sexta-feira, novembro 22, 2019

Gugu Liberato morre aos 60 anos

Resultado de imagem para Gugu Liberato morre aos 60 anosGugu Liberato morreu aos 60 anos em Orlando, nos Estados Unidos, segundo anunciou nesta sexta-feira (22) a sua assessoria. O apresentador estava internado desde quarta-feira (20), quando sofreu uma queda em casa e bateu a cabeça.

A morte encefálica foi confirmada pelo médico Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, segundo nota divulgada pela assessoria (leia abaixo). Lepski chegou a Orlando nesta sexta.

Gugu foi um dos principais apresentadores da TV brasileira. Entre 1981 e 2003, foi destaque no SBT no comando de programas de auditório. Em 2009, assinou contrato com a TV Record, onde continuou a atuar como apresentador.


Ele tinha três filhos com a médica Rose Miriam di Matteo: João Augusto, de 18 anos, e as gêmeas Marina e Sofia, de 15 anos.

Gugu
Antônio Augusto Moraes Liberato nasceu na Lapa, bairro de classe média de São Paulo, em 10 de abril de 1959. Filho caçula de portugueses, Gugu tinha dois irmãos, Amandio Liberato e a numeróloga Aparecida Liberato.

Fã de Silvio Santos, conseguiu se aproximar do apresentador aos 13 anos ao lhe entregar uma carta. Um ano depois, começou a trabalhar em televisão como auxiliar de produção do empresário, que na época tinha um programa na TV Globo.

Em 1982, passou a apresentar seu primeiro grande sucesso na então TVS, o programa "Viva a noite”, atração que alavancou a carreira do apresentador e era destaque por trazer números musicais de artistas em alta.

Na emissora, ele também comandou outros programas e quadros de auditório com gincanas, famosos e atrações musicais, como "Sabadão sertanejo" e "Corrida maluca", além do game show “Passa ou repassa”.

Em 1993 estreou outro grande sucesso, "Domingo legal", programa que comandou por 16 anos.

Nele, o apresentador esteve à frente de quadros como “Táxi do Gugu”, “Banheira do Gugu” e “Gugu na minha casa”, além de apresentar números musicais e comandar brincadeiras de palcos com artistas. Na atração, Gugu também eternizou a música “Pintinho amarelinho”, cantando e dançando repetidas vezes no palco da atração.


Gugu deixou o programa e o SBT em 2009, quando assinou contrato com a TV Record. Na nova emissora, foi apresentador de programas que levavam seu nome, antes de passar a comandar reality shows como "Power Couple Brasil" e "Canta Comigo".

Desde 2013, os programas comandados por ele eram produzidos e gerados direto dos estúdios da sua produtora, a GGP Produções, criada em 2000.

Ao longo da carreira, ganhou diversos prêmios, como um disco de ouro, 11 estatuetas do Troféu Imprensa e o Troféu Internet em 2005.

Outros projetos
Gugu ganhou projeção nacional por apresentar programas no SBT e na Record. Mas sua história vai além do comando das atrações televisivas. Ele também foi empresário, cantor e ator.

Na adolescência, Gugu trabalhou como office-boy. Nos intervalos, escrevia cartas para seu ídolo Silvio Santos. Aos 14 anos, foi convidado para integrar a produção do apresentador. Inicialmente, Gugu foi contratado para o programa de Silvio, então na TV Tupi, como assistente de produção.

Ele continuou a carreira como produtor por um período, mas não gostou da função e começou a estudar odontologia. Chegou a fazer dois anos do curso, mas acabou voltando definitivamente para a televisão. Ele também estudou jornalismo.


Ao longo da carreira, Gugu Liberato teve vários brinquedos atrelados a seu nome e, até, um parque aquático, que encerrou as atividades em 2002. No mesmo ano, o apresentador lançou o álbum “Gugu para crianças” com músicas infantis. Ele também virou personagem em quadrinhos no Almanaque do Gugu, distribuído entre as décadas de 1980 e 1990.

Gugu também atuou no cinema ao lado de Xuxa, Angélica, Os Trapalhões e outros. Em alguns filmes como “O Noviço Rebelde”, “O Casamento dos Trapalhões” e “Os Fantasmas Trapalhões”, interpretou ele mesmo em cena. Em outros, como “Xuxa e os Duendes” e “Padre Pedro e a Revolta das Crianças”, deu vida a personagens como o Duende da Inveja e o Padre Sebastião.

