domingo, abril 21, 2024

Mulher socorrida pelo Samu após ser atropelada por moto no Parque Universitário morre no Hospital Tarcísio Maia



Mais uma pessoa perde a vida para a violência do trânsito em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. Isabel Cristina foi atropelada por um veículo, na noite de sábado 20 de abril de 2024, na BR 110 no Conjunto Parque Universitário


Informações colhidas pela Polícia Militar no local, a vítima caminhava a pé e quando tentava atravessar a pista, foi colhida por uma moto. Ela sofreu fratura na perna e braço.


Já o condutor e o garupa também ficaram feridos. Todos foram socorridos para Hospital Tarcísio Maia. Na manhã deste domingo (21), Isabel apresentou alteração no seu quadro clínico, involuindo à óbito.



O corpo dela foi removido do necrotério do HRTM e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do ITEP, onde passou por exame de necropsia e depois foi liberado para os familiares. A Polícia Civil vai instaurar inquérito para investigar o acidente.


Fonte: Fim da Linha

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Incêndio atinge carreta carregada com bebidas na BR-304, na Grande Natal

Incêndio em carreta na BR-304, em Macaíba, na Grande Natal — Foto: Reprodução


Um incêndio atingiu uma carreta carregada com bebidas, na manhã deste domingo (21), na BR-304, em Macaíba, na Grande Natal. Ninguém se feriu.


O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte informou que foi acionado ao local e iniciou o combate às chamas por volta das 11h.


Ainda segundo os bombeiros, o fogo se concentrou na cabine e atingiu parte da carga do veículo.


As possíveis causas do incêndio não foram informadas pela corporação até a última atualização desta matéria.


Fonte: g1

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Empresa eólica é condenada a pagar indenização de R$ 50 mil a morador do RN por poluição sonora: 'Só se escuta o ruído dos aerogeradores'

Aerogeradores perto de casas no interior do RN (Arquivo) — Foto: Igor Jácome/g1


A Justiça condenou uma empresa dona de um parque eólico a pagar indenização de R$ 50 mil por danos morais a um morador da zona rural na região de Serra de Santana, no interior do Rio Grande do Norte.


O motivo é a poluição sonora provocada pelas torres eólicas instaladas a 200 metros da casa do autor da ação. A decisão é da primeira instância, feita pelo juiz Marcos Vinícius Pereira Júnior, da 1ª Vara de Currais Novos. Ainda cabe recurso.


Na sentença, o juiz afirma que realizou uma inspeção no local e constatou o incômodo causado pelos aerogeradores aos moradores locais.



"A Serra de Santana, onde fica localizada a residência da parte autora, é conhecida por proporcionar aos seus moradores a tranquilidade do clima serrano, o silêncio e paz necessárias para uma vida feliz, o que mudou na vida da parte autora com as instalações das 'torres eólicas'", diz o juiz.


"Somente indo até o local é possível mensurar o tamanho do dano causado, que certamente é mais evidente ainda quando se tenta dormir em um lugar antes conhecido por sua tranquilidade e atualmente só se escuta o ruído dos aerogeradores, quando 'ontem' se ouviam somente as melodias da mãe natureza, verdadeira música para os ouvidos dos moradores".

O Rio Grande do Norte conta com mais de 290 parques eólicos em funcionamento, responsáveis por potência de 9,4 gW, o que representa cerca de 32% de toda a geração de energia eólica no país.


Perícia

O dono do imóvel alegou que o barulho causado pelos aerogeradores resultaram em danos para a família. Ele ainda alegou que sua casa passou a apresentar trincas, fissuras e rachões por causa da vibração das máquinas.


Após perícias realizadas, no local, a Justiça considerou que o som causado pelos equipamentos estavam acima da legislação e causavam incômodo aos moradores inclusive à noite, no horário de descanso.



O laudo técnico apontou levantamentos realizados em três visitas noturnas, entre novembro e dezembro de 2023. As medições foram realizadas nas áreas externa e interna da casa e todas ficaram acima de 35 decibéis, que é o limite previsto por lei para áreas rurais do estado, no período noturno.


O juiz, porém, não aceitou o argumento dos danos físicos ao imóvel e rejeitou pedido de indenização por danos materiais. A perícia realizada no local considerou que apesar de o sistema de frenagem dos aerogeradores provocar vibrações, não era possível estabelecer um nexo causal entre os danos do imóvel e as torres eólicas.


