quarta-feira, outubro 05, 2022

Universidades federais: novo bloqueio no orçamento coloca atividades em risco



A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirmou nesta quarta-feira, 5, que o governo federal bloqueou mais R$ 328,5 milhões de recursos do Ministério da Educação que seriam destinados às universidades federais.


Na última sexta-feira, 30, o Planalto editou um decreto com contingenciamento (bloqueio de despesas) adicional de R$ 2,6 bilhões no Orçamento, mas não detalhou as áreas afetadas.


Segundo a entidade, a União "congelou" R$ 328,5 milhões em despesas que poderiam ser empenhadas em universidades. Esse valor, somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, totaliza R$ 763 milhões retirados das universidades federais no Orçamento aprovado para este ano.


A Andifes diz ainda que a associação foi convocada pelo Secretário da Educação Superior, Wagner Vilas Boas de Souza, para uma reunião nesta terça-feira, 4, juntamente com o secretário adjunto da Secretaria de Educação Superior (SESu) do MEC, Eduardo Salgado.


A associação diz que foi informado na reunião que o bloqueio total de recursos no MEC em 2022 é de R$ 2,4 bilhões. Já nas contas da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, o contingenciamento na pasta é da ordem de R$ 3 bilhões, tornando a Educação a área mais penalizada pelos bloqueios de recursos em 2022 para o cumprimento do teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação.


A Andifes diz ainda que já buscava reverter os bloqueios anteriores para não comprometer o funcionamento das instituições e avaliou a atual situação como "gravíssima". "Este novo contingenciamento coloca em risco todo o sistema das universidades", diz. A associação lamentou ainda mais em esse corte "no mês de outubro, quase ao final do exercício, que afetará despesas já comprometidas, e que, em muitos casos, deverão ser revertidas, com gravíssimas consequências e desdobramentos jurídicos para as universidades federais", diz em nota.


Segundo a entidade, a União "congelou" R$ 328,5 milhões em despesas que poderiam ser empenhadas em universidades. Esse valor, somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, totaliza R$ 763 milhões retirados das universidades federais no Orçamento aprovado para este ano.


A Andifes diz ainda que a associação foi convocada pelo Secretário da Educação Superior, Wagner Vilas Boas de Souza, para uma reunião nesta terça-feira, 4, juntamente com o secretário adjunto da Secretaria de Educação Superior (SESu) do MEC, Eduardo Salgado.


A associação diz que foi informado na reunião que o bloqueio total de recursos no MEC em 2022 é de R$ 2,4 bilhões. Já nas contas da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, o contingenciamento na pasta é da ordem de R$ 3 bilhões, tornando a Educação a área mais penalizada pelos bloqueios de recursos em 2022 para o cumprimento do teto de gastos, regra que atrela o crescimento das despesas à inflação.


A Andifes diz ainda que já buscava reverter os bloqueios anteriores para não comprometer o funcionamento das instituições e avaliou a atual situação como "gravíssima". "Este novo contingenciamento coloca em risco todo o sistema das universidades", diz. A associação lamentou ainda mais em esse corte "no mês de outubro, quase ao final do exercício, que afetará despesas já comprometidas, e que, em muitos casos, deverão ser revertidas, com gravíssimas consequências e desdobramentos jurídicos para as universidades federais", diz em nota.


Fonte: Estadão Conteúdo

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Gerente da Codevasf é afastado por suspeita de corrupção após receber R$ 250 mil de empresas, diz PF

Um gerente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em São Luís, foi afastado das suas atividades por suspeita de ter recebido cerca de R$ 250 mil de empresas que estariam envolvidas em um esquema de desvios de recursos públicos, segundo a Polícia Federal.


Codevasf no Maranhão é alvo de operação da Polícia Federal (PF) — Foto: Divulgação/Polícia Federal


Além de ter sido afastado da função pública, também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do gerente, que não teve o nome informado.


