segunda-feira, agosto 20, 2018

Benes Leocádio rompe o silêncio e publica nota de agradecimento após morte do filho


O ex-prefeito de Lajes, Benes Leocádio, publicou uma nota de agradecimento ao apoio recebido por ele e sua família após a morte do seu filho, Luiz Benes, na última quarta-feira (15). Na data, o adolescente, de 16 anos, foi sequestrado próximo ao escritório do pai e acabou atingido em uma troca de tiros entre os bandidos e policiais.

Na nota, o político agradeceu as “palavras de conforto e orações” que vieram de todo RN, mostrando “como nosso Benes Júnior era amado”. Ele também informou que sua família não compreendeu o ocorrido, mas que deve existir um propósito maior no acontecido.

Luiz Benes Júnior completaria 17 anos nesta terça-feira (21), data que será celebrada uma missa de sétimo dia. Em Natal, a celebração será às 8h, na Igreja de Santo Afonso, em Mirassol. Em Lajes ocorrerá uma “Marcha Pela Paz” às 16h30, com a concentração no campus do IFRN, seguida de uma missa às 18h, na Igreja Matriz.

A investigação do caso está a cargo da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que aguarda o resultado da perícia das armas para saber de onde partiram os tiros que vitimaram o adolescente. Os quatro policiais lotados no 4º Batalhão de Polícia Militar (4ºBPM) foram afastados das atividades operacionais e seguem aguardando o resultado das investigações.

Leia a nota na íntegra:

Mensagem de agradecimento

A dor é aguda.

O vazio é enorme.

A saudade maltrata.

É difícil suportar.

Mesmo assim, apesar do sofrimento, eu e minha família somos só gratidão.

Obrigado pelas palavras de conforto.

Obrigado pelas orações.

Obrigado pelo carinho de todo o RN.

Como nosso Benes Júnior era amado!

E nós sentimos orgulho disso.

Ainda não compreendemos o ocorrido.

Mas deve haver um propósito maior.

Juninho agora é um anjinho no céu.

Nós continuamos aqui, inconsolados e inertes.

Ouvindo esse silêncio ensurdecedor.

Sofrendo o grito de paz preso na garganta.

Este grito que não é só nosso. É de toda sociedade.

Peço a Deus proteção aos pais, às mães e aos filhos.

Vamos orar pelas famílias.

Meu Deus!

Somos servos da tua vontade.

Dai-nos forças para suportar e sabedoria para entender seus sinais.

Muito obrigado!

Obrigado a todos os nossos amigos, amigas, familiares, cidadãos de centenas de

municípios do Rio Grande do Norte que enviaram emocionantes mensagens de

conforto.

Isso tem sido fundamental para nos manter de pé.



Abraços

Benes Leocádio e família
Leia Mais ››

Sindicato dos Bancários e Fenaban retomam negociações nesta terça


Está agendada para esta terça-feira (21), às 14h, uma nova rodada de negociações entre os Sindicatos dos Bancários do país e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) continuando o debate da última sexta-feira (17).

A nova reunião foi agendada devido à falta de uma proposta dos bancos que paute às reivindicações da categoria, que vão desde as melhorias salariais até a revogação da Reforma Trabalhista, segundo informações do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Norte.

Os bancos se comprometeram de enviar a proposta ainda nesta segunda-feira (20), para que o Comando Nacional dos Bancários possa avaliar até a tarde de amanhã para formatação de uma contraproposta.

A Presidência do Sindicato dos Bancários do estado de São Paulo informou que a responsabilidade da categoria não deflagrar uma nova greve é de total responsabilidade da Fenaban em caso as negociações não avancem.

No último dia 7, em mais uma rodada de conversas e discussões, as propostas apresentadas foram insuficientes e incompletas segundo o sindicato. Eles tentaram uma nova proposta dez dias depois, mas a situação permaneceu inalterada.

Os profissionais já adiantaram que esperam que as exigências sejam atendidas amanhã e o Comando Nacional dos Bancários sinalizou, que esta semana, vai ser de luta e de protestos em todas as agências e centros administrativos do País.

