domingo, maio 21, 2023

Fechamento de lojas deixa comerciantes apreensivos em Natal

O fechamento de lojas-âncora aguça o temor em comerciantes e lojistas da Cidade Alta. Até aqueles que já atuam na região há mais de 10 anos temem que a baixa movimentação torne insustentável a manutenção de seus negócios no centro de Natal. Essa apreensão se torna ainda mais forte com  anúncio de saída da unidade da Marisa, localizada na avenida Rio Branco, devido a uma reestruturação na rede de lojas em todo o Brasil, bem como outros nomes como Colombo e C&A, há pouco mais de um ano. Alguns dos comerciantes já estudam deixar o centro caso a situação não melhore nos próximos meses. 


Foto: Magnus Nasciment


É o caso do comerciante Nilmax Sanderson, 38, que já trabalha no centro há duas décadas e, nos últimos anos, escolheu ficar em frente ao prédio da Marisa justamente para aproveitar a clientela que chegava na loja. No entanto, estuda a possibilidade de deixar de vez a Cidade Alta, caso a saída da unidade impacte suas vendas. “Por enquanto, eu vou ficar por aqui, mas dependendo do que vai dar, eu sou sair para outro canto. Se eu vir que vai cair minhas vendas, eu vou procurar a melhora para mim”, comenta. 


O mesmo é repercutido por Arthur Oliveira, 32, que tem um pequeno comércio de variedades na rua João Pessoa há 15 anos. Ele diz que pretende avaliar a situação no restante deste ano. “A gente vai ver até o restante do ano, porque estamos prestando atenção no que está acontecendo, que faz cair cada vez mais o movimento”, afirma. O comerciante comenta, ainda, que pretende ir para a Zona Norte onde, de acordo com ele, “está com um bom movimento”, ou procurar algum ponto na Zona Sul, caso não consiga manter o negócio aonde está.


Arthur Oliveira está avaliando mudar seu comércio de local


Mesmo com a preocupação, sente esperança com a revitalização da rua João Pessoa, iniciada  na ultima segunda-feira (15) pela Prefeitura de Natal. A promessa com a obra é revigorar o comércio do centro. “Eu creio que dê uma melhorada no comércio, mas não sei se é só essa a obra que vão fazer”, complementa.  O trecho em obras segue interditado e, no momento, veículos não podem trafegar pelo local e deve continuar assim até pelo menos o mês de junho.


Cézar Ribeiro, 64, vende sapatos se valendo do pessoal que entra nas farmácias próximas e na Marisa. Mesmo que a situação esteja difícil, como diz, comenta que não pretende sair do centro da cidade, aonde já está há uma década. “Eu só se que a Marisa vai fazer falta, porque a gente aproveita esses clientes, mas eu só saio quando parar de vez mesmo”, diz. O comerciante comenta também sobre a obra na rua ao lado, esperando que a ação atraia o público. Tão fazendo um calçadão aí, dizendo que vai melhorar, né, que vai puxar mais gente. Vamos esperar”, finaliza.


Outro que afirma que não deixará o centro é  o gerente, Jean Muniz, 24. Mesmo com a falta de clientes, conta que prefere manter a animação e a loja em clima constante de festa para atrair mais pessoas. Embora otimista, afirma que em um mês de trabalho no bairro, três lojas vizinhas foram fechadas, o que o assusta, mesmo que mantenha a confiança. “Tem menos de um mês e fechou três lojas aqui do lado. A tendência é fechar mais, mas a minha eu não vou fechar”, afirma. 


Pesquisa mostra diminuição em aberturas


O levantamento feito pela Junta do Rio Grande do Norte (Jucern), mostra que há um declínio na abertura de empresas no bairro nos ultimos cinco anos. Em 2019, foram abertas 92 empresas, já no ano seguinte, o número cai para 89. O ano de 2021 contou com um leve aumento, pois cerca de 97 empresas foram abertas, no entanto, 2022 foi o pior ano na quantidade de aberturas, apenas 75. Entre 2019 e 2022, houve, portanto, uma diminuição percentual de 18,47%  na quantidade de empresas abertas.  Os dados consideram ainda os MEI (Microempreendedores Individuais).


A quantidade de fechamentos foram mais estáveis, quando comparado com o dado anterior. Os anos de 2019 e 2022 tiveram praticamente o mesmo número, com 61 e 62, respectivamente. Por isso, o levantamento mostra que a medida que a quantidade de empresas abertas foi menor, o número de empresas fechadas se manteve. Em 2023, até 27 de abril, já foram fechadas 20 empresas, cinco a mais do que as abertas no mesmo período, com 15. 


Já o setor de serviço é o que mantém os números mais altos, de acordo com a pesquisa. Foram 752 empresas abertas no seguimento entre 2019 e 2023. O ano de 2021 contou com a maior quantidade, sendo 200 empresas. Este ano, o número de aberturas e fechamento estão parecidos, sendo 48 e 40, respectivamente, cerca de 16,6% a mais para novos empreendimentos do setor. 


Riachuelo vai manter loja do centro


Ao contrário do que ocorreu com a loja Marisa, a comunicação da Riachuelo afirma que vai permanecer com funcionamento normal na Cidade Alta. A informação foi confirmada pela empresa, nesta sexta-feira (19) na qual tranquiliza comerciantes que atuam na região. O rumor surgiu no começo desta semana, motivado ainda pela saída de unidades de grande redes do varejo, bem como a constante queda de movimento no bairro. Lojistas, comerciantes e população em geral lamentaram a possibilidade, embora nada tenha sido dito pela empresa até ontem.


Ainda de acordo com a assessoria da empresa, em nota enviada à TRIBUNA DO NORTE, a loja da Rua João Pessoa é estratégica para o grupo, pois possui uma das 20 maiores operações do Brasil. "A Riachuelo ressalta que não fechará a loja da Rua João Pessoa, 254, localizada no centro de Natal, e afirma que a praça é estratégica para o Grupo, sendo uma das 20 maiores operações do Brasil”, afirma a comunicação.


Fonte: Tribuna do Norte

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‘Atrasos nos consignados é a confissão do crime’, diz Rogério Marinho

Numa semana efervescente em Brasília, a TRIBUNA DO NORTE, entrevistou o senador potiguar, Rogério Marinho (PL), líder da oposição no Senado. Rogério Marinho falou que o arcabouço fiscal rima com calabouço, mas entende que é melhor qualquer regra a não ter regra nenhuma. Ao avaliar o governo de Fátima (PT/RN), Rogério Marinho disse que o Rio Grande do Norte é um estado colapsado pela ausência de gestão. Comentando sobre o atraso dos consignados do governo do Estado nos bancos, tachou de confissão de um crime. Sobre eleições municipais  disse que o PL tem condições de lançar candidatos em Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Mossoró, entre outras cidades do Estado. E acrescentou que a parceria com o prefeito Álvaro Dias para 2024 depende “do candidato que ele apresentar”. 