Leia nota divulgada pela assessoria de Gugu Liberato:

"NOTA DE FALECIMENTO

Este é um momento que jamais imaginamos viver. Com profunda tristeza, familiares comunicam o falecimento do pai, irmão, filho, amigo, empresário, jornalista e apresentador Antônio Augusto Moraes Liberato (Gugu Liberato), aos 60 anos, em Orlando, Florida, Estados Unidos.

Nosso Gugu sempre viveu de maneira simples e alegre, cercado por seus familiares e extremamente dedicado aos filhos. E assim foi até o final da vida, ocorrida após um acidente caseiro.


Ele sofreu uma queda acidental de uma altura de cerca de quatro metros quando fazia um reparo no ar condicionado instalado no sótão. Foi prontamente socorrido pela equipe de resgate e admitido no Orlando Health Medical Center, onde permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva, acompanhado pela equipe médica local.

Na admissão deu entrada em escala de *Glasgow de 3 e os exames iniciais constataram sangramento intracraniano. Em virtude da gravidade neurológica, não foi indicado qualquer procedimento cirúrgico. Durante o período de observação foi constatada a ausência de atividade cerebral. A morte encefálica foi confirmada pelo Prof. Dr. Guilherme Lepski, neurocirurgião brasileiro chamado pela família, que após ver as imagens dos exames em detalhes, confirmou a irreversibilidade do quadro clínico diante de sua mãe Maria do Céu, dos irmãos Amandio Augusto e Aparecida Liberato, e da mãe de seus filhos, Rose Miriam Di Matteo.

Ainda não temos detalhes sobre o traslado para o Brasil. Informações sobre velório e sepultamento serão passadas assim que tudo estiver definido.

Ele deixa três filhos, João Augusto de 18 anos e as gêmeas Marina e Sophia de 15 anos.

Atendendo a uma vontade dele, a família autorizou a doação de todos os órgãos.

Gugu sempre refletiu sobre os verdadeiros valores da vida e o quão frágil ela se revela. Sua partida nos deixa sem chão, mas reforça nossa certeza de que ele viveu plenamente. Fica a saudade, ficam as lembranças - que são muitas - e a certeza que Deus recebe agora um filho querido, e o céu ganha uma estrela que emana luz e paz.


Familiares e funcionários

São Paulo, 22 de novembro de 2019

* Escala Glasgow de 3 - usada para medir a consciência e a evolução das lesões cerebrais em um paciente."

Fonte: G1
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Prefeito Ciro Bezerra divulga programação oficial dos 66 anos de emancipação política de Itaú-RN


O Prefeito Ciro Bezerra divulgou na tarde desta sexta-feira (22) por meio de uma live no instagram da Prefeitura de Itaú em seu gabinete, a programação oficial em comemoração aos 66 anos de Emancipação Política do Município de Itaú.

Confira a programação

PROGRAMAÇÃO EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE ITAÚ-RN – 2019

28/11 – Abertura dos Jogos do 1º ItauCup.
Horário: 19:00h – Ginásio Poliesportivo Emanuela Fernandes de Melo – “O gigante”

03/12 – Abertura da 4ª Semana do Bebê
Horário: 8:00h – Centro Mun. de Ed. Infantil Profª Mª Iraides de Oliveira Souza

08/12 – Pedal da Emancipação

10/12
- 9:00 h: Encerramento da 4ª Semana do Bebê;
Local: Centro Mun. de Ed. Infantil Profª Mª Iraides de Oliveira Souza;

- 17:00 h: Entrega do fardamento

- 18:00 h: Inauguração da reforma da sede da Banda de Música José Praxedes Fernandes;

- 19:00h: Final dos Jogos 1º ItauCup
  Local: Ginásio Poliesportivo Emanuela Fernandes de Melo – “O gigante”

- 22:00h: Show com as bandas:
Forró do Zé;
Isaac Show;
Forró da Mídia.

11/12
- 5:00h: Alvorada;

- 8:00h: Missa solene em ação de graças
  Local: Clube ACRI

- 9:00h: Solenidade de entrega de comenda e títulos de cidadania itauense
  Local: Clube ACRI

- 17:00h: 3º Encontro de Bandas Filarmônicas;
  Local: Ginásio Poliesportivo Emanuela Fernandes de Melo – “O gigante”

- 22:00h: Show com as bandas:
Lalá Ferreira;
Bonde do Brasil;
Zé do Fole.

