sexta-feira, agosto 04, 2023

Ministro firma pacto com governadores da PB, PE, RN e CE para continuar obras da Transposição do Rio São Francisco

Waldez Góes assinou pacto com governadores do Nordeste em evento em João Pessoa — Foto: Sílvia Torres/TV Cabo Branco

Um acordo interfederativo para garantir a operação sustentável do projeto de Integração do Rio São Francisco foi assinado nesta sexta-feira (4) pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e pelos governadores da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. A assinatura aconteceu na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) de João Pessoa, no bairro de Mangabeira, que foi inaugurada também nesta sexta-feira.


A comitiva que participou da inauguração do CICC e da assinatura do pacto foi composta pelo ministro Waldez Góes, além do ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa, e dos governadores Elmano de Freitas (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Raquel Lyra (Pernambuco) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte).



“Com esse documento, o governo federal firma o compromisso integral de realizar a manutenção da obra principal da Transposição, em todos os seus eixos, e cada estado também se compromete a cuidar de toda a parte de infraestrutura relativa a cada estado, com as obras complementares de acesso já existentes. A ideia é que todas as ações sejam coordenadas e realizadas de forma integrada, para a melhor sustentabilidade e governança de todo o projeto”, disse Waldez.


Na ocasião, o ministro explicou ainda que o governo federal deve lançar, no próximo dia 11, um novo Programa de Aceleração do Crescimento, com investimentos na ordem de bilhões de reais, que vão ser destinados à revitalização das bacias, duplicidade do bombeamento dos eixos Norte e Leste, e possibilidade de expansão da rede, que atualmente é dedicada ao consumo humano, para destinação das águas a projetos de agricultura familiar nos estados envolvidos.


“Firmamos o compromisso de que não vão faltar recursos para os investimentos nas agendas relativas à Transposição. Ninguém vai ficar sem água por causa de uma manutenção que precisa ser feita ou porque uma verba não foi destinada para uma obra específica. Por isso que estas reuniões serão constantes, uma vez que vamos manter a sociedade política, empreendedora, consumidora, e a imprensa, sempre informada de cada passo dado neste projeto”, completou.



O Projeto de Integração do Rio São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica do País. Com 477 quilômetros de extensão em dois eixos (Leste e Norte), o empreendimento visa garantir a segurança hídrica de cerca de 12 milhões de pessoas em quase 400 municípios nos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde a estiagem é frequente.


Fonte: g1

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Suspeito de assassinar homem a tiros durante festa em praça pública morre em confronto com a polícia no RN

Show interrompido por tiros no interior do RN — Foto: Reprodução

O principal suspeito de ter atirado e matado Lucas Denis da Silva, de 28 anos, durante um show em praça pública na festa da padroeira de Currais Novos, no Seridó potiguar, morreu em confronto com policiais civis na manhã desta sexta-feira (4), no município.


O crime pelo qual ele era investigado aconteceu na madrugada do dia 26 de julho e suspendeu o show dos cantores Zezo Potiguar, Raí Saia Rodada e Luan Estilizado, promovido pela prefeitura e paróquia do município.


As informações sobre a operação desta sexta-feira (4) foram confirmadas ao g1 pelo delegado Paulo Ferreira, responsável pela investigação do caso.



De acordo com ele, Juarez Rodrigues de Abreu Júnior, de 18 anos, atirou contra os policiais que chegavam à sua casa para cumprir um mandado de prisão e outro de busca e apreensão.


Ainda segundo o delegado, os policiais reagiram aos tiros disparados contra a equipe e atingiram o suspeito. Ele foi socorrido ao hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.


No imóvel, os policias apreenderam a arma de fogo usada pelo suspeito para atirar contra eles e que, segundo o delegado, pode ser a mesma que foi utilizada no homicídio no dia 26 de julho. Os investigadores também localizaram a roupa que Juarez estava vestindo no dia do crime.


"No dia, dois indivíduos foram presos em flagrante como supostos autores, nas diligências preliminares do plantão. Durante as investigações que assumimos, vimos que tinha muitas pontas soltas, e a gente descobriu que tinha um terceiro envolvido nos fatos. A gente pegou algumas imagens de câmeras de segurança e viu que quem efetuou os disparos que ceifaram a vítima foi esse indivíduo", afirmou o delegado.


Investigação

Ainda de acordo com Paulo Ferreira, os dois suspeitos presos pela polícia no dia do crime também teriam participação no homicídio.



Os três homens investigados teriam se envolvido em uma briga com a vítima dias antes, também durante a festa da padroeira da cidade. Lucas Denis teria acertado um golpe com garrafa de vidro no rosto de um deles, que ficou ferido.


A suspeita da polícia é que, após a briga, os suspeitos tenham combinado de tirar a vida de Lucas.


"Para nós está claro que foi Juarez quem executou. Os outros dois foram partícipes e a gente ainda vai averiguar o grau de participação de cada um, porque eles negam", disse o delegado.


