quarta-feira, setembro 08, 2021

PRF registra cinco óbitos nas rodovias federais do RN em feriadão da Independência

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 27 acidentes nas rodovias federais que cortam o Rio Grande do Norte durante a chamada Operação Independência 2021, iniciada na sexta (3) e concluída na terça-feira (7). Cinco pessoas morreram e 28 ficaram feridas.


Polícia Rodoviária Federal apresenta balanço da Operação Independência 2021 no RN — Foto: Divulgação/PRF


No total, foram fiscalizados 4.522 veículos e 4.695 pessoas durante o feriadão da Independência. Em balanço divulgado nesta quarta-feira (8), a PRF destaca foram 1.538 autuações, sendo 174 só de ultrapassagens proibidas e 162 de motoristas ou passageiros sem o devido uso do cinto de segurança. Também contabilizaram 18 autuações para motociclistas que estavam sem o capacete.


Durante a Operação Independência 2021, foram realizados 716 testes de alcoolemia no RN, sendo 36 motoristas autuados por dirigir sob influência de álcool e quatro pessoas presas.


A PRF aponta que foram presas 20 pessoas por diversos crimes, sendo oito por crimes de trânsito, dois por uso de documento falso e dez por outros crimes. Foram ainda recuperados quatro veículos com registro de roubo/furto e três que estavam adulterados.


Fonte: G1

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Governo anuncia novo concurso para soldados da Polícia Militar do RN em 2022

A governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou nesta quarta-feira (8) que autorizou a realização de um novo concurso para soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte em 2022. O número de vagas ainda não foi definido pelo estado.


Alunos do curso de soldado da PM RN em Natal (Arquivo) — Foto: PM/Divulgação


O anúncio foi realizado pela manhã, durante a entrega de 34 novos veículos para a Segurança Pública do Estado, adquiridos por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.


Segundo o coronel Alarico Azevedo, comandante-geral da PM, o número de vagas ainda não foi definido porque atualmente o estado só pode realizar concurso para vagas com vacância - ou seja, em substituição a outro servidor que se aposentou, deixou a corporação, ou faleceu, por exemplo.


"Hoje nós temos 6 mil vagas, mas nem todas elas estão com vacância. Será feito um estudo para avaliarmos, vermos quem se aposentou, quais vagas foram abertas dessa forma", justificou.


Atualmente, a PM tem cerca de 8.250 militares na ativa, segundo Alarico. O comandante ainda lembrou que a corporação já está concluindo outro processo para abrir concurso público para oficiais combatentes e da saúde, além de praças da saúde. As provas desses devem ocorrer ainda neste ano.



Esses outro concurso já tem vagas definidas: 132 para oficiais combatentes, 79 para oficiais de saúde e 250 para soldados na área da saúde. "Nossa expectativa é que esse edital saia esse ano ainda", disse.


O último concurso realizado pela Polícia Militar foi iniciado em 2018. O governo convocou e formou 1.013 novos soldados em 2020. Depois de um termo de ajustamento de conduta assinado com o Ministério Público, outros 299, sendo 200 mulheres, foram convocados. Estes últimos concluem a formação neste ano.


Fonte: G1

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Padre potiguar é encontrado morto dentro de quarto de hotel em Goiás

O padre Idalmo César Barbosa Fernandes, de 66 anos, foi encontrado morto dentro de um quarto de hotel em Caldas Novas, Goiás, nesta terça-feira (7).


Padre Idalmo César Barbosa Fernandes, de 66 anos, foi encontrado morto dentro de um quarto de hotel em Caldas Novas — Foto: Arquidiocese de Natal


De acordo com a Arquidiocese de Natal, o padre participava de uma excursão religiosa que havia iniciado no último sábado (4), pelo Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade. Nesta terça o grupo estava em Caldas Novas.


O padre estava no quarto do hotel descansando e não saiu no horário combinado para um passeio. Outras pessoas que participavam da excursão entraram no quarto e encontraram Idalmo já sem vida.


Ainda de acordo com a Arquidiocese de Natal, o corpo foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) onde deve passar por uma autópsia para esclarecer a causa da morte.


Após a liberação, o corpo será levado para Natal, onde será sepultado.


Padre Idalmo nasceu em 29 de julho de 1955, em Natal, e foi ordenado sacerdote em 28 de outubro de 1999. Atualmente, era pároco da Paróquia de São Pedro Apóstolo, no município de São Pedro.


Fonte: G1

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RN tem 365.758 casos confirmados e 7.290 mortes por Covid

O Rio Grande do Norte registrou 365.758 casos confirmados de Covid desde o início da pandemia. A doença vitimou 7.290 pessoas no estado. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta quarta-feira (8). Outros 1.346 óbitos estão sob investigação.


RN tem 365.758 casos confirmados casos confirmados de Covid — Foto: Divulgação


A Sesap informa que 15 novos casos foram confirmados nas últimas 24 horas.


O RN tem ainda 172.924 casos suspeitos e 720.993 casos descartados de Covid.


Atualmente, 144 pessoas estão internadas no RN por causa da Covid-19 - sendo 112 na rede pública e 32 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 67 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 29,1% na rede pública; com 17 internados, a rede privada tem 15,3% de ocupação.


Números do coronavírus no RN

365.758 casos confirmados

7.290 mortes

172.924 casos suspeitos

720.993 casos descartados


Fonte: G1

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ABIH registra ocupação hoteleira de quase 60% no feriadão no RN

A taxa de ocupação nos hotéis e pousadas no Rio Grande do Norte chegou à média de 59,51% durante o feriadão da Independência. Os dados divulgados nesta quarta-feira são da pesquisa feita pela Associação Brasileira das Indústrias de Hotéis (ABIH-RN).


