segunda-feira, abril 10, 2023

Pai e filho morrem após colisão entre motocicleta e carro na Grande Natal

Pai e filho morreram após a motocicleta que estavam colidir de frente com um carro na BR-101 na altura do município de Ceará-Mirim, na Grande Natal. O acidente aconteceu por volta das 19h30 deste domingo (9).


Acidente aconteceu na noite deste domingo (9) na BR-101 em Ceará-Mirim — Foto: Divulgação


As vítimas foram identificadas como Rikelme Silva de Araújo, de 18 anos, e Josiélio Soares de Araújo, de 43. Os dois morreram na hora.


O acidente ocorreu em Ceará-Mirim, entre os distritos de Caiana e Aningas, onde pai e filho moravam. Josiélio havia ido buscar Rikelme na casa da namorada e os dois estavam retornando para casa, quando colidiram de frente com um veículo do tipo TR4.


Os dois ocupantes do carro ficaram feridos e foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).


Uma kombi ainda chegou a colidir, depois, com a TR4, mas não houve feridos no veículo.


O Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) fez o recolhimento dos corpos das vítimas fatais. Um parente de Rikelme e Josiélio, que não quis se identificar, disse que a notícia arrasou a família que eles querem justiça.


"A gente ficou sabendo de uma forma trágica, não sei nem explicar a situação. A gente está se sentindo arrasado e estamos atrás de Justiça. Que a Justiça seja feita. Estamos entregando nas mãos de Deus pra Deus fazer o acolhimento de todos", disse.


Fonte: g1

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Prefeitura de Caraúbas decreta estado de calamidade pública por conta de estragos causados pela chuva

A prefeitura de Caraúbas, na Região Oeste do Rio Grande do Norte, decretou estado de calamidade pública por conta dos prejuízos e danos causados pelas fortes chuvas que atingiram o município neste fim de semana.


RN-117, no Oeste potiguar, se rompeu após fortes chuvas na região e transbordamento de açudes — Foto: Vonúvio Praxedes/Diário Político


Pessoas ficaram desabrigadas por conta do acúmulo de água na cidade e um trecho da RN-117 também foi destruído pela força da água após transbordamento de um açude.


Segundo a prefeitura, em 24 horas houve acumulado de 128,1 milímetros de chuva em Caraúbas entre sábado e domingo.


Representantes do município vistaram pontos críticos com uma equipe da Defesa Civil do Estado, que chegou a Caraúbas na manhã desta segunda-feira (10). As medidas emergencias foram discutidas durante esse encontro, assim como a elaboração do decreto de calamidade pública.


"Após a forte chuva que caíu no sábado, entramos em contato com a governadora Fátima Bezerra, que enviou os agentes da Desa Civil para uma avaliação emergencial e viabilização das primeiras providências", explicou o prefeito Juninho Alves (PSDB).


Na reunião, Defesa Civil e município definiram os rumos da operação de combate aos problemas causados pelas chuvas, visitaram pontos afetados pelas enchentes e, em parceria com a Secretaria de Assistência Social, foi solicitado um mapeamento de áreas e pessoas afetadas.



"Como se trata de uma situação de calamidade pública todo processo de captação de recursos, tanto do Governo Federal quanto do Governo Estadual, corre com bastante celeridade e, se Deus quiser, os benefícios irão chegar com mais brevidade para quem precisa", falou o prefeito.


Chuvas no RN

O Rio Grande do Norte viveu na última semana um período de chuvas intensas, com alertas sequenciais do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para praticamente todo o estado, prevendo chuvas de até 100 milímetros por dia. O aviso mais recente - que vale até terça-feira - prevê chuvas de até 50 milímetros por dia em 76 cidades, entre elas Caraúbas.


O sistema de monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) apontou que o estado terá mais uma semana de chuvas e pediu cuidado à população quanto ao uso de açudes, rios e barragens neste período, já que esses espaços são comumente usados como lazer pela população.


Em Apodi, a Defesa Civil municipal pediu a retirada de idosos, grávidas e crianças das áreas de risco por causa da sangria no açude.


Em Pendências, um trecho de uma estrada que liga a cidade aos municípios da Região da Costa Branca também se rompeu devido à cheia do Rio Piranhas-Açu.


Fonte: g1

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Rio Grande do Norte tem previsão de semana com mais chuvas, diz Emparn

A previsão do tempo para a semana que se inicia nesta segunda-feira (10) é de céu parcialmente nublado, com possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões do Rio Grande do Norte. Isso é o que aponta o sistema de monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn).


Chuva no interior do Rio Grande do Norte (Arquivo) — Foto: Elisa Elsie/governo do RN


O estado registrou chuvas acima de 100 milímetros (mm) em alguns municípios, das 9h15 de sábado (8) até o mesmo horário de domingo (9). No total, 81 postos registraram ocorrência de chuvas. O volume de água provocou sangria de açudes no interior do estado.