Fonte: Portal no Ar
Leia Mais ››

Violência: Rio Grande do Norte registra 25 homicídios durante o fim de semana

O Observatório da Violência do Rio Grande do Norte (OBVIO), divilgou neste segunda feira, 20 de agosto, dados relecionados ao número de homicídios registrados no estado durante o fim de semana que passou, ou seja no período de 17 a 19 do mês em curso.

De acordo com os dados, foram 25 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), ou seja 25 pessoas foram assassinadas de sexta (17) para o domingo (19) em todo o estado.

!6 pessoas foram mortas por disparos de arma de fogo, 04 por asfixia mecânica provocada, 03 por arma branca, 01 por espancamento e 01 instrumento contundente. 16 pessoas foram mortas na região Metropolitana e 09 no Interior do estado.

Os dados do Obvio mostram ainda que 23 homens e 02 mulheres foram assassinados no fim de semana. Uma pessoa foi morta na sexta feira, 13 assassinadas no sábado e no domingo 11 pessoas mortas no RN.

Crimes por região:

Leste Potiguar: 19 homicidios - Oeste Potiguar 04 homicidios - Agreste Potiguar 02 homicídios e a região Central não registrou homicídio.

Veja abaixo as cidades onde foram registrados crimes de homicídios:

Imagem

Fonte: Fim da Linha
Leia Mais ››

16 devem ser indiciados pelas mortes de 4 presos em Alcaçuz, diz delegado

A Polícia Civil vai indiciar 16 homens que já cumprem pena na Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, mais conhecida como Pavilhão 5 de Alcaçuz, pelas mortes de quatro presos, cujos corpos foram encontrados neste domingo (19). Segundo o delegado Marcelo Aranha, da Delegacia de Nísia Floresta, na Grande Natal, apenas dois deles negaram que tenham cometido o crime.

Corpos foram encontrados no Presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz (Foto: Ediana Miralha/Inter TV Cabugi)
Corpos foram encontrados no Presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5 de Alcaçuz (Foto: Ediana Miralha/Inter TV Cabugi)

Os dois que não confessaram participação disseram ao delegado de plantão neste domingo, Elói Xavier, que estavam dormindo no momento dos crimes. "Agora o caso será enviado ao Poder Judiciário para prosseguimento do caso e futuro julgamento dos acusados", disse Marcelo Aranha.

Ainda de acordo com o delegado, as vítimas eram da facção criminosa PCC, antes de se filiarem ao Sindicato Crime. Porém, os companheiros da nova facação acreditavam que eles estavam repassando informações ao PCC.

Os quatro presos mortos foram identificados pela Secretaria de Justiça e Cidadania como Iuri Yorran Dantas Azevedo, de 24 anos, Rodrigo Alexandre Farias Araujo, de 26, Thiago Lucas Oliveira Silva, 24 e Ytalo Nunes de Sousa, 25.

"As facções criminosas não se comunicam mais com o exterior da cadeia, o que tem provocado brigas internas", acrescentou a secretaria, em nota.

De acordo com o sistema da Justiça Estadual, Iuri Yorran cumpria pena de 10 anos e 8 meses por roubo majorado. Ytalo Nunes de Sousa pagava pena de 18 anos por roubo majorado e furto qualificado. Já Rodrigo Alexandre Farias de Araújo cumpria 16 anos de reclusão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e crime de receptação dolosa, em concurso material e Thiago Lucas foi preso por homicídio.

Alcaçuz
A Penitenciária Estadual de Alcaçuz foi palco de um massacre em janeiro de 2017 que deixou 26 mortos. Foram 14 dias seguidos de rebelião que deixou a unidade prisional praticamente destruída. Segundo relatórios do meio.

Após a retomada do controle, o governo do estado dividiu a penitenciária ao meio. Um muro de concreto foi erguido separando as facções rivais. De um lado, ficaram os pavilhões 1, 2 e 3, com os presos do 'Sindicato'. Do outro, o pavilhão 4 e o Presídio Rogério Coutinho Madruga, conhecido como pavilhão 5, com os do PCC. Só então deu-se início à obra de reforma da penitenciária.


