terça-feira, outubro 19, 2021

Adolescente de 14 anos é sequestrada na frente de casa na Grande Natal



Uma adolescente de 14 anos foi rendida e sequestrada por um homem na noite de segunda-feira (18), em Ceará-Mirim, na Grande Natal. A vítima foi encontrada após seis horas de buscas, mas o suspeito não foi preso.


De acordo com a polícia, a menina estava conversando com amigas na frente de casa, no bairro Planalto, quando um homem se aproximou, com arma em punho, anunciou um assalto e obrigou a garota a seguir com ele. O caso aconteceu por volta das 20h.


Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Guarda Municipal e do 11º Batalhão da PM foram acionadas e iniciaram buscas em áreas de mata, com auxílio da população local.


Durante o tempo em que esteve com a vítima, o homem chegou a mandar mensagens para os familiares dela, exigindo R$ 2 mil para liberá-la.


Já na madrugada, por volta das 2h da manhã, a menina foi achada perto de um posto de combustíveis na BR-406, mas o suspeito não foi localizado.


De acordo com a polícia, o homem liberou a vítima mesmo sem receber o dinheiro.


A vítima foi encaminhada ao hospital e deve passar por exames no Itep. A polícia e a Guarda Municipal seguem em busca pelos suspeitos.


Fonte: G1

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Dois policiais militares são presos suspeitos de exigir R$ 50 mil para não prender mulher em Natal

Dois policiais militares foram presos nesta terça-feira (19) em Natal suspeitos de exigirem R$ 50 mil para não prenderem uma mulher. Além deles, outra pessoa também foi detida pelo crime.


Foto ilustrativa: Polícia Militar do RIo Grande do Norte — Foto: Demis Roussos/Governo do RN


As três prisões aconteceram no bairro San Vale, na Zona Sul da capital, em uma ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do RN.


Os órgãos chegaram até os suspeitos após a mulher procurar a polícia e informar que quatro suspeitos encapuzados a abordaram e exigiram R$ 50 mil para não prendê-la por um suposto mandado de prisão.


Segundo a Polícia Civil, os suspeitos, que chegaram a restringir a liberdade da vítima, combinaram que o valor deveria ser entregue nesta terça-feira (19), por volta das 12h.


Os policiais civis, portanto, acompanharam a vítima até o local e após a entrega do dinheiro, houve a abordagem. Os três suspeitos que estavam no local foram detidos com o dinheiro, aparelhos celulares, três pistolas, capuzes e capas de colete.

Os dois policiais militares presos foram conduzidos até o local indicado pelo Comando da Polícia Militar. O terceiro suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.


Os policiais responderão pelo crime concussão, que é quando um servidor público exige uma vantagem indevida para si ou para outro.


A ação foi comandada por policiais civis do Departamento de Combate a Corrupção e a Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD), da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), além do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco/MPRN).


Fonte: G1

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Rio Grande do Norte tem 190 mil pessoas com segunda dose da vacina contra Covid atrasada

O Rio Grande do Norte tem 190.890 pessoas com a segunda dose da vacina contra a Covid atrasada.


Vacina contra a Covid — Foto: Raíza Millhomem/Prefeitura de Palmas


Os dados são desta terça-feira (19) e constam no RN+ Vacina, plataforma utilizada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) para monitorar a imunização no estado.


Dos atrasados, 56.600 estão em Natal. Em Mossoró, segunda maior cidade do estado, são 17.395 atrasados.

De acordo com os dados da plataforma, a maioria dos atrasados são os que receberam a primeira dose de Oxford/AstraZeneca: 92.161. Os da Pfizer são 36.892 atrasados e 22.191 da CoronaVac.


São considerados com a segunda dose atrasada aquelas pessoas que já podem receber a segunda dose do imunizante, mas ainda não buscaram tomar o imunizante.


Atualmente, no estado, já recebem vacinas todo o público adulto e adolescentes acima de 12 anos - esses apenas com doses da Pfizer.


Entre as vacinas aplicadas, a Oxford/AstraZeneca e Pfizer, as que têm mais atraso, possuem um intervalo entre dois e três meses entre as duas doses, enquanto a CoronaVac o intervalo é de 28 dias.


Recentemente, a Sesap também informou, com base nos dados da plataforma, que outras 81 mil pessoas estão com a dose de reforço contra a Covid em atraso.


Na última semana, a Sesap reduziu o tempo de aplicação da dose de reforço para cinco meses. A professora da UFRN, Janeusa Trindade de Souto, que é doutora em imunologia básica, inclusive reforçou que é fundamental que todas as pessoas que estão com a dose atrasada se vacinem - seja com segunda ou a dose de reforço -, já que a maioria da internações atuais são de idosos que não completaram o ciclo vacinal.


O estado também registou na semana passada mais 129 casos da variante delta.


Fonte: G1

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Cidade do RN decreta isolamento social e suspende eventos por 15 dias por aumento de casos de Covid

A Prefeitura de Senador Elói de Souza, no Agreste potiguar, decretou medidas de isolamento social e suspensão de eventos que impliquem na aglomeração de pessoas por 15 dias, por causa da pandemia da Covid-19.


Senador Elói de Souza, no Agreste potiguar — Foto: Jadeilson Silva


A medida foi publicada no Diário Oficial dos Municípios desta terça-feira (19). De acordo com a prefeitura, a decisão foi tomada por causa de um surto e pela identificação de dois casos da variante delta, confirmados na última sexta-feira (15).


