segunda-feira, maio 27, 2019

Ceará transfere 11 chefes do PCC para presídio do RN


Onze chefes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC),no Ceará, foram levados à Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Mossoró, no Oeste Rio Grande do Norte. A transferência ocorreu na madrugada do último sábado, 25 de maio.

Os onze internos fazem parte de um grupo de 33 homens com perfil de liderança dentro do PCC, que denunciaram, através de ação judicial interposta no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), terem sofrido tortura de agentes penitenciários, enquanto estavam isolados na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Jucá Neto (CPPL III), também em Itaitinga, na madrugada de 20 de fevereiro deste ano, antes de serem levados para uma ala de segurança máxima do CDP.

Foram transferidos: Erivando Paulino de Sousa, Francisco Arielson de Sousa, Francisco Eudes Martins da Costa, João Wanderson dos Santos Sousa, José Fabiano Nunes de Alencar, Leandro de Sousa Teixeira, Leonardo Santos Bezerra, Manoel Giliarde da Silva, Marcílio Alves Feitosa, Marco Aurélio Flávio e Paulo César da Costa Souza.

Os internos transferidos para o presídio de Mossoró respondem a crimes como homicídio, latrocínio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, roubo e receptação.

O Estado utilizou a transferência de líderes de organizações criminosas para presídios federais como uma estratégia para inibir a maior série de ataques a prédios públicos e privados e ônibus da história do Ceará (foram mais de 200 ocorrências, ordenadas principalmente de dentro dos presídios), registrada em janeiro deste ano, e retomar o controle do sistema penitenciário.

Pelo menos 40 detentos, ligados às facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE), foram levados a presídios federais. Quanto ao PCC, as autoridades preferiram, no primeiro momento, apenas isolar os presos em alas de segurança máxima de unidades estaduais.

Fonte: Diário do Nordeste
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Após aprovação em pesquisa, Fátima cumprimenta servidores ‘de sala em sala’ na Governadoria

Um dia após a divulgação da aprovação de 55% da gestão Fátima Bezerra, a governadora publicou um vídeo nas redes sociais no qual passa de sala em sala do prédio da Governadoria “para agradecer aos servidores e parabenizar pelo trabalho”. Nas imagens, a chefe do executivo potiguar veste um chapéu de cangaceiro enquanto caminha em direção ao prédio, onde cumprimenta diversos servidores e terceirizados.

FOTO: SANDRO MENEZES/REPRODUÇÃO/TWITTER

Confira a publicação e clique no link para ver o vídeo:

Governadora Professora Fátima Bezerra saiu de sala em sala no prédio da Governadoria para agradecer aos servidores e parabenizar pelo trabalho. #EquipeFB Imagens: Sandro Menezes pic.twitter.com/XeHWnc3Vdc

— Fátima Bezerra (@fatimabezerra) May 27, 2019

Eleita com votação recorde, com mais de 1 milhão de votos, a governadora Fátima Bezerra teve aprovação alta pela população do estado: 55,35% dos potiguares aprovam a sua gestão. O índice dos que desaprovam a gestão Fátima ficou em 23,18%. Os dados são da Pesquisa Retratos da Sociedade Potiguar 2019, encomendada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) ao Instituto Consult Pesquisa. O levantamento foi feito em 57 municípios, em 12 regiões do Rio Grande do Norte, durante o período de 17 a 20 de maio, com margem de erro de 2,3%.

Fonte: Portal no Ar
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Ivete Sangalo, Wesley Safadão, Marília Mendonça e mais famosos lamentam morte de Gabriel Diniz

A morte do cantor Gabriel Diniz abalou o mundo da música, nesta segunda-feira (27). O artista de 28 anos teve a vida interrompida após a queda de um avião de pequeno porte em um manguezal no povoado de Porto do Mato, em Estância, no litoral sergipano.

A tragédia, que causou comoção nacional, deixou grandes nomes do meio artístico consternados a notícia. Famosos como Ivete Sangalo, Wesley Safadão, Marília Mendonça, Simone, da dupla com Simaria, Cesar Menotti, Belutti, Tirullipa e Luisa Sonza, usaram as redes sociais para lamentar e prestar homenagens ao cantor.

Veja:




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Proposta de segurança para a Ponte Newton Navarro é apresentada durante audiência pública em Natal

Uma audiência pública discutiu nesta segunda-feira (27) proposta técnica apresentada pelos conselhos regionais de Engenharia e de Arquitetura para a segurança da Ponte Newton Navarro, que liga a Zona Leste à Zona Norte de Natal. A reunião aconteceu na Câmara Municipal da capital potiguar.

Foto aérea mostra a ponte Newton Navarro, inaugurada em novembro de 2007. Edificação é considerada a mais alta ponte estaiada (suspensa por cabos) do país — Foto: Canindé Soares
Foto aérea mostra a ponte Newton Navarro, inaugurada em novembro de 2007. Edificação é considerada a mais alta ponte estaiada (suspensa por cabos) do país — Foto: Canindé Soares

Com 1.782 metros de extensão, a ponte Newton Navarro foi inaugurada em 2007 e tem 60 metros de altura no seu ponto mais alto - o equivalente a um prédio de 20 andares. De acordo com a proposta apresentada, serão colocadas placas de vidro com dois blocos com espessura de 4 milímetros cada uma em toda a extensão da ponte. O objetivo é coibir suicídios no local.

“A ponte Newton Navarro é uma ponte turística e não poderíamos impactar o visual dela, por isso apresentamos a colocação dessas placas com o total de 8 milímetros de espessura e com altura de até dois metros e cinqüenta do piso ao topo da placa”, disse a presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), a engenheira Ana Adalgisa Dias.

