terça-feira, março 23, 2021

BISPO DE MOSSORÓ, DOM MARIANO MANZANA SE VACINA CONTRA COVID-19. EM VÍDEO FAZ APELO A POPULAÇÃO.

O Bispo da Diocese de Mossoró , Dom Mariano Manzana se vacinou nesta terça feira 23 de março de 2021, a pós ser imunizado com a primeira dose de vacina, fez apelo aos fiéis em geral, para que não deixem de se vacinarem. Veja o vídeo



Fonte: Passando na Hora

Leia Mais ››

RN tem 186.841 casos confirmados e 4.209 mortes por Covid-19



O Rio Grande do Norte registrou 186.841 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. A doença vitimou 4.209 pessoas no estado. Outros 901 óbitos estão sob investigação. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta terça-feira (23).


Em relação ao boletim de segunda-feira (22), são 41 mortes a mais, sendo 12 ocorridas nas últimas 24 horas em Natal (5), Parnamirim (2), Assú (1), Santa Maria (1), São José do Campestre (1), São Tomé (1) e Cabedelo-PB (1).


O número de internados por causa da Covid no estado subiu e chegou a 1.102.

São 661 pacientes na rede pública e 441 na privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 92,3% na rede pública e continua em 100% na rede privada. Só nos leitos críticos, os internados são 598.


O RN tem ainda 65.157 casos suspeitos da doença e outros 397.629 descartados. O número de confirmados recuperados segue em 138.506, e o de inconclusivos, tratados como "Síndrome Gripal não especificada", está em 112.950.


O boletim da Sesap aponta ainda que 428.548 testes de Covid-19 foram realizados no estado até o momento, sendo 229.122 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 199.426 sorológicos.



Números do coronavírus no RN

186.841 casos confirmados

4.209 mortes

65.157 casos suspeitos

397.629 casos descartados

138.506 confirmados recuperados


Fonte: G1

Leia Mais ››

32 municípios do RN registram mais casos de Covid-19 em 2021 do que em todo o ano de 2020; veja lista

O Rio Grande do Norte tem 32 municípios que registraram mais casos de Covid-19 nos primeiros três meses de 2021 do que em todo o ano de 2020 (veja a tabela completa mais abaixo). Os dados foram comparados através do boletim epidemiológico diário da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).


Pedra Preta, município do RN, teve o maior aumento proporcional — Foto: Divulgação/Site da Prefeitura de Pedra Preta


O maior aumento proporcional foi o do município de Pedra Preta, que teve um crescimento de 431% no número de casos. Em todo 2020, o município só havia registrado 16 casos confirmados de Covid-19. Até o dia 22 de março deste ano, foram 69. O município tem um óbito confirmado pela doença.


Aumento também relevante foi registrado no município de Tenente Laurentino Cruz, que teve 328% a mais de casos em 2021 do que em todo o ano passado, quando registrou 89 casos. Nesses primeiros três meses, foram 292.


Outros dois municípios tiveram aumento superior a 200%. Parelhas, que havia confirmado 274 casos de Covid-19 até dezembro de 2020, já registrou até março de 2021, 661 - o crescimento foi de 223%. Carnaúba do Dantas tinha 117 casos até o fim de 2020 e somou mais 325 neste ano, um crescimento de 278%.


Entre os municípios que mais registraram aumento de casos também está João Câmara, localizada na Região do Mato Grande. Desde o mês passado que o município havia decretado medidas de isolamento social rígido em função do aumento de casos e mortes pela Covid-19, além da pressão por leitos críticos no hospital da cidade.



Os dados da Sesap apontam que em três meses em 2021 a cidade teve 1.115 casos confirmados contra 623 em todo 2020. O aumento foi de 185%.


Na Grande Natal, o município de Extremoz teve aumento de 126%. Em 2021, foram 1.068 casos contra 847 durante todo o ano de 2020.