Atualmente os presos ocupam os pavilhões 1, 2 e 3 da Penitenciária de Alcaçuz, e o Rogério Coutinho Madruga. Juntas, as duas unidades abrigam mais de 2.600 presos. Palco da matança, o Pavilhão 4 é o único que não foi reformado e permanece desativado.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Em 2 anos e meio, 458 presos romperam tornozeleiras eletrônicas no RN; sem o dispositivo, 1.800 fugiram do semiaberto

Em 2 anos e meio, 458 tornozeleiras eletrônicas foram rompidas no Rio Grande do Norte. Neste mesmo período, mas sem o uso do dispositivo, o número é ainda mais alarmante: 1.800 presos deixaram de obedecer as regras do regime semiaberto e também se tornaram fugitivos da Justiça. Significa que, em 30 meses, pelo menos 2.258 detentos que deveriam estar sob algum tipo de vigilância ou controle do Estado voltaram à condição de procurados.

No RN, presos do semiaberto começaram a usar tornozeleiras eletrônicas em fevereiro de 2016 (Foto: Polícia Civil )
No RN, presos do semiaberto começaram a usar tornozeleiras eletrônicas em fevereiro de 2016 (Foto: Polícia Civil )

Os dados acima foram repassados ao G1 pelo juiz Henrique Baltazar Vilar dos Santos, titular da Vara de Execuções Penais de Natal, após acesso à Central de Monitoramento Eletrônico da Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc).

O exemplo mais recente de preso que rompeu a tornozeleira aconteceu nesta última sexta-feira (17), quando o traficante de drogas Robson Batista Marinho ficou apenas 1 hora e 10 minutos com o dispositivo fixado ao corpo.

O uso de tornozeleiras eletrônicas como alternativa de monitoramento para presos do regime semiaberto no Rio Grande do Norte começou em fevereiro de 2016. Desde então, ainda de acordo com o magistrado, 2.938 apenados receberam o dispositivo. Atualmente, 1.163 presos são monitorados em todo o estado.

“Insisto que o monitoramento eletrônico é um avanço em relação ao sistema anterior. O controle manual e humano de quem se recolhe ao presídio é extremamente vulnerável a fraudes, além de ser bem mais caro manter presídios para semiaberto. Ademais, com a monitoração, você sabe a cada segundo onde cada apenado está”, ressaltou Baltazar.

“Basta analisar os índices. Desde quando as tornozeleiras eletrônicas foram implantadas aqui no estado, há 30 meses, 15% dos presos que usaram o dispositivo romperam a braçadeira. Isso dá uma média de 15 foragidos por mês fugas. Já sem o monitoramento, este universo é bem maior. Em 30 meses, pelo menos 1.800 presos deixaram de cumprir as determinações de Justiça e se tornaram foragidos. Neste caso, a média é de 60 fugitivos por mês”, acrescentou o juiz.

"Hoje, cada tornozeleira custa R$ 192 por mês aos cofres do Estado. Esse valor deve representar pouco mais de 10% do custo de cada preso do semiaberto que não é monitorado eletronicamente", destacou Henrique Baltazar.

E é o próprio juiz quem explica o motivo de um preso sem a tornozeleira custar mais caro que um que utiliza o equipamento. “Porque precisa ter um imóvel para recolher e pagar os agentes penitenciários para controlar, além do consumo de água, luz, alimentação para os que ficam recolhidos nos finais de semana. Já os monitorados, pagam suas despesas em casa e o Estado paga apenas R$ 192 mensais e alguns poucos agentes para trabalhar na Central de Monitoramento”, concluiu.

Uma hora com a tornozeleira
'Robson Jogador', como é mais conhecido o traficante Robson Batista Marinho, deixou a Penitenciária Estadual de Alcaçuz na sexta-feira (17) o passar para o regime semiaberto. Às 18h30 ele recebeu uma tornozeleira eletrônica. Às 19h40, pontualmente, ele se livrou do equipamento e sumiu do mapa.

Robson Batista Marinho, quando foi preso em 2014 na operação Alcatraz, e ele agora, em 2018 (Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução e MP/RN)
Robson Batista Marinho, quando foi preso em 2014 na operação Alcatraz, e ele agora, em 2018 (Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução e MP/RN)

Paulista radicado em Natal, Robson foi preso em 2014 suspeito de chefiar uma facção criminosa que atua em praticamente todo o país – e também foi apontado pelo Ministério Público Estadual na operação Alcatraz como comandante do tráfico de drogas no Rio Grande do Norte.

