segunda-feira, junho 13, 2022

Homem é morto com pelo menos dez tiros em Caraúbas, no interior do RN

Um homem foi executado em Caraúbas, no interior do Rio Grande do Norte, na madrugada desta segunda-feira (13). De acordo com a Polícia Militar, Antonione Ferreira, de 31 anos, estava em liberdade condicional e foi alvejado em uma rodovia estadual do município. Os suspeitos fugiram.


Homem foi executado em rodovia estadual da entrada de Caraúbas, no interior do RN — Foto: Cedida


De acordo com a Polícia Militar (PM), o crime ocorreu por volta das 1h45. Antonione estava próximo a uma rotatória na entrada da cidade, quando foi surpreendido. Não se tem a confirmação de quantos suspeitos participaram da ação.


Antônio foi alvo de pelo menos dez tiros e morreu no local. Os suspeitos fugiram e policiais fizeram buscas na região, mas ninguém foi preso. O local do crime foi isolado até a chegada do Instituto Técnico de Polícia Científica (Itep).


Fonte: g1

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Lei que cria plano estadual de segurança pública é sancionada no RN

A governadora Fátima Bezerra (PT) sancionou nesta segunda-feira (13) a Lei Complementar 711/2022, que cria a Política Estadual de Segurança Pública e Defesa Social e institui o Sistema de Segurança Pública do Rio Grande do Norte.


Lei foi sancionada em evento nesta segunda-feira (13) — Foto: Elisa Elsie/Assecom-RN


A nova lei reconhece a segurança pública como política de Estado e não de governo e garante atuação integrada dos órgãos estaduais, federais e municipais.


A lei também estabelece as estratégias e garante a participação e o controle social na formulação e acompanhamento de políticas públicas de segurança.


Além disso, dificulta a descontinuidade de programas, projetos e o aproveitamento de recursos, tendo em vista a garrantia de que possa vigorar por 10 anos.



"Estamos tendo a alegria de dizer ao Rio Grande do Norte e ao Brasil, que o nosso estado é o primeiro a ter um plano estadual de segurança pública, conectado com o que preconiza o Sistema Único de Segurança Pública (Susp)", disse a governadora Fátima Bezerra (PT) no evento para a sanção da lei.


Antenor Roberto lembrou a luta do advogado Marcos Dionísio Medeiros Caldas, que presidiu o Conselho Estadual de Direitos Humanos e morreu em 2017, e elogiou o trabalho da equipe que o ajudou na elaboração do plano.


"Vamos avançar e aprimorar os dados para questões como o feminicídio, os crimes envolvendo questões raciais e da sexualidade (...) O nosso plano não é uma abstração, trabalhamos com as concretudes e algumas das coisas já estão acontecendo como a questão do enfrentamento, as medidas de reestruturação do sistema de segurança. É um plano da vida real, dialogando com a vida real", pontuou Antenor Roberto.


Uma outra mudança registrada por Antenor foi a Polícia de Proximidade, que vai trazer a população para interagir com as forças policiais. “Para que a polícia não seja somente a parte ostensiva que entra para combater o crime, mas também se relacionar com a comunidade para saber as dificuldades que a comunidade está passando.”



Plano Estadual de Segurança Pública (PESP)

O Plano Estadual de Segurança Pública (PESP/RN) é o principal instrumento de implementação da Política Estadual de Segurança Pública. É por meio do PESP que são estabelecidas metas, ações, iniciativas e objetivos a serem perseguidos pelos próximos 10 anos. Com a publicação do PESP, o RN terá seu primeiro Plano de Estado.


O Plano promoverá uma nova forma de atuação dos órgãos de segurança, proporcionando ações de curto, médio e longo prazos.


Dessa forma, o estado terá um diagnóstico técnico da situação da segurança pública, proporcionando uma maior clareza dos problemas.


Com o plano, será ainda estabelecido uma série de ações estratégicas que devem ser implementadas pelos integrantes do sistema em relação a criminalidade violenta, reestruturação do sistema de segurança, valorização dos profissionais de segurança, participação e controle social. Também atribui responsabilidade aos integrantes do sistema através de uma matriz de responsabilidades.


O plano impõe também que os órgãos de segurança entreguem seus planejamentos estratégicos e digam como contribuirão para o alcance dos objetivos.


E também garante o acesso aos recursos federais para o estado, haja vista que o Plano é uma imposição da política nacional para os estados conveniados.


Fonte: g1

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Gol anuncia cinco rotas com voos diretos para o Aeroporto de Natal

A Gol Linhas Aéreas anunciou cinco novas rotas de voos diretos tendo Natal como origem ou destino final. Os voos são para Porto Alegre, Goiânia, Curitiba, Belo Horizonte e Campinas.


Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal — Foto: Rayane Mainara


As novas rotas ficam disponíveis a partir deste mês de junho, com vendas já disponíveis.


A Gol já operava com rotas diretas de Natal para São Paulo (aeroportos de Guarulhos e Congonhas), Brasília, Rio de Janeiro (RIOGaleão) e Salvador.


Com os novos voos, a empresa chega ao total de 10 destinos partindo do Rio Grande do Norte.