Casos de Covid-19 nos municípios

Casos até dezembro de 2020Casos de janeiro a março de 2021Casos totalAumento (%)
Pedra Preta166985431%
Tenente Laurentino Cruz89292381328%
Carnaúba dos Dantas117325442278%
Parelhas274611885223%
Jardim do Seridó3707181088194%
João Câmara6231.1511.774185%
Serrinha dos Pintos123224347182%
Serrinha55100155182%
Lagoa Nova154275429179%
Almino Afonso91155246170%
Alexandria340576916169%
Antônio Martins85143228168%
Ipueira5693149166%
Jardim de Angicos243963163%
Ouro Branco120195315163%
Coronel João Pessoa4976125155%
Jundiá140210350150%
São Vicente167235402141%
Equador5779136139%
Florânia267349616131%
Extremoz8471.0681.915126%
Pureza133165298124%
Viçosa108133241123%
Acari275325600118%
Paraná148169317114%
Lucrécia120135255113%
Marcelino Vieira219244463111%
Senador Georgino Avelino5459113109%
Angicos188205393109%
Portalegre162174336107%
Rafael Godeiro161171332106%
Luís Gomes157166323106%


Agravamento da pandemia

O crescimento dos casos nos municípios vai ao encontro do que os especialistas e autoridades têm alertado há algumas semanas: o estado passa, neste momento, pelo seu pior momento da pandemia desde o início, cenário também da maioria das federações do país.


O aumento de casos tem refletido principalmente no aumento de internações. Atualmente o estado tem o maior número de pacientes com Covid-19 internados desde o início da pandemia: 1.072.


Isso tem feito com que haja uma pressão nos leitos críticos. Segundo o Regula RN, o estado atualmente está com mais de 93% de ocupação das UTIs. A fila por um leito, no entanto, tem mais de 128 pessoas.


No fim de fevereiro, a UFRN também confirmou a circulação das variantes P1 (provavelmente oriunda do Amazonas) e P2 (detectada no Rio de Janeiro pela primeira vez) no Rio Grande do Norte desde pelo menos dezembro. A universidade alertou naquele momento que as variantes poderiam estar associadas a uma maior dispersão da doença.



Estudos têm apontado que a P1 é uma variante considerada mais transmissível e capaz de driblar o sistema imune, o que facilita a disseminação e o contágio pelo vírus.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Ministério reduz em quase 10 milhões o total de doses de vacinas contra Covid-19 previstas para abril

O Ministério da Saúde reduziu a previsão de vacinas contra a Covid-19 que serão entregues pelos fabricantes no próximo mês, de acordo com novo cronograma disponível na plataforma "Localiza SUS".


Um frasco da vacina Pfizer/BioNTech contra a Covid-19, em uma foto de janeiro de 2021. — Foto: Francois Mori/AP/Arquivo


O governo previa na versão anterior do documento, de 15 de março, que seriam repassadas 57.179.258 doses até 30 de abril. Agora, em arquivo de 19 de março, a previsão caiu para 47.329.258.


Com a mudança, o ministério indica que o Brasil receberá 9,85 milhões de doses a menos no próximo mês.


O que muda na previsão:


Retirada da previsão de 1 milhão de doses da Pfizer para até 30 de abril

Redução de 8,85 milhões de doses da vacina de Oxford produzidas

O governo continuou com a previsão total de entrega de 38.097.600 para março, com prazo até a quarta-feira (31), daqui a uma semana. Entre essas doses, 8 milhões são da vacina da Bharat Biotech, a Covaxin, que ainda não apresentou pedido de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O prazo está bastante apertado, já que a reguladora exige 10 dias para a avaliação dos documentos.


Para maio, o novo cronograma também apresenta uma redução de 690 mil doses. Enquanto a previsão de entrega feita pela Fiocruz passa de 25 milhões para 26.810.000 - 1.810.000 doses a mais -, as 2,5 milhões de doses previstas para a Pfizer foram retiradas e não estão mais datadas.


Aliás, no novo documento, a vacina da farmacêutica americana não tem um mês específico para a entrega: são 13.518.180 para o primeiro semestre e, no segundo, mais 86.482.890. Outro imunizante dos Estados Unidos, o da Moderna, ainda consta como "em tratativas". Se o acordo for fechado, segundo o ministério, o país terá mais 13 milhões de doses até dezembro de 2021.


Vacinação lenta

O governo federal anunciou que fechou acordos para a distribuição das vacinas AstraZeneca/Oxford, CoronaVac, Covaxin, Sputnik, Pfizer e Johnson & Johnson. No entanto, até o momento, o país distribuiu quase 30 milhões de doses apenas das duas primeiras, sendo que Covaxin e Sputnik não foram sequer aprovadas pela Anvisa.