A obra tem valor estimado em R$ 2,7 milhões. O coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea, Alessandro Câmara, ressaltou o que foi levado em conta na elaboração do projeto. “Nós analisamos alguns pontos para construir o projeto de segurança da ponte, como evitar a ocorrência de suicídio, aproveitar a estrutura existente, não obstruir o visual e utilizar material resistente”, explicou.

Audiência pública discutiu medidas de segurança para a Ponte Newton Navarro, em Natal — Foto: Marcelo Barroso/CMN
Audiência pública discutiu medidas de segurança para a Ponte Newton Navarro, em Natal — Foto: Marcelo Barroso/CMN

O engenheiro acrescentou que a utilização do vidro ocorre em outras pontes ao redor do mundo. “A proposta é utilizar a estrutura existente e implantar as placas de vidro em toda a extensão da ponte, com inclinação para dentro, dificultando a pessoa passar para o outro lado”, apontou.

Para o Coronel Monteiro Júnior, comandante do Corpo de Bombeiros, o suicídio é uma questão de saúde pública. “A iniciativa de proteção na ponte é louvável, mas necessitamos trabalhar no foco do problema. O suicídio é uma questão de saúde pública, não são apenas medidas de segurança que vão diminuir os índices, o poder público deve fornecer o tratamento, descobrir a raiz da doença, tratar o cidadão para que ele não cometa o ato”, afirmou o comandante.

A psicóloga Nayran Cardoso, do hospital psiquiátrico Professor Severino Lopes, comentou que é preciso perceber os sinais da depressão.

“As pessoas que são acometidas de depressão têm dificuldades de acesso ao tratamento, dificuldade de aceitação da família e do ambiente de trabalho. Essas pessoas muitas vezes dão sinais, e precisamos estar atentos a eles, por isso a importância desse debate sobre o suicídio, sobre maneiras de identificar a doença, tratá-la e formas de coibi-la”, disse.

Um acampamento foi montado por um grupo de evangélicos e outros voluntários, que se prontificaram a ajudar os religiosos, na cabeceira da Ponte Newton Navarro. Eles começaram a se revezar 24 horas por dia no local para impedir que pessoas cometam suicídio e exigiram uma atuação do poder público no local.

De acordo com o presidente da Câmara, vereador Paulinho Freire (PSDB), o objetivo da reunião era conhecer a proposta, para, em seguida, "cobrar do poder público que ele aloque recursos" para solucionar o problema.

Fonte: G1
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Banda Cavaleiros do Forró lamenta morte do seu ex-vocalista Gabriel Diniz

A banda Cavaleiros do Forró lamentou a morte do cantor Gabriel Diniz em suas redes sociais na tarde desta segunda-feira (27). Gabriel foi vocalista do grupo de forró potiguar antes de iniciar sua carreira solo e morreu nesta segunda após o avião em que estava cair na cidade de Estância, em Sergipe.

Cavaleiros do Forró lamenta morte do cantor — Foto: Reprodução
Cavaleiros do Forró lamenta morte do cantor — Foto: Reprodução

"A vida é realmente um sopro. Nossos sentimentos à família do cantor Gabriel Diniz e toda equipe que com ele trabalhava", diz a banda do Rio Grande do Norte em sua publicação.

O grupo de forró alterou também a sua imagem de perfil por uma imagem completamente preta, demonstrando luto pela morte do cantor.

O cantor tinha duas apresentações marcadas para o Rio Grande do Norte nos próximos meses. Ele seria atração do São João promovido pela Prefeitura de Natal no dia 14 de junho. No dia 27, ele tocaria no Mossoró Cidade Junina.

Gabriel Diniz foi vocalista do grupo Cavaleiros do Forró — Foto: Reprodução
Gabriel Diniz foi vocalista do grupo Cavaleiros do Forró — Foto: Reprodução

Os cantores potiguares Zezo e Xand Avião também manifestaram solidariedade em suas páginas oficiais. "Vou lembrar de você assim", disse Xand Avião ao publicar uma imagem dos dois no palco.

Gabriel Diniz também tinha se tornado presença frequente no Carnatal, com o "Bloco do GD". O perfil do evento também manifestou seu pesar pela morte do cantor. "O céu ganha uma estrela irreverente. Tivemos a alegria de contar com o carisma e a energia contagiante de Gabriel no Carnatal, momentos que sempre serão lembrados", destacou.

Fonte: G1
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Pedreiro morre ao cair de escada em obra na Grande Natal

Um pedreiro morreu no final da manhã desta segunda-feira (27) ao cair de uma escada durante um serviço de reforma em um prédio no bairro de Nova Parnamirim, em Parnamirim, cidade da Grande Natal.

Homem que morreu caiu da escada ao fazer um serviço no prédio do escritório  — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi
Homem que morreu caiu da escada ao fazer um serviço no prédio do escritório — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi

Segundo a Polícia Civil, Josafá Teixeira Lopes foi contratado nesta segunda para trabalhar na reforma. Com ele, trabalhavam um ajudante de obra e um soldador.

Ainda de acordo com a polícia, o responsável pela obra disse que o soldador foi quem ouviu o barulho da queda, mas não soube dizer como aconteceu o acidente. Porém, quando a polícia chegou ao prédio, apenas o responsável pela obra estava no local.

O prédio em obra fica na Rua Maria Dolores Costa, que liga a Avenida Maria Lacerda Montenegro à BR-101, ao lado da loja Leroy Merlin.

O caso será investigado pela 2ª Delegacia de Polícia Civil de Parnamirim.