Bruno Reis, diretor-presidente da Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur) explica que esses novos voos oriundos "das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, são estratégicas para o destino e aumenta nossa competitividade no cenário nacional”.



“Essas novas rotas são estratégicas e devem aumentar o fluxo de turistas vindos de mercados importantes no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, excluindo a necessidade de conexão para chegar ao Rio Grande do Norte, diminuindo o tempo de viagem e aumentando a atividade econômica e turística da região”, afirma Bruno Balan, gerente de Planejamento Estratégico de Malha Aérea da GOL.


Início

A partir do dia 25 de junho, as rotas Curitiba/Natal, Goiânia/Natal, Porto Alegre/Natal e Belo Horizonte/Natal entram em operação com uma frequência semanal de ida e volta.


Já no dia 26, do mesmo mês, começa a operar Campinas/Natal, com a mesma frequência.


Confira, abaixo, as frequências e horários dos novos destinos para Natal:

Goiânia – Natal: a partir de 25 de junho


GOIÂNIA (GYN)17h25NATAL (NAT)20h20Sábado

NATAL (NAT)21h10GOIÂNIA (GYN)00h10Sábado

Belo Horizonte – Natal: a partir de 25 de junho


BELO HORIZONTE (CNF)20h00NATAL (NAT)22h45Sábado

NATAL (NAT)06h30BELO HORIZONTE (CNF)09h15Domingo

Campinas - Natal: a partir de 26 de junho


CAMPINAS (VCP)23h35NATAL (NAT)02h50Sábado

NATAL (NAT)23h25CAMPINAS (VCP)02h45Sábado

Curitiba – Natal: a partir de 25 de junho


CURITIBA (CWB)14h50NATAL (NAT)18h40Sábado

NATAL (NAT)04h45CURITIBA (CWB)08h40Domingo

Porto Alegre – Natal: a partir de 25 de junho


PORTO ALEGRE (POA)23h00NATAL (NAT)03h25Sábado

NATAL (NAT)19h25PORTO ALEGRE (POA)23h50Sábado


Fonte: g1

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80 anos depois, avião americano que caiu durante a 2ª Guerra Mundial é encontrado no litoral do RN

Pesquisadores do Rio Grande do Norte encontraram um pedaço de um avião militar dos Estados Unidos que caiu há exatamente 80 anos no litoral potiguar, durante as operações da Segunda Guerra Mundial - uma das bases americanas ficava em Parnamirim, na Grande Natal.


A estrutura do hidroavião bimotor Catalina, do Esquadrão 83 da Marinha dos Estados Unidos, estava no fundo do mar da Praia de Maracajaú, no município de Maxaranguape, onde caiu em 13 de junho de 1942. O avião só foi encontrado no início deste mês.


Os destroços foram percebidos inicialmente pelo mergulhador profissional Paul Bouffis que ministrava um curso na região. Ao se deparar com a carcaça, avisou ao Centro Cultural Trampolim da Vitória, memorial que reúne fatos históricos sobre a presença americana no RN durante a Segunda Guerra Mundial.


Pesquisador relata encontro

No voo estavam 10 marinheiros - sete morreram, incluindo o piloto, e três sobreviveram, sendo abrigados por pescadores de Barra de Maxaranguape.


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Destroços do avião foram encontrados dentro do mar em Maracajaú, no RN — Foto: Paul Bouffis


De acordo com o curador do Centro Cultural Trampolim da Vitória, Fred Nicolau, há pelo menos outros 10 aviões que caíram entre Parnamirim e Maracajaú, mas há uma dificuldade de encontrar os vestígios porque quem acha os destroços, segundo ele, guarda isso como "um segredo".


"Eu não sabia, à princípio, que esse estava lá ou que era esse [avião]. Um amigo meu que é mergulhador estava dando um curso ali no portal de Maracajaú na semana passada e falou que 'achou um treco lá', 'um negócio ali', mas não era um avião. E me mandou as fotos. Eu olhei as fotos e de fato aquilo é uma sucata, não parece nada. Tem um monte de treliça, tem umas chapas quebradas", explicou.



"Eu comecei a procurar nas coisas que eu tinha e achei um pedaço daquela sucata que era uma peça muito característica de um avião chamado Catalina".


Relatório da época apontou para condições desfavoráveis de voo — Foto: Divulgação


Segundo ele, os fatos se conectaram após a a lembrança de um documento que apontava para um acidente acontecido com um avião desse tipo no município de Maxaranguape.


"A gente já tinha esse relatório desse avião. Mas não sabia onde que estava. E aí coincidiu", disse.


Chovia no dia do acidente

De acordo com Fred Nicolau, um relatório da Marinha da época do acidente apontou que "as condições de voo eram não-desejáveis, era de noite, não tinha luz, estava chovendo, teto baixo, visibilidade chegando a zero".


A queda do avião se deu por volta das 18h20. O avião saiu de Belém, no Pará, em direção à base aérea de Parnamirim.


Segundo os pesquisadores, o avião estava voando perto do mar e, sem visibilidade, provavelmente o piloto se desorientou e voou para dentro d'água.