Segundo o chefe do setor de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, o estado está no período chuvoso, devido a Zona de Convergência Intertropical (ZCTI) sobre o Nordeste do Brasil, até o mês de maio.



“As chuvas devem continuar nos próximos dias com mais regularidade em todas as regiões do Estado”, ressaltou Bristot.

Em decorrência das chuvas intensas que atingiram todo o estado durante a noite desse sábado e madrugada deste domingo (09), foram registrados danos em alguns municípios e rodovias estaduais.


A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do RN informou que está com equipes de plantão e em permanente contato com as prefeituras, através das coordenadorias municipais, nas áreas com registro de algum evento adverso.


O órgão ainda orientou a população que adote cuidado quanto à utilização das áreas de açudes, barragens ou rios para evitar acidentes e tragédias, visto que é bastante comum o uso dessas áreas para o lazer nesta época do ano.


A Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) também informou que está com equipe técnica em campo fazendo vistorias nos reservatórios sob responsabilidade do estado. Até o momento não foi identificado nenhum risco para segurança nem riscos de rompimento na infraestrutura.


Já o Departamento Estaual de Estradas de Rodagens (DER) encaminhou equipes técnicas para avaliar o trecho da RN-117 que desabou e outros pontos. Segundo o governo, os serviços para recuperação dos danos causados serão realizados "o mais breve possível".



Outros pontos de atenção, segundo o governo:


Estrada de Estivas (Genipabu-BR-101): material deslizou para a estrada. Limpeza será realizada nesta segunda-feira (10), segundo o governo.

Danos na RN-233 (Caraúbas-Campo Grande): equipe foi ao local e instalou sinalização. Todo o serviço de recuperação será realizado nos próximos dias.

RN 118 (São Rafael-Jucurutu): a equipe foi ao local para instalar a sinalização necessária para a ocorrência (fuga de material na cabeceira de uma ponte) e realizar o levantamento técnico. O reparo será feito nos próximos dias.

Previsão do tempo para a semana:

10/4 - segunda-feira - Céu parcialmente nublado, com possibilidade de chuvas isoladas, em todas as regiões.

11/4 - terça-feira - Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões.

12/4 - quarta-feira - Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões.

13/4 - quinta-feira - Céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões.

14/4 - sexta-feira - Céu parcialmente nublado, com possibilidade de chuvas isoladas, em todas as regiões.

15/4 - sábado - Céu parcialmente nublado, com possibilidade de chuvas isoladas, em todas as regiões.

16/4 - domingo - Céu parcialmente nublado, com possibilidade de chuvas isoladas, em todas as regiões.


Fonte: g1
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Defesa Civil de Apodi recomenda retirada de idosos, grávidas e crianças de áreas de risco por causa de sangria de açude

As fortes chuvas que caem no Rio Grande do Norte e a sangria de açudes no interior do estado levaram o município de Apodi a recomendar a retirada de idosos, mulheres grávidas e crianças de áreas de risco de alagamentos, no Vale do Apodi.


Apodi registrou aumento do nível de rios, após sangria do açudo Apanha Peixe — Foto: Reprodução


Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marcílio Reginaldo, o alerta foi publicado por causa do aumento da vazão do Açude Apanha Peixe, no fim de semana. O reservatório que está sangrando há cerca de oito dias.


A água corre para rios da região, que registram aumento do nível e podem atingir comunidades ribeirinhas.



Ainda de acordo com Marcílio, cerca de 1.500 pessoas moram nas áreas de risco, principalmente em comunidades próximas ao Sítio Pindoba. Apesar do alerta, ele afirma que ainda não foram registrados prejuízos no município, até a manhã desta segunda-feira (10).


As fortes chuvas que caem no Rio Grande do Norte e a sangria de açudes no interior do estado levaram o município de Apodi a recomendar a retirada de idosos, mulheres grávidas e crianças de áreas de risco de alagamentos, no Vale do Apodi.


Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marcílio Reginaldo, o alerta foi publicado por causa do aumento da vazão do Açude Apanha Peixe, no fim de semana. O reservatório que está sangrando há cerca de oito dias.


A água corre para rios da região, que registram aumento do nível e podem atingir comunidades ribeirinhas.



Ainda de acordo com Marcílio, cerca de 1.500 pessoas moram nas áreas de risco, principalmente em comunidades próximas ao Sítio Pindoba. Apesar do alerta, ele afirma que ainda não foram registrados prejuízos no município, até a manhã desta segunda-feira (10).


Fonte: g1

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MP pede condenação de acusados de colocar explosivo perto do aeroporto de Brasília


O Ministério Público do Distrito Federal pediu nesta segunda-feira (10) que Justiça condene dois homens acusados de envolvimento na tentativa de explosão de um artefato instalado em um caminhão-tanque de combustível, nos arredores do aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado.


Segundo manifestação da promotora de Justiça Vera Gomes obtida pela TV Globo, a ação tinha objetivo de “criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país”.


São réus na Justiça do DF pela tentativa de explosão: George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza.


