quarta-feira, março 02, 2022

Novo leilão de petróleo e gás oferta 179 blocos exploratórios para concessão no RN

O Rio Grande do Norte é o estado com o maior número de blocos exploratórios de petróleo e gás para concessão no 3º ciclo da oferta permanente da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O leilão acontece no dia 13 de abril.


Fazendo upload: 602204 de 602204 bytes.
Refinaria Clara Camarão, em Guamaré, RN — Foto: Igor Jácome/G1


Ao todo, são 179 blocos na Bacia Potiguar que circundam campos de produção, atualmente sob comando da PetroRecôncavo e da 3R Petroleum - as duas empresas estão inscritas no leilão.


Em todo o Brasil serão 347 blocos terrestres oferecidos e 32, no mar, totalizando 379 concessões.


Além da Bacia Potiguar, há ofertas para terra no Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano. No mar, serão ofertados blocos em Santos e Pelotas, em dois setores em águas profundas.


Esse é o único leilão de áreas exploratórias programado inicialmente para 2022. Existem atualmente 79 empresas inscritas no leilão e elas tem até o dia 14 de março para apresentar garantias de ofertas adicionais.


Os contratos com as empresas vencedoras devem ser assinados no fim de outubro, segundo o cronograma.


Petrobras vende ativos no RN

A Petrobras concluiu no fim de janeiro a venda dos últimos ativos no Rio Grande do Norte. Foi negociada toda a participação da Petrobras em um conjunto de 22 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, junto com sua infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.


Toda a estrutura, incluindo a Refinaria Clara Camarão, foi denominada de Polo Potiguar, e foi comprada pela empresa 3R Potiguar S.A., subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A. O valor negociado foi de US$ 1,38 bilhão.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Jogador potiguar que conseguiu fugir da Ucrânia começa viagem para o Brasil e família comemora: 'Coração mais tranquilo'

O jogador brasileiro Edson Fernando, de 23 anos, que conseguiu fugir da Ucrânia na última segunda-feira (28), após atravessar a fronteira do país com a Hungria, saiu de Budapeste e começou a viagem de avião com destino a Natal nesta quarta-feira (2). A família espera a chegada do potiguar na manhã da quinta-feira (3).


Edson Fernando relata saída da Ucrânia — Foto: Reprodução


"É uma ansiedade que cada minuto que passa só aumenta, a gente não vê a hora de ele chegar aqui para matar toda saudade e descansar o coração. A gente passou cinco dias de angústia, que a gente nunca esperou passar", afirmou a esposa do jogador, Ysadora de Abreu.


Segundo a mãe do jogador, Tarciane Pinheiro, a família já está mais aliviada, desde que Edson conseguiu fugir da guerra na Ucrânia com ajuda de voluntários brasileiros, mas a ansiedade para abraçar o filho ainda é grande.


"O coração está mais tranquilo. Me desesperei muito, nunca pensei em passar por um aperreio daquele pelo que passei, mas graças a Deus agora é só esperar para abraçar meu filho. Tem muito a agradecer a Deus e a esses voluntários que estavam lá. Nenhuma mãe deve passar pelo que passei, sei que tem muitas ainda, mas se Deus quiser elas vão conseguir essa vitória".


Da capital da Hungria, Budapeste, Edson pegou um voo na manhã desta quarta (2) com destino à Alemanhã, para, de lá, embarcar em um voo para Guarulhos, em São Paulo. Após a chegada ao Brasil, ele vai pegar outro avião até Natal. A estimativa é de que ele chegue ao Rio Grande do Norte por volta das 11h da quinta-feira (3).


"Não vejo a hora de abraçar meu filho. Vai ser uma noite que vai demorar muito para passar, porque a gente não vai conseguir dormir", relatou Tarciane.


O início da invasão russa à Ucrânia no dia 24 de fevereiro mudou completamente os planos do jogador natalense Edson Fernando, de 23 anos, contratado recentemente pelo time de futebol ucraniano Rukh Lviv. Ele treinava no país e participava de jogos amistosos para estrear oficialmente pelo clube na última segunda-feira (28), mas o campeonato nacional foi suspenso após o início da guerra.


Edson estava na cidade de Lviv, que fica perto da Polônia, e resolveu partir com colegas de clube para a fronteira para tentar deixar a Ucrânia. Parte do percurso foi feito a pé. Apesar disso, o jogador passou cerca de quatro dias na fronteira, sem conseguir atravessá-la. Até que, junto com o colega de clube e a namorada dele, foi resgatado por uma brasileira que entrou na Ucrânia para tentar ajudá-los. Eles conseguiram sair da Ucrânia pela Hungria na última segunda-feira (28).


Fonte: g1

Leia Mais ››

Solicitações de leitos de UTI para Covid caem 85% em um mês e RN registra menor média desde maio de 2020

A média de solicitações diárias de leito de UTI para pacientes com casos graves de Covid-19 caiu 85% entre os dias 28 de janeiro e 28 de fevereiro no Rio Grande do Norte.


Leitos críticos UTI Covid-19 na Grande Natal — Foto: Sandro Menezes


Dessa forma, o estado começou o mês de março de 2022 com a menor quantidade de solicitações diárias de leito desde maio de 2020, no início da pandemia.


Na manhã desta quarta-feira (2), o estado registrava média móvel de 9 pedidos de internação por dia - o dado leva em conta os números de solicitações dos 7 dias anteriores.


O número é o menor registrado desde o dia 5 de maio de 2020, segundo dados do sistema Regula RN, usado na administração dos leitos da rede pública. Ao longo da pandemia, a média chegou a alcançar 133 pedidos por dia, em maio de 2021.


