. Uma alta variabilidade significa uma boa capacidade de adaptação do corpo, ou seja, é vista em pessoas saudáveis. Já uma baixa variabilidade aponta o contrário – e aparece em pessoas com hipertensão.



"Quanto mais variável for o sistema, mais adaptado ele está às mudanças. Isso mostra uma capacidade de adaptação mais efetiva", explicou Hugo Celso Dutra de Souza, autor sênior da pesquisa e professor da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, ao g1.

Isso é importante porque a hipertensão não está relacionada apenas à pressão alta dentro dos vasos, e sim a uma série de problemas no sistema cardiovascular – um deles é, justamente, essa variabilidade da frequência cardíaca.


A losartana é eficaz em reduzir essa pressão, mas, mesmo com uso dela, a variabilidade da frequência continua baixa. No estudo, quando as pessoas que eram hipertensas e tomavam a losartana passaram a fazer exercício físico, a variabilidade aumentou.


"Além de reduzir ainda mais a pressão, a regulação da frequência fica melhor [com o exercício físico] –fica mais próximo da normalidade. Não resolve, mas afasta as comorbidades que possam a vir acompanhar. A hipertensão é uma das principais causas de insuficiência cardíaca – que é uma das principais causas de morte precoce", explica o pesquisador.


O estudo

A pesquisa, publicada na "Clinical and Experimental Hypertension", reuniu 32 voluntários, todos do sexo masculino e com idades entre 40 e 60 anos. Metade deles não tinha hipertensão e não tomava nenhum remédio, e a outra metade era hipertensa e tomava a losartana.



Ambos os grupos fizeram caminhadas de 45 minutos três vezes por semana, por 16 semanas (cerca de 4 meses).


A losartana sozinha foi capaz de reduzir a pressão arterial – levando-a para níveis normais –, mas, sem o exercício físico, o controle autônomo cardíaco – entre outros pontos, a variabilidade da frequência – continuou debilitado.


"A variabilidade da frequência cardíaca não se restabelece adequadamente só com a droga. Reduzir a pressão é necessário e imprescindível, mas só o remédio não é suficiente. O exercício complementa o efeito”, reforçou Hugo Celso de Souza à Agência Fapesp.



Os cientistas também estão trabalhando em um artigo que compara a losartana com o maleato de enalapril para apresentar as diferenças, segundo a agência.



“O exercício físico é importante, e tem sido visto como uma espécie de pílula mágica. Porém, precisamos entender o que ele realmente faz no organismo para até quem sabe no futuro tentar simular farmacologicamente seus efeitos”, lembrou Souza.


Em mulheres

Um estudo separado, com mulheres, também está sendo feito – porque os hormônios ovarianos interferem no funcionamento cardiovascular.


"Em ratas, a gente retirava os ovários e automaticamente aumentava, em semanas, a quantidade de fibrose no coração. Não só esses hormônios ovarianos regulam a estrutura do coração [como] participam, também, da regulação da hemodinâmica como um todo; têm uma influência fundamental", explicou o pesquisador ao g1.


Crise econômica deixa mulheres mais vulneráveis ao desemprego, à fome e à violência doméstica

"Isso faz sentido, porque as mulheres em idade reprodutiva são "protegidas" pelos hormônios ovarianos – tanto é que, antes da menopausa, existem mais homens com doença cardiovascular do que mulheres. Após a menopausa, as mulheres [não só] empatam como também ultrapassam o número de pessoas com doenças cardíacas – por causa dos hormônios", apontou.


Fonte: g1

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Laudo comprova envenenamento de enteado por 'chumbinho', e Justiça prorroga prisão de madrasta

A Justiça prorrogou a prisão de Cintia Mariano Cabral, suspeita de envenenar seus dois enteados - Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, que acabou morrendo, e Bruno, de 16 anos, irmão de Fernanda, e cujo material orgânico serviu para análise no Instituto Médico Legal.


Cíntia Mariano: solícita e oferecendo feijão fresquinho — Foto: Reprodução


O juiz Alexandre Abrahao Dias Teixeira, da 3ª Vara Criminal, atendeu ao pedido do Ministério Público e prorrogou a prisão temporária por mais 30 dias. No pedido, o MP cita como prova material um exame do IML que comprova que Bruno foi envenenado com chumbinho.