A secretária de Saúde, Alda Lourenço, afirmou que após cinco dias sem qualquer registro, o município começou a registrar novos casos na semana passada e atualmente conta com 11 pacientes confirmados e 7 suspeitos. Em abril, o município chegou a registrar 18 casos em um dia.


Com o decreto municipal, voltam a valer, em Elói de Souza, as regras estabelecidas no decreto 30.419/2021, do governo do estado, que permitiu abertura apenas de estabelecimentos considerados essenciais, inclusive com suspensão de aulas presenciais e cultos religiosos presenciais.


"Ficam determinadas (...) todas as medidas restritivas observadas no decreto Estadual 30.419/21, inclusive quanto ao funcionamento das atividades consideras essenciais, à fiscalização e às penalidades ali previstas", diz o decreto municipal.


"Fica proibido a realização de eventos públicos e/ou privados que impliquem na aglomeração de pessoas no âmbito do município de Senador Elói de Souza a partir desta data", acrescenta.



Nas redes sociais, a administração municipal informou que a prefeitura e a subprefeitura terão apenas funcionamento interno.


"Adotamos medidas preventivas para evitar ao máximo a proliferação dessa variante", afirmou o prefeito Maciel Gomes (PL) em comunicado nas redes sociais. "Sabemos que nesse fim de semana haveria diversos eventos, mas diante dessas circunstâncias não podemos negligenciar as recomendações da Sesap", acrescentou.


Entre os eventos cancelados haveria um bolão de vaquejada.


Apesar do registro de dois casos de variante delta, o município ficou listado entre as cidades com melhor situação pandêmica no Rio Grande do Norte, no último relatório da pandemia, divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde nesta terça-feira (19). A cidade ficou com avaliação 1 em um ranking que vai até 5. Quanto menor a nota, melhor a situação.


O município tem uma população estimada em cerca de 6,2 mil pessoas. Desde o início da pandemia, até esta segunda (18), a cidade teve 386 casos confirmados e 10 mortes por covid.


Fonte: G1

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Sesap aponta piora no quadro da pandemia em Itaú e mais 30 municípios do RN

O acompanhamento semanal da pandemia feito pela Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte apontou piora da situação em cerca de 18% dos municípios potiguares.


Itaú e mais 30 municípios registraram piora da situação na pandemia em relação à semana anterior — Foto: Sesap/Divulgação


De acordo com o estudo de indicador composto finalizado nesta segunda-feira (18), 31 municípios tiveram queda na pontuação que vai de 1 a 5.


O indicador reúne diversos fatores como ocupação de leitos, casos ativos e óbitos.

Dos 31 municípios, 22 saíram do escore 1, que é a situação mais confortável, para o escore 2.


Outros oito municípios passaram da pontuação 2 para a 3, já dentro do sinal amarelo, e apenas um saiu do 3 para o 4, sendo o único com esse escore em todo o estado.


Segundo a Sesap, a situação é de alerta. "A situação da pandemia ainda é estável em um patamar baixo, mas os indicadores mostram que não é possível relaxar. Temos que manter os cuidados, permanecer usando máscara e as medidas de distanciamento. Não é hora de relaxar", afirma o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia.


O gestor ainda reforçou a importância da vacinação dentro dos prazos. "Temos um contingente grande de pessoas com a segunda dose em atraso. Deixamos aqui um apelo para que procurem os postos de vacinação e tomem a vacina, para garantir a imunidade e alcançarmos os índices ideais de proteção", completou.



Ao todo, o estado tem 121 municípios que registraram estabilidade na situação da pandemia e outros 15 que tiveram melhora.


O único município com nível 4 - com sinal amarelo - é Vera Cruz. Os que têm escore 3 são: Cruzeta, Goianinha, Itajá, Itaú, João Dias, Lagoa de Velhos, Pedro Velho, Pilões, Santa Cruz, São Tomé e Timbaúba dos Batistas.


Confira o indicador composto aqui.


Fonte: G1

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Jovem que cantava nos ônibus para pagar a faculdade se forma em medicina no MA

A manhã desta segunda-feira (18), Dia do Médico, representou a concretização de um sonho para um jovem, que é exemplo de perseverança e superação de barreiras sociais e econômicas para atingir os objetivos de vida.


É o caso de JoelMistokles Luis da Silva de Macedo Vale, de 33 anos, mais conhecido como 'Joel Mistokles', morador do bairro São Bernardo, periferia de São Luís, e que agora pode ser chamado de médico, seu grande sonho.


Cantando nos ônibus, Joel Mistokles conseguiu realizar o sonho de ser médico — Foto: Arquivo pessoal


A conquista veio após sete anos anos de luta que envolve o desafio de dar sustento à esposa e filhos, a falta de recursos para pagar a faculdade, e ainda levar e esperança às pessoas por meio da música, dentro dos ônibus da capital maranhense.



Sempre tive o sonho de ser médico e lutei por esse sonho com a ferramenta que eu tenho, que é a música. Nunca foi fácil. Eu e minha esposa sempre tivemos dificuldade, tínhamos nosso filho para cuidar... mas eu não desisti. Quando finalmente passei para medicina, eu já cantava nos ônibus. Então vendia o CD nos coletivos, o material que eu tinha às vezes, cabo, carregador, película de celular... porque quando a gente tem um sonho, luta com o que tem"

— Joel Mistokles, o cantor dos ônibus

Sonho no Dia do Médico

A cerimônia de colação nesta segunda contou com a presença de amigos, familiares, professores e alunos que acompanharam as batalhas que Joel travou durante o curso. O aluno foi um dos mais aplaudidos e reverenciados.