Essa ação foi realizada no dia 29 de setembro e faz parte da segunda fase da Operação Odoacro, que visa desarticular o núcleo de uma suposta organização criminosa composta por servidores públicos que estariam fraudando licitações e desviando verbas federais da Codevasf.



A principal empresa envolvida no suposto esquema é a Construservice, no qual a Codevasf possui contratos para realização de obras de pavimentação com asfalto ou bloquetes, assinados entre 2019 a 2021, em 12 municípios. Somados, os contratos chegam a R$ 15 milhões.


A Construservice é a segunda empresa que mais firmou contratos com a Codevasf no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Já a Codevasf é uma estatal responsável por realizar obras e serviços em estados do Nordeste, do Norte e no Distrito Federal.


A empresa é comandada por integrantes do Centrão – grupo de partidos que atualmente dá sustentação ao governo Bolsonaro. A estatal recebeu R$ 2,1 bilhões em emendas parlamentares entre 2018 a 2021.


Em nota, a Codevasf afirmou que colabora com o trabalho da Justiça e que o processo judicial sobre o caso está sob segredo de Justiça. A empresa disse ainda que possui sólida estrutura de governança implantada e que indícios de conduta ilegal ou antiética por parte de seus funcionários são apurados.


Operação Odoacro

A primeira fase da Operação Odoacro foi realizada no mês de julho em São Luís, Dom Pedro, Codó, Santo Antônio dos Lopes e Barreirinhas, com 16 mandados de busca e apreensão. Nos locais onde a PF esteve, foram apreendidos relógios de luxo e R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo.


Parte do dinheiro que foi apreendido pela Polícia Federal na Operação Odoacro — Foto: Divulgação/PF

Relógios de luxo encontrados durante a operação 'Odoacro' no Maranhão — Foto: Divulgação/PF


Contratos são alvo de investigação

Segundo a Polícia Federal, parte dos contratos da Codevasf com a Construservice são suspeitos de terem sido fraudados durante o processo licitatório.


Em todos os contratos, também chama a atenção a falta de indicação do local exato onde seria realizada a obra de asfaltamento. Há somente o nome do município. Veja na tabela abaixo os locais e valores.


Contratos da Codevasf com a Construservice no Maranhão

Data do contratoPeríodo de vigênciaMunicípiosTipo de serviçoÁrea de aplicação da obraValor contratado (com aditivos)
14/10/202006/10/2020 - 01/10/2022Lago da PedraPavimentação em blocos intertravado de concreto (bloquete)16.383,53 m²R$ 1.335.749,00
01/02/202113/04/2021 - 10/10/2022Jenipapo dos Vieiras, Cantanhede, São João do Paraíso e Humberto de CamposPavimentação em blocos intertravado de concreto (bloquete)23.426,33 m²R$ 1.910.000,00
23/12/2021Não constaGonçalves DiasPavimentação Asfáltica8.062,47 m²R$ 955.000,00
21/12/2021Não constaLago do JuncoPavimentação Asfáltica12.093,71 m²R$ 1.432.500,00
21/12/2021Não constaTuntumPavimentação Asfáltica8.062,47 m²R$ 955.000,00
21/12/2021Não constaPedreirasPavimentação Asfáltica36.281,13 m²R$ 4.297.500,00
21/12/2021Não constaMiradorPavimentação Asfáltica12.093,71 m²R$ 1.432.500,00
21/12/2021Não constaVitorino FreirePavimentação Asfáltica12.093,71 m²R$ 1.432.500,00
21/12/2021Não constaMatõesPavimentação Asfáltica12.093,71 m²R$ 1.432.500,00


O principal sócio da empresa Construservice é Eduardo José Barros Costa, o 'Eduardo Imperador', que chegou a ser preso no âmbito da Operação Odoacro, mas pagou fiança de R$ 121 mil e foi solto com o uso de tornozeleira eletrônica.