Foto: Adriano Abreu


Como o senhor responde a algumas críticas de opositores de ter esquecido o RN e se voltado pra bandeira da direita?

Fui eleito pra ser senador da República, eu represento dentro do Senado Federal, o estado do Rio Grande do Norte, aliás é o único lugar em que o Rio Grande do Norte tem o mesmo tamanho que os demais estados, são três senadores por cada unidade federativa, sempre que tiver os interesses do Rio Grande do Norte em jogo o estado vai contar comigo independente do espectro ideológico. Eu tenho tentado fazer um mandato, que leve em consideração o que eu me comprometi em praça pública quando fui candidato em defender um legado virtuoso do ponto de vista da economia, da reestruturação da nossa estrutura econômica ao longo dos últimos seis anos, de defender valores ligados à família, ligados à liberdade, ligados ao livre arbítrio e ao empreendedor e é dessa maneira que eu tenho me comportado. Tenho recebido no nosso gabinete prefeitos de diversos municípios do Rio Grande do Norte, a sociedade organizada através de seus representantes de federações, de associações, vereadores, o nosso gabinete tem uma extensão do estado. É o que estamos fazendo, agora tenho a responsabilidade adicional de ser líder da oposição no Senado da República. É evidente que a minha postura, a forma como eu me comporto, leve em conta o cenário nacional com implicações no Rio Grande do Norte.


Como o senhor avalia a questão do atraso do governo estadual em relação aos empréstimos  consignados dos servidores? 

É a confissão de um crime, chama-se apropriação indébita, a não ser que tenha mudado a lei, porque na hora em que o cidadão que é funcionário, vai a um banco, contrai empréstimo, autoriza a consignação no contracheque de uma parcela a favor de um determinado banco pra amortizar um empréstimo que ele fez. O governo se apropria desse recurso, não paga o banco e deixa com que o cidadão fique inadimplente, negativado, aí existe um crime, claro. Eu espero que não haja omissão do Ministério Público, isso eu não vou nem discutir, tenho certeza que o Ministério Público vai se pronunciar, não vai precisar que ninguém faça nenhum gesto. Eu não acredito que o Ministério Público vai se omitir.


O senhor acha que isso pode imputar a governadora Fátima Bezerra em crime de responsabilidade e abrir porta do impeachment?

Ai o Ministério Público precisa atuar, quem determinou e teve a iniciativa de propor, quem perpetrou a ação. Isso certamente dentro do devido processo legal isso vai ficar evidenciado. Eu não vou aqui prejulgar, porque não sei quem foi ou deixou de ser, mas foi uma confissão do crime. Eu não tenho dúvida que o Ministério Público não vai se omitir, ele vai atuar.


O senhor está fazendo algum movimento político para assumir a direção do Partido Liberal no RN?

Após o resultado das eleições de 2022, eu tenho conversado com o deputado João Maia e com os outros os deputados, federais e estaduais, com prefeitos, diante dessa nova configuração que ocorreu e vamos de forma consensual buscarmos uma melhor configuração da nossa instituição a nível de estado pra nos prepararmos para as eleições de 2024 e a subsequente de 2026.  O deputado João Maia é presidente do PL há mais de 20 anos, é um deputado extremamente atuante, sem dúvida nenhuma um dos mais consistentes e qualificados quadros que o Rio Grande do Norte tem, quando se fala de relatorias importantes e relatorias que há necessidade de um especialista, via de regra o nome que nós escutamos lá é o do deputado João Maia, certamente em qualquer mudança que por ventura aconteça dentro do PL, ele será parte integrante, será membro importante, qualquer mudança que houver, será consensualizada.


Como estão às conversas pra definições de candidaturas do PL para prefeito de Natal?

 Agora em junho, julho a gente vai começar a trabalhar. O PL hoje é um partido que tem acho que 20% do tempo de TV, tem 100 deputados federais dos 513 ou 20% da Câmara dos Deputados, 14 senadores, então é um partido com dimensões e com uma envergadura e legitimidade que lhe posiciona de forma quase que natural para disputas importantes nas grandes cidades brasileiras. A discussão  vamos começar a fazer internamente em junho. Vamos trabalhando e ver o que vai acontecer. Mas é bem provável que o PL aqui em Natal e nas principais cidades do estado tenha candidato a prefeito.


Com todo esse capital político, quatro deputados federais e um senador no RN, o senhor defende que o PL tenha candidaturas majoritárias nas principais cidades, como Natal, Mossoró, Parnamirim?

Eu defendo que o PL tenha legitimidade para trabalhar candidaturas majoritárias nas principais cidades do estado, mas isso é um processo interno de construção. Vamos conversar com o partido.


O senhor tem conversado com o prefeito de Natal, Álvaro Dias sobre sucessão ou tem algum compromisso com ele?

Depende do candidato que ele apresentar. Vamos aguardar e discutir internamente no partido, porém em 2026 pretendo apoiá-lo para candidatura majoritária, evidentemente levando em consideração que nós vamos ficar dentro do mesmo espectro ideológico. Vamos aguardar aí, faltam três anos e meio.


Em 2026 está no seu visor uma candidatura a governador do estado?

O ano de 2026 está muito distante, faltam três anos e meio. No meio do caminho tem a eleição pra prefeito de Natal. Talvez o mais importante nesse processo é construir um projeto. Estamos diante de um estado colapsado, quando comparamos com estados vizinhos, vemos que há uma diferença enorme na questão da gestão pública. A questão não é  o espectro ideológico, que podemos inclusive ter visões diferentes em relação ao mundo e ao país, mas é claramente gestão, quem sai do Rio Grande do Norte para a Paraíba ou para o Ceará, não precisa olhar a placa de sinalização, nota-se que saiu do estado pela forma da conservação das estradas. Hoje se tem uma saúde pública com filas quilométricas em cirurgias eletivas, a dívida do estado enorme com diversos municípios na questão da comissão tripartite.  A governadora apesar de ser da educação, estamos com o menor Ideb do Brasil, isso é uma vergonha, uma governadora que é educadora e temos o pior Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico do Brasil. O que aconteceu com a segurança pública aqui no estado de forma assim mais evidente? Claro que a sensação de insegurança continua, permanece, mas o que aconteceu há um mês e meio atrás, gerou um impacto negativo tremendo para a reputação do Rio Grande do Norte. Então,  a frustração de pessoas que pretendiam vir para o  Rio Grande do Norte, isso vai demorar quatro, cinco anos para a gente recuperar. O Estado tem como uma das principais atividades econômicas o turismo. Veja como a questão da segurança pública vitimiza a população. Quando comparamos o estado com a Paraíba, historicamente sempre fomos o estado mais rico mais forte do ponto de vista econômico, isso está se acabando, não temos sequer atração do ponto de vista tributário pra reter empresas médias aqui no estado. Dezenas de empresas que nasceram no Rio Grande do Norte, hoje têm o domicílio fiscal na Paraíba ou no Ceará. Estamos deixando literalmente descendo a ladeira, é evidente que isso nos incomoda muito. Vamos passar os próximos três anos buscando ajudar o estado, apontando caminhos, ajudando os municípios para que eles tenham condição de minimamente sobreviver, apesar da forma desastrosa como o governo administra e construir uma alternativa que tire o Estado da situação  catastrófica. Esse é um processo que demanda tempo e vamos torcer que haja alguma correção de rumos. Não é possível que o governo vá passar mais quatro anos esperando que o melhor aconteça, porque já fazem quatro anos e cinco meses e o melhor não aconteceu ainda.