Segundo o delegado, a mãe de Juarez afirmou aos policiais que o filho era envolvido com criminosos da cidade e só ia em casa dormir e comer, passando o resto das horas nas ruas.


Fonte: g1

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Músico morre atropelado por caminhão no Oeste potiguar

Edson Bruno Cardoso Soares, de 33 anos, morreu após ser atropelado por caminhão no interior do RN — Foto: Reprodução

Um músico de 33 anos morreu após ser atropelado por um caminhão na rodovia estadual RN-016, em Serra do Mel, no Oeste potiguar, no fim da tarde de quinta-feira (3), segundo a polícia.


A vítima foi identificada como Edson Bruno Cardoso Soares. Segundo a polícia, o homem pilotava uma moto e tentou atravessar a via, por volta das 17h, quando foi atingido por um caminhão que seguia no sentido de Carnaubais para a BR-304.


Segundo testemunhas informaram à polícia, a vítima voltava de uma festa, onde estava tocando teclado e cantando. Ainda segundo a polícia, a suspeita é de que a vítima estivesse alcoolizada.



Policiais realizaram teste de alcoolemia com o motorista do caminhão, mas o exame teve resultado negativo para o consumo de bebidas.


O caso será investigado pela Polícia Civil.


Fonte: g1

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Mães de crianças com Síndrome Congênita do Zika Vírus lutam contra estigmas; 'Diagnóstico não é sentença', diz especialista

Adagilsa (mãe) e Emilly (filha), diagnosticada com Síndrome Congênita do Zika Vírus — Foto: Divulgação

Em 2015, meses antes de a epidemia do vírus da Zika ser declarada oficialmente no Brasil, Adalgisa Figueiredo, residente de São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Natal, vivenciou um momento de insegurança e vulnerabilidade que faria parte da realidade de milhares de pessoas nos próximos meses: sua filha, Emilly, fora diagnosticada com a Síndrome Congênita do Zika Vírus.


Foi nesse momento que Adalgisa, que já era mãe de uma criança de dois anos, precisou entender uma realidade ainda pouco conhecida em muitos aspectos do cuidado, no que diz respeito ao desenvolvimento, qualidade de vida e bem estar das crianças que, como Emilly, nasceram com a condição.


A Síndrome foi descoberta em 2015, em decorrência das alterações dos padrões de ocorrência de microcefalia ocorridos no Brasil, o que levou o país a decretar Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e, posteriormente, Internacional.


Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, ano de início da epidemia do Zika Vírus, foram notificados 2.975 casos de microcefalia decorrente da Síndrome Congênita em 656 municípios de 20 estados brasileiros, a maior parte deles na Região Nordeste. O número foi 20 vezes maior do que a média de casos de microcefalia registrados nos 15 anos anteriores (2000 a 2014), que até então era de 150 bebês nascidos com a condição por ano.



'Cada pequena melhoria é um grande avanço'

A partir do diagnóstico, Adalgisa precisou mudar a forma de enxergar o desenvolvimento da filha. A visão universal do desenvolvimento, com padrões rígidos e escalas pré-definidas, não cabia na realidade de Emilly, Com o acompanhamento correto, no entanto, ela logo percebeu que havia um mundo de particularidades e potencialidades a serem entendidas e incorporadas à trajetória da filha.


“Cada pequena melhoria, que para outras crianças pareceria besteira, para ela é muito e, para mim, é um grande avanço. Cada desenvolvimento dela é uma felicidade, um orgulho", disse Adagilsa.


"Representa para nós um retorno que tivemos da busca por terapia e do esforço, tanto meu, como dos profissionais que cuidam dela”.

Atualmente, Emilly é acompanhada por equipe multiprofissional no Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba (RN). Um dos aspectos mais trabalhados e que, segundo a mãe, apresentaram uma evolução notável, é o funcionamento da bexiga e intestino que, para crianças com a síndrome congênita, podem apresentar alterações, em decorrência de disfunções chamadas Bexiga e intestino Neurogênicos.


“Antes, ela não tomava uma gota de água, não gostava de jeito nenhum. Hoje em dia, ela já toma de meio litro a 700ml. Temos uma meta para que ela chegue a litro por dia. Estamos tentando, um dia após o outro", disse a mãe.


Adalgisa e a filha Emilly — Foto: Divulgação


"Isso também faz parte do que aprendi: não adianta estipular uma meta muito alta, fora da realidade para a criança. O desenvolvimento é uma coisa devagarinha mesmo. Muitas vezes, são detalhes que a gente vai vendo e que, com o tempo, revelam a mudança e a evolução da criança”.


Adalgisa e Emilly percorrem, desde o momento do diagnóstico, uma trajetória para ressignificar as noções de desenvolvimento infantil a partir das necessidades e potencialidades de cada criança.


Outro olhar para o pré-natal

Para a preceptora fisioterapeuta e especialista no cuidado à saúde da pessoa com deficiência pelo ISD, Luana Farache, a epidemia do Zika também foi relevante para os profissionais da saúde. Isso envolveu, também, um olhar diferenciado para o período pré-natal, com atenção especial para a proteção contra arboviroses, já que a Zika é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.



