quarta-feira, setembro 21, 2022

Em um ano, 115 mil potiguares entram na faixa da extrema pobreza

Em um ano, entre abril de 2021 e abril de 2022, 115,9 mil pessoas, distribuídas em 80 mil famílias, ingressaram na faixa da extrema pobreza no Rio Grande do Norte, segundo aponta um levantamento do Cadastro Único, compilado pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas). O número representa um crescimento de 21,6% da miséria nas famílias do RN. Para ter uma ideia da dimensão do indicador, se o grupo de novos pobres extremos formasse um município, ele seria o 4º mais populoso do Estado, atrás apenas de Natal, Mossoró e Parnamirim.


Ivanice Conceição tem sete filhos e não consegue oferecer alimentação adequada para eles. Segundo ela, não sabe se almoça, não sabe se janta


O Rio Grande do Norte tem 1,15 milhão de pessoas vivendo na extrema pobreza, com uma renda per capita de até R$ 105 por mês. Outros 154 mil potiguares estão em situação de pobreza, quando a renda mensal per capita fica entre R$ 105,01 e R$ 210. Ao todo, somando os grupos das duas faixas de renda – que são definidas pelo Ministério da Cidadania – o Estado tem 1,30 milhão de pessoas em alguma situação crítica de vulnerabilidade social, o que representa cerca de 1/3 da população. Os dados populacionais são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Um dos retratos desse cenário é o de Wellington Cabral, de 50 anos, que vive em situação de rua e está no patamar máximo de pobreza financeira. Ele conta com doações e a atividade de catador de recicláveis para tentar colocar alguma comida no prato. “Aqui a gente não sabe quando vai comer e se vai comer. A situação é precária. Ninguém liga pra gente não, acham que são tudo vagabundos. Veja aqui, a gente morando nesses barracos e essa ruma de prédio, de carro passando. É como se a gente não existisse”, diz Cabral, apontando para o fluxo de veículos próximo ao Viaduto do Baldo, na zona Leste de Natal, local onde se abriga com a esposa.


O avanço da pobreza no Estado revela que uma parcela maior da população está comendo menos, analisam especialistas ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE. Para efeito de comparação, a renda mensal de R$ 105 – realidade de 1,15 milhão de potiguares – seria suficiente para comprar apenas 25% de uma cesta básica em Natal, conforme cálculo baseado em pesquisas de preços dos alimentos do Procon. Em outros números, 32,2% da população do Rio Grande do Norte passa o mês com 8,6% de um salário mínimo.


A também catadora de recicláveis Ivanice Conceição, de 31 anos, mora no bairro Planalto e é chefe de uma família de sete filhos, com idades entre 3 e 14 anos. Ela diz que atualmente não consegue oferecer comida em quantidade satisfatória para todos os filhos e teme não ter o que comer no dia seguinte. “A gente vive nessa situação e todo dia é uma dificuldade diferente. Não sabe se almoça, não sabe se janta. Tem dia que a gente apura R$ 10, R$ 20, não tem um valor certo, até porque tem muita gente catando também. Não dá nem pra dizer quanto que a gente ganha por mês porque o que apura no dia já gasta no mesmo dia com comida”, relata.


Ivanice diz que a situação ficou ainda mais difícil no mês passado, com o bloqueio do Auxílio Brasil. “Não sei o que foi que aconteceu porque não recebi, vim aqui [no Cadastro Único] para falar com a assistente social. Pago R$ 250 de aluguel, energia e água com esse auxílio e as contas estão todas atrasadas. Tô morrendo de medo. O aluguel é o que mais preocupa. A vida está muito difícil e cada dia tem mais gente na reciclagem. A gente apura menos porque tem mais gente trabalhando também na reciclagem”, diz.


A professora do Departamento de Políticas Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DPP/UFRN), Sandra Gomes, diz que a dificuldade de acesso à renda, nos mercados formal e informal, tiveram impacto determinante na crise, mas acrescenta que o problema pode ser explicado a partir de uma combinação de fatores. Ela também cita a pandemia como um dos aspectos que compõe o diagnóstico da miséria, mas faz ressalvas.


“Nós temos um problema da inflação dos alimentos que está bem demonstrado, que tem corroído o poder de compra da população sistematicamente. A gente está vendo que as políticas públicas que deveriam estar protegendo não estão funcionando, não estão chegando em todas as famílias, isso independe de pandemia. Eu particularmente acho que a pandemia tem um peso explicativo, mas do ponto de vista da gestão da política pública de proteção social no Brasil, eu acho que a pandemia não fez nenhuma diferença porque as escolhas feitas são muito excludentes”, explica.


“O Auxílio Brasil está sendo feito em novas bases, excluindo a população que está no cadastro, cumpre os critérios, mas não consegue receber e isso é uma situação extremamente urgente. Tem aparecido cada vez mais que a fila para o Auxílio está crescendo e essas famílias não estão sendo atendidas”, complementa Sandra Gomes.


Desemprego tem impacto na pobreza


O aumento da vulnerabilidade social é reflexo do ritmo lento de retomada econômica após o período mais crítico da pandemia, afirma Cassiano Trovão, professor do Departamento de Economia da UFRN. A pesquisa mais recente do IBGE, referente ao primeiro trimestre deste ano, mostra que 222 mil potiguares estão desempregados, o que corresponde a uma taxa de desocupação de 14,1%, acima da média nacional para o período (11,1%).


