segunda-feira, junho 08, 2020

RN soma 431 óbitos por Covid-19; taxa de isolamento no estado melhora

O Rio Grande do Norte apresentou melhora nas taxas de isolamento social, de acordo com a atualização da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) nesta segunda-feira (8). O índice atual é de 49,6%.
O número de óbitos em decorrência da Covid-19 chegou a 431 (dois novos nas últimas 24h). Os casos confirmados da doença somam 10.888.

No RN, 104 óbitos estão em investigação. Há 664 pessoas internadas com confirmação ou suspeita da doença, das quais 340 estão em leitos clínicos e 324 em leitos clínicos.

A ocupação dos leitos destinados a tratar a Covid-19 no estado permanece alta. Pau dos Ferros e Grande Natal não têm vagas disponíveis. A região Oeste apresenta um índice de 97,8%, enquanto o Seridó tem uma ocupação de 66,7%

Fonte: Agora RN
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Ações do Pacto pela Vida promovem aumento no isolamento social

As ações do Pacto pela Vida iniciadas na última quinta-feira (4), em uma parceria do Governo do Rio Grande do Norte com 75 municípios, começam a apresentar resultados. Na manhã desta segunda-feira, 08, a taxa de isolamento social era de 49,6%, um aumento de 6% em relação à média dos últimos 15 dias, antes da operação iniciar.

Secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Francisco Araújo, e subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, Alessandra Lucchesi

Neste fim de semana, foram realizadas ações nas cidades com orla marítima para evitar aglomerações, prática de esportes coletivos e consumo em barracas. Também no bairro do Alecrim, em Natal, foram realizadas fiscalizações para evitar aglomerações.

No domingo, foi realizada uma barreira sanitária no distrito de Pirangi, em Parnamirim, com orientações sobre o uso de máscara, higiene pessoal e cuidados com os grupos de risco. "De forma geral, as ações foram positivas. Os profissionais envolvidos com a fiscalização foram bem recebidos pela população", avaliou o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Francisco Araújo.

Através da operação Pacto pela Vida, o Governo do Estado oferece aos municípios apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar para ações localizadas de orientação e desmobilização de aglomerações. "Este apoio está disponível aos 167 municípios. Já foram pactuadas parcerias neste sentido com 75 prefeituras que estão fazendo ações integradas com o apoio do sistema de segurança pública estadual", afirmou Francisco Araújo.

DADOS

Nesta segunda-feira, em todo o RN, há 10.888 casos confirmados, 431 óbitos (dois nas últimas 24 horas) e 104 óbitos em investigação. Cerca de 664 pessoas estão internadas nos hospitais das redes pública e privada - 340 críticos e 324 clínicos.

A taxa ocupação de leitos continua alta e a rede segue superlotada. Em Natal, Grande Natal e em Pau dos Ferros, a ocupação é de 100%. Na região Oeste 97,8% e no Seridó, 66,7%.

No último sábado, o Governo do Estado abriu mais 5 leitos na região Seridó, passando a totalizar 27 leitos disponíveis. Para os próximos 15 dias a previsão é abrir novos leitos, em parceria com os municípios. Serão 15 leitos de UTI, em Mossoró, 25 leitos de UTI e 10 clínicos no Hospital João Machado, em Natal, 10 UTIs e 5 clínicos no Hospital Regional de Macaíba e 3 leitos clínicos e dois de estabilização, em Assu. Em Pau dos Ferros devem entrar em funcionamento mais 2 UTIs e 16 leitos clínicos.

O Governo também trabalha para instalar 5 UTIs e 6 leitos de retaguarda no Hospital de Santo Antônio, na região Agreste, e 6 UTIs e 10 leitos clínicos em São Pauto do Potengi, na região Central.

A subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, Alessandra Lucchesi, informa que ao sentir febre ou desconforto respiratório a pessoa dever procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para avaliação e, se for o caso, o médico vai iniciar tratamento para Covid e indicar o teste rápido ou RT-PCR, embora ela esclareça que os testes não são uma condição necessária para iniciar o tratamento.

Ela também destacou a importância de manter e ampliar o isolamento social para maior controle das infecções. "O Pacto pela Vida tem que ser adotado não só pelo Governo e prefeituras, mas por toda a população. Quanto maior o isolamento mais rápido será o fim da pandemia e a retomada das atividades normais", encerrou Alessandra Lucchesi.

Fonte: Agora RN
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“Não se deve politizar o isolamento”, diz prefeito de Macau ao falar de lockdown

Em entrevista à radio 97 FM, na manhã desta segunda-feira (8), o prefeito de Macau, Túlio Lemos, falou sobre as medidas recentes de enfrentamento à pandemia do coronavírus na cidade. No último fim de semana, o município, junto a outros dois da região Salineira do estado (Guamaré e Pendências), decretaram lockdown para tentar frear a crise sanitária. A nova determinação começou a valer na manhã de hoje.

Túlio Lemos concedeu entrevista na manhã desta segunda (8) à rádio 97 FM

“O isolamento social não estava sendo respeitado em Macau. Nós estávamos bem abaixo do ideal, com uma média de cumprimento de aproximadamente 35%, apesar das medidas de conscientização tomadas desde o início, com a circulação de carro de som nas ruas, campanhas na rádio e nas redes sociais”, disse.

O prefeito acrescentou que o isolamento é a forma mais eficaz de enfrentar a crise e que não se deve politizá-lo. “A classe política deve deixar de politizar o isolamento social e tratá-lo baseado nas orientações médicas. Até hoje, no mundo inteiro, o que se diz é: o distanciamento é a medida mais eficaz para evitar a contaminação pelo coronavírus.”

Túlio explicou que a fiscalização para o cumprimento à nova medida em Macau acontece com o apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal. O lockdown tem como objetivo evitar a circulação de pessoas nas ruas da cidade.

“Os idosos de Macau estão respeitando o isolamento social, porém, netos e filhos vão às ruas, se contaminam, e quando voltam para casa contaminam os mais velhos. Somente de sexta até ontem, nós perdemos dois idosos, na faixa de 80 a 85 anos, justamente por isso”, alertou.