Fonte: G1
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Bandidos usam estrada em canavial para assaltar motociclistas na Grande Natal; reféns, 11 foram amarrados

Pelo menos 11 motociclistas foram feitos reféns, tiveram as mãos e os pés amarrados e foram assaltados neste final de semana por dois homens armados em uma estrada de terra que fica em meio a um canavial no município de São José de Mipibu, na Grande Natal. Os roubos aconteceram ao longo do sábado (25). Algumas das vítimas chegaram a ficar amarradas das 10h até as 18h. Duas motos foram levadas pelos criminosos.

Assaltos aconteceram em uma estrada de terra em meio a um canavial às margens da BR-101, em São José de Mipibu, próximo ao Posto de Fiscalização da PRF,   — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi
Assaltos aconteceram em uma estrada de terra em meio a um canavial às margens da BR-101, em São José de Mipibu, próximo ao Posto de Fiscalização da PRF, — Foto: Klênyo Galvão/Inter TV Cabugi

A estrada usada pelos assaltantes fica paralela à BR-101, perto do Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. Uma das vítimas, que teve a moto levada pelos bandidos, contou que usou a estrada como forma de escapar da barreira da PRF, pois estava com a documentação do veículo atrasada.

Em depoimento, as vítimas contaram que só conseguiram se libertar das amarras quando os assaltantes fugiram. Eles levaram duas motos e os pertences das vítimas, como aparelhos celulares, carteiras e joias. Outras nove motocicletas ficaram na estrada de terra. Os veículos roubados pela dupla ainda não foram recuperados.

Ainda de acordo com os depoimentos, uma das vítimas contou que foi agredida na cabeça com golpes de capacete.

Fonte: G1
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MP realiza operação contra fraudes em contratos da Câmara Municipal de Guamaré; grupo é preso

O Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou na manhã desta segunda-feira (27) uma operação denominada '10° Mandamento', que apura fraudes em contratos públicos da Câmara Municipal de Guamaré, cidade da região da Costa Branca potiguar. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Natal, Guamaré, Parnamirim e Extremoz. Ao todo, 11 pessoas foram presas.

Investigação apura fraudes em contratos da Câmara Municipal de Guamaré — Foto: MPRN/Divulgação
Investigação apura fraudes em contratos da Câmara Municipal de Guamaré — Foto: MPRN/Divulgação

Os 11 presos, entre eles o vereador Emilson de Borba Cunha, são investigados por suspeita de terem cometido crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, fraude a licitações e ocultação de bens e valores. O grupo investigado também conta com gestores, servidores da Casa Legislativa e empresários.

Além dos mandados de prisão, com o apoio da Polícia Militar, foram cumpridos também mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e na sede do Poder Legislativo de Guamaré.

As investigações da operação 10° Mandamento foram iniciadas em maio do ano passado e tratam de crimes cometidos entre 2017 e 2018, período em que Emilson de Borba Cunha, conhecido por Lula, era presidente da Câmara Municipal de Guamaré. Ademais, foi verificada a continuidade da prática dos crimes, mesmo após esse período, se estendendo até os dias atuais.

A operação 10° Mandamento contou com a participação de 23 promotores de Justiça, 53 servidores do MP e ainda 97 policiais militares.

O MP levantou que o grupo agia de forma estruturalmente ordenada com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens indevidas derivadas da prática dos crimes de peculato, de corrupção passiva, de desvios de verbas feitos por meio de contratos superfaturados celebrados através de licitações fraudulentas.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou na manhã desta segunda-feira (27) uma operação denominada '10° Mandamento', que apura fraudes em contratos públicos da Câmara Municipal de Guamaré, cidade da região da Costa Branca potiguar. Mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Natal, Guamaré, Parnamirim e Extremoz. Ao todo, 11 pessoas foram presas.

Os 11 presos, entre eles o vereador Emilson de Borba Cunha, são investigados por suspeita de terem cometido crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, fraude a licitações e ocultação de bens e valores. O grupo investigado também conta com gestores, servidores da Casa Legislativa e empresários.

Além dos mandados de prisão, com o apoio da Polícia Militar, foram cumpridos também mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e na sede do Poder Legislativo de Guamaré.

As investigações da operação 10° Mandamento foram iniciadas em maio do ano passado e tratam de crimes cometidos entre 2017 e 2018, período em que Emilson de Borba Cunha, conhecido por Lula, era presidente da Câmara Municipal de Guamaré. Ademais, foi verificada a continuidade da prática dos crimes, mesmo após esse período, se estendendo até os dias atuais.

A operação 10° Mandamento contou com a participação de 23 promotores de Justiça, 53 servidores do MP e ainda 97 policiais militares.

O MP levantou que o grupo agia de forma estruturalmente ordenada com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens indevidas derivadas da prática dos crimes de peculato, de corrupção passiva, de desvios de verbas feitos por meio de contratos superfaturados celebrados através de licitações fraudulentas.

fonte: G1
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Ministro Edson Fachin suspende venda da TAG, subsidiária da Petrobras

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da Petrobras. A decisão é da sexta-feira (24).

A TAG atua no segmento de transporte e armazenamento de gás natural. Com uma rede de gasodutos de 4,5 mil quilômetros, a companhia tem capacidade de movimentação de 74 milhões de metros cúbicos por dia.

A petroleira havia acertado a venda de 90% da TAG por US$ 8,6 bilhões (cerca de R$ 33 bilhões) para o grupo francês Engie, do ramo de energia.

Segundo Fachin, a venda exige licitação, conforme decisão anterior do ministro Ricardo Lewandowski, também do Supremo.

