sexta-feira, setembro 28, 2018

RN tem 178 mil desempregados que desistiram de procurar trabalho

‘Eu sou coordenador de uma ocupação e estou com um problema para resolver. Podemos remarcar para amanhã?”. Essa foi a mensagem que Célio Cícero de Lima, 26 anos, se viu obrigado a enviar uma hora antes da entrevista marcada com a reportagem sobre as pessoas em situação de desalento, como é o seu caso. Célio não tem emprego, nem está à procura, mas isso não o faz menos ocupado. Membro do Movimento de Lutas de Bairros, Favelas e Vielas (MLB), coordena há seis meses 158 famílias assentadas na “Ocupação Olga Benário” de maneira voluntária, segundo afirma.

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Célio Cícero de Lima, de 26 anos, trabalhou como gesseiro antes de ficar sem ocupação. Ele parou de procurar trabalho

Assim como ele, que pensa, no futuro, em retornar para a força de trabalho na tentativa de conseguir uma ocupação de renda, outras 178 mil pessoas no Rio Grande do Norte estão categorizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como “desalentadas”. Estão nessa categoria as pessoas que não possuem e nem procuram nenhuma ocupação que tenha renda. A maior parte delas, segundo o IBGE, são da região nordeste, mulheres, entre 18 e 24 anos e com baixa escolaridade.

Célio se encaixa em duas dessas características: é da região nordeste e tem baixa escolaridade. Aos 26 anos, está matriculado no segundo ano do ensino médio em uma escola pública de Natal. Divide o tempo das aulas com as atividades do assentamento, o qual classifica como “grande família”. É graças à vida em comunidade que consegue sobreviver. “Todo mundo é família. As pessoas do assentamento me ajudam, tenho a Fabiana, outra coordenadora do assentamento, que me ajuda muito quando preciso de um remédio ou comida”, afirma.

O último trabalho com renda fixa que lembra com exatidão foi o de gesseiro. Iniciou a atividade aos 22 anos, ajudando amigos. Ganhou experiência com a prática e pouco tempo depois ele e outros cinco colegas tiveram a ideia de abrir uma pequena empresa. Entretanto, os serviços foram se tornando raros a partir de 2015, como consequência da crise econômica. A empresa acabou se dissolvendo e Célio voltou a ser autônomo, mas por pouco tempo. “Aí sumiu quem procurasse o serviço e eu passei a fazer outros bicos”, disse.

Sem dinheiro para viver sozinho, passou a morar com a tia e a tentar finalizar os estudos. Foi quando conheceu os assentamentos do MLB, por meio de um amigo da escola. “Decidi sair da casa da minha tia e fui ver como era o movimento, já que estava sem emprego”.

A partir disso, as  atividades diárias do jovem são muitas. Formada a partir de pessoas que não tem moradia própria, nem condição financeira de alugar casas, as ocupações do MLB, que tem o cunho político na pauta de moradia, têm diversidade de gente. Para tornar mais fácil a convivência, existem uma série de regras que precisam aprender. Por isso, como coordenador, Célio é responsável por plenárias, mutirão de limpezas, reeducação social e conselho familiares.

A rotina é essa desde março deste ano. Nesse intervalo, catou lixo reciclável durante três meses no antigo lixão de Cidade Nova, hoje Estação de Transbordo. O que conseguia pegar, para vender nas sucatadas da cidade, era na disputa entre os muito catadores e as máquinas que trabalham no local. Um dia, na tentativa de catar um objeto, sofreu um corte longo na mão. “Aí eu vi que tinha risco de infecção ou de me acidentar de um jeito mais grave”, conta. “Não valia a pena porque também era muita gente, aí sai”.

Não há muito tempo, sem lembrar quando, também tentou a empreitada como servente de pedreiro e jardineiro, junto com outro colega do assentamento, mas a falta de serviço fez desistir a dupla. Foi então que entrou na categoria dos “desalentados”. “Mas eu penso sim de ir me qualificando melhor, vendo o que vai surgindo de oportunidade, para tentar voltar a procurar trabalho”, reafirma, fazendo questão de ressaltar que, embora sem renda, não está desocupado: “Por enquanto, estou nas atividades voluntárias do MLB, que são muito importantes também”.