15/12: Encerramento dos festejos alusivos aos 66 anos de emancipação com a cavalgada da emancipação






fonte: Assessoria de Comunicação

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RN cria 2,9 mil vagas de emprego e tem melhor outubro desde 2004, aponta Caged

Trabalhador segura carteira de trabalho — Foto: Amanda Perobelli/ReutersO Rio Grande do Norte criou 2.980 vagas de emprego com carteira assinada em outubro de 2019, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (21). O resultado é a diferença entre o número de contratações (13.352) e demissões (10.372).

De acordo com o relatório do Caged, o resultado no estado foi o melhor para o mês de outubro desde 2004. O setor que registrou maior saldo foi o da indústria (689), seguido pela construção civil (635), pelo comércio (596) e agropecuária (455). Nenhum setor da economia potiguar apresentou saldo negativo, com mais demissões que contratações.

No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o estado criou um total de 5.060 postos de trabalho formal. Porém, se considerado o período de 12 meses, de outubro de 2018 ao mês passado, o saldo é de 4.427. Nesse período, o maior criador de empregos foi o setor de Serviços.

Do total de vagas criadas em outubro de 2019, a maior parte (1.036) está em Natal. Segunda maior cidade do estado, Mossoró também foi a que apresentou o segundo maior saldo de empregos (469), seguida por Parnamirim (325).

Saldo por setor no RN
Extrativa mineral: 22
Indústria de Transformação: 689
Serviços Industriais de Utilidade Pública: 5
Construção Civil: 635
Comércio: 596
Serviços: 575
Administração Pública: 3
Agropecuária: 455

Fonte: G1
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Ministério da Educação anuncia escola cívico-militar em Natal

Natal terá uma das 54 escolas cívico-miliares que o governo federal pretende implantar em 2020 no país. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (21) pelo Ministério da Educação. Ao todo, cidades de 23 estados e do Distrito Federal terão unidades dentro do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Apesar de outros municípios potiguares terem demonstrado interesse no programa, apenas a capital foi contemplada.

Ministério da Educação apresentou detalhes sobre o programa piloto das escolas cívico-militares. — Foto: Carolina Cruz/G1
Ministério da Educação apresentou detalhes sobre o programa piloto das escolas cívico-militares. — Foto: Carolina Cruz/G1

Como já tinha sido anunciado anteriormente, o governo federal afirmou vai destinar R$ 54 milhões para o programa, sendo que mais da metade deste valor (R$ 28 milhões) serão repassados ao Ministério da Defesa para pagar os militares da reserva que vão compor a equipe de gestão disciplinar. Uma portaria sobre o programa foi publicada no Diário Oficial da União.


Segundo o documento, o MEC poderá dar, conforme o modelo de pactuação:

apoio técnico para a implantação das escolas
apoio de militares da reserva das Forças Armadas, onde houver disponibilidade
apoio financeiro
apoio à capacitação de profissionais
O modelo de pactuação será de dois tipos:

Disponibilização de Pessoal: quando o MEC disponibiliza o pessoal das Forças Armadas e, em contrapartida, os estados, o Distrito Federal ou os municípios farão o aporte financeiro necessário à implementação do modelo
Repasse de Recursos: o MEC fará o aporte financeiro para as adaptações das escolas e, em contrapartida, os estados disponibilizarão militares das Corporações Estaduais para atuarem nas escolas selecionadas, arcando com os correspondentes custo

Fonte: G1
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Galvão Bueno está consciente e bem disposto após sofrer infarto

Resultado de imagem para Galvão Bueno está consciente e bem disposto após sofrer infarto"Os médicos que atenderam o narrador Galvão Bueno na Clínica Anglo-Americana, em Lima, no Peru, informaram que ele chegou ao hospital com um quadro de infarto e passou por um cateterismo. Galvão se mostrou consciente e bem disposto e não foi necessária a colocação de stents. Ele deverá ficar em observação no CTI de 24 a 48 horas.

Luis Roberto será o narrador da final da Libertadores entre Flamengo e River Plate no próximo sábado, às 17h (de Brasília).

Veja abaixo a íntegra da nova nota divulgada pelo Grupo Globo:

Como divulgado mais cedo, nosso companheiro Galvão Bueno se sentiu mal hoje cedo, em Lima, no Peru, onde se encontrava para narrar a final da Copa Libertadores, no sábado. Galvão foi levado para a Clínica Anglo-Americana, acompanhado da mulher Desiree Galvão Bueno, e foi prontamente atendido. O hospital ainda não emitiu um boletim médico mas, em conversa privada com a esposa de Galvão e com a direção de Esporte da Globo, os médicos explicaram que Galvão entrou no hospital com um quadro de infarto e passou por um cateterismo. No procedimento, os médicos disseram que não havia obstrução nas artérias principais. E que, por esse motivo, não foi necessária a colocação de stents. Ele está bem, consciente e bem disposto. Deve ficar de 24 a 48h em observação no CTI. Todos nós torcemos por uma rápida recuperação. No próximo sábado, Luis Roberto será o narrador da final da Libertadores.

