quarta-feira, outubro 07, 2020

Justiça Eleitoral recomenda que Polícia Militar seja avisada com antecedência de movimentações políticas no RN

O caso registrado na última segunda-feira (5), no município de Pedro Velho, mobilizou representantes da Justiça Eleitoral, justiça comum, comandos de Polícia Militar e Civil e a Secretaria de Estado da Segurança Pública para uma reunião na sede do Tribunal Regional Eleitoral nesta quarta-feira (7). Naquela oportunidade, duas pessoas morreram durante uma movimentação política e o segurança de um candidato a prefeito foi esfaqueado. O encontro no TRE definiu ações que devem ser tomadas por políticos e pela Polícia Militar durante os próximos dias de campanha no Rio Grande do Norte. A principal medida é a comunicação prévia quanto a movimentações políticas em todo o estado. A Procuradoria Regional Eleitoral vai expedir de imediato uma recomendação para os partidos.


TRE: segurança em eventos políticos no RN será reforçada — Foto: Sara Cardoso/Inter TV Cabugi


"A orientação é de comunicar os eventos, comícios, carreatas, às forças de segurança para que elas possam ordenar o trânsito, a segurança da população. Isso tem sido um ato falho dos partidos e dos candidatos. Quando isso não é feito, dificulta o trabalho da Polícia Rodoviária Federal, quando se trata de BR, e da Polícia Militar, quando se trata de rodovias estaduais", disse Ronaldo Chaves, procurador regional eleitoral.


"Os partidos políticos têm que cumprir a lei eleitoral. Quando for realizar algum evento, comunicar de forma prévia às forças de segurança pública, tanto a Polícia Civil como a Polícia Militar, para que as instituições possam adotar medidas para garantir esse evento político", reforçou o coronel Francisco Araújo, secretário de Segurança do RN.


O pedido do desembargador Cláudio Santos, corregedor geral e vice-presidente do TRE, foi de que, a partir de agora, a Polícia Militar deve ser muito mais incisiva nas fiscalizações. "A Justiça Eleitoral não vai tolerar nenhum excesso. Vai aplicar com dureza a lei e nós vamos ter eleições tranquilas no Rio Grande do Norte. Esperamos a colaboração dos políticos, primeiramente, e de todas as pessoas envolvidas, para que a manifestação do cidadão possa se realizar com tranquilidade", disse.


Sobre o caso em Pedro Velho, o candidato a prefeito Júnior Balada (DEM) estava fazendo visitas a casas na zona rural quando houve um tumulto. Um homem teria tirado uma faca da cintura e um segurança do candidato sacou a arma e atirou contra dois homens, que eram irmãos. Os dois morreram. O segurança, que foi identificado com policial militar da Paraíba, está internado no Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal. A arma utilizada no crime pertence à corporação e foi apreendida.


"Ele (segurança) está internado. Logo que ele tiver condição de ser ouvido, ele é peça chave para o esclarecimento dos fatos. Mas tem outros elementos que estão sendo apurados. Várias pessoas que estavam na movimentação política e puderam ver as coisas de mais perto já foram ouvidas. A gente espera que o conjunto dessas diligências forme o quadro do que de fato ocorreu naquela noite", falou Inácio Rodrigues, diretor da Polícia Civil do interior.


A comarca da promotoria de justiça de Pedro Velho também vem registrando ocorrências em municípios vizinhos. "Infelizmente, aconteceu esse ato gravíssimo em Pedro Velho, em que a violência foi extrema, que se chega à morte de uma pessoa. Tudo deve ser apurado para que se verifique a responsabilidade de quem praticou esse ato. Mas é o cenário materializado daquilo que a gente já vê como guerrilha", contou Clayton Barreto, promotor da comarca de Pedro Velho.


Fonte: G1

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Rio Grande do Norte tem 71.898 casos confirmados e 2.412 mortes por Covid-19

O Rio Grande do Norte registrou 71.898 casos confirmados e 2.412 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgado nesta quarta-feira (7). Outros 316 casos seguem sob investigação.


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O estado tem ainda 39.508 casos suspeitos e 152.109 descartados.


Em comparação ao boletim do dia anterior, foram seis mortes a mais registradas.

O número de confirmados recuperados segue em 41.449 e o de inconclusivos, que agora são tratados como "Síndrome Gripal não especificada", continua em 52.779.


O boletim da Sesap destaca que 179 pessoas estão internadas por causa da Covid-19 no estado, sendo 147 na rede pública e 32 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 44,08% na rede pública e de 11,7% na rede privada.


No total, o RN realizou 190.111 testes para coronavírus, sendo 92.548 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 97.563 sorológicos.


Números do coronavírus no RN

71.898 casos confirmados

2.412 mortes

41.449 confirmados recuperados

39.508 casos suspeitos

152.109 casos descartados


Fonte: G1

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Operação contra sonegação fiscal apreende R$ 581 mil em mercadorias em dois dias no RN

Uma operação de combate à fraude fiscal no Rio Grande do Norte apreendeu R$ 581 mil em mercadorias entre segunda (5) e terça-feira (6) no estado. A sonegação dos produtos ilegais foi avaliada em mais R$ 200 mil em tributos - esse valor deixaria de entrar para os cofres do Governo do RN e da União, segundo a Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN).


Operação apreendeu 59 cargas ilegais — Foto: Divulgação/SET


Ao todo, os materiais apreendidos estavam em 59 cargas ilegais. Entre os produtos apreendidos, havia roupas, produtos eletrônicos, alimentos e cigarros - todos transportados sem documentação tributária regular.


Segundo a SET, a maior parte dos itens apreendidos foi de roupas e confecções, que representaram 80% das autuações. Essa foi a terceira grande apreensão de artigos de confecção irregulares em 2020 pelo órgão.


A fiscalização também foi feita em bagagens de voos domésticos no Aeroporto de Natal. Em uma dessas abordagens, foram encontrados por auditores da SET e da Receita Federal 1.200 maços de cigarros importados, da marca Gudan Garan, que entrariam em circulação no RN de forma ilegal.


