terça-feira, julho 26, 2022

RN tem 147 pacientes com problemas vasculares à espera de atendimento

Há duas semanas, Luísa Cipriana dos Santos, de 57 anos, vem sofrendo os efeitos mais críticos da diabetes e corre o risco de amputar a segunda perna por causa da doença, enquanto aguarda atendimento em uma fila que não tem perspectiva de acabar. Ao todo, incluindo Luísa, 147 pacientes estão na espera por um procedimento vascular na rede pública do Estado. A unidade referência, o Hospital Central Coronel Pedro Germano (Hospital da PM), está operando com sua capacidade máxima, que gira em torno de 25 a 30 leitos vasculares.


Além do Hospital da PM, há atendimentos no Onofre Lopes e no João Machado


De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap),  a fila de 147 pessoas corresponde a nove demandas judiciais e outras 138 pessoas da fila regular (71 homens e 67 mulheres). Além da unidade referência com capacidade para cirurgias e internações, o Estado também faz intervenções no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). A rede estadual conta ainda com 30 leitos de retaguarda no Hospital Geral Dr. João Machado para os pacientes que passaram por algum procedimento e necessitam de cuidados pós-operatórios.


Uma das pacientes na fila do Hospital da Polícia Militar é Luísa dos Santos, moradora de Santa Cruz, cidade localizada na Borborema potiguar, a 119 quilômetros de Natal. Com boa parte do pé esquerdo em estado de necrose por causa de uma infecção – popularmente conhecida como pé diabético – ela foi encaminhada ao Hospital da PM no último dia 12, mas esbarrou na longa fila de espera e voltou para casa, em Santa Cruz.


O problema deu sinais de gravidade há três meses, com o surgimento de uma pequena ferida no pé, diz José Leonilson, esposo de Luísa. “A gente já sabia porque há quatro anos ela já tinha amputado uma perna. Fomos no hospital regional daqui, ela ficou internada, os médicos olharam e disseram que ela estava no sistema para ser transferida para o hospital da polícia. Só que depois de dez dias, ela teve alta e nós voltamos para casa”, lembra Leonilson.


Já em casa, a situação piorou quando os dedos do pé começaram a escurecer, diz Leonilson. O casal procurou ajuda em um posto de saúde e um médico atendeu Luísa em casa. “Ele veio aqui justamente porque ela tem muita dificuldade de se locomover. Os dedos do pé dela já estão pretos. Ele disse que os tecidos já estavam bem comprometidos e que era caso de amputação e nos transferiu para o Hospital da PM. Tivemos que fretar uma lotação e levar ela para Natal. Chegando lá, o cirurgião disse que era mesmo caso de amputação, mas que não tinha vaga e mandou a gente para casa”, relata.


Diretora do Hospital diz que média de internação é de 14 dias


Luísa retornou para Santa Cruz, onde ficou sob os cuidados de Leonilson, que precisou deixar o trabalho de cozinheiro para se dedicar a esposa. No sábado (23), Luísa voltou a ser internada no Hospital Regional de Santa Cruz, onde permanece até hoje, mas ainda sem resposta de quando fará a cirurgia no Hospital da PM. “A gente continua na espera e vou ver se a gente entra na Justiça. Ela sente dores 24 horas por dia, não dorme direito, não come direito. É um sofrimento grande e o medo é que a gente tenha que amputar a perna toda porque a necrose é muito rápida”, acrescenta Leonilson.


Como medida para tentar amenizar a espera dos pacientes, o titular da Sesap Cipriano Maia diz que o Estado está em processo de estruturação de uma rede de atenção ao paciente vascular em todas as regiões, a começar pela 2º, no Oeste do RN. A estimativa é de que nos próximos 30 dias, uma ala vascular seja aberta no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró, com “escala de cirurgião vascular para atender as emergências”, segundo Cipriano.


A secretária adjunta da Sesap Lyane Ramalho acrescenta que a ideia é atender toda a região Oeste do Estado e, desta forma, dar vazão à fila do Hospital da PM. “Efetivamente teremos a abertura da escala 24 horas de cirurgias vasculares, de forma que a gente vai fazer com que a demanda da região Oeste fique na região Oeste. Virão para cá [Natal], somente os casos que a gente não consiga, dentro da complexidade, resolver lá. No máximo, em 30 dias, ela estará funcionando”, afirma a gestora.


Maia diz ainda que a oferta para atendimento vascular deverá ser ampliada nos próximos seis meses. “Vamos avançar para ampliar as cirurgias na área vascular. Inclusive, a gente começou isso no Santa Catarina, mas depois teve uma descontinuidade, e ampliamos também a capacidade de diagnóstico. O HUOL [Hospital Universitário Onofre Lopes] está dando uma resposta bem melhor. Temos esse plano delineado para qualificar os profissionais da primária para melhorar a atenção, inclusive com o exame do pé”, comenta o secretário.


A carência na atenção primária nos municípios e a falta de prevenção da população são as principais justificativas para alta demanda de atendimentos vasculares, diz a coronel Ana Helena Garcia, diretora do Hospital da PM. “A assistência primária do paciente, do controle do diabetes, da pressão alta, do controle sistêmico, isso tem que acontecer lá atrás para que isso que está acontecendo aqui agora não aconteça mais”, comenta.


Fechamento do Ruy Pereira


Há pouco mais de um ano, em março de 2021, o Governo do Rio Grande do Norte desocupou o prédio onde funcionava o Hospital Estadual Dr. Ruy Pereira dos Santos, até então a referência vascular, que funcionava no bairro de Petrópolis, em Natal. Mesmo com o fechamento, não houve prejuízo nos atendimentos, garante a Sesap. Todos os pacientes foram transferidos para o Hospital da Polícia e para o João Machado. “Pelo contrário, tivemos uma melhoria na assistência e os números comprovam isso”, diz Cipriano Maia.