Por Trás dos Números
A série “Por trás dos números – Emprego” traz, nesta última semana do mês de setembro, reportagens sobre a vida das pessoas que estão em diversas situações de ocupação. Nesta sexta-feira, abordamos a história de trabalhadores que desistiram de procurar emprego. 

Números
178.000 pessoas estão desalentadas no Rio Grande do Norte

Fonte: 2º trimestre de 2018 da PNAD Contínua/ IBGE/ Tribuna do Norte
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Brasil espera bater recorde de doação de órgãos em 2018

O Ministério da Saúde espera atingir, até o final do ano, o maior número de doação de órgãos desde 2014. Entre janeiro e junho deste ano a pasta registrou crescimento de 7%, em relação ao ano passado, no número de doadores efetivos de órgãos – aqueles que iniciaram a cirurgia para a retirada de órgãos com a finalidade de transplante.

FOTO: ARQUIVO/ELZA FIÚZA/AGÊNCIA BRASIL

O número de doadores no primeiro semestres passou de 1.653 em 2017 para para 1.765 em 2018 e a expectativa é chegar a 3.530 até o final do ano. O Ministério da Saúde estima que vai alcançar recorde nos transplantes de fígado (2.222), pulmão (130), coração (382) e medula óssea (2.684), até o final de 2018.

Entre os órgãos que tem mais demanda do que oferta para doação, o pulmão é o que apresenta maior defasagem, segundo o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Orgãos (ABTO), Paulo Pêgo Fernandes. A demanda potencial desse órgão para atender uma população de 210 milhões de pessoas seria de 1,6 mil doações. “A maior defasagem teórica entre o número de transplantes realizados e o número de transplantes necessários é o de pulmão, é o que necessitaria aumentar mais a oferta. O transplante de pulmão exige mais atenção, poucos estados fazem. É um órgão que exige mais cuidado e tratamento mais adequado do doador”, explica Fernandes.

A expectativa do Ministério da Saúde é realizar 24,6 mil transplantes até o final do ano, sendo 8.690 de órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim e pâncreas) – maior número dos últimos oito anos. Os transplantes de córnea apontam redução em 2018 em razão da redução da lista de espera em alguns estados. Amazonas, Ceará, Goiás, Pernambuco e Paraná são considerados em situação de lista zerada com relação ao transporte de córnea.

Lista de Espera

A lista de espera registrou queda de 6% em relação ao mesmo período ano passado passando de 44.005 parar 41.266 o número de pessoas que aguardam por uma doação de órgãos no país. Apesar da diminuição em relação ao ano anterior, a lista ainda está acima dos patamares atingidos em 2016 (41.052 ) e 2015 (41.236).

“Houve um aumento de casos da lista de 2017 e uma redução em 2018, estabilizando se você considerar os últimos anos. Precisamos priorizar as campanhas, conscientizar a população e fazer essa relação direta com as famílias para que a gente possa aumentar tanto o número de doadores quanto o de transplantes para reduzir efetivamente os números”, afirmou o ministro da Saúde interino, Adeílson Cavalcante.

Para o presidente da ABTO as campanhas ajudam, mas tem limitações. Ele aponta como medidas efetivas para aumentar o número de doações de órgãos o treinamento de equipes multidisciplinares de saúde com relação ao diagnóstico de morte encefálica e a criação de centros regionais de transplante.

“Você tem quem treinar pessoas a nível de Brasil inteiro no sentido dessa questão: de fazer diagnóstico e de saber como conversar, explicar essa situação para os familiares. Outra questão são os centros regionais de transplante, porque o fato de o país ser muito grande, dependendo do órgão você não consegue transportá-lo do Norte para o Sul a tempo, ficaria muito tempo fora do corpo e, com isso, inviável para utilização”, afirma Fernandes.

O Ministério da Saúde informou que repassa recursos para estados e municípios qualificarem profissionais de saúde envolvidos nos processos de doação de órgãos e tecidos. O orçamento federal para esta área é de R$ 1 bilhão. A pasta diz que vai ofertar 74 oficinas de capacitação para 4 mil médicos até 2020 em atendimento à nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) para o diagnóstico da morte encefálica.