Iris Oliveira considera que pandemia gerou desemprego


O número aponta para uma alta na desocupação entre os potiguares. Até então, o Estado vinha de três trimestres seguidos de queda no desemprego. No segundo trimestre de 2021 era 16,3%, passou para 14,7% e fechou o ano com 12,7%. Trovão afirma que a recuperação do mercado de trabalho ainda não se confirmou, do ponto de vista da geração de novos postos de emprego.


“O tipo de emprego que se tem gerado é de baixa qualificação, baixa remuneração, muito mais instável, próximo às condições de informalidade, então nós temos uma economia que não avança e uma redução dos benefícios pagos, associados à proteção social. Tínhamos um grande programa emergencial em 2020, que foi descontinuado no início de 2021, e depois voltou muito menor. Como o mercado de trabalho não se recupera e os auxílios emergenciais foram retirados da mão de muitas famílias, isso gera, obviamente, uma tendência de aumento da pobreza e da desigualdade”, destaca.


Para a titular da Sethas, Iris Oliveira, o aumento da extrema pobreza no Rio Grande do Norte está diretamente relacionado às questões do mercado de trabalho. A crise evidenciada pela pandemia de covid-19 também teve papel decisivo para que mais potiguares passassem a conviver com algum tipo de insegurança alimentar.


“Quando se tem o agravamento da pandemia, é muito grande o número de pessoas, que perderam trabalho. As condições de vida pioraram com a própria doença, a questão econômica. Tivemos famílias, que nesse contexto da crise, ingressaram na pobreza ou estavam na pobreza e entraram na extrema pobreza. A queda do poder de compra do salário mínimo, a forma como o próprio governo federal vem tratando isso também. É um conjunto de fatores que vai agravando as condições de vida das pessoas”, comenta Iris Oliveira.


Além da alta da extrema pobreza, a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social também verificou um aumento de 16,3% no número de famílias inscritas no Cadastro Único, passando de 661.907 em abril do ano passado para 769.857 em abril último. O dado é mais um indicativo de perda econômica para o potiguar, diz Iris Oliveira, uma vez que a inscrição no CadÚnico é a porta de entrada para acessar programa de transferência de renda do Governo Federal, como Auxílio Brasil, Benefício de Prestação Continuada e Tarifa Social.


“Considerando a crise social, política e econômica que se apresenta aprofundaram-se em meio a crise sanitária de saúde, com as inflexões da pandemia e os efeitos deletérios no mundo do trabalho, no campo dos direitos sociais, da proteção social, e isso tem deixado milhões de brasileiros convivendo com a incerteza e as inseguranças sociais, que refletem no pleno exercício da cidadania. Identifica-se o aumento da desigualdade social como o desemprego, pobreza e miserabilidade que geram vulnerabilidades e riscos sociais”, pontua.


Renda de pobres cai 30% e cresce 3% entre ricos


A desigualdade de renda no Rio Grande do Norte em 2021 foi a maior desde 2012. O índice que mede a desigualdade de rendimento domiciliar por pessoa (Gini) foi de 0,587 no Estado, o segundo maior do Brasil e o maior da região Nordeste. Além disso, entre os potiguares no grupo dos 5% de menor renda houve uma queda de 30% no rendimento médio mensal real por pessoa em 2021. Essa parcela da população tinha uma renda média mensal de R$ 79 em 2020.


Em 2021, o valor caiu para R$ 55. No outro extremo das classes de renda, a população que faz parte do 1% de maior renda do Estado teve um crescimento de 3% no rendimento médio mensal real por pessoa em 2021. Em 2020, a média de renda dessa população era de R$ 11.576 e subiu para R$ 11.934. Esse grupo ganhou, no ano de 2021, 210,4 vezes mais que o grupo mais pobre da população.


Esses números foram divulgados em relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada em junho deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em módulo denominado “Rendimentos de todas as fontes” 2021. Em relação ao índice Gini houve um aumento de 0,075, o maior do país, ante 2020, quando atingiu 0,512. Além disso, o Gini potiguar foi superior ao índice nacional (0,544).


O Rio Grande do Norte também tem a terceira maior desigualdade de renda do Brasil entre as pessoas com idade de trabalhar em 2021. O índice de Gini do rendimento médio mensal real, das pessoas de 14 anos ou mais (com origem em todos os trabalhos), do RN também alcançou a maior marca da série histórica iniciada em 2012: 0,542. Só Distrito Federal (0,551) e Paraíba (0,558) têm desigualdade mais acentuada.


Números


Potiguares na extrema pobreza (renda menor que R$ 105/mês):


04/2021 – 369.248 famílias ou 1.036.338 pessoas;

04/2022 – 449.291 famílias ou 1.152.270 pessoas;


Diferença de 80.043 famílias ou 115.932 pessoas (+21,6%).


Inscritos no Cadastro Único

04/2021 – 661.901 famílias ou 1.746.944 pessoas;

04/2022 – 769.857 famílias ou 1.897.781 pessoas;


Diferença de 107.956 famílias ou 150.837 pessoas (+21,6%).


Fonte: Cadastro Único/ Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas).


Fonte: Tribuna do Norte

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Polícia Civil do RN prende foragidos por estupro de vulneráveis e outros crimes

Policiais civis da 20ª Delegacia de Polícia, localizada em Macaíba, na Grande Natal, começaram nesta terça-feira (20) e deram continuidade nesta quarta-feira (21) à Operação “Contos de Horror”, que tem o objetivo de cumprir mandados de prisão contra condenados por estupro de vulneráveis e outras infrações penais. Três pessoas foram presas em Rio do Fogo, no litoral norte do estado, na zona rural de Macaíba e em Natal.


