quarta-feira, abril 28, 2021

Rio Grande do Norte abre 6.165 postos de trabalho no primeiro trimestre de 2021

O Rio Grande do Norte abriu 6.165 postos de trabalho com carteira assinada no primeiro trimestre de 2021. É o que aponta o relatório mensal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que foi divulgado nesta quarta-feira (28) pelo Ministério da Economia, atualizado com os dados do mês de março.


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RN teve mais contratações que demissões — Foto: Divulgação/Prefeitura de Aparecida de Goiânia


Ao todo, foram 45.272 contratações e 39.107 demissões, gerando o saldo positivo de 6.165, entre os meses de janeiro, fevereiro e março no estado.


O saldo é o resultado da diferença de contratações e demissões em trabalhos formais neste período.

Considerando apenas março, que teve os dados divulgados nesta quarta, o Rio Grande do Norte também teve saldo positivo, gerando 2.116 novos postos de trabalho com carteira assinada.


O Caged aponta que o estado teve, em março, 15.362 admissões e 13.246 desligamentos, gerando o saldo positivo.


Cidades

O crescimento em março foi puxado sobretudo por Natal, que gerou 1.361 novos postos de trabalho, tendo 7.089 admissões contra 5.728 desligamentos.


Parnamirim foi o segundo município com maior saldo: 641 - sendo 1.732 contratações e 1.090 demissões.


Assim como em janeiro, quando fechou 141 vagas de emprego, e em fevereiro, quando fechou 265, Mossoró teve outro saldo negativo, dessa vez o maior do estado no mês: -596.


Apodi, que havia tido saldo negativo de -533 em fevereiro, novamente fechou o mês com mais demissões que contratações, tendo fechado 344 postos de trabalho com carteira assinada.


Outro município com muitas demissões registradas foi Baía Formosa, que fechou 242 postos de trabalho, tendo 7 admissões e 249 demissões. O município também registra queda sequencial. Em janeiro e fevereiro, o saldo também havia sido negativo: - 616 e -439.


Setor

Assim como em janeiro e fevereiro, o setor que mais gerou empregos formais no RN em março foi o de serviços, com saldo positivo de 1.834. Em seguida, o setor de construção foi quem mais abriu postos de trabalho neste período: 774.


Por outro lado, assim como também aconteceu em janeiro e fevereiro, o setor que integra agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o setor mais afetado, tendo uma redução de 1.570 postos de trabalho.



Brasil

A economia brasileira gerou 184 mil empregos com carteira assinada em março. O saldo positivo foi de:


1.608.007 contratações

1.423.867 demissões


Fonte: G1

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RN vai receber primeiro lote de vacinas da Pfizer até sábado (1°), diz Ministério da Saúde

Com a chegada prevista do primeiro lote das vacinas da Pfizer ao Brasil com cerca de 1 milhão de doses nesta quinta-feira (29), segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte se prepara para receber as primeiras doses do novo imunizante entre a sexta-feira (30) e o sábado (1°).



Profissional de saúde prepara dose de vacina da Pfizer/BioNTech em Montpellier, na França — Foto: Pascal Guyot/AFP


Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a estimativa é de que o estado receba neste primeiro lote cerca de 6 mil doses da vacina da Pfizer - todas vão ficar em Natal .


Em nota ao G1, o Ministério da Saúde disse que previsão é que "a distribuição para as 27 capitais do país inicie entre sexta-feira (30) e sábado (1°), em uma divisão proporcional e igualitária". A quantidade para cada estado não foi confirmada pela pasta nacional.

Com essa vacina, o processo tem uma necessidade específica: as doses precisam ser armazenadas a uma temperatura abaixo de - 70°C. E por isso a recomendação do MS é de que as doses fiquem apenas nas capitais, já que para o armazenamento, é necessário a utilização de ultrafreezers.


Por esse motivo, a Secretaria de Saúde confirmou que todas as doses recebidas pelo estado ficarão em Natal, seguindo a recomendação do órgão nacional.



O governo do RN tem um desses congeladores na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat). Já a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) possui sete ultrafreezers entre Natal e Caicó e disponibilizou os equipamentos em janeiro para auxiliar no armazenamento das vacinas. Em nota, a universidade disse que "permanece válida a disponibilização dos equipamentos, conforme ocorra a demanda da gestão pública".


Até esta quarta-feira (28), o estado recebeu apenas doses da Oxford/AstraZeneca e da CoronaVac.


Ultrafreezer na UFRN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Distribuição

Em nota ao G1, o Ministério da Saúde explicou que as vacinas da Pfizer chegarão ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas, às 19h desta quinta-feira (29) desembarcando armazenadas a - 70°C. As doses, então, serão encaminhadas aos estados, entre sexta e sábado, quando estarão armazenadas entre -25°C e -15°C – as doses podem ficar nessa faixa de temperatura por até 14 dias.


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Ultrafreezer da UFRN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Devido ao curto espaço de tempo, o MS está orientando que nesta primeira remessa, a vacinação com as doses da Pfizer fique restrita às capitais do país e " e, se possível, ocorra em unidades de saúde que possuam câmaras refrigeradas cadastradas na Anvisa".

"Assim que os imunizantes chegarem nas salas de vacinação, na rede de frio nacional (+2°C a +8°C), a aplicação na população deve ocorrer em até cinco dias".


Também devido à refrigeração especial, de acordo com o ministério, a distribuição desse lote inicial de 1 milhão para o Brasil será feita em duas etapas:


Primeiro, serão enviadas aos estados e ao Distrito Federal as vacinas destinadas para a primeira dose (500 mil).

Uma semana depois, as unidades da federação vão receber os lotes para segunda dose (500 mil restantes).

No caso da vacina da Pfizer, o intervalo entre a primeira e a segunda aplicação é de 21 dias.