Situação preocupante

A situação em Macau é preocupante. O boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura neste domingo (7) aponta que a cidade tem mais de 400 notificações relacionadas à Covid-19. São 98 casos confirmados e 4 óbitos em decorrência da infecção.

Segundo o prefeito Túlio Lemos, no sábado (6) o Hospital Antônio Ferraz, na cidade, não tinha mais leitos de enfermaria disponíveis. Para tentar resolver esse gargalho, o prefeito afirmou que será concluída, nesta segunda, a montagem de um hospital de campanha, com 20 leitos.

“Montamos o hospital de campanha para isolar casos suspeitos e impedir que pacientes sintomáticos voltem para casa. Se tiver o quadro agravado, vai para o Antônio Ferraz, que está com 4 leitos de UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), que são quase iguais, mas com uma pequena diferença, dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Estes exigem um protocolo de presença física de profissionais que nós não temos no interior. Temos médico intensivista, plantonista, mas não temos o médico específico para ficar na UTI”, explicou Túlio.

 “Na UCI, os equipamentos são capazes de estabilizar o paciente em estado muito grave para que ele possa ser removido em segurança para uma UTI em Natal ou em outra cidade”, acrescentou.

Túlio disse ainda que um hotel na Praia de Camapum servirá como centro de isolamento social para pessoas com suspeita da doença. “Nós locamos um hotel com 22 apartamentos para serem transformados em leitos. Serão usados para pacientes com suspeitas ou casos confirmados de Covid-19, mas que não estejam em estado grave”.

Outra medida adotada pela Prefeitura, é a utilização de dois caminhões com máquinas de lava-jato para pulverizar ruas, calçadas e locais de grande concentração de pessoas. A pulverização acontece por meio de um concentrado, inofensivo ao ser humano. De acordo com o prefeito, os caminhões começaram a circular pelas ruas da cidade na manhã desta segunda.

Fonte: Agora RN
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Polícia Civil fecha estabelecimentos em Natal por descumprimento de decretos

A Polícia Civil, em ação conjunta com a Polícia Militar, fechou cerca de 10 estabelecimentos em Natal, neste domingo (7), por descumprimento a normas referentes aos decretos estaduais recentes que regulamentam o funcionamento do comércio em todo o Rio Grande do Norte. As medidas foram adotadas como forma de enfrentamento à pandemia do coronavírus.

Condutores de veículos receberam orientações em Pirangi do Norte

Na capital, as ações de fiscalização aconteceram nos bairros de Brasília Teimosa, Felipe Camarão, Rocas, Planalto, Novo Horizonte e Vale Dourado. Além disso, foram realizados trabalhos integrados com a PM e o Corpo de Bombeiros na Praia do Meio, Praia dos Artistas e na Praia de Ponta Negra. Aproximadamente 50 pessoas foram notificadas durante as ações.

Em Parnamirim, na região Metropolitana, a fiscalização ocorreu em conjunto com a Secretaria Municipal de Segurança, Defesa Social e Mobilidade Urbana (Sesdem), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesad), Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Selim) e Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Semur).

Na praia de Pirangi do Norte, os policiais civis visitaram estabelecimentos comerciais, com informações sobre as determinações contidas na legislação. Houve atividades de conscientização com motoristas que trafegavam no local, os quais tiveram os veículos desinfectados, receberam máscaras e foram orientados sobre a importância do isolamento social. O delegado Marcos Geriz, diretor de Polícia Civil da Grande Natal (DPGRAN), acompanhou os trabalhos das equipes.

Delegacia móvel
Uma delegacia móvel foi instalada em Parnamirim para lavratura de procedimentos e evitar o deslocamento para as delegacias de plantão em Natal. Na capital, também funcionou a delegacia de plantão específica para ocorrências relacionadas à Covid-19, localizada no Complexo de Especializadas, na Av. Ayrton Senna, em Neópolis, a fim de evitar a sobrecarga nos plantões Zona Sul e Zona Norte.

“Nós estamos participando desta ação, para garantir o cumprimento das determinações contidas nos decretos estaduais. A Polícia Civil está trabalhando em conjunto com outros órgãos para preservar a vida das pessoas, para que elas não sejam contaminadas e para que os responsáveis pelos descumprimentos sejam devidamente identificados, orientados e responsabilizados”, destacou a delegada-geral Ana Cláudia Saraiva.

Fonte; Agora RN
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Governo decide pagar mais duas parcelas de R$ 300

O governo bateu o martelo e decidiu pagar mais duas parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial. A informação foi confirmada por fontes da equipe econômica. A extensão do programa custará R$ 51 bilhões.
Nesta segunda-feira, o governo pretende anunciar o cronograma de pagamento da terceira parcela de R$ 600. Segundo técnicos do Ministério da Cidadania, o calendário será semelhante ao da segunda parcela.

O benefício foi aprovado pelo Congresso em abril como forma de mitigar os efeitos da crise do coronavírus sobre a população mais vulnerável, principalmente trabalhadores informais. Na versão original, a ajuda federal seria de três parcelas de R$ 600, mas essa cobertura precisou ser estendida.

Para estender o programa, o governo terá que modificar a lei que instituiu o benefício. O texto prevê o valor e número de parcelas do benefício.

O formato atual do auxílio foi resultado de uma série de negociações entre o Executivo e o Legislativo. Inicialmente, a equipe econômica sugeriu pagar três parcelas de R$ 200, com base no valor médio pago a beneficiários do Bolsa Família. Parlamentares elevaram a proposta para R$ 500 e, no fim, o presidente Jair Bolsonaro acabou propondo a versão final de R$ 600.

No início da semana passada, ainda estava incerto se a prorrogação seria de duas parcelas de R$ 300 ou três parcelas de R$ 200. Agora, no entanto, ficou decidido que a primeira opção será a escolha do presidente Jair Bolsonaro.

Programa para gerar empregos
Ao mesmo tempo em que trata da extensão do auxílio emergencial, o time do ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha em um programa para gerar empregos após a crise. O plano envolve uma volta ao debate sobre mudanças na Previdência, com uma nova tentativa de emplacar no país o modelo de capitalização.

Nesse sistema, cada trabalhador é responsável por poupar para sua própria aposentadoria no futuro. Hoje, empregado e empregador contribuem para um fundo que banca os benefícios de quem já parou de trabalhar, no modelo conhecido como repartição. Essa contribuição é feita por meio de um imposto que incide sobre salários.