De acordo com a pasta, a média mensal de consultas no Ruy Pereira era de 150, número que subiu para 250 atualmente. Em relação aos procedimentos cirúrgicos, a Sesap também diz que houve melhora nos índices. Hoje, o Hospital da PM faz entre 120 a 160 procedimentos, enquanto que no antigo Ruy Pereira essa taxa oscilava entre 120 a 130 cirurgias. “Esse é um discurso político e eleitoreiro [de que fechamento do Ruy Pereira trouxe prejuízos para a saúde] porque a capacidade que a gente tinha no Ruy melhorou no Hospital da Polícia”, afirma o gestor.


“Um fator apontado como favorável à melhoria assistencial é a capacidade instalada, em especial a de apoio ao diagnóstico. O Hospital da PM dispõe de tomografia, ultrassonografia, ecocardiograma, entre outros exames importantes para o diagnóstico e tratamento, o que pôs fim ao deslocamento de pacientes para realização de exames em outros locais”, diz a Sesap.


A tenente-coronel Edilma Fernandes, que atua no Hospital da Polícia Militar, endossa a melhoria. “É importante registrar que o hospital deu um suporte muito superior ao que vinha acontecendo no Ruy. A quantidade de cirurgias realizadas, quando o Ruy veio para cá, foi avaliado um ano porque a gente tem esse contrato, e o hospital foi aplaudido pela agilidade. Por mais que não aparente ser porque hoje temos essa fila, mas vai aparecer mais e sempre vai crescer por isso”, complementa Fernandes.


A diretora do Hospital da PM, coronel Ana Helena Garcia, afirma ainda que o próprio perfil dos doentes vasculares influenciam na demora para os atendimentos, uma vez que os pacientes costumam ficar internados por duas semanas. O tempo de internação é também um dos motivos para impossibilidade de traçar uma previsão de zerar a fila, diz Garcia. “Não existe um cálculo matemático para isso porque cada paciente tem a sua particularidade. A gente tem essa média de 14 dias, mas um paciente pode sair antes disso ou demorar muito mais que isso. Por isso a importância dos leitos de retaguarda no João Machado”, detalha.


A unidade do Ruy Pereira foi desativada após a Vigilância Sanitária apresentar laudo que apontava a necessidade de interdição do prédio devido ao risco para a coletividade, já que a estrutura do prédio estava defasada e sem condições de se adequar às normas técnicas atuais de engenharia e arquitetura. A entrega oficial do imóvel, que custava R$ 200 mil por mês, aconteceu em 2 de março do ano passado, após reunião entre representantes das partes do contrato na Procuradoria Geral do Estado (PGE-RN).


Fonte: Tribuna do Norte

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UFRN discute sobre casos de assédio no espaço universitário

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A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instaurou procedimento sumário para apuração dos fatos e adoção de medidas cabíveis contra casos de assédio moral e sexual registrados na Instituição, em especial da Escola de Música (EMUFRN). O anuncio foi feito pelo reitor em exercício, Henio Ferreira de Miranda, na manhã desta terça-feira (26). O professor suspeito de cometer atos abusivos foi afastado do cargo.


Durante a reunião, o professor Henio reiterou o repúdio da UFRN contra quaisquer tipos de assédio e enfatizou as providências adotadas pela Instituição. Sobre as acusações que repercutiram recentemente, ele explicou que foi realizado o acolhimento das vítimas pela Comissão de Humanização das Relações de Trabalho.


A representação estudantil disse que vai formalizar denúncia sobre o caso que foi recentemente repercutido. Os estudantes destacaram a necessidade de realizar a  punição efetiva e reforçar o amparo às vítimas e a luta contra a subnotificação dos casos de assédio.  Já a representação dos técnico-administrativos levantou como pauta as consequências de um assédio na vida das pessoas. 


O professor Henio reforçou que qualquer medida punitiva só pode ser aplicada após Processo Administrativo Disciplinar transitado em julgado, respeitado o direito de defesa e do contraditório previsto na Constituição Federal e legislação complementar, sob pena de violação de direito e abuso de poder, incompatíveis com os Princípios da Administração Pública e com o Regime Democrático de Direito. 


Fonte: Tribuna do Norte

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Popular é morto a tiros em via pública no município de Areia Branca na região da Costa Branca do RN



Um crime de homicídio a bala, foi registrado pela, na noite de segunda feira 25 de julho de 2022, na cidade de Areia Branca, na região da Costa Branca do Rio Grande do Norte. A vítima foi identificada como, Samuel Ikwison de Souza Néo, que foi alvejado e morto em plena via pública.


De acordo com a polícia, a vítima caminhava pela rua, no bairro Nordeste quando foi surpreendida pelo rivais, que se aproximaram e efetuaram vários disparos de arma de fogo em sua direção.


A equipe do ITEP de Mossoró, foi ao local, juntamente com a equipe da delegacia de plantão, onde realizou os procedimentos de perícia e remoção do corpo, para ser examinado no IML da unidade pericial.


De acordo com o delegado Valtair Camilo, que colheu informações no local, a vítima era considerada foragido da justiça e já vinha sendo procurado pela polícia há algum tempo, mas sempre conseguia escapar do cerco policial. A Delegacia de Areia Branca vai investigar o crime.


Fonte: Fim da Linha

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Mulher é presa suspeita de desvio de proventos e maus-tratos contra marido idoso em Natal

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Uma mulher foi presa em flagrante, em Natal, suspeita de desvio de proventos e maus-tratos contra o marido dela, um idoso de 79 anos. Os dois são casados há 30 anos.