"O Ministério Público requer prorrogação da prisão temporária de Cintia Mariano Dias Cabral tendo como lastro a investigação da 33ª DP, a necessidade de se cumprir rapidamente as diligências remanescentes. A materialidade do tipo imputado à indiciada encontra-se evidente nas peças da presente investigação, notadamente no laudo de exame de material acostado ao index 56”, diz trecho do docuento que foi deferido pelo juiz.


Bruno Cabral: exames após suposto envenenamento e intubação — Foto: Reprodução/Rede social


'Teria evoluído para a morte'

O laudo do IML, mencionado pelo Ministério Público, cita explicitamente o veneno chumbinho como tendo sido encontrado no material gástrico de Bruno que foi analisado.


“O exame laboratorial, análise do lavado gástrico, realizado no laboratório do Instituto Médico Legal, revelou a presença de 04 grânulos esféricos diminutos, de coloração azul escura. Forma esta de apresentação de raticida amplamente e cladestinamente comercializado, conhecido como 'chumbinho'", diz trecho do laudo.

“O quadro clínico e a apresentação dos grânulos revela quadro clássico de intoxicação por raticidas, carbamatos, aldicarb. Caso a vítima não tivesse sido submetida a tratamento imediato, como ocorreu, provavelmente teria evoluído para o óbito”, diz em outro trecho.



No início do mês, um laudo preliminar já indicava a presença do grânulos e "citava indícios de envenenamento".


A substância encontrada foi analisada no laudo complementar e, no documento do dia 10 de junho, é possível afirmar que se tratava de chumbinho no corpo de Bruno.


No final de maio, o corpo da irmã dele, Fernanda Cabral, que morreu no dia 27 de março, foi exumado para tentar se chegar a causa da morte. Na época, a mesma foi atestada por causas naturais, mas suspeita-se que a jovem também tenha sido envenenada.


Madrasta (à esquerda) é suspeita de envenenar a enteada (à direita) — Foto: Arquivo Pessoal


O caso

As suspeitas sobre a morte de Fernanda Cabral - cuja morte foi atestada como sendo por causas naturais - , só surgiram quando o irmão dela, Bruno, de 16 anos, começou a passar mal depois de um almoço na casa da madrasta, no dia 15 de maio.


No local, ele reclamou de ter recebido um feijão amargo e com algumas pedrinhas azuis. Em casa, com mãe, e já se sentindo mal, reclamou e falou sobre o alimento.


No hospital, Bruno foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue que detectou níveis altos de chumbo em seu sangue.


Com a suspeita de que os filhos foram envenenados, Jane Carvalho Cabral, mãe dos jovens, registrou queixa na 33ª DP, em Realengo, que iniciou buscas na casa da madrasta.


"Ele já veio de lá com uma ansiedade, bem preocupado e achando que tinha acontecido algo estranho porque quando reclamou do feijão amargo de pedrinhas azuis, ela arrancou o prato da mão dele, colocando mais feijão e entregando pra ele depois. Quando ele veio pra cá, veio perguntando como fazia pra vomitar. Mais ou menos uns 40 minutos depois, começou todo o desespero que foi o que a Fernanda sentiu. Na mesma hora eu imaginei que o gosto amargo desse feijão poderia ser o suposto veneno", contou a mãe dos jovens.

Madrasta tentou se matar

Com a denúncia do caso, investigadores foram até a casa de Cíntia e recolheram o feijão para análise, mas antes do resultado do exame, na quinta-feira (19), a madrasta tentou se matar.


Ela foi levada para o hospital, se recuperou e, na sexta-feira(20), foi levada para a 33ª DP para prestar depoimento, quando teve sua prisão decretada.


Atualmente, Cíntia Mariano está presa no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.


Fonte: g1

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Adolescentes levam bronca por uso de drogas e colocam fogo em escola estadual na Grande BH

Parte da Escola Estadual Professor Paulo Freire, no bairro Metropolitano, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, pegou fogo na madrugada desta terça-feira (14).


O boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM) informa que o incêndio foi criminoso e que no local havia várias pichações com ameaças nas paredes.