O plano de Guedes é que jovens, que nunca trabalharam com carteira, ingressem no mercado de trabalho já neste novo regime. Assim, seus empregadores não precisariam contribuir para a Previdência. Isso, na visão do ministro, baratearia o custo do trabalho e incentivaria o emprego formal.

A reforma previdenciária encaminhada pelo governo no início do ano passado previa essa migração para a capitalização, mas este ponto do projeto acabou sendo rejeitado pelo Congresso.

Agora, a expectativa é retomar o plano original. O governo espera que, diante dos milhões de informais que foram descobertos no programa do auxílio emergencia

Os detalhes do sistema de capitalização ainda estão sendo fechados. A ideia é que o modelo funcione em camadas. Trabalhadores até determinada faixa salarial continuariam sob o regime de repartição e, só se ultrapassassem esse limite, estariam sujeitos à repartição.

Mesmo que jovens ainda estivessem sob o regime de repartição, a mudança estrutural permitiria que seus salários fossem desonerados. A equipe econômica admite que não seria necessário compensar essa renúncia fiscal porque, não fosse o incentivo, esses trabalhadores continuariam na informalidade.

l, o clima político para aprovar projetos que busquem incentivar a formalização seja mais favorável.

Fonte: O Globo
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Blogueira e namorado foram mortos com tiros de pistolas, fuzil e espingarda, aponta laudo

A blogueira Karuel Barbosa, de 25 anos, e seu namorado, Adair Silva, de 31, foram alvejados por pelo menos quatro armas diferentes. De acordo com a perícia feita pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul no local da morte, os criminosos teriam usado no crime duas pistolas, calibres 9 mm e ponto 40, um fuzil 5.56 e uma espingarda 12. As informações são da revista Época.

© Reprodução/ Instagram

Na sala da casa de Adair, em Araricá, foram encontrados 79 estojos dessas munições. Segundo o delegado Fernando Pires Branco, da Delegacia de Polícia de Sapiranga, a principal linha de investigação é que os homicídios tenham relação com o envolvimento do rapaz com o tráfico de drogas.

“Sabemos que, depois de entrarem no imóvel, os bandidos tiveram uma breve conversa e então efetuaram os disparos. Pela brutalidade da ação, acreditamos se tratar de um possível acerto de contas”, disse o delegado. Adair já havia sido preso por porte ilegal de arma de uso restrito e de moeda falsa.

O casal foi assassinado no último dia 4. Os investigadores apontam que ao menos quatro pessoas participaram do crime. Os criminosos teriam chegado ao local por volta das 22h30min, em um carro preto, pulado a cerca do condomínio e arrombado a porta da casa.

Ainda segundo a polícia, a família da influencer afirmou que os dois namoravam há três anos, mas não moravam juntos. Ela morava em Campo Bom e o imóvel em Araricá era possivelmente alugado por Adair. Pessoas próximas ao casal serão ouvidas pelas autoridades para tentar elucidar o caso. Também serão analisadas imagens de câmeras de segurança das imediações.

Fonte: Isto É
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Mudança de divulgação ocorreu após Bolsonaro exigir número de mortes por covid abaixo de mil por dia

Mudança de divulgação ocorreu após Bolsonaro exigir número de ...A ginástica operada pelo Ministério da Saúde para manipular os dados da pandemia da covid-19 ocorreu após determinação do presidente Jair Bolsonaro para que o número de morte pelo coronavírus fique abaixo de mil por dia. Para se enquadrar no limite imposto pelo chefe do Executivo, a solução foi separar os óbitos ocorridos nas últimas 24 horas das mortes de datas anteriores, mas que só foram confirmadas naquele período. Até a semana passada, o Ministério da Saúde somava todas as mortes confirmadas em um mesmo dia, independentemente de quando ela havia ocorrido.

A estratégia do Palácio do Planalto é uma tentativa de demonstrar que não há uma escalada da doença fora de controle e, ao mesmo tempo, apontar que há um exagero da imprensa. A ideia de Bolsonaro é mostrar que o número de mortes nunca esteve acima de mil por dia, mas apenas a consolidação dos dados de pacientes que morreram em datas anteriores. O Brasil tem 37.312 óbitos e 685.427 casos confirmados da covid-19. É o segundo país em número de contaminados, e o terceiro em mortes.

O Brasil superou o número de mil mortes diárias pela primeira vez em 19 de maio. No dia 3 de junho, o país bateu recorde com o registro de 1349 óbitos em 24 horas. Foi nesta data que o governo atrasou pela primeira vez a divulgação do balanço da pandemia, que passou a ser enviado por volta das 22h. No dia seguinte, novo recorde: 1.473 óbitos e mais um atraso.

Na última sexta-feira, 5, terceiro dia seguido de atraso, o presidente se recusou a responder de quem havia partido a determinação para postergar a publicação dos dados. Na ocasião, ele disse: “Acabou matéria no Jornal Nacional”, referindo-se ao telejornal da TV Globo, o de maior audiência no país. Naquela noite, quando o Ministério da Saúde atualizou o balanço, a emissora interrompeu a programação da novela com um “plantão” para informar os números.

Na mesma sexta-feira, o portal do Ministério da Saúde com o balanço da pandemia saiu do ar. Após 19 horas, a página retornou, mas passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Os números consolidados da doença e os históricos da doença desapareceram. No domingo, 7, o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas. O erro foi corrigido nesta segunda-feira.

Nesta segunda, 8, em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, Extra, G1 e UOL decidiram formar uma parceria e trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias nos 26 Estados e no Distrito Federal. O balanço diário será fechado às 20h.

Após a repercussão negativa das restrições de acesso às informações da pandemia, a avaliação do governo é que a equipe do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello executou mal a determinação do presidente. A ordem agora é ajustar a divulgação dos dados para demonstrar que foi um erro e não uma falta de transparência.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro minimiza o impacto da crise sanitária. O presidente defende o fim do isolamento social e quer a retomada das atividades econômicas. Apesar da curva ainda em ascensão da doença, ele já pediu para empresários para que pressionem governadores pela extinção da quarentena.