De acordo com a Polícia Civil, as investigações começaram após uma denúncia anônima, que dava conta de que o idoso vivia em condição insalubre, incompatível com sua renda mensal de servidor público aposentado que é de mais de 20 salários mínimos.


As investigações apontaram que o casal morava em casas separadas e o idoso não tinha sequer um plano de saúde.


Nesta segunda-feira (24), o idoso compareceu na Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso e Pessoa com Deficiência (DEPID) para ser ouvido sobre os fatos da denúncia. Ele usava uma cadeira de rodas alugada e estava acompanhado de familiares.


Ainda de acordo com a Polícia Civil, quando a filha do idoso era ouvida pela delegada, a suspeita chegou na delegacia e solicitou a devolução da cadeira de rodas que o idoso usava, para não ter que arcar com o custo de mais uma diária do equipamento.


A delegada constatou que o idoso ficaria em situação de vulnerabilidade, já que que apresentava dificuldades notórias de locomoção. A suspeita, então, recebeu voz de prisão em flagrante.


A Polícia Civil informou que ficou comprovado que a suspeita destinava os proventos do idoso para uso próprio e de terceiros, em detrimento das necessidades básicas do idoso.


A suspeita foi encaminhada ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.


Fonte: g1

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Sogro de policial militar é morto a tiros no interior do Rio Grande do Norte

Um homem de 61 anos foi morto a tiros na manhã desta terça-feira (26) em Apodi, município do interior do Rio Grande do Norte.


Homem foi morto no bairro de Lagoa Seca, em Apodi — Foto: Cedida


Manoel Januário de Lima, 61 anos, era sogro de um policial militar que atua no município. Segundo a Polícia Militar, a vítima não tinha envolvimento com nenhum tipo de crime.


O crime ocorreu por volta das 11h. Dois homens em uma motocicleta se aproximaram e fizeram vários disparos contra Manoel, que morreu no local.


Moradores do bairro de Lagoa Seca, onde o crime ocorreu, ficaram assustados com a ação criminosa. Os bandidos fugiram em seguida. A Polícia Militar fez buscas nos arredores, mas ninguém foi encontrado.


Fonte: g1

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Polícia Civil prende mulher suspeita de aplicar mais de 20 golpes e roubar R$ 170 mil de idosos no interior do RN



A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu nesta segunda-feira (25) uma mulher de 30 anos suspeita de praticar estelionato e aplicar golpes contra 22 pessoas, a maioria idosos, em João Câmara, no Agreste potiguar.


Os policiais da delegacia do município cumpriram mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão domiciliar contra a suspeita, que mora em Touros, no litoral Norte potiguar.


As investigações apontaram que a mulher teria realizado empréstimos em nome de idosos, analfabetos e outras pessoas com pouca instrução, para desviar os recursos. Os valores estimados somam R$ 170 mil.


Segundo a delegada Adriana Shirley, a mulher convencia as vítimas a irem ao banco e assinar o empréstimo, garantindo que elas poderiam acessar grandes valores.


Porém, ela ficava com o cartão delas, sacava os valores aprovados nos bancos e dizia para elas que a operação não tinha dado certo, deixando as vítimas apenas com as dívidas do empréstimo.


"O crime consistia em se aproveitar da pouca compreensão das pessoas que se dispunham a fazer o empréstimo. Ela os levava a financeiras, a agências bancárias e eles assinavam os documentos contratuais de empréstimos. Logo em seguida, ela recolhia os cartões das vítimas, em posse de suas senhas, e efetuava a retirada desses valores creditados pelas empresas", afirmou a delegada.


A mulher detida segue à disposição da Justiça.


Fonte: g1

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Operação da PF cumpre mandados em seis cidades do RN contra grupo suspeito de refino de drogas

Uma operação da Polícia Federal (PF) cumpriu 17 mandados judiciais nesta terça-feira (26) em seis cidades do Rio Grande do Norte. A ação visa desarticular grupo suspeito do refino de drogas no estado.


Ação foi deflagrada em Mossoró e mais cinco cidades do RN — Foto: Divulgação/PF


Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Mossoró. Estão sendo cumpridos mandados de prisão, aplicação de medidas cautelares e buscas em Mossoró, Macaíba, Portalegre, Umarizal, Riacho da Cruz e Currais Novos. A operação também cumpriu mandados em Curitiba e Apucarana, no Paraná.


Batizada de Operação Hemera, a operação visa desarticular grupo responsável pelo refino, preparação e adulteração de drogas em laboratório clandestino desativado em 2021.


Ainda não há informação sobre quantos foram presos na ação, mas os investigados estão sendo conduzidos para as unidades da Polícia Federal para formalização dos procedimentos de polícia judiciária e, na sequência, serão encaminhados ao Sistema Penal.


Investigação

Policiais descobriram o funcionamento do laboratório em setembro de 2021 e avançaram na análise e coleta de dados. O proprietário do laboratório foi preso em flagrante um mês depois.


Com novos dados, indivíduos que participaram do esquema foram identificados, entre eles um fornecedor de produtos químicos no estado do Paraná, um fornecedor em Parnamirim da droga que seria adulterada em laboratório e um homem do interior do RN responsável pelo desvio de medicamentos.


O nome da Operação faz alusão à mitologia grega, que atribui à Deusa Hemera o predicado da persuasão e da mentira, traço observado na investigação com a manipulação dos produtos químicos.


Fonte: g1

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Atentado a tiros deixa quatro pessoas feridas em inauguração de salão de beleza em Natal



Uma inauguração de um salão de beleza terminou com quatro pessoas baleadas no bairro Pajuçara, na zona Norte de Natal, nesta segunda-feira (25). De acordo com a Polícia Militar, as vítimas foram encaminhadas para os hospitais Santa Catarina e Walfredo Gurgel.


