sexta-feira, fevereiro 21, 2020

Bolsonaro vê situação de 'guerra urbana' e diz que 'bicho vai pegar' com Forças Armadas no Ceará

Resultado de imagem para Bolsonaro vê situação de 'guerra urbana' e diz que 'bicho vai pegar' com Forças Armadas no CearáO presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (20) que a situação no Ceará é de "guerra urbana" e que, com a chegada de militares ao estado, "o bicho vai pegar".

Bolsonaro deu as declarações em uma transmissão ao vivo em uma rede social. Mais cedo, nesta quinta, o presidente assinou um decreto no qual autorizou o envio de tropas das Forças Armadas ao Ceará para reforçar a segurança pública no estado.

O Ceará enfrenta uma crise na segurança em meio a um motim de policiais militares. A categoria se diz insatisfeita com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo local.

"O pessoal que está cometendo delitos, crimes nessas regiões, onde, por um motivo qualquer, por um motivo justo, estão indo as Forças Armadas para lá – tem que entender que o pessoal verde está chegando, e o bicho vai pegar. Porque, se é para tratar com flor essa galera, não fiquem enchendo nosso saco e vão pedir para outras instituições para cumprir esta missão", afirmou Bolsonaro na transmissão ao vivo.

"Isso é coisa de responsabilidade, coisa séria. Se estamos em guerra urbana, temos que mandar gente para lá para resolver esse problema."

Nesta quinta, homens encapuzados cercaram policiais civis e tomaram a viatura em Fortaleza. Na quarta, homens também encapuzados em um carro da PM deram ordem a comerciantes para que fechassem as portas de estabelecimentos na cidade de Sobral.

De acordo com a Secretaria de Segurança do Ceará, mais de 300 policiais militares do estado já respondem a Inquérito Policial Militar (IPM) e a processos disciplinares por envolvimento no movimento.

'Excludente de ilicitude'
Na transmissão ao vivo, Bolsonaro voltou a defender a chamada excludente de ilicitude, isto é, a situação em que militares ficarão isentos de punição.

No ano passado, o governo enviou um projeto ao Congresso que permite a excludente de ilicitude em caso de decretos de Garantia da Lei e da Ordem, como o assinado pelo presidente nesta quinta-feira.

Segundo Bolsonaro, ele irá procurar os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para propor a votação do projeto.

"Tenho conversado com a Câmara e com o Senado e, acabando o carnaval, vou procurar o Alcolumbre e o Maia e fazer um pedido para eles porque tenho um projeto lá dentro dizendo que, em GLO, os militares têm que ter excludente de ilicitude. Ou seja, acabou a missão, ele [militar] vai para casa", afirmou o presidente na rede social.

Bolsonaro declarou ainda que será o responsável pelos militares que atuarão no Ceará.

Fonte: G1
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Militares recusam proposta do governo e mantêm motim no Ceará

Após reunião entre representantes dos policiais e comissão de senadores, policiais militares que participam de um motim no Ceará decidiram recusar proposta do governo para chegar a um acordo do fim da paralisação. O encontro ocorreu na noite desta quinta-feira (20), no 18º Batalhão da Polícia Militar, em Fortaleza. A decisão dos policiais amotinados foi feita por volta das 23h40.

Senadores se reúnem com policiais em motim em batalhão em Fortaleza. — Foto: Kid Junior/Sistema Verdes Mares
Senadores se reúnem com policiais em motim em batalhão em Fortaleza. — Foto: Kid Junior/Sistema Verdes Mares

Os representantes dos policiais decidiram manter a paralisação após o representante da categoria, o ex-deputado federal Cabo Sabino, informar as propostas do governo.

"Ele (o governo do Ceará) diz que até 7h da manhã, quem sair aqui do movimento, quem já está identificado não tem anistia. Quem não estiver identificado eles não vão atrás, mas não garante nada. Aqueles que estão respondendo IPM (Inquérito Policial Militar) vão continuar respondendo. Aqueles que foram identificados não tem anistia, não tem nada disso. E os que não foram identificados até 7h, não vão atrás de identificar", declarou Sabino.
Como resposta, os manifestantes fizeram coro com gritos de "eu não vou embora" e “não vai ter carnaval”.

Horas antes, a comissão de senadores, formada por Eduardo Girão (Podemos/CE), Elmano Férrer (PR/PI) e Major Olímpio (PSL/SP), se reuniu com o governador Camilo Santana em uma tentativa de negociar o fim do motim policial que ocorre desde terça-feira (20) no Ceará. Alguns policiais militares se dizem insatisfeitos com a proposta de reajuste salarial do governo.