No fim da manhã, a polícia já havia conseguido apreender dois adolescentes, de 15 anos, apontados como responsáveis pelo incêndio, após análise de câmeras de segurança. Os adolescentes serão levados para a delegacia de plantão de Ribeirão das Neves.


Segundo a reportagem apurou no local, a escola estava fazendo um trabalho de disciplina e chamou a atenção dos dois por uso de drogas, o que os teria "desagradado".


Bombeiros combateram chamas em escola estadual de Ribeirão das Neves — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação


Muito abalada, a mãe de um dos adolescentes apreendidos contou que, nesta segunda-feira (13), havia sido chamada na escola porque o filho estava usando droga.


A mulher, que preferiu não se identificar, conta que ela e o filho estavam se arrumando para ir ao Conselho Tutelar, quando a polícia chegou à casa deles.


"Nunca que ia imaginar que ele ia fazer esse tipo de coisa", disse.


Perícia da Polícia Civil faz levantamentos em escola incendiada — Foto: Gustavo Pimentel/TV Globo


Destruição no incêndio

Ainda segundo o B.O., os militares do Corpo de Bombeiros precisaram quebrar dois cadeados do portão para terem acesso aos locais onde havia chamas.


O fogo atingiu uma área do bloco 1, uma sala anexa à biblioteca e mais uma ao lado – totalizando três cômodos, que ficaram destruídos e foram isolados. Não houve feridos.


Entre o material destruído pelo incêndio, estão mais de 5 mil livros, 7 computadores desktop, 4 projetores, 1 impressora e mobiliário.


Os bombeiros apagaram as chamas, a perícia da Polícia Civil e a Defesa Civil foram acionadas.


Aulas foram suspensas

O g1 Minas entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, que informou que as aulas nessa escola foram suspensas nesta terça-feira (14) para a realização do trabalho de perícia da Polícia Civil, responsável pelas investigações.


Aulas foram suspensas na escola após incêndio — Foto: Gustavo Pimentel/TV Globo


"A equipe de inspeção escolar da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C, responsável pela coordenação da escola, irá acompanhar o caso", disse ainda.


Fonte: g1

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Conselho de Ética abre processo sobre conduta de deputado que bateu boca com Lira em plenário

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados instaurou nesta terça-feira (14) um processo para apurar possível quebra de decoro parlamentar do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) em falas no plenário da Casa.


Arthur Lira e Glauber Braga bateram boca no plenário da Câmara nesta terça (31) — Foto: Reprodução/TV Câmara


A representação foi apresentada pelo PL após o parlamentar protagonizar uma discussão com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no plenário da Casa (vídeo abaixo), no fim de maio.


A instauração de um processo é a primeira fase de uma representação protocolada contra um parlamentar. Nesta fase, é feito o sorteio da lista tríplice entre os integrantes quem podem assumir a relatoria do caso. Em seguida, cabe ao presidente do conselho escolher o relator.



Foram sorteados como potenciais relatores do processo contra Glauber três deputados do Republicanos: Marcelo Nilo (BA), Márcio Marinho (BA), Gilberto Abramo (MG).


Após ser designado pelo presidente do conselho, o relator terá prazo de dez dias úteis para apresentar um parecer preliminar, que poderá ser pelo prosseguimento ou arquivamento do caso.


A representação

O PL pede que o Conselho de Ética recomende, ao plenário da Câmara, a perda do mandato de Glauber por quebra de decoro parlamentar.


Segundo o partido ao qual o presidente Jair Bolsonaro é filiado, as declarações do deputado no plenário da Câmara ofendem a honra de outros parlamentares. Além da discussão com Lira, a legenda menciona no pedido outros dois episódios.



Um dos casos mencionados pelo PL é referente a uma discussão no dia 19 de maio com o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), em que Glauber disse que faria o "enfrentamento" do Novo e de "bolsonaristas enfeitados".


Outro caso citado na peça foi uma discussão com o deputado Bibo Nunes (PL-RS). Glauber chamou o colega de “néscio”, “porcaria”, “defensor de milícia” e "torturador''.