O empreendimento foi inaugurado na rua do Charéu, no conjunto Parque das Dunas. A estimativa dos organizadores é que o evento tenha contato com a presença de cerca de 100 pessoas.


Segundo a Polícia Militar, dois homens chegaram no local e começaram a atirar. Na tentativa de fugir dos disparos, uma correria começou, mas quatro pessoas foram baleadas. No local onde estavam, é possível ver marcas de tiros e sangue nas paredes.


Após os disparos, os dois criminosos fugiram em seguida. Policiais do 4º Batalhão chegaram ao local e isolaram a área. Não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.


A motivação do ataque foi desconhecida. O caso será investigado pela Polícia Civil. A Polícia Militar esteve no local em diligências, mas ninguém foi preso.


Fonte: g1

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Promessas dos políticos: a 6 meses do fim do mandato, Fátima Bezerra cumpriu 33% dos compromissos de campanha

Faltando apenas seis meses para o fim do atual mandato, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) cumpriu 18 das 53 promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2018.


Promessas dos políticos: a 6 meses do fim do mandato, Fátima Bezerra cumpriu 33% dos compromissos de campanha — Foto: Divulgação


Levantamento feito pelo g1 aos três anos e meio de governo mostra que 33,9% dos 53 compromissos assumidos por Fátima Bezerra (PT), eleita para um mandato de quatro anos, foram integralmente cumpridos.


Foram consideradas as ações tomadas pelo governo estadual entre 1º de janeiro de 2019 e 30 de junho de 2022 - ou seja, exatamente três anos e meio de governo. O balanço completo dos quatro anos será publicado posteriormente, ao término do mandato.


A relação completa por estado está na página especial "As promessas de Fátima". No link, é possível ver todas as promessas feitas pela governadora e o andamento de cada uma. Para selecionar as promessas em 2018, o g1 considerou o que pode ser claramente cobrado e medido.


Na atualização anterior, após dois anos e meio de gestão, o percentual de compromissos cumpridos era de 22%.


Já as promessas que ainda não foram cumpridas pelo governo estadual representam 43%. No meio de 2021, eram 56%.


Em números absolutos, o resultado da avaliação das promessas de Fátima é:


Total de promessas: 53

Cumpridas: 18

Cumpridas em parte: 12

Não cumpridas ainda: 23

Metodologia

O g1 acompanha durante os quatro anos de mandato os cumprimentos das promessas de campanha dos políticos.


Quais são os critérios para medir as promessas?


Não cumpriu ainda: quando o que foi prometido não foi realizado e não está valendo/em funcionamento

Em parte: quando a promessa foi cumprida parcialmente, com pendências

Cumpriu: quando a promessa foi totalmente cumprida, sem pendências

Ou seja, se a promessa é inaugurar uma obra, o status é "cumpriu" apenas se a obra já tiver sido inaugurada; caso contrário, é "não cumpriu". Se a promessa é construir 10 hospitais e 5 já foram inaugurados, o status é "em parte". Se a promessa é inaugurar 10 km de uma rodovia e 5 km já foram entregues à população, o status é "em parte".


Observação: nos casos em que não é possível avaliar o andamento da promessa, e o status é dado como "não avaliado".


Fonte: g1

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Brasil registra 350 novas mortes por Covid; média móvel de casos conhecidos segue em queda



O Brasil registrou nesta terça-feira (26) 350 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 677.563 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 233. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -5%, indicando tendência de estabilidade.


Já a média móvel de casos conhecidos segue em queda e voltou a ficar abaixo de 40 mil após pouco mais de um mês (veja detalhes mais abaixo).


Brasil, 26 de julho

Total de mortes: 677.563

Registro de mortes em 24 horas: 350

Média de mortes nos últimos 7 dias: 233 (variação em 14 dias: -5%)

Total de casos conhecidos confirmados: 33.660.608

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 39.092

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 37.510 (variação em 14 dias: -33%)

Acre, Amapá e Roraima não registraram novas mortes pela doença no período de 24 horas.


No total, o país registrou 39.092 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 33.660.608 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 37.510, voltando a fica abaixo da casa de 40 mil pela primeira vez desde 20 de junho, após pouco mais de um mês --nesse meio tempo ela chegou a superar os 60 mil. A variação foi de -33% em relação a duas semanas atrás.


Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.


Curva de mortes nos estados

Em alta (8 estados): TO, PA, BA, MS, AM, MA, ES, SE

Em estabilidade (11 estados): PB, RO, RJ, MG, PI, SP, GO, PE, AL, MT, RN

Em queda (7 estados e o DF): RS, PR, SC, CE, DF, AC, RR, AP

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Fonte: g1

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Laudo mostra que policial bolsonarista atirou 3 vezes contra tesoureiro do PT, que revidou com 13 disparos

Laudo de confronto balístico do Instituto de Criminalística do Paraná mostra que o policial bolsonarista Jorge Guaranho atirou 3 vezes contra o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, que revidou com 13 disparos. Arruda foi morto a tiros na própria festa de aniversário por Guaranho. O documento foi anexado nesta terça-feira (26) ao processo que investiga o crime.


Arma 1 usada por Guaranho/Arma 2 usada por Arruda — Foto: Instituto de Criminalista


A comemoração tinha como o PT e o ex-presidente Lula. O crime foi em 9 de julho, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. 


Pistolas

Conforme o laudo, foram avaliadas duas pistolas e projéteis encontrados na cena do crime. Um dos projéteis, diz o documento, estava no peito da vítima.


Laudo mostra armas usadas por Guaranha e Arruda no dia do crime — Foto: Instituto de Criminalística do Paraná


A arma usada por Guaranho, segundo documento, é uma pistola semiautomática calibre .40. Nela constava um Brasão de República com a inscrição Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen).


