domingo, abril 26, 2020

No “limite da barbárie”, diz Le Monde sobre situação da pandemia no Brasil

O jornal francês Le Monde destaca em sua edição de sábado (25) que a pandemia se agrava no Brasil, onde o número de mortes atribuídas à Covid-19 aumenta, enquanto o presidente Jair Bolsonaro continua negando sua gravidade.

© REUTERS/Bruno Kelly

“Nós estamos no limite da barbárie”, diz o título do jornal, citando as palavras do prefeito de Manaus, Artur Virgílio Neto, em entrevista à imprensa após reunião com o vice-presidente Hamilton Mourão, na segunda-feira (20). Na capital do Amazonas, o número de enterros triplicou e valas são cavadas com escavadeiras. “Nos hospitais sobrecarregados, os cadáveres são colocados em filas nos corredores, e os pacientes idosos são mandados para morrer em casa”, afirma o texto. 

O Ministério da Saúde do Brasil divulgou nesta sexta-feira (24) o mais recente balanço de casos de coronavírus no país. Até o momento, foram ao menos 3.670 mortes e mais de 52 mil casos confirmados. Mas como lembra o correspondente em São Paulo, Bruno Meyerfeld, os números oficiais não são confiáveis, porque as autoridades não conseguem mais testar nem os vivos nem os mortos, e certos números da Covid-19 são informados com até 20 dias de atraso.

Segundo estimativas da imprensa brasileira, citadas no artigo, os casos de pessoas contaminadas seriam 12 a 15 vezes superiores ao número anunciado pelas autoridades. Já as vítimas mortais poderiam ter ultrapassado 15 mil, nos piores cenários.

Um cirurgião de um hospital Geral de Fortaleza, que preferiu permanecer anônimo, diz que está em “uma guerra cotidiana”, por leitos e respiradores. Segundo o médico, 100% das vagas em terapia intensiva estão ocupados no centro de saúde.

O artigo também comenta a falta de luvas e máscaras para profissionais da saúde nos hospitais de São Paulo, que tiveram que usar capas de chuva e sacos de lixo para se proteger, diz Sérgio Antiqueira, presidente do sindicato de empregados do setor, ao Le Monde. Alguns médicos e enfermeiros receberam apenas uma máscara descartável durante um mês.

Sistema de saúde

Segundo a especialista do setor da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entrevistada pelo jornal, Ligia Bahia, o Brasil não está pronto para enfrentar a epidemia. Apesar de possuir milhares de leitos em UTIs, a grande maioria está no sistema de saúde particular, indisponível para a grande maioria da população.

Segundo Le Monde, o resultado é que, em algumas regiões, o brasileiro deve percorrer até 155 quilômetros para conseguir os complexos tratamentos demandados pelo Covid-19.

Bahia ressalta que a pandemia mostra a falência do sistema democrático brasileiro que em trinta anos, desde o fim da ditadura, não investiu para criar um sistema de saúde público eficiente para os mais pobres que serão as primeiras vítimas. “Ele funciona primeiro para os ricos”, diz a especialista.

Novo cemitério

Le Monde lembra que apesar do drama vivido pelo país, o presidente Jair Bolsonaro, para quem o vírus não passa de uma “gripezinha”, defende um retorno rápido à normalidade. O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, considerado como submisso a Bolsonaro, “não convence ninguém”, nem mesmo seus colegas de governo.

O jornal cita o Imperial College de Londres, segundo o qual, em caso de inação, a epidemia poderia fazer mais de 1 milhão de vítimas no Brasil. Apesar dos esforços dos governos estaduais para conter a contaminação, apenas metade dos brasileiros estaria seguindo as regras do confinamento e alguns estados já pensam em flexibilizá-las.

Prevendo o pior, segundo Le Monde, o estado de São Paulo ordenou em urgência que 13 mil novas valas fossem abertas e a compra de 38 mil caixões suplementares, além da construção de um novo cemitério. Os enterros serão feitos sem público e de noite, se necessário.