Gráfico mostra redução das solicitações de leitos para Covid-19 no Rio Grande do Norte — Foto: Regula RN


A situação do início de março já é bem diferente em relação ao mês de janeiro de 2022, quando o estado voltou a registrar alta de internações.


Em apenas 24 horas, no dia 28 de janeiro, o estado registrou 96 solicitações de leitos de UTI da rede pública para pacientes com Covid-19. A média móvel era de 82 pedidos por dia. O estado vivia mais uma onda de alta de casos da doença - não registrava um número tão alto de pedidos desde junho de 2021.


Porém, o número de solicitações caiu ao longo do mês de fevereiro e, no último dia 28, foram apenas 8 solicitações (com média móvel de 12).



Por volta das 10h40 desta quarta-feira (2), o estado registrava uma taxa de ocupação de 31% dos leitos e havia apenas um paciente à espera de uma UTI. Ao todo, havia 54 pacientes internados com a Covid-19 no estado, 11 internados em leitos com outras doenças respiratórias como gripe, e 107 leitos disponíveis para novos pacientes.


A redução das internações é reflexo da redução de casos da doença no Rio Grande do Norte. Entre a primeira quinzena e a segunda quinzena de fevereiro, o estado registrou uma redução de 37% no número de notificações de testes positivos para a Covid-19.


Cerca de 79% do público potiguar tomou as duas doses da vacina contra Covid-19. Ao falar sobre a redução de casos da doença no estado, o médico epidemiologista Ion Andrade atribuiu o momento a alguns fatores.


"Como toda pandemia, ela nunca fica em definitivo, vai ter um momento em que ela declina e acho que esse declínio está relacionado com as boas coberturas vacinais e com os cuidados que as pessoas vêm tomando. Além do fato de que a própria explosão de casos em decorrência da ômicron também produz uma imunidade natural que é capaz de ajudar frear o ímpeto dessa variante", disse à Inter TV Cabugi.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Casos de Covid caem 37% entre a primeira e a segunda quinzena de fevereiro no RN

Fevereiro de 2022 começou com filas para teste de Covid-19 e alta demanda por atendimento médico, além de crescimento nos percentuais de internações no Rio Grande do Norte - tendência percebida desde janeiro. Mas o mês acabou na última segunda-feira (28) registrando baixa de casos da doença.


Teste Covid covid-19 em Natal, RN — Foto: Ascom/IMD/UFRN


O momento crítico, que foi considerado a terceira onda da pandemia, é seguido por uma tendência de queda, de acordo com o registro oficial de casos, internações e mortes.


No início do mês, o estado tinha 197 pessoas internadas em UTIs privadas e públicas, por causa da Covid-19. No dia 25 de fevereiro, na última sexta-feira, esse número havia diminuído para 95 internações.


Os números refletem a queda de 37% no registro dos casos de Covid. Na primeira quinzena do mês, foram cerca de 31,9 mil casos registrados da doença. Na segunda quinzena, o número caiu para aproximadamente 19,8 mil.


O relatórios também apontam queda no número de mortes ao longo do mês. Durante a primeira quinzena, os boletins oficiais da Secretaria Estadual de Saúde apontaram registro de 209 mortes pela doença no estado. No segundo período do mês, foram 136.


Para o médico epidemiologista Ion Andrade há fatores que podem explicar a redução de casos.


"Como toda pandemia, ela nunca fica em definitivo, vai ter um momento em que ela declina e acho que esse declínio está relacionado com as boas coberturas vacinais e com os cuidados que as pessoas vêm tomando. Além do fato de que a própria explosão de casos em decorrência da ômicron também produz uma imunidade natural que é capaz de ajudar frear o ímpeto dessa variante", considerou.


O questionamento agora é se a queda seguirá pelos próximos meses e se vai representar um período mais confortável da pandemia no estado, como foi observado na segunda metade do segundo semestre de 2021. Para o epidemiologista, ainda é cedo para afirmações sobre controle de casos.


"Se nós tivermos, nos próximos meses - março, abril e maio - com a continuidade desse declínio, ai sim nós poderemos cogitar a hipótese de que a epidemia possa ter ficado para trás em decorrência da imunidade natural produzida pela variante ômicron e sobretudo em decorrência da vacinação", pontuou.


A orientação de especialistas para que a diminuição se mantenha é a de manutenção das medidas sanitárias como o uso de máscaras e o avanço da vacinação.


"A situação que a gente vive agora é uma diminuição dessa onda da ômicron no mundo todo, mas a gente tem um vírus respiratório circulando. Então a vacinação é extremamente importante, que as pessoas busquem os postos de vacinação porque os países que estão começando a liberar as medidas restritivas são os que estão mais avançados na vacinação. Um exemplo é a Dinamarca", disse a imunologista Janeusa Souto, da UFRN.


Segundo dados do RN Mais Vacina, mais de 2,8 milhões de potiguares já tomaram a primeira dose da vacina contra Covid-19. O número representa cerca de 91% da população apta a tomar a vacina. No entanto, quando se trata da segunda dose, o percentual cai para 79%. E na terceira dose, para 36%.


Dados da pandemia da Covid-19 em fevereiro no RN

Casos confirmados

- Primeira quinzena: 31.943 casos

- Segunda Quinzena: 19.863 casos

- Redução: 37,8%

Mortes pela doença

- Primeira quinzena: 209 mortes registradas

- Segunda quinzena: 139 mortes registradas

- Redução: 33,4%


Fonte: g1

Leia Mais ››

Safra do melão no RN ultrapassa 300 mil toneladas e tem faturamento 15% maior que em 2021

A colheita de melão para exportação está chegando na reta final no Rio Grande do Norte. Nesta safra, foram produzidas mais de 300 mil toneladas da fruta.