As CPIs podem atrapalhar votações no Congresso?

Só existe um projeto de lei em quase cinco meses de início do período legislativo, que o governo enviou ao Congresso Nacional, que é o arcabouço fiscal e que ainda está na Câmara Federal. O que recebemos foram medidas provisórias oriundas do governo Bolsonaro, que estão com prazo de vencimento se exaurindo e algumas medidas provisórias feitas pra reestruturar o governo na visão do novo presidente,  aumentando ministérios e a estrutura organizacional. 


Porque o senhor critica as medidas recentes que alteram a política de preços dos combustíveis da Petrobras?

Todos nós brasileiros, consumidores, temos interesse de que os preços cobrados pelos combustíveis sejam mais baratos, isso é um consenso. A preocupação que temos que ter é que as ações que o governo está implementando não sejam atalhos perigosos. O que quero dizer com isso? Nós temos um passado, recente onde o PT em função de um projeto de poder, de forma artificial, praticou subsídio no preço do combustível e congelou o preço entre 2013/2014. Principalmente, e no ano seguinte, em 2015, a Petrobras passou a ser considerada a empresa mais endividada do mundo. Esse prejuízo foi suportado principalmente pelo governo brasileiro, que é o principal acionista e, por via de consequência, pelo conjunto da sociedade brasileira. Essa situação determinou a política de paridade de preços internacionais para tirar a Petrobras desse endividamento extraordinário, que foi causado pela forma como o PT lidou com o problema no passado. Então, temos receio que essa situação se repita, até porque os parâmetros que estão sendo anunciados, não estão claros,  ninguém entendeu ainda de que forma haverá essa aferição de preços com o preços de dólar do combustível que é importado, com o preço de oportunidade do mercado local, não há nitidez e clareza, isso pode significar que a Petrobras poderá, no momento em que houver alta do preço do petróleo, tomar atitudes e  decisões que, de alguma forma, podem prejudicar a companhia e a sociedade brasileira como já aconteceu anteriormente.


O consumidor pode, lá na frente, terminar pagando a conta novamente com preço mais alto?

Como aconteceu no passado recente. Então, a nossa crítica não é porque os preços vão ficar mais baixos, a nossa preocupação é que os atalhos que estão sendo anunciados, podem significar a uma volta, um retrocesso a um que não nos interessa, que já mostrou que não é um não é um bom caminho.


O senador fez uma crítica recente sobre a decisão do governo em apoiar construções de eólicas offshore (no mar), porém muita gente interpretou como se fosse contra o Rio Grande do Norte?

De maneira nenhuma, a minha preocupação é que as pessoas têm memória curta, o imediatismo muitas vezes leva a caminhos que não deveriam ser trilhados, porque se olharmos o passado, foram caminhos que já foram trilhados e que não foram virtuosos pra sociedade brasileira. No passado recente, tivemos a Petrobras e o Governo Federal investindo numa empresa denominada Sete Brasil. Então, os fundos de pensão que foram direcionados para investimentos nesta empresa, a política que o Governo Federal do PT implementou na época, era de substituição da tecnologia importada pela nacional, principalmente, na confecção das plataformas de exploração de petróleo, e o resultado foi um prejuízo de bilhões de reais para os fundos de pensão, para os seus beneficiários, para sociedade brasileira. Um espetáculo de equívocos do ponto de vista de alocação de recurso e desvios de recurso, a própria Operação Greenfield constatou isso. Esse anúncio da Petrobras me parece uma situação que, no mínimo, é uma exposição à empresa a uma ação que do ponto de vista do retorno financeiro absolutamente fora de propósito. Nós temos aqui essa operação de eólicas no Rio Grande do Norte e em outros estados do Nordeste brasileiro, onde o custo de implantação de operação é quatro vezes menor a duas vezes e meia, dependendo da profundidade da nossa plataforma continental. A Petrobras está dizendo que vai fazer a construção de unidades para capturar energia do vento através de eólicas no mar, quando há todo um potencial explorado em terra por um preço que é de duas vezes e meia a quatro vezes e meia a menos, mas pra vender energia pelo mesmo preço, então me parece meio fora de propósito. 


E temos o exemplo da Sete Brasil, minha crítica não é contra o investimento no Rio Grande do Norte, pelo contrário, o Governo Federal quando entra sobresta a política de investimento, ou seja, paralisa a política de desinvestimento que a Petrobras empreendeu e prejudica o Rio Grande do Norte. A empresa que veio investir no Rio Grande do Norte, paralisou esses investimentos nos poços maduros que tão gerando milhares de empregos e impostos para o Rio Grande do Norte graças a política de revisionismo que o Governo Federal quer implantar. O grande problema que o Brasil tem e isso tem sido recorrente, é que quando muda o governo, se quer reestartar e se reiniciar o país sem levar em consideração o que ocorreu em anos anteriores de forma virtuosa. É necessário correção? Que se faça.  


É necessário ser implantada uma agenda diferente, porque foi defendido em praça pública? Que se faça utilizando os instrumentos adequados. Agora, penalizar o Rio Grande do Norte e o Brasil com essa paralisação da política dos investimentos me parece muito grave e a população está assistindo isso de forma passiva. Está se cometendo um crime contra o Rio Grande do Norte com a política implementada pela Petrobras de paralisação da comercialização de praxis da Petrobras, inclusive dos campos maduros, com a paralisação dos investimentos, da geração de empregos e as pessoas estão olhando no factóide, uma narrativa que não sabemos sequer se vai se concretizar no futuro e que me parece absolutamente uma conta que não fecha do ponto de vista da aritmética e da lógica.


O PT falava que era um toma lá, dá cá  e agora faz da mesma forma para garantir apoio do Congresso?

O PT tem um histórico de se comportar de uma forma quando é oposição e fazer muito pior quando se encontra no governo. O aparelhamento da máquina pública na época do PT sempre foi uma tônica, colocar aliados e apaniguados em cargos importantes da adminstração pública em estatais e empresas importantes e em bancos, nós vimos o que aconteceu, a corrupção generalizada, a malversação de recursos públicos, os equívocos do ponto de vista gerencial que geraram enorme prejuízo pro país. Em 2015 foi um ano símbolo, em 2015/2016 tivemos a maior recessão da história brasileira desde a década de 20 sem nenhum fator externo, só fruto da má administração e da corrupção. As pessoas parecem que tem dificuldade de se lembrar disso, mas faz muito pouco tempo. E o governo do PT tá repetindo agora os mesmos métodos, algumas vezes com os mesmos personagens e está esperando resultado diferente. Isso é sinônimo de psicopatia, as pessoas que imaginam de uma forma deliberada que a coisa vai acontecer de uma maneira diferente fazendo a mesma coisa. Não é possível.