"Eu sei de sua história. Eu sei de tudo o que você passou para estar aqui hoje. E eu te reverencio em nome de todos os que estão aqui presente para mostrar que sonhar não é proibido. E eu te parabenizo, Doutor", declarou a professora e enfermeira Cianna, coordenadora da colação dos alunos de medicina.


Trajetória de vida


Em 2016, a TV Mirante contou um pouco da história do jovem cantor Joel Mistokles (veja acima), que naquela época ainda estava no início do curso de medicina, e ainda sob o desafio de pagar os materiais do curso, e sustentar a família.



"A gente levantava de manhã cedo, 4... 6 horas da manhã para fazer beiju, cuscuz de arroz, de milho, bolo de milho... vários tipos. E vendia café da manhã na porta de casa antes de ir para a faculdade. Ela [minha esposa] ficava em casa, cuidando do bebê. E quando eu voltava da faculdade, ainda dava 'tempo' de vender churrasquinho, eu e ela também, para complementar a renda de casa", disse Joel.


A ideia de cantar nos ônibus surgiu quase por acaso. Segundo Joel, ele já cantava na igreja e realizava trabalho de evangelização, mas foi em um momento de angústia, em janeiro de 2014, que ele percebeu que poderia usar seu dom para levar esperança às pessoas e ainda realizar o próprio sonho.


"Houve um dia que eu estava triste porque faltavam as coisas em casa. Então eu estava em um ônibus e comecei a cantar como se eu tivesse dentro do meu quarto. As lágrimas vieram para o meu rosto, cantei como se estivesse cantando para o meu próprio Deus. E quando eu passei a catraca, percebi que algumas pessoas estavam chorando dentro do ônibus. Então eu pensei: Isso só pode ser Deus. Não é o Joel. Então eu entendi que era ali, no ônibus, que eu deveria começar a cantar"


Desde então, Joel começou a cantar nos coletivos. E quando enfim passou no vestibular para medicina, começou a cantar músicas na ida e na volta das aulas, sempre sem cobrar. Primeiro Joel canta, depois oferece seu CD, mas cada passageiro dá o valor que pode.


"A mudança real que esse trabalho tem feito em mim é a forma de eu enxergar as pessoas e ver as necessidades dela. Porque às vezes as pessoas estão em um ônibus, com a cabeça tão cheia de problemas, pensando nas contas que têm, pensando no que perdeu ... Então você chegar com uma mensagem positiva, falando sobre o amor de Deus, porque Deus ama todos nós. Eu creio que isso venha fazer a diferença. Eu creio que o amor ao próximo é o que me motiva", conta o cantor.


Joel também canta nos hospitais, levando amor e esperança aos pacientes — Foto: Arquivo pessoal


Durante o curso, Joel também cantou nos hospitais e a fama alcançada pela música levada aos lugares mais carentes fez o então estudante alçar voos mais altos. De 2014 pra cá, o cantor participou de vários eventos gospel, se apresentou para uma multidão na Praça Maria Aragão, e até foi convidado a participar de um programa de TV.


"Foi em agosto de 2018. Eu estava numa situação delicada financeiramente. Minha esposa indo para o quinto período de odonto e precisando de R$ 5 mil pra comprar de material, mas a gente não tinha nada. Pensei em desistir nesse momento. Foi aí que recebi a ligação para participar do programa fazendo um cover de Reginaldo Rossi. Não parecia nada, mas aí eu fiz do Elvis Presley e consegui a premiação de R$ 10 mil", lembrou Joel.



Família e futuro


Antes de Joel, a sua esposa, Lorrane Pereira, já tinha realizado o sonho de trabalhar na área de odontologia, no final de 2019, e ainda deu à luz a segunda filha do casal, a Pérola Sophie. Desde então, ela não teve condições de trabalhar. Joel agora quer dar a chance dela seguir o ofício.


"Em 2022 ainda não vou fazer residência. Vou ajudar quem cuidou de mim e da minha filha. Ela [Lorrane] terminou o curso dela em dezembro de 2020 e tivemos uma filha pequena que nasceu em março. Ela focou em cuidar de nossa filha e não trabalhou. Agora como médico eu espero dar condições dela exercer com mais excelência ainda o trabalho que ela escolheu, que é de ser dentista"


Já Joel, após o sonho de ser médico, afirma que agora o objetivo é cada vez mais exercer a profissão com excelência e levar saúde a quem mais precisa.


"Meus planos para o futuro são investir em conhecimento, aprender novas coisas para poder investir e aplicar na vida dos meus pacientes. Especialidade? Ainda não sei. Gosto de cirurgia, gosto de clínica médica. O que eu mais quero fazer é aprender e dar o meu melhor para meus pacientes", finalizou o cantor.


Fonte: G1

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Petrobras diz que importação de combustível por empresas pode suprir demanda por combustível em novembro

Sem capacidade para atender todos os pedidos por fornecimento de combustível em novembro, a Petrobras informou na noite desta terça-feira (19) que a demanda adicional pelo produto poderá ser absorvida por empresas importadoras do setor.