Safra do melão no RN ultrapassa 300 mil toneladas e tem faturamento 15% maior que em 2021 — Foto: Inter TV Costa Branca


Os últimos sete meses foram de trabalho intenso para Alan Abrantes na colheita do melão em fazenda em Tibau, na região Oeste. Com a safra da fruta chegando ao fim, o operador de colheitadeira deve voltar pra casa, na cidade de Alexandria. Já são oito anos trabalhando durante as safras da fruta.


"Agora é esperar a próxima safra e retornar de novo, se Deus quiser", espera Alan Abrantes, operador de máquina.



A colheita da safra 2021/2022 do melão deve durar até a primeira quinzena do mês de março. Segundo o Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex), o estado deve produzir cerca de 330 mil toneladas de melão, a mesma quantidade da safra anterior.


"Levando em consideração os lockdowns nos países que importam nossa fruta, a retração do consumo de frutas, do melão, nesse momento, então a gente considera que essa área plantada poderia até ter sido menor para não sobre ofertar o mercado consumidor", comentou Fábio Queiroga, presidente do Coex.


O faturamento da safra deve chegar aos 250 milhões de dólares, um aumento de 15% com relação ao período anterior. Mas o preço dos insumos, como os fertilizantes e o plástico, e as incertezas causadas pela pandemia da covid-19, fizeram o custo de produção crescer mais da metade.


Apesar dos desafios, a fazenda responsável por mais de 90% do melão exportado do RN vai conseguir entregar todos os pedidos. Inglaterra, Holanda e Oriente Médio são os principais compradores.


Houve um incremento de 60 mil toneladas da fruta destinadas à Holanda e Inglaterra — Foto: Inter TV Costa Branca


“Consideramos um fato positivo porque conseguimos atender todos os pedidos feitos pelos clientes. O receio que a gente tinha era que por 2021 não ter chovido na região, choveu 300 milímetros e a gente teve o receio de não fazer o mesmo trabalho por motivos de pragas e doenças, mas conseguimos controlar tudo que foi possível”, explica Valmir Lins, gerente operacional da empresa.


Na fazenda, mesmo com o fim da safra, a colheita do melão vai seguir o ano inteiro, isso porque os compradores europeus decidiram continuar comprando o melão do Rio Grande do Norte no período da entressafra.


"Eles deram preferência à fruta da gente. Na América Central eles já estão produzindo, começam em janeiro, mas, como durante a safra a fruta da gente foi de muita qualidade, eles estão querendo que a gente continue produzindo para fechar os pedidos deles", contou Valmir.


Houve um incremento de 60 mil toneladas da fruta destinadas à Holanda e Inglaterra. Bom para o encarregado de colheita, Givanildo Gomes. Ele já recebeu a notícia que vai continuar trabalhando na fazenda no período da entressafra.


"Achei ótimo. Vou ficar mais um tempo empregado também e ajuda o apoio da empresa nesse momento", comemorou.


As negociações para a próxima safra já começaram. "As primeiras tratativas estão sendo feitas neste instante com a cadeia de importação do mercado europeu, como também as companhias marítimas, sempre observando o mercado para fazer os ajustes necessários", afirma o presidente do Coex.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Com pandemia, aluno do ensino médio de SP tem pior desempenho da história; estudante sai com defasagem de seis anos

Os alunos do ensino médio tiveram o pior desempenho da história em 2021, de acordo com os resultados do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) divulgado nesta quarta-feira (2) pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP).


Aluno participa de aplicação da prova do Saresp em escola estadual de São Paulo. — Foto: Secom/GESP


96,6% dos alunos da rede estadual terminaram a escola com desempenho abaixo do adequado em matemática. A nota média de proficiência em matemática desse ciclo foi de 264,2, número abaixo dos 269,2 de 2010, quando se iniciou a série histórica. Em relação a 2019, a variação foi de -4,48%, a maior queda da série.


Na prática, o aluno da 3ª série do ensino médio saiu da escola com proficiência de matemática adequada a de um estudante do 7º ano do ensino fundamental, uma defasagem de quase seis anos. A média de conhecimento na matéria foi de 264 pontos, uma queda de 13 pontos em relação ao resultado de 2019 (277).


Já em língua portuguesa, o aluno do 3º ano do ensino médio saiu da escola com proficiência adequada ao estudante do 8º ano do ensino fundamental. Quatro em cada 10 estudantes apresentaram conhecimentos “abaixo do básico”.


Nessa matéria, 76% foram avaliados com conhecimentos abaixo do adequado em 2021. Um crescimento de 8,6 pontos percentuais em relação a 2019, quando 67,4% dos alunos receberam a mesma avaliação. A média de proficiência na disciplina foi de 263, queda de 12 pontos em relação a 2019 (275), e também a pior da série histórica.


As provas foram aplicadas em dezembro de 2021 para mais de 642 mil alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio da rede estadual. Houve queda no aprendizado em todos os ciclos avaliados em comparação à última prova realizada em 2019 e na série histórica.


O próprio secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares, admitiu que o ensino que "já era ruim, ficou pior".


"Aquilo que já era ruim ficou pior. Estou usando uma frase que já foi muito publicizada para dizer que o ensino médio já estava no fundo do poço e a pandemia mostrou que podia piorar".

O secretário falou que não tem previsão do tempo necessário para os alunos recuperarem a defasagem. "É difícil afirmar com clareza o tempo de recuperação da aprendizagem dos alunos que a gente perdeu. Se a gente olhar os fatores históricos, a gente retroagiu a 2012", disse.