Robson foi condenado a 6 anos por tráfico de drogas, 3 anos, 9 meses e 18 dias por associação para o tráfico, 3 anos por porte de arma de uso restrito, e mais 1 ano por uso de documentos falsos, totalizando 13 anos, 9 meses e 18 dias de prisão no regime fechado.

Fonte: G1
Leia Mais ››

MP denuncia prefeito e mais 9 investigados pela Operação Tubérculo em Caicó, RN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte ofereceu denúncia à Justiça do estado contra 10 pessoas investigadas na Operação Tubérculo, deflagrada na semana passada em Caicó, região Seridó potiguar. Entre os denunciados está o prefeito do município, Robson Araújo (PSDB), conhecido como Batata, o vereador Raimundo Inácio Filho (Lobão) e o lobista Edvaldo Pessoa de Farias.

O documento é assinado pelo procurador-geral de Justiça, Eudo Rodrigues Leite e foi protocolado na sexta-feira (17).

O prefeito de Caicó foi denunciado duas vezes pelos crimes de corrupção passiva, dispensa indevida de licitação, corrupção ativa (também duas vezes) e associação criminosa. Em entrevista, ele disse que é inocente e que foi surpreendido pela operação. Já o vereador Raimundo Inácio Filho, por corrupção ativa (duas vezes), e o lobista Edvaldo Pessoa de Farias por corrupção passiva, tráfico de influência e associação criminosa.

Prefeito de Caicó, Robson 'Batata', foi preso em Operação do MPRN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Prefeito de Caicó, Robson 'Batata', foi preso em Operação do MPRN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Os outros denunciados deverão responder por corrupção ativa, dispensa indevida de licitação e associação criminosa, além de lavagem de dinheiro.

A operação Tubérculo foi deflagrada na terça-feira (14) e cumpriu três mandados de prisão e outros seis mandados de busca e apreensão em Caicó e Natal. Além de presos preventivamente, o prefeito e o vereador Raimundo Inácio Filho foram afastados dos cargos. O lobista cumpre prisão temporária.

A operação Tubérculo é um desdobramento das operações Cidade Luz, deflagrada em julho de 2017 e que aponta um esquema criminoso na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal através da constituição de cartel entre empresas pernambucanas que prestavam serviços de iluminação pública na cidade; e Blackout, realizada em agosto do mesmo ano e que apura superfaturamento e pagamento de propina para manutenção do contrato de iluminação pública em Caicó.

Fonte; G1
Leia Mais ››

Produção de peixes no RN é exemplo de desenvolvimento econômico aliado à preservação de nascentes

É possível aliar preservação ambiental e produção econômica? Uma fazenda de Brejinho, distante cerca de 60 quilômetros de Natal é uma prova que sim. O projeto de preservação das nascentes de rios começou há cerca de 20 anos e a qualidade da água é uma das principais vantagens para a criação de peixes.

Produção econômica e preservação ambiental andam lado a lado em fazenda de Brejinho, no RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Produção econômica e preservação ambiental andam lado a lado em fazenda de Brejinho, no RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

A propriedade de Elias Miguel de Oliveira tem 60 hectares, que ele comprou há duas décadas. Era um ambiente bem diferente do atual. "Isso aqui era tudo desmatado. Então eu vi que tinha um potencial muito grande de água, das nascentes. E a partir dai a gente começou a deixar a mata se recompor", conta.

A Fazenda Laurence é uma jóia num estado que tem mais de 90% composto de semiárido. 60% da propriedad rural tem área preservada. Ao todo, ela comporta 12 nascentes do rio Ararai, que desagua na lagoa de Nísia Floresta.

No local, a vegetação é de caatinga e mata atlântica. Mesmo sem chuva, as nascentes nunca secaram. Isso é fruto de um trabalho sério de preservação, desde onde a vida começa. Na principal nascente do rio, a água é tão pura que dá para beber.

Fazenda em Brejinho, RN, tem mais de 60% de área preservada (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Fazenda em Brejinho, RN, tem mais de 60% de área preservada (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

"Preservar tudo isso é muito importante, porque isso aqui nada mais é que do água de chuva que infiltrou no solo e na rocha e agora está aflorando aqui. Isso é a vida da fazenda", afirma o professor e presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Socioambiental (ABDA), José Salim, sobre um olho d'água que brota do solo.


