terça-feira, maio 21, 2024

ALUNO DA PM/RN MORRE APÓS PERDER O CONTROLE DA MOTO E BATER EM ÔNIBUS NA BR-406



Um motociclista morreu nesta segunda-feira (20) após perder o controle da moto e bater em um ônibus na BR-406 na altura do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em São Gonçalo do Amarante, na Grande  Natal.

A vítima foi identificada como Yuri Hadab Silva da Cunha, de 27 anos. Segundo informações da PRF, ele perdeu o controle da moto quando tentou ultrapassar o ônibus. Ao perceber a presença de cones na via, ele desistiu da ultrapassagem e acabou batendo no ônibus, indo parar embaixo do veículo. O acidente aconteceu por volta das 5h30.

O motociclista morreu ainda no local. Ele era soldado aluno da Polícia Militar do Rio Grande do Norte e vinha de Poço Branco, na região do Mato Grande, em direção ao curso preparatório quando o acidente aconteceu.

O corpo foi recolhido pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN).




Fonte: Passando na Hora

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Policiais penais identificam buraco em cela e evitam fuga na Grande Natal

Buraco foi identificado em uma cela da penitenciária | Foto: Reprodução


O efetivo de plantão da Penitenciária Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, detectou danos estruturais, no início da manhã desta terça-feira (21), em uma cela do Pavilhão 2. De acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), havia indícios de atos preparatórios para uma fuga.


A ocorrência foi identificada com ajuda das câmeras de monitoramento e rápida ação dos policiais penais da unidade e do Grupo de Operações Especiais (GOE), presente em patrulhamento no complexo prisional.


A Penitenciária Rogério Coutinho Madruga tem 600 presos, atualmente, de acordo com a Seap. Os danos estruturais foram encontrados em uma única cela do Pavilhão 2.


Fonte: Tribuna do Norte

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Professores da UFRN rejeitam proposta de reajuste salarial; decisão final sairá em plebiscito

Pelo menos 400 docentes participaram da assembleia geral. Foto: Divulgação/Adurn


Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) rejeitaram a proposta de reajuste salarial, apresentada pelo governo federal no dia 15 de maio, durante assembleia geral realizada nesta terça-feira (21). Contudo, de acordo com o Sindicato dos Docentes da UFRN (Adurn), a decisão final sobre a proposta seguirá para o plebiscito que será realizado das 8h desta quarta-feira (22) às 17h da quinta-feira (23). A categoria está em greve desde o dia 22 de abril.


A reunião, realizada de forma híbrida, contou com a participação de mais de 400 docentes. Foram contrários à proposta do Governo 222, enquanto 182 foram favoráveis. Outros 10 docentes se abstiveram na votação.


A Assembleia Geral considerou que o reajuste nominal de 0% (2024), 9% (2025), 3,5% (2026), e os reajustes nos steps não atendem às demandas. O processo desta quarta-feira e quinta-feira se dará por meio de sistema eletrônico, através do site da entidade: www.adurn.org.br.


A greve


Desde 22 de abril, a UFRN se juntou a mais de 20 universidades em todo o País, que decidiram paralisar as atividades. As greves indicam forte impasse entre a categoria dos professores universitários e o Governo Lula. Professores e servidores federais da educação exigem reajuste salarial, o que não vem sendo atendido pelo governo petista. 


Na UFRN, trata-se da primeira paralisação de professores por tempo indeterminado desde 2003, segundo informações do Adurn-Sindicato. A categoria chegou a fazer uma paralisação de uma semana, em 2016, ainda no Governo Temer. Não houve greves no Governo Bolsonaro, apenas paralisações que duraram um único dia.


Os professores têm demandas em duas frentes. Em conjunto com os servidores públicos federais, buscam um reajuste salarial linear de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025 e 7,06% em 2026, totalizando 22,8%. A demanda específica da categoria é a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Na proposta de reestruturação, encaminhada pelo PROIFES-Federação, os reajustes propostos são de 9,39% em 2024, 6,82% em 2025 e 6,82% em 2026, totalizando 23,03%.