ABIH-RN realizou pesquisa com associados — Foto: Augusto César Gomes


"Os números são animadores e confirmaram nossas expectativas. Isso nos mostra que estamos no caminho certo para a retomada total das atividades turísticas no RN", falou o presidente da entidade, Abdon Gosson.


Gosson lembra que "o setor hoteleiro ainda está se recuperando", mas comemora o fato de o Rio Grande do Norte ter sido um dos destinos mais procurados por turistas e potiguares para aproveitar o feriadão.


"É visível a procura de viajantes por nossa região. Isso se dá pela diversidade de pontos turísticos que possuímos. Do campo a cidade ou litoral, quem visita nosso estado retorna em outras oportunidades", comentou.


Fonte: G1

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RN recebe mais 39 mil doses de vacina contra Covid-19

O Rio Grande do Norte recebeu, nesta quarta-feira (8), mais dois carregamentos que totalizam 39.780 doses do imunizante da Pfizer contra a Covid-19.


RN recebe mais 39 mil doses de vacina contra Covid-19 — Foto: Divulgação/Sesap


De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), 18.72 unidades serão destinadas à primeira dose. As demais 21.060 serão para D2.

Com o reforço, o estado atinge a marca de 135.750 doses recebidas em cinco dias, somando Coronavac/Butantan e Pfizer.


Dados da plataforma RN Mais Vacina apontam que, até o final da manhã desta quarta-feira, 1.021.769 pessoas (38% do público-alvo) tomaram as duas doses ou a dose única de vacina. A plataforma também registrou 3.185.385 doses aplicadas em todo o estado, para um total de 2.163.616 que tomaram ao menos uma dose de vacina (81% do público-alvo).


O intervalo entre a primeira e a segunda dose da Astrazeneca/Fiocruz e da Pfizer, que era de 12 semanas, foi reajustado pela Sesap e pelos municípios para 8 semanas.


A Sesap reforça o chamado à população para a necessidade de tomar a D2 para que a imunização esteja completa.


Fonte: G1

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Campanha que troca tampinhas de plástico por cadeiras de rodas é lançada em Natal

Foi lançada nesta quarta-feira (8) em Natal uma campanha de arrecadação de tampinhas plásticas que serão revertidas em doações de cadeiras de rodas para pessoas com deficiência e idosos.


Campanha que troca tampinhas de plástico por cadeiras de rodas é lançada em Natal — Foto: Verônica Macedo


As tampinhas podem ser de de refrigerantes, garrafões de água e outras bebidas. "Todas as tampinhas serão entregues a uma fábrica que devolve o valor em cadeiras de rodas e de banhos. Cada 150 quilos de tampinhas equivalem a uma cadeira de rodas. Já são 20 pessoas na lista de espera, e as pessoas que necessitam podem entrar em contato conosco", explicou o vereador Tércio Tinoco (PP), parceiro da campanha.


A campanha Tampinha Legal é realizada em parceria com empresas, condomínios, escolas, estabelecimentos comerciais, universidades e igrejas, que funcionarão como pontos de coleta.


Campanha que troca tampinhas de plástico por cadeiras de rodas é lançada em Natal — Foto: Verônica Macedo


O projeto foi idealizado pelo produtor cultural Ramon Rodney. O objetivo da iniciativa, de acordo com o idealizador, é estimular a consciência ambiental e a responsabilidade social da população natalense.


"Já temos esse projeto desde outubro do ano passado. A gente uniu as ideias e ampliamos a ação que já executávamos. Vamos chegar a 70 pontos de coleta em Natal, fora outras cidades. Os estabelecimentos que participarem receberão o selo da campanha, destacando a responsabilidade solidária e o compromisso com o meio ambiente", destacou Ramon.


Informações sobre os pontos de arrecadação, como participar ou ser beneficiado pela campanha podem ser consultadas pelo WhatsApp (84) 98140-2111 ou no instagram @ramonrodney.


Fonte: G1

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Tremores de terra são registrados entre a noite e a madrugada em Portalegre e no mar do RN

Tremores de terra de magnitude 2.2 e 1.4 foram registrados entre a noite de terça-feira (7) e a madrugada desta quarta-feira (8) na plataforma continental, no litoral do Rio Grande do Norte, e no município de Portalegre, na região Oeste.


Tremor de terra foi registrado em Portalegre, RN, por volta de 0h30 — Foto: Labsis/UFRN


O tremor registrado no mar teve magnitude preliminar 2.2 e foi captado pelas estações sismográficas localizadas no município de João Câmara e de Riachuelo. O evento ocorreu às 20h59 no horário local.


De acordo com o Laboratório Sismológico da UFRN, que monitora os eventos registrados pela rede de estações simográficas, o evento de Portalegre teve magnitude de 1.4 e ocorreu por volta das 0h30.


Tremor registrado no mar, próximo ao Rio Grande do Norte — Foto: Labsis/UFRN


Os pesquisadores informaram que não receberam informações de que moradores da região tenham escutado ou sentido o tremor. Os últimos tremores registrados no município potiguar tinham sido registrados no dia 29 de janeiro. Foram três.


Já os últimos tremores na plataforma continental ocorreram no dia 26 de julho. No dia 25, um dos cinco tremores registrados foi sentido pela população de Natal.


Fonte: G1

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Site da Anvisa é atacado por hackers; agência afirma que dados não foram afetados

Um dos sites da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sofreu um ataque cibernético na tarde desta quarta-feira (8). Na página, os invasores colocaram uma bandeira da Argentina e uma mensagem.


Site da Anvisa sofreu ataque cibernético na tarde desta quarta-feira (8). — Foto: Anvisa | Reprodução


O site alvo da ação é o dedicado ao preenchimento da Declaração de Saúde do Viajante (DSV), um documento obrigatório para todos os turistas vindos do exterior que desejam entrar no Brasil por via aérea.