Pressão para maquiar dados
O secretário-executivo da Saúde, coronel Elcio Franco Filho, enviou para a sua equipe vídeo do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan e defensor do presidente Bolsonaro, afirmando que “não condiz com a realidade” informar que mais de mil mortes pela covid-19 foram confirmadas num único dia. A distribuição do vídeo foi noticiada pelo jornal Valor Econômico e confirmada pelo Estadão.

No vídeo usado como exemplo para alterar a forma de divulgação do boletim da covid-19, Hang ainda afirma, sem apresentar dados, que os “hospitais estão vazios”. O empresário diz que havia sido informado pelo deputado federal Osmar Terra (MDB) sobre suposta falha na divulgação dos dados da covid-19. Terra tem atuado como conselheiro do presidente Jair Bolsonaro e do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre a doença.

O número de vítimas pelo novo coronavírus confirmadas de um dia para o outro, de fato, não significa que todas as mortes ocorreram neste período. Os dados consideram investigações de óbitos que só foram encerradas nas últimas 24h, mas podem ter acontecido semanas antes.

Segundo balanço da última quinta-feira, 4, do Ministério da Saúde, o dia com maior número de mortes (670) pela covid-19 no Brasil foi 12 de maio. Para técnicos da pasta, porém, não é correto afirmar que se trata do pico da doença, pois há mais de 4 mil mortes em análise.

Como o Estadão, revelou, informes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviados ao Palácio do Planalto e a ministros alertam para alta subnotificação de infectados e mortos no Brasil. “A participação do Brasil torna-se mais significativa se for considerado que o País tem 10 a 15 vezes menos testes diagnósticos realizados por milhão de habitantes que os demais (países) e, portanto, é provável que os números brasileiros estejam subestimados e sejam de maior proporção do que os apresentados”, afirma relatório de 12 de maio.

Fonte: Estadão
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Brasil é destaque no mundo por esconder dados de mortes por covid-19

A decisão do Ministério da Saúde de mudar a forma de divulgar os dados sobre a covid-19 no Brasil gerou repercussão internacional, com os principais jornais do mundo destacando negativamente as mudanças.

Jornal britânico The Guardian disse que governo brasileiro foi acusado de `totalitarismo e censura` ao mudar metodologia de números de covid-19
© Reprodução/Guardian Jornal britânico The Guardian disse que governo brasileiro foi acusado de `totalitarismo e censura` ao mudar metodologia de números de covid-19

Com o título "Bolsonaro esconde número de mortes e total de casos por coronavírus no Brasil", o jornal britânico The Guardian chamou a iniciativa do governo brasileiro de "movimento extraordinário que os críticos chamam de tentativa de esconder o verdadeiro número de vítimas da doença".

A reportagem, publicada na versão eletrônica do diário no domingo (7 de junho), lembra que a decisão ocorre "após meses de críticas de especialistas que dizem que as estatísticas do Brasil são terrivelmente deficientes e, em alguns casos, manipuladas, o que significa que talvez nunca seja possível obter uma compreensão real da profundidade da pandemia no país".

No fim do dia, o Guardian publicou nova reportagem, dessa vez com o título "Brasil deixa de divulgar número de mortos por Covid-19 e apaga dados do site oficial". Nela, o repórter Dom Phillips, correspondente do jornal no Rio de Janeiro, ressalta que o governo brasileiro foi acusado de "totalitarismo e censura" pela nova metodologia.

"Brasil acusado de ocultar dados sobre crise de coronavírus" foi a manchete do também britânico Financial Times. O jornal descreve Bolsonaro como "presidente de extrema direita", que "há muito tempo é acusado de subestimar a gravidade do surto, levando ao despedimento de um ministro da saúde e à demissão de outro, e à nomeação de um general sem experiência em saúde pública para substituí-los".

O americano The Washington Post foi na mesma linha, com a manchete "À medida que as mortes por coronavírus no Brasil aumentam, Bolsonaro limita a divulgação de dados". De acordo com o jornal, um dos mais influentes dos Estados Unidos, "a retirada repentina dos dados acumulados provocou uma avalanche de críticas quando as pessoas nas cidades retornaram às suas varandas para bater em panelas e detratores sugeriram que o governo federal estava tentando ocultar a gravidade de uma crise de saúde pública que pouco fez para resolver".

Já a rede de TV americana ABC News reproduziu texto da agência internacional de notícias Associated Press dizendo que o Brasil eliminou dados do total de mortos pela Covid-19 e deixou especialistas perplexos.

Influente no mundo árabe, a emissora Al Jazeera publicou reportagem em seu site com o título "Brasil deixa de publicar números de coronavírus".

Balanços incompletos
Desde a última sexta-feira, o governo passou a informar somente o número de casos e mortos registrados nas últimas 24 horas (e não o total), omitindo do site informações do acumulado de casos, além do detalhamento por Estados.

Mas, após forte pressão de políticos, especialistas e integrantes do Judiciário, deu sinais de recuo e prometeu retomar a divulgação detalhada do impacto da doença.

O Ministério Público Federal chegou a instaurar procedimento para averiguar o caso e deu um prazo de 72 horas para que o ministro interino, Eduardo Pazuello, apresentasse explicações.

Na noite de domingo, o Ministério da Saúde divulgou duas notas informando que está finalizando uma plataforma com números detalhados da pandemia.

Na última delas, a pasta voltou a falar em problemas técnicos e se comprometeu a divulgar os dados tendo como base a data da morte e não a data em que se confirmou que a pessoa morreu por coronavírus registrada pelas autoridades.

Até então, o balanço incluía todas as mortes cuja confirmação da doença havia ocorrido nas 24 horas anteriores, ou seja, abrangia também casos de óbitos antigos, cuja confirmação de infecção do novo coronavírus apenas se deu dentro desse prazo.

O Ministério da Saúde também informou que vai deixar acessível para consulta o acumulado de casos, após preocupações de que aqueles cuja confirmação atrasasse sumissem dos registros oficiais.

Segundo o governo, a nova plataforma vai mostrar dados do Brasil, de regiões, Estados, capitais e regiões metropolitanas "com os respectivos gráficos de evolução diária dos novos registros".