O empresário Eduardo Costa, conhecido como 'Eduardo Imperador', está preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. — Foto: Divulgação


Além disso, o esquema não é novo e é uma cópia do que já era realizado em 2015, na cidade de Dom Pedro (MA), onde a Polícia Civil do Maranhão fez uma grande operação e chegou a prender o mesmo 'Eduardo Imperador'.


Saiba mais:


Segundo as investigações da Polícia Civil, na época foram desviados R$ 100 milhões de 42 prefeituras do Maranhão. A diferença para o esquema de 2015 para o atual é que antes eram de desviados recursos estaduais, e agora são federais.


Construservice é investigada por desvios de recursos públicos da Codevasf no Maranhão — Foto: TV Mirante


Como funciona o esquema

De acordo com a Polícia Federal, tudo começa com a criação de várias empresas de ramos semelhantes, que são usadas para disputar licitações para a realização de serviços para a Codevasf, como pavimentação de ruas ou avenidas.


'Eduardo Imperador', apontado como líder em esquema de desvios de dinheiro da Codevasf — Foto: Reprodução/ TV Mirante


No esquema criminoso, todas as empresas que vão participar da licitação são ligadas a uma única pessoa, só que de forma camuflada ou oculta. Tanto no esquema realizado em Dom Pedro, como agora com a Codevasf, a PF afirma que essas empresas eram abertas em nomes de 'laranjas', que podem ser amigos ou parentes do líder do esquema.


Porém, além de laranjas, também chamou a atenção a abertura de empresas em nome relacionados ao próprio Eduardo, só que em CPFs falsos. Após serem abertas, a maioria das empresas demonstram ser 'de fachada', ou seja, existiam somente no papel, mas não tinham atuação no mercado.


No esquema de desvios na Codevasf, uma das poucas empresas que não eram de fachada era a Construservice, no qual o principal sócio é o Eduardo José Costa, só que não de forma oficial. Nos registros oficiais, quem seriam o 'donos' da empresa seriam Adilton da Silva Costa e Rodrigo Gomes Casanova Júnior, só que quem comanda de fato seria Eduardo. Por isso, ele é considerado um 'sócio oculto' da empresa.


A Construservice, segundo a Polícia Federal, era a empresa sempre beneficiada nas licitações. Ou seja, várias empresas participavam da 'competição' pela licitação, só que antes já havia o combinado de que quem ganharia seria a Construservice.


Reunião de Eduardo Costa, da empresa Construservice, consta na agenda oficial do presidente da Codevasf, Marcelo Moreira — Foto: Reprodução


Em 16 de dezembro de 2020, consta na agenda oficial do presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, um encontro com Eduardo Costa. O evento aconteceu na sala da presidência na sede da empresa, em Brasília.


O outro lado

Na época da prisão, a defesa de Eduardo Costa afirmou que a prisão foi desnecessária, pois o inquérito policial é fruto 'apenas do início da investigação e da visão unilateral da Polícia e do Ministério Público sobre os fatos', e que ele é inocente.


"A defesa de Eduardo José Barros Costa, entende, com base no ordenamento jurídico pátrio, ilegal e desnecessária a prisão temporária de seu constituinte. Informa que tudo o que há nos autos do inquérito policial em curso é fruto apenas do início da investigação e da visão unilateral da Polícia e do Ministério Público sobre os fatos; que ele nunca sequer foi notificado para falar, apresentar documentos e/ou quaisquer outras manifestações defensivas; que, a partir de agora, colabora com a investigação - que corre em segredo de justiça - esperando ter a oportunidade de prestar os devidos esclarecimentos, com os quais demonstrará sua inocência. Inocência, aliás, que deve ser presumida por força de expressa disposição constitucional", disse a nota.


Fonte: g1

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Brasil registra mais 109 mortes por Covid; média móvel aponta alta



O Brasil registrou nesta quarta-feira (5) 109 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 686.640 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 92. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +39%, indicando tendência de alta pelo segundo dia.