Estrutura de atendimento

O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de transplante do mundo sendo responsável por cerca de 96% dos transplantes realizados no país. O Sistema Nacional de Transplantes é formado pelas 27 Centrais Estaduais de Transplantes; 13 Câmaras Técnicas Nacionais; 504 estabelecimentos e 851 serviços habilitados; 1.157 equipes de transplantes; 574 Comissões Intra-hospitalares de Doações e Transplantes; e 72 Organizações de Procura de Órgãos (OPOs).

Transporte

As companhias de aviação civil transportaram, entre junho de 2016 até junho deste ano, a partir do termo de cooperação firmado com o Ministério da Saúde, 9.236 órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, rim e pulmão) e tecidos. Em relação ao primeiro semestre deste ano, houve crescimento de 6% em comparação ao primeiro semestre de 2017, passando de 2.327 itens transportados, entre órgãos, tecidos e equipes para 2.474. Já a FAB transportou entre junho de 2016, quando saiu o Decreto Presidencial nº 8.783, de junho de 2016, até junho deste ano, 513 órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, rim e pulmão) e tecidos.

Fonte: Agência Brasil
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Petrobras recupera US$ 300 bilhões em valor de mercado, diz presidente


O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, disse hoje (27), que a estatal recuperou R$ 300 bilhões em valor de mercado, após uma alta de 6,29% nas ações da empresa na BM&F Bovespa nesta quinta-feira. “Quando lá chegamos [a Petrobras] valia R$ 60 bilhões”, disse.

Monteiro explicou que a alta nas ações da companhia é decorrência do acordo fechado pela estatal com autoridades dos Estados Unidos para encerrar as investigações naquele país sobre os prejuízos causados a investidores em função de desvios cometidos na empresa conforme apontou a Operação Lava Jato.

A estatal foi acusada de violar leis norte-americanas ao fazer manobras de registros contábeis e demonstrações financeiras que resultariam em pagamento de propinas a diretores, políticos e partidos no Brasil.

As declarações foram feitas durante o encerramento do Rio Oil & Gas 2018, no RioCentro. Se dirigindo ao presidente Michel Temer, que participou do evento , Monteiro pediu licença para quebrar o protocolo e ver no celular que o mercado já estava fechado e dar a confirmação da alta.

Procedimentos

Segundo Monteiro, o acordo assinado nos EUA reconhece as ações do programa de conformidade, controles internos e procedimentos contra a corrupção que foram adotados pela Petrobras após as denúncias.

O executivo disse que a estatal retomou a sua capacidade de investir. “Presidente, não temos mais sofrência na Petrobras. A crise acabou”.

Monteiro disse que a Petrobras está finalizando estudos para a continuidade de investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que, para ele, é um importante empreendimento para aumentar a capacidade de refino no Brasil.

Recuperação da economia do Rio

O governador Luiz Fernando Pezão comemorou a recuperação do setor de óleo e gás e o momento de transformação do país e do estado do Rio. Na visão dele, a crise mostrou que a economia fluminense precisa se diversificar para não ficar tão dependente do petróleo, mas ponderou que o setor vai permanecer com intensa participação nas atividades econômicas do estado.

Segundo Pezão, em período recente, três setores economicamente importantes para o estado caíram dramaticamente. Além de sofrer os impactos da queda nos últimos anos dos preços do petróleo no mercado internacional, o Rio de Janeiro sentiu o declínio dos polos automotivo e siderúrgico. “Foi uma tempestade perfeita que atravessamos”, disse.

Pezão disse que, faltando três meses para o fim do seu mandato, pode dizer que deixará o legado de ter recolocado o estado no caminho do equilíbrio fiscal e financeiro. “Com um ano de vigência desse plano, sairmos de 72% de comprometimento da folha de pagamento com a receita, de atingirmos, agora em setembro, um ano depois do plano de recuperação, 46%. Reduzimos 26 pontos percentuais, reduzindo cargos, cortando despesas. Voltamos ao custeio de 2009”.

Fonte: Agência Brasil
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PRF prende 38 pessoas em operação no RN


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encerrou nessa quinta-feira (27) a II Operação de Combate à Criminalidade (II OCC/RN). As ações aconteceram entre os dias 17 e 27 deste mês e resultaram nas prisões de 38 pessoas.