Um dos homens presos tem 25 anos, enquanto que os outros são idosos de 71 e 72 anos. Todos foram condenados por crimes de estupro de menores de idade, cometidos entre 2008 e 2016.


Operação "Contos de Horror" é deflagrada por policiais civis de Macaíba/RN — Foto: Reprodução/Polícia Civil do RN


Na casa de um dos detidos, o foragido de 72 anos de idade, os policiais encontraram três armas. Ele era procurado após ser sentenciado a 13 anos e seis meses de prisão por um estupro de vulnerável em 2008. Já o idoso de 71 anos, condenado a 18 anos de reclusão por estuprar e engravidar uma adolescente em 2015, tentou fugir ao saber que estava sendo procurado, mas acabou preso em Natal.


O nome da operação, "Contos de Horror", diz respeito à prática de crimes sexuais cometidos por pessoas adultas dentro da própria família.

A Polícia Civil pede que a população continue enviando informações, de forma anônima – por meio do Disque 181 ou do número da Delegacia de Macaíba: (84) 98114-4042 – para a realização de mais prisões.


Outros crimes


Na Operação “Contos de Horror” ainda foi preso um homem de 33 anos com um mandado de prisão expedido pelo Poder Judiciário de Goiás em aberto pela prática do crime de roubo.


Nesta quarta-feira, os policiais civis ainda cumpriram um mandado de prisão preventiva contra um homem de 53 anos. Ele é investigado em quatro inquéritos policiais por violência contra sua ex-companheira, e teria descumprido medidas protetivas impostas pela Justiça.


Fonte: g1

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Mulher é feita refém durante assalto em Natal; criminosos trocam tiros com a PM durante a fuga e um morre

Um bandido morreu na noite desta terça-feira (20) após raptar mulher, fazer ela refém no carro dela e trocar tiros com a Polícia Militar em Natal. Outro suspeito dos crimes fugiu e a vítima, uma mulher que foi raptada em frente de casa, foi resgatada sem ferimentos.


Após acompanhamento tático, veículo onde vítima e bandidos estavam ficou com marcas de tiros — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


De acordo com a informações da PM, o crime ocorreu por volta das 21h desta terça-feira (20). A vítima estava chegando em casa, no bairro de Lagoa Seca, quando os dois suspeitos anunciaram o assalto e entraram dentro do veículo.


Eles seguiram em direção ao bairro das Quintas com a vítima dentro do veículo. A vítima contou aos policiais que foi ameaçada o tempo todo, com os criminosos pedindo dinheiro.



Após acionados, os militares conseguiram identificar o veículo quando ele estava na avenida Nevaldo Rocha e iniciaram o acompanhamento tático. Os criminosos se dirigiram até o bairro do Bom Pastor e, de acordo com a PM, iniciaram confronto ao disparar contra a viatura.


Os militares reagiram. Um dos criminosos foi atingido, socorrido ao Pronto Socorro Clóvis Sarinho, mas não resistiu. O outro fugiu. Nenhum militar ficou ferido e a vítima foi resgatada pela Polícia Militar e passa bem. Ela não foi atingida no confronto.


Carro ficou com marcas de sangue dos criminosos — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


Fonte: g1

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Justiça determina interdição parcial de pousada próxima a borda de falésia em Pipa

Após pedido do Ministério Público Federal, a Justiça determinou a interdição de parte da estrutura de uma pousada na área das falésias da praia de Pipa, em Tibau do Sul, no litoral do Rio Grande do Norte.


Laudo técnico aponta risco de deslizamento em construção irregular próxima à borda das falésias — Foto: MPF


De acordo com a decisão 1ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte, a Defesa Civil de Tibau do Sul deve dar cumprimento imediato à interdição da construção próxima à borda das falésias, que compreende apartamento, deck de madeira e piscina infantil.


Segundo a ação, a medida se faz necessária “em face dos gravíssimos elementos trazidos a lume pelo Ministério Público Federal, os quais envolvem risco não mais ambiental, mas de perda de vidas”.



Um laudo técnico contratado pela prefeitura do município aponta que o empreendimento está situado em zona de instabilidade, com risco de deslizamento.


O MPF afirma que, de acordo com o laudo técnico, “a situação é gravíssima e extremamente preocupante. Diante da urgência e gravidade do caso, não se deve esperar que a tragédia aconteça para só assim agir. A interdição de parte do empreendimento é a melhor medida de prevenção para um acidente catastrófico”.


No estudo, os engenheiros identificaram fissuras na parede de um quarto e no muro que dá acesso à escadaria, já interditada.


Também verificaram que o deck está localizado na borda da falésia, sobre tubulações de esgoto com origem e destino desconhecidos. Além disso, a piscina representa risco por estar localizada próxima ao limite da falésia, com afundamento do piso e "visível desgaste" do muro de pedra que sustenta a estrutura.


Com a conclusão do laudo, a Defesa Civil do município emitiu Notificação de Intervenção Preventiva no dia 1º de setembro deste ano, mas foi impedida pelos réus de realizar as interdições sugeridas no estudo, conforme relatado pelo órgão em Boletim de Ocorrência.



Procurado pelo g1, por telefone, o empresário Durval Rabelo, um dos proprietários da Pousada Marajoara, afirmou que a situação é "desagradável", considerou que o problema atinge todo a região da praia da Pipa e que discute o tema pela via judicial.