Na arma dele foram encontrados 13 projeteis intactos, segundo o laudo. Guaranho é policial penal federal.


O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro — Foto: Reprodução


A outra pistola, também semiautomática de calibre .380 com Brasão da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu foi usada por Arruda. Segundo o laudo, ambas as armas "encontravam-se externamente em regular estado de conservação."


Terra no carro de Guaranho

Um outro laudo anexado ao processo na sexta-feira (22) confirmou que resquícios de terra foram encontrados no carro do policial bolsonarista Jorge Guaranho.


Imagens de câmeras de segurança mostraram Marcelo Arruda pegando algo do chão e jogando contra o carro de Guaranho, quando eles discutiram pela primeira vez, antes da troca de tiros.


O documento da Polícia Científica não cita pedras, e fala apenas em "sujidades". A perícia no carro de Guaranho foi feita em 14 de julho.


Terra no assoalho dianteiro direito — Foto: Polícia Científica


Antes da conclusão do laudo, a delegada Camila Cecconelo disse em coletiva que Arruda , ao sair da festa para discutir com Guaranho, arremessou um "punhado de terra e pedregulhos" no carro do bolsonarista.


Em 13 de julho, em entrevista à RPC, a esposa de Guaranho também disse que Arruda jogou "terra e pedras no carro".


Guaranho se tornou réu após a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Paraná ser aceita pela Justiça.


Ele foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum. O MP disse ainda que crime teve motivação política.


O crime

O crime aconteceu em 9 de julho. Marcelo Arruda foi baleado na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido por Guaranho, o petista revidou e baleou o policial.


Arruda chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Jorge Guaranho segue internado no hospital, sem previsão de alta.


O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos no dia do crime:


Fonte: g1

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PM vai apurar conduta de cabo que disse a morador que 'governo comunista que está querendo voltar' vai tomar a casa dele

A Polícia Militar vai investigar um cabo que durante uma ocorrência em São Sebastião, no Litoral de São Paulo, disse a moradores que o governo comunista tomaria suas casas. Na imagem, o cabo diz explicar que caso as pessoas aceitem 'o governo comunista que quer voltar' suas propriedades vão ser tomadas. A PM disse que a fala não reflete a posição da instituição.


A ação aconteceu nesta segunda-feira (25) em um bairro irregular, onde está sendo feita a regularização. De acordo com a prefeitura, um dos imóveis está em área de preservação e tem ordem judicial para a demolição. Com a medida da justiça, moradores organizavam um protesto quando a PM foi acionada.


Durante o atendimento, um cabo da Polícia Militar reuniu a comunidade e disse começou um discurso alertando que o governo comunista tiraria suas casas. O PM não mencionou o nome de nenhum candidato.


“Esse sistema comunista, ele passa a ser dono de todos os seus bens. Veja bem, ali não tem escritura, né. Aí a prefeitura vem e derruba porque não tem escritura, está em área de preservação e esse negócio todo. Mas aí você tem essa casa aqui, que tem escritura. É sua. Você suou e pagou. Se vocês aceitarem esse governo comunista que está querendo voltar de novo, vai chegar a hora que o governo vai falar para você assim ó: essa casa agora é do governo”, diz o policial na imagem.


Policial disse para moradores que governo comunista tiraria suas casas — Foto: Arquivo Pessoal/Helton Romano


Durante a fala, vários moradores se organizam em torno do policial. Uma moradora chega a questionar o agente. "Aí eu pergunto, e esse que está aí fez o que?", diz a senhora. E o agente responde que não está indicando políticos, mas apenas fazendo um alerta.


"Senhora, é o que eu falei. Eu não gosto de política e não estou indicando político nenhum. Eu só estou querendo explicar para vocês, aproveitando essa oportunidade aqui porque ali, por exemplo, não tem escritura e está em uma área de preservação e aí é uma situação normal que o estado faz. Porém, se a gente alimentar a parte comunista da história, aí vai ser igual em outros países que estão ai. Nós perdemos o direito de todos os nossos bens”, diz no trecho do vídeo. (Veja a imagem acima)


Após a circulação da imagem, a PM informou que abriu sindicância para apurar a conduta do policial. “Ao tomar conhecimento das imagens, imediatamente instaurou procedimento para apurar a conduta do policial, sendo certo que, a opinião pessoal do militar, não reflete o posicionamento institucional, nem tampouco se coaduna com os protocolos previstos para atendimento de ocorrências da Polícia Militar”, informou em nota.



A Prefeitura de São Sebastião informou que o local está em processo de regularização e que há mobilização na justiça para a medida, que deve começar em novembro.


Fonte: g1

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Moraes prorroga prisão de homem que fez ameaças a Lula e a ministros do STF na internet

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou nesta terça-feira (26) por mais cinco dias a prisão temporária de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto.


Alexandre de Moraes, ministro do STF — Foto: Carlos Moura/SCO/STF


Ivan Rejane foi preso na semana passada em Belo Horizonte (MG) por ter publicado na internet ameaças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a aliados do petista e a ministros do STF. A ordem da prisão partiu de Alexandre de Moraes.


No fim de semana, Ivan Rejane passou por uma audiência de custódia, e a Justiça decidiu manter a prisão dele. A defesa, então, pediu ao STF que revogasse a prisão do cliente.


A decisão de Moraes foi tomada a pedido da Polícia Federal e com aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). A medida é apontada como necessária para garantir a continuidade das investigações.


Entenda a decisão

Na decisão em que decretou a a prisão, Moraes entendeu que "os fatos apurados revelam que Ivan Rejane Fonte Boa Pinto utiliza suas redes sociais e aplicativos de mensagens para propagar e arregimentar pessoas para seu intento criminoso".