“Antes, em nenhum momento nós pensávamos que um vírus como o Zika poderia ter tantas particularidades em larga escala. Isso despertou esse nosso olhar enquanto promotores da saúde global", explicou Luana.


"Eu não vou, por exemplo, receber uma mulher gestante pensando só se ela tem uma dor no ombro, uma lombalgia, uma alteração comum à gestação. Eu vou pensar em orientações para o cuidado com a gestante de maneira mais ampla".


Um outro aspecto importante transformado pela epidemia refere-se à atenção e cuidado da saúde da criança. Segundo Farache, o rompimento de uma visão rígida sobre desenvolvimento deu espaço para uma análise mais abrangente, considerando a individualidade de cada criança, e disseminando o entendimento de que nem todas as crianças possuem o mesmo quadro e as mesmas lesões do ponto de vista neurológico.



“O diagnóstico não é decisivo, não é uma sentença. Ele é o primeiro passo numa caminhada longa que exige dar uma oportunidade para o sujeito se desenvolver, sem reduzi-lo ao que se imagina que ele vá conseguir fazer por conta de uma alteração que um exame mostra”, pontuou Luana Farache.

'Diagnóstico não é destino'

“Diagnóstico não é destino” é uma ideia que também marca o cotidiano de Thais Valim, cientista social que, desde 2017, estuda a realidade de famílias diretamente implicadas na epidemia do Zika Vírus.


Após ingressar no mestrado em Antropologia Social da UFRN, a pesquisadora visitou o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (Anita), uma das unidades do ISD em Macaíba, onde passou a desenvolver estudos etnográficos sobre a vivência de crianças com microcefalia atendidas pelo ISD e de suas mães.


“Na pesquisa, busco trazer nuances da perspectiva que aprendi com as crianças e com suas famílias: que uma pessoa com deficiência é muito mais do que sua deficiência. As crianças diferem entre si, têm particularidades, especificidades", explicou a cientista social.


"A ideia era mostrar essa variedade, buscando fugir de modelos muito universalizados sobre que é a deficiência e focar em um nível mais local, entendendo como a deficiência é manejada e compreendida pelas próprias famílias”.


Profissionais de saúde

A epidemia do Zika vírus moldou as relações do núcleo familiar e transformou múltiplos aspectos no âmbito da assistência e cuidado à saúde materno-infantil e de pessoas com deficiência. A coordenadora do Centro Especializado em Reabilitação do ISD (CER ISD), Camila Simão, salienta que, com o aumento das infecções pelo vírus e suas consequências, novas alternativas no cuidado especializado mostraram-se necessárias.


Por isso, é importante criar uma linha de cuidado voltada para crianças com microcefalia congênita causada pelo Zika, com ela relata ter acontecido no ISD.


“Foi montada uma equipe multiprofissional especializada nesse cuidado, pensado na necessidade de vários profissionais, como neuropediatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, neuropsicólogo, urologista... trouxemos para o cuidado o acompanhamento da bexiga, a partir da identificação da bexiga e intestino neurogênicos nesses casos, para dar uma melhor qualidade de vida à criança e suas famílias. O que percebemos hoje, é que o número de crianças entrando nessa linha de cuidado foi bastante reduzido, o que é um sinal positivo”, explica Camila Simão.


Pesquisa

O Instituto também desenvolve pesquisas próprias e ingressa em estudos multicêntricos. Foi a partir de um desses estudos, conduzidos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que descobriram a presença do Intestino e Bexiga Neurogênicos nas crianças com a Síndrome.



Os estudos de graduação da cientista social Fernanda Moura, atualmente mestranda em Antropologia Social pela UFRN, também se delinearam no cenário pós-epidemia de Zika Vírus e suas repercussões, com foco na perspectiva de profissionais de saúde e nas transformações dos serviços especializados.


A pesquisa ressalta, majoritariamente, aspectos relativos ao cuidado multiprofissional no contato direto com os usuários afetados pela Zika e os desafios presentes na prestação de serviços em um contexto de epidemia.


Segundo a pesquisadora, um dos principais achados do estudo diz respeito aos impactos da metodologia multidisciplinar na construção de uma comunicação efetiva, na discussão dos diagnósticos e na abordagem dos possíveis tratamentos para cada criança, levando em conta as particularidades do Zika.


Os estudos constataram, na abordagem multidisciplinar, potenciais benefícios que podem gerar melhorias em outros espaços de saúde e na reabilitação de diversas condições neurológicas, para além da microcefalia.


“De forma geral, nossa pesquisa tem como objetivo observar como os tratamentos e a reabilitação intensiva, a partir dos itinerários terapêuticos percorridos, agem ativamente na vida das crianças com microcefalia e de seus familiares, com ênfase nas mães”, pontuou Fernanda.