Das nascentes, a água segue seu caminho, dando verde e vida à natureza por onde passa e matando a sede de animais. Um dos destinos são os viveiros de peixe da fazenda, que são um exemplo de que é possível desenvolver um bom negócio de psicultura. A água limpa que chega ao local é fundamental para o processo.

"A qualidade tem que ser pura, água de beber, para que eu tenha produção de alevinos com qualidade. Inclusive para fazer a regressão sexual das femeas, que é um processo natural, para evitar que quando ela chegue no viveiro comece a se proliferar e o criador do peixe que vai para o abate perca essa qualidade. Tudo é controlado: alimento, temperatura, PH da água, acidez da água. Tudo tem que estar muito bem controlado", ressalta Eliseu Augusto de Brito, presidente da Associação de Engenheiros de Pesca do Rio Grande do Norte.

No laboratório da fazenda, é possível ver o processo de crescimento dos peixes, desde os ovos até a fase em que se tornam alevinos, quando ficam prontos para serem vendidos aos produtores.

"Esses ovos são coletados, são tratados, limpos e estocados nas incubadoras. A partir daqui elas eclodem seletivamente, cada ovo é eclodido dentro do seu padrão de idade normal, e as larvas são recolhidas dessa forma para fazer uma seleção natural", explica o engenheiro de pesca Odilon Juvino de Araújo.

O engenheiro conta ainda que o ao longo dos anos a principal produção no estado é a de tilápia. Mas hoje ela divide espaço com o panga - um peixe natual do Vietnã, que chega a pesar até 50 quilos e pode render até 50% de filé - uma boa vantagem para o mercado e também ao consumidor. Por enquanto, a produção dele só é permitida em São Paulo e no Rio Grande do Norte.

Criação de alevinos é aliada à preservação ambiental no RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Criação de alevinos é aliada à preservação ambiental no RN (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

"O panga é muito importado pelo país, todo o comércio é feito por importação do produto, e a gente precisa produzir esse animal aqui pela qualidade que ele tem no mercado mundial", argumenta Odilon.

A produção comandada Elias Miguel de Oliveira é considerada um sucesso e gera boa lucratividade. O produto é vendido para o Rio Grande do Norte e principalmente Paraíba. "Nós estamos produzindo em torno de 400 a 500 alevinos por mês", ressalta.

Tão importante quanto o sucesso econômico, o professor José Salim reforça o sucesso na preservação ambiental. "Tudo que existe ao longo desse rio depende dessa água. Isso é importante, porque é preciso ter proprietários concientes da importância das nascentes para que façam uso da água e não consumo da água", defende.

"Tudo é dificil no começo, mas com o tempo a gente vai fazendo os melhoramentos e vai dando certo", complementa seu Elias.

Fonte: G1
Leia Mais ››

Especialistas alertam para epidemias de Zika e Chikungunya no verão


A poucos meses do início do verão, especialistas alertam que o Brasil pode voltar a sofrer com epidemias de Zika e Chikungunya. Apesar da redução da incidência de casos este ano, as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti podem voltar a ter força a partir de dezembro ou janeiro de 2019, quando já terá passado o período da primeira onda de surto em alguns estados.

O pesquisador colaborador da Fundação Oswaldo Cruz em Pernambuco Carlos Brito, disse que o país se dedicou mais nos últimos dois anos no estudo dos impactos do Zika, devido ao surto e a perplexidade causada pelos casos de microcefalia nos bebês. Ressaltou, no entanto, que mesmo assim o país continua despreparado para atender novos casos das arboviroses, principalmente de Chikungunya.

“Na verdade, deixou-se um pouco de lado a Chikungunya que, para mim, é a mais grave das arboviroses. E as pessoas geralmente nem têm ciência da gravidade, nem estão preparadas para conduzir a Chikungunya. É uma doença que na fase aguda não só leva a casos graves, inclusive fatais, mas deixa um contingente de pacientes crônicos, que estão padecendo há quase dois anos com dores, afastamento das atividades habituais de trabalho, lazer, vida social”, explicou Brito à Agência Brasil.