Após a prisão e a busca e apreensão, a PF alegou que a liberdade de Ivan "poderá ensejar sérios prejuízos à investigação, com possível supressão de provas, que podem ser localizadas com o término da análise do material apreendido ou mesmo a comunicação com outros membros do grupo, que ainda não foram identificados, causando a ineficácia das medidas investigativas".



Os policiais apreenderam e ainda analisam documentos e mídias, que podem conter dados relacionados aos fatos investigados.


A PGR concordou com os riscos para a apuração.


"Considerando que a conclusão da perícia técnica pode ensejar a necessidade de novas diligências investigativas urgentes para a coleta de elementos de informação e que a liberdade do custodiado representa concreto risco para a investigação, afigura-se ainda existente o 'periculum libertatis', pelo que a prorrogação da prisão temporária é imprescindível para a eficácia da investigação".


A prorrogação da prisão

Na decisão que estendeu a prisão temporária por cinco dias, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o investigado, no dia da prisão, publicou novo vídeo reiterando as ameaças à segurança e a honorabilidade do Supremo.


"Neste novo vídeo, há referência expressa ao art. 142 da Constituição Federal e à possibilidade de rompimento institucional do Estado Democrático de Direito, também se vislumbrando como possível a configuração do delito de incitação ao crime", escreveu.


Moraes afirmou que a extensão da prisão é necessária para assegurar que os investigadores possam avançar sobre toda a "engenharia criminosa".


"Entendo, portanto, a pertinência da medida, imprescindível para que a autoridade policial avance na análise do material apreendido e na elucidação das infrações penais atribuídas à associação criminosa em toda a sua extensão; bem como analise se há nas informações contidas nos bens e documentos recolhidos elementos que possam ensejar a realização de novas atividades investigativas, além de mitigar as oportunidades de reações indevidas e impedir a articulação com eventuais outros integrantes da associação, que obstruam ou prejudiquem a investigação, conforme também salientado pela Procuradoria-Geral da República".


Fonte: g1

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MC Cabelinho desmaia após pular sobre público em show no Rio; ‘deu ruim de verdade’

O cantor MC Cabelinho contou que passou mal após pular sobre o público durante um show no domingo (24), na Zona Sul do Rio. Em relato publicado nos stories do Instagram, ele tranquilizou os fãs e disse que estava bem após desmaiar.


“Eu estava fazendo meu show, na The Choice. Eu inventei de pular no público, mano, tá ligado? Como geral faz, como eu já fiz outras vezes, mas dessa vez deu ruim de verdade. Eu comuniquei meus seguranças de pular. Eu falei: ‘Ó, vou pular, fica na atividade que eu vou pular no meio do público, mano’. Quando eu pulei, esquece”, contou MC Cabelinho.



Ele contou que se viu no meio de uma multidão e que tinha crianças pedindo ajuda. O cantor descreveu a situação como uma “cena de terror”.


“Veio a multidão de crianças em cima de mim. Quando eu menos esperei, já tinha crianças debaixo de mim. Multidão ali, e eu não estava conseguindo subir de jeito nenhum. E tinha criança debaixo de mim pedindo socorro e eu tentando ajudar, mas eu estava precisando de ajuda também. E quem não sabia, também estava pulando em cima de nós, cantando junto. E, mano, vi cena de terror ali. Com todo o respeito, fiquei com falta de ar, tá ligado? Desmaiei, cheguei no camarim já zonzo, com a equipe de bombeiro lá me ajudando”, disse o músico.


MC Cabelinho postou o momento que pulou sobre o público e passou mal nas redes sociais — Foto: Reprodução/ Instagram


Nas publicações que anunciavam a festa na internet, o evento é descrito como uma festa para adolescentes que estava com os ingressos esgotados e contava com outras atrações voltadas ao público jovem.


MC Cabelinho postou um vídeo que mostra o momento que pula e a ação dos seguranças. Ele disse ainda que eles agiram imediatamente para socorrê-lo e que levaram em consideração que o público do evento era bem novo.


“Eu peço desculpa aí, mano, algum bagulho, tá ligado? É porque na hora do show é f***, fica empolgadão com todo mundo cantando. O público estava lindo, geral cantando tudo”, disse o cantor.


O g1 entrou em contato com a assessoria de MC Cabelinho e com a casa de shows para mais informações, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.


MC Cabelinho conta que passou mal durante show no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ Instagram


Fonte: g1

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Ex-ministros do STF, artistas, acadêmicos, banqueiros e outros assinam carta em defesa da democracia e das urnas eletrônicas

Ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), empresários, banqueiros e artistas assinaram carta em defesa da democracia e do processo eleitoral após seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas. A carta e a lista com os nomes foram divulgadas nesta terça-feira (26) no site da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (veja lista completa aqui)


Faculdade de Direito da USP divulga carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito! — Foto: Reprodução


Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso, Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Eros Grau, Marco Aurélio Mello, Sepúlveda Pertence e Sydney Sanches são os ex-ministros do STF que assinam o documento.


A carta diz que recentes "ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado Democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira"


"Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.


Empresários assinam carta em defesa das urnas eletrônicas e da democracia

Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições", diz trecho (leia carta completa abaixo).


Dentre os empresários estão Walter Schalka, presidente da Suzano; Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú; Natália Dias, CEO da Standard Bank; Pedro Moreira Salles, presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; Tarcila Ursini, conselheira de administração da EB Capital, entre outros.


Também aparecem entre as assinaturas os artistas Chico Buarque, Arnaldo Antunes, as atrizes Debora Bloch e Alessandra Negrini, os ex-jogadores de futebol Walter Casagrande e Raí, o cineasta João Moreira Salles e o Padre Júlio Lancellotti - que atua na defesa da população de rua em São Paulo.