A discussão entre Lira e Glauber ocorreu no dia 31 de maio, durante a orientação dos partidos para a votação de uma medida provisória. Ao orientar pelo PSOL, Glauber iniciou sua fala questionando, no microfone, se Lira "não tem vergonha" – mas não conseguiu completar ao que se referia.


Lira cortou o microfone de Glauber, pediu para o parlamentar se conter e disse que o deputado "está exagerando há muito tempo".


Em um momento mais tenso, o presidente da Casa ameaçou "usar medidas mais duras para retirá-lo [Glauber] do plenário". Glauber Braga chegou a chamá-lo de "ditador” e disse que "está para nascer" o presidente da Câmara que irá calá-lo.


PSOL e deputado questionam

Antes da instauração do processo, o vice-líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), pediu ao presidente do conselho, Paulo Azi (União-BA), que o sorteio dos possíveis relatores e a abertura do processo fossem adiados até que a Mesa da Câmara enviasse ao Conselho de Ética uma representação apresentada pelo PSOL que pede a cassação do mandato de Lira por abuso de poder.



Azi não acolheu o pedido. "Não há o que essa presidência deliberar. Entendo que essa matéria deve ser apreciada pelo plenário da Casa", disse.


Em seguida, o próprio deputado do PSOL se defendeu. Ele criticou a rapidez com a qual a Mesa enviou o processo para tramitação no conselho e disse que não se arrepende do que disse a Lira.


“Está acontecendo um grande absurdo. O senhor Arthur Lira anunciou, numa reunião com líderes partidários, que colocaria em votação no plenário um projeto de entrega do controle acionário da Petrobras, da privatização da Petrobras por maioria simples. E aí, então, eu fiz uma fala no plenário na Câmara, perguntando se ele não tinha vergonha de fazê-lo. Isso foi o suficiente que ele se articulasse com o partido do presidente da República, o PL", disse.


“A [representação] que foi apresentada contra mim entrou no sistema no mesmo dia, foi pra Mesa, da Mesa para o Conselho de Ética e já marcou o início do processo. Onde é que tá a representação? A gente quer saber. Pode uma representação sumir no interior da Câmara dos Deputados? O que disse no plenário da Câmara, eu não retiro uma palavra [...] Se foi uma tentativa de intimidar, estão muito enganados. Isso não funcionou e não funcionará. Vou estar aqui participando de cada etapa desse processo fraudulento", declarou.



Procedimentos arquivados

Também nesta terça, o Conselho de Ética decidiu, por 9 votos a 2, arquivar um procedimento aberto contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Eduardo foi acusado pelo PT de ofender o senador Humberto Costa (PT-PE) em postagem nas redes sociais.


Ainda cabe recurso contra a decisão de arquivamento ao plenário da Câmara.


Em abril de 2021, Eduardo Bolsonaro publicou uma imagem em que o senador Humberto Costa está ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nela, Costa é chamado de “Drácula da Odebrecht”.


O senador afirmou, na representação apresentada pelo PT, que a postagem do deputado tem o objetivo de imputar a ele crimes de corrupção e organização criminosa. “Não respondo a nenhum inquérito ou mesmo qualquer investigação nesse sentido”, pontuou Costa.


“Vê-se claramente que o representado buscou tão somente promover agressões destituídas de qualquer fundamento, com o nítido intuito de ofender a esse parlamentar e, uma vez que sou integrante do PT, também acabou por ofender a própria instituição partidária”, seguiu.


O relator, Mário Heringer (PDT-MG), entendeu que as publicações de Eduardo não configuram quebra de decoro parlamentar e não “configuram conduta passível de punição”.


“[Ele] não extrapolou os direitos inerentes ao mandato, razão pela qual o seu comportamento está acobertado pelo manto da imunidade material, não merecendo censura por parte dessa Casa Legislativa”, disse.



“Comentários ácidos ou até mesmo jocosos acerca de fatos sobre debate público, apesar de lamentáveis, não configuram conduta passível de punição. [...] É crucial recomendar que [Eduardo] passe a agir com mais respeito até porque atua como representante do povo no Poder Legislativo”, continuou.


