De acordo com o advogado Paulo Cunha Bueno, que integra a defesa de Jair Bolsonaro (PL) no caso da investigação sobre suposta fraude em dados de vacinação dele e de outras pessoas em seu entorno, “não é uma preocupação” a possibilidade de que o tenente-coronel Mauro Cid faça uma delação premiada.
Cid foi convocado para depor à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (18) sobre o caso, mas optou por não se pronunciar. O silêncio do ex-ajudante de ordens foi interpretado por algumas pessoas no entorno de Bolsonaro como um sinal de que ele cogita fazer algum acordo de colaboração que implique o ex-presidente nos crimes investigados.
Cunha Bueno afirmou ao GloboNews Mais que Bolsonaro “nunca fez nada de errado que pudesse preocupá-lo em relação a uma colaboração premiada” e que não acredita que Mauro Cid inventaria mentiras para obter algum tipo de vantagem.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi ao Senado na tarde desta quinta e falou com a imprensa. Questionado sobre o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, Bolsonaro respondeu: "Cada um segue a sua vida".
Cid está preso desde 3 de maio, quando foi alvo da operação Venire, que investiga fraudes em cartões de vacinação para beneficiar Bolsonaro, familiares e pessoas próximas.
"Não tenho conversado com ele. Isso aí está em segredo de Justiça. Apesar de vazar, está em segredo de Justiça. O que eu vi agora no rodapé de uma TV é que ele ficou em silêncio. Isso é ele com o advogado dele", afirmou o ex-presidente.
Fonte: Blog da Julia Duailibi
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