"Para voltar ao mesmo estágio de 2019, seriam 7 anos se a gente voltar a crescer no mesmo ritmo e velocidade. Mas é difícil aplicar porque ainda estamos num momento fora da curva apesar de estarmos com os alunos dentro da escola. Acreditamos que podemos ter uma recuperação mais rápida da base da pirâmide. Como os que mais perderam foram os do quinto ano, que são menos autônomos, a recuperação deles deve ser muito mais rápida. Acho que estado e municípios terão de fazer esforço grande para voltarmos ao patamar de 2019", completou.


O secretário de Educação do estado de São Paulo, Rossieli Soares, durante coletiva de imprensa nesta quarta (2). — Foto: Bárbara Muniz/g1


"A primeira solução que eu defendo de recuperação é voltar para a sala de aula e ficar em sala de aula com os alunos. Não pode ser o carnaval a prioridade do nosso país, tem de ser escola presencial, que é o principal lugar", afirmou Soares.


Soares afirmou que outros fatores também podem ter atrapalhado a aprendizagem dos alunos.


"Difícil afirmar que não houve outros fatores, alguns são não ter escola presencial e preparação para a prova. Mas o principal é ter aula presencial, o que faz uma falta absurda. Só voltamos presencialmente em novembro."


"Há outros fatores, como por exemplo, o Saresp pela primeira vez não foi considerado para pagamento de bônus e as escolas sabiam disso. A gente não sabe se isso influenciou. As tendências foram semelhantes em todos os estados, mas ainda vamos estudar as exceções."


Para o professor de políticas educacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC) e integrante do grupo Rede Escola Pública e Universidade (Repu), Fernando Cássio, o governo não investiu no ensino à distância.



"É precisa ser lembrado que a Secretaria não viabilizou ensino remoto para os estudantes. É evidente que o quadro piorou, mas já era grave antes. Fica parecendo que a pandemia é vilã, mas os indicadores já eram bem ruins antes e agora estão piores. O que vemos é que havia uma subida lenta dos indicativos, mas agora houve uma queda".

Fernando cita a demora de quase um ano para o governo disponibilizar os chips para os alunos terem acesso à internet e acompanharem as aulas via aplicativo. Além disso, um levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE) concluiu que pelo menos metade dos estudantes não acessou o aplicativo para acompanhar as aulas do ensino à distância. O aplicativo, em alguns casos, não funcionou.


"É evidente que a pandemia tem sua parcela, mas é uma forma fácil da secretaria se eximir da responsabilidade. Eles falam do fechamento das escolas como se isso fosse um fenômeno fora do controle da secretaria. Eles criaram todas as condições de segurança nas escolas? Eles ofereceram todas as possibilidades para os alunos manterem o vínculo com as escolas através das plataformas criadas? Parece que fizeram todo o possível e infelizmente por causa do fechamento das escolas e da pandemia temos esse resultado. É preciso assumir as responsabilidades. Inclusive se o objetivo é mitigar os efeitos da pandemia, é preciso antes de tudo reconhecer os próprios erros."

Soares afirmou que forneceu dados patrocinados aos alunos para acesso ao aplicativo, além de canal no YouTube e na televisão aberta para acompanhamento das aulas. Nesses canais, porém, secretário afirmpu não ser possível aferir a quantidade de acessos.


"Eles também podiam assistir às aulas gravadas dentro do nosso repositório, então alguns assistiam no aplicativo, outros na televisão, outros no Youtube e sabemos que outros não assistiam. As escolas optaram por usar outras plataformas, não foi proibido às escolas de usar outras soluções. É um mix. Não dá para saber o tamanho disso, mas o que sabemos é que o maior canal de educação no Brasil no YouTube é o do Estado."


Recuperação

Dentre medidas para mitigar os danos de alunos que já encerraram a escola, o secretário Rossieli Soares afirma que existe a possibilidade de um "quarto ano", mas que não faria "diferença".


"O terceiro ano do ensino médio talvez seja a geração mais prejudicada de todas. Qual a chance dela de recuperar se estiver em outro processo educacional? Nós temos a possibilidade de fazer um quarto ano, mas não é algo que vá fazer diferença numa escala. Mas realmente essa geração é mais complicada. Tive uma conversa com universidades para eles prepararem a chegada desses estudantes. Por mais que eles tenham passado no vestibular, eles precisam fazer algum tipo de capacitação para chegar à universidade. É como se houvesse um degradê, os mais prejudicados são os que estão mais próximos da saída. Os demais a gente também tem mais tempo para a recuperação", afirmou.


De acordo com Soares, um quarto ano do ensino médio, que serviria para ajudar a recuperar esses alunos, está sendo discutido e planejado. Ele afirmou que em janeiro foi feita uma recuperação intensiva para os estudantes do 3° ano. Eles não foram aprovados automaticamente. No estado de São Paulo não tem aprovação automática.


Abaixo do adequado

A Secretaria Estadual da Educação dividiu a classificação de conhecimento dos alunos nas disciplinas avaliadas em: avançado, adequado, básico e abaixo do básico.


Os componentes avaliados foram língua portuguesa, matemática e área de ciências da natureza, além de redação e preenchimento de questionário socioemocional e econômico. Foram divulgados somente os resultados de língua portuguesa e de matemática.


Em 2021, 68,9% do total de alunos do 3º ano fizeram a prova, contra 80,4% em 2019.


A questão acima é um exemplo do conteúdo avaliado no ensino médio em língua portuguesa. A habilidade exigida era afirmar qual o público-alvo provável e os objetivos do autor do texto.