Fonte: RFI
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Bolsonaro se transformou em 'zumbi', dizem militares 'perplexos' e 'chocados'

Oficiais-generais ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo avaliaram que o governo de Jair Bolsonaro terá dificuldades de se levantar após a saída de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça. Eles se disseram "perplexos" e "chocados" com as declarações do ex-juiz da Lava-Jato, que acusou o presidente de interferência na Polícia Federal e fraude.

© Ed Alves/CB/D.A Press

Um dos militares disse que Bolsonaro virou um "zumbi" — comparando-o a Michel Temer após a denúncia de Joesley Batista que quase o derrubou - e Moro saiu ainda maior na sua condição de "ícone" da nova política.

"Tudo tem limite", afirmou um dos ouvidos. Outro disse que o presidente cometeu "suicídio" e não recupera mais seu capital político.

O tamanho do problema ainda está sendo avaliado, mas todos afirmaram que as consequências são "imprevisíveis".

O que joga principalmente contra Bolsonaro, neste momento, é a credibilidade de Moro. Portanto, mesmo que o governo ou o Palácio tente exigir que o ex-juiz da Lava-Jato prove o que falou, a credibilidade do ex-juiz e o seu comportamento têm peso muito mais forte.

Alguns oficiais-generais chegaram a lamentar que estejam no governo "até o pescoço" e, agora, não sabem ainda como sair dessa encruzilhada.

A situação toda é muito delicada, eles disseram, e que a demissão de Moro e a forma como ela ocorreu colocam o Congresso e a sociedade em um debate sobre um impeachment do presidente. Para eles, um processo de afastamento seria um caminho "longo" e "difícil".

Villas Bôas
Figura mais popular e influente no setor militar, o general da reserva Eduardo Villas Bôas disse que se "identificou" com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo, Villas Bôas fez muitos elogios a Moro e evitou comentar sobre a situação política do governo. "Está muito cedo para avaliar as consequências", disse. "Por enquanto, eu só tenho a lamentar do ponto de vista pessoal."

O ex-comandante do Exército lembrou que conheceu o ex-juiz da Lava-Jato no Palácio do Planalto. "Trata-se de uma pessoa que fez história, com base nos princípios éticos, com quem eu me identificava e tinha a honra de desfrutar da amizade", afirmou Villas Bôas.

Como a quase totalidade da cúpula das Forças Armadas, Villas Bôas nunca escondeu a admiração pelo ex-juiz. No entanto, em uma entrevista, em abril ao jornal O Estado de S. Paulo, ele lembrou: "Ninguém tutela o presidente". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Correio Braziliense
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Acusações de Moro contra Bolsonaro dividem partidos de oposição

As acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro contra o presidente Jair Bolsonaro dividiram os partidos de oposição. Diante das revelações de Moro, cada partido decidiu agir por conta própria, alguns deles disputando protagonismo, outros seguindo caminhos diferentes.

Parlamentares e dirigentes do PDT, PSB e Rede entraram cada um com o seu próprio pedido de impeachment de Bolsonaro. Uma parte da bancada do PSOL já havia feito o mesmo semanas atrás – contrariando orientação da direção partidária.

Acusações de Moro contra Bolsonaro dividem partidos de oposiçãoJá o PT pisou no freio por orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em reunião com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, o ex-presidenciável Fernando Haddad, o presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloisio Mercadante e os líderes das bancadas na Câmara e no Senado, Lula orientou o partido a ter cautela diante das revelações de Moro.

À noite o ex-presidente participaria de uma reunião ampliada com a executiva nacional do partido e outras lideranças. Ao longo do dia , o PT dividiu o foco entre Bolsonaro e Moro, apontado como algoz de Lula e responsável pelo um ano e meio que o petista passou na cadeia.