“A dispensa de licitação só pode ser aplicada à venda de ações que não importem a perda de controle acionário de empresas públicas, sociedades de economia mista ou de suas subsidiárias ou controladas”, afirmou Fachin.

O ministro Edson Fachin, durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira (23) — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
O ministro Edson Fachin, durante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira (23) — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A decisão derruba uma liminar (decisão temporária) concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em janeiro.

O processo de venda da TAG faz parte do programa de desinvestimento da Petrobras.

Fonte: G1
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Mais presos são achados mortos dentro de cadeias em Manaus; 15 morreram neste domingo

Após a matança de 15 presidiários dentro do Complexo Anísio Jobim (Compaj) na manhã do domingo (26) em Manaus, outras três unidades da capital registraram mortes de detentos nesta segunda-feira (27). O número de mortos ainda não foi confirmado.

Entrada do complexo penitenciário nesta segunda-feira (27) — Foto: Ive Rylo/G1 AmazonasEntrada do complexo penitenciário nesta segunda-feira (27) — Foto: Ive Rylo/G1 Amazonas

De acordo com o governo, presidiários foram encontrados enforcados em celas do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisório de Manaus (CDPM), ambos na BR-174 (Manaus-Boa Vista), e na Unidade Prisional do Puraquequara, Zona Rural da cidade.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) afirma que, "neste momento, a situação está controlada e os presos estão na tranca".

Quinze presos mortos no Compaj
No domingo, uma confusão entre detentos do Compaj envolveu presos dos pavilhões 3 e 5 da unidade prisional, segundo informou o governo.

A Secretaria de Administração Penitenciária comunicou que iniciou as investigações em relação ao ocorrido. A confusão teve início às 11h, no momento em que parentes faziam visitas.

 — Foto: G1/SP
— Foto: G1/SP

Massacre em 2017
Em janeiro de 2017, Complexo Anísio Jobim (Compaj) registrou rebelião que resultou na morte de 56 pessoas em janeiro de 2017. Na ocasião, a rebelião durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário como "o maior massacre do sistema prisional" do Estado.

Em dezembro do ano passado um agente penitenciário foi morto dentro do Compaj. À época, 12 detentos foram presos suspeitos da morte.

Fonte: G1
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Ministério da Saúde abre inscrições para o Programa Mais Médicos

Estão abertas a partir desta segunda-feira (27) as inscrições para o Programa Mais Médicos. Elas vão até o dia 29.

A expectativa do ministério é de que os médicos comecem a atuar já em junho. — Foto: Divulgação/HMIPV
A expectativa do ministério é de que os médicos comecem a atuar já em junho. — Foto: Divulgação/HMIPV

Esta é a segunda vez que o Ministério da Saúde abre o programa para novos interessados desde a saída dos médicos cubanos. Agora, o objetivo é contratar 2.212 médicos que devem atuar em 1.185 municípios considerados vulneráveis e 13 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

A expectativa do ministério é de que os médicos comecem a atuar já em junho.

Entre os requisitos necessários para fazer a inscrição estão ser formado em medicina e possuir a habilitação em qualquer Conselho Regional de Medicina do país - CRM válido. O edital para os candidatos foi publicado em 13 de maio. As inscrições serão feitas exclusivamente pela internet, no site do Mais Médicos.

Nos dias 6 e 7 de junho, os candidatos deverão acessar o sistema para informar em qual localidade têm interesse em trabalhar.

Caso haja vagas remanescentes, as oportunidades serão estendidas, em um segundo chamamento público, aos profissionais brasileiros formados em outros países.

Desistências
Cerca de 19% dos médicos brasileiros que entraram no Mais Médicos depois da saída dos cubanos desistiram de participar do programa até o mês de maio. Dados obtidos pelo G1 junto ao ministério mostram que 1.325 profissionais com registro profissional brasileiro se desligaram.

Após a saída de Cuba do programa, em novembro, um edital foi aberto para preencher as 8.517 vagas que foram deixadas. No total, 7.120 vagas foram preenchidas em seguida por médicos formados no Brasil.

Em um novo edital, publicado em dezembro, as 1.397 vagas remanescentes foram oferecidas a médicos brasileiros formados no exterior. O Ministério da Saúde alega que não há desistências nesse grupo: todos concluíram o módulo de acolhimento obrigatório e foram direcionados aos municípios escolhidos durante o edital.

O ministro Luiz Henrique Mandetta já afirmou que novas ações para o Mais Médicos estão em análise

Fonte: G1
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Lava Jato: MPF diz que é favorável à venda do sítio em Atibaia após pedido de Fernando Bittar

O Ministério Público Federal (MPF) foi favorável ao pedido de autorização do empresário Fernando Bittar, que é o dono formal do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), para vender a propriedade.

Fernando Bittar pediu autorização da Justiça para vender o sítio Santa Bárbara, em Atibaia  — Foto: GloboNews
Fernando Bittar pediu autorização da Justiça para vender o sítio Santa Bárbara, em Atibaia — Foto: GloboNews

O sítio teve reformas investigadas na Operação Lava Jato e foi sequestrado pelo Registro de Imóveis de Atibaia, em fevereiro deste ano. Entre os 13 condenados no processo está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ação apurou se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu propina por meio da reforma do sítio. A pena de Lula foi de 12 e 11 meses por corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro. A defesa dele nega as acusações.

A sentença que condenou o ex-presidente pela segunda vez na Lava Jato foi distribuída no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) para julgamento em segunda instância. Não há previsão para esse julgamento.

Fernando Bittar foi condenado a 3 anos por lavagem de dinheiro (e absolvido de outros dois crimes). A petição com o pedido de autorização para venda foi protocolada pela defesa dele em abril. Um dos motivos apresentados foi o de que Bittar não frequenta mais o sítio.