Sede da Petrobras no Rio de Janeiro — Foto: Sergio Moraes/Reuters


"Atualmente, há dezenas de empresas cadastradas na ANP aptas para importação de combustíveis. Portanto, essa demanda adicional pode ser absorvida pelos demais agentes do mercado brasileiro", informou a estatal em comunicado.

Mais cedo, a Petrobras confirmou que não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, que vieram acima de sua capacidade de produção, acendendo um alerta para distribuidoras, que apontaram para risco de desabastecimento no país.


A estatal disse que "os pedidos extras solicitados para novembro vieram 20% acima da sua capacidade de suprimento no caso do diesel e 10% acima em relação à gasolina, configurando-se como uma demanda atípica tanto em termos de volume como no prazo para fornecimento."


Na semana passada a Associação das Distribuidoras de Combustíveis (Brasilcom) – que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis – afirmou que a petroleira teria avisado diversas associadas sobre "uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel" para novembro.



Isso porque, segundo a Brasilcom, as empresas não estão conseguindo comprar combustíveis no mercado externo, pois os preços do mercado internacional "estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil".


Sem desabastecimento

Também nesta terça-feira, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirmou que "não há indicação de desabastecimento no mercado nacional de combustíveis, nesse momento".


"A ANP segue realizando o monitoramento da cadeia de abastecimento e adotará, caso necessário, as providências cabíveis para mitigar desvios e reduzir riscos", disse a ANP em nota.


Fonte: G1

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Procon vai multar Extra por discriminação e método vexatório de cobrança após entrega de bandeja sem carne em SP

O Procon disse nesta terça-feira (19) que irá multar a rede de supermercado Extra por discriminação e método vexatório de cobrança. A medida será aplicada após uma cliente do Extra do Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo, denunciar nas redes sociais que o mercado entrega bandejas vazias de carne até que o valor do produto seja pago no caixa.


Etiqueta entregue no lugar do produto no açougue do Extra Cambuci, à esquerda; à direita, carne pesada e entregue ao cliente no açougue do Extra Brigadeiro — Foto: Patrícia Figueiredo/g1 SP


Na segunda (18), a reportagem do g1 verificou que a prática também ocorreu na unidade do Cambuci, na região central. Funcionárias das duas unidades disseram que a estratégia é usada para evitar roubos.


Em nota, o Extra admitiu a 'falha de procedimento' e disse que prática será suspensa.


Segundo o diretor do Procon, Fernando Capez, se for comprovado que a prática era adotada por unidades de determinados bairros, a autuação poderá ser feita com base no faturamento global e chegar a R$ 10,9 milhões.


"Vai ser apurado e pode ser que a multa seja aplicada com base no faturamento global, e a empresa que vá se defender depois", disse Capez ao g1 por telefone.

"É inaceitável critérios de discriminação, em razão do local ou porque qualquer outro critério. Se em outros estabelecimentos, em outros bairros, não existe esse tipo de exigência, não se justifica que a população do Jardim Ângela seja submetida a um vexame", disse o diretor em um vídeo divulgado pelo Procon nesta terça.



Caso tenha sido uma determinação do gerente da unidade, o valor será aplicado com base no faturamento da loja.


Nas unidades Brigadeiro Luís Antônio, na Bela Vista, e na unidade Jardim Cocaia, em Guarulhos, o procedimento não foi adotado nesta segunda (18). Os clientes receberam a carne no açougue da loja normalmente.


Em nota, a empresa admitiu que a prática não é pontual, mas declarou que não "não faz parte de sua política de atendimento" e que se trata de "uma falha de procedimento". O Extra declarou ainda que toda a rede "tomou providências para que a prática fosse imediatamente descontinuada".


"Achávamos que era uma loja e, não sendo, estamos fazendo o que é possível internamente para que isso não aconteça mais e para que sigam o procedimento padrão", declarou a assessoria de imprensa do Extra, por telefone.


Unidades entregam bandeja ou etiqueta

Cliente do Extra do Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo, a ativista Fabiana Ivo denunciou a prática nas redes sociais na última quinta-feira (14). No seu caso, a situação ocorreu durante uma compra de carne bovina no açougue da loja.



Após escolher o produto e vê-lo ser pesado, a ativista recebeu uma bandeja vazia com o código de barras. Ela foi informada de que a carne poderia ser retirada somente após o pagamento no caixa.


Roberto de Oliveira, outro cliente do supermercado, disse ao g1 que também já passou por essa situação na mesma unidade Jardim Ângela.


"Tem tanta coisa bizarra aqui que a gente vai, infelizmente, se acostumando com certos absurdos. Tem violências como essas que vão se impondo e que nem conseguimos debater", disse.


Açougue do Extra Jardim Cocaia, em Guarulhos, entrega normalmente carne a cliente, à esquerda; unidade do Jardim Ângela, na Zona Sul de SP, fornece carne apenas após o pagamento, à direita — Foto: Aldieres Batista/Arquivo pessoal e Reprodução/Facebook


Na sua denúncia, publicada nas redes sociais, Fabiana Ivo relatou que questionou a prática e que uma funcionária da loja disse que era para "evitar roubo".


"Isso é uma afronta a toda a população das quebradas, duvido que o mesmo aconteça no Extra do Morumbi", questionou a ativista, em publicação nas redes sociais.


Nesta segunda (18), o g1 esteve na unidade do Cambuci, na região central de São Paulo, e verificou uma tática similar. Ao solicitar meio quilo de fraldinha, o cliente só recebeu a etiqueta. Depois do pagamento da compra, a funcionária do caixa foi buscar a carne no açougue.