Compra de freezers

Segundo o Ministério da Saúde, está em andamento o processo de compra de 183 "freezers de ultrabaixa temperatura" (-90°C a -60°C) para todo o Brasil. Eles são os equipamentos mais indicados para o armazenamento das vacinas da Pfizer, permitindo que as doses durem por seis meses.


"O Ministério da Saúde planeja entregar os freezers para as centrais estaduais e os gestores locais vão definir a estratégia de distribuição dos equipamentos em seus territórios."

A previsão é de que o primeiro lote, com 30 freezers, seja entregue em meados de junho. A aquisição é realizada via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).


Vacina da Pfizer

A vacina da Pfizer foi a primeira a obter o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. O imunizante foi um dos quatro testados no Brasil.


Essa primeira remessa que chega ao Brasil faz parte do acordo firmado entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica em 19 de março, que totaliza 100 milhões de doses de vacinas até o final do terceiro trimestre de 2021. Essas primeiras doses foram produzidas na fábrica da Pfizer em Puurs, na Bélgica.


No início do ano, a farmacêutica disse ter oferecido 70 milhões de doses da vacina ao governo brasileiro para entrega ainda em dezembro, mas a oferta foi recusada.


Fonte: G1

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No RN, 56 mil pessoas estão com a segunda dose da vacina contra Covid atrasada

O Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) divulgou levantamento em que aponta que 56.840 pessoas estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso no Rio Grande do Norte. Os dados são da plataforma RN+Vacina, retirados no último dia 26, às 16h50.


Aplicação de segunda dose da Coronavac está suspensa em Natal e Parnamirim — Foto: Lucas Cortez/Inter TV Cabugi


Natal e a região metropolitana - referente à VII Regional de Saúde - somam 34.486 pessoas, equivalente a 60% do total. A II Regional, de Mossoró, aparece com 8.338 cidadãos em atraso.

Das 56.840 pessoas com atraso da segunda dose da vacina, 56.816 receberam o imunizante da CoronaVac, e apenas 24 da Oxford/AstraZeneca.


A bula da CoronaVac orienta que todas as pessoas vacinadas com este imunizante devem receber segunda dose entre o 14º e o 28º dia. Porém, para melhor eficácia, é recomendado entre o 21º dia ao 28º dia. A segunda dose de Oxford deve ser tomada após 12 semanas (cerca de 90 dias) da primeira.


O LAIS/UFRN informa que, entre 19 de janeiro e 26 de abril, analisou mais de 640 mil registros de vacinação na plataforma RN+Vacina, com o objetivo de subsidiar os gestores da Secretaria de Estado de Saúde Pública e das secretarias municipais neste trabalho de imunização.



O relatório destacar ainda que "existe um déficit de registros por parte de alguns municípios", e, "com isso, é possível que haja mais D2 atrasadas, já que algumas pessoas podem ter tomado a D1 e ela não ter sido inserida no sistema, como também podem existir pessoas que já tomaram a D2 mas a mesma ainda não foi inserida no RN+Vacina".


Em Natal, a prefeitura voltou a suspender a aplicação da segunda dose da Coronavac na última segunda-feira (26) por falta de vacina. Quem está no limite de 28 dias para tomar a segunda dose terá que aguardar a chegada de uma nova remessa do imunizante. Parnamirim, na Grande Natal, também suspendeu nesta quarta-feira (28).


Fonte: G1

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Hospital bloqueia 30% dos leitos de UTI para Covid-19 por falta de kit intubação e anestésicos em Mossoró

Unidade de saúde com o maior número de leitos públicos para Covid-19 em Mossoró, no Oeste potiguar, o Hospital São Luiz bloqueou 15 leitos por falta de kit intubação e anestésicos. O número representa 30% das unidades de tratamento intensivo (UTIs) do hospital, na manhã desta quarta-feira (28).



Hospital São Luiz, em Mossoró — Foto: Isaiana Santos / Intertv Costa Branca


O kit intubação é como ficou conhecido o conjunto de remédios usados em pacientes que precisam passar por intubação. Procurada sobre o assunto, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que "a situação atual dos estoques, voltados para a rede de hospitais públicos encontra-se no limite".


O hospital São Luiz tem 50 leitos de UTI para Covid-1. Segundo dados do sistema Regula RN, usado para administração da rede assistencial da pandemia no estado, além dos 15 bloqueados, os outros 35 leitos tinham pacientes na manhã desta quarta (28).


Ao mesmo tempo, o número de pacientes à espera uma UTI no Oeste era maior que o número de leitos disponíveis na região, por volta das 9h.


Dos 15 leitos bloqueados, 11 foram fechados por falta de kits de intubação e quatro por falta de insumos - o que, segundo a Sesap, significaria falta de anestésicos. Do total de 11 leitos sem kit intubação, um está bloqueado há quatro dias, outro foi bloqueado há um dia e outros nove, dentro das últimas 24 horas.


O G1 procurou a interventora responsável pelo hospital - que pertence a uma associação - Larizza Queiroz, mas ela informou que estava em reunião com o Ministério Público, para tratar sobre esse assunto, e não respondeu aos questionamentos até a última atualização desta matéria.


Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, também faltam kits em outras unidades no estado: três leitos no Hospital da Liga de Mossoró, dois leitos no Hospital de Campanha de Parnamirim e três no Hospital Universitário Onofre Lopes também estão bloqueados.


"A Sesap esclarece que responsabilidade de abastecimento de insumos e medicação é do Hospital São Luíz, de acordo com a pactuação para o funcionamento dos leitos de UTI Covid, através de Termo de Ajustamento de Conduta. Os leitos do hospital que estão bloqueados, se dão por falta de kit de intubação, insumos que estão em escassez a nível nacional. A Sesap informa ainda que, através da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), vem auxiliando hospital São Luiz com envio de anestésicos. Porém, a situação atual dos estoques da Sesap, voltados para a rede estadual encontra-se no limite", afirmou a pasta.