“Aumentamos a nossa capacidade de processamento de dados para cruzamento de informações para o combate à documentação fraudulenta e também a nossa frota de veículos para fiscalização itinerante. Tudo isso é justamente para combater a sonegação fiscal e vamos apertar o cerco cada vez mais”, explicou Carlos Eduardo Xavier, secretário de tributação do RN.



A operação deflagrada pela SET-RN envolveu uma força tarefa que contou com a Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Receita Federal. A fiscalização foi feita em rodovias, transportadoras e no Aeroporto de Natal, e envolveu 20 auditores fiscais, além de 13 agentes, que abordaram mais de 700 veículos.


Fonte: G1

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Número de mortes violentas cai 21,6% em setembro no RN

O Rio Grande do Norte apresentou redução no número de mortes violentas pelo terceiro mês consecutivo em setembro, com 21,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).


Mortes violentas tem redução registrada nos últimos três meses no RN — Foto: Marcello Zambrana/Agif/Estadão Conteúdo


Em setembro deste ano foram registradas 94 Condutas Violentas Letais Intencionais (CVLIs), enquanto em 2019 foram 120 casos no mesmo mês, uma redução de 21,6%. Em comparação com o mesmo período de 2019, o mês de agosto já havia contabilizado uma queda de 24,4%, passando de 131 casos para 99. Em julho, a redução foi de 14,8%, saindo de 122 em 2019 para 104 em 2020.


As duas maiores cidades potiguares, Natal e Mossoró, acompanharam a tendência de queda e também apresentam variações para baixo. A capital potiguar passou de 224 casos para 215, enquanto o município do Oeste saiu de 155 para 137.


"Com as recentes baixas nas quantidades de ocorrências desse tipo, o Rio Grande do Norte passou a registrar menos CVLIS nos nove primeiros meses de 2020 do que o mesmo período de 2019 (1.100 para 1.102)", disse o governo.


Fonte: G1

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Brasil bate marca de 5 milhões de infectados por Covid-19 e tem menor média móvel de mortes desde maio


O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quarta-feira (7). O Brasil bateu a marca de 5 milhões de casos confirmados e registrou a menor média móvel de mortes desde o mês de maio.


O país registrou 733 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando ao total de 148.304 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 631, uma variação de -9% em relação aos dados registrados em 14 dias. É o 15º dia seguido com essa média abaixo da casa dos 700. Também é a menor média móvel de mortes desde o dia 11 de maio.


Desde o dia 14 de setembro, a tendência na média móvel de mortes segue em estabilidade, ou seja, o número não apresentou alta nem queda representativa em comparação com os 14 dias anteriores. Antes disso, o país passou por um período de uma semana seguida com tendência de queda no registro de mortes por Covid.


Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 5.002.357 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 31.404 desses confirmados no último dia. A média móvel de novos casos foi de 26.967 por dia, uma variação de -7% em relação aos casos registrados em 14 dias. Ou seja, também encontra-se na faixa que aponta estabilidade.



Em comparação com outros países, o Brasil aparece em 3º no mundo em número de infectados, atrás dos Estados Unidos, com 7,5 milhões, e da Índia, com 6,7 milhões. Esses dados são do balanço da Universidade Johns Hopkins.


No total, 4 estados apresentam alta de mortes: Espírito Santo, Acre, Amazonas e Amapá.


No Amazonas, a média móvel de mortes voltou a ser impactada por mortes de meses anteriores cujas causas foram revisadas para Covid pela Secretaria Municipal de Saúde de Manaus. Na quinta-feira (1º), 114 mortes por Covid que ocorreram em abril e maio foram somadas à conta após reclassificação, o que deve refletir na média de mortes do estado na semana.


Os dados de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados.


Brasil: 7 de outubro

Total de mortes: 148.304

Registro de mortes em 24 horas: 733

Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 631 por dia (variação em 14 dias: -9%)

Total de casos confirmados: 5.002.357

Registro de casos confirmados em 24 horas: 31.404

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 26.967 por dia (variação em 14 dias: -7%)

(Antes do balanço das 20h, o consórcio divulgou dois boletins parciais, às 8h, com 147.607 mortes e 4.971.462 casos; e às 13h, com 147.759 mortes e 4.978.531 casos confirmados.)


Estados

Subindo (4 estados): ES, AC, AM e AP

Em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente (12 estados + o DF): RS, SC, MG, SP, DF, GO, MS, MT, AL, BA, CE, MA e SE

Em queda (10 estados): PR, RJ, PA, RO, RR, TO, PB, PE, PI e RN

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).


Fonte: G1

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Bolsonaro diz que 'acabou' com operação Lava Jato porque governo 'não tem mais corrupção'

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (7), durante pronunciamento no Palácio do Planalto, que "acabou" com a operação Lava Jato porque, no governo atual, não há corrupção a ser investigada.


Bolsonaro deu a declaração em cerimônia sobre medidas para a aviação civil, no Palácio do Planalto, enquanto elogiava a própria gestão – na qual, segundo ele, as pessoas são confiáveis e não há interessados em "criar dificuldade para vender facilidade".


"Eu desconheço um lobby para criar dificuldade para vender facilidade. Não existe. É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”, afirmou.


Em seguida, Bolsonaro disse que essa "ausência de corrupção" não seria uma virtude, e sim uma obrigação. O presidente também defendeu as próprias indicações para cargos públicos.


"Eu sei que isso não é virtude, é obrigação, mas nós fazemos um governo de peito aberto. Quando eu indico qualquer pessoa pra qualquer local, eu sei que é uma boa pessoa, tendo em vista a quantidade de críticas que ela recebe em grande parte da mídia", declarou.



Bolsonaro e a Lava Jato

Durante a campanha à presidência, Jair Bolsonaro fez diversos elogios públicos à Lava Jato e chegou a indicar o então juiz Sergio Moro – que atuava em Curitiba nos processos da operação – como ministro da Justiça e Segurança Pública.