Brasil, 5 de outubro

Total de mortes: 686.640

Registro de mortes em 24 horas: 109

Média de mortes nos últimos 7 dias: 92 (variação em 14 dias: +39%)

Total de casos conhecidos confirmados: 34.743.598

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 8.056

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 6.393 (variação em 14 dias: -9%)

No total, o país registrou 8.056 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 34.743.598 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 6.393. A variação foi de -9% em relação a duas semanas atrás.


Em seu pior momento, a média móvel superou a marca de 188 mil casos conhecidos diários, no dia 31 de janeiro deste ano.


Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins não divulgaram atualização dos dados até às 20h desta quarta-feira.


Em alta (5 estados): RO, SP, PA, SC, GO

Em estabilidade (7 estados): AM, RJ, AL, SE, BA, AC, GO

Em queda (8 estados e o DF): PR, ES, DF, MS, MG, AP, MT, MA, MG

Não divulgou (6 estados): CE, PB, PI, RN, RR, TO

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Fonte: g1

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Empresário que lambeu arma em SP é preso em processo por ameaça a morador de Artur Nogueira

O empresário Jose Sabatini, que apareceu em vídeos lambendo armas dentro de um carro e em uma rua do Centro de São Paulo, foi preso na noite de terça-feira (4) em Artur Nogueira (SP). Segundo a Polícia Militar (PM), a detenção ocorreu porque havia um mandado de prisão preventiva contra ele.


Polícia abre inquérito para apurar homem que aparece com arma no Centro de SP — Foto: Reprodução/Redes sociais


A PM informou que a ordem de prisão tem origem em um processo ao qual Jose Sabatini responde por ameaça, movido por um morador de Artur Nogueira. No boletim de ocorrência registrado sobre o caso, em 28 de setembro, o morador afirma que ele e o pai teriam sido ameaçados com uma faca pelo empresário.


A ameaça teria ocorrido porque Jose Sabatini discordou de uma cobrança de honorários advocatícios que o homem moveu contra ele na Justiça. O g1 não localizou, até esta publicação, a defesa do empresário.


PM cumpriu mandado de prisão contra Jose Sabatini, em Artur Nogueira — Foto: Polícia Militar


A prisão

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, policiais militares cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, que foi detido porque também havia contra ele o pedido de prisão preventiva.


A prisão ocorreu às 18h de terça-feira (4), no bairro Jardim Resek. "O homem permaneceu preso, à disposição da Justiça. Foi solicitado exame pericial ao IML e o caso, registrado como captura de procurado na Delegacia de Artur Nogueira".


O g1 procurou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para saber o resultado da audiência de custódia, mas não recebeu retorno até esta publicação.


José Sabatini, em vídeo que ameaça o ex-presidente Lula — Foto: Reprodução/Redes sociais


Vídeos das armas

A Polícia Civil abriu, na semana passada, um inquérito criminal contra o empresário após ele aparecer em vídeos que circulam nas redes sociais lambendo e mostrando armas dentro de um carro e em uma rua do Centro de São Paulo, perto da sede da Polícia Civil do estado.


O caso é apurado pelo 3º Distrito Policial (DP), Campos Elíseos, de acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) em 28 de setembro.


No mesmo dia, a Polícia Civil apreendeu uma espingarda e um revólver do empresário. Ele é investigado por suspeita de ter cometido o crime de porte ilegal de arma de fogo e incitação ao crime.


Nas imagens, o homem aparece lambendo o cano de uma arma longa enquanto está dentro do carro. Em seguida ele diz o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL).


Em outro vídeo que também circula na internet, o homem aparece vestindo paletó, camisa e calça social, caminhando pela Rua Washington Luz. Ele segura a arma longa com uma mão e depois a coloca no ombro. Também é possível ver que há uma arma curta presa à cintura dele.