Ainda de acordo com a secretaria estadual, parte dos medicamentos está em processo de reposição, alguns com empenho já emitido e outros em finalização de aquisição. "Apesar da requisição ter sido feita pelo Ministério de Saúde aos produtores e fornecedores, o Rio Grande do Norte não vem recebendo esse suporte com regularidade, e não existe cronograma para o fornecimento por parte do governo federal".


Pacientes aguardam por UTI no Oeste

Com os leitos bloqueados por falta dos remédios, a central de regulação do Oeste registrava 12 pessoas em uma fila de espera por UTI por volta das 9h, sendo que só havia três leitos disponíveis. Na UPA do bairro Belo Horizonte, em Mossoró, quatro pacientes aguardam transferência para uma UTI desde a terça-feira (27).


"Estamos com quatro pacientes internados aguardando leitos de UTI, sendo três na sala vermelha. Nossa unidade está quase lotada, com 17 pacientes internados na área interna da UPA. A maior parte dos pacientes chega precisando de oxigênio" disse Keliane Lima, coordenadora da unidade.


UPA do bairro Belo Horizonte, em Mossoró, no Oeste potiguar — Foto: Hugo Andrade/Inter TV Costa Branca


Fonte: G1

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Cidades de 18 estados interrompem 2ª dose de CoronaVac por falta de imunizantes

Cidades de ao menos 18 estados suspenderam a aplicação da 2ª dose da CoronaVac por falta de imunizante nesta semana.


Falta de doses afeta a imunização com CoronaVac em todo o país — Foto: César Ferreira


AL - Arapiraca, Barra de São Miguel, Capela, Coqueiro Seco, Maceió, Marechal Deodoro, Paripueira, Penedo, Rio Largo e São Miguel dos Campos.

AP - Macapá e Santana.

BA - Vitória da Conquista e Ilhéus.

CE - Juazeiro do Norte.

ES - Afonso Cláudio, Águia Branca, Alegre, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Aracruz, Barra de São Francisco, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Conceição do Castelo, Dores do Rio Preto, Ecoporanga, Fundão, Guarapari, Ibatiba, Iconha, Irupi, Iúna, Jeronimo Monteiro, Laranja da Terra, Mantenópolis, Marataízes, Marechal Floriano, Marilândia, Montanha, Pancas, Ponto Belo, Presidente Kennedy, Rio Bananal, Santa Maria de Jetibá, São José do Calçado, São Mateus, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Pavão e Vila Valério.

MG - Visconde do Rio Branco.

MS - Campo Grande.

MT - Rondonópolis.

PB - Campina Grande.

PE - Igarassu, Ipojuca, Belo Jardim, Petrolina e Itapissuma.

PR - Antonina, Apucarana, Boa Ventura de São Roque, Cianorte, Cidade Gaúcha, Curitiba, Lindoeste, Matinhos, Piraquara, Santa Maria do Oeste, São José dos Pinhais e Tapira.

RJ - Casimiro de Abreu, Campos dos Goytacazes, Duas Barras, Duque de Caxias, Italva, Maricá, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Rio Bonito e Volta Redonda.

RN - Natal, Mossoró e Parnamirim.

RO - Porto Velho.

RS - Bagé, Canoas, Gravataí, Montenegro, Novo Hamburgo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, Santo Ângelo, Sapiranga e Rio Grande.

SE - Aracaju.

SC - Barra Velha, Florianópolis, Gaspar, Itapoá, Jaraguá do Sul, Rio do Sul, São José e Tijucas.

SP - Praia Grande, Cajamar e Vinhedo.

Nesta quarta, 8 capitais estão com a aplicação da 2ª dose da CoronaVac suspensa: Aracaju, Campo Grande, Florianópolis, Macapá, Maceió, Natal, Porto Alegre e Porto Velho.


A CoronaVac é a principal vacina do programa nacional de imunização contra a Covid-19: corresponde a 76% das vacinas aplicados na população brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde.


Antecipação de doses

O problema da falta de segunda dose nos estados acontece depois de o Ministério da Saúde, então dirigido pelo general Eduardo Pazuello, ter recomendado o uso de todo o estoque da vacina como primeira dose após "garantia da segurança das entregas por parte dos fornecedores". Depois, mudou a orientação ao recomendar reserva de imunizantes.


O atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, diz que vai regularizar a entrega desses imunizantes na semana que vem. "Não [houve atraso] por responsabilidade do Instituto Butantan, mas em função dos trâmites. Alguns paciente fizeram a [aplicação da] primeira dose e, quando chegou o tempo, a segunda dose não estava disponível. Assim que chegar, pode fazer. Esperamos que semana que vem sejam distribuídas doses para que haja regularização nacional dessa 2ª dose", afirma.


A CoronaVac tem de ser aplicada em um intervalo de até 28 dias. Se houver atraso, a orientação é tomar o quanto antes e o atraso, segundo o Ministério da Saúde, não compromete a imunização da população.


CoronaVac

Neste mês, entretanto, houve atraso na entrega da CoronaVac e de parte dos imunizantes por conta de problemas na entrega do princípio ativo.


Nesta quarta, o Butantan anunciou que antecipará para a próxima sexta (30) a entrega de 600 mil novas doses de CoronaVac ao Ministério da Saúde. A nova remessa faz parte do primeiro contrato firmado com o governo federal para o fornecimento de 46 milhões de doses, que inicialmente estava previsto para ser completamente entregue em 30 de abril.


Até o dia 19 de abril, o Butantan entregou ao Ministério da Saúde 41,4 milhões de doses da CoronaVac. Com o nove lote de sexta, serão 42 milhões.


Ainda faltam, portanto, 4 milhões de doses do primeiro contrato, que devem ser entregues em maio.