"O Ministério Público Federal se manifesta favoravelmente ao pedido formulado por Fernando Bittar, requerendo seja realizada a avaliação judicial do sítio Santa Bárbara e após, para que o requerente realize a venda do imóvel pelo valor mínimo indicado na avaliação, apresentando a proposta de compra a esse i. juízo, ficando condicionado que os valores decorrentes da venda sejam depositados em conta judicial", disseram os procuradores.

Até a publicação da reportagem, a Justiça não tinha se manifestado sobre o assunto.

Pedido de autorização para venda
No documento, os advogados também alegaram que a venda de imóveis por meio de leilão judicial, conforme determinado em sentença, "tende a resultar em significante deságio [depreciação do valor], o que prejudica não só o peticionário, como os próprios interesses da Justiça".

Os advogados justificaram ainda que, caso o imóvel seja submetido a uma segunda tentativa de venda por leilão, o valor para arrematá-lo seria até 50% menor que a avaliação. No documento, a defesa também solicita a indicação de conta judicial para o depósito do valor.

Imóvel sequestrado
O sequestro do imóvel foi efetivado em 22 de fevereiro, segundo informou o Registro de Imóveis de Atibaia. A Justiça Federal ainda deve decidir quando a propriedade pode ir a leilão, mas determinou o sequestro independentemente do trânsito em julgado da ação.

Na sentença, a juíza Gabriela Hardt afirmou que os valores das benfeitorias no imóvel, registrado em nome do empresário Fernando Bittar e da esposa, "no mínimo equivalem ao valor do terreno, comprado em 2010 pelo valor de R$ 500 mil".

Gabriela disse entender que não haveria como decretar a perdas das benfeitorias sem afetar o principal, que é a propriedade.

Conforme a força-tarefa da Lava Jato, a Odebrecht e a OAS custearam R$ 870 mil em reformas na propriedade. Já a Schahin fez o repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil por intermédio do pecuarista José Carlos Bumlai, ainda segundo os procuradores.

Fonte: G1
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Fifa nega recurso e confirma banimento de Marco Polo Del Nero do futebol para sempre

A Fifa anunciou nesta segunda-feira que o seu Comitê de Apelação decidiu por confirmar o banimento de Marco Polo del Nero, ex-presidente da CBF, de atividades ligadas ao futebol para sempre. A punição, que havia sido imposta há mais de um ano, estava sob revisão após recurso da defesa do brasileiro. O ex-dirigente ainda terá que pagar multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 4 milhões).

Com recurso negado junto à Fifa, o próximo passo que a defesa de Del Nero tem disponível é entrar com um recurso junto ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), em Lausanne, na Suíça. O TAS é a última instância em casos de justiça desportiva.

O banimento é exatamente a mesma punição recebida pelo antecessor de Del Nero, José Maria Marín, que deixou o cargo em 2014, após a eleição de Marco Polo.

Marco Polo del Nero foi presidente da CBF entre 2014 e 2018 — Foto: Pedro Martins / MoWA Press
Marco Polo del Nero foi presidente da CBF entre 2014 e 2018 — Foto: Pedro Martins / MoWA Press

Da presidência da CBF ao banimento
Del Nero tornou-se alvo de investigações do FBI em 2015, suspeito de envolvimento em esquemas de corrupção - e desde então não deixou mais o Brasil, onde não é acusado de nenhum crime. Naquele ano, foi indiciado pelo departamento de Justiça dos EUA por sete crimes (três de fraude, três de lavagem de dinheiro e um por integrar uma organização criminosa). Logo depois, o Comitê de Ética da Fifa abriu uma investigação interna, que demorou a avançar.

Entretanto, a partir do julgamento de Marín em um tribunal de Nova York, em dezembro de 2017, o caso andou. Del Nero foi citado em diversos depoimentos, planilhas, gravações e outros documentos - que foram tornados públicas pela investigação norte-americana. Os promotores do "Caso Fifa" afirmaram que Del Nero recebeu US$ 6,5 milhões em subornos para beneficiar empresas de marketing esportivo em contratos relacionados a Copa América, Taça Libertadores e Copa do Brasil. E a Fifa reabriu a investigação sobre o ex-presidente da CBF.

No fim de 2017, a entidade máxima do futebol mundial decidiu suspender Del Nero por 90 dias, fazendo com que o vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima, Coronel Nunes, assumisse a presidência da CBF interinamente. Esta suspensão foi estendida, como esperado, por 45 dias - em um prazo que expirou em abril do ano passado, quando a Fifa anunciou o banimento de Del Nero.

O que levou a Fifa a inicialmente suspender Del Nero e depois bani-lo de forma definitiva foi uma série de documentos produzidos pela investigação americana - além de depoimentos de J. Hawilla, Alejandro Burzaco e Eladio Rodrigues. O primeiro é dono da Traffic, empresa de marketing esportivo que subornava dirigentes para obter contratos . Os outros dois eram diretores da Torneos, agência argentina que operava da mesma forma.

Os documentos que embasaram o banimento
O que levou a Fifa a inicialmente suspender Del Nero e agora bani-lo de forma definitiva foi uma série de documentos produzidos pela investigação americana - além de depoimentos de J. Hawilla, Alejandro Burzaco e Eladio Rodrigues. O primeiro é dono da Traffic, empresa de marketing esportivo que subornava dirigentes para obter contratos . Os outros dois eram diretores da Torneos, agência argentina que operava da mesma forma.