Entre os detidos, 11 foram por conduzirem veículos roubados ou adulterados, oito por porte ilegal de armas de fogo, dois por uso de documentos falsos, dois por terem mandados de prisão em aberto, dois por tráfico de entorpecentes, um por crime ambiental e 12 por crimes diversos (crimes de trânsito, porte de drogas para consumo, etc).

A operação apreendeu 6,5 kg de crack, oito armas e 93 munições. Além disso, oito veículos foram recuperados. Ao todo, mais de 6,5 mil pessoas e mais de 6,5 mil veículos foram vistoriados.

A II OCC/RN teve como objetivo intensificar ações para o enfrentamento à criminalidade no âmbito da Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Norte – SRPRF/RN, proporcionando uma maior presença da PRF ao longo das rodovias federais no Estado, aumentando assim a sensação de segurança. Durante a operação foi empregado um efetivo de cerca de 44 policiais por dia de serviço.

A ação foi uma iniciativa do Departamento de Polícia Rodoviária Federal e foi efetivada pela Coordenação Geral de Operações – CGO, sendo desenvolvida com o apoio da Coordenação de Operações Especializadas e de Fronteiras – COE e por meio do Grupo de Enfrentamento ao Narcotráfico – GENARC.

Fonte: Portal no Ar
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Defensoria Pública questiona falta de vagas para pessoas com deficiência em concurso da Caern

A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte (DPE/RN) instaurou um procedimento preparatório para ação coletiva com o objetivo de verificar uma adequação nas regras do concurso aberto pela Companhia de Águas e Esgoto do Rio Grande do Norte (Caern). De acordo com o órgão, a legislação assegura o mínimo de 5% das vagas nos concursos, na Administração Pública Estadual, às pessoas com deficiência, que não teria sido observado para a função de "administrador", no edital.

Ação foi movida pela Defensoria Pública do RN — Foto: Divulgação/DPE
Ação foi movida pela Defensoria Pública do RN — Foto: Divulgação/DPE

Segundo a Defendoria, um ofício foi expedido à companhia solicitando explicações e informações sobre a possibilidade de retificação e adequação do Edital à lei. Em caso de ausência de resposta, será aberta uma Ação Civil Pública.

O Edital prevê ainda que os candidatos com deficiência, caso convocados para contratação, se submeterão à Junta Médica, e não à Junta composta por equipe multidisciplinar e interdisciplinar, conforme orienta a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei de nº 13.106/2015).

O procedimento preparatório é assinado pelo Núcleo Especializado de Tutelas Coletivas da Defensoria e pela 10ª Defensoria Cível de Natal. A Caern tem um prazo de cinco dias, a contar da data da publicação do procedimento, para se posicionar.

Fonte: G1
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Corpo encontrado carbonizado é de adolescente assassinado em Parelhas, confirma perícia

O corpo encontrado carbonizado na zona rural de Parelhas na terça-feira (25) é mesmo o do adolescente Claudimar Jefferson da Silva Melo, de 17 anos. A identificação foi confirmada pela família do adolescente na noite desta quinta (27) após a conclusão dos exames de arcada dentária feitos no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), em Natal.

Claudimar Jefferson tinha 17 anos — Foto: Reprodução/Facebook
Claudimar Jefferson tinha 17 anos — Foto: Reprodução/Facebook

Claudimar morava com a família. Todos são de Parelhas, cidade da região Seridó potiguar. O estudante, que cursava Informática no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), foi visto pela última vez com vida no dia 22, quando saiu de casa sem dizer para onde iria. Ele estava de moto quando desapareceu.

Parentes, amigos e a polícia passaram três dias mobilizados à procura do rapaz, até encontrarem um corpo carbonizado em uma região de difícil acesso chamada de Areias. Desde então, a angústia da família era para saber se o corpo era mesmo o de Claudimar.

"Agora, por um lado temos o alívio de acabar com a dúvida e por outro a dor de ter a certeza que ele foi assassinado", disse Cleiton Melo, tio do garoto.

Investigação
Em contato com o G1, o delegado Alex Wagner, titular da DP de Parelhas, disse que ainda não há uma linha de investigação definida. Embora não descarte a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que a motocicleta do estudante não foi encontrada, também existe a possibilidade de Claudimar ter sido vítima de traficantes.

Fonte: G1
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