O perito responsável pela análise também considerou que os danos no imóvel são resultados da deterioração natural, agravada por vícios construtivos.


O que a empresa diz

Proprietária da empresa Força Eólica do Brasil S.A, dona do parque eólico, a Neoenergia disse ao g1 que ainda não foi notificada da decisão judicial. "Após o recebimento, os termos da sentença judicial serão devidamente analisados, e as providências cabíveis são tomadas", informou em nota.


A companhia ainda afirmou que o projeto do parque eólico "atendeu rigorosamente à legislação ambiental vigente à época, incluindo requisitos aprovados tanto para os níveis de decibéis como para o distanciamento mínimo permitido entre as residências e os aerogeradores".


A empresa também informou que o empreendimento foi monitorado em todas as fases com metodologia aprovada por órgãos ambientais e que seus parques eólicos são certificados por normas internacionais de qualidade, meio ambiente, saúde e segurança; auditados por empresas especializadas.


"A Neoenergia reforça que a execução de projetos renováveis sempre é pautada por estudos de impacto socioambiental rigorosamente de acordo com a legislação vigente no país e dentro das melhores práticas globais", concluiu.


Fonte: g1

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Maior Cajueiro do Mundo é fechado para manutenção

Cajueiro de Pirangi, o maior cajueiro do mundo, em Parnamirim, na Grande Natal. — Foto: Idema/Divulgação


Com título de Maior Cajueiro do Mundo, o cajueiro de Pirangi, em Parnamirim, na Grande Natal, foi fechado para passar por manutenção.


Segundo o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), responsável pela gestão do ponto turístico, as visitas estão suspensas até a próxima sexta-feira (26).


Ainda de acordo com o órgão, a pausa foi necessária para realização de serviços fitossanitários, manutenção na passarela e de esgotamento sanitário.


Segundo a gestora interina do Cajueiro e assessora técnica do Idema, Iracy Wanderley, as obras são importantes para manutenção do ponto turístico. “Apesar do transtorno, os serviços são imprescindíveis para a saúde da árvore, segurança e o conforto dos usuários”, disse.


O Cajueiro de Pirangi funciona normalmente no horário das 07h30 às 17h, todos os dias da semana. A entrada, que custa R$ 8,00, pode ser paga também com cartão de crédito, débito e PIX.


Crianças de sete a 12 anos pagam meia-entrada, assim como estudantes, professores e idosos, portando carteira comprobatória.


Cajueiro de Pirangi

Localizado na praia de Pirangi do Norte, em Parnamirim, o cajueiro cobre uma área de aproximadamente 9.000m², com perímetro de aproximadamente 500 metros. Em virtude da sua extensão, a árvore gigante entrou para o Guinness Book “O Livro dos Recordes”, em 1994, como o Maior Cajueiro do Mundo.


Fonte: g1

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Em ato em Copacabana, Bolsonaro volta a pedir anistia a presos do 8 de janeiro e exalta Elon Musk

Bolsonaro faz ato em Copacabana — Foto: Reprodução/TV Globo


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores na Praia de Copacabana, na manhã deste domingo (21). A manifestação aconteceu entre os postos 4 e 5.


Os manifestantes começaram a chegar pouco depois das 8h. Bolsonaro saiu do hotel ali perto por volta das 10h10, subiu em um dos caminhões e fez um discurso de cerca de 35 minutos, iniciado às 11h26. A manifestação terminou às 12h, após o discurso do ex-presidente.


Neste horário, os manifestantes ocupavam as duas pistas da Avenida Atlântica na altura da Rua Bolívar, entre as ruas Xavier da Silveira e Barão de Ipanema – não foi divulgada estimativa de público. O professor de gestão e políticas públicas da USP Pablo Ortellado fez um levantamento que apontou um público estimado de 32,7 mil pessoas presentes no ato.



Em sua fala, Bolsonaro criticou o atual presidente, Lula, e os ministros do governo, citou Elon Musk como "mito" e um “homem que preserva a liberdade”, e voltou a defender a anistia para os presos pelos atos de 8 de janeiro (entenda abaixo) – como já havia feito no ato na Avenida Paulista, em São Paulo, no fim de fevereiro.