Em abril deste ano, no entanto, Moro rompeu com o governo e pediu demissão do cargo. Ao anunciar a saída, disse que Bolsonaro tinha tentado interferir politicamente na autonomia da Polícia Federal, corporação responsável por operações como a Lava Jato.


Essa suposta interferência, disse Moro, incluía a substituição do diretor-geral da PF, cargo máximo da corporação. Bolsonaro negou essas tentativas, e um inquérito foi aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar as declarações de ambos.


As forças-tarefa da operação Lava Jato são de responsabilidade do Ministério Público Federal (MPF), um órgão independente que não é subordinado ao governo federal. O atual chefe do MP é o procurador-geral da República, Augusto Aras, indicado por Bolsonaro em 2019.


Em setembro deste ano, a PGR autorizou a prorrogação da força-tarefa da Lava Jato no Paraná até janeiro de 2021 – os investigadores tinham pedido mais prazo. Outra força-tarefa, sediada em São Paulo, foi encerrada no fim do mesmo mês após disputa interna entre os procuradores.


Nesta quarta, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Lava Jato – a 76ª desde o início da operação. Os mandados se referem a suposta corrupção na Petrobras entre os anos de 2009 e 2018.


Outras críticas

Em agosto, o filho de Jair Bolsonaro e senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) fez críticas à operação Lava Jato em entrevista ao jornal "O Globo".


O parlamentar defendeu a atuação de Augusto Aras, que também teceu críticas à Lava Jato e chegou a falar em uma necessidade de "corrigir rumos".


"[Augusto] Aras [procurador-geral da República] tem feito um trabalho de fazer com que a lei valha para todos. Embora não ache que a Lava-Jato seja esse corpo homogêneo, considero que pontualmente algumas pessoas ali têm interesse político ou financeiro. Se tivesse desmonte das investigações no Brasil, não íamos estar presenciando essa quantidade toda de operações", disse Flávio.


Fonte: G1

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Supremo decide voltar a julgar no plenário ações penais e inquéritos

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade nesta quarta-feira (7) que ações penais e inquéritos voltarão a ser analisados no plenário, por todos os 11 ministros. Desde 2014, eram atribuição das duas turmas, compostas por cinco membros cada uma.


A proposta foi discutida em sessão administrativa da Corte. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, argumentou que hoje "a situação é diferente” porque, segundo ele, o plenário já não está mais congestionado de processos. Segundo Fux, a alteração valerá para os processos em andamento.


Com a decisão, as ações penais que sejam de competência do STF, como as da Operação Lava Jato, por exemplo, deixarão a Segunda Turma e passarão a ser analisadas no plenário.


Em maio de 2014, o STF alterou o regimento interno e definiu que deputados, senadores e ministros de Estado não seriam mais julgados pelo plenário (que reúne os 11 ministros da Corte) nos casos de crime comum, mas sim, por uma das turmas.


O novo texto retoma a situação anterior à alteração. O regimento atual só previa o julgamento em plenário do presidente da República, do vice, dos presidentes da Câmara e Senado, ministros do STF e o procurador-geral da República. Agora, volta a prever a competência do plenário para julgar:


deputados e senadores (por crimes comuns)

ministros de Estado e comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica; membros dos tribunais superiores; do Tribunal de Contas da União (TCU); e chefes de missão diplomática de caráter permanente (por crimes comuns e de responsabilidade).

Passam a ser do plenário as decisões sobre o recebimento de denúncia (que torna o acusado réu) e o julgamento do processo criminal — como, por exemplo, no caso do mensalão. No plenário, o presidente da Corte também participa, diferentemente das turmas.


O Supremo tem duas turmas que reúnem cinco ministros cada – o presidente do tribunal não participa de nenhuma. As turmas também julgam pedidos de liberdade e de anulação de ações, os chamados habeas corpus, e pedidos de extradição de presos no Brasil para outros países.



O envio de ações penais e inquéritos para as turmas se deu após o julgamento do mensalão do PT, que tinha parlamentares entre os réus.


Considerado o maior da história do STF, o julgamento envolveu 37 réus (dos quais 24 condenados) e consumiu 69 sessões entre agosto de 2012 e dezembro de 2013.


Agora, a mudança é feita após uma sequência de empates que beneficiaram réus da Operação Lava Jato na Segunda Turma do STF, que com a aposentadoria de Celso de Mello, passará a ser integrada pelo substituto do ministro.


Um dos fatores citados pelo STF foi a redução de casos levados ao Supremo em razão da restrição do foro privilegiado, definida pela Corte em 2018.


“A razão básica foi o movimento excessivo de feitos. Exemplo mais recente, a ação penal 470. Levamos quase seis meses com sessões virtualmente diárias, discutindo, julgando, e comprometendo o exercício pelo tribunal de seu poder jurisdicional. Hoje, no entanto, houve redução drástica. A mim, me parece que o retorno ao plenário restabelece uma situação tradicional. Tem também a marca da racionalidade, porque agora são as turmas que estão se inviabilizando”, afirmou o ministro Celso de Mello.


Segundo o decano, “a proposta tem outra grande virtude que é a de evitar o dissídio jurisprudencial [decisões diferentes] entre as turmas em matéria tão sensível como é a matéria penal, que envolve a questão da liberdade individual. Porque hoje notamos que há divergências interpretativas em matéria penal e matéria processual penal entre duas turmas que compõem o STF".


De acordo com o ministro Marco Aurélio Mello, houve uma diminuição "substancial" do número de processos.


"O tanto quanto possível devemos atuar no verdadeiro Supremo, o revelado pelo plenário. Por isso adiro à proposta de Vossa Excelência”, afirmou.


Somente o ministro Gilmar Mendes questionou não ter recebido antes a proposta, mas também concordou.



"De fato, não faz sentido a gente chegar do almoço e receber a notícia de que tem uma reforma regimental", disse.