Fonte: G1

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Mariana: Mais de 140 juristas e entidades pedem pela suspensão de juiz que decide casos ligados à tragédia

Uma carta aberta pedindo pelo afastamento do juiz Mário de Paula Franco, da 12ª Vara Federal, das decisões referentes aos atingidos pela tragédia de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, foi assinada nesta quarta-feira (28) por 145 juristas e organizações não-governamentais.


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Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), foi destruído com rompimento da barragem de Fundão — Foto: Raquel Freitas/G1


Em 2015, a Barragem de Fundão, da mineradora Samarco, pertencente à Vale e à BHP Billiton, se rompeu, matando 19 pessoas, provocando o desaparecimento de distritos e a poluição de rios.


O documento assinado nesta quarta-feira afirma que as decisões do juiz prejudicaram os atingidos e beneficiaram as mineradoras envolvidas.


“Passados mais de cinco anos, o processo de reparação pouco progrediu. Nenhum reassentamento foi construído, não houve responsabilização criminal dos envolvidos e das envolvidas, e uma série de acordos foram sistematicamente descumpridos ante a completa inefetividade da Fundação Renova, o que somente agrava a situação das populações atingidas, prejudicando o direito à reparação integral e ao pleno acesso à justiça”, diz a carta.

Em outubro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com um mandado de segurança para reverter decisões tomadas por Mário de Paula Franco.


“Esta ação mandamental pretende a desconstituição de atos ilícitos praticados pelo juiz federal substituto da 12ª Vara Federal e Agrária da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais que, nos autos do cumprimento de sentença relativo aos acordos que regem a reparação dos danos decorrentes do desastre de Mariana”, diz o mandado de segurança.


O MPF pede que a Justiça Federal reverta a instauração de pelo menos 13 processos para serem conduzidos por comissões de atingidos, que teriam sido criados em violação aos acordos judicialmente homologados. Ainda segundo o Ministério Público Federal, parte desses expedientes tramitam em caráter sigiloso, “ocultando os atos que ali se praticavam das instituições que compõem o sistema de justiça e dos próprios atingidos”. A ação ainda diz que o MPF não é sequer intimado para atuar nos processos.


Segundo o Ministério Público, “essas decisões vêm causando diversos efeitos deletérios aos atingidos. De um lado, elas se valem da vulnerabilidade social, econômica e cultural de pessoas humildes, oferecendo-lhes um valor aleatório em troca do seu direito”.



Rompimento de barragem em 2019 destruiu distritos, que até agora, ainda não foram reconstruídos — Foto: Marcio Francisco Martins / Arquivo pessoal


No dia 30 de março deste ano, promotores, procuradores e defensores públicos pediram o afastamento do juiz. O pedido de arguição de suspeição é assinado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ministério Público Federal (MPF) e pelas defensorias públicas de Minas Gerais, do Espírito Santo e da União.


Na ação, os órgãos de Justiça apresentam relatos de atingidos sobre a postura do juiz. Um deles se refere a um morador de Santa Cruz do Escalvado.


“O depoente informou ao Ministério Público Federal que os representantes das pessoas atingidas foram convocados para uma reunião com o MM. Juiz Federal, na qual este afirmou que, a menos que as pessoas aderissem ao “seu” sistema indenizatório, os casos de interesse dos atingidos - que aguardavam julgamento há vários meses - não seriam decididos”.


Elogios nominais a advogados e o relacionamento com as partes também constam como argumentos levantados pelos órgãos. “O Juiz Federal substituto da 12ª Vara Federal vem, reiteradamente, tratando de modo desigual as partes processuais, demonstrando inclinação em tomar decisões em favor de algumas delas, afastando-se do dever de imparcialidade”, dizem.


O pedido para que o juiz se reconheça como suspeito para julgar o caso foi encaminhado ao próprio magistrado.


Em sua defesa assinada no dia 25 de abril, ele não reconheceu a sua parcialidade. O processo foi encaminhado para o Tribunal Regional Federal da 1º Região.


O G1 procurou a assessoria do juiz sobre o caso, mas até a publicação desta reportagem, ela não tinha se manifestado sobre o assunto.


Fonte: G1

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Manifesto assinado por 7 ex-ministros da Educação diz que Inep, organizador do Enem, 'está em perigo'

Um manifesto assinado por sete ex-ministros da Educação diz que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) "está em perigo" e "vem sendo gravemente enfraquecido e isso coloca em risco políticas públicas cruciais para gestores educacionais, professores, alunos, familiares, além de governantes de todos os níveis".



Sede do Inep em Brasília — Foto: Inep/MEC


O Inep, vinculado ao Ministério da Educação, é responsável pelo Enem, a maior prova do país. Também organiza outros exames (Revalida, Encceja, Enade), avaliações (Sinaes, Saeb), censos da educação e estatísticas sobre a educação brasileira, como as que formam o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).


Assinam a carta os ex-ministros Rossieli Soares (gestão Michel Temer), Mendonça Filho (Temer), Aloizio Mercadante (gestão Dilma Rousseff), José Henrique Paim (Dilma), Cid Gomes (Dilma), Fernando Haddad (gestões Dilma e Luiz Inácio Lula da Silva) e Tarso Genro (gestão Lula).


O texto também afirma que "nos últimos dois anos, no entanto, o cargo foi ocupado por cinco pessoas diferentes. E pior: as posições de gestão não têm sido preenchidas com indicações de quadros técnicos qualificados para as funções".


No final de fevereiro foi nomeado o quinto nome a comandar o Inep somente no governo Jair Bolsonaro. Danilo Dupas Ribeiro substituiu Alexandre Lopes, demitido logo ao final da realização das provas do Enem Digital.


Outro trecho diz que o Inep está sendo excluído pelo MEC: "O corpo técnico de servidores do órgão, que é amplamente reconhecido no meio educacional pela seriedade, especialidade e compromisso público, não é ouvido. O Ministério da Educação exclui constantemente o Inep de debates sobre a atuação de prerrogativa legal do órgão, como a reformulação do Ideb e as avaliações para medir a alfabetização das crianças no 2º ano do ensino fundamental".