"Quando eu estive com Elon Musk em 2022 começaram a me chamar de 'mito'. Eu falei: 'Não' - aqui, em 2022 - 'temos um mito da liberdade, Elon Musk'", disse, antes de pedir palmas para o bilionário, que tem usado sua rede social, o X (antigo Twitter), para atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por suspender da plataforma contas de apoiadores de Bolsonaro.


O ex-presidente voltou a falar sobre as eleições de 2022, que perdeu para Lula, mas alegou ter havido fraude nas urnas, sem nunca apresentar provas. Desta vez, disse que "não estava duvidando" e que era uma "página virada".


"O que mais nós queremos é que o Brasil volte à sua normalidade, que possamos disputar eleições sem qualquer suspeição. Afinal de contas, a alma da democracia é uma eleição limpa onde ninguém pode sequer pensar em duvidar dela. Temos problemas hoje em dia. Façamos a coisa certa. Não estou duvidando das eleições, página virada", disse.



O protesto foi convocado por Bolsonaro em meio a investigações das quais é alvo por suspeita de participação numa tentativa de golpe de Estado para permanecer no poder.


O ex-presidente, ex-ministros e assessores e militares são alvos de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga essa tentativa de golpe.


Durante a semana, Bolsonaro citou, por meio de sua rede social, que a manifestação era para dar continuidade ao ato realizado em São Paulo, em favor do estado democrático de direito e para falar sobre a “maior fake news da história do Brasil, que está resumido hoje na minuta de golpe” – o que ele repetiu em seu discurso neste domingo.



Além de Bolsonaro, discursaram o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto; a ex-primeira-dama, Michelle; os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano; a cubana nacionalizada brasileira Zoe Martínez; e os deputados federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer – que discursou em inglês por um momento.


Em sua fala, Malafaia negou a tentativa de golpe e criticou a investigação. Chamou Moraes de "ditador" e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), de "frouxo, covarde, omisso", e disse que os comandantes militares deveriam renunciar, se "honram a farda que vestem".


Também participaram, sem discursar, os filhos de Bolsonaro Carlos (vereador), Eduardo (deputado federal) e Flávio (senador); o deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem; o general Walter Braga Netto; e os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL).


O ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Waldemar da Costa Neto, subiram ao caminhão antes do início do ato porque estão proibidos pelo STF de se aproximar de Bolsonaro.


Ato em Copacabana; foto de 11h33, quando Bolsonaro discursava — Foto: Reprodução/TV Globo


Anistia para presos do 8/1

Em fevereiro, durante ato na Paulista, Bolsonaro defendeu passar uma “borracha no passado” e anistiar os presos que teriam participado ou financiado os atos golpistas que culminaram no ataque contra as sedes dos três poderes em 8 de janeiro de 2023, em Brasília.


Na ocasião, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos e depredados.


Mais de 1,4 mil pessoas foram presas após os ataques. Desde então, o STF tem julgado os envolvidos. Até a publicação desta reportagem, 196 pessoas foram condenadas.


Os presos estão sendo julgados individualmente por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.



Em outubro de 2023, o senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente do governo Jair Bolsonaro, protocolou o projeto de lei que visa anistiar os presos do 8/1. O projeto está em tramitação no Senado.


Elon Musk

Elon Musk atacou, na primeira semana de abril, as decisões de Moraes e ameaçou reativar os perfis de usuários que foram bloqueados por decisão da Justiça.


Em janeiro, pelo X, o empresário questionou Moraes sobre por que ele estaria “exigindo tanta censura no Brasil".


Em outro ataque ao ministro do STF, também por meio do X, Musk ameaçou reativar as contas bloqueadas, desrespeitando ordens judiciais, mesmo que, segundo Musk, isso custe o fechamento da empresa no Brasil e prejudique o lucro. O empresário não mencionou qual decisão do ministro, especificamente, gerou sua reação.



"Nós estamos levantando as restrições. Esse juiz aplicou penas massivas, ameaçou prender nossos funcionários e cortar os acessos ao X no Brasil", afirmou Musk.


Após as ameaças e ataques, Moraes determinou que a conduta do empresário seja investigada em novo inquérito e incluiu Musk entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais.


Moraes também determinou que a rede X não desobedeça a nenhuma ordem da Justiça brasileira sob pena de multa de R$ 100 mil para cada perfil que for reativado sem liberação da Justiça.


O ministro disse ver indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas atitudes de Musk.