Fonte: g1

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Embaixada do Brasil admite erro sobre corpos terem sido encontrados e pede desculpas à família de Dom Phillips

A Embaixada do Brasil no Reino Unido enviou nesta terça-feira (14) um pedido de desculpas à família do jornalista britânico Dom Phillips, desaparecido na Amazônia, por ter informado erroneamente que o corpo dele e do indigenista brasileiro Bruno Pereira haviam sido encontrados.


Dom Phillips e Bruno Pereira, desaparecidos há mais de uma semana


O envio do pedido de desculpas foi confirmado ao blog pelo embaixador, Fred Arruda. A família também confirmou ao blog ter recebido a retratação.


Na manhã de segunda-feira (13), um representante da embaixada ligou para o cunhado e a irmã de Phillips no Reino Unido para dizer que os corpos tinham sido achados amarrados a uma árvore. A informação foi, então, divulgada à imprensa pela mulher do jornalista, Alessandra Sampaio.



Depois, porém, a Polícia Federal negou que eles tivessem sido encontrados. A associação indígena Univaja, que denunciou os desaparecimentos há mais de uma semana na região do Vale do Javari, no Amazonas, também não confirmou.


Nesta terça, o embaixador enviou a mensagem de retratação à família, conforme revelado pelo jornal britânico "The Guardian".


"Estamos profundamente sentidos que a Embaixada tenha passado uma informação à família ontem que não se provou correta", diz trecho da mensagem, conteúdo ao qual o blog também teve acesso.


Em audiência na Câmara do Deputados nesta terça, a mulher de Bruno, a antropóloga Beatriz Matos, cobrou respostas verdadeiras e concretas sobre o desaparecimento do marido na Amazônia. O relato foi feito para a imprensa, que não pôde gravar a sessão, pela deputada Vivi Reis (PSOL-PA).


Bruno e Dom foram vistos pela última vez em 5 de junho ao chegarem a uma localidade chamada comunidade ribeirinha São Rafael. De lá, eles partiram rumo à sede do município de Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas de lancha, mas não chegaram ao destino.


Mapa mostra onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia — Foto: Arte/g1


No domingo (12), as equipes de busca encontraram um cartão de saúde e outros pertences de Bruno, além de uma mochila com roupas pessoais de Dom na área onde são feitas as buscas pelo jornalista inglês e pelo indigenista no interior do Amazonas.


Segundo as autoridades, o material estava próximo à casa de Amarildo Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, o único preso suspeito de envolvimento no desaparecimento. Oliveira nega envolvimento no crime e parentes afirmam que ele foi torturado pela polícia.



A mulher dele chegou a prestar depoimento à Polícia Civil, mas preferiu não falar sobre a prisão do marido nem sobre o caso dos desaparecidos. Com ela, são 9 pessoas ouvidas pela polícia até o momento.


Nesta terça, servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) fizeram um ato em frente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília, pedindo uma retratação do presidente do órgão, Marcelo Augusto Xavier da Silva, por dizer que o indigenista Bruno Pereira, servidor licenciado da Funai não tinha autorização para estar na área onde desapareceu.


Fonte: g1

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Comissão aprova projeto que prevê detenção para quem tocar policial durante abordagem

A Comissão de Segurança Pública da Câmara aprovou nesta terça-feira (14) um projeto que prevê pena de até um ano de detenção para quem descumprir “deveres” durante abordagem policial, incluindo tocar no agente durante a ação.


O texto ainda passará pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de seguir ao plenário da Casa.


A proposta, de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS) e relatado por Daniel Silveira (PTB-RJ), foi aprovada em votação simbólica.


O projeto lista cinco deveres do cidadão ao ser abordado por um agente policial:


atender às ordens do policial;

deixar as mãos livres e visíveis;

não realizar movimentos bruscos;

não tocar no policial;

manter uma distância mínima de um metro do policial, salvo se houver determinação contrária do agente.

Quem descumprir os “deveres” poderá ser multado e pegar de três meses a um ano de cadeia.


Projeto prevê pena para quem tocar em policial durante a abordagem. — Foto: Divulgação/SSP


Deveres

“Quando atuamos nas ruas, o policial está adestrado a abordar, mas do outro lado o cidadão não está adestrado a obedecer”, afirmou Silveira durante a votação.