Como o senhor avalia a troca do teto de gastos criada no governo Temer pelo arcabouço fiscal proposto pelo governo Lula?

Nós somos oposição ao retrocesso. Há uma agenda de atraso, há uma visão ideológica atrasada, que o governo do PT quer implementar no país. Na hora em que o PT ingressa com uma ação no STF para reverter a capitalização da Eletrobras, faz uma portaria da AGU para sobrestar aplicação de precatórios e faz um decreto pra mudar os conceitos da lei do saneamento básico, o PT está dando uma sinalização para quem investe, para quem empreende no Brasil que não existe estabilidade, que não existe segurança jurídica e, principalmente, que o passado no Brasil e a política do estado não tem firmeza em relação ao futuro. Pra mim isso é uma condição importante da forma como o PT está se colocando e isso nos assusta e nós estamos trabalhando de forma e com muita força dentro de Tribunais pra evitar esse retrocesso. E vamos discutir na hora que eventualmente isso for para dentro do parlamento pra evitar. Agora na questão fiscal, claro que essa é uma política de estado. O governo começou na transição entre 2022 e 2023, assim num piscar de olhos toda economia que foi feita em quatro anos foi para o saco. 


O governo do presidente Bolsonaro é o primeiro governo desde 1988, ou seja desde a Constituição, que termina o governo devendo menos do que começou o governo. Houve uma diminuição da dívida pública em 2%.  Mesmo com epidemia, foi a maior crise sanitária que o Brasil teve em 100 anos desde a gripe espanhola. Mesmo com uma guerra que impactou com duas crises importantes na área de energia, na área de alimentos, mesmo com Brumadinho que no primeiro ano do governo subtraiu 1% do PIB e mesmo com a crise hídrica, que foi a mais grave em 92 anos de Brasil. Com todos esses problemas, as ações empreendidas do ponto de vista de responsabilidade fiscal e de intervenção na macroeconomia permitiram que o governo apresentasse números muito importantes e  virtuosos e, na virada de 2022 para 2023, deram uma consistência do ponto de vista econômico para o governo que estava entrando. Mas a tal da PEC da transição chamada pela imprensa, na minha opinião PEC da gastança, acresceu R$ 200 bilhões a nossa despesas sem contrapartida de novas receitas e nem diminuição de despesas anteriores. Essa a base do novo marco fiscal que o governo apresenta e que a imprensa e a opinião pública já assimilou. Nós aumentamos abruptamente a divida pública, isso é um fato, aumentou em R$ 200 bilhões a nossa dívida. 


O governo está propondo um novo marco fiscal que ele denomina arcabouço, que rima com calabouço. Esse marco fiscal da forma como chegou ao Congresso Nacional era uma licença para gastar, o Governo estabeleceu que mesmo que não houvesse aumento de receitas em anos seguintes haveria um acréscimo das despesas, com a inflação mais 0,60% de ganho real se não houvesse aumento, mas limitado até 2,5% na proporção de até 70% sem penalidade caso as metas fiscais não fossem cumpridas, com uma série de exceções que estariam fora dessa meta fiscal, que poderia ultrapassar e aumentar o endividamento. Com um piso de investimento de R$ 75 bilhões, o que significa é praticamente engessa o orçamento com uma nova despesa fixa e o ministro da Fazenda faz o discurso genérico dizendo que vamos precisar de um acréscimo de R$ 150 bilhões de novas receitas, pra isso  vamos taxar o que não é taxado, jogos eletrônicos, comércio eletrônico, fundos especiais, e vamos perseguir os subsídios que existem hoje dentro do orçamento. Esse discurso cabe a mim, que sou oposição, que é um discurso genérico, ao ministro da Fazenda não. Nós temos R$ 450  bilhões de reais em subsídio no orçamento. O que o ministro propõe retirar do orçamento? Ele vai retirar o incentivo dado a Zona Franca de Manaus, vai retirar os incentivo dado ao MEI e ao Simples e aos micro e pequenos empreendedores brasileiros, vai entrar a isenção que é dada as filantrópicas e aos hospitais e Santas Casas. 


Ele precisa e tem a responsabilidade de apontar quais subsídios pretende suprimir, não fazer um discurso genérico, porque na hora em que esse discurso não tem materialidade, só posso afirmar que a aritmética não fecha, que a conta não se põe de pé. Nós da oposição, achamos que qualquer regra é melhor do que regra nenhuma. Então a apresentação do relatório feito pelo deputado Cajado, estabelece alguns gatilhos da questão de descumprimento de metas, não haver aumento de salários do funcionário público,  não haver contratação, mas  excepcionaliza o salário mínimo. Todos nós queremos um salário mínimo de R$ 5 mil.   Quem não quer. Mas fazer uma política real de crescimento de salário mínimo, precisando de um acréscimo de R$ 150 bilhões de receita, afirmando que não vai haver aumento de tributos, não dizendo onde você vai cortar benefícios e sabendo que há um impacto direto nas contas previdenciárias, que é a maior porta que o governo tem com o aumento do salário mínimo dos benefícios sociais. 


Evidente que a trajetória de dívida a longo prazo vai continuar embicando para cima. E isso significa que a médio prazo vá acontecer no Brasil, o que sempre aconteceu nos governos do PT, um aumento de gastos sem preocupação com a responsabilidade fiscal, que em algum tempo se volta contra a economia e impede um crescimento sustentável a longo prazo, impede a diminuição de juros, impede o controle da inflação, impede a retomada do mercado de trabalho, diminui a condição e a propensão do investimento por parte de empreendedores, gera um ambiente a longo prazo, porque quem investe no país na infraestrutura, investe a longo prazo de instabilidade, enfim o aumento da dívida pública fragiliza o país em relação a nossa necessidade de crescimento econômico. 


Fonte: Tribuna do Norte

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Governo planeja cobrar por água e medida pode afetar agroindústria

Produtores rurais, agricultores e pecuaristas, representantes da carcinicultura e da indústria estão preocupados com a possibilidade do Rio Grande do Norte iniciar a cobrança pela água bruta no Estado. A cobrança alcança desde os poços artesianos até a água de rios. O tema está em discussão e já há uma minuta de decreto por parte do Governo do Estado. Segundo interlocutores,  a cobrança pode inviabilizar a atividade rural e as agroindústrias no RN. A minuta que está em discussão, obtida pela TRIBUNA DO NORTE, aponta que a cobrança varia entre R$ 0,01 e R$ 0,45 por m³ de água. O Governo aponta que a cobrança faz parte da regulamentação de uma lei aprovada em 1996.