O ataque ocorre três dias depois da suspensão do jogo entre Brasil e Argentina. A partida foi cancelada após a agência entrar em campo para retirar atletas argentinos que descumpriram a exigência de quarentena prévia para entrada no país.

Na tarde de domingo (5), as duas seleções disputariam jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo na Neo Química Arena, em São Paulo. A decisão da agência de entrar em campo foi tomada depois de seguidas tentativas de impedir que os jogadores irregulares fossem ao estádio e participassem da disputa.


Em suas declarações nos formulários de entrada no país, a delegação argentina omitiu que esses 4 jogadores estiveram no Reino Unido. Viajantes com esta procedência precisam cumprir uma quarentena prévia antes de entrar no Brasil. A medida entrou em vigor no dia 30 de dezembro de 2020.



Quando a Anvisa interrompeu a partida, 3 dos 4 atletas que deveriam estar em quarentena estavam em campo. O clássico Brasil e Argentina foi suspenso pela Conmebol.


Fonte: G1

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Brasil volta a ter média móvel abaixo de 500 mortes diárias por Covid pela 1ª vez desde novembro; feriado influencia queda

O Brasil registrou nesta quarta-feira (8) 250 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, com o total de óbitos chegando a 584.458 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias ficou em 461 - a mais baixa desde 13 de novembro (quando estava em 403). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -34% e aponta tendência de queda. É o 16º dia seguido de recuo nesse comparativo.


A média móvel de mortes por Covid não ficava abaixo de 500 desde 27 de novembro do ano passado (quando estava em 477). O ritmo da queda de -34%, no entanto, está mais intenso do que o que vinha sendo registrado até a última semana (quando variou entre -13% e -27% de sábado retrasado a sexta pré-feriado).


Como visto em situações similares desde o início da pandemia, o feriado prolongado da Independência certamente influenciou para baixo os dados divulgados nos últimos dias. Isso porque as equipes trabalhando na inserção de dados dos municípios durante o feriado são reduzidas; pode haver um reflexo disso para cima nos números de casos e mortes divulgados nos próximos dias.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quarta-feira. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.



Evolução da média móvel de óbitos por Covid no Brasil nos últimos 14 dias. Variação percentual leva em conta os números das duas pontas do período — Foto: Editoria de Arte/G1


Veja a sequência da última semana na média móvel:


Quinta (2): 628

Sexta (3): 622

Sábado (4): 609

Domingo (5): 606

Segunda (6): 603

Terça (7): 526

Quarta (8): 461

Em 31 de julho o Brasil voltou a registrar média móvel de mortes abaixo de 1 mil, após um período de 191 dias seguidos com valores superiores. De 17 de março até 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média móvel acima de 2 mil. No pior momento desse período, a média chegou ao recorde de 3.125, no dia 12 de abril.


Apenas o estado do Amapá apresenta tendência de alta nas mortes.


Acre, Goiás e Sergipe não registraram mortes nas últimas 24 horas. Roraima não divulgou novos dados de casos e mortes até a noite desta quarta. Segundo a Secretaria de Saúde estadual, houve problema devido a instabilidade na rede de internet no estado, o que impossibilitou a atualização.


Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 20.925.899 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 14.320 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 17.461 diagnósticos por dia --abaixo da marca de 20 mil pelo segundo dia seguido e resultando em uma variação de -33% em relação aos casos registrados na média há duas semanas, o que indica queda.



Em seu pior momento a curva da média móvel chegou à marca de 77.295 novos casos diários, no dia 23 de junho deste ano.


Fonte: G1

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Reservatórios do país se aproximam do nível mínimo necessário para geração de energia elétrica



Vários reservatórios brasileiros estão se aproximando de atingir o nível mínimo necessário para geração de energia elétrica.


O nível de água dos principais reservatórios do país continua baixando e rápido. A situação é mais preocupante no conjunto de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentra 70% de toda a água armazenada no Brasil.


De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível médio de água nesses reservatórios está hoje abaixo de 20%.


Uma das mais importantes, que é a de Furnas, tem apenas 16%. Outros reservatórios estão com o nível de água ainda mais baixo: é o caso de Ilha Solteira, Nova Ponte, Marimbondo, Emborcação e Itumbiara.


Por medida de segurança, recomenda-se o desligamento das usinas onde a concentração de água nos reservatórios chegar a 10%. Abaixo desse percentual, a operação das turbinas fica comprometida e há o risco de suspensão repentina do fornecimento de energia.


Um estudo do ONS divulgado no mês passado faz previsões sobre a produção de energia até novembro. A quantidade de água nos rios entre setembro do ano passado até agosto deste ano foi a pior já registrada desde o início da série histórica, há 91 anos.


O relatório diz ainda que a situação mais preocupante é a da bacia do rio Paraná, que no final de julho tinha apenas 18% do nível de água nos reservatórios, o nível mais baixo desde o ano 2000.



Há uma semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, responsabilizou a falta de chuva pela crise energética. E pediu para a população economizar energia. No mesmo dia, a conta de luz sumiu.


Nesta quarta-feira (8), em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o ex-presidente da Petrobras, Luiz Pinguelli Rosa, criticou a lentidão do governo.


“A crítica que eu faço é que isso demorou, com os indícios de que não estava bem a hidrologia já desde o ano passado. As curvas mostram que a afluência de água já mostrava um declínio e seria prudente que medidas fossem tomadas com antecedência”, argumenta.


Para o diretor do Instituto Ilumina, que reúne estudiosos do setor elétrico, o governo tem responsabilidade na crise.