O MP pediu a condenação de Alan Diego dos Santos e George Sousa pelo crime de explosão, que e “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.


No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em 1/3, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.


Como um forte arsenal foi apreendido com George Sousa, o MP também pediu que seja condenado pelo porte ilegal de armas e pela posse de arma de fogo de uso restrito. Ele era CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).



A análise da conduta de Wellington Macedo está suspensa pela Justiça porque ele está foragido.


À Justiça, a promotora afirmou que a investigação reuniu elementos que comprovam a autoria dos crimes praticados pelos acusados, como vídeos, laudos periciais e relatórios.


“O plano dos réus era mesmo colocar o artefato perto do aeroporto, plano, aliás, que foi relatado por George Washington em conversa com vizinhos, conforme informação obtida pelos órgãos de inteligência e relatado pelas testemunhas policiais em juízo. O objetivo era criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país”, escreveu.


Para Vera Gomes, a ligação de um dos acusados para a polícia não representou arrependimento, mas representou mais uma tentativa de gerar novo tumulto.


“As ligações feitas não evidenciam arrependimento pelo crime praticado, e sim a manutenção do intento de causar pânico, ainda mais porque indicou, falsamente, a existência de bombas também dentro do aeroporto, indicando o propósito de desviar a atenção das autoridade”, afirmou.


Investigação

Os investigadores dizem que o plano foi feito no acampamento montando em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, por onde passaram bolsonaristas radicais com ideias golpistas.


Segundo a investigação, a ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste, para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital. De última hora, a decisão mudou e o objeto foi colocado no caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação.


A Polícia Militar detonou, na véspera de Natal, o explosivo após o artefato ser encontrado pelo motorista do caminhão-tanque. À época, o homem não soube dizer quem havia deixado o material ali e a polícia descartou a participação dele no caso.


O caso não impactou as operações no aeroporto, tendo as decolagens e pousos sido mantidos normalmente.


No mesmo dia, George Washington de Oliveira Sousa foi preso pela polícia por suposto envolvimento no caso. Ele veio do Pará a Brasília para participar das manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ocorriam no quartel-general do Exército.


O homem foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região central do DF, e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto. Com ele, foi apreendido um arsenal com pelo menos duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados. No apartamento, foram encontradas outras cinco emulsões explosivas.


Fonte: g1

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MC Biel Xcamoso, cantor e produtor de brega funk, morre em acidente; carro bateu em fachada de prédio na orla

O cantor e produtor de brega funk Gabriel Farias de Oliveira, de 24 anos, conhecido como MC Biel Xcamoso, morreu, na madrugada desta segunda (10), em um acidente de carro na Zona Sul do Recife. O veículo em que ele estava bateu na fachada de um prédio na Avenida Boa Viagem e capotou. Câmeras de segurança registraram o acidente.


MC Biel Xcamoso morreu em acidente de carro em Boa Viagem — Foto: Reprodução/Redes sociais


Biel Xcamoso era um dos nomes mais expressivos do brega funk em Pernambuco. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu por volta das 4h. O veículo atingiu entrada do Edifício Maria Leopoldina, na esquina com a rua Coronel Benedito Chaves.



De acordo com as redes sociais do artista, o velório foi marcado para às 13h desta segunda. O enterro será às 16h, no Cemitério de Santo Amaro, área central do Recife. As duas cerimônias são abertas ao público.


Imagens feitas por uma equipe da TV Globo mostram o carro virado na frente do prédio, que ficou danificada. É possível observar que havia sangue no chão. Pedaços do veículo ficaram espalhados pela área


Ainda segundo a corporação, ao chegar ao local, as equipes constataram que o jovem estava preso às farragens e não apresentava sinais vitais.


A morte foi confirmada pelo serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Duas equipes dos bombeiros ficaram no local até a chegada da polícia.


Quando o dia amanheceu, amigos e fãs do artista foram até o local do acidente. Eles estavam muito abalados com a morte do MC. O artista tinha feito um show horas antes.


A perícia disse que encontrou sérias avarias no carro e que o impacto no corpo foi muito grande. "O rosto dele ficou desfigurado", afirmou o perito Alcides Albuquerque.


A equipe do Instituto de Criminalística (IC) informou para a TV Globo que solicitou exames para saber se houve consumo de bebidas alcoólicas antes da batida.


O corpo do artista foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, na área central do Recife.


Carro capotou e bateu na fachada de prédio na Avenida Boa Viagem, no Recife — Foto: Danielle Fonseca/TV Globo


Luto

Nas redes sociais, amigos e companheiros de trabalho compartilharam mensagens de luto e homenagem ao artista.


Pelo Instagram, o cantor Lekinho Campos disse que o brega funk está de luto. "Vai com Deus irmão. Que ele te guarde num lugar melhor", afirmou MC Kevin do Recife, também nas redes sociais.


"Difícil acreditar que partimos sem nem saber quando, onde e como. Que Deus conforte a família do amigo Biel e que o ponha em um lugar melhor", publicou MC Abalo nas redes sociais.