Já a questão acima, de matemática para o ensino médio, tem como objetivo saber se o aluno tem a habilidade de identificar a relação entre o número de vértices, faces e/ou arestas de poliedros.


O Saresp 2021 também foi aplicado de forma amostral para estudantes dos 2º e 3º anos do ensino fundamental. Ao todo a aplicação envolveu mais de 5 mil escolas da rede estadual e mais de 2 mil escolas das redes municipal, particular, SESI e Centro Paula Souza.


Os resultados da avaliação de Ciências da Natureza não serão divulgados neste momento, segundo a Seduc-SP, pois a última avaliação foi aplicada em 2014 e com o currículo anteriore, portanto, não há comparabilidade. Os resultados de redação e socioemocionais também ainda não foram divulgados.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Nova Carteira de Identidade permite anotar condição de doador de órgãos; entenda

A nova Carteira de Identidade, que passa a vigorar a partir desta terça-feira (1°), terá a possibilidade de identificar, no verso, se a pessoa deseja doar órgãos após a morte.


Novo modelo da carteira de identidade anunciado pelo governo federal — Foto: MJ/Divulgação


Segundo o Ministério da Justiça, a pessoa precisará informar, na hora de fazer o novo documento, que quer a inclusão desse dado.


Ela também poderá solicitar a inclusão do tipo sanguíneo (A, B ou O) e fator RH (positivo ou negativo), além de outros problemas de saúde "cuja divulgação possa contribuir para preservar a sua saúde ou salvar a sua vida", de acordo com o decreto que autorizou a nova carteira.


Mesmo com o novo documento, entretanto, ainda será necessário que a pessoa informe a família sobre a intenção de doar os órgãos após a morte. Isso porque a retirada e doação de órgãos e tecidos só pode ser feita com a autorização familiar, conforme a legislação brasileira.


"Se a família autorizar, aí, sim, é feita a doação. É fundamental as pessoas conversarem na família o desejo delas de serem doadores", explica o médico nefrologista Gustavo Fernandes Ferreira, presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Veja, abaixo, alguns detalhes sobre a doação de órgãos e como ela funciona no Brasil:


1) Quem pode doar?

Apenas pessoas que tiveram morte cerebral (encefálica) podem doar órgãos sólidos, explica Gustavo Fernandes Ferreira, da ABTO.


"Para ser doador de órgãos sólidos, você precisa de ter morte encefálica. Não é qualquer jeito – tem que ser morte encefálica, o coração tem que estar batendo ainda", diz o médico.


"[O paciente] já morreu, o cérebro não funciona mais e nunca mais vai funcionar, ele está morto. Ele é considerado morto, o atestado de óbito dele já está pronto – mas o coração ainda está batendo, às custas dos equipamentos, para dar o tempo da retirada dos órgãos. Esse tempo são poucas horas que a gente tem para doar", completa o especialista.


Já a córnea pode ser doada por qualquer pessoa, independentemente de como foi a morte. Nesse caso, o coração não precisa estar batendo. Para doar a medula, por outro lado, o doador precisa estar vivo.


A pessoa também pode ser doadora após a morte mesmo que tenha tido doenças como diabetes, hipertensão, doença de Chagas e hepatites B e C. Nesses casos, a saúde do órgão é avaliada antes de a doação ser feita (como acontece quando o paciente falecido não tinha essas doenças).


No caso das hepatites B e C, por exemplo, a doação pode ser feita para um paciente que já tem a doença. Até o fígado pode ser doado, desde que esteja em boas condições.


2) Existe algo que impeça alguém de doar um órgão?

Existem poucos impedimentos para ser doador após a morte, segundo Gustavo Ferreira: HIV, câncer e infecção severa no órgão que vai ser doado são alguns deles.


"Se meu parente está com uma infecção no rim ativa grave, normalmente ele não pode ser doador. A mesma coisa o pulmão, o coração ou o fígado", explica o médico.


No caso do HIV, o transplante não pode ser feito mesmo que as duas pessoas tenham o vírus. (Nos Estados Unidos, isso já foi feito).


No caso de pacientes que morrem de Covid, uma nota técnica do Ministério da Saúde, de 2020, determina que há uma contraindicação "absoluta" para doação de órgãos e tecidos em caso de teste positivo para a doença.


3) Quais órgãos podem ser doados?

Coração

Fígado (pode ser doado em vida)

Intestino

Pâncreas

Pulmão

Rim (pode ser doado em vida)

Córnea (tecido)

Multivisceral

Medula* (*só pode ser doada em vida; procedimento é de baixo risco)

O rim e o fígado são os órgãos mais doados; os transplantes menos frequentes são os de intestino, multivisceral e de pulmão, segundo a ABTO


Cada órgão tem um tempo máximo diferente para ser retirado e doado a um receptor: esse tempo é chamado de tempo de isquemia fria. Para coração e pulmão, por exemplo, o prazo é de 6 a 8 horas. Para o fígado, de até 12 horas. Para o rim, 24 horas.


Ferreira afirma que o órgão mais difícil de encontrar é o pulmão – porque depende de fatores adicionais, como o tamanho do doador e do receptor, que precisam ser compatíveis. O coração tem o mesmo problema. Já o transplante de intestino, apesar de já ter sido feito no país, ainda é inicial.


4) Como funciona a fila de transplantes?

No Brasil, quase todos os transplantes são feitos pelo SUS. Quem precisa de um órgão é cadastrado em uma lista nacional de espera, que é separada de acordo com o estado e a região onde a pessoa está.