Fonte: g1

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Polícia prende dupla suspeita de fraudes em compras online em Natal; quadrilha falsificava comprovantes de pagamento

Um dos suspeitos de envolvidos nas fraudes é preso no bairro Felipe Camarão, em Natal — Foto: Polícia Civil/Divulgação


A polícia do Rio Grande do Norte prendeu duas pessoas e classificou outros dois investigados como foragidos por envolvimento em fraudes nas compras de produtos em sites na internet.


De acordo com a Polícia Civil, os investigados utilizavam perfis falsos nas plataformas de vendas online para negociar produtos como motocicletas e caixas de som com os vendedores usuários dos sites.


Os criminosos combinavam a entrega do bem por parte da vítima e, para receber o produto, criavam comprovantes de transferência falsificado.


Segundo a polícia, são investigados pelo menos 11 estelionatos praticados pelo grupo, ocorridos desde 2023, que causaram prejuízo de aproximadamente R$ 70 mil às vítimas.


"A vítima só percebia ter caído no golpe após verificar o saldo de sua conta bancária, vindo a descobrir que nenhum valor teria sido transferido. O líder do grupo criminoso, que é multirreincidente sujeito a monitoração eletrônica, enviava outros comparsas para recolher os produtos, a fim de evitar sua identificação", informou a polícia.


Policiais civis da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações de Natal cumpriram dois mandados de prisão preventiva contra membros da organização criminosa, na manhã desta segunda-feira (20), no bairro Felipe Camarão, Zona Oeste de Natal.


Outros dois investigados estão com prisões preventivas decretadas, porém foragidos.


Além das prisões, foram deferidos bloqueios nas contas bancárias dos investigados, no valor do prejuízo dos golpes.


Fonte: g1

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Imposto de Renda: 32% dos contribuintes do RN ainda não fizeram a declaração

Imposto de Renda — Foto: LUIS LIMA JR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO


O prazo para a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2024 termina no dia 31 de maio e no Rio Grande do Norte pelo menos 32% dos contribuintes ainda não prestaram contas à Receita Federal.


Segundo a Receita Federal, são esperadas 438.968 declarações no Rio Grande do Norte. Até às 15h desta terça-feira (21), 297.325 foram entregues.


Em todo o país são esperadas 43 milhões de documentos.


Quem não enviar dentro do prazo fixado, está sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74 e valor máximo correspondente a 20% do Imposto sobre a Renda devido.



Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024

quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado;

contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado;

quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto;

quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;

quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022);

quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022);

quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023;

quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física;

Possui trust no exterior;

Deseja atualizar bens no exterior.


Fonte: g1

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Concursos públicos no RN: governo sanciona lei que reserva 10% das vagas para pessoas com deficiência

Governadoria do Rio Grande do Norte prédio fachada governo RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


O governo do Rio Grande do Norte sancionou uma lei que reserva 10% das vagas em concursos públicos do estado para pessoas com deficiência. O texto foi publicado no Diário Oficial do Estado no último sábado (18).


O projeto foi aprovado na Assembleia Legislativa no dia 23 de abril e, desde então, aguardava análise do Poder Executivo.


A nova lei altera o artigo 12 da Lei Complementar Estadual nº 122, de 1994, que trata do regime jurídico único dos servidores públicos civis do Estado e das autarquias e fundações públicas estaduais.


Anteriormente, a lei estadual previa a reserva de 5% das vagas em concursos para pessoas com deficiência.


A matéria foi apresentada no Legislativo pelo deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB) e aprovada por unanimidade.


Na ocasião da aprovação, o parlamentar ressaltou que, segundo dados do IBGE, quase 10% da população potiguar apresenta alguma deficiência.


Fonte: g1

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Governo inaugura em Natal primeira unidade do Iern; veja cursos oferecidos

Iern inaugurado nesta segunda-feira (20) em Natal — Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Reprodução


O governo do Rio Grande do Norte inaugurou, nesta segunda-feira (20), em Natal, a primeira das 12 unidades previstas para o Instituto Estadual de Educação Profissional, Tecnologia e Inovação (Iern), que deverá oferecer educação profissional na rede pública do estado.