Em reunião da Comissão de Educação na Câmara dos Deputados, em março, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que o "Inep estava tendo uma independência, querendo ser protagonista das políticas públicas da educação no Brasil. Não é assim que acontece, não comigo".


Nesta quarta (28), houve mais uma troca no Inep: o comando da coordenação-geral de Avaliação dos Cursos de Graduação e Instituições de Ensino Superior vai para a médica veterinária Helena Cristina Carneiro Cavalcanti de Albuquerque no lugar de Sueli Macedo Silveira.


O G1 entrou em contato com o MEC e o Inep sobre a carta e publicará as manifestações das duas entidades se forem enviadas.


Leia abaixo a íntegra do manifesto:


Em defesa do Inep, o órgão que avalia a educação no Brasil


O principal órgão responsável pelas avaliações e indicadores da educação brasileira está em perigo. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o Inep, vem sendo gravemente enfraquecido e isso coloca em risco políticas públicas cruciais para gestores educacionais, professores, alunos, familiares, além de governantes de todos os níveis.


O Inep é vinculado ao Ministério da Educação e teve em sua liderança acadêmicos de prestígio e gestores experientes no campo educacional ao longo dos seus 84 anos de história. Nos últimos dois anos, no entanto, o cargo foi ocupado por cinco pessoas diferentes. E pior: as posições de gestão não têm sido preenchidas com indicações de quadros técnicos qualificados para as funções.


O corpo técnico de servidores do órgão, que é amplamente reconhecido no meio educacional pela seriedade, especialidade e compromisso público, não é ouvido. O Ministério da Educação exclui constantemente o Inep de debates sobre a atuação de prerrogativa legal do órgão, como a reformulação do Ideb e as avaliações para medir a alfabetização das crianças no 2º ano do ensino fundamental. Além disso, há incertezas sobre a realização da própria prova do Saeb em 2021, logo quando é tão importante mensurar os impactos da pandemia de Covid-19 para o aprendizado dos alunos.


Para se ter uma ideia da importância do Inep, todos os anos, dezenas de milhões de crianças e adolescentes que frequentam as nossas escolas são contabilizadas pelo Censo da Educação Básica. O resultado do Censo forma a base de cálculo para repasses de recursos do Fundeb para estados e municípios, financiando a maior parte da educação básica no Brasil.


Já no Censo da Educação Superior, outras milhões de pessoas são contabilizadas anualmente, com informações valiosas sobre o perfil dos alunos, seus cursos e a taxa de evasão, por exemplo. Parte desses estudantes faz a prova de avaliação da educação superior, o Enade, que conta para o Índice Geral de Cursos (IGC). O IGC impede que cursos e instituições de baixíssima qualidade estejam ao alcance das pessoas. Isso tudo também é organizado pelo Inep.


Em anos alternados, dezenas de milhões de estudantes do ensino fundamental e médio são avaliados pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica, o Saeb. Os resultados dos alunos do 5º e 9º ano do fundamental e 3º ano do médio são usados para compor o Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. As redes estaduais e municipais anseiam por esses dados para medir a qualidade do ensino que oferecem aos seus estudantes. Sem os dados do Ideb a educação brasileira fica às cegas e a aplicação dos recursos fica comprometida. Sem o Inep seria impossível.


Isso sem falar dos milhões de jovens e adultos em busca do acesso ao ensino superior que fazem as provas do Enem, elaboradas pelo Inep.


Estamos em um dos momentos mais desafiadores de nosso País, com esta pandemia. Mas não será com cortes no orçamento da Educação, área prioritária para o desenvolvimento social e econômico, que isso irá se resolver. Mesmo porque o Inep produz informações que evitam o desperdício, racionalizando e tornando o Estado brasileiro mais eficiente.


Nós, que tivemos a honra de comandar esse ministério em algum momento da história recente do país, sentimos compelidos a fazer um apelo ao governo e à sociedade: respeitem, valorizem e reconheçam o papel de Estado desta instituição. O Inep é fundamental para a produção de dados sobre a educação brasileira. Por ser tão técnico, seu trabalho talvez não seja suficientemente conhecido pela população, mas asseguramos que é um pilar de sustentação da maior parte das ações do MEC. Sem um Inep capaz de cumprir suas funções, não haverá gestão responsável na educação do Brasil.


Carta assinada pelos ex-ministros da Educação (em ordem cronológica):


Tarso Genro, Fernando Haddad, Cid Gomes, José Henrique Paim, Aloizio Mercadante, Mendonça Filho, Rossieli Soares


Avaliação em risco

O MEC cogita cancelar neste ano o Saeb, que avalia aprendizado de alunos do 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio. A partir de 2021, ele seria usado como nova forma de ingresso no ensino superior no Enem seriado, que seria inviabilizado a princípio.


No mês passado, a Associação de Servidores do Inep (Assinep) também divulgou uma carta em que pede "maior eficiência, eficácia e efetividade" dentro do instituto que organiza o Enem e diz que a autarquia precisa ter proteção contra as "tensões políticas intrínsecas às alternâncias de poder no governo federal".


Na nota, a Assinep afirma que "nos últimos 20 anos, foram nomeados 15 presidentes para o Inep, de alinhamentos políticos, ideológicos e de formação acadêmica distintos, nem sempre compatíveis com um perfil adequado para a tomada de decisões inerentes ao cargo".


Fonte: G1

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Assessor do cantor Leonardo morreu por causa de tiro acidental disparado por ele mesmo, conclui polícia

A Polícia Civil concluiu a investigação da morte de Nilton Rodrigues da Silva, de 60 anos, primo e assessor do cantor sertanejo Leonardo. O delegado responsável pelo caso, Gilvan Borges, afirmou nesta quarta-feira (28) que Passim, como era conhecido, foi atingido por um tiro acidental disparado por ele mesmo e, por isso, ninguém foi indiciado pela morte. O investigador sugeriu ao Ministério Público o arquivamento do caso.