Para Adalgisa e tantas outras mães de crianças que convivem com a Síndrome Congênita do Zika Vírus, os desafios trazidos pelo diagnóstico não transformam o amor e o orgulho que sentem ao ver cada avanço dos filhos.



“Ainda falta na sociedade essa sensibilidade para ajudar, para evitar comparar com outras crianças e, principalmente, ainda falta acessibilidade. Essas são coisas que eu aprendi convivendo com Emilly, e que deveriam ser ensinadas a todas as pessoas”.


Fonte: g1

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Corpo de homem queimado e com marcas de tiros é encontrado às margens de rio na Grande Natal


Um corpo de um homem queimado e com marcas de tiros foi encontrado nas margens do rio Ceará-Mirim, em trecho localizado na cidade de Extremoz, na Grande Natal, durante a manhã desta quinta-feira (3). Segundo informações da Polícia Militar, as características da ocorrência levantam a hipótese de uma execução.


Ainda de acordo com a PM, a vítima apresentava marcas de tiros na cabeça, tórax e costas. A falta de residências nas proximidades e o funcionamento do comércio, que ocorre apenas durante o dia, atrapalham a busca por testemunhas do crime. 


O Itep foi acionado ao local para recolher o corpo e iniciar as análises do corpo, que não possuia documentos de identificação. A Polícia Civil deve investigar o caso.


Fonte: Tribuna do Norte

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Inquéritos de violência doméstica contra mulheres e crianças crescem 35,5% no RN, diz PC


A Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN), por meio do Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade (DPGV), divulgou, nesta quinta-feira (03), um aumento significativo na quantidade de instauração e conclusão de investigações de crimes de violência doméstica e/ou familiar contra mulheres, pessoas idosas e crianças e adolescentes. De acordo com os dados levantados, houve uma média de aumento de 35,5% de Instauração de Inquéritos policiais para apurar crimes dessa natureza, e 45,5 % de remessas desses procedimentos à Justiça.


Os dados se compatibilizam com o aumento de registros de ocorrência, que segundo números da COINE, foram de 31,7%, em relação ao ano passado (6.507 BOs neste ano e 4.939 BOs, em 2022) e ainda um aumento de 27,58%, de chamados através do CIOSP (disque 190), totalizando um registro de 3.330 chamados neste ano e 2.610 no ano passado. Já de janeiro a agosto de 2023, foram registradas 102 prisões. 


Municípios que eram desprovidos de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM) no ano de 2022, como Assu, Ceará Mirim e Nova Cruz, apresentaram um aumento de mais de 100% de instauração de investigações dessa natureza. Além disso, números expressivos relacionados à remessa de inquéritos à Justiça também foram alcançados pelas DEAMs localizadas nos municípios de Macaíba, Nova Cruz, Caicó, Ceará Mirim e Assú, e algumas chegaram a um aumento expressivo de remessa, como é o caso de Ceará Mirim e Pau dos Ferros, com 244% e 132%, respectivamente.


Ademais, a Delegacia Especializada de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência de Natal (DEPID/Natal) também se destaca com um aumento de 106%, no período sob análise, na instauração de investigações de crimes praticados contra a pessoa idosa em contexto doméstico ou familiar. Os dados comparativos são referentes ao primeiro semestre de 2022 e 2023, e são relativos aos municípios com Delegacias Especializadas de Atendimento às Mulheres (DEAMs) e das Delegacias Especializadas de Proteção a Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência (DEPIDs). 


fonte: Tribuna do Norte

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3R Petroleum aumenta preço da gasolina em R


A empresa 3R Petroleum promoveu um novo reajuste no preço dos combustíveis nesta quinta-feira (3), na refinaria Clara Camarão, em Guamaré. O litro da Gasolina A vendido às distribuidoras passou a R$ 3,299, o que representa um aumento de 3% ou R$ 0,09. Já o Diesel A S500 chegou a R$ 3,591, com crescimento de R$ 0,25 ou 7,5%. É o quinto aumento consecutivo nos combustíveis desde o mês passado.


Como comparação, a gasolina vendida pela Petrobras no terminal de Cabedelo, no estado da Paraíba, está a R$ 2,404, o litro. Em comparação com o preço cobrado às distribuidoras no Rio Grande do Norte, a diferença é de R$ 0,89. Já o mesmo óleo Diesel no terminal paraibano está a R$ 2,846, o que é R$ 0,74 mais barato que o praticado na refinaria Clara Camarão.


A 3R Petroleum já havia se posicionado em nota à imprensa anteriormente esclarecendo que os preços dos produtos derivados produzidos pela companhia seguem parâmetros de mercado - tais como o dólar, o valor de referência internacional do petróleo, custos logísticos para recebimento de derivados na região Nordeste, entre outros. "Vale destacar que ajustes nos preços podem ocorrer de forma recorrente, amparados por critérios técnicos e condições de mercado", diz a nota.