Essa página interativa seria colocada no ar nos próximos dias, acrescentou o Ministério da Saúde no domingo.

"O Ministério da Saúde está finalizando a adequação da divulgação e ferramentas de informação sobre casos e óbitos de Covid-19. Neste domingo (7), poderão ser conferidos os extratos da plataforma em desenvolvimento referentes ao Brasil, regiões nacionais, estados, capitais/regiões metropolitanas, com os respectivos gráficos de evolução diária dos novos registros", disse o órgão, em nota.

O comunicado acrescenta que "o objetivo é que, nos próximos dias, estejam disponíveis em uma página interativa que possa trazer os resultados desejados pelo usuário. Assim, será possível acompanhar com maior precisão a dinâmica da doença no país e ajustar as ações do poder público diante a cada momento da resposta brasileira à doença".

Brasil tem 3º maior número de mortos por covid-19 no mundo
© Reuters Brasil tem 3º maior número de mortos por covid-19 no mundo

Apesar disso, não houve informações sobre o horário em que as atualizações diárias vão ocorrer. Nos últimos dias, os números atualizados passaram a ser divulgados por volta das 22h, em vez de no fim da tarde.

Após a decisão do governo de mudar a forma de divulgados os dados da covid-19, o Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) elaborou um painel próprio de informações, reunindo dados de contaminados e de óbitos em contagem paralela à do governo federal.

Confusão
Em meio à polêmica, dois dados divergentes foram divulgados em um intervalo de poucas horas no domingo.

Por volta de 20h30, o primeiro balanço do Ministério da Saúde informava que 1.382 mortes haviam sido registradas nas últimas 24 horas. O número seria um recorde para domingo, dia da semana normalmente com menos confirmações de casos.

Uma hora e meia depois, por volta das 22h, o número de óbitos confirmados caiu para 525, o que poderia indicar que a nova metodologia já estaria sendo usada.

O total de casos confirmados nas últimas 24 horas também apresentou discrepâncias. O primeiro número divulgado contabilizava 12.581 casos. O segundo, por sua vez, registrava 18.912 casos.

O Ministério da Saúde não apresentou explicações para a divergência entre os números.

Fonte: BBC News
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'Estão começando a colocar as mangas de fora', diz Bolsonaro sobre manifestações

O presidente Jair Bolsonaro avaliou nesta segunda-feira, 8, que as manifestações contrárias ao governo são "o grande problema do momento" para ele. "Estão começando a colocar as mangas de fora", disse o presidente a apoiadores, no Palácio da Alvorada, no início da manhã. E afirmou: "A gente vai arrumando as coisas devagar", a começar pela primeira indicação que fará ao Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro deste ano.

O presidente da República, Jair Bolsonaro. 
© Dida Sampaio / Estadão O presidente da República, Jair Bolsonaro. 

"Como eu peguei esse País? Vocês têm razão no que pleiteiam e no que falam. Eu peguei um câncer em tudo o que é lugar. Um médico não pode de uma hora para outra resolver esse problema todo. O grande problema do momento é isso que vocês estão vendo aí um pouco na rua ontem, (eles) estão começando a colocar as mangas de fora", disse.

Bolsonaro afirmou que existe "muito interesse" no País e, por isso, na visão do presidente, há uma "doutrinação em cima do Brasil, uma massificação, cada vez mais formando militantes". "Eu vou indicar o primeiro ministro do STF agora em novembro. O primeiro. A gente vai arrumando as coisas devagar aqui", declarou na sequência, em referência ao fato de que o decano da Corte, Celso de Mello, vai se aposentar.

Apesar das críticas ao movimento contrário ao governo, Bolsonaro afirmou que "não era o caso" de os seus apoiadores irem para as ruas na mesma data. E repetiu, como fez na semana passada, que não coordena os movimentos.

Ao menos onze Estados e o DF registram atos contra o governo ontem. Classificados por Bolsonaro na semana passada como “marginais” e “terroristas”, os manifestantes fizeram atos foram majoritariamente pacíficos. A adesão foi maior em São Paulo, onde também houve panelaços e buzinaços contra o presidente.

Assim como fez nas redes sociais, o presidente também voltou a tentar colocar a responsabilidade pelas ações de combate ao coronavírus nos governadores, embora o governo federal não esteja isento de tomar medidas. "O Supremo deu todo o poder para (os governadores) gerirem esse tipo de problema, eu apenas injeto bilhões nas mãos deles. E alguns ainda desviam. Alguns", disse Bolsonaro.

Fonte: Estadão
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Emparn prevê chuvas nas madrugadas e início das manhãs em Natal e região

O litoral do Leste do Rio Grande do Norte, onde está situada a capital, Natal, deve ter chuvas durante a madrugada e início da manhã nesta semana. A informação é da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn).

Emparn prevê chuvas nas madrugadas e início das manhãs em Natal e região — Foto: Pedro Vitorino/Cedida
Emparn prevê chuvas nas madrugadas e início das manhãs em Natal e região — Foto: Pedro Vitorino/Cedida

No interior, pancadas isoladas devem ocorrer nas regiões serranas, no Vale do Rio Piranhas e região de Mossoró, ainda segundo a Emparn.

A Empresa de Pesquisa diz que as temperaturas devem variar entre 22°C e a máxima de 29°C no litoral e no interior. Já nas áreas serranas a previsão é de que fique entre 20°C a 28°C. Nas demais regiões, como Seridó e na região de Mossoró, Pau dos Ferros, não deve ultrapassar os 34°.

No final de semana passado, houve chuva em quase todas as regiões do estado potiguar, ainda de acordo com a Emparn, com maior concentração no litoral Leste, nos municípios que formam a Região Metropolitana de Natal.

Previsão completa
08/06/20-segunda-feira- Predominância de céu parcialmente nublado a claro com pancadas de chuvas fracas ao longo da faixa litorânea Leste e no Agreste. No interior haverá predominância de céu parcialmente nublado a claro com algumas pancadas de chuvas nas regiões do Seridó, Vale do Assú, Médio e Alto Oeste.


09/06/20- terça-feira- Mantem-se a condição de nebulosidade variável no Leste e Agreste do Estado com ocorrência de chuvas. No interior haverá predominância de céu parcialmente nublado a claro com algumas pancadas de chuvas isoladas.