Vários fatores são considerados na ordem de prioridade: localização, compatibilidade ou gravidade e tempo de fila:


Localização:

"Se morrer alguém em São Paulo [capital] hoje, esse órgão vai ser disponibilizado para a macrorregião de São Paulo [capital]. O estado inteiro tem quatro macrorregiões: se não tiver nenhum receptor nessa macrorregião, vai para o estado inteiro. Se não tiver ninguém no estado, vai para o Brasil inteiro", explica Gustavo Ferreira.


Compatibilidade ou gravidade:

Cada órgão tem seu próprio critério de alocação: no caso do rim, por exemplo, o critério é a compatibilidade imunológica. Quem for mais compatível será o primeiro da lista. No fígado, o critério é a gravidade: "quanto mais grave o paciente, mais no topo da lista ele fica", diz o médico.


Além disso, cada possível receptor também aguarda na fila compatível com o seu próprio tipo sanguíneo: pacientes AB recebem de pacientes AB, O recebem de O, e assim por diante.


Tempo de fila:

Se todos os outros critérios ficarem empatados entre duas pessoas compatíveis ou igualmente graves na lista, o tempo de espera é que vai desempatar: quem estiver há mais tempo na fila recebe o órgão.


Fonte: g1 

Leia Mais ››

Motorista que não atende homens viraliza ao oferecer serviço para dar 'flagras' em motéis de SP: 'me reinventei na pandemia'

Uma motorista de 47 anos viralizou nas redes sociais ao fazer uma publicação oferecendo serviços de transporte inusitados, como levar mulheres para esperar o marido sair com a amante de motel. Moradora de São Vicente, no litoral de São Paulo, Elizandra Regina de Cândido afirma que se inspirou em uma publicação semelhante, mas que fez algumas complementações, baseada nos atendimentos que oferece.


Motorista de São Vicente, SP, viralizou ao oferecer serviços de transporte inusitados para mulheres — Foto: Reprodução/Redes Sociais


Com milhares de compartilhamentos nas últimas horas, Elizandra afirma que a publicação, feita no último sábado (26), foi uma "brincadeira séria" que fez, mas que o resultado a deixou satisfeita, pois mais mulheres entraram em contato com ela para solicitar os serviços.



A lista inclui diversas opções, como: "Está desconfiada do crush? Nós seguimos"; "Precisa fazer compras? Te levo e busco"; "Vai fugir de casa e largar o embuste? Ajudo a retirar suas coisas"; e "Não pode pagar um psicólogo? Sou toda ouvidos para desabafos".


Antes de atuar como motorista, Elizandra trabalhava como artesã, mas a pandemia dificultou a venda dos laços que confeccionava. Ela até tentou vender lanches em casa, mas ficou dependente de entregadores, e resolveu se reinventar. "A pandemia me quebrou, e comecei a conversar com um monte de gente, meninas que têm medo de pegar motorista por aplicativo".


Antes de trabalhar como motorista particular, Elizandra vendia laços que confeccionava — Foto: Arquivo Pessoal


Com um carro na garagem, ela iniciou, há quase um ano, as corridas de forma particular, sem vínculo com aplicativos de transporte. "Trabalho muito fazendo compras para senhoras, levando aos médicos, levando ou buscando crianças na escola, e buscando moças que vão para baladas", revela.


"Estou quase comprando outro carro e fazendo uma parceria com a minha irmã. Vou abrir o meu microempreendedor individual (MEI). Foi uma viralização incrível. Meu telefone, tenho que deixar no modo 'não perturbe', porque estou dirigindo e recebo ligação", diz.


Elizandra, conhecida como Eli Laços, viralizou ao fazer publicação oferecendo serviços inusitados como motorista — Foto: Arquivo Pessoal


A motorista, que se considera "pau para toda obra", afirma que quer ajudar as mulheres. "Fui casada, me separei e fiquei desnorteada. Tive que me reinventar, e tive um luto, porque a gente sofre".


Segundo Elizangela, todos os itens da publicação são verdadeiros, e estão na lista de serviços prestados por ela. Inclusive, a motorista conta que já levou uma amiga até um motel para investigar se realmente estava sendo traída. "Não sou detetive particular, mas a gente faz o que as pessoas pedem. Sou motorista, estou levando a mulher onde ela precisa ir. A única exceção é que não atendo homem", explica.


A motorista conta que tem recebido muitas ligações de pessoas com depressão, e até de mulheres que querem se separar. "Tem gente que me liga para desabafar. Dentro do carro, escuto cada história, que é para somar na vida da gente. Tem gente que não vai para nenhum lugar, só me chama para dar uma volta e conversar", afirma.


"Não é só ganhar dinheiro. Eu me reinventei como ser humano. Estava muito triste, derrotada, me sentindo sozinha. Coloquei meus problemas de lado e passei a olhar o problema dos outros. Não é só ganhar dinheiro, é ajudar outras mulheres", conclui.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Jovem que estudou em casa sem energia elétrica na BA e passou em medicina pede ajuda financeira para pagar despesas

Com início das aulas presenciais, o jovem Matheus de Araújo Moreira Silva, que estudou em casa sem energia elétrica em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, e foi aprovado no curso de medicina na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), pede ajuda financeira para pagar despesas como aluguel e alimentação.


Depois de dois períodos com ensino remoto, as aulas do curso passarão a ser presenciais. Matheus Silva vai ter que mudar de cidade e lidar com um custo que ele não tem como arcar.


A história do estudante viralizou na internet e ele recebeu ajuda até de algumas celebridades, como o ator baiano Lázaro Ramos, e a ex-BBB Camilla de Lucas, mas o auxílio não foi o suficiente para esses novos custos.



É na frente do computador, no quarto improvisado do irmão, ou na frente da pilha de livros, que Matheus passa a maior parte dos dias se dedicando aos estudos.