Dentre os investigados pelo STF que tiveram os perfis bloqueados estão:


Luciano Hang, empresário

Allan dos Santos, blogueiro

Daniel Silveira, ex-deputado cassado

Monark, youtuber

Oswaldo Eustáquio, blogueiro

Pouco após a polêmica, em 12 de abril, o governo suspendeu novas campanhas de publicidade na rede social de Musk.


No dia seguinte, Diego Lima Gualda, representante do X no Brasil, renunciou ao cargo, segundo documento da Junta Comercial de São Paulo.


A defesa da rede social no Brasil informou a Moraes que seguirá cumprindo as ordens judiciais emitidas pela Corte. A PF, porém, disse ao Supremo que, apesar de ter mantido bloqueios de contas determinadas pela Justiça, a plataforma tem permitido que investigados continuem fazendo transmissões ao vivo na rede e permitindo que usuários brasileiros interajam com os perfis suspensos.


Fonte: g1

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Debate sobre redes sociais na Câmara ainda é incerto e aguarda definição de Lira

Arthur Lira — Foto: Agência Câmara


A criação de um grupo de trabalho para debater um novo texto do projeto de lei (PL) que pretende regulamentar as redes sociais ainda aguarda definição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Lira anunciou a estruturação desse colegiado na semana passada, o que ainda não ocorreu.


Enquanto isso, não há data prevista para início dos trabalhos ou definição de quem serão os membros. Todas essas decisões são prerrogativas do presidente da Câmara, que chegou a dizer que a duração do grupo seria de 30 a 45 dias.


O projeto das redes sociais foi aprovado pelo Senado em 2020 e estava parado na Câmara desde o ano passado, até o tema voltar à tona com o embate público entre o dono "X" (antigo Twitter), Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes


Nesta sexta, em mais um capítulo desse embate entre Moraes e Musk, o ministro disse que é preciso combater "'mercantilistas estrangeiros' que tratam o Brasil como colônia" e que Justiça Eleitoral vai continuar lutando contra "uso das redes sociais que só visam o lucro."


Mesma linha adotada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que afirmou que a regulamentação é "inevitável" e "fundamental". "É uma busca indiscriminada, antiética e criminosa pelo lucro”, disse Pacheco no início do mês. Pacheco também destacou que as redes viraram um “campo completamente sem lei”.


Desde então, contudo, o assunto não conseguiu avançar na Casa vizinha, a Câmara, algo que o autor do projeto, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE), classificou como "comodismo". Segundo Vieira, não "há porquê deixar um projeto dessa magnitude na gaveta". Em entrevista à GloboNews, em 8 de abril, Vieira afirmou que falta empenho para que a proposta vá para frente.


Mudança de relator

Na semana passada, Lira afirmou que o texto apresentado pelo relator do projeto, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), em 2023, ficou estigmatizado como o "da censura, da falta de liberdade de expressão" e "não consegue andar" no Legislativo.


A declaração foi após reunião de líderes, em 9 de abril, quando foi anunciada mudança de relator — nome que até o momento não foi definido —, e, também, a criação do grupo de trabalho para construir a nova redação do projeto sobre o tema. Decisão que, a princípio, recebeu apoio de parlamentares do governo e da oposição.


Esse será o segundo grupo de trabalho criado para analisar a regulamentação das redes sociais na Câmara. Lira já havia criado outro colegiado assim, com a mesma função. No fim de 2021, esse coletivo aprovou o relatório do deputado Orlando Silva.


Apesar do cenário, alguns deputados ouvidos pelo g1 afirmaram que o movimento de Lira nesse sentido indica um esforço da Câmara e uma intenção do presidente em votar o projeto logo.


De acordo com líderes, a previsão é que o grupo tenha 15 membros, e que os partidos sugiram nomes a Lira — mas, a escolha dos participantes, da mesma forma, ficará a cargo do presidente. Para alguns desses líderes, a visão sobre o grupo vai depender dos membros que irão integrá-lo.


A líder da minoria, deputada Bia Kicis (PL-DF), avalia que o grupo de trabalho poderá ser considerado uma "boa solução", desde que proporcione a possibilidade de debate.


O líder do PT na Câmara, por sua vez, deputado Odair Cunha (PT-MG), acredita que os partidos irão sugerir pessoas para colaborar com a construção do texto.


“[A composição do grupo] precisa ser representativa da Casa, não de todos os partidos, imagino, porque não vai seguir a regra de Comissão, mas eu imagino que não vai ser uma coisa tão restritiva também”, afirmou.