A equipe de pesquisadores tinha o relatório oficial da US Navy, mas não havia ideia do paradeiro do avião.


"O relatório da Marinha americana do acidente fala o nome de todo mundo que morreu, que horas que foi. Só não especifica direito onde. Eles colocavam perto de Natal", explicou Fred.


Outras pessoas teriam achado pedaços desse avião nos anos 1990, mas se recusaram a passar qualquer informação, segundo os pesquisadores.


Nome dos marinheiros que estavam no avião - além deles havia o piloto — Foto: Divulgação


Os pesquisadores também tiveram acesso a um jornal do estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, da época do acidente. Na matéria, consta um dos marinheiros dado inicialmente como desaparecido. "No outro, já se fala sobre a cerimônia da morte dele", disse Fred.



Estrutura fica no mar

Os destroços do avião Catalina vão ser deixados no fundo do mar, segundo o curador. As coordenadas do ponto onde o avião caiu foram informadas à Marinha do Brasil e às autoridades americanas. Pesquisador que participou da descoberta relata encontro (veja abaixo).


"Pela lei americana, onde teve um acidente militar que alguém morreu lá, aquilo vira uma tumba. Então não pode ser mexido", pontuou.


Nesta segunda-feira (13), o Centro Cultural Trampolim da Vitória, a prefeitura de Maxaranguape e a Marinha do Brasil fizeram uma homenagem diante da data de 80 anos do acidente.


Foram jogadas flores em homenagem aos sete marinheiros que morreram no local.


Homenagem feita nesta segunda-feira (13) em Maracajaú — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Fonte: g1

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IFRN: Inscrições para 1.196 vagas em cursos subsequentes são prorrogadas



O Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) prorrogou as inscrições para 1.196 vagas em cursos técnicos subsequentes. Agora, o prazo vai até 19 de junho.


As vagas são referentes ao edital nº 20/2022. Os cursos técnicos subsequentes são aqueles para quem já concluiu o Ensino Médio e busca qualificação profissional. Esse edital oferece 1.196 vagas em diferentes campi do IFRN.


A inscrição custa R$ 30 e pode ser feita pela internet, na página da Fundação de Apoio do IFRN (Funcern).


As provas, segundo o cronograma, estão previstas para 10 de julho. Confira aqui o edital.


As vagas disponíveis para esse edital são:



Apodi - Química;

Caicó - Eletrotécnica e Vestuário;

Canguaretama - Mecânica;

Ceará-Mirim - Equipamentos Biomédicos e Manutenção e Suporte em Informática;

Ipanguaçu - Manutenção e Suporte em Informática;

Mossoró - Eletrotécnica, Mecânica, Petróleo e Gás e Saneamento;

Natal-Central - Eletrotécnica, Mecânica, Petróleo e Gás, Edificações, Geologia, Mineração e Segurança do Trabalho;

Natal-Cidade Alta - Eventos e Guia de Turismo;

Natal - Zona Norte - Manutenção e Suporte em Informática;

Nova Cruz - Administração;

Parnamirim - Mecatrônica e Rede de Computadores;

Parelhas - Mineração;

Santa Cruz - Manutenção e Suporte em Informática;

São Gonçalo do Amarante - Edificações;

São Paulo do Potengi - Edificações e Meio Ambiente.


Fonte: g1

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Brasil registra 53 mortes por Covid em 24 horas; média móvel é a mais alta desde 7 de abril



O Brasil registrou nesta segunda-feira (13) 53 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 668.230 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 161, o maior valor desde 7 de abril. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 46%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença pelo quarto dia seguido.


Brasil, 13 de junho

Total de mortes: 668.230

Registro de mortes em 24 horas: 53

Média de mortes nos últimos 7 dias: 161 (variação em 14 dias: 46%)

Total de casos conhecidos confirmados: 31.492.858

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 20.543

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 44.316 (variação em 14 dias: 69%)

Todos os estados e o Distrito Federal divulgaram dados nesta segunda-feira. Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Paraná, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins não registraram mortes em 24 horas.


No total, o país registrou 20.543 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 31.492.858 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 44.316, variação de 69% em relação a duas semanas atrás.



Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.


Curva de mortes nos estados

Subindo (15 estados e o DF): PB, DF, SE, RN, RS, MG, SP, MS, ES, AP, PA, RJ, PR, MT, PE, SC

Em estabilidade (6 estados): BA, RR, AC, PI, AL, RO

Em queda (5 estados): TO, MA, AM, CE, GO

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Fonte; g1

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PF e associação indígena negam que corpos de Bruno e Dom Phillips tenham sido encontrados

 A Polícia Federal e associação indígena que denunciou o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips negaram, nesta segunda-feira (13), que os corpos dos dois tenham sido encontrados. A dupla está desaparecida há mais de uma semana na região do Vale do Javari, no Amazonas.


Montagem com fotos do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips — Foto: TV Globo/Reprodução


"O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que, não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr. Bruno Pereira e do Sr. Dom Phillips", informou a Polícia Federal em nota.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) também negou. "Não confirmamos a informação de terem encontrado corpos", disse Eliésio Marubo, assessor jurídico da Univaja.