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Passim e o cantor Leonardo — Foto: Reprodução/Instagram


"Concluímos que foi morte por disparo acidental de arma de fogo em que ele atirou em si próprio. Nesse caso, ninguém que estava no local é indiciado. O laudo da balística ainda não ficou pronto, mas finalizei a investigação com o laudo do local do crime, que apontou a causa da morte como acidental", explicou o delegado.

A página do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) mostra que o inquérito está sob análise do Ministério Público. A 2ª Promotoria do MP, de Jussara, informou que ainda está analisando os autos da investigação (dentro do prazo legal) e só vai se manifestar quando houver um posicionamento definido.


Passim morreu no dia 4 de março, na fazenda Talismã, em Jussara, no oeste de Goiás, de propriedade do cantor Leonardo. O inquérito foi enviado ao Judiciário no último dia 13 de abril.


A arma manuseada por Passim, uma Glock 380, não tem registro e pertencia à vítima, segundo o delegado. Os depoimentos de testemunhas relatam que a arma era de uso pessoal, apesar de a função desempenhada por ele não exigir o equipamento.


"A arma era dele, mas não estava registrada. Ele não tinha uma função específica para usar arma, era para defesa pessoal", esclarece o delegado.


Morte

A Polícia Civil informou que, de acordo com os depoimentos, o cantor Leonardo sentiu falta de Passim na fazenda, no fim da manhã de 4 de março. Como não conseguiu entrar na suíte em que ele estava, mandou funcionários arrombarem a porta. Foi quando se depararam com o corpo do assessor.


Passim foi encontrado morto no banheiro da suíte. As investigações apontaram que ele atirou acidentalmente na própria mão e na perna esquerda.


A corporação também apurou que o assessor estava sozinho no momento do acidente e tentou estancar o sangramento, mas não resistiu à hemorragia.


Os policiais estimam que os tiros foram disparados por volta de 2h, mas o corpo da vítima foi encontrado às 12h30.


Homenagens

Passim deixou a esposa e dois filhos. Ele trabalhava no meio artístico havia cerca de 30 anos.


Vários amigos do assessor postaram homenagens logo após a morte dele. Entre eles a esposa de Leonardo, Poliana Rocha, que publicou nas redes sociais textos falando sobre a companhia de Passim.


“Nosso ‘Rambo’, amigo, irmão, companheiro, secretário, filho, fiel escudeiro e muito mais partiu. Estamos um caco, só frangalhos! Estamos sem chão. A vida hoje ficou cinza”, afirmou Poliana.


Filho de Passim, Hugo Rodrigues fez uma declaração ao pai, dizendo que ele deixou "um legado lindo".



"Nos deixou tão de repente, pai. Não tivemos tempo de nos abraçar ou de falar um último 'eu te amo', como dizíamos todos os dias. [...] Nossa trajetória não acabou aqui, pai. Eu vou te encontrar ainda. Me espera, meu velho. Te amo e sempre vou te amar", escreveu o filho.


Fonte: G1

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Brasil registra 3.019 novas mortes por Covid e se aproxima da marca de 400 mil vítimas da doença



O Brasil registrou 3.019 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas e totalizou nesta quarta-feira (28) 398.343 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias chegou a 2.379. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -19%, indicando tendência de queda nos óbitos decorrentes da doença.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quarta. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Já são 98 dias seguidos no Brasil com a média móvel de mortes acima da marca de mil; o país completa agora 43 dias com essa média acima dos 2 mil mortos por dia.


Veja a sequência da última semana na média móvel:


Quinta (22): 2.543

Sexta (23): 2.514

Sábado (24): 2.531

Domingo (25): 2.498

Segunda (26): 2.451

Terça (27): 2.399

Quarta (28): 2.379

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 14.523.807 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 77.266 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 57.384 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de -15% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica o limite inferior da tendência de estabilidade nos diagnósticos.


Apenas um estado apresenta tendência de alta nas mortes: AC.


Fonte: G1

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Polícia Federal apreende cerca de R$ 7 milhões guardados em malas em Búzios, no RJ

Policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas e da Delegacia da PF em Macaé (RJ) apreenderam cerca de R$ 7 milhões em Búzios, na Região dos Lagos do Rio, na manhã desta quarta-feira (28). A apreensão aconteceu no momento em que o dinheiro seria embarcado em um helicóptero com destino a São Paulo, segundo a polícia.


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Polícia Federal apreende cerca R$ 7 milhões em Búzios, no RJ; dinheiro estava guardado em três malas — Foto: Divulgação/PF


Ainda de acordo com a PF, o dinheiro estava acondicionado em três malas de viagem e seria levado para São Paulo por um casal que afirmou trabalhar em uma empresa especializada em criptoativos com sede em Cabo Frio, também na Região dos Lagos, e em outras cidades do Brasil.



Dinheiro seria levado de Búzios, RJ, para São Paulo em um helicóptero — Foto: Divulgação/PF


Os empregados da empresa, que estavam com a quantia, foram encaminhados à Superintendência da PF no Rio, mas não souberam explicar a origem do dinheiro.


Um inquérito policial foi instaurado para dar continuidade nas investigações.


Fonte: G1

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TRF-4 revoga prisão de Eduardo Cunha, mas ex-deputado segue detido em casa por outro processo

 A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) revogou, por unanimidade, nesta quarta-feira (28), a prisão do ex-deputado federal Eduardo Cunha, investigado na Operação Lava-Jato. A decisão é referente à prisão preventiva decretada pela 13ª Vara Federal de Curitiba, em outubro de 2016, na Operação Benin, mas não altera o status dele.