Entre essas doses enviadas aos estados, foram aplicadas 14,9 milhões. De acordo com o próprio Localiza SUS, do Ministério da Saúde, pouco mais de 11,3 milhões de brasileiros receberam a primeira dose e 3,7 milhões as duas aplicações dos imunizantes.


Segundo especialistas, o ritmo é baixo. Em comparação com outros países, por exemplo, o Brasil está muito atrás na taxa de pessoas vacinadas por 100 mil habitantes. O índice do país é de 6,64, atrás do Chile (45,65), Estados Unidos (37,83), Reino Unido (44,69), Uruguai (9,91) e Argentina (6,95), entre outros.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Mercedes-Benz suspende produção no Brasil por agravamento da pandemia

A Mercedes-Benz do Brasil vai suspender a produção em suas fábricas no país por conta do agravamento da pandemia do coronavírus. A paralisação atinge as fábricas de veículos comerciais de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG).


Fábrica da Mercedes-Benz em Juiz de Fora, Minas Gerais. — Foto: Divulgação


A priori, a motadora para suas máquinas do dia 26 de março até 5 de abril. Dali em diante, dará férias coletivas para grupos alternados de funcionários, para reduzir a circulação dentro das plantas fabris.


Os funcionários da área administrativa da Mercedes-Benz não serão afetados, pois estão em regime de trabalho remoto. De acordo com a empresa, as concessionárias e oficinas permanecem em funcionamento normal, seguindo medidas preventivas contra a Covid-19.


"O nosso intuito, alinhado com o Sindicato dos Metalúrgicos, é contribuir com a redução de circulação de pessoas neste momento crítico no país, administrar a dificuldade de abastecimento de peças e componentes na cadeia de suprimentos, além de atender a antecipação de feriados por parte das autoridades municipais", diz comunicado da Mercedes-Benz.

Volkswagen


A Volkswagen anunciou no dia 19 que também suspenderia a produção de veículos no Brasil pelo agravamento da pandemia da Covid-19, entre os dias 24 de março e 4 de abril.


A paralisação atinge as quatro fábricas da marca no país: São Bernardo do Campo (SP), que produz os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro, Taubaté (SP), que faz Up, Gol e Voyage, São Carlos (SP), responsável pela produção de motores, e São José dos Pinhais (PR), de onde saem Fox e T-Cross.


De acordo com a marca, a decisão foi tomada diante do crescimento do número de casos da pandemia e da taxa de ocupação dos leitos de UTI no país. No caso da Volkswagen, serão mantidas atividades essenciais nas fábricas e os funcionários das áreas administrativas atuarão em home office.


Produção de veículos na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) — Foto: Divulgação/Volkswagen


Sindicato apoia paralisação

Na ocasião da decisão da Volkswagen, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC já pedia paralisação das fábricas da região. A entidade reforçou segue em contato com as outras montadoras, como Toyota e Scania, reivindicando a suspensão das atividades.


O presidente do Sindicato, Wagner Santana, disse à época que ainda não houve acordo com todas as empresas, mas que a entidade "vai orientar seus associados a abrir negociação com os sindicatos responsáveis por cada planta produtiva, para discutir a situação e a possibilidade de parada, caso a caso".



Também em nota, a Anfavea, associação das fabricantes, disse que acompanha "com muita atenção essa nova fase da pandemia" e que a decisão de paralisações espontâneas está a cargo de cada fabricante, em diálogo com os sindicatos.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Mulher que aparece em lista de vacinados contra a Covid-19 diz não ter tomado imunizante em Manaus

A dona de casa Antônia Fernandes, de 58 anos, tomou um susto nessa segunda-feira (22) ao procurar seu nome no site de imunização contra a Covid-19, da Prefeitura de Manaus. Segundo o portal, a mulher já foi vacinada e está com a aplicação da segunda dose marcada para abril. No entanto, ela afirmou que nunca tomou o imunizante e não faz parte do grupo que está recebendo a vacina no momento.


Ao G1, o marido dela, Antônio Fernandes, de 63 anos, contou que entrou no site para ver quando seria o dia em que ele iria receber a segunda dose. Em seguida, falou para mulher que queria ver se a data de vacinação dela já estava disponível e com isso iria cadastrá-la. Foi quando ele colocou o CPF dela e verificou que, no sistema, constava como se a esposa já estivesse sido vacinada.