Gleisi, em suas redes sociais, comparou a fala de Moro a uma “delação”. Vídeo distribuído por lideranças do partido no início da noite destacava o “elogio” de Moro a Lula e à ex-presidente Dilma Rousseff. O ex-ministro disse que “apesar dos problemas” de corrupção os governos petistas mantiveram a autonomia da Polícia Federal, ao contrário de Bolsonaro.

A falta de unidade fez naufragar uma iniciativa da direção do PSOL que tentou articular a unidade dos partidos de esquerda em torno de um pedido de impeachment que seria assinado por juristas, intelectuais e entidades representativas da sociedade civil.

A ideia foi lançada no início da tarde e levada por cada partido para discussões internas. A decisão deveria acontecer na reunião dos presidentes dos partidos, no final da tarde, mas PDT e PSB nem sequer participaram da conversa, o PT tirou o pé do acelerador e o PC do B também. Até o início da noite, os partidos de oposição não haviam chegado a um acordo nem sequer sobre o teor de uma nota conjunta.

Fonte: Estadão
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PF identifica Carlos Bolsonaro como coordenador de fake news contra Congresso e STF

Como havíamos adiantado na quinta, 23, uma equipe da Polícia Federal que investiga as fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF) identificou o articulador das publicações: Carlos Bolsonaro (Republicanos). A informação foi corroborada por Leandro Colon, da Folha de S.Paulo, neste sábado, 25.

Vereador Carlos Bolsonaro
© AFP/Arquivos Vereador Carlos Bolsonaro

Na operação, os policiais responsáveis pelas investigações garantem que o filho do presidente, também conhecido como 02, é um dos coordenadores de ataques ao Supremo e ao Congresso.

Com isso, quando todo o aparato da investigação apontar para Carlos como o mentor, a crise estará instaurada. Além disso, há um processo aberto pelo STF para investigar esse movimento de notícias falsas.

A equipe que investiga o caso aberto pelo STF para analisar fake news também vai apurar quem foram os autores do protesto pró-ditadura, do qual Jair Bolsonaro participou no último domingo (19).

Segundo a reportagem da Folha, a PF também investiga a possível participação de Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de SP e irmão de Carlos, nessas atividades criminosas.

Esse cerco sobre os filhos do presidente teria sido um dos fatores determinantes para que Jair Bolsonaro resolvesse trocar o comando da Polícia Federal. O que acabou provocando a demissão do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

Fonte: Isto É
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Rachadinha de Flávio Bolsonaro financiou prédios da milícia no Rio, aponta MPF em reportagem do ‘The Intercept’

O senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro financiou com dinheiro público a construção de prédios da milícia no Rio de Janeiro e lucrou com esquema ilegal, aponta o Ministério Público Federal (MPF) do Rio. O site The Intercept publicou neste sábado documentos e dados sigilosos aos quais teve acesso que mostram que os empreendimentos de três construtoras (São Felipe Construção Civil Eireli, São Jorge Construção Civil Eireli e ConstruRioMZ) de Rio das Pedras foram feitos com dinheiro de “rachadinha”, coletado no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O MPF chegou a essa conclusão depois de cruzar informações bancárias de 86 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema ilegal.

O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, acompanha pronunciamento do pai.
© UESLEI MARCELINO (Reuters) O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, acompanha pronunciamento do pai.

De acordo com os investigadores, que falaram com The Intercept em condição de anonimato, Flávio Bolsonaro estaria recebendo atualmente o lucro do investimento dos prédios por meio de repasses feitos pelo ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega —executado em fevereiro na Bahia— e pelo ex-assessor Fabrício Queiroz.

O andamento dessas investigações que fecham o cerco contra o filho do presidente teria sido um dos motivos que fizeram com que Bolsonaro pressionasse no ano passado o agora ex-ministro Sergio Moro pela troca do comando da Polícia Federal no Rio, que também investiga o caso, e em Brasília. Moro deixou, na sexta-feira, o cargo no Ministério da Justiça e Segurança Pública, acusando o presidente de interferir politicamente na PF. Bolsonaro negou a acusação, mas disse que pretende colocar alguém no cargo “com quem possa interagir”.