Foto: Junior Santos


De acordo com a minuta, o uso da água bruta pela indústria, por exemplo, teria uma cobrança de R$ 0,45/m³ e R$ 0,42/m³ para água mineral e potável, as duas maiores taxas. O setor de Serviços e Comércio teria uma taxa de R$ 0,33/m³. Além disso, um artigo específico aponta para uma “tarifa de contingência”, em que o Estado cobraria percentuais de 10% a 50% em situações de escassez hídrica em cima dos valores já cobrados. O Governo aponta que a minuta está em discussão e os valores não estão necessariamente definidos.


O tema chegou a ser discutido recentemente na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, por iniciativa da deputada Cristiane Dantas (SSD). A parlamentar disse que apresentou um PL na Assembleia Legislativa para vetar que essa taxação da água bruta ocorra por meio de decreto governamental. "A taxação da água bruta inviabiliza o pequeno setor produtivo do Rio Grande do Norte. A cobrança proposta para a indústria é de R$ 0,45 centavos por m³, uma cobrança que parece pequena, mas poderá resultar em uma conta alta, levando em consideração o consumo de água para a fruticultura irrigada e plantação de cana de açúcar, por exemplo. Além de que, pela minuta do decreto, a taxação vai atingir do pequeno ao maior produtor rural. Eu sou contra a taxação, pois a cobrança também será feita da água de poços que o Estado não fez nenhum tipo de investimento, mas agora quer se apropriar para aumentar a arrecadação”, aponta a deputada. 


Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern), José Vieira, a cobrança da água bruta inviabiliza a situação de vários segmentos que necessitam da água. Ele critica, por exemplo, a possibilidade cobrança da água salobra e pela água de poço e aponta que a taxação é prejudicial para o setor.


“O RN tem 95% do seu território semiárido. Gerar oportunidades no interior do Estado é um grande desafio. Produzir no semiárido é algo maior ainda. A Faern tem se posicionado contra a cobrança da água bruta, porque os nossos meios de irrigação são eficientes. Nós produtores somos extremamente eficientes no uso da água, porque é um custo alto para obtê-lo, que é a energia elétrica. A proposta do Governo fala que, no período da chuva do inverno, ninguém usa aquela água, mas pelo decreto, fala que teremos que pagar 25% da outorga usando ou não aquele poço. A gente acha isso uma discrepância grande”, aponta.


Aliado a isso, o presidente da Faern questionou os valores que poderão ser cobrados com a instituição da medida e chama atenção para o desperdício da Companhia de Águas e Esgotos do RN. Aliado a isso, disse não saber de que forma o governo chegou aos números apresentados na minuta em discussão.


“A Caern tem um desperdício de 48%. É um número significativo. O governo tem que fazer o seu dever de casa para depois querer cobrar do setor. A Faern tem dialogado com o Governo, não somos adversários do Governo, pelo contrário, mas estamos preocupados com essa situação”, cita.


Cobrança


Para o presidente da Associação Norte-rio-grandense de Criadores de Camarão (ANCC), Origenes Monte Neto, a taxação da água traz um impacto “terrível” para o setor. Ele cita ainda que no caso de seu segmento, a água utilizada é a salgada e salobra, o que não configuraria como um recurso hídrico. O presidente aponta ainda que estuda ajuizar ação na Justiça caso a taxação se concretize.


“Temos que lutar contra esse exagero de cobrança, de burocracia. O Governo precisa arrecadar para poder prover? Tudo bem. Mas ele arrecada dando emprego e renda, dando liberdade para o empresário produzir e gerar empregos. O que vai fazer o Governo arrecadar ICMS não é taxar a água salgada, e sim liberar o produtor para gerar renda e alimentos saudáveis”, cita.


“A questão de taxar água salobra e água salgada: não existe disputa, não vai acabar água do mar e não tem como justificar cobrança de outorga da água do mar. Água salobra é água do mar que encontra a doce. Água salobra é poço salgado que não serve nem para maribondo beber água, mas serve para camarão. Mas vai ter que pagar! É um decreto que precisa ser mais bem pensado. Não sou contra o controle estatal, tem que ser evitado que uma pessoa beba toda a água e deixe outro com sede, tem que haver disciplina, mas o momento não é esse. E em se tratando de água salobra e salgada não é o momento nem nunca será”, cita. 


O presidente da Rede Nacional dos Irrigantes, Luiz Roberto Barcelos (Renai), aponta que é favorável à cobrança da água, mas defende haja preços equilibrados para que o setor produtivo não seja penalizado. Barcelos, que é cofundador da Agrícola Famosa, aponta ainda que os recursos precisam voltar para “o setor que irriga”. 


“Acho que deva existir a cobrança da água, porque é um bem público, para se evitar desperdícios, agora não pode ser um valor que inviabilize a produção. Tem que se ter um custo que não afete a lucratividade ou a subsistência do irrigante. Ele precisa pagar a água, suas despesas, e receber uma remuneração justa pelo risco que assume. Pode afetar o setor produtivo dependendo do valor que for cobrar. Se for algo muito alto, afeta sim. Tem que ser um valor que não afete a rentabilidade”, avalia. 


Secretário de recursos hídricos defende cobrança


O titular da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Paulo Lopes Varella Neto, aponta que a regulamentação é necessária e que outros estados já fizeram ou estão discutindo a cobrança da água bruta. O gestor aponta que a instituição da taxa faz parte da regulamentação de uma lei aprovada em 1996.


“A cobrança a ser instituída no RN foi aprovada pela ALRN em 1996. Não estamos discutindo que o governo está querendo instituir cobrança, ela já está instituída. O que estamos querendo fazer agora após discussões com comitês de bacias é como podemos regulamentar essa lei. Não existe decreto pronto a ser publicado, o que existe é uma minuta em discussão”, explica.


O secretário Paulo Varella aponta ainda que há “muita desinformação” sobre o tema e diz ainda que os valores apresentados na minuta não estão consolidados. Em março, a Comissão Temática de Meio Ambiente da FIERN debateu o assunto.


“Temos algumas premissas: que o impacto seja o menor possível; que a pequena agricultura evidentemente está isenta, tem uma série de isenções para quem não pode pagar. Vamos cobrar pouco, são centavos por mil litros d'água”, diz.


Entre os objetivos para a cobrança, estão o reconhecimento da água como bem econômico e dar ao usuário uma indicação de seu real valor; incentivar a racionalização do uso da água e obter recursos financeiros para o financiamento dos programasde recursos hídricos.


“Não existe minuta fechada. Estamos construindo com a sociedade para termos o menor impacto possível. Evidentemente que quem pode pagar mais vai pagar um pouquinho mais. A carcinicultura, por exemplo, pagaria um centavo pela minuta. E que fique claro: a cobrança foi instituída pela ALRN, existe uma lei, e queremos regulamentar com um impacto pequeno”, cita. “A ideia é que, se isso ficar aí, é que num momento de escassez a gente possa  aumentar um pouco o preço dos que podem pagar mais”, acrescenta.