Segundo Paul Sherwood, cunhado de Dom Phillips, a informação de que os corpos haviam sido encontrados foi repassada nesta segunda-feira à família por um representante da embaixada brasileira no Reino Unido.


"Ele [o representante da embaixada brasileira no Reino Unido] não descreveu a localização e disse que foi na floresta e que estavam amarrados a um árvore e ainda não haviam sido identificados, disse Paul Sherwood, cunhado de Phillips, ao Guardian.

O g1 procurou a embaixada brasileira no Reino Unido, que disse que "tem mantido contatos com a família de Dom Phillips, a pedido desta". A embaixada diz ainda que "não se pronunciará sobre o conteúdo desses contatos" e que "informações atualizadas sobre o caso devem ser solicitadas às autoridades responsáveis, no Brasil".


Mulher do jornalista britânico Dom Phillips, Alessandra Sampaio disse que recebeu a informação de que os corpos foram encontrados por meio do seu cunhado, que recebeu a informação da embaixada brasileira em Londres. Ela recebeu uma ligação da PF negando que dois corpos foram localizados.


[Correção: inicialmente, ao publicar a reportagem, a informação era de que a Polícia Federal teria ligado para Alessandra Sampaio, dizendo que teria localizado dois corpos. A PF ligou apenas para negar o achado. Quem informou da localização de dois corpos na área de buscas no Amazonas foi o cunhado de Dom Phillips, que foi avisado pela embaixada do Brasil em Londres. A reportagem foi atualizada às 17h25].


Desaparecidos desde 5 de junho

Bruno e Dom foram vistos pela última vez em 5 de junho ao chegarem a uma localidade chamada comunidade São Rafael. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino (veja no infográfico abaixo).


No domingo (12), as equipes de busca encontraram um cartão de saúde e outros pertences de Bruno, além de uma mochila com roupas pessoais de Dom na área onde são feitas as buscas pelo jornalista inglês e pelo indigenista no interior do Amazonas.


Segundo as autoridades, o material estava próximo da casa de Amarildo Costa de Oliveira, conhecido como Pelado, o único preso suspeito de envolvimento no desaparecimento até aqui. Oliveira nega envolvimento no crime e familiares afirmam que ele foi torturado pela polícia.


Quem são Bruno Pereira e Dom Phillips

Além de indigenista, pessoa que reconhecidamente apoia a causa indígena, Bruno Pereira é servidor federal licenciado da Funai. Ele também dava suporte a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari,(Univaja) em projetos e ações pontuais.


Segundo a nota da Univaja, Bruno era "experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos".


Dom morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como "Washington Post", "New York Times" e "Financial Times", além do "The Guardian". Ele também estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.


Dom e Bruno faziam expedições juntos na região desde 2018, de acordo com o "The Guardian".


Críticas à demora nas buscas

Os primeiros dias de de buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips foram marcados por críticas à atuação do governo federal, considerada lenta por entidades e familiares em elaborar um plano de ação para encontrá-los.


O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo apresentasse, na semana passado, um relatório sigiloso contendo todas as providências adotadas e informações obtidas sobre o desaparecimento. A decisão foi tomada após pedido apresentado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), autora de uma ação de relatoria do ministro que trata sobre proteção de terras indígenas.


O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU criticou a resposta do governo brasileiro ao desparecimento. A porta-voz da agência afirmou que as autoridades brasileiras foram "extremamente lentas" para começar a procura por Dom Phillips e Bruno. A porta-voz da agência, Ravina Shamdasani, afirmou que as autoridades brasileiras foram "extremamente lentas" para começar a procura.


Inicialmente, o presidente Jair Bolsonaro disse que a viagem que os dois faziam no Amazonas era "uma aventura que não é recomendável" e que a região onde ocorreu o desaparecimento é "completamente selvagem" e "onde tudo pode acontecer". Dias depois, diante de críticas internacionais e em discurso para líderes reunidos na Cúpula das Américas, Bolsonaro afirmou que o governo faz “buscas incansáveis” pelos dois desaparecidos na Amazônia.



O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu “todo o apoio logístico de segurança nacional” para se esclarecer o desaparecimento. "Acho que todos os esforços estão sendo feitos. A Câmara e qualquer deputado e qualquer cidadão e todo mundo é a favor de ter máxima transparência, rigor em apurações e de todo o esforço para que se encontrem pessoas, que se imputem o desaparecimento e muito mais na forma que foi”, disse o deputado.


As famílias do indigenista e do jornalista fizeram apelos nas redes sociais e na imprensa por buscas mais intensas.


Emocionada, Sin Phillips, irmã do jornalista gravou um vídeo afirmando que "cada minuto conta". Alessandra Sampaio, mulher do jornalista, também fez um apelo à autoridades. "Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm que ser encontrados, por favor".


Em nota, a família do indigenista falou sobre a angústia na espera de notícias e disse ter esperança de que o desaparecimento tenha sido um acidente. "Temos muita esperança de que tenha sido algum acidente com o barco e que eles estejam à espera de socorro. [...] Contudo, apelamos às autoridades locais, estaduais e nacionais que deem prioridade e urgência na busca pelos desaparecidos".