Inicialmente, o Iern Natal vai oferecer os cursos de técnico em redes de computadores e técnico em química, com um total de 160 matrículas. A nova unidade fica na avenida Capitão-Mor Gouveia, no bairro Bom Pastor, na Zona Oeste da capital.


Segundo o governo, os cursos foram escolhidos pela própria comunidade em processo que incluiu plenárias e audiências públicas envolvendo estudantes, comunidade, lideranças locais e o setor produtivo.



A unidade inaugurada na capital conta com estrutura que inclui 12 salas de aula, biblioteca, laboratórios, auditório, refeitório, quadra esportiva e ambientes de convivência. O investimento total foi de R$ 12,6 milhões.


“A inauguração do Iern Natal representa um marco significativo na educação profissional do Rio Grande do Norte, preparando os estudantes para os desafios do mercado de trabalho e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do estado”, defendeu Socorro Batista, secretária de Educação.


Segundo a Secretaria de Educação, 70% dos alunos da nova escola são estudantes da própria rede estadual que tiveram desejo de fazer transferencia para a unidade. Outros 30% foram de novas matrículas, oriundas das redes municipal e privada.


Durante a inauguração, a governadora Fátima Bezerra (PT) lembrou que três outras escolas, atualmente em fase de conclusão, vão entrar em funcionamento em breve: a de Campo Grande, no Médio Oeste; Jardim de Piranhas, no Seridó; e Alexandria, no Alto Oeste.


Educação profissional

Segundo o governo do estado, de 2018 a 2023, o número de estudantes matriculados em cursos de educação profissional praticamente dobrou na rede estadual, passando de 5.343 para 10.299. A previsão é de que o estado alcance um total de 13.000 estudantes matriculados em 2024 e 18.000 em 2026. Atualmente, 72 instituições de ensino oferecendo educação profissional no estado.



Em março, o governo do estado informou que três unidades que, a princípio, seriam do Iern, deverão ser cedidas para implantação de mais três campi do IFRN, anunciados pelo governo federal, nas cidades de São Miguel, Umarizal e Touros.


Fonte:  g1

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Senado aprova criação do Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas

Criança é vacinada contra a gripe em Belém. — Foto: Agência Belém


O Senado aprovou, nesta terça-feira (21), um projeto que institui o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas de todo o país. Agora, a proposta seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


De acordo com o texto aprovado, todas as escolas públicas de educação infantil e de ensino fundamental e também aquelas que recebem recursos públicos serão obrigadas a participar do programa. A matéria ainda permite a adesão de escolas particulares.


A vacinação, no entanto, não será obrigatória para os alunos.


"[A proposta] visa a articular as escolas de educação básica e os serviços de saúde [...] portanto, vacinar os estudantes no ambiente escolar certamente colaborará com o aumento da cobertura vacinal que precisamos alcançar no Brasil.", afirmou o relator, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

As vacinações serão realizadas por equipes de saúde de unidades mais próximas às escolas e seguirão o calendário previsto na Campanha Nacional de Vacinação, divulgado pelo Ministério da Saúde.


Para o relator, a vacinação realizada por profissionais especializados ainda poderá contribuir para a educar as crianças e jovens sobre a importância da vacinação.


"A presença de profissionais de saúde nas escolas também pode ser uma oportunidade profícua para educar os estudantes sobre a importância da imunização, assim como de medidas de prevenção de doenças e promoção da saúde, fomentando a adoção de hábitos saudáveis desde a infância", concluiu Castro.

A proposta ainda permite que crianças e jovens não matriculados nas escolas participantes e adultos da comunidade participem do Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas.


Impasse

Durante a tramitação, um dos artigos da proposta gerou muita discussão entre os senadores da oposição por obrigar as escolas a produzirem uma lista com o nome dos alunos não vacinados.


"Nós temos muito medo, presidente, de um vazamento de dados", afirmou a senadora Damares Alves (Republicanos-DF)

Na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, o relator, senador Humberto Costa (PT-PE), chegou a acatar a emenda da oposição para retirada do artigo.