Depois, ele diz que quando Bolsonaro for eleito, ele deve dar um "golpe" no Congresso e no Supremo.


Também ameaçou Lula

Jose Sabatini também foi investigado, até julho do ano passado, por um vídeo em que apareceu armado e fez ameaça ao ex-presidente Lula, candidato a Presidência neste ano.


Neste caso, o Ministério Público (MP) requereu que a Justiça rejeitasse a acusação.


O empresário ainda responde a um processo civil por injúria movido pelo ex-presidente, que entrou com uma ação de indenização por dano moral.


Fonte: g1

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Aluno pega arma de CAC e dispara contra três estudantes em escola pública de Sobral, no Ceará

Um aluno com uma arma atirou em três estudantes de uma escola estadual em Sobral, no Ceará, nesta quarta-feira (5). Ao menos três pessoas foram feridas, segundo a polícia. A arma utilizada no crime pertence a um CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).


Inicialmente a polícia havia informado que o dono da arma era pai do jovem, porém a Secretaria da Segurança negou e informou que ainda apura a identidade do CAC. Os tiros foram disparados na Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes, no Bairro Sumaré, em Sobral.


"A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social informa que um adolescente de 15 anos, suspeito de um ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio em uma escola estadual, foi apreendido com uma arma de fogo registrada no nome de um CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador), que seria familiar do jovem", disse a pasta, em nota.


Segundo a Santa Casa de Sobral, dois adolescentes foram baleados na cabeça e um deles está em estado grave de saúde e intubado. A segunda vítima está internada estável e a terceira foi baleada na perna e não há informações sobre seu quadro.


O atirador, de 15 anos, estuda na mesma sala de aula das três vítimas, onde cursam o 1º ano do Ensino Médio. O aluno havia ido para a aula no horário normal, levando livros e material escolar. O vigilante da escola não percebeu que ele estava com arma escondida sob o uniforme escolar. Por volta das 10h, ele fez os disparos que atingiu os colegas de sala.


A Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) lamentou o ocorrido e informou a Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 6, responsável pela região, adotou imediatamente as providências necessárias para socorro das vítimas e acionamento do trabalho policial.


"Os três alunos foram levados para atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Sobral e seus familiares estão sendo acolhidos pela equipe da Coordenadoria Regional, que inclui assistente social e psicóloga", disse a Seduc.


Ainda conforme a Secretaria, a pasta tem reforçado, constantemente, ações visando a segurança do ambiente escolar, tanto em termos físicos quanto psicológicos. Além disso, a secretária da Educação, Eliana Estrela, está se deslocando para Sobral para acompanhar a situação e prestar o apoio necessário.


Polícia diz que bullying motivou disparos


Aluno sendo socorrido após ser baleado por colega em escola de Sobral, no interior do Ceará — Foto: Reprodução


Segundo o comandante do Raio (grupo especial da Polícia Militar do Ceará), o atirador alegou à polícia que sofria bullying, e por esse motivo ele atirou contra os três colegas na escola.


"Prontamente as equipes do Raio conseguiram realizar a detenção do aluno na residência dele, com a pistola utilizada no crime", disse o policial.


Em postagem nas redes sociais, a governadora Izolda Cela informou que recebeu, com tristeza e preocupação, a notícia do ocorrido na escola.


"Determinei resposta rápida das nossas forças de segurança, inclusive sobre a origem da arma utilizada no crime. A Secretaria da Educação do Estado está também dando suporte necessário à comunidade escolar e às famílias. Seguimos em oração pela plena recuperação dos nossos alunos", disse Izolda.


Policiais capturaram o aluno que disparou contra três colegas em escola de Sobral — Foto: Reprodução


Fonte: g1

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Assembleia de Deus diz em carta que punirá membros que defenderem 'pautas de esquerda'

O Ministério do Belém da Assembleia de Deus de São Paulo afirmou em carta que membros da igreja que defenderem "pautas de esquerda" serão punidos. O caso foi relevado pelo jornal "Folha de S.Paulo" em reportagem publicada na terça-feira (4).