"Vou aguardar os próximos passos. Falei com o advogado e não tenho um posicionamento para informar no momento. Esse é um problema na praia inteira, no município inteiro. As falésias sempre caíram, foram formadas já pela erosão. Mas as pousadas, os estabelecimentos, sempre tiveram cuidado para evitar de perder seu espaço. Quando a falésia cai, quem perde terreno somos nós. O maior interessado em evitar qualquer coisa desse tipo é o empresário", afirma.


Laudo técnico

Após a tragédia que vitimou uma família durante deslizamento de falésia em Pipa em 2020, o MPF intensificou a atuação para regularização das construções na área de risco. Com isso, a Prefeitura de Tibau do Sul foi orientada a contratar estudos técnicos sobre a situação de 28 empreendimentos, entre eles a pousada.


O MPF também cobra regularização da construção em relação a licenças ambientais e por obras realizadas em área parcialmente pertencente à União e área de preservação.


Fonte: g1

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Secretário de Saúde de São Gonçalo do Amarante é exonerado do cargo

O secretário de Saúde de São Gonçalo do Amarante foi exonerado do cargo na terça-feira (20), de acordo com portaria publicada no Diário Oficial do município da região metropolitana de Natal.


Sede Prefeitura São Gonçalo do Amarante RN — Foto: Júnior Santos


A exoneração ocorreu um dia após a Polícia Federal deflagrar uma operação que investiga contratos firmados pelo município durante a pandemia da Covid-19, entre 2020 e 2021.


O g1 RN procurou Jalmir Simões e a assessoria de comunicação da prefeitura de São Gonçalo do Amarante, mas as ligações não foram atendidas até a última atualização desta matéria.


Na mesma edição do Diário Oficial, o prefeito da cidade, Eraldo Paiva (PT), nomeou a odontóloga Aldenisia Alves Albuquerque Barbosa para o cargo de secretária municipal de Saúde.



Operação

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União deflagraram a Operação Lectus II na manhã de segunda-feira (19), para investigar suposto caso de corrupção e lavagem de dinheiro em ações de dispensas de licitações no município. A PF não divulgou os alvos dos mandatos.


Os contratos investigados envolvem fornecimento de equipamentos e mão de obra para o Hospital de Campanha criado pela prefeitura durante a pandemia da Covid-19.


Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em São Gonçalo do Amarante, Natal e Ouro Branco.


Irregularidades entre 2020 e 2021

Em nota encaminhada ao g1, no dia da operação, a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante disse que as possíveis irregularidades teriam ocorrido em contratos na área da saúde, executados e pagos no período de 2020 - 2021, durante a gestão do ex-prefeito Paulo Emídio.


Ainda de acordo com a nota, o atual prefeito Eraldo Paiva determinou ao Secretário Municipal de Saúde, Jalmir Simões, fornecesse todas as informações necessárias aos órgãos de controle.


"A atual administração, pautada pela transparência e correção dos atos, estará à disposição de todo e qualquer esclarecimento sobre o ocorrido", disse.


Eraldo Paiva era vice-prefeito e assumiu a gestão municipal em maio de 2022 após a morte de Paulo Emídio. Na época, Jalmir Simões já era o secretário de Saúde.



Pagamento de propina

Segundo a PF, um grupo empresarial teria celebrado irregularmente contratos com a prefeitura para prestação de serviços de locação de equipamentos médicos, fornecimento de acessórios e insumos para implantar leitos clínicos, além de locação de mão de obra, instalação de rede de oxigênio e fornecimento de oxigênio para o Hospital de Campanha do município.


De acordo com os investigadores, ao longo da execução dos contratos em 2020 e 2021, que somam mais de R$ 3,5 milhões, foram identificados pagamento de "vantagem indevida" a um gestor do município, que teria recebido o dinheiro por meio de um terceiro.


Fonte: g1

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'Foi triste, mas realizei um sonho', diz morador do interior do RN que fez vaquinha para ir ao funeral da Rainha Elizabeth II

O paraibano Alberto Mendes, de 18 anos, realizou um sonho na última semana em meio ao luto. Morador de Nísia Floresta, no Leste potiguar, ele é admirador da monarquia e conseguiu participar da despedida da Rainha Elizabeth II, que morreu no último dia 8 de setembro.


Para estar presente no velório e acompanhar o funeral da monarca, ele fez uma "vaquinha" para cobrir, mesmo que parcialmente, os quase R$ 14 mil investidos na viagem.


"Recebi mensagens de amigos que me apoiaram o tempo todo. Eles me diziam que estavam felizes por mim e eu respondia que estava triste e feliz ao mesmo tempo. Triste por ter perdido a rainha. E feliz por ter realizado esse sonho", afirmou.



A viagem teve início na última quarta-feira (14) e não foi simples. Alberto seguiu de carro para João Pessoa, depois em novo veículo foi até o Recife. De lá, embarcou para São Paulo e ficou no Aeroporto de Guarulhos por 24h, até pegar um voo direto para Londres.


Ele chegou em Londres na sexta-feira (16) e retornou ao Brasil nesta terça (20). Nesse espaço de tempo, participou do velório público e o funeral da rainha. Alberto não fala inglês fluente e diz saber "apenas o básico para se virar".


No velório, ele afirmou ter dedicado mais de 20h entre o trajeto que percorreu até obter uma fita, necessária para participar do momento, e a fila de 30km propriamente dita até o Palácio de Westminster.