As pessoas interessadas em assinar o documento poderão fazê-lo online pelos sites da Faculdade de Direito da USP, da Associação de Juízes Federais, Associação do Ministério Público e do Grupo Prerrogativas.


O conteúdo será apresentado na sede da Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo, em 11 de agosto, com Roberta Estrela D'Alva como cerimonialista. A data comemora o aniversário da criação dos cursos de direito no país.


A data coincide com a leitura de manifesto no mesmo local em 1977 para denunciar a ditadura militar, que subtraiu direitos e matou opositores do regime. Um grupo de 17 pessoas que assinaram o documento anterior constam na carta atual em favor da urna eletrônica e da democracia.



Carta

"Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos Cursos Jurídicos no País, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.


A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas instituições, restabelecendo o estado democrático de direito com a prevalência do respeito aos direitos fundamentais.


Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal.


Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para país sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular.


A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.



Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral.


Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.


Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.


Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.


Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional.


Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão.


Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.


Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.


No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.



Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:


Estado Democrático de Direito Sempre!!!!"


Veja parte dos signatários

SUBSCRITORES DA CARTA DE 77


Celso Mori, Advogado


Erasmo Valladão Azevedo e Novaes França, Professor Sênior FDUSP


Fábio Konder Comparato, Professor Emérito da FDUSP


Flavio Flores da Cunha Bierrenbach, ex-Ministro do Tribunal Superior Militar


Jayme Cueva, Advogado


José Afonso da Silva, Professor Sênior FDUSP


José Carlos da Silva Arouca, Desembargador aposentado do TRT2 Região


José Carlos Dias, Ex-Ministro da Justiça


José Gregori, Ex-Ministro da Justiça


José Nuzzi Neto, Advogado


Lauro Malheiros Filho, Advogado


Luiz Eduardo Greenhalgh, Advogado


Marco Antonio Nahun, Desembargador aposentado


Maria Eugênia Raposo da Silva Telles, Advogada


Miguel Reale Júnior, Professor Sênior FDUSP, Ex-Ministro da Justiça


Sergio Bermudes


Tércio Sampaio Ferraz Jr., Professor Emérito FDUSP


MINISTROS EMÉRITOS DO STF


Carlos Ayres Britto


Carlos Velloso


Celso de Mello


Cezar Peluso


Ellen Gracie


Eros Grau


Marco Aurélio Mello


Sepúlveda Pertence


Sydney Sanches


DOCENTES DA USP


Adelia Bezerra de Meneses, Professora na USP/UNICAMP


Adma Muhana, docente FFLCH-USP


Adriana Zavaglia – docente USP


Adriano Baiva, economista e professor FEA/USP - SP


Affonso Celso Pastore, Economista, Professor aposentado USP


Alberto do Amaral Júnior, Professor FDUSP


Alessandro Serafin Octaviani Luis, FDUSP



Ana Claudia Marques, Professora Associada USP


Ana Elisa Liberatore Bechara, Vice-diretora e professora da FDUSP


Ana Lucia Duarte Lanna, Pró-Reitora de Inclusão e Diversidade da USP


Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer, FFLCH-USP


Ana Maria Nusdeo, FDUSP


André de Carvalho Ramos, Professor na FDUSP


André Singer, docente FFLCH-USP


Antônio Carlos Morato, Professor FDUSP


Antônio Rodrigues de Freitas Júnior Professor da Faculdade de Direito da USP


Ari Marcelo Solon, professor FDUSP


Aylene Bousquat, Médica, Professora da Faculdade Saúde Pública- USP


Beatriz Raposo Medeiros – docente USP


Bernardo Bissoto Queiroz de Moraes, FDUSP


Calixto Salomão Filho, FDUSP


Carlos Portugal Gouvea, Professor da USP


Catia Sandoval Peixoto, USP


Celso Fernandes Campilongo, Diretor e Professor FDUSP


Celso Lafer, professor FDUSP


Cicero Romão Resende de Araújo, professor na FFLCH-USP


Claudia Perrone Moisés, FDUSP


Cláudia Souza Passador, professor da Universidade de São Paulo (USP)


Conrado Hubner, Professor USP


Cristiano de Sousa Zanetti, FDUSP


Cristina Altman, professora e pesquisadora USP


Diogo R. Coutinho, Professor FDUSP


Eduardo C. B. Bittar, Professor FDUSP


Eduardo Cesar Silveira Vita Marchi, FDUSP


Eduardo Tomasevícius Filho, FDUSP


Elisabeth Meloni Vieira, Prof. Associada Sênior da Faculdade de Saúde Pública, Universidade de