O ministério é um importante braço da Assembleia de Deus em São Paulo e reúne mais de 120 igrejas espalhadas pelo estado.


O documento, ao qual o g1 teve acesso, foi divulgado internamente na terça-feira, durante o plenário da 49ª Assembleia Geral Ordinária da Confradesp (Convenção Fraternal das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo).


A carta associa a esquerda à "destruição da família tradicional", "erotização das crianças", "ideologia de gênero", "liberação das drogas ilícitas" e "censura à liberdade religiosa".


Carta do Ministério do Belém da Assembleia de Deus diz que membros que defenderem 'pautas de esquerda' serão punidos — Foto: Reprodução


"[O plenário] não admitirá em seus quadros ministros que defendam, pratiquem ou apoiem, por quaisquer meios, ideologias contrárias aos princípios da palavra de Deus e aos preceitos morais e éticos defendidos pela Confradesp", diz o texto.


O g1 entrou em contato com o Confradesp por telefone e pela página de contato do site da convenção, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.


A divulgação da carta acontece logo após a definição do segundo turno das eleições entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que disputam os votos evangélicos.


Ainda na terça, publicações em redes sociais com conteúdo falso tentaram vincular Lula (PT) ao satanismo. O caso ganhou força em meio a uma polêmica envolvendo um vídeo antigo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) discursa durante visita à uma loja da Maçonaria.


O conteúdo é anterior à primeira candidatura de Bolsonaro à Presidência, em 2018. No vídeo, ele diz que não tinha intenção de concorrer à chefia do Executivo.


Já Lula foi associado a um homem identificado como Vicky Vanilla, que seria satanista. Em nota, o PT disse que não há relação entre o homem e o ex-presidente, e acusa grupos bolsonaristas no Telegram e WhatsApp de compartilharem a mentira.


Vicky Vanilla divulgou um vídeo nesta terça (4) em que afirma ter recebido ameaças e desmentindo o boato.


"Esse pronunciamento faz parte de uma live que fiz e está sendo usado fora de contexto", diz. "O vídeo está sendo espalhado como uma fake news a meu respeito e a respeito do candidato Lula, que não tem qualquer ligação com a nossa casa espiritual."


Fonte: g1

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Jeffrey Dahmer: por que série sobre serial killer americano causa tanta polêmica

A produção da Netflix sobre o serial killer Jeffrey Dahmer é um sucesso de audiência, mas também alvo de críticas de pessoas que classificam a série como "insensível".


A série retrata Jeffrey Dahmer, que matou 17 meninos e jovens entre 1978 e 1991 — Foto: Divulgação/Netflix


"Como negros, devemos boicotar (o programa). O que ele fez com nossos filhos negros é doentio", tuitou o rapper Boosie BadAzz.


Dahmer matou 17 meninos e jovens, muitos dos quais eram negros e gays, entre 1978 e 1991.


A irmã de uma de suas vítimas descreveu a série Dahmer: Um Canibal Americano como "cruel e imprudente".


Rita Isbell, cujo irmão Errol Lindsey tinha 19 anos quando Dahmer o assassinou, fez uma declaração comovente no julgamento do assassino em 1992, mas disse que não foi informada de que essa história seria retratada na série criada por Ryan Murphy, o mesmo idealizador de Glee e Pose.



"Quando vi parte da série, isso me incomodou, especialmente quando me vi, quando vi meu nome na tela e essa senhora dizendo palavra por palavra exatamente o que eu disse", disse Isbell ao site Insider.


A irmã de Lindsey disse que a Netflix deveria ter dado parte do dinheiro da série para os filhos e netos das vítimas.