Três policiais foram presos e mais de 300 são investigados por "vandalismo" e "motim", segunda a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.

Fonte: G1
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Homens encapuzados cercam policiais civis e tomam carro oficial da polícia em Fortaleza

Um grupo de homens encapuzados cercou e tomou um carro oficial da polícia que era utilizado por policiais civis na Avenida Mister Hull, em Fortaleza, na tarde desta quinta-feira (20). O caso foi registrado em vídeo de câmera de segurança ao qual o G1 teve acesso.

Bando de encapuzados cerca e toma veículo oficial de policiais em Fortaleza — Foto: Reprodução
Bando de encapuzados cerca e toma veículo oficial de policiais em Fortaleza — Foto: Reprodução

Dezenas de homens com o rosto coberto obrigam os policiais a deixarem o veículo. Um policial civil porta uma arma de fogo, é cercado e recua.

Os policiais civis retirados do veículo atuam na Delegacia da Mulher de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. Eles retornavam da Delegacia de Capturas, no Centro de Fortaleza, e trafegavam para Delegacia da Mulher de Caucaia quando foram interceptados.


A Polícia Civil investiga se os homens encapuzados fazem parte do grupo de policiais militares amotinados que reivindica aumento salarial. Desde terça-feira (18), três policiais foram presos e mais de 300 são investigados por vandalismo e motim, conforme a Secretaria da Segurança Pública.

Ainda conforme a Polícia Civil, não houve feridos, e a viatura foi recuperada.

Pelo menos cinco batalhões da Polícia Militar foram invadidos e tiveram veículos oficiais com pneus furados ou esvaziados.

Em meio à crise na segurança pública no Ceará, o Governo Federal autorizou o envio de tropas das Forças Armadas e Força Nacional para o estado.

Fonte: G1
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Polícia Federal informa ao Supremo que prendeu ex-sócio da empresa Telexfree

Resultado de imagem para Polícia Federal informa ao Supremo que prendeu ex-sócio da empresa TelexfreeO empresário Carlos Natanael Wanzeler, ex-sócio da Telexfree e acusado de organizar um suposto esquema de pirâmide financeira por meio da empresa, foi preso nesta quinta-feira (20) em Búzios, no Rio de Janeiro, segundo informou a Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal.

A prisão foi determinada pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, e comunicada pela Polícia Federal ao gabinete do ministro.

O pedido de prisão foi feito pelo governo dos Estados Unidos, onde o empresário era alvo de mandado de prisão por suspeita de fraudes.

Agora, o Itamaraty vai informar sobre a detenção ao governo norte-americano, ao qual caberá requerer a extradição, a fim de que o empresário responda nos Estados pelos crimes dos quais é acusado.

No Brasil, segundo o processo no STF, tramitam contra ele mais de 11 mil ações cíveis na Justiça apresentadas por pessoas físicas; 15 ações penais; e uma ação civil pública devido ao episódio da Telexfree.

A decisão que permitiu a prisão foi assinada na terça-feira (18), depois que a Segunda Turma do STF manteve, por três votos a um, ato do Ministério da Justiça que declarou a perda da nacionalidade brasileira do empresário.

Os ministros consideraram que foi adequado o ato que decretou a perda da nacionalidade em razão da aquisição, por Wanzeler, da cidadania norte-americana.

Empresário nega acusação
O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que o empresário nega as acusações de fraude financeira e afirma que todas as operações ocorreram dentro da legalidade.

"A decisão do Supremo Tribunal de determinar a perda da nacionalidade brasileira do Sr. Wanzeler abre um perigoso precedente. A defesa entende que, mesmo com a perda da nacionalidade, não é cabível a extradição pois o agora cidadão americano responde a processos no Brasil pelos mesmos fatos que fundamentaram a prisão dele nos EUA. Nestes casos, ele tem o direito de responder ao processo no Brasil", disse o advogado em nota.


A Constituição prevê a perda de nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade – a exceção é o reconhecimento posterior da nacionalidade originária por país estrangeiro (a chamada dupla cidadania) ou a imposição da naturalização como condição para permanecer no país. Mas os ministros consideraram que não eram essas as hipóteses.

O empresário alegou no processo que a obtenção da nacionalidade norte-americana foi necessária para ficar junto com a família, que morava nos Estados Unidos. Mas os ministros não concordaram com a argumentação.

Fonte: G1
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