Fonte: G1

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Eleições 2020: MP de SP investiga suspeita de disparo em massa no WhatsApp e raspagem de dados de eleitores em redes sociais

O Ministério Público Eleitoral (MPE) de São Paulo abriu nesta terça-feira (6) uma investigação para apurar se empresas estão oferencendo serviços de disparos em massa de mensagens por WhatsApp e extração de dados de eleitores de contas do Instagram e do Facebook para uso em campanhas eleitorais.


Prédio do Ministério Público de São Paulo, no Centro de São Paulo — Foto: Divulgação


A suposta oferta desses serviços foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo". Segundo a reportagem, publicada na terça-feira (6), ao menos 5 estão oferecendo o serviço a candidatos.


"Achamos melhor instaurar o procedimento preparatório para investigar se existe a irregularidade”, disse nesta quarta (7) ao G1 o promotor Fábio Bechara, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, um dos responsáveis pela investigação.


O MPE vai apurar se as empresas estão vendendo dados cadastrais aos partidos e candidatos políticos e se os dados foram usados para disparar mensagens aos eleitores.

Segundo Bechara, a prática fere tanto a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no mês passado, como a legislação eleitoral. Em dezembro de 2019, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a punir o envio em massa de disparos de mensagens por WhatsApp nas campanhas.


O promotor diz que, além de instaurar o inquérito, o MPE orientará os partidos a não contratarem esse tipo de serviço, que é irregular.



"O MP recomendou aos partidos que tomem cuidado com as empresas que vendem esse tipo de serviço, como pacote de cadastros”, disse Bechara, que faz um pedido. "Importante conscientizar a população para que denuncie".


Além das empresas, os partidos ou candidatos políticos que usarem dados cadastrais de eleitores para fazerem disparos poderão sofrer penalidades, de acordo com o MPE.


Violação da Lei Geral de Proteção de Dados

Os promotores também apuram se as empresas usaram dados de eleitores armazenados sem consentimento e, dessa forma, teriam violado a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no dia 18 de setembro.


A Lei busca garantir direitos para os cidadãos e consumidores sobre o tratamento de dados pessoais. Para as empresas, a vigência da lei significa se adequar a uma série de novas regras, mas também cria mais segurança jurídica.


A regulamentação ainda depende da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), que deve orientar as empresas sobre as medidas técnicas de proteção. A multa só pode chegar a 2% do faturamento da empresa ou no máximo a R$ 50 milhões.


Apesar de a Lei Geral de Proteção de Dados ter entrado em vigência, as sanções estão suspensas até agosto de 2021 – período dado para que as empresas se adequem às novas regras.


Regras para conter notícias falsas nas eleições


Desde o ano passado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a punir o envio em massa de disparos de mensagens por WhatsApp nas campanhas eleitorais.


A resolução, publicada em dezembro de 2019, regulamentou a propaganda eleitoral na internet e determinou punição com prisão ou multa para quem espalhar notícias falsas.


A regra estabelece que o partido ou o político tem obrigação de confirmar a veracidade das informações que utilizar, mesmo aquelas produzidas por terceiros.


Se usar dados falsos, terá que garantir ao citado direito de resposta e também poderá sofrer sanções penais. A resolução prevê prisão ou multa para quem divulgar informações falsas ou promover calúnia.


No final de setembro, o TSE lançou parceria com Facebook, Instagram e WhatsApp para combater a desinformação durante a eleição municipal deste ano.


Entre as ferramentas disponíveis, está um canal de comunicação específico com o TSE para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp. As denúncias podem ser feitas por meio do site do TSE.


Fonte: G1

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Integrantes da CPI das fake news veem tentativa de parar trabalhos e enviam dados para a PF

 Com a ação deliberada do Palácio do Planalto para controlar a CPI mista das fake news, parlamentares decidiram antecipar o movimento de municiar investigações da Polícia Federal com o material coletado pela comissão.



Alexandre Frota acusa Eduardo e Carlos Bolsonaro de envolvimento com disseminação de fake news


A percepção de integrantes da CPI é que depois que o Centrão passou a integrar a base do governo, há uma tentativa de esvaziar os trabalhos.


Tanto que a CPI foi paralisada no início da pandemia e, até o momento, não conseguiu retomar as sessões. Senadores e deputados ouvidos pelo blog apontam articulação do Planalto junto ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), para congelar a comissão.


Foi dentro desse contexto que o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) prestou depoimento à Polícia Federal, na semana passada, quando apontou relação direta do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) com o esquema que difunde conteúdo falso na internet.


Frota afirmou que Eduardo Bolsonaro estaria envolvido com a orientação e a divulgação de atos que pediam fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e intervenção militar. O depoimento foi prestado dentro do inquérito que investiga os organizadores e financiadores de atos antidemocráticos. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é o relator.


De acordo com os dados apresentados por Frota, os computadores de onde partiram orientações para os atos estão relacionados a endereços de Eduardo Bolsonaro ou de assessores dele.


No depoimento à PF, Frota também apontou envolvimento de outro filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ)o.


Indagado pela PF, Frota disse que o chamado "gabinete do ódio" atuava para incitar animosidade entre as Forças Armadas, o STF e o Congresso e era voltado a impedir o livre exercício dos poderes, conforme consta em material sob poder da CPI.


Fonte: G1

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Toffoli manda Polícia Federal ouvir ministro da Educação antes de decidir sobre inquérito

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a Polícia Federal a colher o depoimento do ministro da Educação, Milton Ribeiro, sobre possível crime de homofobia.


PGR pede que STF apure se ministro da Educação cometeu crime de homofobia


Toffoli determinou que Ribeiro seja ouvido antes de uma eventual decisão sobre o pedido de abertura de inquérito para investigar o caso.


No mês passado, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, pediu ao Supremo a instauração de inquérito a partir de uma entrevista do ministro da Educação ao jornal “O Estado de S. Paulo”.