“O que nós não conseguimos foi colocar outros investimentos que preservassem os reservatórios. Os reservatórios se esvaziam também quando você não tem investimento. O que não é verdade é achar que isso é uma surpresa, que fomos pegos de surpresa, de jeito nenhum”, afirma Roberto Araújo.


Segundo o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde José de Castro, o governo deveria ter acionado as termelétricas no final do ano passado, e há risco de cortes no fornecimento de energia nos horários de pico.


“Se o cenário for se degradando, ao nível dos reservatórios e nível de chuvas, possivelmente haverá necessidade de cortes, e nós ficamos ainda na dependência do programa de racionamento voluntário da indústria. E o programa para redução do consumo residencial, que também seria resposta à demanda, mas a população ainda não está esclarecida. Acho que isso é o que mereceria uma campanha de divulgação para evitar essa situação crítica que o cenário está nos colocando para os meses de outubro e novembro”, diz Castro.


O Ministério de Minas e Energia disse que o Operador Nacional do Sistema Elétrico está avaliando as condições de algumas usinas que já operam com nível dos reservatórios inferiores 10%. Afirmou também que tem flexibilizado regras para impedir o esvaziamento de hidrelétricas das regiões Sul e Sudeste, e que acionou termelétricas em outubro do ano passado.


Fonte: Jornal Nacional

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Empresas perdem R$ 195,3 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira com declarações golpistas de Bolsonaro

Com a escalada da crise política no país, as empresas de capital aberto da bolsa de valores brasileira, a B3, perderam R$ 195,3 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira (8), de acordo com um levantamento realizado pela provedora de informações financeiras Economatica.


Sede da B3, a bolsa brasileira, no Centro de São Paulo — Foto: Divulgação/B3


As ações das companhias somavam R$ 5,257 trilhões na segunda-feira (6). Ao fim dos negócios desta quarta, passaram a valer R$ 5,061 trilhões.


As empresas que mais perderam valor de mercado foram Petrobras (queda de R$ 19,6 bilhões), Ambev (R$ 15,4 bilhões), Itaú (14,3 bilhões), Bradesco (R$ 12,2 bilhões) e Vale (R$ 10,1 bilhões).


Nesta quarta, o Ibovespa despencou 3,78%, a 113.413 pontos, e registrou a maior queda diária desde o dia 8 de março, com os investidores recebendo mal os atos antidemocráticos de 7 de setembro e os novos ataques de Bolsonaro aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).


Na leitura dos analistas, as falas de Bolsonaro elevam o grau de incerteza na economia a um novo patamar. A avaliação é a de que o presidente deixou de lado a agenda econômica e perdeu o poder político para encaminhar medidas importantes no Congresso Nacional.


O mercado de câmbio também teve um dia de forte tensão. O dólar subiu 2,93% e cotado a R$ 5,3276 - a maior valorização percentual diária desde 24 de junho do ano passado.


Fonte: G1

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Anvisa diz que documentos enviados pelo Butantan sobre lotes interditados de CoronaVac são insatisfatórios

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta quarta-feira (8) que os documentos apresentados pelo Instituto Butantan até o momento são insuficientes para retirar as dúvidas que a agência tem sobre os 25 lotes da vacina CoronaVac interditados provisoriamente. A decisão da Anvisa ocorreu no sábado (4) após a agência dizer não conhecer ou ter inspecionado a planta onde houve o envase da vacina.


Profissional da saúde aplica vacina CoronaVac contra a Covid-19 no Rio de Janeiro, em foto de 4 de maio. — Foto: ADRIANO ISHIBASHI/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO


Ao todo, foram interditados 12,1 milhões de doses que foram produzidos pela Sinovac na China, em uma fábrica não inspecionada e aprovada pela Anvisa. Desse total, o estado de São Paulo já aplicou 4 milhões de doses.


Segundo a Anvisa, os "documentos apresentados pelo Butantan não respondem às incertezas sobre o novo local de fabricação" da CoronaVac.


"O Instituto Butantan não apresentou o relatório de inspeção emitido pela autoridade sanitária, essencial para avaliação das condições de aprovação da planta, que podem incluir compromissos e condicionais para permitir a operação no local", disse em nota a agência.

"A análise de risco apresentada pelo Instituto Butantan não foi considerada suficiente para garantir a segurança do processo fabril no novo local. Tal análise não substitui uma inspeção de autoridade sanitária ou o relatório de inspeção sanitária. Somente as autoridades sanitárias possuem competência para atestar as BPFs (Boas Práticas de Fabricação) de um local de fabricação", informou a Anvisa.



"Cabe ao Butantan apresentar a documentação faltante, incluindo o relatório de inspeção emitido por autoridade sanitária para subsidiar a análise da Anvisa ou viabilizar a realização de inspeção presencial pela própria Anvisa", informou a agência, que salientou já ter acionado o Ministério de Relações Exteriores para buscar contato com as autoridades chinesas sobre o caso.


Em nota, o Butantan reiterou que não possui os documentos solicitados pela Anvisa.


"O órgão sanitário chinês (NMPA) não concede o relatório de inspeção diretamente ao instituto por questões internas, motivo pelo qual o Butantan solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que peça o documento junto ao órgão. O relatório já possui aprovação da planta pela autoridade sanitária local que mostram que a linha de envase tem plenas condições de operação", disse o Butantan.

O instituto salientou que o lote de imunizantes que está sob embargo da Anvisa "é proveniente do sítio fabril da biofarmacêutica chinesa Sinovac, parceira do Butantan e que possui todas as credenciais sanitárias internacionais necessárias para a fabricação da CoronaVac".


Força-tarefa para desbloquear as doses

O Butantan disse ter criado "uma força tarefa para atender todas as demandas e esclarecer dúvidas" da Anvisa.