Fonte: Tribuna do Norte

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Com vacinação abaixo da meta no RN, Sesap recomenda a municípios Dia D contra gripe e febre amarela no sábado (5)

Vacina contra a gripe — Foto: Ricardo Custódio/EPTV

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) emitiu uma recomendação para que todos os municípios do Rio Grande do Norte realizem o Dia D de Vacinação contra a gripe (influenza) e febre amarela neste sábado (5).


A medida precisa ser confirmada e divulgada pelos municípios, caso aconteça a ação no dia sugerido.


A recomendação acontece em função da campanha de imunização contra as duas doenças estar abaixo da meta no estado.


Contra a gripe, 43% da população potiguar havia se vacinado até esta quinta (3)- a meta é alcançar 90% dos grupos prioritários. Já contra a febre amarela, foram vacinados 37% e a meta é 95% do público-alvo.



A recomendação da Sesap para o dia D de Vacinação contra a influenza e febre amarela é que os muincípios mantenham os postos de saúde abertos com horários estendidos e facilitando o acesso da população.


"A estratégia de definição de um dia 'D', possibilita a oportunidade de vacinação para as pessoas que tem dificuldade de acesso durante os demais dias da semana", explicou a técnico do Programa Estadual de Vacinação, Iraci Nestor.


"Além disso, quando estas datas são promovidas tem apresentado resultados bastante positivos, principalmente quando é realizada uma ampla divulgação para a população".


Vacinas

A vacina contra a influenza foi ampliada para todas as pessoas não vacinadas a partir de seis meses de idade.


Já a vacina contra a febre amarela está disponível na rede pública de saúde, sendo recomendada para população dos 9 meses a 59 anos de idade.


Fonte: g1

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Contrato levanta suspeita de que Carla Zambelli teria pagado com dinheiro público o hacker que invadiu sistemas da Justiça


Um contrato do gabinete da deputada do PL Carla Zambelli com uma empresa levantou a suspeita de que dinheiro público pode ter sido usado para pagar o hacker que invadiu o sistema do Conselho Nacional de Justiça.


Jean Hernani Guimarães Vilela é secretário parlamentar do gabinete da deputada federal Carla Zambelli, do PL, desde maio. Ele foi um dos alvos da operação realizada na quarta-feira (2) pela Polícia Federal que investiga a invasão a sistemas da Justiça.


A PF aponta que Jean foi responsável por um dos pagamentos ao hacker Walter Delgatti, preso em Araraquara, São Paulo. Delgatti confessou que inseriu, em janeiro de 2023, informações falsas no sistema do Conselho Nacional de Justiça, que abriga o Banco Nacional de Mandados de Prisão. Zambelli é investigada pela suspeita de ter contratado Delgatti com esse objetivo.



Na quarta (2), depois da operação, a deputada disse que os pagamentos ao hacker foram para cuidar do site dela, e negou que tenha usado dinheiro público da chamada cota parlamentar - uma verba que cada deputado tem direito para custear despesas do mandato.


“Os pagamentos que houve foram sempre relacionados ao site, para ele fazer melhorias no site. Não foi da minha cota. Todo dinheiro foi de empresa que eu subcontratei, e essa empresa pagou, mas do meu bolso, não da cota”, disse Zambelli.

Só que dados da transparência da Câmara revelam que entre outubro de 2022 e abril de 2023, Carla Zambelli pagou um total de R$ 94 mil por um serviço de divulgação parlamentar. A empresa contratada tem uma única dona: Monica Romina Santos de Sousa, esposa de Jean - assessor que fez um dos repasses ao hacker.


A empresa recebeu sete pagamentos mensais de R$ 9 mil cada. Apenas em dezembro, um mês antes da invasão ao sistema do CNJ, houve mais um repasse de R$ 31 mil. No cadastro da empresa na Receita Federal tanto o e-mail quanto o telefone são contatos de Jean Hernani.


O hacker Walter Delgatti forneceu à Polícia Federal extratos que revelam que ele recebeu de Carla Zambelli R$ 13,5 mil nos meses anteriores e posteriores à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça. Em depoimento, ele disse que um desses pagamentos foi feito por Jean.



O assessor da deputada foi ouvido na quarta-feira (2) pela Polícia Federal. Nesta quinta-feira (3), por telefone, apesar de a deputada admitir que o hacker trabalhava para o site dela, Jean disse que pagou Delgatti com dinheiro dele, pessoal.


“A situação do hacker foi o seguinte: eu com, não sei se inocência... Eu quero fazer algo bonito para a deputada para ela poder ficar impressionada. Eu contratei o Walter com o dinheiro meu, pessoal. Não foi pago dinheiro da Hernani Filmes para o Walter, foi pago dinheiro do Jean, pessoa física”, afirmou Jean Hernani Guimarães Vilela.

A deputada Carla Zambelli voltou a dizer que nunca fez nenhum pagamento ao hacker Walter Delgatti com dinheiro da cota parlamentar.


O assessor da deputada, Jean Guimarães Vilela, respondeu pela esposa, Monica de Sousa. Ele disse que a empresa dela cumpriu todo o serviço para o qual foi contratada.