O site Brega Bregoso, um dos mais importantes veículos de divulgação do estilo no estado, postou uma foto de MC Biel Xcamoso e disse que "o brega está de luto". Também escreveu: "estamos devastados".


Fonte: g1

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A revolta de vizinhos após corpo ser achado em apartamento em Londres 2 anos depois de morte

O caso de uma mulher que morreu e cujo corpo ficou dois anos e meio dentro do seu apartamento — sem que ninguém descobrisse — revoltou moradores de um prédio em Londres.


Sheila pagava o aluguel em dia desde que se mudara para o apartamento, em 2014 — Foto: BBC


Eles moram em um prédio administrado por uma associação habitacional — entidades privadas e sem fins lucrativos que fornecem moradias de baixo custo a pessoas com necessidades financeiras no Reino Unido.


A Peabody, associação habitacional que administrava o prédio em Londres, chegou a pedir que o governo pagasse diretamente o aluguel da moradora morta. Ninguém do governo, da polícia ou da administradora sequer checou se ela estava viva ou não, e o aluguel foi pago por meses.


A BBC conversou com os moradores do prédio para tentar entender como uma pessoa pode morrer e, por mais de dois anos, ninguém descobrir o corpo. Os moradores estão avaliando se entram com um processo contra a Peabody.


Vizinhas

Audrey mora desde 2018 em Lord's Court, um moderno bloco de apartamentos de três andares em Peckham, bairro no sul de Londres.


Ela se lembra claramente do dia em que a polícia arrombou a porta do apartamento em frente ao dela.


"Assim que a porta foi aberta, eu sabia que algo ruim havia acontecido. Você podia ver isso nos rostos dos policiais", diz Audrey.

Dentro do organizado apartamento de um quarto, a polícia encontrou os restos mortais da secretária médica Sheila Seleoane, de 58 anos. O que havia restado dela era pouco mais que um esqueleto — vestida com calças de pijama azuis e uma blusa branca. A polícia disse que ela não foi assassinada.


Dentro da geladeira, uma sobremesa deu um indício de quanto tempo seu corpo estava ali. A sobremesa havia expirado há dois anos e meio.


Para os vizinhos de Sheila, há muito tempo era óbvio que alguma coisa estava errada.


Semanas após a morte de Sheila, em agosto de 2019, Chantel*, que morava no apartamento logo abaixo, trocou as lâmpadas. Quando ela removeu a lâmpada velha, larvas caíram do teto. Nas semanas seguintes, o problema só piorou.


"Havia larvas no quarto, na sala e no banheiro. E mais ou menos em todos os meus móveis", lembra ela. "Você sentava no sofá e depois de um tempo encontrava uma larva esmagada", diz ela. "Foi como viver em um filme de terror."


Chantel, que nos pediu para não usar seu nome verdadeiro, diz que ligou para a Peabody, a associação habitacional que administra o prédio, mas foi informada de que a entidade não lidava com larvas.


"É muito triste que alguém possa estar em seu apartamento por tanto tempo e não ser encontrado. Ninguém estava sequer se esforçando para entrar em contato com ela", diz ela.

Ela não foi a única vizinha a levantar preocupações ao longo dos meses seguintes.


Audrey se lembra de voltar de uma viagem de trabalho e sentir um fedor desagradável "como o de um cadáver" ao pegar o elevador até o terceiro andar.


"Isso me fez sentir mal", diz ela. "Foi simplesmente horrível."


Um relatório identificou que houve várias 'oportunidades desperdiçadas' para se encontrar o corpo de Sheila — Foto: BBC


Outros vizinhos do mesmo andar dizem que tentaram colocar toalhas e lençóis embaixo da porta para tentar impedir que o cheiro se alastrasse.


"Não conseguíamos nem dormir no apartamento. Não dava nem para comer porque o cheiro era muito, muito ruim", diz Donatus Okeke, que mora em um apartamento de dois quartos com sua esposa Evelyn e seus três filhos.

A todos, ficou claro que Sheila não estava mais morando no local. Sua correspondência começou a transbordar de sua caixa de correio e seu capacho — encostado em sua porta por faxineiros — nunca foi recolocado no seu lugar.


Evelyn diz que ligou para a Peabody "muitas vezes".


Ela me mostra um registro escrito da primeira ligação — em 10 de outubro de 2019 — dois meses após a morte de Sheila.


Iyesha, outra vizinha do mesmo andar, também procurou a Peabody várias vezes. "Eu continuei ligando dizendo que havia um cheiro de morte", diz ela. "Ninguém veio."


Audrey diz que os vizinhos fizeram tudo o que podiam para alertar a associação habitacional. Ela diz ter ficado tranquilizada quando, na linha de atendimento ao cliente, a Peabody disse que alguém investigaria a situação.


"Essa é a única coisa que eu lamento — que eu acreditei na Peabody. Eu lamento não ter chamado a polícia mais cedo, porque eu apenas confiei que eles iriam fazer algo."