Mensagem no aplicativo indica que ela já teria tomado a primeira dose — Foto: Matheus Castro/G1


"Eu falei: vou logo ver no site, vou logo cadastrar ela, mas quando eu cheguei lá para cadastrar, já estava era vacinada e estava marcada a data da segunda dose. Fiz um Boletim de Ocorrência e espero que não dê nenhum problema no dia em que ela realmente for se vacinar. Vim aqui na secretaria de saúde e me disseram que esse site vai ser atualizado. Mas eu não sei como conseguiram o CPF dela", explicou.


O casal registrou um boletim de ocorrência no 11º Distrito Integral de Polícia (DIP) de Manaus. Lá, a mulher prestou depoimento e apresentou uma foto do sistema no qual aparece o erro. Segundo o delegado Antônio Rondom, a partir do registro da ocorrência, a Polícia Civil vai oficiar a Secretaria Municipal de Saúde para entender o que aconteceu.


"Registramos a ocorrência de falsa identidade, vamos oficiar a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para pegar os dados, a lista que comprova quem foi vacinado com o CPF da dona Antônia e, mais do que isso, entender o que aconteceu já que sequer tem a idade para receber a vacina. Ela tem 58 anos. A pessoa que se passou por ela conseguiu inclusive se encaixar num grupo prioritário".


De acordo com o delegado, quem se passou pela mulher pode responder pelo crime de falsidade ideológica.


Casal procurou a Ouvidoria da Semsa para denunciar o caso. — Foto: Matheus Castro/G1


À Rede Amazônica, a ouvidoria da Semsa afirmou que o órgão abrirá uma investigação junto à equipe técnica da secretaria para apurar o que causou o erro no sistema de vacinação. O G1 questionou a mesma sobre como será a investigação e aguarda resposta.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Confederação Nacional de Municípios pede que Bolsonaro assuma coordenação no enfrentamento à Covid-19

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) publicou, nesta terça-feira (23), uma "Carta aberta ao presidente da República" onde pede que Jair Bolsonaro (sem partido) "assuma de uma vez por todas o papel constitucional de coordenação nacional no enfrentamento da Covid-19 no país, promovendo o alinhamento entre as esferas de governo e de poder". Conforme o órgão, que representa os municípios brasileiros, é preciso promover o alinhamento entre as esferas de governo e de poder.


UTI lotada no Hospital de Clínicas, de Porto Alegre. — Foto: Divulgação/Silvio Avila


Os prefeitos também chamam a atenção para o fato de o Brasil enfrentar "o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história, tornando-se epicentro mundial da pandemia". Os municípios dizem ainda que "é hora de focar no presente, produzir resposta efetiva, colocar a evidência científica como norte e despolitizar a pandemia, superando divergências e priorizando a defesa da vida para estancar as milhares de mortes e aplacar o sofrimento das famílias brasileiras".


"Não cabe transferência de responsabilidades neste momento dramático", diz a Confederação Nacional de Municípios.


Os prefeitos falam dos "resultados trágicos cuja dimensão social e econômica ainda é incalculável" da pandemia. Eles defendem o envolvimento do presidente Bolsonaro na defesa de medidas como:


Vacinação

Distanciamento social

Uso de máscaras e álcool gel

Importação de neurobloqueadores e oxigênio

Operação logística nacional para monitoramento e remanejamento de insumos no país

"Esse alinhamento é o único caminho para frear o crescimento geométrico de casos diante de um sistema de saúde colapsado, com esgotamento estrutural e pessoal", diz o texto.


Segundo a Confederação Nacional de Municípios, "uma nação não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados ou tendo que suportar dores indescritíveis decorrentes de intubação sem anestesia". Para os prefeitos, "o Brasil está em guerra contra o vírus e, na guerra, todos têm responsabilidades. A União precisa reorientar as plantas produtivas à disposição no país e, mais do que nunca, mobilizar a diplomacia internacional a fim de garantir as condições necessárias, para responder a esta batalha".


Fonte: G1

Leia Mais ››

Governo indica bloqueio de R$ 17,5 bilhões no Orçamento 2021 para cumprir teto; economistas veem risco a serviços públicos

Fazendo upload: 844277 de 844277 bytes.