Uma funcionária da unidade disse que a prática ocorre porque as pessoas pesam a carne e desistem de comprar, e também para evitar roubos.


Carne moída bovina no Extra Cambuci, na região central de São Paulo, nesta segunda-feira (18), entregue apenas após o pagamento — Foto: Patrícia Figueiredo/g1 SP


Nas redes sociais, clientes dos mercados Extra dos bairros Piraporinha, Avenida Cupecê, Cohab 2 e Belezinho, além de unidades em Santo André e Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, também relataram o procedimento de entrega de bandejas vazias ou de etiquetas.


Já na unidade da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na Zona Sul, a prática não foi adotada nesta segunda. Os clientes receberam a carne direto no açougue da loja e puderem levar o produto até o caixa ou continuar suas compras normalmente.


Unidade do Supermercado Extra na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na Bela Vista, região central de São Paulo, nesta segunda (18) — Foto: Patrícia Figueiredo/g1 SP


Em Guarulhos, no Extra Jardim Cocaia, os clientes também receberam a carne direto no açougue nesta segunda-feira (18). Não foi necessário aguardar o pagamento para ter o produto em mãos.



O g1 pediu novo posicionamento ao Extra para saber por qual motivo e desde quando ocorre essa discrepância entre unidades.


A empresa não respondeu a esses questionamentos, mas reiterou que a situação decorre de uma "falha de procedimento" e que "a rede tomou providências para que a prática fosse imediatamente descontinuada".


Pesquisa Datafolha divulgada em 20 de setembro pelo jornal "Folha de S.Paulo" aponta que 85% dos brasileiros reduziram o consumo de alimentos desde o início do ano, com destaque para carne de boi, arroz, feijão, frutas, legumes e pão. O ovo, ao contrário, ganhou espaço nos lares do país como substituto da proteína, segundo o levantamento, realizado entre 13 e 15 de setembro


Fonte: G1

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Suspeito de esquartejar, carbonizar e beber sangue de homem no DF também arrancou pele do rosto e escondeu crânio da vítima

A Polícia Civil do Distrito Federal divulgou, nesta terça-feira (19), mais detalhes sobre a morte de Antônio Carlos Pires de Lima, de 33 anos, no dia 1º de outubro. O suspeito do crime é André Soares Ferreira, com quem a vítima morava, em Samambaia.


Antônio Carlos Pires de Lima, de 33 anos, teve corpo esquartejado e carbonizado em Samambaia, no DF — Foto: Reprodução


Segundo a corporação, o agressor esquartejou, bebeu o sangue e carbonizou o corpo da vítima. Além disso, arrancou a pele do rosto e separou o crânio do homem do resto do corpo. As informações foram confirmadas pelo delegado Rodrigo Carbone, da 26ª Delegacia de Polícia, responsável pelo caso.


O suspeito foi preso preventivamente em 9 de outubro, após ordem judicial. Os investigadores encontraram pedaços de um corpo, que acreditam ser da vítima, em um terreno baldio, em Samambaia Norte.


Laudos preliminares do Instituto Médico Legal (IML) e do Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) confirmaram que o cadáver é masculino, mas a identidade ainda não foi atestada. Testemunhas, no entanto, viram Antônio ser morto


Requintes de crueldade

A apuração ainda não identificou qual foi o motivo do assassinato. Segundo o delegado Rodrigo Carbone, o suspeito arrancou a pele do rosto da vítima para atrasar o trabalho da corporação.


"O rosto foi serrado para dificultar a investigação, e o crânio foi separado e ainda não foi encontrado", afirma.

Ainda de acordo com o investigador, a polícia também investiga se André é responsável por outras mortes na região. O crime foi registrado como homicídio.


Depoimentos de testemunhas

De acordo com depoimentos de testemunhas à polícia, a vítima, o suspeito e um outro homem eram usuários de drogas e viviam em uma casa em Samambaia. O terceiro morador disse aos policiais que viu o crime ser cometido.


Segundo o homem, André esfaqueou Antônio com uma tesoura e tapou a boca da vítima até que ela morresse. Depois que o homem faleceu, ele colocou o corpo em um carrinho de supermercado cheio de entulho e ateou fogo, junto com pertences da vítima. Também limpou a casa com água sanitária, para esconder os vestígios de sangue.


A testemunha disse que foi ameaçada para não acionar a polícia. No entanto, quando foi abordado pelos investigadores, ele contou o que disse ter visto.


Ainda de acordo com o morador, André tinha um crânio humano de plástico como amuleto. Ele disse que, certa vez, o viu matar um pato, beber o sangue e colocar parte do líquido no objeto.


Ordem de prisão

A ordem de prisão contra o suspeito foi expedida em 6 de outubro. Na decisão, o juiz cita que André "é reincidente e possui várias passagens por crimes graves, inclusive roubo e crime no âmbito da violência doméstica. Inclusive, na data do crime, o requerente estava cumprindo pena por condenação pretérita".


"Desse modo, a fim de frear a reiteração delitiva, notadamente, porque agora o suposto crime praticado pelo requerente é dotado de maior reprovabilidade, por ser crime doloso contra a vida, a custódia cautelar do representado para a garantia da ordem pública é imprescindível", afirma.