Entretanto, para que a matéria não sofresse uma alteração de conteúdo e fosse obrigada a retornar para discussão na Câmara dos Deputados, o governo fez um acordo com a oposição pelo veto do artigo por parte do presidente da República após aprovação.


"Houve um acordo do líder do governo com o senador Dr. Hiran para que esse texto voltasse, ou seja, que o relator rejeitasse essa emenda para que o projeto termine aqui no Senado, não precise voltar para a Câmara, com compromisso explícito pelo líder do governo de que o presidente da república vetaria este artigo", afirmou Castro.

O artigo estabelece que, a partir da lista, os pais recebam um comunicado informando sobre a necessidade de vacinar os filhos e orientando que eles compareçam a uma unidade de saúde para realizar a aplicação.


Caso os pais ou responsáveis ignorem o comunicado e não compareçam à unidade de saúde, será permitido que uma equipe de saúde visite a casa para orientar sobre a importância da vacinação.


Cobertura vacinal volta a crescer

Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou dados que revelam uma reversão na queda das coberturas vacinais infantis de janeiro a outubro de 2023, mas que ainda estão abaixo da meta.


Nesse período, segundo a pasta, oito vacinas recomendadas do calendário para as crianças apresentaram aumento de cobertura, quando comparado com o índice de todo o ano de 2022.


A única doença do calendário cuja cobertura vacinal teve uma queda nesse período foi a da varicela (catapora).


Fonte: g1

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Cármen e Moraes falam em 'desinteligência natural' e 'burrice' ao julgar Zambelli e hacker

O hacker Walter Delgatti Neto ao lado da deputada federal Carla Zambelli em foto de julho de 2022 — Foto: Reprodução/Twitter Carla Zambelli


Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes usaram nesta terça-feira (21) os termos "desinteligência natural" e "burrice", respectivamente, ao comentar a conduta da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti na falsificação de um suposto mandado de prisão de Moraes contra si próprio.


Nesta terça, a Primeira Turma do STF tornou Zambelli e Delgatti réus, por unanimidade, pela invasão de sistemas do Judiciário. Em um trecho da acusação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) indica que a dupla inseriu, no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um mandado de prisão falso assinado por Moraes contra ele mesmo.



Cármen Lúcia começou seu comentário falando do uso da inteligência artificial, e dos riscos da tecnologia. "Nos preocupa os usos desses mecanismos, dessas possibilidades de novos crimes que são praticados em detrimento das pessoas", afirmou a ministra.


Cármen Lúcia ressaltou, no entanto, que preocupa mais uma "desinteligência natural". Disse que a inclusão do mandado falso é um "salto triplo carpado criminoso impressionante".


"Quando Vossa Excelência descreve que havia entre as notas com as providências a possibilidade de Vossa Excelência ter inclusive determinado a própria prisão, eu começo a não me preocupar mais só com a inteligência artificial, mas com a desinteligência natural de alguns que atuam criminosamente, além de tudo sem qualquer tracinho de inteligência. Porque aí Vossa Excelência se autoprender por uma falsificação num órgão que é presidido por um colega de Vossa Excelência é um salto triplo carpado criminoso impressionante. Só para acentuar a minha preocupação com a desinteligência natural ao lado da inteligência artificial", argumentou.

O ministro Alexandre de Moraes, ao responder à ministra, chamou o episódio de "burrice".


"Vossa Excelência, sempre muito educada, disse a desinteligência natural. Eu chamaria burrice mesmo, natural. E achando que isso não fosse ser descoberto".

O ministro explicou que, ao incluir o mandado no banco de dados do CNJ, ativa-se a atuação da Polícia Federal, portos e aeroportos. Com isso, os crimes atribuídos aos dois pela PGR se consumaram.


Julgamento

Nesta fase, os ministros analisam se a denúncia da PGR atende aos requisitos previstos na lei penal - se está de acordo com as exigências processuais e tem justa causa, ou seja, elementos mínimos para continuar a tramitar.