Burzaco era o CEO da Torneos. Ele contou que, em 2012, quando Ricardo Teixeira deixou a presidência da CBF, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero "herdaram" um pagamento de propina anual de US$ 600 mil. Em troca desse valor, deveriam facilitar a vida da Torneos e sempre renovar os contratos relacionados à Copa Libertadores.

Depoimento de Alejandro Burzaco: Marin e Del Nero herdaram US$ 600 mil anuais em propina, que antes ia para Ricardo Teixeira — Foto: Reprodução
Depoimento de Alejandro Burzaco: Marin e Del Nero herdaram US$ 600 mil anuais em propina, que antes ia para Ricardo Teixeira — Foto: Reprodução

Em 2013 esse valor subiu para US$ 900 mil anuais, segundo o depoimento de Eladio Rodriguez, funcionário da Torneos responsável por fazer os pagamentos e registrá-los em planilhas.

Depoimento de Eladio Rodriguez: valor da propina subiu para US$ 900 mil em 2013 — Foto: Reprodução
Depoimento de Eladio Rodriguez: valor da propina subiu para US$ 900 mil em 2013 — Foto: Reprodução

Burzaco depôs que, em novembro de 2014, Del Nero pediu um aumento no valor anual da propina: de US$ 900 mil para US$ 1,2 milhão. Na época, ele ainda era vice-presidente da CBF. Já havia sido eleito presidente, mas só assumiria o cargo em abril de 2015, em substituição a Marin. Por isso, teria pedido a Burzaco que só pagasse o valor de US$ 1,2 milhão depois de junho. Assim, não precisaria dividir o dinheiro com seu antecessor.

Del Nero, segundo depoimento de Burzaco: "Eu não vou dividir com Marin. Vou ficar com US$ 1,2 milhão para mim"  — Foto: Reprodução
Del Nero, segundo depoimento de Burzaco: "Eu não vou dividir com Marin. Vou ficar com US$ 1,2 milhão para mim" — Foto: Reprodução

Em 2013, a Torneos se juntou com a Traffic e a Full Play para formar a Datisa, empresa que compraria todos os direitos da Copa América (2015, 2019 e 2023), sempre operando da mesma forma: pagando propina aos dirigentes da Conmebol. Segundo Burzaco, os dirigentes da CBF receberiam US$ 3 milhões pela assinatura do contrato com a Datisa e mais US$ 3 milhões a cada edição do torneio que fosse disputada.

Planilha da Torneos: US$ 900 mil pela Libertadores e US$ 3 milhões pela Copa América pagos a "Brasilero" — Foto: Reprodução
Planilha da Torneos: US$ 900 mil pela Libertadores e US$ 3 milhões pela Copa América pagos a "Brasilero" — Foto: Reprodução

O documento acima é uma planilha apreendida com Eladio Rodriguez, funcionário da Torneos, e mostra o registro do pagamento de US$ 3,9 milhões a "Brasilero" em 2013 – US$ 900 mil pela Libertadores e US$ 3 milhões pela Copa América. Segundo o depoimento de Rodriguez, Marin e Del Nero dividiram esse valor. Uma outra planilha da Torneos, referente ao ano 2014, mostra mais um pagamento de US$ 900 mil relacionada à Copa Libertadores. 

Planilha da Torneos: registro de pagamento a US$ 900 mil a "Brasilero" — Foto: Reprodução
Planilha da Torneos: registro de pagamento a US$ 900 mil a "Brasilero" — Foto: Reprodução

Outros dois documentos apreendidos chamaram a atenção do Comitê de Ética da Fifa. Um deles é um e-mail que Eladio Rodriguez enviou a si próprio no dia 6 de junho de 2013 com uma lista de tarefas a cumprir. Uma delas diz: "Telefonar a Marco Polo sobre transferência". Sua planilha de pagamentos registra uma saída de US$ 900 mil no dia 7 de junho de 2013.

Lista de tarefas de Eladio Rodriguez, executivo da Torneos, previa "Ligar para Marco Polo sobre transferência" — Foto: Reprodução
Lista de tarefas de Eladio Rodriguez, executivo da Torneos, previa "Ligar para Marco Polo sobre transferência" — Foto: Reprodução

O outro é uma lista de pagamentos pendentes com a inscrição: "Pagar a Brasilero MP" e o valor de US$ 2 milhões. Essa pendência seria parte de uma cota de US$ 3 milhões referente à Copa América de 2015. De acordo com o delator Alejandro Burzaco, US$ 1 milhão já teria sido pago antecipadamente a Ricardo Teixeira, antes de ele deixar a presidência da CBF. E os US$ 2 milhões restantes deveriam ser divididos entre Marin e Del Nero.

Planilha da Torneos registra pendência de US$ 2 milhões com "Brasilero MP" — Foto: Reprodução
Planilha da Torneos registra pendência de US$ 2 milhões com "Brasilero MP" — Foto: Reprodução

Essa pendência de US$ 2 milhões também estava registrada em documentos apreendidos na agência de marketing esportivo Klefer, do empresário Kleber Leite, com sede no Rio de Janeiro. Leite foi gravado – sem saber – em conversas por telefone com J. Hawilla, dono da Traffic. Numa dessas ligações, gravada em 24 de março de 2014, Leite cita anotações que estariam guardadas no cofre de sua empresa.

Essas anotações foram apreendidas em 27 maio de 2015, quando autoridades brasileiras cumpriram um pedido de cooperação com os EUA. Uma delas detalhava o pagamento já realizado de US$ 3 milhões para MPM (supostamente a sigla de "Marco Polo" e "Marin") e mais US$ 1 milhão para "Miami", que seria um apelido para Ricardo Teixeira. A pendência de US$ 2 milhões está registrada, assim como os pagamentos futuros de US$ 6 milhões (US$ 3 milhões a cada edição da Copa América por ser disputada, ou seja, 2019 e 2023).