De acordo com The Intercept, Flávio pagava os salários de seus funcionários com a verba do seu gabinete na Alerj, e Queiroz —apontado como articulador do esquema de “rachadinhas”— confiscava cerca de 40% dos vencimentos dos servidores e repassava parte do dinheiro ao ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, apontado como chefe do Escritório do Crime, uma milícia especializada em assassinatos por encomenda.

A organização criminosa, que, além de Rios das Pedras, atua também em Muzema, cobra “taxas de segurança”, ágio na venda de botijões de gás, garrafões de água, exploração de sinal clandestino de TV, grilagem de terras e na construção civil nas duas favelas, que ficam em Jacarepaguá (zona oeste do Rio) e onde vivem mais de 80 mil pessoas. A região teve um boom de construções irregulares nos últimos anos e, em abril de 2019, duas delas desabaram, deixando 24 mortos e 10 feridos.

As investigações apontam que o lucro com a construção e vendas desses prédios seria dividido com Flávio Bolsonaro, já que ele era o financiador do esquema, usando dinheiro público.

De acordo com o MPF, os repasses da rachadinha para o capitão Adriano acontecia por meio das contas da sua mãe, Raimunda Vera Magalhães, e sua mulher, Danielle da Costa Nóbrega. Ambas tinham cargos comissionados no gabinete do deputado na Alerj entre 2016 e 2017 e foram nomeadas por Queiroz. A mãe e a mulher de Adriano movimentaram ao menos 1,1 milhão de reais durante esse período e teriam repassado dinheiro para algumas empresas, entre elas dois restaurantes, uma loja de material de construção e três pequenas construtoras, que teriam sido registrados em nomes de “laranjas” do Escritório do Crime.

Fonte: El País
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Saída de Moro e troca no comando da PF têm digitais do vereador Carlos Bolsonaro

A troca no comando da Polícia Federal e a saída do ex-juiz federal Sérgio Moro do governo nesta sexta-feira, 24, têm as digitais do vereador Carlos Bolsonaro (RJ), observam interlocutores do Palácio do Planalto. Na avaliação de auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, a área da inteligência, da Justiça e Segurança Pública pode ganhar um rótulo de “empresa familiar”.

O vereador Carlos Bolsonaro
© Dida Sampaio / Estadão O vereador Carlos Bolsonaro

Ao justificar seu pedido de demissão, Moro expôs os interesses que lhe foram transmitidos pelo presidente: interferir politicamente na PF, ter acesso a relatórios de inteligência e controlar inquéritos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento brusco de Bolsonaro foi interpretado por setores do Congresso como uma pretensão do presidente de blindar a própria família, que figura em apurações que podem render reveses políticos.

O interesse do filho zero dois em ter influência sobre agentes federais ficou nítido em julho de 2019. Após a prisão de um militar integrante da comitiva presidencial na Espanha com 39 kg de cocaína, Carlos passou a criticar o Gabinete de Segurança Institucional, responsável pela segurança do pai, e a defender a transferência dessa responsabilidade para a Polícia Federal.

Um dos nomes mais cotados para assumir a direção-geral da PF, em substituição a Maurício Valeixo, é o do chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. E nele também há um elo com Carlos. Ramagem foi cogitado para chefiar o que o ex-ministro Gustavo Bebianno definiu como “Abin paralela”, estrutura que Carlos teria tentado implementar no Palácio do Planalto.

Para substituir Sérgio Moro, um dos cotados é Jorge Oliveira, da Secretaria Geral da Presidência, um dos ministros mais próximos a Bolsonaro. Embora não compartilhe o sobrenome, Oliveira tem forte ligação pessoal com os filhos do presidente. Nomeá-lo tornaria a interlocução do clã facilitada. Major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, o ministro é filho de Jorge de Oliveira Francisco, falecido em 2018. Capitão do Exército, chefiou o gabinete de Bolsonaro na Câmara por anos.