O vice-procurador-geral afirma que o ministro proferiu manifestações depreciativas a pessoas com orientação sexual homoafetiva. E acrescenta que Ribeiro, na oportunidade, fez afirmações ofensivas à dignidade do apontado grupo social.


Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), as declarações podem caracterizar uma infração penal ao induzir ou incitar a discriminação ou preconceito.


A entrevista que motivou o pedido da PGR foi publicada em 24 de setembro. Questionado pelo jornal sobre educação sexual na sala de aula, o ministro afirmou ser um tema importante para a evitar gravidez precoce, mas avaliou não ser necessário discutir questões de gênero nem a homossexualidade.



"Acho que o adolescente, que muitas vezes, opta por andar no caminho do homossexualismo (sic), tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato, e caminhar por aí. São questões de valores e princípios", afirmou Ribeiro na entrevista.


A PGR pediu que uma das primeira medidas da investigação seja o depoimento de Ribeiro para a PF.


Toffoli considerou que cabe à PGR fazer uma avaliação preliminar e o depoimento pode ajudar o Ministério Público a formar adequadamente o seu convencimento.


“Nesse contexto, deve ser autorizada a providência requerida [depoimento] para que possa instruir eventual pedido de instauração do inquérito”, escreveu o ministro do STF.


Após a entrevista, Ribeiro tem dito que jamais pretendeu discriminar ou incentivar qualquer forma de discriminação em razão de orientação sexual. O ministro afirmou que trechos da fala, retirados de contexto e com omissões parciais, foram reproduzidos em redes sociais, o que agravou a interpretação equivocada.


Milton Ribeiro também pediu desculpas e declarou respeito a todo cidadão brasileiro, independentemente de orientação sexual, posição política ou religiosa.


Fonte: G1

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Golpistas usam cadastro no PIX para roubar dados de consumidores

Previsto para começar a operar em novembro, o PIX, sistema criado pelo Banco Central que vai permitir transações quase instantâneas, já vem sendo usado por golpistas contra os consumidores.


Pré-cadastro do sistema de pagamentos PIX vira isca para golpes na internet


Para se preparar para o início das operações, as instituições financeiras já estão convidando seus clientes a cadastrarem suas “chaves” no sistema – dados que servirão de identificação para as transações, e que podem ser o CPF, número de celular, e-mail ou outra informação.


Mas criminosos estão se aproveitando desse movimento para obter informações sigilosas e senhas, enganando os consumidores ao fazê-los se cadastrarem em um site falso.


Em muitos casos, a mensagem traz um link para supostamente fazer o pré-cadastro no PIX, mas leva a um site falso.


A regra é desconfiar sempre. O Brasil está entre os cinco países com mais vítimas de phishing – golpe em que o criminoso engana a vítima para conseguir dados pessoais, como senhas de banco. Só de abril a junho, 13% dos usuários de internet no país acessaram pelo menos um link que direcionava para um site criminoso.


Segundo Fabio Assolini, analista de segurança da fabricante de antivírus Kaspersky, foram identificados mais de 30 milhões de ataques do tipo só no Brasil em 2019.


“O e-mail falso é barato. E não requer muito conhecimento técnico, portanto o fraudador consegue enviar milhões de e-mails, mesmo que duas ou três pessoas caiam no golpe, isso já é lucrativo para eles”, diz Assolini.

O chefe de Estrutura de Mercado Financeiro do Banco Central, Carlos Brandt, recomenda aos consumidores fazer o cadastro pelo aplicativo do banco de que já é cliente, ou pela página do próprio banco na internet, em ambiente logado. “Ali estarão as informações, todo o processo, de uma forma segura, em um ambiente totalmente seguro”, diz.


“Lá em novembro, quando de fato nós lançarmos o PIX, aí sim ele vai poder fazer transferências, mas sempre logado dentro do internet banking ou o próprio aplicativo da instituição financeira”, completa Caio Fernandes, chefe de Infraestrutura do BC.


“A dica é: não saia clicando sem antes verificar se o e-mail realmente foi enviado pelo seu banco”, ressalta o analista Assolini.


Fonte: G1

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Cobra é encontrada em embalagem de brócolis no Vale do Itajaí

Uma moradora de Brusque (SC), no Vale do Itajaí, teve uma surpresa ao voltar do supermercado na noite de sábado (3). Após arrumar as compras, a mulher descobriu que, além das verduras e frutas, levou para casa uma cobra dentro de uma embalagem de brócolis. Ela gravou um vídeo contando o episódio.



Jararaca e dormideira — Foto: Ofidismo em Santa Catarina/ Reprodução NSC TV


As imagens, que viralizaram nas redes sociais, mostram o momento que a mulher encontra a cobra, de ao menos de 30 centímetros, dentro do recipiente de isopor envolto a um plástico transparente.


O supermercado Archer informou que a consumidora foi até o local, e a situação foi resolvida. De acordo com a gerente do departamento pessoal do estabelecimento, Luciane da Silva Mafra, a embalagem não foi manuseada e foi enviada ao produtor na segunda-feira (5) da forma como foi entregue pela cliente.


“Realmente aconteceu, esse caso foi verídico. A cliente veio fazer a devolução e ela entendeu que o caso foi resolvido”, disse. O animal estava vivo no momento da entrega ao produtor, de acordo com Luciane.


Apesar do susto da consumidora, o animal não apresenta perigo, segundo explicou o biólogo Tobias Kunz, especialista em répteis.


“É uma cobra que se alimenta de lesmas. Essas dormideiras têm hábito noturno e são bem lentas”, disse o biólogo.


Kunz afirma que a espécie, conhecida como dormideira, não é venenosa e se move muito devagar.


“Pela imagem, me parece uma cobra jovem. Elas são bem inofensivas e é bem comum aparecerem nessas hortas e enroladas nos legumes”, disse.

Diferenças entre jararaca e dormideira

Apesar de gerar dúvida entre os leigos, há diferenças entre jararacas e dormideiras. De acordo com Kunz, as serpentes peçonhentas, como a jararaca, possuem glândulas especializadas localizadas lateralmente na cabeça. Elas também têm um orifício entre os os olhos e a narina, chamado de fosseta loreal.