Anotação apreendida na sede da Klefer detalha pagamentos feitos e devidos a Marin, Del Nero e Ricardo Teixeira — Foto: Reprodução
Anotação apreendida na sede da Klefer detalha pagamentos feitos e devidos a Marin, Del Nero e Ricardo Teixeira — Foto: Reprodução

Hawilla foi preso pelo FBI em 2013 – e desde então virou um colaborador da Justiça dos EUA. Segundo ele próprio depôs, entre suas missões estavam "gravar o maior número possível de pessoas" e extrair delas "o maior número de informações sobre o caso". Em 2014, Hawilla grampeou José Maria Marin, por exemplo, e também o empresário Kleber Leite, com quem dividia os direitos comerciais na Copa do Brasil.

Nas conversas com Leite, Hawilla tentou várias vezes fazê-lo falar sobre os subornos pagos a Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero e José Marin. No diálogo, os dois divergem sobre os valores. Hawilla insiste tanto que Leite finalmente explica que paga R$ 1 milhão por ano a Ricardo Teixeira e mais R$ 1 milhão por ano para serem divididos entre Marin e Del Nero.

Uma dessas conversas se deu no dia 28 de março de 2014, uma sexta-feira, e terminou com uma promessa de Kleber Leite: na segunda-feira seguinte ele entraria em contato para sanar qualquer dúvida e confirmar os valores. De fato, no dia 31 de março de 2014, uma sexta-feira, Kleber Leite enviou o seguinte SMS para o celular de J. Hawilla:

– Jotinha, tentei falar com você. O telefone só chama. Estou com o Serginho. Sobre o tema que falamos ao telefone: O passado era 1.5. Agora, juntando passado e futuro, somados, 2.0. Inclusive, pagos. Beijo, Kleber.

Mensagem de texto de Kleber Leite para J. Hawilla menciona pagamento de propina — Foto: Reprodução
Mensagem de texto de Kleber Leite para J. Hawilla menciona pagamento de propina — Foto: Reprodução

"Serginho" citado na mensagem é Sergio Costa, funcionário da Klefer. Por "passado", entenda-se Ricardo Teixeira, que inicialmente embolsaria sozinho R$ 1,5 milhão anuais da empresa. A expressão "futuro" refere-se a José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, que em 2012 haviam herdado os cargos até então ocupados por Teixeira. A Klefer nega ter participado do pagamento de propina a dirigentes.

– O que está transcrito, supostamente a mim imputado, nenhum nome ou fato são mencionados. O que está escrito nada tem a ver com o que o delator [J. Hawilla] tenta induzir. Da mesma forma, o áudio apresentado nada mais é do que uma deslavada montagem. Desafio J. Hawilla a passar por um teste de sanidade mental – declarou Kléber Leite.

Ricardo Teixeira, presidente da CBF entre 1989 e 2012, também negou todas as acusações. José Maria Marin, sucessor de Teixeira e antecessor de Del Nero, também afirma ser inocente. Ele é um dos três réus que estão sob julgamento no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York. Os outros são Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol, e Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol.

J. Hawilla, Alejandro Burzaco e Eladio Rodríguez são delatores do "Caso Fifa". Eles fizeram acordos com a justiça dos EUA e, em troca de penas menores, toparam colaborar com as investigações. Pelos acordos que assinaram, estão obrigados a falar a verdade em seus depoimentos: se mentirem, perdem os eventuais benefícios e podem ser processados por outro crime, além dos que confessaram – o de mentir no Tribunal.

Na época, Marco Polo del Nero se defendeu através de nota oficial, alegando que não estava sendo julgado pela Justiça Americana e que era natural que seu nome estivesse citado como representante da CBF, uma vez que foi sucessor de Marín. Afirmando que assumiu a presidência apenas em 2015, Del Nero disse "não ter a ver" com contratos celebrados antes disso e apontou que não a Justiça dos EUA não exibiu "dado concreto e documental do recebimento de vantagens ilícitas" por sua parte.

- Em suma, como nada de irregular pratiquei e, por isso mesmo, não posso aceitar o enxovalhamento de minha honorabilidade, manifesto aqui o meu enfático repúdio à essas leviandades acusatórias e renovo o desafio: antes de acusarem a quem nada deve, apresentem provas e documentos que indiquem as contas bancárias, as remessas, o meu envolvimento – direto ou indireto – com empresas investigadas, o recebimento ou o “caminho do dinheiro” já que modernamente nenhum centavo é movimentado sem que fiquem visíveis rastros... ou, então, que não se insinuem maldades contra quem nada de ilícito praticou - disse Del Nero, no comunicado.

Fonte: Globo Esporte
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Gabriel Diniz, morto aos 28 anos, ia além de 'Jenifer' com forrónejo bem humorado

Gabriel Diniz tinha 28 anos, nasceu em Campo Grande (MS) e foi criado em João Pessoa (PB). GD, como era conhecido, era um astro do forró, mas transitava bem no sertanejo.

Gabriel Diniz canta em gravação do programa 'SóTocaTop', da TV Globo, no Rio de Janeiro, em julho de 2018 — Foto: Fábio Rocha/TV Globo
Gabriel Diniz canta em gravação do programa 'SóTocaTop', da TV Globo, no Rio de Janeiro, em julho de 2018 — Foto: Fábio Rocha/TV Globo

Ele morreu nesta segunda-feira (27), aos 28 anos, na queda de um avião de pequeno porte no povoado Porto do Mato, em Estância, na região sul de Sergipe.