Fonte: Jornal Nacional

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Polícia Federal prende fazendeiro que ameaçou 'dar tiro' em Lula no Pará


A Polícia Federal prendeu no fim da tarde desta quinta-feira (3) um fazendeiro do Pará suspeito de ter ameaçado “dar um tiro” no presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que visitará o Estado nos próximos dias. A prisão foi em Santarém.


Segundo pessoas familiarizadas com a investigação ao blog, Arilson Strapasson chegou a tentar descobrir o hotel em que Lula vai se hospedar em Santarém. Está previsto que o presidente chegue nesta sexta (4) à cidade.


[CORREÇÃO: ao publicar este texto, o g1 errou o nome do suspeito preso pela PF após ameaçar de morte o presidente Lula nesta quinta-feira. A informação foi corrigida às 21h09.]


Em comunicado, a PF afirma que o homem teria feito as ameaças enquanto fazia compras em uma loja de bebidas na quarta-feira (2). Enquanto realizava a compra, o homem teria dito que daria um tiro na barriga do presidente, e teria perguntado aos presentes se sabiam onde ele se hospedaria quando fosse ao município.


O inquérito foi instaurado após uma das testemunhas realizar uma denúncia logo após o ocorrido. Ele responderá pelos crimes de ameaça e incitação de atentado contra autoridade por motivação política.


O fazendeiro é apontado ainda como homem vinculado à grilagem e ao garimpo. Ele teria terras avaliadas em mais de R$ 2,5 milhões.



Ao ser encontrado pela PF nesta quinta, o suspeito disse aos policiais que teria participado dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, e que teria invadido o salão verde da Câmara dos Deputados. Segundo o próprio homem, ele teria participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção situado na cidade de Santarém durante 60 dias ininterruptos e que, inclusive, financiou a manifestação com R$1 mil todos os dias.


O presidente participa da Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto, no Pará. Antes, no dia 7, está previsto que Lula visite o Navio Hospital Escola Abaré, e no mesmo dia, às 9h30, participa da Inauguração da Infovia 01.


Procurado, o Ministério da Justiça se limitou a confirmar a prisão.


Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse na noite desta quinta-feira que as ameaças a autoridades dos Poderes da República "não é liberdade de expressão" e que a PF "seguirá aplicando a lei contra criminosos".


"Mesmo após o fracasso dos atos golpistas de 8 de janeiro, ainda existem pessoas que ameaçam MATAR ou AGREDIR FISICAMENTE autoridades dos Poderes da República. Isso não é “liberdade de expressão” e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos. Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026."


Fonte: Blog da Daniela Lima

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Ciclofaixa no meio da estrada é apagada após polêmica de vídeo nas redes sociais

Ciclofaixa no meio da estrada é apagada após polêmica de vídeo nas redes sociais — Foto: Reprodução

A ciclofaixa que viralizou nas redes sociais e gerou polêmica por ficar no meio de uma rodovia piauiense foi coberta por asfalto na tarde desta quinta-feira (3). Um morador registrou o momento em que a faixa era apagada.


O Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER) informou, através de nota, que a obra continua em execução e não haverá ciclovia na faixa central. Leia a nota completa ao fim da reportagem.


O morador, que não quis se identificar, disse que foi ao local duas vezes após ver a repercussão na internet.


"Pela manhã eu fui lá, por volta das 10h45, fiz vários vídeos e fotos. E quando voltei a tarde, o governo já estava passando pinche, por votla das 14h30. Foi tudo muito rápido, a repercussão dessa ciclofaixa ganhou o país e o mundo", afirmou ao g1.

A ciclofaixa que fica localizada entre as estradas PI-140 e PI-141, que corresponde ao anel viário da cidade de Canto do Buriti, cerca de 400 km ao Sul de Teresina, viralizou nas redes sociais por está entre duas vias.


O DER informou que o local passava por obras e entre as mudanças pelas quais o trecho deveria passar, e que o deslocamento da ciclofaixa para a lateral da estrada estava planejada.


A obra custou mais de R$ 6 milhões, com extensão de mais de 10 km. O trecho faz um desvio na PI-140, cortando a PI-141, para que os condutores não precisem passar por dentro do trecho urbano da cidade de Canto do Buriti.


Barreiras são necessárias


Ciclofaixa no meio de estrada no Piauí viraliza nas redes sociais: 'na lateral já não é respeitada' — Foto: Reprodução


Conforme o engenheiro e professor Kidner Próspero, a norma de trânsito não proíbe esse tipo de ciclovia, mas é necessário, nesse caso, que haja as "defensas", barreiras que impeçam os veículos automotores de atingir os ciclistas caso o condutor perca o controle.


"O bom senso vai dizer pra gente que isso coloca o ciclista em perigo. A boa prática não recomenda fazer esse tipo de ciclovia. Então, o ideal seria fazer uma ciclovia na lateral da pista ou, caso se mantenha, teria que fazer as defensas", explicou.