Fonte: G1
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MEC divulga lista de cidades que devem ter escolas cívico-militares implantadas em 2020

O Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira (21) a lista de 52 das 54 cidades de 23 estados e do Distrito Federal que serão beneficiadas com a implantação de escolas dentro do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (veja lista abaixo).

Na imagem, da esquerda para a direita, estão ânio Carlos Macedo, secretário de Educação Básica do MEC; Abraham Weintraub, ministro da Educação; e Aroldo Ribeiro Cursino, subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares, apresentando detalhes sobre o programa piloto das escolas cívico-militares. — Foto: Carolina Cruz/G1
Na imagem, da esquerda para a direita, estão ânio Carlos Macedo, secretário de Educação Básica do MEC; Abraham Weintraub, ministro da Educação; e Aroldo Ribeiro Cursino, subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares, apresentando detalhes sobre o programa piloto das escolas cívico-militares. — Foto: Carolina Cruz/G1

Como já tinha sido anunciado anteriormente, o governo federal vai destinar R$ 54 milhões para o programa, sendo que mais da metade deste valor (28 milhões) serão repassados ao Ministério da Defesa para pagar os militares da reserva que vão compor a equipe de gestão disciplinar.


Cidades beneficiadas
Confira abaixo a relação dos municípios beneficiados, por estado, segundo o MEC:

Acre: Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard
Amapá: duas escolas em Macapá
Amazonas: duas escolas em Manaus e outra indicação do estado
Pará: Ananindeua, Santarém e duas escolas em Belém
Rondônia: Alta Floresta d’Oeste, Ouro Preto do Oeste e Porto Velho
Roraima: Caracaraí e Boa Vista
Tocantins: Gurupi, Palmas e Paraíso
Alagoas: Maceió
Bahia: Feira de Santana
Ceará: Sobral e Maracanaú
Maranhão: São Luís
Paraíba: João Pessoa
Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes
Rio Grande do Norte: Natal
Distrito Federal: Santa Maria e Gama (regiões administrativas de Brasília)
Goiás: Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Valparaíso
Mato Grosso: duas escolas em Cuiabá
Mato Grosso do Sul: Corumbá e duas escolas em Campo Grande
Minas Gerais: Belo Horizonte, Ibirité e Barbacena
Rio de Janeiro: Rio de Janeiro
São Paulo: Campinas
Paraná: Curitiba, Colombo, Foz do Iguaçu e outra indicação do estado
Rio Grande do Sul: Alvorada, Caxias do Sul, Alegrete e Uruguaiana
Santa Catarina: Biguaçu, Palhoça, Chapecó e Itajaí
Segundo o MEC, apenas Piauí, Sergipe e Espírito Santo não têm cidades contempladas no programa.

Verba para reforma e gestão
Em 2020, 54 escolas de todo o país participarão do piloto do programa – cada escola vai receber R$ 1 milhão para implementar o projeto, de acordo com o MEC. Para especialistas, o investimento é alto se considerado o impacto da política, que abrange uma pequena parcela da população (leia mais abaixo). Já o MEC defende o "pluralismo pedagógico".


Segundo a pasta, a prioridade será criar duas escolas deste modelo em cada estado do país e no Distrito Federal. O alvo do projeto são escolas que ficam em regiões com vulnerabilidade social e com baixo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre outros pontos.

O repasse de R$ 1 milhão a cada escola vai custear a manutenção e os investimentos necessários para viabilizar a programação pedagógica e disciplinar nas escolas.

O modelo cívico-militar é uma proposta para uma gestão escolar compartilhada entre educadores e militares, mas é diferente das escolas militares mantidas pelas Forças Armadas. O MEC afirma que, no modelo cívico-militar, as secretarias estaduais de educação continuariam responsáveis pelos currículos e caberia aos militares a atuação como monitores na gestão educacional. A adesão é voluntária.