"Todas as questões solicitadas pela Agência serão atendidas pelo Instituto, com a celeridade que a situação exige. Vale ressaltar que antes da distribuição para a população, as 4 milhões de doses disponibilizadas na rede de saúde estadual passaram por rigoroso controle de qualidade e foram certificadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade (INCQS), órgão da Fiocruz do Governo Federal, responsável pela avaliação da qualidade de todos os imunizantes distribuídos no Brasil. As vacinas foram validadas e, portanto, tiveram a qualidade garantida para a utilização na população", defende o Butanta.


Na segunda-feira (6), o Ministério da Saúde anunciou o bloqueio no sistema das doses sob investigação e declarou ainda que as vacinas interditadas que já foram distribuídas ou aplicadas "estão sendo rastreadas pelas equipes técnicas responsáveis e serão monitoradas e controladas até a decisão final da Anvisa".



Além disso, a pasta orientou que as autoridades de saúde registrem as doses administradas nos sistemas de informação do SUS.


As Secretarias de Saúde de pelo menos 13 estados e do Distrito Federal confirmaram que receberam vacinas desses lotes e que estão entrando em contato com os municípios para suspender a aplicação a partir da orientação.


Quatro desses estados (Rio Grande do Norte, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo) confirmaram que já aplicaram na população parte das doses recebidas desses lotes.


Enfermeira aplica dose de vacina conra Covid-19 no estado de SP — Foto: Leandro Ferreira/Fotoarena/Estadão Conteúdo


Suspensão de lotes

De acordo com o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, os estados e municípios não devem usar as vacinas desses lotes. Além disso, quem recebeu doses que foram alvo da suspensão deverá ser acompanhado pelas autoridades de saúde, disse o diretor da Anvisa no sábado.


"A primeira providência é não usar. Aquelas [doses] que eventualmente já tenham sido utilizadas, as pessoas que já tenham sido vacinadas, essas pessoas serão monitoradas", disse Barra Torres em entrevista à GloboNews.



O porta-voz da Anvisa disse ainda que, além do monitoramento feito pelo Ministério da Saúde, haverá um acompanhamento por parte da própria agência.


"Existe a monitorização feita pelo próprio Ministério da Saúde, existe a monitorização feita pela Anvisa, e pelas vigilâncias locais. Então são pessoas que serão observadas e, obviamente, qualquer necessidade de ajuste vacinal para o futuro, ele será feito", disse Barra Torres.


Butantan atesta qualidade

Segundo a chefe de assuntos regulatórios e de qualidade do Instituto Butantan, as vacinas envasadas em fábrica não certificada não oferecem riscos à população. Ela ressaltou ainda que essas doses passaram pelo processo de controle de qualidade do Butantan.


"Todos esses lotes que vêm da China, que vêm da Sinovac pro Butantan, eles são analisados pelo nosso time de qualidade, não só documentalmente, mas, também, a gente analisa o produto, e a gente não teve nenhum indício de problema de qualidade", explicou Patrícia Meneguello, do Butantan.


A suspensão das doses produzidas na fábrica não certificada tem o prazo de 90 dias. Durante esse período, a Anvisa vai trabalhar na avaliação das condições de boas práticas de fabricação da unidade não inspecionada para saber se a qualidade, a segurança e a eficácia da vacina estão comprometidas, e qual o impacto para a população vacinada com essas doses.


"Não cabia outra decisão a não ser promover a interdição cautelar. Interdição cautelar é preventiva de qualquer eventual problema. Nesse meio tempo, uma vez instalada a interdição, prosseguem as tratativas, os diálogos com o instituto para que os documentos necessários sejam apresentados", disse Barra Torres.


Em nota, o Instituto Butantan disse que "a medida da Anvisa não deve causar alarmismo", declarou que foi o próprio instituto que alertou a Anvisa por "extrema precaução" e que "convida a cúpula da Anvisa para voltar a conhecer as instalações das fábricas da Sinovac" na China.


"Todos os lotes liberados pelo instituto estão de posse do Ministério da Saúde, como firmado em contrato. Reafirmamos, no entanto, que todas as doses que saíram da unidade fabril estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan", disse o instituto em nota.

O Instituto disse ainda que encaminhou à Anvisa, há 15 dias, a documentação necessária para a certificação do processo de produção em que foram feitas as doses agora banidas.


Reunião

Em reunião realizada nesta segunda-feira (6) com a Anvisa, o Instituto Butantan apresentou uma análise dos lotes bloqueados. "O objetivo era subsidiar a liberação dos lotes o mais rapidamente possível, considerando a urgência dentro do contexto pandêmico. Apesar do instituto ter concluído que não há indícios de desvios que possam oferecer riscos de qualidade e segurança, a documentação não foi aceita pelo órgão regulatório", diz nota do Butantan.


"Um dos documentos solicitados pela Anvisa, para excepcionalidade de uso dos lotes da vacina, é o relatório de inspeção da autoridade sanitária chinesa (NMPA) que, por questões internas do órgão internacional, não podem ser disponibilizadas diretamente ao instituto. Por isso, o Butantan solicitou que a Anvisa requisite diretamente o documento ao NMPA.


O Butantan enviará, ainda hoje, os relatórios de não conformidade detectados durante a inspeção do órgão regulatório sanitário chinês na nova linha de envase. Além disso, o documento com o plano de ação para ajustar essas não conformidades está em tradução e será entregue até o final dessa semana à Anvisa. Vale reiterar que a fábrica chinesa tem certificação que segue boas práticas internacionais, a GMP.



Voluntariamente, o IB enviará uma análise de risco dos lotes já distribuídos ao PNI. Vale ressaltar que a CoronaVac é um imunizante seguro à disposição da população brasileira e todos os lotes do imunizante foram atestados pelo rigoroso controle de qualidade do instituto.