10/06/20-quarta-feira- Pancadas de chuvas sobre o litoral Leste, mais concentradas no Litoral Sul. No interior haverá predominância de céu parcialmente nublado a claro com algumas pancadas de chuvas isoladas.

11/06/20-quinta-feira- Aumentam as condições de chuvas no Litoral e Agreste, com predominância de céu parcialmente nublado. No interior haverá predominância de céu parcialmente nublado a claro.

12/06/20-sexta-feira- As chuvas continuarão ocorrendo sobre o Leste e Agreste, aonde haverá predominância de céu parcialmente nublado. No interior haverá predominância de céu parcialmente nublado a claro com algumas pancadas de chuvas no Oeste.

13/06/20- sábado- As pancadas de chuvas se concentrarão mais no Litoral Nordeste (Região de Touros), e o restante do litoral Leste predominará céu parcialmente nublado a claro com pancadas de chuvas fracas e isoladas. No interior haverá predominância de céu parcialmente nublado a claro com algumas pancadas de chuvas.

14/06/20- domingo- Aumenta a condição de chuva no Litoral leste do estado, quando haverá predominância de céu nublado a claro com pancadas de chuvas. No interior haverá predominância de céu parcialmente nublado a claro com algumas pancadas de chuvas.

Fonte: G1
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Sesap anuncia abertura de 63 leitos de UTI para pacientes de Covid-19 nos próximos 15 dias no RN

Com 219 leitos de UTI registrados no sistema para casos graves de pacientes com coronavírus, o Rio Grande do Norte registrava uma ocupação de praticamente 100% em três das quatro regiões de saúde no início da tarde desta segunda-feira (8). Mesmo com apenas 170 leitos estando efeticamente ocupados, o sistema tinha 38 unidades "bloqueadas" por problemas como falta de recursos humanos ou manutenção.

Hospital João Machado deverá receber 25 leitos de UTI, segundo a Sesap (arquivo). — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Hospital João Machado deverá receber 25 leitos de UTI, segundo a Sesap (arquivo). — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

Às 13h46, o sistema Regula RN apontava que havia 50 pessoas nas prioridades 1 e 2, ou seja, que precisam ser transferidas para leitos críticos. Sete hospitais operavam com todos os leitos ocupados. Em resposta à alta demanda por leitos críticos, a Secretaria de Saúde do Estado anunciou no início da tarde que deverá abrir 63 leitos de UTI nos próximos 15 dias. No mesmo período, ainda devem ser aberto 50 leitos clínicos e dois de estabilização.

O anúncio foi feito pela subcoordenadora de vigilância epidemiológica, Alessandra Luchesi, durante a entrevista coletiva realizada diariamente pela Sesap. Ela ainda afirmou que cinco UTIs foram abertas no fim de semana em Caicó no Seridó potiguar. Essa, inclusive, era a região com maior tranquilidade nesta segunda (8), com menos de 70% de ocupação. Veja a distribuição:


Natal - 25 leitos de UTI e 10 clínicos (Hospital João Machado),
Mossoró - 15 leitos de UTI
Macaíba - 10 leitos de UTI e 5 clínicos
Pau dos Ferros - 2 leitos de UTI e 16 clínicos
Santo Antonio - 5 leitos de UTI e 6 leitos de retaguarda
São Paulo do Potengi - 6 leitos de UTI e 10 clínicos
Assú (região de Mossoró) - 3 leitos clínicos e 2 de estabilização
De acordo com Alessandra, o estado ainda está em fase de crescimento dos números de casos e óbitos. "Temos percebido o número da taxa de internações, como consequência da taxa de contaminação, o que reforça a importância da população ficar em casa, no pacto pela vida. Quanto mais a gente conseguir adesão ao isolamento social, mais rapidamente a gente poderá passar por esse enfrentamento e retornar nossas atividades com segurança", disse.

De acordo com ela, a abertura dos novos leitos será gradativa. Até a próxima quarta (10), por exemplo, cinco leitos deverão ser abertos em Mossoró.

De acordo com a Sesap, nesta segunda-feira o estado tem 664 pacientes de Covid-19 internados nas redes pública e privada de Saúde. 340 estão em leitos críticos e 324 em leitos clínicos.

Fonte: G1
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Vinte funcionários da Petrobras testam positivo para Covid-19 em 10 dias no Pólo Guamaré, diz sindicato

Em um espaço de 10 dias, pelo menos 20 funcionários diretos da Petrobras foram diagnosticados com Covid-19 no Pólo Guamaré, na região da Costa Branca do Rio Grande do Norte. A maior parte deles, 16, foi somente na semana passada. A informação foi confirmada ao G1 pelo Sindipetro - o sindicato que representa os trabalhadores.

Funcionários trabalham em manutenção de unidade de tratamento da Petrobras no pólo de Guamaré (Arquivo) — Foto: Igor Jácome/G1
Funcionários trabalham em manutenção de unidade de tratamento da Petrobras no pólo de Guamaré (Arquivo) — Foto: Igor Jácome/G1

Entre os testados positivos, 16 petroleiros que apresentaram sintomas menos graves e estão em tratamento, cumprindo quarentena em um hotel de Mossoró, no Oeste potiguar. Outros quatro foram transferidos para Natal, para atendimento médico mais especializado, inclusive internação, segundo o sindicato.

"Foi um susto, esse caso do ativo industrial de Guamaré, pela velocidade e quantidade de pessoas confirmadas. 80% dos casos foi em uma semana, um surto", afirmou o presidente do sindicato, Ivis Corsino.

Para ele, a situação pode ser ainda mais grave, porque o sindicato afirma que apenas os trabalhadores diretos estão sendo testados, embora dividam espaços de trabalho com terceirizados. Ivis afirmou que a categoria quer que sejam realizados testes rápidos em todos os funcionários ao chegarem nas unidades da empresa.

Em Guamaré, por exemplo, os alojamentos dos funcionários são compartilhados. Enquanto um trabalhador está no turno diurno, o quarto é ocupado por um funcionário que irá trabalhar no turno noturno.