“Hoje, o cidadão sabe muito dos direitos e não sabe dos deveres. Quando é abordado, ele acaba resistindo às ordens policiais, porque também não foi ensinado a obedecer”, acrescentou.


Nenhum parlamentar pediu a palavra para falar contrariamente ao texto.


Fonte: g1

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PGR pede ao Supremo que declare extinção da pena de Daniel Silveira

A Procuradoria Geral da República pediu nesta terça-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que declare a extinção da pena imposta ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).


Deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), cuja pena foi perdoada pelo presidente Jair Bolsonaro — Foto: Eraldo Peres/AP Photo


Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado e à perda dos direitos políticos por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal e instituições como o próprio STF.


Um dia após a condenação, o presidente Jair Bolsonaro publicou um decreto no qual perdoou a pena imposta a Daniel Silveira.


A defesa de Daniel Silveira, então, acionou o Supremo e pediu que fossem reconhecidos os efeitos do perdão dado por Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, em seguida, enviou os recursos da defesa para análise da PGR.



Agora, em manifestação enviada ao Supremo, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirma ser preciso reconhecer os efeitos do indulto individual.


"O decreto de indulto individual é existente, válido e eficaz, sendo que a sua repercussão jurídica na punibilidade está condicionada à necessária decisão judicial que declara extinta a pena do condenado", argumentou.


Após o envio da manifestação da PGR ao STF, a advogada de Silveira, Mariane Andréia Cardoso, divulgou uma nota na qual disse que o órgão "acolheu as razões recursais constantes dos agravos que foram apresentados".


"Desse modo, diante do pedido expressamente apresentado pelo Ministério Público, único titular da ação penal, espera-se que o Poder Judiciário declare da extinção da punibilidade e determine revogação retroativa das medidas cautelares, reconhecendo que o deputado federal Daniel Silveira é um homem livre", acrescentou.


Argumentos da PGR

No documento enviado ao STF, Lindôra Araújo afirma que não é possível discutir, na ação penal que levou à condenação de Silveira, a validade do decreto do indulto presidencial.


Lindôra argumenta ainda que a análise da constitucionalidade do ato do presidente Jair Bolsonaro deve ser feita nas ações específicas que questionam o decreto do perdão (leia detalhes mais abaixo).


Para a procuradora, somente uma decisão nessas ações sobre a constitucionalidade poderia impedir que se reconheça a extinção da pena de Silveira.


Oposição quer derrubar ato de Bolsonaro

Assim que o decreto de Bolsonaro foi publicado, partidos de oposição pediram ao STF que suspenda o perdão de pena concedido a Daniel Silveira.


O partido Rede, por exemplo, afirma que Bolsonaro agiu para "derrubar o tabuleiro do jogo democrático e republicano" e, insatisfeito com o resultado do julgamento de Daniel Silveira, "resolveu portar-se como uma instância revisora de decisões judiciais".


"Ao invés de se preocupar em combater os deletérios efeitos da inflação, das emergências sanitárias e do desemprego, [Bolsonaro] preocupa-se em fazer uma falsa defesa de o que é, tão somente para si, liberdade de expressão, a pretexto de ir ao encontro de uma suposta comoção social com um julgamento praticamente unânime do mais alto tribunal do país", escreveu o partido na ação.


Resposta do governo ao STF

Relatora da ação apresentada pela oposição, a ministra Rosa Weber mandou o governo dar informações sobre o perdão, e a Advocacia Geral da União (AGU) enviou uma manifestação na qual disse que o perdão é constitucional e não gera crise entre os poderes Executivo e Judiciário.


"Tendo em vista que o decreto presidencial de 21 de abril de 2022 observou todos os parâmetros que lhe foram impostos pelo poder constituinte originário, não tratando de crimes vedados pela Constituição, entende-se que tal ato não padece de inconstitucionalidade, não havendo qualquer violação a direito fundamental", argumentou a AGU.



"O indulto é uma ferramenta que se amoldada ao modelo de freios e contrapesos [...]. Sua concessão, por conseguinte, não revela crise entre os poderes, mas mera oposição tipicamente constitucional", acrescentou o órgão.


Fonte: g1

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