"O curso exige muito, eu tenho aula de manhã e pela tarde, daí a maior parte do dia eu fico aqui nesse quartinho estudando. A gente tem aulas remotas, atividades, então meu mundo se resume a esse quarto", relatou o estudante.


Jovem que estudou em casa sem energia elétrica na Bahia e passou em medicina pede ajuda financeira — Foto: Reprodução/TV Subaé


Durante o período de estudo remoto, Matheus passou em média 9 horas por dias estudando no local. Em abril vai precisar se mudar para Santo Antônio de Jesus, onde fica o campus da universidade.


Como os pais do baiano estão desempregados e ele não vai ter tempo para trabalhar, Matheus teme problemas financeiros para se manter fora da cidade natal.


"Fiquei muito feliz mesmo [com o ensino] remoto. Agora vem a segunda etapa que é a mudança de cidade, ir para Santo Antônio de Jesus que é a cidade onde está alocado meu curso de medicina", disse.


"Daí esse frio na barriga né, de mudar e também a dificuldade de pagar aluguel, alimentação. Então tem essa questão da mudança mesmo".


Jovem que estudou em casa sem energia elétrica e tirou 980 na redação do Enem realiza sonho e passa em medicina na URFB — Foto: Arquivo Pessoal


Matheus conta que a UFRB oferece auxílio moradia, mas por causa de cortes, ele não terá direito ao benefício neste momento.



Em 2021 o estudante conseguiu dar algumas aulas particulares e juntou dinheiro suficiente para alugar uma quitinete em Santo Antônio de Jesus. O imóvel já conta com fogão e geladeira, mas ainda falta custear outras despesas.


Por isso, o baiano disponibilizou em sua conta no Instagram o link de uma vaquinha on-line.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Lewandowski suspende ação penal contra Lula sobre compra de caças suecos no governo Dilma

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspendeu nesta quarta-feira (2) a tramitação da ação penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que investiga irregularidades na compra de caças suecos durante o governo Dilma Rousseff.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em imagem do dia 17 de dezembro de 2021 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters


Essa era a única ação de Lula que ainda não havia sido impactada pelas decisões do Supremo que reconheceram a incompetência da Justiça Federal do Paraná para julgar os casos do petista e a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no caso do tríplex.


Processos contra o petista foram encerrados ou estão suspensos a partir desses entendimentos do STF.


A decisão de Lewandowski vale até que o Supremo julgue um pedido da defesa de Lula para encerrar a ação penal em definitivo.


Em nota (veja íntegra abaixo), a defesa de Lula diz que a decisão de Lewandowski, além de "aplicar o melhor direito ao caso concreto", é um "importante registro histórico sobre o uso estratégico do direito para fins ilegítimos" por parte da Lava Jato.


Lula é réu no processo, junto com um dos filhos, pelos supostos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-presidente nega as acusações. A ação está na fase final, quando são marcados os interrogatórios dos acusados.


A defesa de Lula afirmou ao STF que os diálogos de procuradores que constam nas mensagens da Operação Spoofing mostram que eles sabiam que não havia ilegalidade na conduta do ex-presidente, mas tentaram criar uma narrativa desfavorável ao petista mesmo assim.


A Spoofing prendeu hackers que invadiram celulares de autoridades, como o ex-juiz Sergio Moro e procuradores que atuaram na Lava Jato no Paraná.


Decisão

Na decisão, Lewandowski afirma que “o processo de escolha dos caças adquiridos pelo país estendeu-se por mais de 15 anos, passando por três administrações federais distintas, sempre sob o atento crivo de militares da FAB e de integrantes do Ministério de Defesa, além de ter sido atentamente acompanhado por algumas das mais importantes empresas aeronáuticas do mundo, a saber, a Boeing, a Dassault e a Saab AB”.


O ministro concordou com os argumentos dos advogados de Lula e afirmou que “salta à vista a ausência de suporte idôneo para deflagrar a ação criminal aqui atacada, porquanto desde a sua fase embrionária, iniciada pelos integrantes da extinta “Lava Jato”, o MP reconhecia a fragilidade das imputações ao petista.


“Não obstante a opinião reiterada e unanimemente esposada pelos participantes desses grupos de mensagens no sentido da inconsistência dos elementos de convicção que estavam a engendrar, os integrantes da extinta “Lava Jato” resolveram dar continuidade às investigações levadas a cabo, ressalte-se, ao arrepio do “princípio do promotor natural”, dada a flagrante a incompetência de seus condutores - as quais acabaram resultando na formulação da denúncia ora impugnada”, disse.


Lewandowski defendeu que é possível utilizar o material apreendido na Operação Spoofing, mesmo que sejam fruto da invasão de hackers.


“Convém rechaçar uma possível alegação de que as mensagens apresentadas pela defesa resultaram da ação de hakers e, portanto, não poderiam ser aproveitados pela defesa. Isso porque a doutrina e a jurisprudência brasileiras, sabidamente, são unânimes em afirmar que, embora provas ilícitas não possam ser empregadas pela acusação, é permitido aos acusados lançar mão delas para tentarem provar a sua inocência”.


Nota

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela defesa do ex-presidente Lula:


Na data de hoje (02/03/2022) o Supremo Tribunal Federal, por meio de decisão proferida pelo Ministro Ricardo Lewandowski, suspendeu a última ação penal que ainda tramitava contra o ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva (Açao Penal no. 1016027-94.2019.4.01.3400/DF, 10ª. Vara Criminal Federal do DF – “Caso Caças Gripen”).