Em nota, a Petrobras afirmou que testa todos os funcionários próprios e das empresas contratadas e disse que atualmente a companhia tem 217 empregados próprios com confirmação para Covid-19 e em tratamento, dentre os seus mais de 46.500 empregados.

"Todos são monitorados por equipes de saúde da Petrobras e a companhia atua junto às empresas prestadoras de serviços para que também monitorem seus colaboradores", afirmou. A estatal ainda afirmou que não houve impacto na produção.

A empresa também afirmou que está investindo mais de R$ 30 milhões em ações de saúde e prevenção para seus colaboradores, desde a adoção do teletrabalho para as funções administrativas e pessoas no grupo de risco - há 30 mil pessoas trabalhando em casa - até a testagem de todos os colaboradores com suspeita, com testes padrão ouro (RT-PCR).

"A companhia também adota os testes rápidos, que identificam anticorpos, antes do embarque para unidades com confinamento e em outras situações operacionais. Foram mais de 26 mil testes realizados (até 5 de junho)".

Em uma semana, entre os sábados 30 de maio e 6 de junho, o município de Guamaré, onde o pólo fica localizado, registrou um aumento de 67% no número de casos confirmados, passando de 46 para 77. O número de mortes quadruplicou. Era apenas uma e agora são 4, conforme os dados dos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap).

Até este domingo (7), o estado registrou 9.452 casos confirmados de Covid-19 e 424 mortes pela doença.

Fonte: G1
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31% da população do RN recebeu auxílio emergencial; cidade tem mais beneficiários que habitantes estimados pelo IBGE

O governo federal pagou a primeira parcela do auxílio emergencial criado durante a pandemia do novo coronavírus a 1.102.658 potiguares, que representam 31% da população do estado estimada pelo IBGE em 3,5 milhões de habitantes. Na região do Alto Oeste potiguar, o município de Severiano Melo teve mais beneficiários que o número de moradores calculado pelo IBGE. Foram 2.658 benefícios, enquanto a cidade teria 2.440 habitantes.

Auxílio emergencial foi criado durante crise provocada pela pandemia do novo coronavírus — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Auxílio emergencial foi criado durante crise provocada pela pandemia do novo coronavírus — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os dados são de um levantamento feito pelo G1 a partir de um cruzamento da base de dados de pagamentos do auxílio, disponível no Portal da Transparência desde quinta (4), e a mais recente estimativa populacional do IBGE dos municípios (de 2019). 1/4 dos habitantes de 3.547 dos 5.570 municípios do Brasil recebeu o benefício. A primeira parcela de R$ 600 (ou R$ 1.200 para mães solteiras) foi paga a 48,7 milhões de pessoas em abril e 5,19 milhões em maio.

Com mais beneficiários que moradores estimados, Severiano liderou a lista de cidades brasileiras com maior percentual de benefícios em relação à população, com 109%. Os moradores receberam, em média, R$ 718. Em segundo lugar, Maetinga (BA) tem população estimada em 3.161 habitantes e registrou2.929 benefícios (93%).

Porém, para a secretária de Desenvolvimento e Assistência Social de Severiano Melo, Antônia Morais de Freitas, há uma justificativa para a discrepância. De acordo com ela, o município conta com áreas de litígio (disputa) territorial com outros municípios. Seriam sítios e comunidades cujas pessoas se identificam como de Severiano Melo e são atendidas pelo município, mas nos mapas pertencem a municípios vizinhos, como Itaú e Apodi.

"A Secretaria de Saúde, que tem todas as famílias cadastradas aponta que a gente tem quase 10 mil habitantes, e não 2,4 mil como diz o IBGE. Isso inclusive já foi pauta de reuniões nossa com eles, para se trabalhar isso no próximo recenseamento. É a causa dessa disparidade", afirmou.

O percentual de 31% da população beneficiada no Rio Grande do Norte foi uma tendência entre estados do Norte e Nordeste. O maior percentual foi o do Piauí, com 35%. Já os estados da região Sul tiveram o menor percentual de beneficiários, com 16% em Santa Catarina e 18% no Rio Grande do Sul.

Na capital do estado, Natal, 219.430 pessoas receberam a primeira parcela do benefício - o número representa 25% da população estimada para a cidade, de 884.122 pessoas. Em média, foram pagos R$ 727 para cada beneficiário.

Fonte: G1
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Filhos e netos fazem cortina de plástico para abraçar idosa aniversariante no RN

Sem poder abraçar dona Lindalva Mariano Nunes, de 68 anos, desde março, quando foi confirmada a chegada da Covid-19 ao Rio Grande do Norte e começaram a valer as medidas de isolamento social, a família resolveu não deixar passar o aniversário da agricultora aposentada em branco e criou uma cortina de plástico para poder abraçá-la mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.

Filhos e netos fazem cortina de plástico para abraçar idosa aniversariante no RN — Foto: Cedida
Filhos e netos fazem cortina de plástico para abraçar idosa aniversariante no RN — Foto: Cedida

A cena inusitada foi filmada em Mossoró, no Oeste potiguar, neste sábado (6). Segundo uma das filhas, Mara Mariano Nunes, de 44 anos, a ideia surgiu ao longo da semana.

"Estamos há quase quatro meses sem abraçá-la, sem entrar na casa dela. Quando precisamos resolver alguma coisa, só vamos até a calçada, nos falamos de longe. Então minha irmã Matilde viu uma cortina parecida na internet e deu a ideia de fazermos também", conta.

O material plástico foi colado no portão da casa em que dona Lindalva mora há 41 anos, no bairro Abolição III. Na cortina, ainda foram instalados espaços para que ela pudesse colocar os braços e abraçar os filhos e netos. Dos seis filhos vivos, apenas uma mora com ela.

De acordo com Mara, a mãe pediu para não comemorarem seu aniversário por causa da pandemia, disse que "não queria nada para ela". Os filhos, então, desistiram de fazer um bolo, mas resolveram ir de carro até a frente de sua casa, levar rosas e realizar a surpresa para ela.


"Foi muito emocionante. Somos uma família muito unida e estávamos há tanto tempo sem abraço. Desde que meu pai faleceu, há 13 anos, ela é nosso pai e mãe. Escuta, aconselha a gente. Também perdemos um irmão há nove meses e ela ficou muito abalada", conta a filha.