Já no funeral, que era apenas para convidados, Alberto participou à distância, porém esteve na grade, local mais próximo que pode. "Falam que os britânicos são frios, mas posso dizer exatamente o contrário. Foram solícitos, me acolheram, me ajudaram, foram calorosos. Foi muito emocionante pra mim", afirmou o estudante.


Durante o funeral, exclusivo para convidados, Alberto ficou próximo a grade. — Foto: Arquivo pessoal


Financiamento

Entre o dia 8 de setembro, dia da morte da rainha, e o embarque foram apenas seis dias. Nesse período, Alberto precisou ter coragem para realizar uma promessa que adiou por duas ocasiões. Ele tinha se planejado, inicialmente, para comparecer ao aniversário de 96 anos da monarca e aos festejos do jubileu dos 70 anos de reinado. Nas duas ocasiões, os planos não foram concretizados.


"Se eu não conseguisse dessa vez, seria uma grande frustação", afirmou Alberto. Ele afirmou que olhava os preços das passagens para Londres com alguma frequência e viu as tarifas dispararem. "O que custava R$ 4 mil, disparou para R$ 9 mil, R$ 10 mil. O preço foi pras alturas após o anúncio da morte da rainha", disse.



Diante desse cenário, Alberto teve ajuda de uma amiga, Magna, para achar uma passagem mais em conta. Após tantas pesquisas, eles encontraram bilhetes em algo perto de R$ 9 mil e a vaquinha surgiu como uma forma de encurtar o caminho entre o sonho e a realidade.


"Eu pedia qualquer coisa. Mandei para todos os meus amigos. Eles acharam que eu tinha sido hackeado, eu fazia questão de ligar pra eles e mostrar que era verdade, eles me ajudaram muito", explicou.


O financiamento coletivo seguiu até a última quarta-feira (14), dia em que deixou sua residência em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte, rumo ao seu sonho. Alberto conseguiu algo perto de R$ 5,5 mil, que foram direcionados ao pacote contratado. O restante do dinheiro foi custeado pelo cartão de crédito do pai, para Alberto pagar nos meses posteriores à viagem.


Entre alimentação, passagens, seguro, hospedagem e gastos emergenciais, a estimativa é que a despedida tenha custado algo próximo a R$ 14 mil. "Valeu a pena. Isso fica pra história", explicou.


Ao centro, Alberto ao lado de outras pessoas que aguardavam, na fila, para acessar o velório público. — Foto: Arquivo pessoal


Amor pela coroa

A história de admiração de Alberto não só pela rainha, como toda a coroa britânica teve início há dez anos. Ele conta que teve o primeiro contato através da capa de uma revista, com uma foto da Rainha Elizabeth II, ainda jovem.


"Um dia cheguei pro meu pai e perguntei quem era essa mulher. Ele me explicou, falou que era a rainha da Inglaterra. Eu fiquei maravilhado, tinha oito anos, não sabia nem que existia rei, essas coisas", disse.


Desde então, Alberto se interessou pelo assunto e passou a ser um consumidor de conteúdo ligados à monarquia britânica. Leu livros, assistiu filmes e séries, além de se inteirar por pesquisas na internet sobre a história e como os membros da coroa estão atualmente. Especificamente em relação à Elizabeth II, Alberto destaca que ser uma mulher em posição de soberania e sua simpatia chamaram sua atenção.


"O amor que eu tive era a questão da simpatia, a grande elegância. Tem também a questão de soberania, por ser uma mulher a frente do seu tempo. Ela é conhecida no mundo inteiro, isso me fascinou", explicou.


Fonte: g1

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Profissionais de saúde protestam a favor do piso da enfermagem em Natal

Profissionais de saúde realizaram nesta quarta-feira (21), um ato pela implantação do piso salarial dos enfermeiros e técnicos de enfermagem. A ação se estende durante todo o dia e faz parte de uma mobilização nacional da categoria.


Profissionais da enfermagem estiveram reunidos no bairro da Cidade Alta, em Natal — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN), uma programação foi montada ao longo de toda a quarta-feira, entre oficina de cartazes, apresentações culturais, culminando em um ato público realizado durante a tarde.


Na última quinta-feira (15), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter a suspensão da lei que criou o piso salarial dos profissionais de enfermagem. A lei segue suspensa até que sejam analisados os impactos da medida na qualidade dos serviços de saúde e no orçamento de municípios e estados.


"A principal reivindicação é pressionar o congresso e o executivo a apresentar a fonte de custeio que está impedindo que a gente tenha, de fato, a implantação do nosso piso salarial", explica João Assunção, um dos diretores do Sindsaúde/RN.


A lei que fixa pisos salariais para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras foi aprovada em julho pelo Congresso e sancionada, com um veto, em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).


O veto retirou do texto que tinha sido aprovado a determinação para que os pisos fossem atualizados, de forma anual, com base na inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O trecho foi vetado por Bolsonaro, fato que também é alvo de protestos da categoria.


Fonte: g1

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Servidores dos três hospitais universitários do RN entram em greve

Servidores do hospitais universitários federais no Rio Grande do Norte entraram em greve, por tempo indeterminado, nesta quarta-feira (21). Para marcar o início da paralisação, os profissionais realizaram uma manifestação em frente ao Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal.