O pesquisador disse que a incidência das doenças vai variar de região para região. Aqueles estados onde muitas pessoas já foram infectadas no início do surto em 2016, como no Nordeste, poderão ficar imunes por mais um tempo. No entanto, muitos municípios ainda têm a probabilidade de enfrentar novos surtos, como o Rio de Janeiro, que recentemente registrou vários casos. (link1 )

“No Brasil tudo toma uma dimensão muito grande, porque é um país de dimensão continental. Então, não estamos preparados, nem os profissionais de saúde foram treinados, nem estamos tendo a dimensão da intensidade da doença, nem as instituições estão atentas para uma epidemia de grandes proporções em um estado como São Paulo, com 40 milhões de habitantes, ou no Rio de Janeiro, com 20 milhões de habitantes”, alertou Brito.

Redução

Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado na sexta-feira (17), de janeiro até 28 de julho deste ano foram registrados 63.395 casos prováveis de febre Chikungunya. O resultado é menos da metade do número de casos reportados no mesmo período do ano passado, de 173.450. Em 2016, foram 278 mil casos.

Mais da metade, 61% dos casos reportados neste ano, estão concentrados na Região Sudeste. Em seguida, aparece o Centro-Oeste (21%), o Nordeste (13%), Norte (7%) e Sul (0,35%).

Nos primeiros sete meses de 2018, foram confirmadas 16 mortes por Chikungunya. No mesmo período do ano passado, 183 pessoas morreram pela arbovirose. A redução no número de óbitos foi de 91,2%. Já para o Zika, em todo o país foram registrados 6.371 casos prováveis e duas mortes até o fim de julho. No ano passado, o vírus tinha infectado mais de 15 mil pessoas no mesmo período. A maior incidência de Zika este ano também está no Sudeste (39%), seguida da Região Nordeste (26%).

Ameaça

Apesar da redução da incidência, o pesquisador Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, professor do Centro de Pesquisa em Virologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, também alerta que, depois do período de seca em que há baixa circulação dos vírus, essas arboviroses podem voltar a qualquer momento, assim como já ocorreu com a dengue e com a febre amarela.

“Não estamos tendo uma epidemia. Estamos tendo casos esporádicos. Mas ainda é um problema que pode voltar, sim. As arboviroses são assim mesmo, dengue, Zika. Todas elas têm momentos em que desaparecem, depois voltam. O vírus está aí, está no Brasil, e ainda é uma ameaça. Ele pode voltar agora, inclusive, neste verão. O risco está aí”, disse à Agência Brasil.

Figueiredo disse que permanece o desafio de diagnosticar com precisão o Zika em tempo de prevenir suas consequências. Apesar dos avanços nas pesquisas nos últimos anos, ainda não foi desenvolvida uma forma de detecção rápida do vírus Zika que possa ser disponibilizada em todo o país, disse o pesquisador.

“A dificuldade continua. A gente descobriu algumas coisas que podem ajudar o diagnóstico, mas o problema não está resolvido ainda. O mais eficaz é você encontrar o vírus, isolar é mais complicado. Ou você encontrar o genoma do vírus ou alguma proteína do vírus na fase aguda seria muito útil, aí você pode detectar na mulher, se estiver grávida inclusive”, explicou.

Os pesquisadores apontam que o ideal para prevenir o impacto de novos surtos seria desenvolver uma vacina. Contudo, eles lamentam que essa solução ainda está longe de ser concretizada. Enquanto isso, o foco ainda está no controle do mosquito transmissor dos vírus. “As pessoas devem ficar atentas e controlar o vetor nas suas casas e, assim, evitar a transmissão. É a única [solução] que nós temos nesse momento”, disse Figueiredo.

O pesquisador Carlos Brito defende que o Estado deve investir em melhorias de qualidade de vida da população e em infraestrutura de saneamento para controlar as epidemias causadas pelas arboviroses.

Controle permanente

Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que a destinação de recursos para controle do mosquito vetor e outras ações de vigilância são permanentes e passaram de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,93 bilhão em 2017. Para este ano, o orçamento previsto é de R$ 1,9 bilhão.

Além da mobilização nacional para combater o mosquito, a pasta ressaltou que, desde novembro de 2015, quando foi declarado o estado de emergência por causa do Zika, foram destinados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias.

Fonte; Agência Brasil
Leia Mais ››