O Butantan reforça que, neste momento, é importante reunir esforços para que a avaliação de risco x benefício dos lotes bloqueados seja feita o mais breve possível, tendo sempre em vista o compromisso com a saúde pública", diz nota.


Fonte: G1

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Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, morre aos 52 anos em SP

O produtor musical Roberto Carlos Braga II, conhecido como Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, morreu nesta quarta-feira (8), aos 52 anos, no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo. Ele estava em tratamento contra um câncer no peritônio, uma membrana que envolve a parede abdominal (veja nota do hospital abaixo).


Dudu Braga ao lado do pai, o rei Roberto Carlos. — Foto: Reprodução/Instagram


Além de Dudu, o cantor Roberto Carlos tem mais três filhos. A mais velha, Ana Paula Rossi Braga, teve uma morte súbita aos 47 anos, em 2011.


Em entrevista ao Fantástico, exibida em 2013, Dudu Braga e Roberto Carlos falaram sobre a relação entre pai e filho. Nas palavras do rei, o filho era "seu ídolo".


Nota do hospital

"O Hospital Israelita Albert Einstein comunica, com pesar, o falecimento do senhor Roberto Carlos Braga II (Dudu Braga), às 14h21, em decorrência de um câncer. O paciente passou por uma série de internações para tratamento quimioterápico e cirurgia", diz o boletim assinado por Dr. Fernando Maluf, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e Dr. Miguel Cendoroglo Neto, Diretor-Superintendente Médico e Serviços Hospitalares do Hospital Israelita Albert Einstein.


Vida e carreira


Publicitário por formação, Dudu também era produtor musical, radialista e jornalista. Ele apresentava um programa de rádio chamado "As Canções que você fez pra mim" em mais de 40 emissoras do Brasil e de Portugal, onde falava das histórias por trás das canções do pai.


Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, ao lado da filha Laura, da esposa Valeska Braga e do pai. — Foto: Reprodução/Instagram


Dudu nasceu com glaucoma – doença que causa cegueira irreversível – e passou por sete cirurgias ainda na infância. Ele perdeu a visão aos 23 anos, após um descolamento de retina.


O produtor também assinava colunas em revistas musicais, tocava bateria e tinha uma banda chamada “RC na Veia”, em homenagem ao pai cantor e compositor.


Esta foi a terceira vez que Dudu enfrentou o câncer, que apareceu pela primeira vez em 2019, no pâncreas.


Dudu era casado com Valeska Braga e tinha uma filha de cinco anos chamada Laura, nome em homenagem à mãe de Roberto Carlos, eternizada na canção Lady Laura, uma das mais conhecidas do rei. A mãe de Roberto Carlos morreu em abril de 2010, aos 96 anos.


Roberto Carlos Braga Segundo, chamado pela família de Segundinho, também é pai de Giovanna, de 22 anos, e Gianpietro, de 17 anos, filhos de uma relação anterior do produtor com Márcia Mello Malheiros.


Roberto Carlos e a banda 'RC na veia', com o filho, Dudu Braga, na bateria. — Foto: Reprodução/Instagram


Repercussão

O diretor de núcleo da TV Globo José Bonifácio de Oliveira, o Boninho, lamentou a morte.


"Dudu você foi um guerreiro, lutou contra essa doença bravamente até o final. Vai deixar saudades. Fica em paz . Meus sentimentos a família e meu querido amigo Roberto Carlos", disse em sua conta no Instagram.

O apresentador Milton Neves publicou uma foto com o produtor musical e escreveu: "Dudu Braga em meu escritório: morre o mais doce príncipe que conheci!".


O apresentador Datena também lamentou a morte de Dudu. "Descanse em paz, querido amigo Dudu Braga. Sentiremos sua falta."


O cantor Maurício Manieri chamou Dudu de "pessoa maravilhosa". "Triste notícia do falecimento do querido amigo Dudu Braga. Pessoa maravilhosa! Que Deus o tenha e o receba em sua glória e amor infinitos! Nossos profundos sentimentos a querida Valeska, a pequena Laura, ao querido @robertocarlosoficial e a todos familiares, amigos e fãs. 😥😢"


Fonte: G1

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Mais de 200 revistas divulgam alerta: 'fracasso na luta contra o aquecimento é a maior ameaça à saúde global'



Cientistas de várias partes do mundo alertaram, em um editorial publicado em mais de 200 revistas científicas, que o fracasso de líderes mundiais em limitar o aquecimento do planeta é "a maior ameaça à saúde global" existente hoje.


O editorial é assinado por 19 pesquisadores de países como Índia, Quênia, África do Sul, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil.


"A maior ameaça à saúde pública global é o fracasso contínuo dos líderes mundiais em manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5ºC [desde a era pré-industrial] e restaurar a natureza", dizem os cientistas (veja tradução da íntegra do editorial mais abaixo).

Os pesquisadores listam os seguintes problemas de saúde como alguns dos que tendem a piorar com o aquecimento da Terra:


mortalidade relacionada ao calor entre pessoas com mais de 65 anos

desidratação

perda da função renal

doenças dermatológicas

infecções tropicais

resultados adversos para a saúde mental

complicações na gravidez

alergias

morbidade e mortalidade cardiovascular e pulmonar.

O texto foi colocado on-line em 253 revistas científicas de todo o mundo (veja lista ao final da reportagem) no dia 4 de setembro, antecedendo três eventos globais:


a Assembleia Geral da ONU, que será aberta na próxima terça (14);

a Conferência da ONU sobre Biodiversidade em Kunming, na China, de 11 a 24 de outubro;

a Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP26) em Glasgow, no Reino Unido, de 1º a 12 de novembro.

Insegurança alimentar

Os efeitos do clima extremo e o esgotamento do solo estão "prejudicando os esforços para reduzir a desnutrição", dizem os cientistas.