Fonte: G1

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PF diz não ter identificado a participação de movimentos sociais em invasão de residencial de PE citada por Bolsonaro em rede social

A Polícia Federal afirmou não ter identificado a participação de movimentos sociais na invasão e depredação em um conjunto habitacional,em Santa Cruz do Capibaribe, município do Agreste de Pernambuco, no mês de setembro. A afirmação contraria vídeo postado em rede social pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na noite de domingo (17).


Post de Jair Bolsonaro com vídeo em que narrador acusa movimento social de depredar casas populares em PE. — Foto: Reprodução/Twitter/@jairbolsonaro


No material postado no Twitter, o narrador diz que as ações de vandalismo são do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST):


"Mais uma vez, o MTST, um dos braços do Movimento Sem Terra, mostra sua crueldade e selvageria, muito influenciado por partidos de esquerda, muito provavelmente influenciado por partidos de esquerda, invadiram um residencial que seria entregue à população até o final do ano. Depredaram, queimaram e danificaram o patrimônio do povo, que estava prestes a garantir a sua moradia".

No entanto, as investigações da PF não identificaram a participação de nenhum dos grupos nas ações. Confira a nota na íntegra:


"A Polícia Federal informa que existe inquérito em andamento em Caruaru sobre as ocupações que ocorreram em Santa Cruz do Capibaribe, mas até o momento não foi identificada a participação de partidos políticos e/ou movimentos sociais em qualquer ocorrência sobre esse caso. As invasões foram feitas no dia 29 de agosto e nesse caso como em tantos outros são feitas de forma repentina. E quando isso aconteceu a PF e outros órgãos de segurança só podem agir depois de ordem da justiça de reintegração de posse".



À reportagem, a comunicação da Prefeitura de Santa Cruz do Capibaribe também disse que não identificaram nenhum membro de movimento social na invasão. Além disso, informaram que o residencial tem 500 casas e não 800, como mostra na publicação feita pelo presidente da República.


Em nota, o MTST negou participação na invasão do residencial e repudiou o vídeo. Além disso, o movimento afirmou que, "apesar de respeitar a história do MST e a sua importância do interior da sociedade civil organizada", nunca foi braço do Movimento Sem Terra.


O Palácio do Planalto também foi procurado para comentar a postagem mas, até a última atualização deste texto, não respondeu à reportagem.


Grupo invadiu casas em agosto

No dia 29 de agosto um grupo de pessoas invadiu casas construídas para famílias carentes em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. Os imóveis foram construídos em uma parceria entre a prefeitura e a Caixa Econômica Federal.


No dia 21 de setembro, a Justiça Federal de Pernambuco determinou a reintegração de posse em favor da Caixa, a ser cumprida com a execução pela Polícia Federal e Polícia Militar.


Durante cumprimento da decisão judicial, os policiais e guardas civis foram recebidos com pedradas pelos integrantes do grupo. Seis pessoas foram presas, mas o grupo foi liberado no mesmo dia após prestarem esclarecimentos para a polícia.


Dias após a reintegração de posse, um grupo de pessoas invadiu novamente o local, depredou e queimou algumas das casas populares. A última família deixou o residencial na segunda-feira (18), segundo informou a gestão municipal.


A empresa responsável pela obra, J3 Empreendimentos, ainda irá fazer o levantamento dos danos. A Caixa Econômica Federal também fará um relatório dos danos causados para depois dar um novo prazo de entrega do residencial.


Fonte: G1

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Senado aprova criação de vale-gás para famílias de baixa renda; texto volta à Câmara



O Senado aprovou nesta terça-feira (19), por 76 votos a 1, o projeto de lei que cria um programa social com o objetivo de ajudar famílias de baixa renda a comprar botijões de gás de cozinha. O texto será analisado novamente pela Câmara.


Se virar lei, a iniciativa permitirá que as famílias beneficiárias recebam, a cada dois meses, o valor correspondente a pelo menos 50% do preço médio nacional de revenda do botijão de 13 kg. O programa, segundo o texto, terá duração de 5 anos.


O projeto já foi aprovado pela Câmara, mas será analisado novamente pelos deputados porque o relator, Marcelo Castro (MDB-PI), fez mudanças significativas no texto. A nova versão funde o texto aprovado pelos deputados com uma proposta similar apresentada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM).


Defensores do programa dizem que o subsídio é necessário diante dos sucessivos aumentos no preço do gás de cozinha no país. O botijão de 13 kg já está na casa de R$ 100, chegando a R$ 135 em alguns estados brasileiros. 


Parlamentares favoráveis ao projeto também ressaltam que, em razão do alto preço, muitas famílias voltaram a cozinhar com lenha e carvão, o que aumenta a incidência de doenças pulmonares e de acidentes graves com queimaduras.



Conforme o projeto, terão direito ao benefício:


famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; ou

famílias que tenham entre os integrantes residentes no mesmo endereço quem receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A proposta original previa que o valor a ser repassado a cada dois meses seria de 40% do preço médio do botijão. Relator do texto, o senador Marcelo Castro elevou o percentual para o mínimo de 50%.


Ainda conforme a proposta:


o pagamento do voucher para compra de gás será feito preferencialmente à mulher chefe de família;

o governo poderá utilizar a estrutura do Bolsa Família, ou de programa que vier a substituí-lo, para operacionalizar os pagamentos dos benefícios.


De onde vem o dinheiro?