Nota do DER-PI:


Sobre a obra do contorno rodoviário da cidade de Canto do Buriti, a 400 km ao sul de Teresina, o Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER/PI) informa que a obra ainda está em execução e não haverá ciclovia na faixa central. A obra, quando concluída, contará com todos os dispositivos de segurança exigidos pela legislação.


Fonte: g1

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Usar só material digital na escola vai na contramão do que é feito no mundo, dizem especialistas em educação

Debate sobre uso de tecnologia na sala de aula ganhou novos contornos após decisão do governo de São Paulo — Foto: Fabiane de Paula/SVM

Não há experiência internacional, estudo ou entidade que apoie a decisão de eliminar os livros da sala de aula e oferecer apenas conteúdo informatizado. A recente decisão do governo de São Paulo de fornecer aos alunos do ensino fundamental II e do ensino médio apenas material didático digital desenvolvido por seus próprios técnicos estaduais é amplamente criticada por acadêmicos e entidades que acompanham o tema com preocupação.


É unânime a posição de especialistas que o desafio de formar as futuras gerações exige a adoção de um esquema híbrido, que integre as vantagens do analógico e do digital. E essa mistura precisa ser gradual, acompanhada de adaptações na infraestrutura das escolas, na formação docente e nas propostas pedagógicas.



A razão para a crítica contundente à decisão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) passa por justificativas como o exemplo da Suécia (que adotou a digitalização completa e agora decidiu recuar), pelo mais recente relatório da Unesco (que sugere banir os celulares da sala de aula) e chega ao rescaldo recente da pandemia, onde a falta de estrutura das escolas e das famílias ficou evidente.


O diretor executivo da ONG Todos Pela Educação, Olavo Nogueira Filho, afirma que dados e evidências sugerem muita cautela na adoção do digital.


"Nenhum país fez substituição integral de impressos por digitais. A ideia é que haja uma coexistência. A Suécia, que buscou a digitalização completa, está [voltando atrás] e repensando essa postura [após um ano de implementação]", diz Nogueira.

Paulo Blikstein, especialista no uso da tecnologia para a aprendizagem e diretor do Transformative Learning Technologies Lab, na Universidade de Columbia (EUA), explica ainda que não é uma questão de "vilanizar" a tecnologia.


"Não queremos descartar o digital, mas não é possível impor esse sistema rapidamente. Precisa haver um processo de adequação à realidade."


Abaixo, veja quais aspectos devem ser levados em conta quando uma rede (ou colégio) adota o material informatizado:


O ensino remoto na pandemia de Covid-19 escancarou a desigualdade entre alunos da rede pública e da rede privada no acesso à internet.

Um exemplo: das escolas municipais brasileiras de ensino fundamental, 38% dispõem de computador de mesa, 23,8% contam com computadores portáteis, 52% têm internet banda larga e 23,8% oferecem internet para uso dos estudantes, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2022.

Segundo a Unesco, 1 em cada 4 escolas de anos iniciais do ensino fundamental do mundo não tem eletricidade.

"O mais grave de adotar o ensino 100% digital é que isso coloca o aluno que é mais vulnerável, que está em situação de risco, que não tem uma boa conexão de internet, em uma situação ainda mais difícil, sem livros, apenas com essas opções digitais que ainda não foram testadas. É um sistema que pode precarizar o ensino justamente para quem mais precisa de educação", diz Blikstein, da Universidade de Columbia.


E não basta oferecer tablets e notebooks para os alunos usarem no colégio. É preciso garantir que a rede de Wi-Fi suporte o acesso simultâneo de centenas de alunos, por exemplo, e que eles tenham condição de fazer atividades on-line em casa.



"Ao usar o computador, cai a internet, o livro digital pode não estar disponível... são problemas que ocorreram durante a pandemia", diz Neide Noffs, professora do Departamento de Formação Docente, Gestão e Tecnologias da PUC-SP.

🖥️Computador quebrou? Alguém precisará consertá-lo

Na Móbile, escola privada de São Paulo, o processo de alfabetização é, em parte, digital, com atividades em tablets de até 10 minutos por dia.


A diretora da educação infantil, Maria de Remédios Cardoso, conta que, por causa disso, passou a ser necessário ter um departamento de tecnologia educacional "dentro da escola, o tempo todo".


"Precisa de uma equipe a postos para garantir que a internet esteja funcionando, que o sistema operacional seja mais eficiente e que os dados dos alunos estejam preservados. Computadores podem quebrar, não tem jeito. É necessário fazer esse investimento", relata.

O Colégio Anchieta, da Rede Jesuíta de Educação de Porto Alegre, por exemplo, enfrentou outro desafio ao adotar os livros digitais (os físicos continuam como opção para os alunos que os preferirem): investir em um acesso seguro à rede de internet. "Tem de haver login com senha, para que haja integridade e privacidade dos dados dos alunos", afirma o coordenador Cleiton Gretzler.