A Peabody disse à BBC que a associação ficou "arrasada" com o que aconteceu com Sheila e que foi "transparente sobre o que deu errado".


Mas por que Sheila não foi descoberta antes de fevereiro de 2022?


Depois que ela morreu, seu aluguel parou de ser pago. A Peabody enviou cartas, e-mails e mensagens de voz. Mas no ano seguinte, ninguém a visitou para ver como ela estava. Isso apesar de ela sempre pagar o aluguel em dia desde que se mudara para o apartamento em 2014.


Em vez disso, sem ter falado com Sheila, a Peabody solicitou ao governo um benefício no nome dela. O auxílio é destinado a inquilinos que têm dificuldades para pagar suas contas.


O pedido foi bem-sucedido, e em março — sete meses após a morte de Sheila — seu aluguel estava sendo pago pelo governo diretamente para a Peabody.


Em abril de 2020, venceu o certificado de segurança do gás — uma obrigação anual para os proprietários. Quando os inspetores da Peabody não puderam entrar no apartamento, novamente ninguém da administradora fez nada. Em vez disso, a associação habitacional escreveu cartas para Sheila e depois cortou o fornecimento de gás.


Um ano depois de sua morte, a Peabody finalmente visitou o prédio diante das inúmeras reclamações dos vizinhos. A associação pediu à polícia que verificasse como estava Sheila, mas quando os policiais bateram em sua porta e ninguém respondeu, a administradora decidiu que não tinha justificativa suficiente para entrar no apartamento.


Um erro do operador da polícia agravou ainda mais o problema: uma mensagem falsa foi enviada à Peabody dizendo que Sheila havia sido avistada. Depois disso, foram mais 16 meses até que o corpo de Sheila fosse descoberto. A polícia de Londres pediu desculpas e disse que o operador responsável só não foi investigado porque já havia se aposentado.


Ainda assim, diante de diversas evidências e reclamações, em nenhum momento ninguém da Peabody havia tentado visitar Sheila.


Um relatório independente encomendado pela Peabody afirma que houve várias "oportunidades desperdiçadas" de se encontrar o corpo de Sheila antes.


O documento disse que a metodologia de trabalho de Peabody fez com que todos os incidentes — como as reclamações dos vizinhos e a verificação de segurança de gás — fossem tratados isoladamente.

A associação habitacional "parece não ter percebido os gatilhos, ouvido... os vizinhos ou ligado os pontos", diz o relatório. O documento diz que a Peabody tem uma cultura burocrática e "orientada por metas" que "não coloca o cliente no centro das suas ações".


Outro problema é que poucos gerentes da Peabody supervisionavam muitos imóveis, e não davam conta de todos os problemas.


As associações habitacionais costumam dividir os apartamentos e casas que administram em grupos. Cada grupo tem um gerente de bairro ou oficial de habitação cujo trabalho é lidar com os problemas e preocupações dos residentes.


Mas, enquanto os tamanhos típicos desses grupos são de 250 a 500 propriedades, na Peabody cada gerente supervisionava de 800 a mil propriedades naquela época.


A Peabody disse à BBC News que, desde que o corpo de Sheila foi encontrado, a entidade reduziu o tamanho médio dos seus grupos para cerca de 500 propriedades.


Charlie Trew, da organização não-governamental Shelter, diz que as associações habitacionais estão sob pressão crescente por causa de "problemas fundamentais com o modelo de financiamento".


Ele disse que os cortes do governo desde 2010 forçaram as associações habitacionais a encontrar financiamento alternativo, muitas vezes por meio da construção e venda de casas particulares para financiar o custo de construção de casas sociais.


"Isso resulta em uma experiência pior para o inquilino, porque essas associações habitacionais estão cada vez mais focadas no desempenho financeiro de sua organização do que na experiência do inquilino", diz ele.


Um porta-voz do Departamento de Habitação, Comunidades e Governo Local disse: “O trágico evento em torno da morte de Sheila Seleoane joga luz nos impactos totalmente devastadores dos administradores sociais que ignoram seus inquilinos”.


Charlie Trew, da Shelter, diz estar preocupado com o fato de que, à medida que as associações habitacionais se fundem e se concentram mais no lucro, os inquilinos às vezes podem ser tratados como "um problema, ou uma questão, uma tarefa da qual precisam se livrar".


“Essa cultura fundamental precisa mudar para que as associações habitacionais, mais uma vez, priorizem a saúde e o bem-estar de seus inquilinos, ouçam-nos e sintam que têm o dever de cuidar para garantir que seus inquilinos tenham uma vida feliz e gratificante."

Outro fator que explica por que Sheila não foi encontrada antes é a sua solidão.


Um vídeo de seu funeral mostra apenas uma pessoa parada na frente de um crematório vazio — seu meio-irmão Viktor, que disse que não falava com ela há anos. Outra pessoa — um representante da Peabody — chegou atrasada.