Protesto aconteceu na manhã desta quarta-feira (21), quando foi deflagrada a greve — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


De acordo com o Sindicato Estadual dos Trabalhadores de Empresas Públicas de Serviços Hospitalares do RN (Sindserh-RN), a manifestação acontece em busca de uma negociação por reajuste salarial e por melhores condições de trabalho.


"Nós estamos há três anos e meio com um acordo parado, sem negociação com a empresa. Nós tivemos propostas feitas tanto pelos empregados, quanto pela ministra e a empresa recusou e não apresentou nenhuma proposta para os funcionários. Esse é o ponto chave. Nós já perdemos cerca de 25% do nosso salário só de inflação", explicou a diretora do Sindserh, Rosani Andrade.



"Nós temos a questão da coação, que nós sofremos dentro dos hospitais universitários, a falta de insumos para trabalho. Nós estamos com vários tipos de exames sem poder ser feitos por falta de insumos e isso termina que a população sai perdendo por conta da má administração", completou.


Greve foi iniciada nesta quarta-feira (21) — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


Segundo o sindicato, não é pedido um aumento salarial, mas um reajuste que acompanhe a inflação, além de "condições dignas de trabalho" dentro dos hospitais.


Os hospitais afetados pela paralisação dos servidores são o Hospital Universitário Onofre Lopes, a Maternidade Escola Januário Cicco, ambos em Natal, e o Hospital Universitário Ana Bezerra, em Santa Cruz.



Em nota enviada ao g1 RN, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) confirmou que "há uma paralisação dos empregados que têm vínculo com a Ebserh como parte das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)".


Sobre o funcionamento das unidades, a Ebserh informou que "no Hospital Universitário Ana Bezerra, a fim de evitar o impacto no atendimento assistencial, algumas chefias da Assistência estão atuando diretamente nos procedimentos. Dessa forma, até o momento as agendas programadas estão sendo realizadas. Também no Hospital Universitário Onofre Lopes e na Maternidade Escola Januário Cicco não houve interrupção nos atendimentos, que permanecem normalmente" (veja nota completa no fim do texto).


O ato também acontece em outros estados do Brasil.


Nota da Ebserh

"A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) informa que, nesta quarta-feira (21), há uma paralisação dos empregados que têm vínculo com a Ebserh como parte das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).


No Hospital Universitário Ana Bezerra, a fim de evitar o impacto no atendimento assistencial, algumas chefias da Assistência estão atuando diretamente nos procedimentos. Dessa forma, até o momento as agendas programadas estão sendo realizadas. Também no Hospital Universitário Onofre Lopes e na Maternidade Escola Januário Cicco não houve interrupção nos atendimentos, que permanecem normalmente.



Acordo Coletivo de Trabalho Ebserh


A Ebserh esclarece que o processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) com as entidades sindicais teve mais de 20 rodadas, porém sem solução. Com o propósito único de viabilizar a conclusão, a empresa solicitou às entidades que apresentassem uma última contraproposta. Ao contrário do que sugere a boa prática em negociações coletivas de trabalho, as entidades sindicais apresentaram 3 propostas distintas e maiores do que as apresentadas anteriormente, ou seja, deixando claro que não estavam dispostas a nenhum tipo de negociação.


Sobre a dúvida conceitual criada em torno do dissídio coletivo de greve, a empresa reitera que as questões econômicas e sociais foram amplamente discutidas no âmbito do dissídio coletivo de greve, inclusive por meio de diversas audiências bilaterais mediadas pela relatora do processo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ministra Delaíde Miranda Arantes, o que, de acordo com a jurisprudência do próprio TST, transformou aquele processo em dissídio coletivo de natureza mista. E é isto que tornou possível que os ACTs ainda em negociação possam ser julgados imediatamente, no âmbito do dissídio coletivo de natureza mista que já está em vias de ser julgado.


Pelos motivos expostos, e ciente de que seus empregados, assim como a própria Ebserh, anseiam por um rápido desfecho para esse longo período de negociação, a Empresa peticionou solicitando a apreciação de mérito e o julgamento do processo com a maior brevidade possível. Por outro lado, as entidades sindicais, surpreendentemente, solicitaram a extinção do dissídio sem julgamento do mérito, com o objetivo de que fosse iniciado um novo período de negociação, o que poderia empurrar o desfecho desses ACTs para meses à frente.



O TST abriu prazo, em 15/09, para manifestação das entidades em relação ao pedido supramencionado e notificou o Ministério Público do Trabalho para emissão de parecer.


Fato é que se as entidades sindicais se manifestarem favoráveis, ou se houver decisão por parte da Ministra, como solicitado pela empresa, o desfecho será célere. Diante do cenário exposto, a Empresa considera como inoportuna qualquer medida tomada à revelia do TST, tendo em vista que o processo de dissídio ainda aguarda julgamento".


Fonte: g1

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Repasse de royalties de petróleo e gás ao RN aumenta mais de 50% em 2022

O repasse de royalties das empresas produtoras de petróleo e gás ao Estado Rio Grande do Norte aumentou mais de 50% de janeiro a agosto de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado.


Campo de exploração de petróleo no RN (Arquivo) — Foto: Getúlio Moura/Petrobras/Divulgação


Os municípios potiguares receberam 42% a mais no período.

Os repasses pagos até o oitavo mês de 2022 somem cerca de R$ 470 milhões, correspondente a R$ 254,6 milhões recebidos pelos municípios potiguares e R$ 216,3 milhões pelo estado. Os valores são superiores ao que o estado recebeu no ano de 2020 inteiro, de janeiro a dezembro.