Mais recentemente, o incômodo dos filhos do presidente com Sérgio Moro já não estava mais restrito aos bastidores. Com características do tradicional processo de fritura ao qual são submetidos adversários do grupo, Carlos e Eduardo Bolsonaro foram às redes sociais criticar publicamente o agora ex-ministro da Justiça. Em referência a uma proposta de comprar equipamentos eletrônicos para que presos do sistema federal pudessem conversar com familiares remotamente, em alternativa às visitas físicas durante a crise do novo coronavírus, os filhos usaram as redes sociais para atacar Moro.

"Enquanto o civil sentado sozinho em parque público é preso de maneira brutal, o bandido na cadeia recebe um tablet novinho para falar com seus familiares. Isso não se trata apenas de inversão de valores, mas é a destruição da moralidade. Vergonhoso!", dizia a mensagem compartilhada por Carlos.

Interlocutores do governo dizem que, ao topar abrir mão de um dos pilares de seu governo, Bolsonaro sinaliza estar mais preocupado com efeitos das apurações fora de seu controle do que com manter a imagem de alguém com foco no combate implacável à corrupção. Com a interferência, o presidente estaria em busca de atender interesses pessoais, como se as instituições funcionassem prioritariamente para defendê-lo.

Fonte: Estadão
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"Não existe um município do RN que o vírus não esteja circulando", diz secretário adjunto de Saúde

O secretário adjunto de Saúde do Rio Grande do Norte, o médico Petrônio Spinelli, afirmou neste sábado (25), durante coletiva de imprensa, que o novo coronavírus está presente em todos os municípios do estado. De acordo com o boletim pela Secretaria Estadual de Saúde, 155 cidades contam com casos suspeitos atualmente. O RN tem 167 municípios.

"Posso afirmar sem nenhum medo que não existe um município do Rio Grande do Norte que o vírus não esteja circulando", declarou.
A explicação para isso é que "a subnotificação continua muito alta", de acordo com Spinelli. "O Rio Grande do Norte é o primeiro estado do Nordeste em número proporcional de testagem, mas isso não representa que a gente atinja nenhuma porcentagem significativa dos casos reais", completou.

Petrônio Spinelli se mostra preocupado com o aumento do número de casos do RN — Foto: Sandro Menezes
Petrônio Spinelli se mostra preocupado com o aumento do número de casos do RN — Foto: Sandro Menezes

Petrônio Spinelli também se mostrou preocupado com o crescimento do número de casos de Covid-19 no estado. Segundo ele, o momento requer atenção. Hoje, 41,5% dos leitos ocupados por pacientes graves.

"Esta semana foi extremamente preocupante, que teve que mobilizar muitos os trabalhadores da saúde, que estão cada vez mais tensionados. É importante lembrar que o número de pessoas que está chegando aos hospitais está crescendo de forma perigosa. Ele cresce com pessoas com gravidade. Esta é nossa maior preocupação. Antes, nós tínhamos uma quantidade grande de pessoas procurando os hospitais, mas boa parte delas eram rapidamente liberadas. Eram pessoas com quadros leves e muitos só suspeitos que não se confirmavam", comentou.


O RN tem atualmente 3.928 casos suspeitos em 155 municípios. São 781 casos confirmados em 53 municípios; 2.838 casos descartados; 40 óbitos em 17 cidades; e 289 recuperados.
O secretário adjunto aponta o descumprimento do isolamento social como um dos fatores para o aumento dos casos. Ele citou a saída das pessoas às ruas para receber a ajuda de R$ 600 do governo federal. Muitas filas foram registradas em bancos do estado, com muitas pessoas sem máscaras. "Toda vez que há aumento de aglomerações, o impacto acontece 10 a 14 dias depois. A previsão é que os próximos dias serão dramáticos, pois vão refletir a saída das pessoas às ruas nos dias passados", falou Spinelli.

Situação do coronavírus no RN
40 mortes
781 casos confirmados
3.928 suspeitos
2.838 descartados
289 recuperados

Fonte: G1
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