“A gente vê logo de cara que é essa espécie [dormideira], mas as pessoas às vezes confundem”, explica o especialista que é um dos colaboradores do livro virtual “Ofidismo em Santa Catarina: identificação, prevenção de acidentes e primeiros socorros”.


Outra característica das cobras venenosas é a cabeça, que geralmente é mais larga que o pescoço e possui uma forma triangular.


Já os animais não-venenosos têm uma cabeça mais arredondada, sem ângulos agudos.


O que fazer

Conforme o biólogo Alex Giordano Bergmann, quem encontrar um animal parecido deve evitar colocar as mãos ou se aproximar. A recomendação é para se afastar e chamar órgãos especializados para avaliar a situação.



"É para chamar a Polícia Ambiental ou o Corpo de Bombeiros. Eles conhecem os animais e sabem como retirar eles das casas", comentou Alex.

Onde ligar

Entre em contato com os Bombeiros (193) ou com a Polícia Ambiental da sua cidade (190);

Em caso de acidente com serpente, entre em contato com o Samu (192), os Bombeiros (193) ou se dirija ao hospital público mais próximo;

Em caso de dúvidas ou orientações sobre procedimentos de primeiros socorros, ligue para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), pelo telefone: 0800 643 5252.


Fonte: G1

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Flordelis é intimada a usar tornozeleira eletrônica e precisa se apresentar até a noite de quinta-feira

A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) foi intimada na noite desta terça-feira (6) a se apresentar, em 48 horas, na Secretaria de Administração Penitenciária (Seap-RJ) para colocar a tornozeleira eletrônica.


Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) durante sessão na Câmara dos Deputados. Foto de maio de 2019 — Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados


A parlamentar, que é pastora e cantora gospel, é acusada de ser mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho do ano passado.


No último dia 24, ela virou ré por cinco crimes relacionados ao caso, incluindo homicídio triplamente qualificado e associação criminosa.


Oito pessoas foram presas por envolvimento no crime, sendo sete filhos e uma neta dela.


Nesta terça, Flordelis foi intimada por oficiais de Justiça em sua casa, na Região Oceânica de Niterói, às 19h — fora do horário do expediente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.



Pastor Anderson, assassinado, e a mulher Flordelis — Foto: Reprodução/TV Globo


Pelo prazo, ela tem até as 19h desta quinta-feira (8) para instalar o equipamento.


O G1 questionou à Justiça que medida poderá ser tomada caso a parlamentar não se apresente, mas até por volta de 14h20 não havia obtido resposta.


Três semanas de atraso

No dia 18 de setembro, a juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, aceitou um pedido do Ministério Público e determinou que a deputada usasse tornozeleira.


Na última quinta-feira (1º), Nearis destacou que a intimação fosse feita até mesmo fora do horário de expediente, “se necessário com auxílio da força policial”.


O Tribunal de Justiça alegava que oficiais não conseguiam intimá-la nem em Niterói, onde ela mora, nem em Brasília, onde trabalha.


Processo na Câmara

Flordelis e os filhos são réus no processo sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. A deputada não pôde ser presa em razão de sua imunidade parlamentar.


O corregedor da Câmara dos Deputados, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), apresentou na última quinta-feira ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um parecer recomendando o envio do processo da deputada Flordelis para o Conselho de Ética.


O caso foi analisado pelo corregedor após representação feita no fim de agosto pelo deputado Léo Motta (PSL-MG) contra a deputada, acusada de quebra de decoro parlamentar. Agora, a Mesa Diretora da Câmara analisará o relatório e decidirá se envia o caso para o Conselho de Ética da Casa.


Fonte: G1

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PF apreende dinheiro em espécie na casa de funcionário da Petrobras durante ação da Lava Jato no Rio

Uma grande quantidade de dinheiro em espécie foi apreendida, na manhã desta quarta-feira (7), na casa de um funcionário da Petrobras, alvo da 76ª fase da Lava Jato (veja no vídeo acima). Os quatro mandados da operação foram cumpridos no Rio de Janeiro.


Em outro local, os agentes apreenderam malas com mais dinheiro. Até o momento, não foi informado se a quantia pertence ou não ao funcionário da Petrobras que tinha valores em espécie em sua casa. A quantia ainda está sendo contabilizada pela Polícia Federal.


Até o começo da tarde desta quarta, os agentes já tinham contabilizado, pelo menos, R$ 200 mil em dinheiro. A contagem ainda não havia finalizado às 13h45.


A ação, batizada de Sem Limites III, investiga crimes de corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na área comercial da Petrobras, especialmente no comércio de bunker, como é conhecido o produto escuro usado como combustível de navio.


O G1 apurou que dois dos alvos são: Marcos Antônio Collyer e Daniel Gomes Filho. A reportagem tenta contato com a defesa deles.



Polícia Federal apreendeu malas com dinheiro durante a 76ªFase da Lava Jato — Foto: Reprodução


A suspeita é que funcionários e ex-funcionários da estatal estejam envolvidos no esquema que movimentou cerca de R$ 45 milhões em propinas entre 2009 e 2018.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há várias provas de que os investigados promoviam um verdadeiro rodízio no fechamento de operações com as empresas do setor e que estas também pagavam vantagens indevidas.


Em nota, a Petrobras disse que colabora com as investigações da Lava Jato desde 2014, e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 21 ações de improbidade administrativa em andamento e ser assistente de acusação em 71 ações penais relacionadas a atos investigados pela Lava Jato.


"Cabe salientar que a Petrobras já recebeu mais de R$ 4,6 bilhões, a título de ressarcimento, incluindo valores que foram repatriados da Suíça por autoridades públicas brasileiras", diz a nota.