O que prevê o programa
Uma portaria publicada nesta quinta-feira no "Diário Oficial" detalha como será a regulamentação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Segundo o documento, o MEC poderá dar, conforme o modelo de pactuação:

apoio técnico para a implantação das escolas
apoio de militares da reserva das Forças Armadas, onde houver disponibilidade
apoio financeiro
apoio à capacitação de profissionais
O modelo de pactuação será de dois tipos:


Disponibilização de Pessoal: quando o MEC disponibiliza o pessoal das Forças Armadas e, em contrapartida, os estados, o Distrito Federal ou os municípios farão o aporte financeiro necessário à implementação do modelo
Repasse de Recursos: o MEC fará o aporte financeiro para as adaptações das escolas e, em contrapartida, os estados disponibilizarão militares das Corporações Estaduais para atuarem nas escolas selecionadas, arcando com os correspondentes custo
Escolas interessadas
O programa será implementado nas escolas que manifestaram interesse. Em primeiro de outubro, o MEC divulgou que 16 entes federativos aderiram ao projeto. O prazo foi reaberto para o cadastro de municípios, ampliando o total de 23 estados, e o Distrito Federal.

Nem todos os municípios que manifestaram interesse receberão o modelo. Entre os 679 inscritos, o MEC realizou uma seleção com base em três critérios principais:

Ser capital do estado ou pertencer à região metropolitana
Estar situado na faixa de fronteira
Faixa populacional, considerando a realidade estadual
Treinamento dos militares
Os militares passarão por treinamento e receberão 30% da remuneração que recebiam antes da aposentadoria, de acordo com Cursino.

"Já antes do início das aulas teremos uma capacitação de secretarias estaduais e municipais, assim como também faremos para os professores e gestores, pra que todos entendam o modelo, e possam trabalhar de forma integrada", disse o subsecretário.


Questionados pelo G1 se o treinamento terá uma participação dos órgãos de Segurança Pública, o subsecretário afirmou que apenas o MEC vai treinar os profissionais das Forças Armadas. De acordo com Cursino, o objetivo é formar profissionais para "entender o aluno, com toda a sua dimensão".

"De forma alguma o medo pode estar dentro da escola", afirmou.

Falta de efetivo
Ainda de acordo com o subsecretário, há estados que ficaram sem nenhum município participante devido ao número insuficiente de militares da reserva residentes para atuar no projeto.

O objetivo é o de que nos próximos anos possam ser usados profissionais dos órgãos de segurança pública estadual e municipal.

"No futuro, a intenção é de que não precisemos ter militares atuando na escola, que o modelo aprovado esteja de maneira automática. Se a gente for depender de militar dentro da escola, vai faltar militar", afirma o secretário de Educação Básica, Jânio Carlos Endo Macedo.

Investimento alto, dizem especialistas
Questionado, Cursino afirmou durante a entrevista à imprensa que o programa atende à pluralidade. "Dentro da Constituição está previsto o pluralismo pedagógico. Esta escola vai atender a determinado segmento de escolas que está precisando disso", afirma.

Especialistas em educação ouvidos pelo G1 afirmam que o investimento é alto, se considerado que deve beneficiar uma parcela da população.


Para Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação, o governo está cometendo um "erro de diagnóstico" e de "priorização". "Não há evidências do impacto da militarização das escolas públicas, diferentemente de tantas outras políticas, como formação de professores, primeira infância, qualidade do currículo e da prática pedagógica, gestão escolar, participação das famílias e educação Integral", afirma.

"As boas experiências no Brasil mostram que escolas bem geridas também têm muito mais disciplina e segurança, sem ampliar a evasão dos alunos que não se encaixam no modelo militarizado", diz Cruz.
O Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio classificou a política como "indesejável" e destaca que o investimento vai atender a 0,2% das escolas do país.

"Avaliamos como algo muito indesejável. Primeiro pelo modelo pedagógico e organizativo, centrado no disciplinamento e na ausência de autonomia no espaço escolar. Entendemos que a escola é lugar da formação para o pensamento crítico e autônomo sobre a realidade, e que o cerceamento da liberdade e a vigilância são contrários a isso", afirmam.

"Os recursos financeiros gastos nestas escolas poderiam ir para muitas outras, que se encontram em condições precárias de oferta. A iniciativa do MEC corresponde a menos de 0,2% do total de escolas no país, que hoje somam aproximadamente 180 mil unidades de ensino", declaram.


Para Daniel Cara, coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o foco do governo não deveria ser a disciplina e sim a formação de professores.