O governo federal sinalizou que pode ter que bloquear R$ 17,5 bilhões em despesas não obrigatórias dos ministérios, até o fim desse ano, para cumprir a regra do teto de gastos. O cálculo consta no relatório de receitas e despesas de março do orçamento de 2021, divulgado pelo Ministério da Economia no fim da tarde desta segunda-feira (22),


Os gastos não obrigatórios, ou "discricionários", são aqueles sobre os quais o governo tem poder de decisão. Representam uma pequena parte do orçamento dos ministérios, englobando despesas em saúde, educação, investimentos federais e gastos de custeio, como contas de água e luz.


O restante das despesas (quase 95% do total) é obrigatório — custos previdenciários, gastos com salários de servidores e com benefícios sociais, entre outros.


A regra do teto de gastos, que forçará o governo a cortar despesas, foi promulgada pelo Congresso no fim de 2016. A norma prevê que o aumento do gasto público não pode superar a inflação do ano anterior e tem o objetivo de reequilibrar as contas federais.


O aviso do governo

No relatório de receitas e despesas divulgado nesta semana, o governo informou que os cálculos visam nortear as ações orçamentárias do governo para o atingimento da meta de déficit primário, fixada em R$ 247,1 bilhões para este ano.


A União acrescenta que, como o orçamento ainda não foi aprovado, o relatório "tem fins apenas informacionais, de transparência e prudência".


O teto de gastos está na Constituição Federal e, por isso, é de cumprimento obrigatório. O bloqueio de R$ 17,5 bilhões será feito ao longo do ano porque as despesas obrigatórias – principalmente as previdenciárias – estão crescendo acima da inflação. Assim, os gastos livres do governo estão sendo comprimidos.


Limite baixo para gastos

De acordo com os números do Ministério da Economia, as despesas discricionárias (não obrigatórias) cairão para R$ 94,778 bilhões em 2021. Será o menor valor desde 2008, quando se inicia a série histórica da Secretaria do Tesouro Nacional.


Se retiradas as emendas dos parlamentares, de R$ 16,3 bilhões em 2021, o valor estimado para os gastos livres do governo fica menor ainda neste ano, em cerca de R$ 78,47 bilhões.


Economistas apontam riscos

De acordo com o economista e pesquisador Manoel Pires, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, sempre que os gastos discricionários ficaram próximo de R$ 100 bilhões, o governo teve que mudar a meta de resultado primário, elevando-a para poder gastar mais. Ele lembrou, porém, que, com a vigência do teto de gastos, o limite não pode ser alterado.


Para Raul Velloso, especialista em contas públicas, a contenção de despesas neste ano tende afetar serviços públicos, e principalmente, investimentos em infraestrutura do governo federal.


"Em uma hora como essas em que estamos vivendo [com a pandemia], o gasto público em investimento é fundamental para reacender a economia, para sair do buraco em que estamos metidos. Em geral, essa regra do teto é um erro e, no momento atual, é mais errada ainda", declarou.


Em agosto do ano passado, a Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado Federal, já avaliava que o aumento dos gastos obrigatórios, no cenário de manutenção do teto de gastos, ameaça comprometer parte dos serviços públicos em 2021.


O próprio Ministério da Economia admitiu, em dezembro, que o teto de gastos tenderia a "precarizar gradualmente a oferta de bens e serviços públicos e a pressionar, ou, até mesmo, eliminar investimentos importantes".


Entre gastos não obrigatórios que podem ser afetados em 2021, estão:


investimentos públicos em infraestrutura;

ações de defesa agropecuária;

bolsas do CNPq;

concessão de bolsas de estudo (Capes);

Pronatec;

emissão de passaportes;

programa Farmácia Popular;

fiscalização ambiental (Ibama);

bolsas para atletas;

aquisição e distribuição de alimentos para agricultura familiar;

despesas administrativas do governo (água, energia elétrica e serviços terceirizados).

Espaço maior para gastos extraordinários

Apesar da queda nos gastos discricionários previstos pra este ano, o relatório de receitas e despesas também informou que a melhora identificada na arrecadação federal no primeiro bimestre de 2021 poderia espaço de R$ 20,879 bilhões para novas despesas correntes — se não fosse a regra do teto.


Se o governo julgar necessário, há uma "brecha" na regra do teto. Esses valores podem ser alocados para gastos por meio de créditos extraordinários. Créditos desse tipo não estão sujeitos ao teto, mas precisam ser aprovados pelo Congresso e têm regras específicas.


Fonte: G1

Leia Mais ››