💻Uso excessivo de telas


Por orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o contato com telas não pode ultrapassar os seguintes limites, a cada faixa etária:


dos 2 aos 5 anos: até 1 hora por dia;

dos 6 aos 10 anos: entre 1 e 2 horas por dia;

dos 11 aos 18 anos: entre 2 e 3 horas por dia.

Especialistas ouvidos pelo g1 demonstraram preocupação com o uso de livros digitais, porque, associados ao tempo de lazer que as crianças já dedicam a tablets, podem gerar uma superexposição à tecnologia.


A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, já mostrou que esse excesso leva a:


prejuízos na comunicação,

problemas no sono e

atrasos no desenvolvimento cognitivo.

Por evidências como essas, Neide Noffs, da PUC-SP, defende que os livros físicos estejam sempre presentes. "Eles fazem com que o aluno vá até a biblioteca, leia uma revista, entre em contato com diferentes dispositivos de leitura. São experiências que vão além de só 'ler'", afirma.


😶‍ Prejuízos pedagógicos: mais tela, menos concentração?

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em relatório divulgado em julho deste ano, faz uma leitura crítica da tecnologia nas salas de aula e afirma que seu uso não pode ser "soberano". A entidade chama a atenção para os possíveis prejuízos na concentração dos estudantes e chega a sugerir que os celulares sejam banidos das escolas.


Katia Smole, diretora do Instituto Reúna, afirma que pesquisas mostram possíveis prejuízos na capacidade de leitura de quem usa apenas telas (em vez de um esquema misto).


Um exemplo: em um estudo da Universidade de Stavanger, na Noruega, em 2012, cientistas compararam estudantes que leram textos apenas no formato digital com outros que leram os mesmos conteúdos, só que em papéis impressos. Eles constataram que o primeiro grupo teve um desempenho inferior ao segundo.


Segundo o artigo, o fato de o aluno apenas "scrollar" o arquivo digital, em vez de virar a página de um livro físico, atrapalha a memória e prejudica a interpretação.

Outro estudo, publicado no "The Journal of Experimental Education" em 2017, constatou que os alunos até preferiram, inicialmente, a experiência do digital. Mas, quando testados, mostraram que compreenderam melhor o conteúdo do meio impresso.


Antonio Rosso Júnior, professor do Insper (SP) e autor de materiais didáticos, explica que o uso de telas para leitura exige certa maturidade do aluno. "Apesar de as novas gerações serem digitais desde cedo, precisam aprender a diferenciar o lazer da hora de aprender. No ensino fundamental, vejo com ressalvas que o tablet seja 'lugar' tanto de estudo quanto de diversão."



TECNOLOGIA PODE SER ALIADA

"Aquela situação de material exclusivamente físico, sem suporte do uso de computador e de tablets, não faz mais sentido no século XXI. A questão é: em que medida usar?", questiona Rosso.


Veja quais vantagens existem no uso da tecnologia:


💬Possibilidade de melhor compreensão do conteúdo

Olhando para os aspectos positivos de haver materiais digitais, especialistas mencionam a possibilidade de mostrar vídeos, gráficos e recursos de inteligência artificial para que o aluno compreenda melhor o conteúdo.


"Se uma criança do ensino fundamental estiver aprendendo sobre o sistema digestório e olhar uma imagem chapada no livro, vai ter um grau de absorção da matéria. Se ela vir um vídeo do sangue circulando no corpo, aprenderá muito mais. É tudo questão de escolher o momento certo para usar o digital", afirma Cardoso, da Móbile.

☑️Avaliação mais ágil

Usando a tecnologia e em parceria com EdTechs (startups de educação), professores podem corrigir as atividades com mais agilidade, conta Gretzler, coordenador do Colégio Anchieta.


"O sistema permite uma análise de dados mais abrangente, para verificar o progresso dos estudantes na aprendizagem. Possibilita também, em alguns momentos, a personalização [do ensino], levando em conta o ritmo individual de cada aluno", explica.



🧑‍🦯Democratização do conteúdo para acesso de pessoas com deficiência

Livros digitais têm uma vantagem em relação aos impressos: podem usar recursos de acessibilidade que facilitam a leitura para crianças com deficiência (como cegueira). Há softwares que reproduzem, em áudio, o que está escrito na tela, por exemplo, ou que aumentam o tamanho das letras para quem tem baixa visão.


🎒Menos peso na mochila e sem risco de esquecimento

O coordenador Gretzler, pela experiência com ensino digital no colégio, conta que os alunos passam a carregar menos peso na mochila quando optam pelos e-books. Também aponta outra vantagem: uma "redução de danos" para quem não se lembra de levar o material todo dia.


"Como exemplo prático, durante o 1º trimestre de 2023, tivemos 869 registros de ocorrências de alunos que não trouxeram o único livro físico que ainda usamos na escola (Línguas Estrangeiras Modernas). Em contraposição, apenas 106 alunos não trouxeram o Chromebook, que engloba seis componentes curriculares", conta.


Fonte: g1

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