Na audiência pública que debateu o tema na ALRN, no último dia 10 de maio, o secretário estadual da Agricultura,  Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha, disse que o assunto começou a se tornar público desde dezembro do ano passado. “Esse tema é muito delicado para o governo estadual, pois quem recomendou a cobrança foram dois órgãos: primeiro, o Tribunal de Contas da União, o qual afirmou que só aprovaria a transposição do São Francisco para quem aplicasse a cobrança de água. E, segundo, da própria ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), através de resolução, sob o mesmo argumento. Então, a cobrança da água é necessária por lei”, ressaltou o secretário. 


Fonte: Tribuna do Norte

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Saiba como se proteger dos cinco golpes virtuais mais comuns no RN

Em um mundo cada vez mais conectado, muitas negociações e compras ocorrem através do meio virtual. Porém, se a velocidade e praticidade da internet atraem as pessoas, também atraem a presença de estelionatários que aproveitam o meio online para praticar crimes. De acordo com o delegado das Delegacias de Polícia Civil (DPCs) em Ceará-Mirim e Pureza, Felipe Botelho, existem cinco tipos de crimes financeiros mais comuns: “phishing” (palavra que deriva da expressão fishing – pescar), o uso de ramsonware (software de extorsão), clonagem de cartões, leilões em compras online e a clonagem de anúncios em sites de vendas. Na manhã de sexta-feira (19), foi oficializada, através do Diário Oficial do RN, a Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais (DRCC). Será de responsabilidade desta  combater e receber denúncias relacionadas a ocorrências dessa natureza.


Foto: Alex Régis


Conhecer os mecanismos de cada crime é fundamental para entender e escapar de armadilhas virtuais. O phishing pode ocorrer quando pessoas recebem links ou mensagens com notificações de prêmios. Ainda há as solicitações de dinheiro, situação na qual golpistas se passam por familiares da vítima e pedem alguma ajuda para pagar um boleto, por exemplo. "Você não sabe, mas aquela pessoa clonou o seu número e te pede para pagar contas. Em outros casos, eles realizam a engenharia social, pesquisando informações sobre você. Quando chegam com o disfarce, vão saber das suas informações e dizê-las a você, para que você confie e caia no golpe.", afirmou.


Outra modalidade de golpe, o ramsonware afeta, principalmente, empresas. Segundo Botelho, esse software de extorsão é usado para  "sequestrar" dados, através de um link ou programa infectado com o vírus. Se isso ocorrer, o ransomware criptografa todo o banco de dados da máquina infectada, e o dono perde acesso a todo o sistema. Muitas vezes, o golpista cobra altos valores para restituir o domínio dos arquivos ao proprietário. "Quando isso acontece com uma empresa, ela perde o acesso a todos os seus dados, bancos de dados. Geralmente o pagamento é cobrado em bitcoins e criptomoedas. O empresário, muitas vezes desesperado para  ter o sistema em operação novamente, acaba cedendo e realizando o pagamento", afirmou. O delegado também ressaltou que é importante orientar todos os funcionários de organizações, para que esses não comprometam toda a empresa.


O delegado também falou sobre golpes que envolvem a clonagem de cartões de crédito, golpe que está entre os mais comuns. O crime é realizado quando a pessoa digita dados do cartão em sites duvidosos ou em sites de aparência legítima, mas falsos. "A vítima cadastra o seu cartão de crédito ali e o golpista, de posse das informações da vítima, usa os dados para fazer compras em sites indevidos". 


Com relação aos golpes de leilão e compras online, os criminosos anunciam produtos nesses tipos de sites, mas não entregam o produto após a venda. Dentro da página, eles também podem inserir produtos inexistentes.


A clonagem de anúncios é outra prática de destaque dos estelionatários atualmente. O delegado relatou que o golpe ocorre quando anúncios reais de sites de vendas (até mesmo os mais conhecidos) são copiados e usados por criminosos, que se passam pelos vendedores do produtos. Para enganar suas vítimas, geralmente inventam histórias a fim de não levantar suspeitas acerca do preço e realizar a transação. Quando o negócio acontece, o golpista some. “A vítima acaba transferindo o valor para o golpista, e ele bloqueia a conta, além de apagar o anúncio. Com isso, o comprador fica no prejuízo”.


Durante a produção desta reportagem, a Tribuna do Norte pesquisou o termo na internet. Apenas na primeira página, foram encontrados cinco resultados (quatro tutoriais e um site) que mostram como clonar anúncios.


Felipe ressaltou que esses crimes são combatidos pelas forças de segurança, mas lembrou que a prudência da população pode diminuir o número de casos. “Todos esses crimes são investigados e a Polícia Civil tem a competência necessária para combater esses casos. Todos nós temos uma vulnerabilidade digital, e, independentemente do grau, ela pode ser atenuada a partir de  uma premissa: desconfie de tudo e se certifique”.


Ele ainda afirmou que o aumento de crimes no meio digital é um fenômeno em ascensão para todo o mundo. Felipe também ressaltou os motivos que levam criminosos a praticar golpes virtuais. "Não só no Brasil, mas como no mundo todo, o crime está migrando para a internet. Antes, se tinha a ideia que o crime era apenas cometido por hackers, de uma forma holywoodiana. Mas um fato é que os crimes comuns estão migrando para a internet. Muitos são atraídos para a internet porque não precisam ser violentos ali. Além disso, o alcance de pessoas é maior", disse.


Vítima


A empresária Daniela Saraiva foi   vítima de um golpista virtual. Ela relatou que, enquanto procurava vendedoras de materiais de construção para construir a própria casa, encontrou um anúncio com um preço mais acessível. Daniela resolveu clicar no anúncio e negociar a compra dos materiais. 


O estelionatário atuou em duas frentes: fez a venda falsa para Daniela e ao mesmo tempo encomendou, sem pagar, os produtos em uma loja de material de construção.  Alguns dias depois, a empresa de materiais de construção foi até a empresária  para deixar os materiais. Daniela sustentou que já havia feito o pagamento, enquanto que a empresa cobrava o valor devido. O pagamento havia sido feito para o estelionatário.


“Ele anunciou como se fosse o próprio dono do negócio. Quando acertamos a compra, ele entrou em contato com uma das lojas próximas de mim e fez o pedido para enganar”, disse.  Ao invés dos tijolos, telhas e cimento necessários, a empresária viveu uma situação constrangedora. “Quando vi o funcionário da loja em frente a minha casa, na inocência, enviei o valor”.