Nenhuma outra família. Nenhum amigo.


Sheila trabalhava para uma agência, então é provável que ela não tivesse um local de trabalho fixo ou colegas.


E pesquisas online revelam uma presença muito limitada nas redes sociais. Uma postagem no Facebook de 2012 sugere que ela estava procurando por um antigo amigo de escola com quem havia perdido contato. "Não consigo me lembrar do seu endereço e cometi o erro de não anotá-lo", escreveu ela. Ninguém respondeu.


O Escritório de Estatísticas Nacionais diz que cerca de 7% dos adultos britânicos se sentem solitários com frequência.


Alguns estudos científicos sugeriram que a solidão pode aumentar a chance de uma morte prematura.


Não sabemos como Sheila morreu, mas seus registros médicos sugerem várias complicações de saúde.


Seus vizinhos dizem que ela era "reservada" e "tímida", mas amigável. Eles a cumprimentavam na escada, mas não a conheciam.


"Isso me fez olhar para meus vizinhos e minha comunidade de uma maneira diferente", diz Audrey. "Devemos realmente cuidar das outras pessoas."

Em nota, a Peabody disse que não fez o suficiente para entender a situação.


"Escrevemos e telefonamos repetidamente sem reconhecer que isso não era suficiente", disse um porta-voz.


A Peabody disse que mudou a forma como investigava as reclamações. A cobrança do aluguel e as verificações de segurança do gás também mudaram como resultado do caso de Sheila.


A organização admitiu que seu relacionamento com os moradores de Lord's Court era ruim e disse que pediu desculpas a eles.


Apesar dos esforços da Peabody para melhorar, os vizinhos de Sheila ainda se dizem traumatizados. A BBC descobriu que eles estão conversando com advogados e avaliando processar a Peabody.


Audrey diz que o prédio desencadeia memórias horríveis daqueles dois anos e meio vivendo a poucos metros de um cadáver e suas múltiplas tentativas de alertar a Peabody.


"Eu sempre me perguntei o que estava acontecendo atrás daquela porta", diz ela.


"Eles não sabem as noites sem dormir que passamos depois disso e como isso nos afetou", diz Audrey. "Ainda me afeta toda vez que saio de casa — vejo o apartamento de Sheila e me lembro constantemente do que aconteceu lá."

Evelyn e sua família também estão tentando ir embora. Desde que o corpo de Sheila foi descoberto, o filho de 12 anos de Evelyn, Chialuzue, tem tido insônia e seu desempenho na escola piorou. Ela atribuiu ao que aconteceu com Sheila.


"Estamos sendo negligenciados. Eles não se importam conosco. Eles só se preocupam com o dinheiro e nada mais", diz ela.


A Peabody disse que havia uma escassez desesperada de habitação social em Londres, mas que iria checar qual outro apoio poderia oferecer a Audrey e Evelyn.


Fonte: BBC

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Após ataque em creche, SC anuncia colocar um policial armado em cada escola estadual em até 60 dias

O governador Jorginho Mello (PL) anunciou nesta segunda-feira (10) que, em até 60 dias, todas as escolas estaduais de Santa Catarina terão ao menos um policial armado. A decisão ocorre após o ataque em uma creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, que matou quatro crianças.


Enzo Barbosa, Larissa Toldo, Bernardo Machado e Bernardo Pabst , em sentido horário começando no canto superior esquerdo — Foto: Reprodução/Redes sociais


A iniciativa custará R$ 70 milhões ao ano e será implementada em 1.053 unidades de ensino. Além de policiais militares que estão na ativa, o Estado planeja chamar profissionais aposentados.


O ataque ocorreu na quarta-feira (4), na creche Cantinho Bom Pastor. Além dos mortos, cinco crianças se feriram. As vítimas tinham entre 4 e 7 anos de idade.



"Onde a criança estiver brincando ele [agente de segurança] tem que estar junto. As crianças estão no parquinho ele tem que estar junto", disse o governador.


Em relação às creches e escolas municipais, Mello afirmou que o Estado não irá exigir a escolta armada e que será de responsabilidade de cada administração a decisão. "A gente vai ter colaboração com os prefeitos e entendimentos, mas é de responsabilidade do município."


"Já começamos o processo. A ronda na escola já começou, o vigia na escola já começou. E o homem ou a mulher armada dentro da escola em 60 dias a gente começa", disse.


Parque de creche onde houve ataque a Blumenau — Foto: Tiago Ghizoni/NSC


Após o crime, a prefeitura de Blumenau anunciou férias na rede municipal de ensino para contratar segurança privada. As aulas retornam em 17 de abril.


Outras medidas, como a implantação de 125 câmeras nas escolas do município, já haviam sido anunciadas pela prefeitura após o ataque à creche. A creche onde houve o ataque fará uma reunião com órgãos do governo, na terça (11), para traçar planos de segurança.