Conforme o projeto aprovado, os recursos para o custeio do programa sairão:


dos dividendos (parte dos lucros) pagos pela Petrobras à União;

dos bônus de assinatura das rodadas de licitação de blocos para a exploração e produção de petróleo e gás natural, ressalvadas as parcelas eventualmente destinadas à Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural (PPSA) e aos estados, Distrito Federal e municípios;

de parcela da União referente ao valor dos royalties de petróleo e gás natural;

de receita pela venda de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos destinada à União;

de outros recursos previstos no Orçamento da União.


De acordo com cálculos feitos pelo relator, a despesa anual com o programa será de cerca de R$ 4 bilhões.



Inicialmente, a proposta de Eduardo Braga previa custear o programa com o aumento da alíquota da Cide incidente sobre combustíveis, mas houve resistência porque a medida poderia provocar um aumento do preço da gasolina, que já está em patamar elevado.


"Considerando todos os aumentos do preço da gasolina ocorridos nos últimos meses, não seria justo com a população impor um aumento adicional da alíquota da Cide incidente sobre esse combustível", declarou Castro.


Fonte: G1

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Após governo adiar anúncio, ministros dizem que ainda não há valor definido do Auxílio Brasil

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Os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Cidadania, João Roma, afirmaram nesta terça-feira (19) que o governo ainda não definiu o valor mensal a ser pago no Auxílio Brasil – programa social que vai substituir o Bolsa Família.


A afirmação foi dada após uma reunião de Roma e Nogueira com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar do tema. João Roma chegou a dizer, horas antes, que haveria um anúncio sobre o programa no Palácio do Planalto – mas a cerimônia foi adiada pelo governo.


Pela manhã, a informação de que o governo pagaria R$ 400 até o final de 2022, adiantada pelo blog do Valdo Cruz no g1, provocou reação do mercado e da equipe econômica. Se confirmada, representaria uma vitória da ala política do governo – que defendia um valor maior do que o proposto pela Economia, de R$ 300.


No fim da tarde, Roma afirmou que o governo ainda está “chegando aos detalhes finais” de uma proposta que viabilize o pagamento do novo auxílio. “Para isso, viemos visitar o presidente da Câmara para tratar de detalhes, inclusive do texto da PEC dos Precatórios”, disse o ministro.


Segundo o blog da Ana Flor no g1, o desenho definido pelo governo para o Auxílio Brasil prevê a criação de um programa temporário, até dezembro de 2022, para substituir o Bolsa Família.


Chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Ciro Nogueira disse que o governo espera terminar o dia com o tema "ajustado" – mas não soube informar qual será a data do anúncio.


"Estamos ajustando ainda, esperamos estar com isso ajustado até o final do dia. Não sei se é possível anunciar hoje ainda, estamos ajustando."


O evento no Palácio do Planalto não chegou a ser confirmado oficialmente pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, mas foi incluído nas agendas dos ministros. Convidados para a cerimônia chegaram a ir ao Planalto, mas foram embora no meio da tarde.


Relator da MP discorda do modelo

O relator da medida provisória do Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro (PP-MG), participou da reunião dos ministros com Lira e, em seguida, de um novo encontro no Palácio do Planalto.


Na saída dos dois compromissos, Aro disse discordar do modelo anunciado pelo governo para encaixar os R$ 400 mensais no orçamento.


"Na minha opinião, não é o caminho. Precisamos de uma politica estruturante, de uma política de estado e não acredito que benefícios temporários sejam a solução para essa camada mais vulnerável e necessitada do nosso país", afirmou, ao sair da reunião na Câmara.



Após a segunda reunião, Marcelo Aro foi ainda mais enfático – e disse que não vai incluir no texto da MP um "programa temporário" para autorizar o governo a furar o teto de gastos em 2022.


"A minha opção é que seja tudo dentro do teto, com responsabilidade fiscal e com previsibilidade para o beneficiário. Quando a gente faz auxílio temporário, a gente está dando, mas daqui a pouco vamos tirar", disse Aro.


O governo enviou a MP ao Congresso antes mesmo de definir o novo valor do benefício e a fonte dos recursos adicionais. A intenção é incluir esse detalhamento durante a tramitação da medida.


Para pagar R$ 400 mensais sem, teoricamente, desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo montou uma estratégia que divide o programa em duas estruturas:


R$ 300 de cada parcela seriam custeados dentro do orçamento já previsto para o antigo Bolsa Família e incluído na legislação atual. Esse valor cabe no teto de gastos públicos;

os R$ 100 restantes seriam pagos "fora do teto", mas como um programa temporário. Por não ser custo permanente, no papel, o governo ficaria livre de indicar uma nova fonte de receita.

A equipe econômica, comandada pelo ministro Paulo Guedes, era contra qualquer pagamento fora do teto dos gastos públicos. Agora, as previsões são de que, dos R$ 84 bilhões que devem ser destinados aos novos programas sociais, mais de R$ 30 bilhões ficarão fora do teto dos gastos públicos.


PEC dos Precatórios

Mais cedo nesta terça, a reunião da comissão especial destinada à votação da PEC dos Precatórios foi adiada.


A proposta, que estabelece um teto anual para gastos do governo com precatórios, é considerada fundamental pelo Planalto para bancar o programa. Isso, porque o Orçamento de 2021 e o teto de gastos não comportam, ao mesmo tempo, o Auxílio Brasil e o valor integral dos precatórios.


Integrantes da comissão disseram que divergências em relação ao parecer do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) levaram ao adiamento. Segundo o deputado Enio Verri (PT-PR), o texto tem muitos problemas.