Cunha segue em prisão domiciliar por conta de outra preventiva, da Operação Sepsis, julgada pelo TRF-1. O habeas corpus do TRF-4 determinada a retirada da tornozeleira eletrônica. A corte manteve apenas a proibição de sair do país.


De acordo com a defesa, o ex-deputado teve a pena convertida para prisão domiciliar em março de 2020, já que está no grupo de risco da Covid e precisou fazer uma cirurgia no aparelho digestivo.


"Há uma cautelar em Brasília, do TRF-1, que, diante da retirada da tornozeleira, a defesa esclarecerá como deverá ser cumprida, se noturno, aos fins de semana etc", esclarece o advogado Ticiano Figueiredo.


O TRF-4 impôs a proibição de o ex-presidente da Câmara dos Deputados deixar o país, devendo entregar todos os seus passaportes, tendo em vista que ele tem cidadania italiana e que eventual deslocamento para o exterior poderia dificultar a aplicação da lei penal.



"Nada obstante, novos atos de movimentação de valores em contas identificadas ou não, ainda que por meio de prepostos, para além de autorizar novo decreto de prisão preventiva, poderá representar, ao menos em tese, a prática de novos crimes de lavagem de dinheiro", observou o relator João Pedro Gebran Neto.


Já o TRF-1, na condenação oriunda da Operação Sepsis, determinou que a prisão busca preservar "não apenas a ordem pública e a aplicação da lei penal, mas também a ordem econômica".


"Como consignado na decisão que decretou a sua prisão cautelar, estando o réu ainda com controle de eventual conta no exterior, como sendo proveniente dos delitos em detrimento da Caixa Econômica Federal e FI-FGTS, em face da atuação comprovada deste réu em diversas operações, há risco de que movimente valores oriundos dos ilícitos (que somaram ao todo mais de oitenta milhões)", diz o documento.





Entenda as prisões

Eduardo Cunha foi preso em outubro de 2016. Em decisão do ex-juiz Sérgio Moro, Cunha foi condenado por receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.


No ano seguinte, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara também foi condenado a 15 anos e 11 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro na Lava Jato no Paraná. A sentença foi do juiz Luiz Antônio Bonat.



Em 2019, a Justiça Estadual do Paraná autorizou a transferência de Cunha para que pudesse cumprir a pena em um presídio do Rio de Janeiro.


Em março de 2020, no começo da pandemia, a juíza federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, mandou Cunha para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.


Notas da defesa

O TRF-4 finalmente fez justiça ao ex-presidente Eduardo Cunha: ele já tinha o direito de estar em liberdade, inclusive com prazo para progressão de regime. Mas mais do que isso: nunca houve justificativa para uma prisão preventiva, e isso se torna mais grave em razão dos prazos alongados, que nada mais eram do que uma condenação disfarçada de medida cautelar.


O TRF-4, enfim, mostra que as operações da Lava Jato não podem ser baseadas em presunções como forma de fundamentar prisões preventivas e que as regras do processo devem valer para todos: investigados, investigadores e juízes. E isso tudo se torna ainda mais relevante em razão da prisão preventiva ter sido determinada por um juiz suspeito e parcial, que é Sergio Moro.


O TRF4 concedeu HC para revogar a prisão preventiva decretada em outubro de 2016 na operação Benin. Essa prisão foi convertida em prisão domiciliar em março de 2020, pois Eduardo Cunha esta no grupo de risco e também precisou fazer uma cirurgia complexa no aparelho digestivo. Foi determinada a retirada da tornozeleira eletrônica. Eduardo segue em prisão domiciliar por conta de outra prisão preventiva, da operação Sepsis. A defesa, composta pelos advogados Pedro Ivo Velloso, Ticiano Figueiredo, Aury Lopes Jr e Delio Lins e Silva Jr comemora a decisão, pois justa e adequada, na medida em que a prisão preventiva não se faz mais necessária.


Fonte: G1

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Por unanimidade, Supremo torna réu deputado Daniel Silveira por atos antidemocráticos



O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (28) por unanimidade receber denúncia e tornar réu o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) no âmbito do inquérito que investiga atos antidemocráticos.


Por 10 votos a 1, o tribunal também decidiu não analisar nesta quarta o pedido do deputado de revogação da prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Ainda não há data para julgamento de recurso da defesa com esse pedido.


A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República, depois que o plenário manteve, por unanimidade, a prisão em flagrante do parlamentar por crime inafiançável.


Em fevereiro, Silveira foi detido por ter publicado um vídeo no qual defende o AI-5, instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e a destituição de ministros do STF. As duas reivindicações são inconstitucionais.


Com o recebimento da denúncia, Daniel Silveira se torna réu e passa a responder a processo criminal perante o Supremo, em razão do foro privilegiado.


Ele poderá apresentar defesa e, depois de colhidas provas e ouvidas testemunhas, ocorre o julgamento para determinar se é culpado ou inocente.


Voto do relator

Em relação à aceitação da denúncia, todo os ministros seguiram o entendimento do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.



Houve somente uma divergência, do ministro Marco Aurélio Mello, em relação ao julgamento do pedido de revogação da prisão domiciliar. O decano (mais antigo ministro) do STF entendeu que o pedido deveria ter sido julgado nesta quarta, com o que não concordaram os demais dez ministros.


Ao votar, Moraes afirmou que a denúncia narra “três eventos criminosos de forma clara e expressa”.


Segundo o ministro, liberdade de expressão "não se confunde com liberdade de agressão, com anarquia, desrespeito ao estado de direito e da defesa da volta da ditadura, do fechamento do Congresso Nacional, com fechamento do STF”.


“São instrumentos que existem, a liberdade de expressão e a imunidade parlamentar, para garantir o estado de direito e não para voltar ao arbítrio e ao famigerado AI-5”, disse.


“Não existirá o estado democrático de direito sem que haja poderes harmônicos entre si.”