Polícia apreende dinheiro em espécie na casa de alvo da Operação Lava Jato no Rio — Foto: Reprodução


Como funcionava o esquema

De acordo com os delatores, funcionários da Petrobras que eram responsáveis pelas negociações de compra e venda de bunker e diesel marítimo recebiam vantagens indevidas para favorecer empresas de combustíveis. A compra era destinada ao abastecimento dos navios a serviço da Petrobras em portos estrangeiros.


As comissões eram geradas a partir da celebração das operações comerciais, e os executivos realizavam os pagamentos dos funcionários públicos com auxílio de um operador financeiro. Para isso, eles celebravam contratos fictícios para geração de recursos em espécie.



Um dos ex-funcionários da estatal, conforme as investigações, foi o responsável pelas negociações de combustíveis marítimos que abasteciam no porto de Singapura.


Fonte: G1

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Sem voto em 2016, quase mil mulheres voltam a se candidatar nestas eleições

Um levantamento feito pelo G1 revela que 975 candidatas mulheres que não receberam nem sequer um voto em 2016 voltaram a se candidatar nestas eleições. Em 99% dos casos, as mulheres lançaram a nova candidatura no mesmo município pelo qual "concorreram" em 2016. Porém, mais da metade das candidatas (57%) mudou de partido.


Quase todas as mulheres (98%) continuam buscando uma cadeira na Câmara Municipal. Elas disputam por 27 partidos, sendo que MDB, PSD e PP registram o maior número das mulheres ‘zeradas’ em 2016 que concorrem em 2020. Os estados com o maior número dessas candidaturas são Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Maranhão.


Mulheres 'sem voto' em 2016 voltam a se candidatar em 2020: em 2016, 10% das candidatas a vereadora não registraram voto. Em 2020, 975 mulheres se candidataram de novo. — Foto: Aparecido Gonçalves / G1


Os partidos começaram a aumentar o número de candidaturas de mulheres após a minirreforma eleitoral de 2009. A emenda tornou obrigatória a cota de, no mínimo, 30% para candidaturas de mulheres em eleições proporcionais (como a de vereador). Antes disso, uma lei previa a reserva de 30% das vagas para as mulheres, mas os partidos deixavam essas vagas vazias.


Especialistas ouvidas pelo G1 afirmam que as mulheres se interessam por política, mas enfrentam barreiras para o lançamento de candidaturas e também para ter sucesso eleitoral (como o financiamento de campanha). Elas destacam que os partidos ainda são dominados por homens, que não têm interesse em incentivar a participação de mulheres e que temem perder espaço ou cargo na vida pública.


“As ‘candidatas laranjas’ ainda existem porque alguns partidos políticos não conseguem ou não se interessam em cumprir a cota mínima de candidatas mulheres e, em vez de procurar candidatas potenciais, preferem fraudar as candidaturas”, diz a advogada eleitoral Eloiza Almeida.


A eleição municipal de 2016 teve, no total, 141.118 candidaturas de mulheres na disputa por uma vaga de vereadora. Desse montante, 14.473 não receberam nem mesmo o próprio voto (10% do total). Considerando o total de candidaturas a vereador que não receberam nem sequer um voto em 2016, 89% eram de mulheres e apenas 11% de homens.


Candidaturas a vereador sem voto em 2016: 89% das candidaturas a vereador que não receberam sequer um voto eram de mulheres; 11%, de homens — Foto: Aparecido Gonçalves / G1


Zero voto em 2016

O G1 localizou sete candidatas que registraram zero voto na eleição municipal de 2016 e que voltam a concorrer em 2020. Parte delas nem sequer menciona nas redes sociais que está na disputa. Apenas uma candidata a vereadora reconhece que seu nome foi lançado em 2016 apenas para cumprir a cota de 30% de candidaturas de mulheres. As demais dizem que problemas de saúde e cuidados com os filhos foram determinantes para elas não fazerem campanha e não receberem votos.


Moradora de Belo Campo (BA), Magna Reis reconhece que a sua candidatura em 2016 foi apenas para cumprir o número mínimo. Ela lançou a candidatura pelo PSD e obteve zero voto. Agora, diz que “é diferente” e que realmente vai “lutar pelas mulheres”. “[Em 2016] fui convidada a me candidatar para preencher a chapa. Existe a quantidade de mulheres para preencher a chapa em um partido, assim como a de homens”, diz.



Eva Vilma concorreu a vereadora em Olinda (PE) pelo PPS (atual Cidadania) e também não recebeu nem o próprio voto. Nestas eleições, ela está de novo na disputa e diz que desistiu em 2016 porque teve um “grave problema de saúde” e que o tratamento médico a impediu de continuar com a campanha. Ela conta que chegou a solicitar a desistência da candidatura ao partido. “Sou candidata novamente porque, mesmo não estando 100% recuperada, preciso concluir minha missão.”


Camilinha Rocha é outra candidata a vereadora que obteve zero voto em 2016. Ela trocou o PTB pelo Republicanos e diz querer lutar por uma mudança na administração pública e por melhorias na cidade para os filhos. Candidata em Cajamar (SP), ela afirma que desistiu de concorrer na eleição municipal passada por conta dos “filhos pequenos”. “Nem eu mesma votei em mim.”


Em Itatira (CE), Nagila Macedo (PP) diz que não teve voto em 2016 porque estava nas últimas semanas da gestação. “Estava de licença e não tinha como sair [de casa]. Mas prestei contas de tudo, e neste ano tive a oportunidade de ser chamada. Estou concorrendo novamente ao cargo de vereadora”, afirma.


Candidata a vereadora em Cairu (BA), Lidinea da Silva diz que teve um “problema seríssimo de saúde” e que, por isso, deixou de fazer campanha. Ela lançou a candidatura novamente pelo PSD. “Foi um ano muito conturbado pra mim. Talvez não estaria aqui agora pra conversar com você.”



A candidata Maria Patrocinio, que concorre a vereadora em Alto Alegre (SP), também afirma que ficou doente e que não pôde fazer campanha. Ela continua filiada ao PP. “Acho que as mulheres e a ‘turma’ da terceira idade podem votar em mim. Tenho bastante conhecimento e nasci aqui. Não vou ficar com zero voto agora. Já estou trabalhando.”