"A escola cívico-militar é um equívoco em termos de política educacional. É absurdo pensar que um policial – ou um soldado – é melhor educador do que um professor. Além disso, educação é uma questão essencialmente pedagógica, não disciplinar. Inclui disciplina, claro, mas não se restringe a ela. E educação não combina com autoritarismo. A iniciativa é temerária e representa uma antipolítica educacional", afirma.

Fonte: G1
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Internet bloqueada e 'mais de 100 mortos': o que está acontecendo no Irã?

O Irã enfrenta uma onda de protestos violentos desde a semana passada contra a alta dos preços dos combustíveis, que teria deixado mais de 100 mortos até agora.

Internet bloqueada e 'mais de 100 mortos': o que está acontecendo no Irã? — Foto: Reprodução/BBC
Internet bloqueada e 'mais de 100 mortos': o que está acontecendo no Irã? — Foto: Reprodução/BBC

O país de 80 milhões de habitantes também está praticamente sem acesso à internet, após um bloqueio imposto pelo governo, o que dificulta a obtenção de informações para saber a dimensão exata do que está acontecendo por lá.

As manifestações tiveram início na última sexta-feira após o governo iraniano anunciar um aumento de 50% no preço da gasolina, limitado a 60 litros por mês — e um reajuste de 300% para os litros adicionais.

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou que tomou esta decisão "em prol do interesse público" e que o dinheiro gerado seria distribuído entre a população mais pobre.

A medida foi recebida, no entanto, com revolta no país, que está sob forte pressão econômica desde o ano passado, quando os EUA voltaram a impor sanções contra Teerã, após abandonar o acordo nuclear.

As sanções — que têm como alvo sobretudo os setores petrolífero e financeiro do país — levaram ao colapso das exportações de petróleo do Irã, à desvalorização do rial (moeda local) e ao aumento dos preços de itens básicos.

Segundo relatos, os protestos se espalharam rapidamente por todo o país, causando sérios danos a instalações públicas e privadas.

De acordo com a agência semioficial de notícias Fars, pelo menos 100 bancos e 57 lojas foram incendiados — e cerca de mil pessoas foram presas.

Imagens de vídeo a que a BBC teve acesso parecem mostrar as forças de segurança do governo atirando diretamente contra os manifestantes para reprimir os protestos.

A Anistia Internacional afirma ter recebido informações confiáveis de que pelo menos 106 pessoas foram mortas em 21 cidades.

As autoridades não confirmam, no entanto, o número de mortos.


Rupert Colville, porta-voz da Organização das Nações Unidas (ONU), disse que era extremamente difícil verificar o número total de mortos, mas que a imprensa iraniana e várias outras fontes sugeriam que dezenas de pessoas teriam sido mortas durante os protestos.

Ele declarou ainda que estava “profundamente preocupado” com as denúncias de violação de normas internacionais em relação ao uso da força, incluindo o disparo de munição real, contra manifestantes.

"Pedimos às autoridades e forças de segurança iranianas que evitem o uso da força para dispersar as manifestações pacíficas e, nos casos em que uma manifestação for violenta, restrinjam o uso da força o máximo possível.".

"Também pedimos que os manifestantes realizem manifestações pacificamente, sem recorrer à violência física ou à destruição de propriedades", acrescentou.

O presidente Rouhani afirmou, por sua vez, no domingo que “as pessoas têm o direito de protestar, mas que protestos são diferentes de motins”.

“Não devemos permitir insegurança na sociedade", completou.

A situação do país não está clara, no entanto, devido ao bloqueio da internet e da telefonia móvel imposto pelas autoridades.

Não é a primeira vez que o governo iraniano bloqueia o acesso à internet, mas no sábado à noite as autoridades cortaram a conexão de quase todos os cidadãos — no maior “apagão” da web já registrado no país.


Até quarta-feira, o Irã continuava praticamente offline.

Segundo os especialistas, o motivo do bloqueio é claro: impedir o acesso e a troca de informações sobre os protestos que eclodiram no país.

De acordo com a NetBlocks, ONG que monitora o acesso à internet no mundo, 65 horas depois do bloqueio, a conectividade do país tinha caído para apenas 4% do seu nível normal.

O Irã não é o único que país a impor restrições à internet para impedir a disseminação de informações. China, Rússia, Arábia Saudita, Índia e Turquia, entre outros, também já adotaram medidas do tipo para limitar o acesso de seus cidadãos a determinados conteúdos.

Mas, segundo a NetBlocks, este é bloqueio mais extenso já registrado pela organização.

Fonte: G1
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