O sucesso veio no segundo semestre do ano passado, com "Jenifer", o grande hit do último verão. A música divertida sobre uma mulher encontrada no Tinder foi a primeira de Diniz a chegar ao topos das paradas de todo o Brasil.

Os maiores hits anteriores dele eram "Paraquedas", com Jorge e Mateus (18 milhões de visualizações no YouTube) e "Acabou, acabou", com Wesley Safadão (62 milhões). Ele tinha empresários em comum com Safadão, um dos sócios do escritório que administrava sua carreira.

"Jenifer" foi escrita pelo grupo de compositores Big Jhows, originalmente para Gusttavo Lima. A interpretação de GD deu um tom mais leve e quase humorístico à letra.

Gabriel conseguiu comprar de Gusttavo a exclusividade de "Jenifer", pelo mesmo valor que ele tinha pago aos compositores (eles não revelam a quantia). Tudo de forma amigável.

"Desde 2015 eu vou para Goiânia atrás de compositores. Fui o primeiro cara que saiu do Nordeste nessa busca. Depois foi o pessoal todo pra Goiânia: Wesley, Xand, até Simone e Simaria. Abrimos esse espaço para músicos e compositores", explicou o cantor ao G1, no começo deste ano.

"Ninguém achou que ia ser esse sucesso. Nem o pessoal do meu escritório, nem meu empresário. O Wesley [Safadão] não acreditou, ninguém acreditou. Foi uma aposta minha, sozinho mesmo."

Sucesso pós-'Jenifer'

Gabriel Diniz em seu último show, em Feira de Santana, na Bahia — Foto: Reprodução/Instagram
Gabriel Diniz em seu último show, em Feira de Santana, na Bahia — Foto: Reprodução/Instagram

Em fevereiro passado, ele lançou "Safadezinha", sua primeira música após o sucesso de "Jenifer". Na música, repetia várias características de seu maior hit.

A música é um típico forrónejo e investe em timbres bem bregas de teclado, com bateria eletrônica de churrascaria e aquele vocal canastrão e engraçadinho. Na letra, ele dizia que queria fazer amor para acordar a vizinha.

Fonte: G1
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Avião que caiu com o cantor Gabriel Diniz só poderia fazer voos de treinamento; aeronave não tinha autorização para táxi aéreo

A aeronave Piper Cherokee PT-KLO, que caiu nesta segunda-feira (27) em Sergipe com o cantor Gabriel Diniz, só poderia fazer fazer voos de treinamento. Isso significa que o avião não poderia fazer, por exemplo, voos privados ou táxi aéreo. A atividade de transporte em avião não autorizado a fazê-lo é conhecida como "táxi aéreo clandestino".

Avião que caiu com Gabriel Diniz — Foto: Iata Anderson Brandão Alves/Arquivo pessoal
Avião que caiu com Gabriel Diniz — Foto: Iata Anderson Brandão Alves/Arquivo pessoal

Gabriel Diniz e mais duas pessoas morreram na queda. Diniz é intérprete da música "Jenifer", grande hit do último verão.

O avião pertence ao Aeroclube de Alagoas. Segundo um dos diretores do aeroclube, a aeronave não era utilizada para táxi aéreo ou frete, apenas para instruções. Um dos pilotos a bordo era muito amigo do cantor Gabriel Diniz, e foi passar o fim de semana com ele em Salvador. Na volta, o piloto ofereceu uma carona para o cantor, disse o diretor.

A aeronave havia deixado Salvador rumo a Maceió, e sobrevoava um povoado em Estância, no estado de Sergipe, quando se acidentou. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião estava em situação regular.

Fabricado em 1974 e com capacidade para quatro pessoas, o Piper PA 28-180 está cadastrado como "Privada - Instrução" na Anac, categoria na qual estão aviões usados para "instrução, adestramento de voo por aeroclubes, clubes ou escolas de aviação civil", segundo o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil.

O avião pertence ao Aeroclube de Alagoas e aparece como situação "penhorada" nos registros da Anac --quando há decisão judicial ou ordem determinando arresto da aeronave. Mas isso não impede o voo, segundo a Anac.

Avião que caiu com Gabriel Diniz — Foto: Iata Anderson Brandão Alves/Arquivo pessoal
Avião que caiu com Gabriel Diniz — Foto: Iata Anderson Brandão Alves/Arquivo pessoal

Constatado o voo em táxi aéreo clandestino, "o piloto e o operador da aeronave poderão ser multados e cassados", segundo a Anac. A agência encaminha ainda denúncia ao Ministério Público e à polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal.

Ainda de acordo com a Anac, a operação irregular de táxi aéreo é uma infração ao Código Brasileiro de Aeronáutica e pode configurar crime, conforme previsto no Artigo nº 261 do Código Penal, pois coloca em risco vidas de pessoas a bordo e em solo. Se houver acidente com vítimas, os infratores (piloto e operador da aeronave) podem responder por homicídio.

A Aeronáutica irá investigar as causas do acidente. Em nota, o órgão informou que "investigadores do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), realizarão a ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-KLO, ocorrido nesta segunda-feira (27/5), em Estância (SE)".

A ação inicial é "o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos", ainda de acordo com a nota. A investigação do Cenipa tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.

Não há prazo para as investigações terminarem.

Dados do Registro Aeronáutico Brasileiro que mostram que o avião onde estava Gabriel Diniz não poderia fazer táxi aéreo — Foto: Reprodução
Dados do Registro Aeronáutico Brasileiro que mostram que o avião onde estava Gabriel Diniz não poderia fazer táxi aéreo — Foto: Reprodução

Fonte: G1
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