Daniela ainda relatou que tentou reaver o dinheiro, mas não conseguiu. "Eu ainda tentei prestar queixa e abrir um boletim de ocorrência. Mas o delegado afirmou que o CNPJ era de Minas Gerais e que seria praticamente impossível de ter o dinheiro de volta, a menos que o banco devolvesse. Tentei recorrer à instituição, mas não consegui. Desisti de tentar porque não queria passar pelo constrangimento de explicar repetidamente que passei por um golpe", lamenta.


Dicas


O delegado também deu dicas de segurança digital, a fim de evitar golpes. As principais consistem em:


- Nunca envie dinheiro a uma pessoa que você não possa rastrear


- Certifique-se de que suas transações estão ocorrendo com uma loja ou pessoa real por outros meios, como redes sociais, números de contato e outros.


- Não entre em links duvidosos. As empresas não costumam enviar links ou solicitar endereços duvidosos por email ou através do Whatsapp/redes sociais. Busque contato com meios que sejam reconhecidos oficialmente.


- Mantenha o sistema de segurança do seu celular/computador atualizado


- Não autorize o acesso dos aplicativos de banco através da senha do celular. O ideal é eles sejam acessados apenas pela senha do banco


- Compartilhe dicas de segurança com conhecidos e familiares. Isso fará com que você e as pessoas ao seu redor estejam mais protegidas contra armadilhas virtuais.


Fonte: Tribuna do Norte

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Empresa que arrematou Aeroporto de Natal em leilão de relicitação administra quatro terminais aéreos do Brasil; veja quais

A empresa Zurich Airport, que arrematou o Aeroporto de Natal por R$ 320 milhões, em um leilão realizado nesta terça-feira (19), já administra outros quatro aeroportos no Brasil.


Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal — Foto: Rayane Mainara


A empresa detém 100% da operação dos aeroportos de Florianópolis, Macaé e Vitória, em contratos de concessão de 30 anos. Além deles, em Belo Horizonte, o grupo suíço opera com o grupo CCR o Aeroporto Internacional Tancredo Neves.


Ao todo, a empresa administra 9 aeroportos em todo o mundo. Além do aeroporto de Zurique e dos terminais brasileiros, a empresa concentra investimentos na América Latina, com os aeroportos de Bogotá (Colômbia), Curaçao e Iquique e Antofagasta, no Chile.



Em 2019, a empresa também ganhou a concessão para construir e operar o segundo aeroporto de Nova Delhi, na Índia.


Durante entrevista coletiva, Tobias Markert, diretor da Zurich na América Latina, afirmou que a empresa está feliz com o resultado do leilão e focando investimentos no Brasil e na Índia.


Ele ainda considerou que vê potencial no aeroporto de Natal, que vai combinar com as atividades dos demais aeroportos que já são administrados pela companhia.


Para ele, além do potencial imediato do turismo, o Aeroporto de Natal concentra potenciais ligados às energias renováveis e agronegócio.


Antes de fazer a transição da administração do aeroporto da Inframérica para a Zurich, o governo ainda precisará pagar indenização à administradora atual. O cálculo da indenização devida deverá ser concluído até junho, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


A previsão do presidente da Anac, Tiago Sousa Pereira, é que o contrato seja assinado até setembro. Após a Zurich pagar o valor da licitação à Inframérica, o governo deverá complementar o valor de indenização à administradora atual.


"O histórico tem mostrado que o processo de transição ocorre muito bem e acredito que vai acontecer desse modo também na transição entre as empresas", afirmou. De acordo com ele, a transição será mediada pela agência.



Em nota, a Inframérica informou que a transição entre as empresas é prevista para o início de 2024.


Segundo a empresa, o terminal encerrou o ano de 2022 com um fluxo de 2.2 milhões de passageiros e 18.179 pousos e decolagens. O número representa um aumento de 24,6% da movimentação de pessoas se comparado com 2021, se aproximando dos índices de movimentação de 2019, antes da pandemia de covid-19.


O terminal tem capacidades para atender até 6 milhões de passageiros por ano. O Aeroporto de Natal foi o primeiro aeroporto do Brasil transferido para a iniciativa privada, em 2011, e o primeiro aeroporto federal a ser construído do zero pelo setor privado. A concessionária iniciou suas operações em maio de 2014, oito meses antes do prazo previsto em contrato de concessão.


"Alguns fatores determinaram a decisão da companhia em buscar a relicitação da concessão. Entre elas, estão a frustração da demanda e regras contratuais que ao longo dos outros leilões de aeroportos foram aperfeiçoadas. Durante todos esses anos, inclusive durante o processo de devolução amigável, foram necessários aportes anuais dos acionistas para manutenção do empreendimento. Ainda assim, a Inframerica esteve adimplente com todas as suas obrigações estabelecidas no contrato de concessão e pactuadas junto às instituições financeiras, a exemplo do pagamento das outorgas e financiamentos com o BNDES", informou a Inframérica.


"Com a relicitação e novas condições contratuais, o administrador que assumirá terá mais chances de ter uma operação sustentável a longo prazo", disse a empresa.


Fonte: g1

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Homem é esfaqueado e morre dentro de mercado no bairro do Alecrim, em Natal

Um homem foi esfaqueado no meio da rua, tentou se abrigar dentro de um mercado, mas acabou morrendo na manhã deste domingo (21) no bairro do Alecrim, Zona Leste de Natal. Nenhum suspeito foi preso.


Homem morreu dentro do mercado da Avenida 6, no bairro do Alecrim, Zona Leste de Natal — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


O crime aconteceu na Rua dos Canindés, também conhecida como Avenida 6. Após ser atingido por uma cutilada na altura do tórax, a vítima tentou se abrigar no mercado público que fica localizado na via.


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, tentou reanimar o homem, mas ele não resistiu e morreu.


Homem se abrigou em mercado após sofrer cutilada, mas não resistiu e morreu — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


A vítima foi identificada como Romildo Ribeiro Dantas, de 56 anos. Testemunhas informaram à polícia que ele vivia em situação de rua e era conhecido na região, também por ser usuário de drogas.


Após a confirmação do óbito, a Polícia Civil e o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) foram acionados para realização de perícia e início da investigação. De acordo com o Itep, o homem foi atingido por uma única cutilada na região do tórax.


Fonte: g1

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Polícia encontra seis motos furtadas dentro de lanchonete após empresa rastrear veículo de cliente em Natal

Policiais militares encontraram seis motocicletas furtadas dentro de uma lanchonete, na manhã deste domingo (21), no bairro Mãe Luiza, na Zona Leste de Natal. Segundo a polícia, a suspeita é de que o local funcionava como um desmanche de motos.


Motos furtadas encontradas dentro de lanchonete na Zona Leste de Natal — Foto: Cedida


A polícia foi acionada para ir à hamburgueria após a denúncia de uma empresa de rastreamento que chegou ao lugar ao rastrear a moto de uma cliente - uma enfermeira que trabalha em um hospital no bairro Tirol.


Ao sair do expediente, no início da manhã deste domingo (21), a cliente descobriu que seu meio de transporte tinha sido furtado e acionou a empresa de rastreamento. A empresa conseguiu um vídeo de câmera de segurança que flagrou o crime.