Famosos também fizeram companha por mais esforços do governo e de forças de segurança nas bucas pela dupla. O ex-jogador Pelé disse que estava comovido com o desaparecimento. "A luta pela preservação da Floresta Amazônica e pela proteção dos povos indígenas é de todos nós", disse ele. O comentarista de futebol Walter Casagrande, a cantora Gaby Amarantos e a atriz Dira paes, entre outros famosos, também se manifestaram nas redes sociais por mais buscas.


Sem mencionar casos específicos, a alta comissária de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, se disse preocupada com ameaças crescentes a ambientalistas e indígenas no Brasil. Bachelet falou do país no discurso de abertura do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.


"No Brasil, estou alarmada por ameaças contra defensores dos Direitos Humanos e ambientais e contra indígenas, incluindo a contaminação pela exposição ao minério ilegal de ouro. Peço às autoridades que garantam o respeito aos direitos fundamentais e instituições independentes".

Nota da PF

Veja, abaixo, a íntegra da nota da Polícia Federal.


O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que, não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr. Bruno Pereira e do Sr. Dom Phillips.



Conforme já divulgado, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e os pertences pessoais dos desaparecidos.


Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados.


Fonte: g1

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Ivete Sangalo vai estrear novo programa na Globo em julho

A cantora Ivete Sangalo vai estrear um novo programa na TV Globo, a partir de julho. A informação foi divulgada pela comunicação da emissora nesta segunda (13).


Ivete Sangalo vai apresentar novo programa na TV Globo a partir de julho — Foto: Globo/Mauricio Fidalgo


A nova atração será exibida nas tardes de domingo, mas detalhes como o nome e os quadros serão anunciados nas próximas semanas.


"A minha história na música me levou nos braços pra televisão. Com o passar do tempo, e da intimidade que fomos conquistando, a televisão passou a ser também minha casa, uma morada artística. Experimentei coisas muito importantes emocionalmente", diz Ivete em comunicado.


"Hoje, com essa ideia concreta de ter algo meu e que eu possa colocar em prática mais porções de alegria, só vibro de felicidade. Vai ser demais entrar de mais uma maneira na vida de muita gente. Gente é uma coisa que me importa demais! Gosto muito! São alguns bons anos de carreira, passando por caminhos de muito amor e realização. A caminhada continua, e como há de ser, muito leve e feliz!", afirma a apresentadora.



Ivete comemorou 50 anos no final de maio com um show exclusivo em Juazeiro, cidade natal da cantora. Em entrevista ao g1, ela afirmou que chega na idade "madura e pronta para curtir a vida".


Fonte: g1

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Caminhoneira 'Musa das Estradas' volta a viajar de caminhão 5 meses após acidente: 'Acho que dou conta'

A caminhoneira Aline Fuchter, conhecida como "Musa das Estradas", vai fazer a primeira viagem de caminhão cinco meses após o grave acidente sofrido no Mato Grosso.


Caminhoneira 'Musa das Estradas' volta a viajar de caminhão


Em seu canal no YouTube, ela divulgou no domingo (12) que vai encarar um percurso de mais de mil quilômetros com um caminhão manual como um teste para sentir se já está recuperada.


"Quero fazer um teste para ver se a perna não vai inchar, se vou aguentar, para não colocar o cavalo na frente dos bois, como diz o ditado. [...] Acho que vou dar conta", disse.


Nesta segunda-feira (13), data em que o acidente ocorrido no Mato Grosso completa cinco meses, a publicação já havia alcançado mais de 14 mil curtidas e 1,6 mil comentários.


"Saindo de viagem vou ter um parâmetro: já estou boa, já posso ver um caminhão para mim. Não, não estou boa, ainda está inchando a perna, estou achando muito cansativo, aí eu vou ter que esperar mais um pouco", disse.


Acidente

O acidente que deixou a caminhoneira gravemente ferida ocorreu em 13 de janeiro no Mato Grosso, e envolveu outro caminhão na BR-174, entre Pontes Lacerda e Porto Esperidião.


Aline ficou presa nas ferragens e foi socorrida por outros motoristas que passavam pelo local. Depois, foi encaminhada ao hospital, onde passou por cirurgias e de onde teve alta em 25 de janeiro.


A caminhoneira mora em Tubarão, no Sul catarinense, e conseguiu voltar para casa em 31 de janeiro. No dia seguinte, publicou um vídeo mostrando o rosto pela primeira vez depois da colisão.


Musa das Estradas

A caminhoneira faz sucesso nas redes sociais com a publicação da rotina nas estradas. Em um ramo que costuma ser dominado pelos homens, a jovem soma mais 1,6 milhão de inscritos em seu canal. Eles acompanham imagens do cotidiano dela ao volante de uma carreta de transporte de grãos.


Formada em administração de empresas, ela aprendeu a dirigir no caminhão do pai, aos 16 anos, e na hora de escolher a profissão, optou pelo que considera uma grande paixão.