O que prevê o projeto hoje

Com a troca do relator e a retomada dos debates, o projeto que regulamenta as redes sociais deve sofrer importantes alterações. Hoje, o texto prevê os seguintes pontos principais:


➡️Responsabilização das redes


A última versão do parecer protocolado por Orlando Silva na Câmara estabelece que as plataformas poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos criminosos publicados por usuários, desde que seja comprovado que a empresa ignorou riscos e abriu mão de mecanismos de moderação.


A responsabilização também ocorrerá quando os conteúdos criminosos forem veiculados por meio de instrumentos pagos de impulsionamento e publicidade.


As medidas alteram o Marco Civil da Internet, que prevê que os provedores somente poderão ser responsabilizados quando, após ordem judicial, não removerem conteúdos criminosos.


➡️Dever de cuidado


Pelo texto, as empresas devem adotar um protocolo para analisar riscos relacionados às plataformas e seus algoritmos. Essa avaliação deverá abordar, por exemplo, a disseminação de conteúdos contra o Estado Democrático de Direito e publicações de cunho preconceituoso.


A partir dessa análise, as empresas terão de adotar medidas para atenuar os riscos.


O projeto também cria o chamado “dever de cuidado”, que, se ignorado, pode levar à responsabilização da plataforma. O mecanismo determina que os provedores precisam atuar de forma "diligente" para prevenir ou mitigar conteúdos ilícitos veiculados nas plataformas.


A negligência da empresa ou a identificação de riscos pode levar à abertura de um protocolo de segurança. Com o início do procedimento, as plataformas poderão ser responsabilizadas por omissões em denúncias de usuários contra conteúdos criminosos disponíveis nas redes sociais.


A moderação de conteúdo também está prevista no projeto. Segundo o texto, o procedimento deve seguir os “princípios da necessidade, proporcionalidade e não discriminação”. Estabelece, ainda, que as decisões a respeito de publicações devem ser comunicadas aos usuários, com os fundamentos da medida e os mecanismos de recurso.


➡️Decisões judiciais


A proposta estabelece que as plataformas digitais devem cumprir, em até 24 horas, as decisões judiciais de derrubada de conteúdo criminoso.


O descumprimento pode ser punido com multa de até R$ 1 milhão por hora, que pode ser triplicada se o conteúdo tiver sido impulsionado por recursos pagos.


As publicações removidas e os dados de acesso do usuário responsável pelo conteúdo deverão ser armazenados por seis meses.


Segundo o texto, a plataforma deve comunicar às autoridades indícios de ameaças à vida de uma pessoa.


➡️Punições


Além de responsabilizações no Judiciário, as empresas que descumprirem as medidas previstas no texto poderão, por exemplo, ser punidas com:


advertência

multa diária de até R$ 50 milhões

multa de até 10% do faturamento da empresa no Brasil

multa por usuário

multa de até R$ 50 milhões por infração

e suspensão temporária das atividades no Brasil

A proposta também prevê que todas as empresas que tiverem operações no Brasil deverão ter representantes jurídicos no país.


Tensão entre Musk e Moraes

Elon Musk, bilionário nascido na África do Sul, com cidadania americana, é figura constante na mídia por inúmeras polêmicas.


No começo do mês, Musk publicou na plataforma críticas a decisões judiciais brasileiras que determinaram a suspensão de contas e conteúdos públicos no X e ameaçando descumpri-las. Em resposta, Moraes ordenou a abertura do inquérito e estabeleceu uma multa de R$ 100 mil para cada perfil que o "X" desbloqueasse em descumprimento às ordens judiciais.


Desde então, o governo federal suspendeu a realização de novos contratos de publicidade no "X" e advogados da rede social já informaram ao STF que a rede vai continuar a cumprir ordens judiciais.


Nesta semana, o Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados americana divulgou um relatório com ofícios das decisões criticadas por Musk – documentos que ainda estão em sigilo no Brasil – após receber os documentos do "X".


Após a divulgação do documento, o STF informou que a maior parte dos documentos citados no relatório não trata das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou de perfis e que são ofícios enviados às plataformas para o cumprimento das decisões.


O tribunal disse, ainda, que todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição, e as partes, as pessoas afetadas, têm acesso à fundamentação.


Fonte: g1

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