"A gente percebeu que ela foi furtada em frente ao hospital, por volta das 2h35, por dois homens, que estavam em motos", disse um representante da empresa, que pediu para não ser identificado.


Quando chegou ao endereço indicado no rastreamento, o representante da empresa conseguiu colocar um celular por baixo da porta de enrolar do estabelecimento, em uma brecha, e filmou não apenas o veículo da cliente como outras cinco motos dentro do prédio.


Motos recuperadas pela polícia no pátio da delegacia de plantão de Natal — Foto: Cedida


Ele acionou a polícia, que tentou entrar em contato com o dono da hamburgueria por meio dos telefones e das redes sociais informadas nas placa. Como não obteve retorno, a PM arrombou a porta do prédio e apreendeu os veículos.



Das seis motos, uma tinha sido a furtada durante a madrugada, duas tinham queixas de roubo registradas, uma estava com a placa adulterada e outras duas tinham os chassis raspados - todas com as ignições violadas. Nenhum suspeito foi preso no local.


As motos e outras peças de motocicletas encontradas no local foram levadas para a Delegacia de Plantão da Zona Sul da capital.


Peças de motos e capacetes apreendidos pela polícia dentro de lanchonete em Mãe Luiza, na Zona Leste de Natal — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi


Fonte: g1

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Concurso da Polícia Militar do RN é suspenso por decisão judicial

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) suspendeu temporariamente neste sábado (20) o concurso de praças da Polícia Militar. A decisão foi da juíza Ana Nery Lins de Oliveira Cruz, atendendo um ação civil pública do Ministério Público do RN (MPRN) com pedido de tutela antecipada.


Turma de 2021: Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte formados no ano anterior — Foto: Governo do RN/Divulgação


O concurso tinha previsão para realização dos exames de habilidade musical neste domingo (21) e exame de avaliação de condicionamento físico para começar na segunda-feira (22).


Em nota publicada nas redes sociais, a Polícia Militar do RN confirmão a suspensão das etapas e disse que "ao longo da semana passará mais informações acerca da decisão e das medidas a serem adotadas".


Na ação, o MP aponta o fato de o edital do concurso público para praças da PM não observar as leis estaduais que estabelecem a obrigatoriedade de prova de redação na primeira etapa do certame.


A decisão da juíza cita que a norma vigente estadual "estipula como obrigatoriedade do certame público desempenho em provas objetivas e/ou escritas mais redação, mais capacidade física, de forma a garantir o preparo técnico dos candidatos para o exercício da função pública, proporcionando assim à administração pública a aferição, qualificação e seleção dos candidatos mais capazes a exercer as suas respectivas funções".


A juíza Ana Nery Lins de Oliveira Cruz reforçou na decisão que as essa provas "são etapas cumulativas e obrigatórias do certame" e que observa "a ausência de previsão de aplicação de prova de redação".


A decisão expedida pelo TJRN cita ainda que "o edital nada dispôs sobre cobrança e aplicação de prova de redação, sendo esta uma das etapas obrigatórias para o ingresso na carreira pretendida" por força da legislação estadual.


"A lei fixa critérios objetivos e quantitativos para selecionar à fase seguinte do certame aqueles candidatos melhores colocados e, portanto, por presunção, mais aptos ao desenvolvimento da função pública. Desse modo, inexistindo a previsão de prova de redação, não há condições do prosseguimento do certame, pois, a sua realização implicará na mudança da ordem dos classificados e até mesmo de quem estará apto as etapas seguintes", concluiu a juíza.



O concurso

O concurso, que teve o edital publicado em janeiro deste ano, é para provimento de 1.128 vagas para ingresso no Curso de Formação de Praças (CFP) e 30 vagas para ingresso no Curso de Formação de Praças Músicos (CFP – Mus). Ele é realizado por intermédio do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).


A prova objetiva foi aplicada em 16 de abril, com resultado definitivo divulgado no último dia 15 de maio, mesma data em que os candidatos foram convocados para o exame de habilitação musical (aluno músico) e o exame de avaliação de condicionamento físico (aluno músico e aluno soldado). Os exames seriam realizados de domingo (21) até o dia 31.


Fonte: g1

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Polícia Civil prende em Natal suspeito de matar namorado de ex-companheira no interior do RN

A Polícia Civil prendeu na tarde desta sexta-feira (19) em Natal um homem de 25 anos suspeito de ter matado a tiros o então namorado da ex-companheira dele em São Paulo do Potengi, no interior do Rio Grande do Norte.


Polícia Civil viatura Rio Grande do Norte RN Central de Flagrantes Natal PC — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Gleison Wilck Marcelino da Silva foi morto com três tiros no mês de março.


O suspeito foi detido no loteamento Jardim Progresso, no bairro Nossa Senhora da Apresentação, Zona Norte da capital potiguar. Ele estava de posse de um revólver calibre 38 e oito munições.


De acordo com a Polícia Civil, a motivação do crime - que ocorreu no dia 4 de março - seria porque o suspeito não aceitava a separação e descobriu que sua ex-namorada estaria se relacionando com a vítima.


No dia do assassinato, o suspeito de 25 anos atirou três vezes contra Gleison Wilck Marcelino da Silva, que estava na companhia da ex-namorada do suspeito - os disparos atingiram a cabeça da vítima. O crime ocorreu no bairro Santos Dumont, em São Paulo do Potengi.


A prisão foi efetuada por policiais civis da 1ª Delegacia Regional de São Paulo do Potengi, com o apoio da 9ª Delegacia de Polícia.


Fonte: g1

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Diretora de UBS é esfaqueada durante assalto quando chegava para trabalhar na unidade na Grande Natal

A diretora da Unidade Básica de Saúde (UBS) que fica localizada no Centro de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, foi esfaqueada na manhã desta sexta-feira (19) durante um assalto nas proximidades da unidade.


UBS no Centro de Parnamirim, na Grande Natal — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi


A mulher recebeu atendimento médico, foi liberada e passa bem.


O crime aconteceu por volta das 8h, quando ela chegava para trabalhar na UBS, que fica na Avenida Comandante Petit. Um homem se aproximou em uma moto e a abordou na calçada - ela estava de costas. O criminoso puxou o cordão que ela estava usando e disse para ela não esboçar reação.


A diretora passou alguns pertences ao criminoso e em seguida virou de frente para ele. Neste momento, ele desferiu o golpe de faca, que atingiu a barriga e também o braço, que ela usou para se proteger.



A mulher foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Parnamirim, onde passou por atendimento e foi liberada em seguida.


A UBS teve o atendimento suspenso nesta sexta após o crime. Quem estava dentro da unidade, foi atendido, mas a entrada foi fechada para novas pessoas. O atendimento volta ao normal na segunda-feira.


Unidade ficou fechada nesta sexta-feira (19) após o crime — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi


Fonte: g1

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