Caminhoneira 'Musa das Estradas' antes do acidente — Foto: Reprodução/Redes sociais


A visibilidade conquistada na internet já lhe rendeu convites para posar para fotógrafos e até para servir de modelo para programas de emagrecimento. No entanto, ela não tem dúvida sobre a profissão que escolheu.


Fonte: g1

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Homem ataca padre em igreja no Cachambi porque não podia se casar pela segunda vez

Um homem atacou um padre na Igreja Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Cachambi, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no domingo (12).


Um homem atacou um padre na Igreja Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Cachambi — Foto: Reprodução/ TV Globo


De acordo com testemunhas, ele estava inconformado porque queria se casar pela segunda vez e a Igreja Católica não permite. Pessoas que assistiam a cerimônia presidida pelo sacerdote seguraram o agressor.


O homem não foi identificado e o padre preferiu não registrar a ocorrência na delegacia. O sacerdote sofreu ferimentos leves e passa bem.


Fonte: g1

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Bolsonaro diz que desaparecidos sabiam do risco: 'Isso acontece em qualquer lugar do mundo'

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (13) que desaparecimentos como os do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira acontecem "em qualquer lugar do mundo" e que os dois sabiam do riscos que corriam ao viajar de barco pelo interior da Amazônia.


Mapa mostra onde jornalista e indigenista desapareceram na Amazônia — Foto: Arte/g1


Bolsonaro fez as afirmações em entrevista no início da noite, depois de descer a rampa do Palácio do Planalto para cumprimentar apoiadores.


Indagado sobre um eventual prejuízo para a imagem do Brasil no exterior caso se confirme que os dois morreram, Bolsonaro respondeu:


"Não vamos pensar nisso. Prejuízo foi para a família deles, em primeiro lugar. Isso acontece em qualquer lugar do mundo. Acho que até os dois sabiam do risco que corriam naquela região. Os dois sabiam", declarou


Bruno Pereira e Dom Phillips foram vistos pela última vez no último dia 5 em uma comunidade chamada São Rafael. De lá, partiram rumo ao município de Atalaia do Norte (AM), mas não chegaram ao destino. No domingo (12), equipes de busca encontraram um cartão de saúde e outros pertences de Pereira, além de uma mochila com roupas pessoais de Philips. Nesta segunda-feira (13), mulher do jornalista disse que os corpos foram encontrados, mas, em nota, a Polícia Federal negou.


Segundo o presidente, não existe razão para se reforçar o contingente das equipes de busca, como meio para agilizar a operação.



"Não tem por que mandar mais gente para lá. Chegou a bater 250 pessoas, duas aeronaves e muita embarcação. Lá tem de tudo que se possa imaginar naquela região. Eu lamento eles terem saído da forma como saíram, duas pessoas apenas, em terras desprotegidas. Tem notícia de pirata na região. Tudo tem ali", declarou.


Segundo o presidente, os órgãos envolvidos estão apurando indícios, mas ele disse que não queria antecipar nada antes da descoberta do paradeiro dos dois.


"Tem aparecido indícios, no rio, locais escavados, a entrada de uma lancha que seria numa mata ciliar. Tudo está sendo investigado. Tem nomes, tem pessoas. Já se levanta um comportamento deles na área, se eram queridos ou não, se, porventura, quando saíram do porto, alguém foi atrás ou não foi. Desde o primeiro dia, começou com a Marinha, no dia seguinte estava a Polícia Federal, Forças Armadas, todo mundo na busca", afirmou.


Fonte: g1

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Artistas pedem que Congresso analise vetos às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc nesta terça

Em audiência pública na Comissão de Cultura da Câmara, artistas e produtores culturais pediram nesta segunda-feira (13) que o Congresso Nacional analise nesta terça-feira (14) dois vetos do presidente Jair Bolsonaro (PL) a projetos que previam ajuda financeira ao setor cultural.


Artistas participam de audiência pública na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. — Foto: Reprodução/ Redes sociais


Aprovados pelo Congresso em março deste ano, as propostas conhecidas como nova Lei Aldir Blanc e Lei Paulo Gustavo previam a destinação de recursos para o setor cultural, mas foram vetados por Bolsonaro no mês seguinte.


O veto do presidente pode ser derrubado pelo Congresso Nacional. Para que isso aconteça, é necessário que haja maioria absoluta dos votos de deputados (257 votos) e de senadores (41 votos) em sessão conjunta. Os artistas defendem a derrubada “urgente” dos vetos.


“Nós necessitamos com urgência, não pode ser mais adiado a votação para a derrubada desses vetos. Eles têm que ser votados amanhã [terça-feira, 14], é fundamental, é necessário. Contamos com o presidente das duas Casas [Câmara e Senado], contamos com o presidente do Congresso Nacional, para que seja pautado amanhã”, defendeu Eduardo Barata, presidente da Associação dos Produtores de Teatro (APTR).


“É o momento que temos para fazer história e mudarmos, revolucionarmos a política de fomento no Brasil, deixar que só a elite tenha acesso ao fomento, fazer com que todos, os pequenos, os que estão iniciando, os médios produtores [tenham acesso aos recursos]”, disse Barata.