Ainda não há análise de mérito, ou seja, a verificação sobre se houve crime e se a pessoa deve ser condenada ou absolvida. Isso só vai ocorrer em outro julgamento depois da chamada instrução processual, que conta com a coleta de provas, depoimentos, interrogatórios (entenda mais abaixo a tramitação).


Na sessão desta terça, é possível a apresentação de argumentos pelas partes do processo por quinze minutos. Na sequência, o relator, ministro Alexandre de Moraes, deve apresentar seu voto. Devem votar ainda os outros participantes da Turma, a ministra Cármen Lúcia e os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.


O caso

De acordo com a denúncia, a deputada comandou a invasão a sistemas usados pelo Poder Judiciário, com o objetivo de adulterar informações oficiais. Delgatti teria operado a ação ilegal a mando da parlamentar, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023.


Os dois teriam entrado de forma irregular em seis sistemas do Judiciário por 13 vezes. Além disso, inseriram nas ferramentas 16 documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes e ordens para quebra do seu sigilo bancário e bloqueio de bens.


Segundo a PGR, a intenção dos dois era "adulterar dados, tudo no intuito de prejudicar a administração do Judiciário, da Justiça e da credibilidade das instituições e gerar, com isso, vantagens de ordem política para a denunciada".


"Entre agosto e novembro de 2022, Carla Zambelli, ciente de que Walter Delgatti possuía conhecimento técnico e meios necessários para tanto, o abordou com a proposta de invasão a sistemas de elevado interesse público, oferecendo, em retorno pelo serviço prestado, a contratação formal para prestação de serviços relacionados à sua atividade parlamentar", relatou o MP.

"CARLA ZAMBELLl, diante da informação apresentada por WALTER DELGATTl de que seria viável a invasão ao sistema utilizado pelo CNJ, determinou a concretização da prática delituosa, que haveria de incluir a emissão de mandado de prisão do Ministro Alexandre de Moraes, como se ele mesmo estivesse determinando a própria prisão. A denunciada CARLA ZAMBELLl foi, ainda, responsável pela elaboração do texto a ser utilizado por WALTER DELGATTl na confecção do mandado fraudulento", completou.


A PGR propõe que eles respondam pelos seguintes crimes:


invasão a dispositivo informático (art. 154-A do Código Penal): consiste em "invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita". A pena é de um a quatro anos, e multa. Neste caso, a PGR pediu a aplicação de aumento de pena de 1/3 a 2/3, usada quando há prejuízo econômico pela ilegalidade.

falsidade ideológica (art. 299 do CP): consiste em "inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante". A pena é de um a cinco anos de prisão e multa.


Defesas

Quando a denúncia foi apresentada, a defesa de Zambelli divulgou nota em que diz que a própria investigação desmentiu a narrativa de Delgatti, e que irá demonstrar que ela não praticou as infrações penais.


"A defesa da Deputada Carla Zambelli recebeu com surpresa o oferecimento da denúncia em seu desfavor, já que inexiste qualquer prova efetiva que ela tivesse de alguma forma colaborado, instigado e ou incentivado o mitômano Walter Delgatti a praticar as ações que praticou. A narrativa dele acusando a Deputada e terceiras pessoas foi desmentida pela própria investigação, e a defesa irá exercer sua amplitude para demonstrar que ela não praticou as infrações penais pelas quais foi acusada", afirmou a nota.


Em nota nesta terça-feira, os advogados reforçaram que "a deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado".

Também quando a denúncia foi protocolada pela PGR, a defesa de Walter Delgatti afirmou que ele é réu confesso na invasão e, portanto, a denúncia não é uma surpresa.


"Walter é réu confesso na invasão do CNJ, portanto não é surpresa a denúncia em seu desfavor. Com relação a denúncia perpetrada a Carla Zambelli, só confirma que Walter falou a verdade", disseram os advogados.



Tramitação

Aberta a ação penal, será feita a instrução, com diligências, coleta de provas, depoimentos de testemunhas e interrogatórios dos réus.