Moraes também afirmou que o julgamento é um recado de que o Judiciário não será intimidado e continuará "exercendo de forma livre, autônoma, imparcial e neutra a sua função”.


“Não é possível aceitar que pessoas que estejam sendo investigadas tentem, por meio de ameaças — gravíssimas ameaças — a incitação da população contra o Judiciário, pretendam fugir da aplicação da lei”, declarou o ministro.


Acusação e defesa

Na sessão, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, afirmou que a atitude de Silveira não está protegida pela imunidade parlamentar e pediu o recebimento da denúncia.


“Não se trata de opinião, de ideia, de programa partidário, se trata de depreciação, de violência verbal”, afirmou.


"Esta onda de ódio por algoritmos polarizadores que fazem com que pessoas ganhem votos nesse campo e se projetem na arena democrática com a pretensão de eliminação do contraposto é o limite que foi gravemente transposto. E quem contrapôs tem a responsabilidade de não ultrapassar os limites da democracia do país”, declarou.


O advogado de Silveira, Jean Cleber Garcia Farias, defendeu que não existe por parte do relator a “equidistância necessária” para julgar o caso e que a Polícia Federal ainda não apresentou o relatório final no inquérito.


“Temos um inquérito que não foi encerrado e já foi oferecida a denúncia. Peço que rejeitem a denúncia”, argumentou.


O advogado também pediu o relaxamento da prisão domiciliar de Silveira, que classificou de desproporcional.


“Ele continua efetivamente preso. Cabe a esse tribunal reavaliar a prisão que foi decretada e que efetivamente sejam aplicadas medidas cautelares diversas”, requereu.


O caso

Em 21 de abril do ano passado, o STF abriu, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, um inquérito para apurar a organização de atos contra a democracia no país. Dentre os alvos, está o deputado Daniel Silveira.



O deputado é acusado de crimes previstos no Código Penal e na Lei de Segurança Nacional. A PGR acusa Silveira de:


praticar agressões verbais e graves ameaças contra ministros da Corte para favorecer interesse próprio, em três ocasiões;

incitar o emprego de violência e grave ameaça para tentar impedir o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, por duas vezes, e

incitar a animosidade entre as Forças Armadas e o STF, ao menos uma vez.

Em março, Moraes determinou a prisão domiciliar de Silveira, que permanece com tornozeleira eletrônica.


Em anexo à denúncia contra o deputado, a Procuradoria-Geral da República propôs o envio do documento à Câmara na forma de uma representação contra o parlamentar – tanto para a Mesa Diretora quanto para o Conselho de Ética da Casa.


O parlamentar também é investigado no inquérito que apura ataques a ministros da Corte e a disseminação de notícias falsas, o chamado inquérito das fake news.


Daniel Silveira está no primeiro mandato como deputado federal. Eleito em 2018, o ex-policial militar ficou conhecido por aparecer em vídeo destruindo uma placa que homenageava a vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio em março daquele mesmo ano.


Fonte: G1

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Marco Aurélio Mello manda governo tomar medidas para realizar o Censo



O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (28) que o governo federal tome as providências para realizar o Censo demográfico.


A decisão atendeu a um pedido do governo do Maranhão. Procurado, o Palácio do Planalto informou que não irá se manifestar sobre a decisão.


Na semana passada, o governo confirmou que o Orçamento de 2021 não reservava recursos para o Censo e, portanto, ele não seria realizado neste ano.


Por lei, o Censo deve ser realizado a cada dez anos. O último ocorreu em 2010. No ano passado, a pesquisa, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), foi adiada devido à pandemia de Covid-19.


“Defiro a liminar, para determinar a adoção de medidas voltadas à realização do Censo, observados os parâmetros preconizados pelo IBGE, no âmbito da própria discricionariedade técnica”, diz Mello na decisão.

Em despacho publicado horas depois, o ministro determinou que a decisão individual seja levada à análise do plenário. O julgamento em plenário virtual está marcado para começar no próximo dia 7.


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Suspensão fere a Constituição

Na decisão, Marco Aurélio criticou o corte no orçamento para o censo. Para o ministro, isso fere a Constituição.


“A União e o IBGE, ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional – artigo 21, inciso XV, da Constituição de 1988”, escreveu o ministro.


O ministro negou que a decisão represente interferência.


“Surge imprescindível atuação conjunta dos três Poderes, tirando os compromissos constitucionais do papel. No caso, cabe ao Supremo, presentes o acesso ao Judiciário, a aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais e a omissão dos réus, impor a adoção de providências a viabilizarem a pesquisa demográfica”.


Marco Aurélio Mello destacou a importância da pesquisa para o país.


“O direito à informação é basilar para o Poder Público formular e implementar políticas públicas. Por meio de dados e estudos, governantes podem analisar a realidade do País. A extensão do território e o pluralismo, consideradas as diversidades regionais, impõem medidas específicas”.


Ação

Na ação, o governo do Maranhão sustenta que "a ausência do censo demográfico afeta de maneira significativa a repartição das receitas tributárias, pois os dados populacionais são utilizados para os repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), bem como do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e ainda para uma série de outras transferências da União para os entes subnacionais".



Também pontua que "o cancelamento do Censo traz consigo um imensurável prejuízo para as estatísticas do país, pois sem o conhecimento da realidade social, demográfica e habitacional, tornam-se frágeis as condições que definem a formulação e avaliação de políticas públicas".


Aponta ainda que não cabe usar a pandemia da Covid-19 como justificativa para não realizar o Censo.


"A realização do Censo nacional pressupõe a ordenação de uma série de atos administrativos que não restariam prejudicados pelo risco sanitário decorrente da pandemia da COVID-19, não podendo esse fato se utilizado pelo governo federal como justificativa para a paralisação das providências preparatórias imprescindíveis a sua realização."


Fonte: G1

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