Em audiência pública na Comissão de Cultura da Câmara, artistas reivindicam derrubada de vetos às leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc. — Foto: Reprodução/Redes sociais


Adiamento

Até o momento, está prevista sessão do Congresso na manhã desta terça-feira (14), com os dois vetos em pauta para serem analisados pelos parlamentares.


Contudo, durante sessão do Senado na tarde desta segunda-feira (13), o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), solicitou ao presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o adiamento da sessão para o dia 5 de julho.


Gomes disse que há risco de não haver quórum para análise dos vetos presidenciais a propostas aprovadas pelo Legislativo.


A sessão ainda não foi adiada, mas Pacheco solicitou que Gomes se reúna com líderes partidários ainda nesta segunda-feira (13) para que uma decisão sobre um possível adiamento seja tomada conjuntamente.


A atriz Déborah Evelyn, também presente na audiência pública, chamou as duas leis de "SUS da Cultura", em referência ao Sistema Único de Saúde.


"Todos nós fazemos cultura e consumimos cultura. É um momento histórico de fazer agora, vetar os vetos e fazer passar essas duas leis. É um momento histórico porque vai mudar a cultura do nosso país. Os recursos vão chegar a cada rincão desse país que é enorme, vai democratizar a cultura, o incentivo à cultura. Isso é maravilhoso", disse a atriz, que também defendeu a análise dos vetos nesta terça-feira.


"E também por isso não pode ser adiado essa votação. Eu quero estar aqui, eu quero participar. Quero ouvir amanhã que esses vetos não passaram. Eu quero estar aqui e quero festejar com todo mundo", disse.


O ator Mouhamed Harfouch pediu a derrubada dos vetos "para ontem".


"Temos aqui que realmente estarmos juntos e não deixar que isso saia de pauta, precisamos votar isso amanhã, precisamos derrubar esses vetos amanhã porque como eu falei e repito quem tem fome tem pressa", disse Mouhamed.


Para o deputado Leo de Brito (PT-AC), há "votos de sobra" para a derrubada dos vetos.


“Temos sim com certeza votos para derrubar esses vetos, eu acho que tem até voto de sobra, mas precisa ser pautado", disse.


"O governo está resistente em manter para o dia 5 de julho a votação deste veto, nós não queremos mais enrolação, tem que deixar claro, chega de enrolação, queremos votar os vetos já para transformar esses projetos em lei e que os recursos da cultura, emergencialmente e permanentemente, possam chegar aos quatro cantos do nosso país”, disse durante a audiência pública.


Após a audiência, os artistas foram para o gabinete do presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco.


Propostas

O Congresso aprovou em março deste ano a Lei Paulo Gustavo, que prevê o repasse de R$ 3,86 bilhões em recursos federais a estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-19 sobre o setor cultural, um dos mais impactados pelas restrições adotadas durante a crise sanitária.


A proposta foi batizada de "Lei Paulo Gustavo", em homenagem ao ator e humorista que morreu em maio do ano passado, vítima da Covid-19.


Entre os argumentos apresentados para vetar a proposta, o governo afirmou que o projeto não apresentava "compensação na forma de redução de despesa, o que dificultaria o cumprimento do"teto de gastos — regra que limita o crescimento da maior parte das despesas públicas à inflação.



Já a Nova Lei Aldir Blanc foi aprovada dias depois e garante o repasse anual de R$ 3 bilhões aos governos estaduais e municipais, durante cinco anos, para que estes financiem iniciativas culturais.


Essa é a segunda lei de auxílio ao setor cultural a receber o nome do músico Aldir Blanc, que morreu em 2020 por complicações da Covid. A primeira lei, aprovada em 2020, destinou R$ 3 bilhões emergenciais a iniciativas de cultura, em um momento no qual as restrições de circulação impediam a maioria das exibições e espetáculos.


Para vetar a lei, o presidente alegou que o projeto é "inconstitucional e contraria ao interesse público".


Carta aos congressistas

Durante a sessão, a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), que preside o colegiado, leu uma carta assinada que pede aos parlamentares a derrubada dos vetos da cultura O documento foi assinado por 18 artistas, entre eles, os cantores Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Alceu Valença, as atrizes Fernanda Montenegro e Marieta Severo e o jornalista e escritor Zuenir Ventura.


"Não pedimos por estas Leis em benefício próprio, pois já temos carreiras bastante sólidas. Pedimos pelos que estão vindo depois de nós e que tem grandes expectativas e também incertezas quanto ao futuro. É uma grande aposta na cultura brasileira, que passará a contar com um modelo de financiamento capaz de concretizar o que está escrito em nossa Constituição Federal", diz a carta.



Leia a carta na íntegra:


CARTA AO FUTURO DA CULTURA BRASILEIRA

Pela derrubada dos vetos às Leis da Cultura: Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo


Excelentíssimos Senhores e Senhoras Congressistas,


Em primeiro lugar, manifestamos nossa gratidão por manterem as portas, corredores e plenários abertos às demandas e aspirações profundas e legítimas da cidadania brasileira. Quando o Dr. Ulysses Guimarães proclamou a Constituição de 1988, selou o destino do Congresso Nacional: a casa do diálogo, da temperança, da pacificação e da busca dos consensos possíveis, hoje tão necessários no atual contexto de polarização política e social do país. E é em busca de um consenso que nos dirigimos às vossas excelências, em nome do futuro da cultura brasileira.