Em entrevista ao g1 SC na sexta-feira (7), a fundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Violências (NUVIC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ana Maria Borges de Sousa, já havia afirmado que a presença de vigilantes ou a policiais nas escolas em uma lógica de "criar personagens que fazem a repressão" pode auxiliar no combate das violências, mas não é suficiente.


Segundo a especialista, é necessário políticas públicas, com o auxílio da comunidade escolar, gestões e governos para incentivar uma cultura de direitos humanos e de direito à vida.


"A gente precisa incentivar nas escolas, nas famílias nas instituições uma cultura de direitos humanos e de direito à vida. É preciso implementar uma gestão de cuidado com a vida" explica.


Crime

O ataque ocorreu na unidade de ensino particular que fica na rua dos Caçadores, no bairro Velha. Segundo a polícia, o assassino pulou o muro da creche e iniciou o ataque com uma machadinha.


Após a ação, ele se entregou no Batalhão da PM. O suspeito tem passagens na polícia por porte de drogas, lesão e dano, segundo a Polícia Civil.


Na quinta-feira (6), o assassino teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. A decisão que o mantém na cadeia por tempo indeterminado ocorreu em audiência de custódia.


Quem são as vítimas

Bernardo Cunha Machado: 5 anos

Bernardo Pabst da Cunha: 4 anos

Larissa Maia Toldo: 7 anos

Enzo Marchesin Barbosa: 4 anos


Fonte: g1

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Homem mata 4 dentro de banco no Kentucky, nos EUA, e morre no local

Um homem abriu fogo dentro de um banco em Louisville, no Kentucky, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (10). Cinco pessoas morreram incluindo o atirador, de acordo com a polícia da cidade.


Policiais diante de local onde homem atirou e matou cinco em Louisville, no Kentucky, em 10 de abril de 2023. — Foto: Michael Clevenger/USA Today Network via Reuters


Segundo testemunhas, o homem invadiu o banco na rua East Main, no centro da cidade, no início da manhã e atirou contra pessoas lá dentro.


Entre as vítimas, duas eram policiais e outras duas, clientes do banco, de acordo com a polícia local. Outras oito pessoas ficaram feridas e foram levadas a um hospital local. Segundo a polícia, duas delas estão em estado grave.


Imagem do solo mostra a fachada do banco que foi alvo de um atirador em Louisville em 10 de abril de 2023 — Foto: WHAS via REUTERS


A polícia ainda está tentando determinar se o atirador atirou em si mesmo ou foi baleado pela polícia, disse Paul Humphrey, vice-chefe do Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville, a repórteres.


Os oficiais afirmaram que o homem tinha um vínculo com o banco, sem especificar qual.


O homem ficou mais de duas horas no local, e a polícia chegou a pedir para que as pessoas não circulassem na área.


Policiais caminham em região interditada de Louisville, no Kentucky em 10 de abril de 2023 — Foto: Michael Clevenger/USA Today Network via REUTERS


“Por favor, orem por todas as famílias afetadas e pela cidade de Louisville”, disse o governador de Kentucky, Andy Beshear, que estava indo para o local.


O FBI afirmou que chegou a enviar agentes para o local do ataque, mas não informou as motivações do atirador.



Tiroteios em massa se tornaram recorrentes nos Estados Unidos. Até agora neste ano, o país sofreu 146 tiroteios em massa - usando a definição de quatro ou mais baleados ou mortos, sem incluir o atirador - de acordo com o Gun Violence Archive, um grupo sem fins lucrativos.


Fonte: g1

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Polícia apreende 60 kg de drogas em caminhão do Sedex em Gravataí

A Polícia Civil apreendeu 60 kg de drogas transportadas em um caminhão do Sedex, neste domingo (9), em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O motorista foi preso em flagrante por tráfico de drogas.


Caminhão do Sedex abordado pela polícia em Gravataí — Foto: Polícia Civil/Divulgação


Os Correios dizem estar colaborando com as autoridades e que avalia as medidas contratuais cabíveis nesta situação. "As encomendas que eram transportadas pelo caminhão apreendido já seguiram o fluxo normal de entregas", diz a empresa. Veja a nota completa abaixo.


O g1 procurou a transportadora responsável por operar o caminhão, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta reportagem.


Segundo o delegado Gabriel Borges, da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (DIN), as empresas não teriam conhecimento do caso porque os motoristas seriam aliciados por grupos criminosos e transportavam a droga sem alterar a rota de entrega das cargas lícitas. Ainda assim, a polícia deve investigar eventual participação de transportadoras no esquema.



"Nós fomos surpreendidos. Nós tínhamos informações [do uso de caminhões] de transportadoras, mas não dos Correios. Eram de outras empresas privadas. Então, isso nos chamou bastante atenção", diz o delegado.


A carga era de 32 kg de cocaína produzida no Peru e de 28 kg de crack. De acordo com o delegado, a cocaína poderia render até cinco vezes mais a quantidade original após ser submetida a processos químicos. Já o crack poderia render mais de 150 mil pedras.