São Paulo


Elival Silva Ramos, Professor FDUSP


Elizabete Franco Cruz, EACH-USP


Elizabeth de Almeida Meirelles, FDUSP



Elizabeth Harkot de La Taille, professora da USP


Elza Antônia Pereira Cunha Boiteux, Professora na FDUSP


Enéas de Oliveira Mattos, FDUSP


Eunice Aparecida Prudente, FDUSP


Fabio Betioli Contel, Professor Universitário - FFLCH/USP


Fernanda Landucci Ortale, Professora da USP


Fernando Aith, Faculdade de Saúde Pública da USP


Fernando Facury Scaff, FDUSP


Fernando Menezes de Almeida, FDUSP


Flaviane Romani Fernandes Svartman, Professora FFLCH USP


Flavio Luiz Yarshell, Professor na FDUSP e presidente da Fundação Arcadas


Flávio Roberto Batista, FDUSP


Floriano de Azevedo Marques Neto, FDUSP


Francisco Crecenzo Marino, FDUSP


Francisco Satiro de Souza, Professor na FDUSP


Gabriela Pellegrino Soares, Professora Associada do Departamento de História/USP


Gaudêncio Torquato, Jornalista, professor titular da USP


Geraldo Miniuci Ferreira Junior, FDUSP


Giliola Maggio, professora FFLCH


Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka, FDUSP


Guilherme Assis de Almeida, FDUSP


Guilherme Guimarães Feliciano, Professor na FDUSP


Gustavo Badaró, FDUSP


Gustavo Ferraz de Campos Monaco, FDUSP


Heitor Vitor Mendonça Sica, FDUSP


Helena Lobo da Costa, FDUSP


Heleno Taveira Torres, FDUSP


Heloísa Buarque de Almeida – docente USP


Heloísa Fernandes Silveira, professora aposentada da USP


Humberto Bergmann Ávila, FDUSP


Ieda Maria Alves, DLCV-FFLCH-USP


Ignácio Maria Velasco Poveda, FDUSP


Jair Aparecido Cardoso - FDRP/USP.


Jessica Sponchiado, professora FD-USP, advogada


Jorge Luiz Souto Maior, professor Faculdade de Direito USP



José Augusto Fontoura Costa, FDUSP


José da Silva Simões - professor USP


José Eduardo Faria, FDUSP


José Eduardo Pereira Wilken Bicudo, professor titular aposentado da USP


José Marcelo Proença, FDUSP


José Reinaldo de Lima Lopes, FDUSP


José Rogério Cruz e Tucci, FDUSP


Juliana Krueger Pela, docente FDUSP


Laurindo Dias Minhoto, FFLCH-USP


Léa Francesconi – professora USP


Leda Maria Paulani, Economista e professora FEA-USP


Lilian Gregory, professora associada na Faculdade de Veterinária da USP


Luciana Romano Morilas (Professora na USP/FEA-RP)


Luciano Anderson de Souza, FDUSP


Luís Fernando Massonetto, FDUSP


Luiz Roncari - professor titular aposentado da FFLCH/USP


Mara Regina de Oliveira, professora USP


Marcelo Bonizzi, FDUSP


Marcelo Martinelli, professor do Inst. de Física da USP


Marcelo Vieira von Adamek, Professor FDUSP


Márcia Furquim de Almeida - Saúde Pública - USP


Marco Akerman, professor USP


Marcos Augusto Perez, FDUSP


Maria Augusta da Costa Vieira, docente USP


Maria Cristina Cury Saad Gimenes, Processo Penal FDUSP


Maria Cristina Vianna Kuntz, professora FFLCH- USP


Maria Isabel da Silva Leme, docente IPUSP


Maria Ligia Coelho Prado - Professora aposentada do Departamento de História - FFLCH - USP


Maria Paula Dallari Bucci, FDUSP


Maria Rita Loureiro, professora titular aposentada da USP e da FGV


Maria Sílvia Betti – professora USP



Maria Victoria de Mesquita Benevides, Socióloga e Professora da USP


Mariângela Gama de Magalhães Gomes, FDUSP


Marta Amoroso – professora Antropologia USP


Marta Cristina Cury Saad Gimenes, FDUSP


Marta Maria Chagas de Carvalho, professora aposentada da Faculdade de Educação da USP


Mauricio Dieter, FDUSP


Maurício Zanoide de Moraes, FDUSP


Nina Beatriz Stocco Ranieri, FDUSP


Orlando Villas Boas, FDUSP


Otávio Pinto e Silva, FDUSP


Otavio Rodrigues, Professor na FDUSP


Patrícia Faga Iglecias Lemos, FDUSP


Paulo Ayres Barreto, FDUSP


Paulo Borba Casella, FDUSP


Paulo Daniel Farah, professor FFLCH


Paulo de Barros Carvalho, Professor USP e PUC-SP


Paulo Martins, docente e pesquisador USP


Pedro Dallari- Professor USP


Pierpaolo Cruz Bottini, FDUSP


Professor Roberto Macedo, da USP


Rafael Diniz Pucci, FDUSP


Rafael Mafei Rabelo Queiroz, FDUSP


Raul Miguel Freitas de Oliveira, Professor de Direito na USP


Renato da Silva Queiroz, professor sênior da FFLCH/USP SP


Roberto Augusto Castellanos Pfeiffer, FDUSP


Roberto Quiroga Mosquera, FDUSP


Rodrigo Octávio Broglia Mendes, Professor na FDUSP


Rodrigo Pagani de Souza, FDUSP


Ronaldo Porto Macedo, procurador de justiça aposentado, professor FGV, professor FDUSP


Rosane de Sá Amado, docente USP


Rurion Soares Melo, DOCENTE FFLCH USP


Ruy Pereira Camilo Júnior, FDUSP


Sandra Maria Sawaya. Professora Associada Faculdade de Educação USP


Sebastião Botto de Barros Tojal, FDUSP



Sergio Leopoldo Rodrigues, USP


Sérgio Salomão Shecaira, FDUSP


Sheila Neder Cerezetti, FDUSP


Silmara Juny de Abreu Chinellato, FDUSP


Sueli Dallari, Professora na FSP-USP


Susana Henriques da Costa, FDUSP


Sylmara Dias, professora da Universidade de Sao Paulo (USP)


Vima Lia de Rossi Martin, professora FFLCH - USP


Vinicius Marques de Carvalho, Professor na FDUSP, presidiu o Centro Acadêmico XI de Agosto,


gestão 1999


Virgílio Afonso da Silva, FDUSP


Vitor Rhein Schirato, Professor FDUSP


Waldemar Ferreira Netto, Professor FFLCH-USP


Walkyria Monte Mor, Professora Associada Sênior, Universidade de São Paulo


Walter Piva Rodrigues –FDUSP


Fonte: g1

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