O direito à cultura foi inscrito e consagrado em nossa Carta Magna, que preconiza, em seu artigo 215:


“O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais (Art. 215, Caput).


Ocorre que, mais de três décadas após a proclamação da Constituinte, ainda resta um longo caminho para que a cultura seja, de fato, um direito de todos os brasileiros e brasileiras, sem distinção. Um direito que atravesse o Brasil profundo, da Amazônia ao sertão, dos pampas ao litoral, que se reflita não só no acesso aos bens, produtos e serviços culturais, mas também na democratização dos meios de expressão e produção da cultura e da arte.



Que promova o desenvolvimento da indústria cultural, que gere emprego e renda, que valorize as tradições e costumes de nossa gente, que incentive experimentações estéticas. Cultura como tradição, mas também como invenção. O Brasil precisa de uma Política Nacional de Fomento à Cultura voltada aos trabalhadores e trabalhadoras do setor cultural, que beneficiará o conjunto da sociedade brasileira.


Uma Lei federativa e municipalista, que contemple destinação aos mais diversos setores e segmentos da cultura brasileira, fortalecendo a economia local, descentralizando a gestão e fortalecendo os pequenos. Uma Lei que faça cumprir o comando constitucional e destine recursos do Orçamento Geral da União para o fomento à cultura nos estados e municípios, designando responsabilidades, processos, beneficiários, aplicação dos recursos


e modelos de financiamento. Durante a pandemia, quando fomos os primeiros a parar e um dos últimos setores a poder retomar plenamente as atividades, o Congresso Nacional veio em socorro da cultura. Aprovou a Lei de Emergência Cultural, batizada de Lei Aldir Blanc, em homenagem a este menestrel do cancioneiro popular brasileiro, uma das milhares de vítimas da covid-19 no Brasil. Esta Lei cumpre os artigos 215 e 216 da CF.


Em dois anos, a Lei Aldir Blanc empregou R$ 3 bilhões no maior programa de fomento direto e transferência de recursos da história das políticas culturais no Brasil. O que era uma medida emergencial revelou-se uma política necessária, permanente e estruturante, por isso a aprovação da Lei Aldir Blanc 2 por esse Congresso. O que foi uma conquista, construída de baixo pra cima com ampla participação e mobilização da sociedade, precisa se transformar em um direito. Esse é o objetivo da Lei Aldir Blanc 2.



A Lei Aldir Blanc (LAB) beneficiou mais de 4.700 municípios. De forma descentralizada e desburocratizada, os recursos chegaram a regiões nunca antes contempladas em processos seletivos culturais. Segundo pesquisa do Itaú Cultural, a LAB promoveu a criação de mais de 400 mil postos de trabalho diretos.


Já a Lei Paulo Gustavo destina R$ 3,86 bilhões, pela União, a estados e municípios para o enfrentamento dos efeitos da pandemia sobre o setor cultural. Uma Lei de caráter emergencial, considerando que os efeitos da pandemia sobre o setor cultural serão de longo alcance e que utiliza recursos já existentes nos Fundos Públicos: Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e outros recursos do Fundo Nacional de Cultura ( FNC)


As Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc 2 são complementares, com fontes financeiras diferentes e execução financeira em momentos diferentes. Estas Leis abrem um novo momento para as políticas culturais no Brasil. Ambas as Leis tiveram amplo apoio quando de sua aprovação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. A derrubada dos vetos reafirma o compromisso do Congresso Nacional com a cultura e o povo brasileiro.


Não pedimos por estas Leis em benefício próprio, pois já temos carreiras bastante sólidas. Pedimos pelos que estão vindo depois de nós e que tem grandes expectativas e também incertezas quanto ao futuro. É uma grande aposta na cultura brasileira, que passará a contar com um modelo de financiamento capaz de concretizar o que está escrito em nossa Constituição Federal.



À nossa voz se somam vozes da diversidade cultural do Brasil, do rap ao repente, do samba ao frevo, da tradição oral à cultura digital, do rural ao urbano, da favela ao assentamento, do morro ao asfalto. Nosso pedido é um só: derrubem os vetos da cultura!


Assinam esta carta:


Alceu Valença – cantor e compositor

Caetano Veloso – cantor e compositor

Chico Buarque – cantor e compositor

Emiliano Queiroz – ator

Fagner – cantor e compositor

Fernanda Montenegro – atriz

Gilberto Gil – cantor e compositor

Léa Garcia – atriz

Leci Brandão – cantora, compositora e deputada estadual

Lia de Itamaracá – mestra e cantora

Luiz Carlos Barreto – cineasta

Ivan Lins – cantor e compositor

Maciel Melo – cantor e compositor

Maria José de Lima Soares – presidente do Boi de Maracanã (MA)

Marieta Severo – atriz

Renato Teixeira – cantor e compositor

Santanna, O Cantador – cantor e compositor

Zuenir Ventura – jornalista e escritor


Fonte: g1

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