"Eles estão querendo colocar também essa questão do Auxílio Brasil, que eles não resolveram se serão R$ 300, R$ 400, qual o período. Se começa e dezembro, se começa em janeiro. Tem muitos problemas. Sem contar que o texto final como está hoje já é muito ruim. Atende mais ao mercado do que a população mais vulnerável do país", afirmou.


Fonte: G1

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PF vê elementos para indiciar senador Styvenson por falas sobre Joice Hasselmann



A Polícia Federal concluiu que há elementos para indiciar o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) pelo crime de difamação. A apuração se refere a declarações feitas por Styvenson na internet sobre a deputada Joice Hasselmann (PSDB-SP).


Em manifestação enviada nesta terça-feira (19) à ministra Rosa Weber, relatora do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), o delegado afirmou ver elementos que comprovam a existência do crime – cuja pena varia de três meses a um ano. A punição pode ser acrescida em um terço porque, segundo o delegado, o crime foi cometido na forma qualificada por ter ocorrido na internet.


"Ao se analisar os fatos e as diligências realizadas, não resta dúvida de que houve difamação em desfavor da Deputada Federal Joice Cristina Hasselmann. O crime, conforme demonstrado, foi praticado pelo Senador da República Eann Styvenson Valentim Mendes", afirmou.


Em julho, Joice Hasselmann acionou a Polícia Legislativa do Senado após apresentar fraturas no rosto e no corpo.


Em uma transmissão ao vivo em redes sociais, Styvenson comentou o assunto e afirmou: "Aquilo ali, das duas uma: ou duas de quinhentos [em um gesto, Styvenson leva as mãos à cabeça, fazendo chifres] ou uma carreira muito grande [inspira como se cheirasse droga]. Aí ficou doida e pronto... saiu batendo em casa".


Em agosto, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que a deputada caiu, possivelmente em decorrência de efeitos de remédio para dormir.


"O senador conta com mais de cento e vinte cinco mil seguidores na rede social onde realizou a “live”. Comprovou-se que nesse ambiente virtual, com diversos expectadores, em razão da popularidade e o cargo ocupado, foram proferidos dizeres capazes de macular a imagem da vítima perante a sociedade", completou.


A PF, no entanto, considerou que não há relação entre o crime e as funções desempenhadas pelo parlamentar - por isso, não é aplicável o foro por prerrogativa de função.


"O fato do parlamentar tratar aquele ambiente virtual como gabinete não tem o condão de taxar todas ações ali realizadas como exercício da função. Assim, ao tecer comentários nesse ambiente, sobre aspectos da vida privada da vítima, os quais foram capazes de lhe ofender a honra, o afastam das atribuições do cargo de senador da república.


Em depoimento à PF, o senador afirmou que não “teve intenção de ofender a deputada, pois sequer mencionou o nome dela”.


Pedido da PGR

O pedido de abertura de inquérito foi feito pela Procuradoria-Geral da República. Na ocasião, o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros afirmou que era preciso verificar o contexto das declarações e se elas estão no contexto da imunidade parlamentar, ou seja, se as falas têm relação com o desempenho do mandato.


"A natureza dessas declarações implica, em tese, a prática de crime contra a honra, sendo necessária a elucidação do contexto de tais expressões para compreensão da sua ligação com o exercício do mandato e seu alcance pela imunidade material parlamentar", afirmou.


"Para o desate desses pontos é, ao ver do Ministério Público Federal, coerente e prudente a investigação no foro do Supremo Tribunal Federal, em lugar de um juízo inicial de declínio à primeira instância", completou.


Fonte: G1

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Conselho Federal de Medicina teve ação criminosa, antiética e temerária, diz relatório da CPI da Covid

Relator da CPI da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) usou termos contundentes para descrever a ação do Conselho Federal de Medicina (CFM) durante a pandemia. Ele classificou a conduta do conselho de "deletéria" e "danosa ao povo brasileiro" ao transferir para os médicos a responsabilidade pela prescrição de medicamentos como cloroquina, mesmo tendo conhecimento da ineficácia do tratamento.


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Renan Calheiros, durante sessão na CPI da Covi, nesta segunda-feira (18). — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado


O respaldo para prescrição de remédios ineficazes se deu graças à publicação do parecer número 4/2020 do CFM. A publicação foi classificada por Renan de "temerária, criminosa e antiética".


O relator defendeu o envio do relatório ao próprio Conselho Federal de Medicina para apuração de responsabilidade do presidente do CFM, Mauro Luiz de Brito Ribeiro, responsável pelo parecer.


O senador Humberto Costa (PT-PE) defende que, além da investigação no âmbito do CFM, as denúncias contra Ribeiro sejam levadas também ao Ministério Público Federal.


O relatório cita o discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU, em 21 de setembro, como o maior "símbolo" da ação deletéria do CFM. No discurso, o presidente se respaldou no parecer do CFM para defender o tratamento ineficaz perante ao mundo.



As palavras da médica Luana Araújo em seu depoimento também foram lembradas para condenar a ação do conselho.


Sobre autonomia do médico, Luana explicou: "Isso (a autonomia) não me dá o direito de experimentar com o meu paciente ou de inventar qualquer outra coisa acima do conhecimento científico. A ineficácia está comprovada, gente. Não é mais uma discussão".


A coluna procurou o CFM para comentar as citações no relatório, mas não obteve retorno até a última atualização deste texto.


Fonte: G1

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