"Se a série os beneficiasse de alguma forma, não seria tão cruel e imprudente. É triste que eles estejam apenas ganhando dinheiro com essa tragédia. Isso é apenas ganância."


Na semana passada, o primo de Lindsey, Eric Perry, tuitou que a família estava descontente com a série.


Série 'Dahmer: Um Canibal Americano' é protagonizada por Evan Peters — Foto: Divulgação/Netflix


"Está nos retraumatizando, e para quê?", disse ele. "De quantos filmes, séries, documentários precisamos? Retratar minha prima tendo um colapso emocional no tribunal na frente do homem que torturou e assassinou seu irmão é INSANO. INSANO."


Os crimes de Dahmer também envolveram canibalismo e necrofilia. Ele foi condenado em 1992 e assassinado na prisão dois anos depois.


Anne E. Schwartz, a jornalista que divulgou a história de seus crimes em 1991, disse ao jornal britânico The Independent que a série "sacrificou a precisão pela dramaticidade".


A ex-repórter disse que os produtores fizeram uso de uma "licença poética" em relação a muitos detalhes importantes e que a série "não tem muita semelhança com os fatos do caso".


Ele também observou que a "representação dos policiais da cidade como racistas e homofóbicos estava incorreta".


Recordes de audiência

A Netflix também foi criticada por inicialmente categorizá-lo como um programa LGBTQIA+. Esse rótulo foi posteriormente removido.


A controvérsia não impediu que o programa obtivesse os maiores números de audiência em uma primeira semana de exibição para uma série totalmente nova do serviço de streaming desde que seu sistema de medição entrou em operação em junho de 2021, de acordo com o site IndieWire.



A série, estrelada por Evan Peters como Dahmer, foi assistida por 196,2 milhões de horas em sua primeira semana completa e, atualmente, é o programa de TV da Netflix mais visto em mais de 60 países.


A BBC News entrou em contato com a Netflix para que a empresa comentasse sobre as críticas, mas não obteve resposta.


A sinopse oficial da série diz que ela "expõe crimes inconcebíveis, focando nas vítimas e comunidades afetadas pelo racismo sistêmico e falhas institucionais do policiamento que permitiram que um dos mais notórios assassinos em série dos Estados Unidos prosseguisse com sua fúria assassina à vista de todos por mais de uma década".


'Impossível de assistir'

As críticas da série foram variadas, com Stuart Heritage, do jornal britânico The Guardian, chamando-a de "quase nauseantemente impossível de assistir".


"O pior de tudo, até certo ponto, é a escolha da abordagem da série. A única coisa boa que uma série como essa pode fazer é tirar os holofotes do assassino e mostrar quem essas pessoas realmente eram. Mas infelizmente ela está muito fascinada com sua estrela principal para fazer isso."


Daniel Fienberg, do site The Hollywood Reporter, chamou de "mistura irritante", acrescentando que "reduzir a maioria das vítimas e suas famílias à dor é mais explorar essa dor do que honrar qualquer memória".


Paul Tassi, da revista Forbes, no entanto, publicou opinião diferente. "Não sei se 'gostar' do programa é a expressão certa, pois é bastante perturbador de assistir, mas acho que foi bem interpretado por todos os envolvidos, e o programa se esforçou para manter o foco nas vítimas, na inépcia da polícia e no rastro de danos que Dahmer deixou."


Fonte: g1

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O que é a maçonaria e por que ela está rodeada de mistério e polêmica

De vez em quando voltam às manchetes de jornais mistérios envolvendo os maçons e a suposta influência das elites dirigentes da maçonaria sobre a sociedade.


Sìmbolo maçônico; estima-se que haja 6 milhões de maçons pelo mundo — Foto: kelly2/Creative Commons


Entre os motivos para isso estão a antiguidade e a tradição de discrição em torno do grupo e, claro, o poder e influência de alguns de seus integrantes, como o ex-premiê britânico Winston Churchill e o escritor Oscar Wilde.