Na referida ação penal, diversas autoridades civis e militares, ex-Ministros de Estado, e a ex-Presidenta Dilma Rousseff já haviam prestado depoimento mostrando que a decisão do Brasil de adquirir os caças da marca Gripen não teve qualquer intervenção, muito menos ilegal, do ex-presidente Lula. A recomendação para a compra das aeronaves foi das Forças Armadas, por meio da FAB, em parecer de cerca de 30 mil páginas.


A robusta decisão do Ministro Ricardo Lewandowski acolheu os elementos que apresentamos e reconhece que a ação penal referente ao “Caso Caças Gripen” fazia parte do “Plano Lula”, que foi engendrado por integrantes da extinta “lava jato” para cassar arbitrariamente os direitos políticos do ex-presidente e para sobrecarregar – e tentar inviabilizar – o trabalho de sua defesa, atuando inclusive em cumplicidade com membros do Ministério Público de outras jurisdições.


Além de aplicar o melhor Direito ao caso concreto, a decisão é um importante registro histórico sobre o uso estratégico do direito para fins ilegítimos (lawfare), que foi praticado pela “operação lava jato”, que atacou o próprio Estado de Direito e feriu a Democracia no país.


Cristiano Zanin Martins e Valeska T. Zanin Martins


Fonte: g1

Leia Mais ››

MP diz ao TSE que acusações de Bolsonaro a Lula não configuram propaganda eleitoral



A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) afirmou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não ficou configurada propaganda eleitoral antecipada em um discurso do presidente Jair Bolsonaro durante evento no Palácio do Planalto quando tratou do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Bolsonaro é alvo de uma representação feita pelo PT, que acusa o presidente de ter realizado propaganda eleitoral antecipada na cerimônia de lançamento de linhas de crédito para aquicultura e pesca, realizada em janeiro.


Segundo a sigla, Bolsonaro fez um discurso em que teria insinuado que o ex-presidente Lula estaria "loteando ministérios", e que sua reeleição seria o retorno do "criminoso" à "cena do crime". Ainda, de acordo com o PT, as declarações foram feitas com o uso da rede de comunicação pública —a TV Brasil, pertencente à EBC, empresa pública.


Embora ainda não tenham feito anúncios oficiais, Lula e Bolsonaro são tratados pelos partidos e pelos institutos de pesquisa como pré-candidatos à Presidência da República em 2022.


Em manifestação ao TSE, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, disse que as frases de Bolsonaro questionadas pelo PT são isoladas dentro de todo o discurso e não têm potencial de influenciar o cenário eleitoral.


“As frases ressaltadas pela representação são isoladas e de curta extensão, no contexto do discurso proferido. A representação nada apontou de reprovável no período de mais de meia hora do evento que antecedeu ao pronunciamento das frases curtas contra as quais o Partido representante objeta. Essas palavras se mostram episódicas e avulsas”, afirmou Gonet Branco.


Por outro lado, o vice-procurador-geral disse que o presidente “fez alusão inegavelmente negativa a personalidade política que notoriamente se apresenta, ao menos no quadro delineado hoje, como rival para as eleições presidenciais vindouras”.


O vice-procurador disse ainda que o discurso se deu em um momento "consideravelmente distanciado do período eleitoral" e que há um antigo embate político entre Bolsonaro e Lula.


“Mais ainda, o discurso se deu nos primeiros dias deste ano eleitoral, em momento consideravelmente distanciado do período eleitoral propriamente dito e num ambiente de prorrogação de refregas político-partidárias entre personagens do governo e a oposição, iniciado muito antes do instante em que o discurso foi articulado”, escreveu Gonet.


No parecer, o MP disse também que “a reiteração de manifestações ambíguas” pode levar a uma atuação mais rigorosa.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Brasil vai apoiar resolução contra Rússia na ONU, mas não quer isolar Moscou e defende saída negociada para a guerra

Fazendo upload: 371712 de 515379 bytes.


O Brasil vai seguir na sua linha de votar a favor da resolução contra a invasão da Rússia na Ucrânia na Assembleia da ONU, mas negocia para que o texto a ser votado não isole totalmente Moscou e abra espaço para que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite uma saída negociada para o conflito.


Segundo assessores presidenciais, a diplomacia brasileira está participando das negociações do texto final da resolução que será submetido à votação nesta quarta-feira (2) na ONU e busca que “as portas não sejam fechadas” para uma negociação. Um assessor disse que é preciso construir um texto que crie condições para que outros países apoiem a resolução e, ao mesmo tempo, leve a Rússia de fato para a mesa de negociação.


Na avaliação do governo brasileiro, é preciso encontrar um caminho para uma saída negociada do conflito, porque, se a guerra se prolongar, e a Rússia for totalmente isolada do mundo, os demais países vão começar a sofrer as consequências, principalmente na economia.


Há, ainda, o risco de que alguns fundos que têm posição aplicada em ativos russos possam quebrar, levando grande instabilidade ao sistema financeiro.


A votação está prevista para ocorrer na tarde desta quarta, na Assembleia da ONU convocada depois que a Rússia usou seu poder de veto quando foi votada uma resolução no Conselho de Segurança da entidade condenando a invasão da Ucrânia.


A votação no conselho foi na última sexta-feira (25) e teve os votos favoráveis de onze países, incluindo o Brasil, com abstenção da China, Índia e Emirados Árabes Unidos.


Há, por exemplo, uma tentativa de conquistar o apoio da China para a resolução que será votada na assembleia. Um termo da resolução deve mudar. Em vez de condenar, o texto, ainda em elaboração, pode deplorar a invasão russa. Na prática, significa condenar, mas num termo mais diplomático, e que foi usado pelo governo chinês ao tratar do tema com o ministro das relações exteriores da Ucrânia.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

Leia Mais ››