Os dados são da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) e foram consultados pelo g1 RN.



Levando em consideração o período dos oito primeiros meses do ano, valor recebido pelos municípios aumentou cerca de 96% de 2020 a 2022. Já o valor recebido pelo estado cresceu 170%.


O crescimento retomado em 2021 - como mostra o gráfico acima - coincide com uma fase de transição e a chegada de novas empresas que passaram a operar ativos que pertenciam à Petrobras no Rio Grande do Norte.


A empresa estatal estima que vai deixar o Rio Grande do Norte no início do próximo ano, com a passagem da operação do Polo Potiguar para a 3R Petroleum.



O Polo Potiguar era o último conjunto de campos sobre controle da Petrobras no estado. A estatal decidiu vender as operações dos campos maduros, em terra, para concentrar investimentos na exploração de petróleo e gás em águas profundas.


Em novembro de 2021, o Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que a atuação das produtoras independentes aumentou em cerca de 300% nos campos maduros no estado, entre 2019 e 2020. No mesmo ano, uma das produtoras informou que aumentou em 30%, em um ano, a capacidade de produção dos campos adquiridos.


Royalties

Segundo a ANP, os royalties são uma compensação financeira paga pelas empresas que produzem petróleo e gás como uma forma de remunerar a sociedade pela exploração de recursos não renováveis.


Eles incidem sobre o valor da produção do campo e são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção.


Os valores recebidos pelos municípios podem ser investidos em infraestrutura, educação, saúde, segurança e outras áreas do serviço público.


Fonte: g1

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Helicóptero que transportava deputado cai em Engenheiro Caldas, MG

Um helicóptero com quatro pessoas caiu no início da tarde desta quarta-feira (21) em uma área de brejo no distrito de Divino do Traíra, em Engenheiro Caldas (MG) – a 320 km de Belo Horizonte. Ninguém morreu. Um vídeo registrou o momento da queda. 


A aeronave transportava o deputado federal e candidato à reeleição Hercílio Diniz e o vice-prefeito de Governador Valadares, David Barroso. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa de Diniz. Além dos dois políticos, estavam no helicóptero o piloto e mais um passageiro.


O vídeo que registrou a queda flagrou o momento em que a aeronave chega próximo ao ponto de descida. Logo em seguida, é possível ver um clarão.



De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu após a aeronave ter batido em um fio de alta tensão, quando pousava. A área de brejo existente no local amorteceu a queda.


Equipes dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamadas para socorrer as vítimas.


O estado de saúde dos passageiros não foi informado. Após o socorro, os quatro ocupantes do helicóptero foram levados para um hospital particular da cidade.


Por ter atingido a fiação elétrica, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi chamada para cortar a energia.


Helicóptero cai em Engenheiro Caldas — Foto: Redes sociais


Leia a nota da comunicação do deputado Hercílio Diniz:

"A coordenação de campanha do deputado federal Hercílio Coelho Diniz informa que o helicóptero em que estava o candidato, o vice-prefeito de Valadares, David Barroso, o locutor Luciano Viana e o piloto Fabiano Rufino sofreu um acidente quando pousava em Engenheiro Caldas. Os quatro passageiros passam bem e estão a caminho do hospital para laudo clínico completo. Agradecemos a todos pelas orações e mensagens de apoio. Mas informações em breve."


Vítimas de queda de aeronave são levadas para hospital particular de Governador Valadares — Foto: Marina Venturoli/Inter TV dos Vales


Fonte: g1

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Hóspede de hotel em SP agride estudante carioca de 14 anos após se irritar com barulho

Um estudante de 14 anos da Escola Eliezer Max, de Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi agredido por um homem, na noite de terça-feira (20), dentro de um hotel em São Paulo, durante uma excursão do colégio pela capital paulista.


Tudo aconteceu no 10° andar do hotel, onde Lucas Rolim Valoni, de 27 anos, foi filmado agredindo o adolescente. Nas imagens, é possível ver dois jovens rindo e brincando em frente a um dos quartos do hotel. Incomodado com o barulho, Lucas abre a porta do quarto 1013 e agarra um dos meninos.


Lucas aparece descontrolado e segura o jovem pela camisa, enquanto pressiona o rapaz contra a parede. Ele consegue imobilizar o garoto com um braço, enquanto dá uma sequência de tapas no rosto e na cabeça.


Em seguida, ainda com o jovem imobilizado, Lucas pega o chinelo e volta a bater no rosto e na cabeça do jovem. Por fim, após conseguir se livrar de Lucas, o estudante recebe um último golpe na cabeça.


As agressões físicas duram cerca de 20 segundos. Em seguida, Lucas segue gritando com o jovem, obrigando que ele volte para o seu quarto.


A Polícia Civil de São Paulo está investigando o caso e já recolheu as imagens de câmeras de segurança do Hotel Travel Inn, do Ibirapuera, em São Paulo.


O g1 tenta localizar a defesa de Lucas Rolim Valoni.


Hóspede de hotel em São Paulo agride estudante carioca de 14 anos após se irritar com barulho — Foto: Reprodução


Pai do jovem está em SP

De acordo com as câmeras de segurança do hotel, as agressões aconteceram às 20h04. Logo em seguida, o jovem procurou os seguranças do hotel e ligou para os pais no Rio de Janeiro.


Um dos representantes da escola que acompanhavam os alunos em São Paulo foi com membros do hotel até a 27° Delegacia de Polícia (Campo Belo), onde o caso foi registrado.