Segundo o texto, o rendimento global das principais safras de alimentos vem caindo de 1,8% a 5,6% desde 1981.


"A destruição generalizada da natureza, incluindo habitats e espécies, está corroendo a segurança hídrica e alimentar e aumentando a chance de pandemias", dizem os pesquisadores.


Impacto sobre mais pobres

Os pesquisadores reforçam a noção de que os países mais ricos têm que assumir maior responsabilidade sobre a condição do planeta – inclusive para ajudar países mais pobres a lidarem com as consequências de uma Terra mais quente.


"Os países que criaram desproporcionalmente a crise ambiental devem fazer mais para apoiar os países de baixa e média renda a construir sociedades mais limpas, saudáveis e resilientes", afirmam os cientistas.

Eles lembram do "compromisso pendente" das nações mais ricas de fornecer US$ 100 bilhões (cerca de R$ 529 bilhões) por ano para enfrentar as mudanças climáticas.


"Muitos governos enfrentaram a ameaça da pandemia de Covid-19 com financiamento sem precedentes. A crise ambiental exige uma resposta de emergência semelhante", dizem.

Os pesquisadores também ressaltam que metas de redução de emissões de gases estufa são "fáceis de definir e difíceis de alcançar".


"Essa ação insuficiente significa que os aumentos de temperatura provavelmente serão bem superiores a 2ºC, um resultado catastrófico para a saúde e a estabilidade ambiental", dizem.

Aumento de 1,5ºC

Os pesquisadores dizem, ainda, estarem preocupados com que "os aumentos de temperatura acima de 1,5°C estejam começando a ser vistos como inevitáveis, ou mesmo aceitáveis, por membros poderosos da comunidade global".


Cientistas de todo o mundo que estudam as mudanças climáticas apontam que a temperatura terrestre não pode subir mais que 1,5ºC do que era desde antes da industrialização, sob risco de mudança drástica no modo de vida no planeta.

"Os profissionais de saúde estão unidos a cientistas ambientais, empresas e muitos outros ao rejeitar que esse resultado seja inevitável", afirmam os cientistas no editorial.


No início de agosto, o esboço de um relatório histórico do Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU apontou que as mudanças fruto das ações humanas devem afetar fundamentalmente a vida na Terra já nos próximos 30 anos, mesmo se as emissões forem contidas.


Veja íntegra do texto:

"A Assembleia Geral da ONU em setembro de 2021 reunirá os países em um momento crítico para organizar uma ação coletiva para enfrentar a crise ambiental global. Eles se reunirão novamente na cúpula da biodiversidade em Kunming, China, e na Conferência das Partes sobre Mudança Climática da ONU (COP26) em Glasgow, Reino Unido. Antes dessas reuniões cruciais, nós – os editores de revistas de saúde em todo o mundo – pedimos uma ação urgente para manter os aumentos médios da temperatura global abaixo de 1,5°C, deter a destruição da natureza e proteger a saúde.



A saúde já está sendo prejudicada pelo aumento da temperatura global e pela destruição do mundo natural, uma situação à qual os profissionais de saúde vêm chamando a atenção há décadas. A ciência é inequívoca; um aumento global de 1,5 °C acima da média pré-industrial e a perda contínua de biodiversidade trazem risco de danos catastróficos à saúde que serão impossíveis de reverter. Apesar da preocupação necessária do mundo com a Covid-19, não podemos esperar a pandemia passar para reduzir rapidamente as emissões.


Refletindo a gravidade do momento, este comentário aparece em revistas de saúde em todo o mundo. Estamos unidos em reconhecer que somente mudanças fundamentais e equitativas nas sociedades reverterão nossa trajetória atual.


Os riscos para a saúde de aumentos acima de 1,5°C agora estão bem estabelecidos. De fato, nenhum aumento de temperatura é “seguro”. Nos últimos 20 anos, a mortalidade relacionada ao calor entre pessoas com mais de 65 anos aumentou em mais de 50% . As temperaturas mais altas aumentaram a desidratação e a perda da função renal, doenças dermatológicas, infecções tropicais, resultados adversos para a saúde mental, complicações na gravidez, alergias e morbidade e mortalidade cardiovascular e pulmonar. Os danos afetam desproporcionalmente os mais vulneráveis, incluindo crianças, populações mais velhas, minorias étnicas, comunidades mais pobres e aqueles com problemas de saúde subjacentes.


O aquecimento global também está contribuindo para o declínio no potencial de rendimento global das principais safras, caindo 1,8–5,6% desde 1981; isso, junto com os efeitos do clima extremo e esgotamento do solo, está prejudicando os esforços para reduzir a desnutrição. Ecossistemas prósperos são essenciais para a saúde humana, e a destruição generalizada da natureza, incluindo habitats e espécies, está corroendo a segurança da água e dos alimentos e aumentando a chance de pandemias.


As consequências da crise ambiental recaem desproporcionalmente sobre os países e comunidades que menos contribuíram para o problema e são menos capazes de mitigar os danos. No entanto, nenhum país, por mais rico que seja, pode se proteger desses impactos. Permitir que as consequências recaiam desproporcionalmente sobre os mais vulneráveis gerará mais conflitos, insegurança alimentar, deslocamento forçado e doenças zoonóticas – com graves implicações para todos os países e comunidades. Tal como acontece com a pandemia de Covid-19, somos globalmente tão fortes quanto o nosso membro mais fraco.



Elevações acima de 1,5ºC aumentam a chance de serem atingidos pontos de virada em sistemas naturais que podem travar o mundo em um estado agudamente instável. Isso prejudicaria criticamente nossa capacidade de mitigar danos e evitar mudanças ambientais catastróficas e descontroladas.