Estima-se que, ao redor do mundo, haja 6 milhões de pessoas ligadas à maçonaria.


Ainda que originalmente a maçonaria tenha se constituído como uma sociedade secreta, hoje, ao menos no Reino Unido, tem optado por se defender publicamente das acusações.


A Grande Loja Unida da Inglaterra publicou anúncios publicitários de página inteira em diversos jornais britânicos, pedindo o fim da "discriminação" sofrida por seus membros, os quais se queixam da representação "tergiversada" feita deles.


Quando o jornal The Guardian noticiou, por exemplo, a existência de duas lojas maçônicas que operariam em segredo no Parlamento do Reino Unido, compostas por políticos ou jornalistas. Em outra denúncia no Reino Unido, o presidente do principal sindicato das polícias da Inglaterra e do País de Gales disse que círculos maçons dentro da corporação estariam impedindo reformas voltadas à promoção de minorias, como mulheres e negros.


David Staples, líder dos maçons ingleses e galeses, negou as acusações apresentadas no Guardian e disse que nenhum de seus membros era parlamentar ou político.


"Não somos uma sociedade secreta", afirmou ele à BBC, agregando ser "ridícula" a notícia sobre o veto de policiais maçons a reformas corporativas.


Cerimônias secretas

Staples também falou que a maçonaria inglesa levaria a cabo uma série de eventos a portas abertas para responder a perguntas da população sobre a natureza e o funcionamento da organização.


Assim, dizem querer combater o hermetismo tradicionalmente associado a maçons.


Peter, um jovem maçom de Londres, disse ao Guardian: "Meus colegas de trabalho sabem que sou membro de uma loja, e nunca me encontrei com nenhum irmão maçom que se negasse a tornar pública sua filiação ou que escondesse o que fazemos".


Cada loja se reúne oficialmente quatro vezes ao ano, em cerimônias de acolhida a novos membros que podem ter uma hora de duração.

Mas o que ocorre nesses eventos sempre foi um segredo bem guardado.


"A melhor maneira de explicar é que é como se fosse uma peça de teatro, em que todo o mundo tem um papel", disse à BBC um integrante da maçonaria britânica, pedindo anonimato.

"O venerável mestre (um dos mais altos cargos nas lojas) é o ator principal, com a maioria das falas. À medida que você vai às cerimônias, tem de aprender coisas - há perguntas para as quais precisa aprender as respostas."


Mas o que é dito nessas cerimônias nunca é revelado ao mundo exterior.


De um lado, as maçonarias não veem com bons olhos que seus membros discutam política ou religião; de outro, porém, um dos requisitos para entrar para as lojas é, historicamente, a crença em um poder superior.


"(A tradição maçônica) é baseada no Templo de Salomão", diz à BBC Anna, integrante de uma das poucas lojas maçônicas femininas britânicas. "É uma alegoria, levemente baseada na religião."


Dados sobre os maçons:


Estima-se que haja 6 milhões de maçons no mundo;

Eles se reúnem em templos que chamam de lojas (em inglês, lodge, ou alojamento, que é onde antigamente se agrupavam os pedreiros responsáveis pela construção de igrejas ou catedrais);

As lojas são organizadas por região;

Os maçons geralmente usam uma espécie de avental, por conta de seu aparente elo com os antigos pedreiros das catedrais (stonemasons, em inglês);

Entre personagens históricos com elos com a maçonaria estão o político Winston Churchill e os escritores Oscar Wilde, Rudyard Kipling e Arthur Conan Doyle.


Separação por sexo

A maçonaria segrega homens e mulheres em lojas distintas.


Na Inglaterra, por exemplo, a primeira loja feminina foi criada em 1908, com um venerável mestre do sexo masculino. Depois, passou a ser integrada apenas por mulheres, com um veto à presença masculina. Elas também são proibidas nas cerimônias masculinas.


Fonte: BBC

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