Zuleide Carneiro é outra candidata a vereadora que não recebeu votos em 2016. Neste ano, tentará de novo uma vaga na Câmara de Bocaiúva do Sul (PR), pelo Republicanos (ex-PRB). Ela afirma que não fez campanha da outra vez por “problemas familiares” e que espera ter mais votos para “ser eleita ou pelo menos ajudar a legenda”.


‘Candidatas laranjas’

A professora e coordenadora do Programa Diversidade da FGV Direito Rio, Ligia Fabris, afirma que vários aspectos precisam ser levados em conta para identificar uma fraude, como as ‘candidatas laranjas’. Por exemplo, a movimentação de recursos, a criação de uma página na internet para campanha e a produção de material de campanha.


“O fato de não terem recebido nenhum voto (sequer de quaisquer amigos ou parentes, sequer delas próprias) pode ser um forte indicativo de que se trata de candidaturas fraudulentas. Mas a ausência de votos não é o único elemento. É preciso investigar outros aspectos. Elas podem ter desistido da candidatura no meio da campanha por qualquer razão pessoal, por exemplo. Por isso, é fundamental o papel do Ministério Público para investigar e também a participação da sociedade civil para fazer denúncias”, afirma.

A professora da FGV Direito Rio acrescenta ainda que também pode haver fraude quando uma candidata recebe muito dinheiro para a campanha, mas não obtém voto. Ligia lembra que a população deve denunciar irregularidades e que a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, por exemplo, abriu um canal específico para colher acusações em relação às candidatas mulheres.



“Em algumas situações, a candidata nem sabe que está sendo usada ou acredita verdadeiramente em sua candidatura, mas não recebe do partido capital político e financeiro para competir. Esse tipo de candidatura normalmente não recebe investimento e nem voto, não tem página em rede social, tempo de propaganda na TV, site, e-mail ativo ou qualquer indicação de campanha.”


Segundo Ligia Fabris, as candidaturas femininas costumam ser vistas como pouco competitivas e elas não têm, em regra, apoio dos partidos. Algumas candidaturas de mulheres são encaradas como “coadjuvantes”; e outras, “laranjas” ou “fantasmas”. Em alguns casos, as mulheres são incluídas apenas para cumprir a cota e sem acesso a recursos ou incentivos para fazer a campanha – ou nem mesmo sabem que são candidatas.


Para a professora da FGV Direito Rio, ainda é preciso fazer mudanças para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres na política. Ela cita, por exemplo, que a cota de 30% para candidaturas de mulheres está “muito aquém do que seria adequado em termos de igualdade de representação” e que “não há instrumentos coercitivos adequados, ou seja, punições na lei para que esse patamar mínimo seja efetivamente cumprido”.


“Um aspecto particularmente grave desta última dimensão são as frequentes fraudes ao sistema de cotas, sobretudo por meio da criação de candidaturas meramente formais: os partidos apresentam candidatas mulheres apenas para preencher os requisitos legais.”

Ela acrescenta ainda que o plenário do Tribunal Superior Eleitoral já autorizou a cassação de toda uma coligação na qual ficou comprovada fraude de duas coligações no preenchimento de cota por gênero, em Valença do Piauí (PI), na eleição municipal de 2016.


Mulheres na esfera doméstica

A professora afirma ainda que o discurso da diferença e dos espaços “naturalmente” apropriados para cada gênero contribui fortemente para a aceitação da não interferência da mulher na coisa pública. Por consequência, esse discurso contribui para a normalização da ausência de mulheres nesses espaços e nesses debates. Segundo ela, esse discurso produz "muito prejuízo".


“Com essa ideia da vinculação ‘natural’ das mulheres à esfera privada (e doméstica), as mulheres ficam alheias aos espaços de poder, que eram então ocupados por homens. Internalizam obrigações domésticas, familiares e de cuidado, o que torna, por exemplo, a sua disponibilidade de tempo, muitas vezes, limitada em relação a outras demandas, como a grande dedicação necessária para se fazer campanha política, por exemplo.”


Ligia Fabris acrescenta ainda que a sobrecarga de trabalho doméstico e de cuidado em razão da pandemia da Covid-19 também afetou mais as mulheres, que já gastavam, em média, o dobro do tempo que homens com trabalho doméstico. “Casamento para as mulheres representa uma desvantagem, porque é ainda mais trabalho: elas acabam absorvendo o do marido também. Curiosamente, as solteiras e divorciadas, por não terem mais esse ônus, passam a ter mais possibilidade de se candidatar. Para os homens, de outro lado, casar-se representa um ganho de tempo, uma vantagem.”


A advogada eleitoral Eloiza Almeida reforça que a população feminina ainda é a mais responsável pelas atividades domésticas e pela criação dos filhos (jornadas duplas e até triplas) e que a imposição de uma quarentena acentua essa questão ao confinar mães trabalhadoras e filhos na mesma casa (dado o fechamento das escolas).


Eloiza Almeida, que faz parte do escritório Ribeiro de Almeida & Advogados Associados, diz ainda que a política brasileira “ainda é carregada de integrantes do sexo masculino” e que “os grandes caciques dos partidos políticos ainda são homens e não estão necessariamente interessados em trazer mulheres para as agremiações partidárias”.


Ela lembra que, apesar de ter havido uma conscientização da população e uma pressão nos políticos, as mulheres ainda são apenas 15% da Câmara dos Deputados e 13% do Senado Federal. Além disso, ela destaca que poucas mulheres foram ministras nos últimos governos. Para ela, o eleitor também deve buscar candidatas mulheres, e não apenas esperar por mudanças na lei.


“Cabe principalmente aos eleitores, independentemente de gênero, a busca por candidatas com as quais se identifiquem. As cotas, as reservas e as campanhas devem definitivamente ser implementadas. Entretanto, no final, a eleição de mais mulheres virá da população.”


Fonte: G1

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