O pai do garoto está na capital paulista nesta quarta-feira (21) para acompanhar os desdobramentos do caso. O jovem deve passar por um exame de corpo delito.


Revolta

Em contato com a TV Globo, a mãe do garoto disse estar revoltada. Ela espera que o agressor seja preso.


"Ele espancou meu filho no corredor de um hotel que ele estava hospedado durante uma viagem. Eram crianças de 14 anos brincando, rindo no corredor, ele abriu a porta do quarto, incomodado com o barulho, e pegou o primeiro que apareceu, que era o meu filho, que na hora estava até tirando o amigo, levando para o quarto, e deu um monte de tapa na cara, chinelada na cara, chinelada no corpo, deu até um mata-leão encostando ele na parede", contou a mãe do jovem.


"Eu quero ver esse cara responder por esses atos. Eu não vou sossegar. Ele é um maluco, um alucinado, que não pode conviver com a sociedade. Eu quero esse cara preso", completou.


O que dizem os envolvidos

Em nota, a Escola Eliezer Max informou que assim que soube da ocorrência enviou uma diretora à São Paulo para acompanhar o caso e dar suporte ao aluno agredido.


"A escola está focada em garantir a segurança do aluno e do grupo e atua com a família para a responsabilização do agressor", dizia um trecho da nota.


O Hotel Travel Inn também foi procurado pela reportagem e não se manifestou até a última atualização do texto.


Fonte: g1

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Guedes questiona relatório e diz que 'é mentira' que 33 milhões de brasileiros passam fome

O ministro da economia, Paulo Guedes, questionou o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar no país, nesta quarta-feira (21).


Paulo Guedes, ministro da Economia, em imagem de arquivo — Foto: Bruno Rocha/Enquadrar/Estadão Conteúdo


"33 milhões de pessoas passando fome é mentira. Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB, três vezes mais do que recebiam antes", declarou o ministro durante um evento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), que ocorre em São Paulo.

"É impossível ter 33 milhões de pessoas passando fome. Por mais que tenha havido inflação, não foi três vezes mais. O poder de compra está mais do que preservado por essa nova transferência de renda", disse mais uma vez durante sua fala.



Guedes se referia aos dados divulgados pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), e divulgados em junho deste ano.


O presidente Jair Bolsonaro também negou a escalada da fome este ano. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, em agosto, Bolsonaro disse que não se vê gente "pedindo pão" na porta de padaria, no Brasil.


Teto de gastos furado

O ministro defendeu a 'flexibilização' do teto de gastos feita por sua gestão e criticou a forma como essa política foi implementada.


"A flexibilização do teto que nós fizemos, fomos criticados, mas o teto foi mal construído. O teto é pra evitar que o governo federal continuasse inchando. O Brasil foi feito de cima pra baixo. Lá em cima tem que ter menos dinheiro", discursou.

O ministro disse que havia "dois comandos inconsistentes". "Um, pelo legislativo, que dizia que tinha que obedecer ao teto. O outro, que veio do judiciário, dizia que teríamos que pagar os precatórios."


O ministro também pediu que os ouvintes esqueçam a política e foquem nos "fatos econômicos" feitos por sua gestão.


"A política pode fazer o barulho que quiser, mas o caminho é por outro lado", disse.


Fonte: g1

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Brasil corre risco muito alto de reintrodução da poliomielite, diz Opas

A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) disse nesta quarta-feira (21) que Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru correm um risco muito alto de reintrodução da poliomielite, em meio à queda na cobertura regional de vacinação contra a doença para cerca de 79%, o menor desde 1994.


Vacinação contra a poliomielite em Caruaru — Foto: Elvis Edson/Divulgação


Atualmente, o Brasil está em campanha de vacinação contra a doença e, diante da baixa adesão, o Ministério da Saúde prorrogou a iniciativa até 30 de setembro. O prazo inicial da campanha que começou em 8 de agosto era até a sexta-feira (9).



A campanha nacional contra a pólio busca alcançar crianças menores de 5 anos que ainda não foram vacinadas com as primeiras doses do imunizante (que é aplicado as 2, 4 e 6 meses de idade, via injeção intramuscular) e incentivar a aplicação da dose de reforço, que acontece por meio da conhecida gotinha.


A doença, também chamada de paralisia infantil, tem certificado de erradicação no país desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas.


Emergência nos EUA

Neste mês, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, declarou uma emergência na tentativa de acelerar os esforços para vacinar moradores contra a poliomielite depois que o vírus foi detectado em amostras de esgoto. Casos também foram detectados em Londres e Jerusalém.



A pólio pode causar paralisia irreversível em alguns casos, mas pode ser prevenida por uma vacina disponibilizada pela primeira vez em 1955. Embora não haja cura conhecida, três injeções da vacina fornecem quase 100% de imunidade.


Autoridades de saúde pública disseram que a hesitação sobre vacinas contribuiu para a queda nas imunizações contra a poliomielite, ao mesmo tempo em que a Covid-19 causou a pior interrupção na vacinação de rotina em uma geração, segundo a Organização das Nações Unidas.


A doença aterrorizou pais em todo o mundo durante a primeira metade do século 20. Afetando principalmente crianças menores de cinco anos, geralmente é assintomática, mas também pode causar sintomas como febre e vômitos. Cerca de uma em cada 200 infecções leva à paralisia irreversível e, entre esses pacientes, até 10% morrem.


Fonte: g1

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