O motorista preso, morador de Curitiba, não tinha antecedentes criminais, segundo a polícia. Ele disse aos agentes que recebeu R$ 4 mil para fazer o transporte da droga, que estava escondida na cabine no caminhão.


O caminhoneiro faria a entrega do crack próximo a um posto de pedágio em Gravataí. A Polícia Civil abordou o veículo após receber informações da remessa de drogas.


Droga transportada em caminhão do Sedex apreendida em Gravataí — Foto: Polícia Civil/Divulgação


Investigação

A Polícia Civil começou a investigar o caso há cerca de três meses, depois de uma série de grandes apreensões de drogas na região.


As cargas chegaram ao estado por meio de veículos de transportadoras, segundo a 3ª DIN. As entregas seriam semanais, com o transporte de meia tonelada por mês.


Conforme a polícia, criminosos do RS estariam aliciando caminhoneiros que fariam o tráfico de drogas de estados como São Paulo, Paraná e Santa Catarina.


"Muitas vezes, tem algum conhecido em comum. Às vezes, um outro motorista indica. Daqui a pouco, o motorista pode estar passando por algum tipo de dificuldade financeira, o que facilita a vida para o criminoso aliciar", afirma o delegado Gabriel Borges.


A investigação agora busca identificar os integrantes do grupo criminoso.


Nota dos Correios:

"Em relação à operação Via Expressa, realizada pela Polícia Civil/RS nesse fim de semana, os Correios informam que a área de segurança corporativa da empresa está acompanhando o caso e colaborando com as autoridades competentes.


A estatal avalia as medidas contratuais cabíveis nesta situação.


As encomendas que eram transportadas pelo caminhão apreendido já seguiram o fluxo normal de entregas.


Os Correios enfatizam que mantêm estreita parceria com órgãos de segurança pública para prevenir crimes nos serviços postais."


Fonte: g1

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Diretora do Flamengo é indiciada por xenofobia após atacar nordestinos em post sobre eleição

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou por xenofobia, na última quarta-feira (5), Ângela Rollemberg Santana Landim Machado, diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, por posts com críticas aos nordestinos. Os ataques aconteceram após a vitória de Lula (PT) na eleição presidencial. Esposa de Rodolfo Landim, presidente do clube, ela atacou a região onde Lula venceu com larga vantagem.


Ângela Landim, Bolsonaro e Landim — Foto: Reprodução


A investigação estava a cargo da delegada Rita Salim, titular da Decradi. Ângela fechou o seu perfil, no qual demonstrava apoio a Jair Bolsonaro (PL). Ela chegou a fazer campanha para o ex-presidente depois da conquista da Libertadores de 2022, em Guayaquil.



Em um post ao lado de Rodinei, ela fez o sinal com o 22, número de Bolsonaro na eleição, e escreveu: "Vencemos uma. Falta a outra".


Lula obteve 69,34% dos votos na região Nordeste, enquanto Bolsonaro ganhou nas outras regiões.


O resultado levou justamente ao conteúdo do post: "Ganhamos onde se produz, perdemos onde se passa férias."


Angela Machado, o marido, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo — Foto: Reprodução


Na sequência da mensagem, ela ainda associa os nordestinos aos carrapatos, usando um apelido dado aos eleitores de Bolsonaro como referência: "Se o gado morrer o carrapato passa fome".


Dias depois, ela voltou às redes para se desculpar:


"Peço desculpas pelo meu erro, reconheço e respeito o processo democrático e o resultado das urnas. E torço para que o próximo governo tenha êxito pelo bem do nosso país, independente de qualquer ideologia. Peço desculpas também ao povo nordestino, aos sergipanos e a todos que, de alguma forma, feri com meus atos. E, inclusive minha família, com quem me desculpei diretamente". Ângela nasceu em Aracaju, em Sergipe.


"A publicação que caracterizou uma conduta preconceituosa e ofensiva contra todo povo nordestino ganhou repercussão negativa nas redes sociais e mídia", explicou a delegada.


A polícia informou que, ao depor, Ângela disse que respostou o conteúdo e que não teve intenção de ofender ninguém.


"Ângela foi intimada e ouvida em sede policial, confirmando a realização da postagem em seu perfil da rede social e alegando que não foi a criadora da frase postada, mas apenas “repostou”, sem a intenção de desqualificar o povo nordestino."


Post feito pelo perfil pessoal de Ângela Machado — Foto: Reprodução


No início de novembro, Landim disse ao ge que os ataques feitos pela sua mulher aos nordestinos eram um "desabafo". Disse ainda que ela tinha "o direito de se posicionar."


A assessoria do Flamengo foi procurada e informou que não vai se posicionar sobre o caso.


Como diretora de responsabilidade social do clube, Ângela comandou algumas ações feitas pelo Flamengo durante a atual temporada. Em uma delas, levou moradores de rua para assistir a um jogo do Flamengo contra o Athletico-PR, no Maracanã, no dia 15 de agosto.


Fonte: g1

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