A idosa se emocionou e chorou com a surpresa da família, que espera o fim da pandemia para se reencontrar reunida na casa da matriarca.

Fonte: G1
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Ocupação de leitos críticos para tratamento da Covid-19 chega a 100% no Oeste do RN; Grande Natal está 98% lotada

A região Oeste do Rio Grande do Norte está com 100% de ocupação nos leitos críticos de tratamento da Covid-19 na rede pública. Na Grande Natal, as unidades também estão atuando no limite da capacidade, com 98% de lotação. Em todo o estado, 57 pessoas aguardam um leito de UTI ou UCI com urgência.

Os dados são do portal RegulaRN da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) em parceria com o Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal (LAIS/UFRN). A plataforma é atualizada em tempo real. A consulta para esta reportagem foi feita às 8h03 desta segunda-feira (8).

Captura de tela do portal RegulaRN — Foto: Reprodução
Captura de tela do portal RegulaRN — Foto: Reprodução

Ao todo, o RN tem 219 leitos críticos para pacientes com o novo coronavírus. Esses leitos podem ser de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), destinados a pacientes graves, ou de Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), que pode ser entendido como um meio-termo entre as etapas de internação e terapia intensiva.

Além das 57 pessoas que esperam leito de UTI, outros 61 pacientes estão na fila por um leito de tratamento da Covid-19 de menor complexidade. No total, a fila tem 118 pessoas aguardando leitos no Rio Grande do Norte.

Dos 15 leitos ainda disponíveis, 13 estão no Hospital Regional do Seridó e dois em Natal. As vagas estão sendo reguladas conforme protocolos operacionais e obedecem aspectos para a transferência segura em uma ambulância adequada, segundo a Sesap.

Cerca de 16% dos leitos estão bloqueados no RN. Esse bloqueio acontece por causa da falta de monitores ou respiradores, falta de profissionais para acompanhar os pacientes e principalmente pela desinfecção dos leitos. A desinfecção de um leito que foi ocupado por um paciente com Covid-19 é necessária para evitar a propagação do contágio. Esse processo pode demorar até uma hora.

Fonte: G1
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Ministério detalha erro que incluiu 857 mortes em balanço da Covid e reafirma 525 óbitos no domingo

O Ministério da Saúde afirmou nesta segunda-feira (8) que "corrigiu duplicações" e que os números corretos do boletim de domingo (7) são:

525 óbitos novos (total é 36.455)
18.912 casos confirmados (total é 691.758)
Erro no cálculo de mortes
No domingo, o primeiro primeiro balanço divulgado apontava 1.382 mortes. Segundo o ministério, houve um erro na contabilização das mortes em Roraima (RR): a soma apontava 762 óbitos, sendo que o correto seriam 139. Somente por causa do erro em RR, foram incluídas 623 mortes a mais no balanço.

Mas, segundo uma tabela divulgada pelo ministério (abaixo), é possível verificar que, além de RR, outros 24 estados tiveram erros corrigidos na tabela. As "duplicações" somavam outros 234 óbitos ao balanço. Apenas Distrito Federal e Mato Grosso do Sul não precisaram de ajustes.

Comparativo de casos e mortes divulgados em 7-6-20 pelo Ministério da Saúde — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde
Comparativo de casos e mortes divulgados em 7-6-20 pelo Ministério da Saúde — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Erro também nos casos confirmados
O número de casos informados no domingo também passou por correção. O primeiro balanço indicava 12.581 casos, levando o total de casos confirmados para 685.427. A pasta explicou que também ocorreu um engano com relação aos registros do Ceará: foram divulgados 62.303 casos, mas com a atualização foram para 64.271.


"O Ministério da Saúde informa que corrigiu duplicações e atualizou os dados divulgados sobre casos e óbitos por COVID-19 no último domingo (7), às 20h37. Em especial, podem ser citadas a situação de Roraima, em que haviam sido publicados 762 óbitos e, após verificação do Ministério da Saúde, o número foi consolidado em 142. Outra situação corrigida foi em relação ao número de casos confirmados no Ceará, que passou de 62.303 para 64.271 após atualização", diz a nota enviada no início da tarde desta segunda.

"Assim, o último boletim de 24h deve ser considerado 18.912 casos e 525 óbitos novos. O total de casos no país é de 691.758 e de óbitos 36.455 ao longo da pandemia. O número de recuperados soma 283.952 pacientes e outros 371.351 estão em acompanhamento médico".
Erro percebido ainda no domingo
O erro do Ministério da Saúde foi percebido ainda no domingo. Isso porque, depois de divulgado o primeiro balanço, a própria pasta informou novos números da doença. O painel do ministério que acompanha a evolução da doença aponta para 525 mortes em 24 horas e 18.912 casos a mais.

Primeiro balanço do coronavírus divulgado no domingo (7) — Foto: Reprodução
Segundo balanço do coronavírus divulgado no domingo (7) — Foto: Reprodução

Nova divulgação
Desde sexta-feira, o ministério mudou a forma de divulgação dos indicadores do coronavírus, deixando de apresentar alguns dados consolidados.

No sábado, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que o governo passou a adotar uma nova sistemática para prestar informações sobre o coronavírus.

Uma das mudanças é que o boletim diário do ministério, divulgado a partir de sexta, traz apenas o número de recuperados, novos casos e mortes registrados nas últimas 24h. Antes, o quadro apresentava também os números totais, registrados desde o início da pandemia.

Outra alteração é que o boletim passou a ser divulgado pelo ministério por volta das 22h. Inicialmente, essa divulgação ocorria às 17h – depois, passou para 19h.

A divulgação às 22h começou nos últimos dias sem que o Ministério da Saúde desse uma justificativa para o atraso.

Além disso, o portal do governo federal que traz os números da pandemia no Brasil saiu do ar na noite desta sexta. Ao ser acessada, a página apresentava apenas a mensagem "Portal em Manutenção." Ela voltou por volta das 17h deste sábado.

No entanto, o portal retornou reformulado e com dados ínfimos, se comparado à versão anterior. Não há, por exemplo, informações detalhadas sobre cada estado – nem o total acumulado de contágios e de mortes. Ou seja, ficou igual ao boletim que o ministério passou a divulgar.

Fonte: G1
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