De forma encorajadora, muitos governos, instituições financeiras e empresas estão estabelecendo metas para atingir emissões líquidas zero, incluindo metas para 2030. O custo da energia renovável está caindo rapidamente. Muitos países pretendem proteger pelo menos 30% das terras e oceanos do mundo até 2030.


Essas promessas não são suficientes. As metas são fáceis de definir e difíceis de alcançar. Elas ainda precisam ser combinadas com planos confiáveis de curto e longo prazo para acelerar tecnologias mais limpas e transformar sociedades. Os planos de redução de emissões não incorporam adequadamente as considerações de saúde. A preocupação é crescente de que os aumentos de temperatura acima de 1,5ºC estejam começando a ser vistos como inevitáveis, ou mesmo aceitáveis, por membros poderosos da comunidade global. Da mesma forma, as estratégias atuais para redução de emissões líquidas para zero em meados do século 21, de forma implausível, presumem que o mundo irá adquirir grande capacidade de remover gases de efeito estufa da atmosfera.


Essa ação insuficiente significa que os aumentos de temperatura provavelmente serão bem superiores a 2ºC, um resultado catastrófico para a saúde e a estabilidade ambiental. Crucialmente, a destruição da natureza não tem paridade de estima [não é vista com a mesma importância] com o elemento climático da crise, e cada meta global para restaurar a perda de biodiversidade até 2020 foi perdida. Esta é uma crise ambiental geral.


Os profissionais de saúde estão unidos a cientistas ambientais, empresas e muitos outros ao rejeitar que esse resultado seja inevitável. Mais pode e deve ser feito agora – em Glasgow e Kunming – e nos anos seguintes. Nos unimos a profissionais de saúde em todo o mundo que já apoiaram apelos para uma ação rápida.



A equidade deve estar no centro da resposta global. Contribuir com uma parcela justa para o esforço global significa que os compromissos de redução devem levar em conta a contribuição cumulativa e histórica de cada país para as emissões, bem como suas emissões atuais e capacidade de resposta. Os países mais ricos terão que cortar as emissões mais rapidamente, fazendo reduções até 2030 além das propostas atualmente e alcançando emissões líquidas zero antes de 2050. Metas semelhantes e ações de emergência são necessárias para a perda da biodiversidade e a destruição mais ampla do mundo natural.


Para atingir essas metas, os governos devem fazer mudanças fundamentais na forma como nossas sociedades e economias são organizadas e como vivemos. A estratégia atual de encorajar os mercados a trocar tecnologias sujas por tecnologias mais limpas não é suficiente. Os governos devem intervir para apoiar o redesenho dos sistemas de transporte, cidades, produção e distribuição de alimentos, mercados para investimentos financeiros, sistemas de saúde e muito mais. A coordenação global é necessária para garantir que a corrida por tecnologias mais limpas não acarrete mais destruição ambiental e exploração humana.


Muitos governos enfrentaram a ameaça da pandemia de Covid-19 com financiamento sem precedentes. A crise ambiental exige uma resposta de emergência semelhante. Será necessário um grande investimento, além do que está sendo considerado ou entregue em qualquer lugar do mundo. Mas esses investimentos produzirão enormes resultados positivos para a saúde e a economia. Isso inclui empregos de alta qualidade, redução da poluição do ar, aumento da atividade física e melhoria na moradia e na alimentação. Melhor qualidade do ar por si só proporcionaria benefícios à saúde que facilmente compensariam os custos globais de redução de emissões.


Essas medidas também irão melhorar os determinantes sociais e econômicos da saúde, cujo mau estado pode ter tornado as populações mais vulneráveis à pandemia de Covid-19. Mas as mudanças não podem ser alcançadas por meio de um retorno às políticas de austeridade prejudiciais ou da continuação da grandes desigualdades de riqueza e poder dentro e entre os países.



Em particular, os países que criaram desproporcionalmente a crise ambiental devem fazer mais para apoiar os países de baixa e média renda a construir sociedades mais limpas, saudáveis e resilientes. Os países de alta renda devem cumprir e ir além de seu compromisso pendente de fornecer US$ 100 bilhões por ano, compensando qualquer déficit em 2020 e aumentando as contribuições para e além de 2025. O financiamento deve ser dividido igualmente entre mitigação e adaptação, incluindo a melhoria da resiliência de sistemas de saúde.


O financiamento deve ser feito por meio de doações em vez de empréstimos, construindo capacidades locais e realmente empoderando as comunidades, e deve vir junto com o perdão de grandes dívidas, que restringem a agência de tantos países de baixa renda. O financiamento adicional deve ser mobilizado para compensar perdas e danos inevitáveis causados pelas consequências da crise ambiental.


Como profissionais de saúde, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar na transição para um mundo sustentável, mais justo, resiliente e mais saudável. Além de agir para reduzir os danos da crise ambiental, devemos contribuir de forma proativa para a prevenção global de mais danos e ações sobre as causas profundas da crise. Devemos responsabilizar os líderes globais e continuar a educar os outros sobre os riscos da crise à saúde. Devemos nos unir ao trabalho para alcançar sistemas de saúde ambientalmente sustentáveis antes de 2040, reconhecendo que isso significará uma mudança na prática clínica. As instituições de saúde já alienaram mais de US$ 42 bilhões em ativos de combustíveis fósseis; outros devem se juntar a eles.


A maior ameaça à saúde pública global é o fracasso contínuo dos líderes mundiais em manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5ºC e restaurar a natureza. Mudanças urgentes em toda a sociedade devem ser feitas e levarão a um mundo mais justo e saudável. Nós, como editores de revistas de saúde, convocamos governos e outros líderes a agirem, marcando 2021 como o ano em que o mundo finalmente muda de rumo."



Veja a lista de revistas que publicaram o editorial.


Fonte: G1

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