A etapa seguinte é a apresentação de alegações finais pelas defesas dos acusados e pela Procuradoria-Geral da República.


Encerrada esta fase, o caso poderá ser julgado. Os acusados podem ser absolvidos ou condenados pelos crimes. Se houver condenação, o tribunal vai estabelecer o tempo de pena, analisando as circunstâncias individuais de cada réu. Da decisão de julgamento, também é possível recurso dentro da própria Corte.


Fonte: g1

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Por unanimidade, 1ª Turma do STF torna Carla Zambelli e Walter Delgatti réus por invasão a sistemas do Judiciário

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) é investigada por contratar um hacker para atacar o Judiciário — Foto: Wagner Vilas/Enquadrar/Estadão Conteúdo


A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (21), por 5 votos a 0, tornar réus a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti pela invasão de sistemas do Poder Judiciário – entre eles, o do Conselho Nacional de Justiça.


A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Carla e Delgatti foi recebida por unanimidade. Agora, eles vão responder pelos supostos crimes – não há data para o julgamento.


Uma denúncia é uma acusação formal de crimes feita pelo Ministério Público na Justiça. Ou seja, é um pedido de abertura de processo penal que, se iniciado, poderá levar à condenação ou absolvição dos envolvidos.



Nesta etapa, os cinco ministros do colegiado vão decidir se a acusação tem elementos mínimos para prosseguir e se transformar em uma ação penal. Se isto ocorrer, Zambelli e Delgatti se tornam réus e passam a responder ao processo no Supremo. Desta decisão, cabe recurso no próprio tribunal.


Em nota, a defesa de Carla Zambelli afirmou que "nada obstante o recebimento da denúncia, novamente irá requerer acesso a todas as mídias para que possa tomar amplo conhecimento desse material e submeter à perícia privada necessária para apresentação da sua defesa escrita".


"Reafirmando que tem a absoluta confiança de que a deputada não cometeu qualquer ilícito penal e tem certeza de que isso vai ficar comprovado durante o trâmite do processo", afirmam os advogados Daniel Bialski, Bruno Borragine, André Bialski e Daniela Woisky.


Voto do relator

Moraes pontuou que a acusação atende a requisitos processuais. Além disso, ressaltou que os crimes são contra o Poder Judiciário - por isso, ele permanece como relator do caso.


"Não há dúvida de que a inicial acusatória expôs, de forma clara e compreensível, todos os requisitos necessários para o pleno exercício do direito de defesa e recebimento da denúncia", afirmou.

O voto de Moraes foi seguido pelos quatro outros ministros da Primeira Turma: Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.



Julgamento

Nesta fase, os ministros analisam se a denúncia da PGR atende aos requisitos previstos na lei penal - se está de acordo com as exigências processuais e tem justa causa, ou seja, elementos mínimos para continuar a tramitar.


Ainda não há análise de mérito, ou seja, a verificação sobre se houve crime e se a pessoa deve ser condenada ou absolvida. Isso só vai ocorrer em outro julgamento depois da chamada instrução processual, que conta com a coleta de provas, depoimentos, interrogatórios (entenda mais abaixo a tramitação).


Na sessão desta terça, é possível a apresentação de argumentos pelas partes do processo por quinze minutos. Na sequência, o relator, ministro Alexandre de Moraes, deve apresentar seu voto. Devem votar ainda os outros participantes da Turma, a ministra Cármen Lúcia e os ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.


O caso

De acordo com a denúncia, a deputada comandou a invasão a sistemas usados pelo Poder Judiciário, com o objetivo de adulterar informações oficiais. Delgatti teria operado a ação ilegal a mando da parlamentar, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023.


Os dois teriam entrado de forma irregular em seis sistemas do Judiciário por 13 vezes. Além disso, inseriram nas ferramentas 16 documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes e ordens para quebra do seu sigilo bancário e bloqueio de bens.


Segundo a PGR, a intenção dos dois era "adulterar dados, tudo no intuito de prejudicar a administração do Judiciário, da Justiça e da credibilidade das instituições e gerar, com isso, vantagens de ordem política para a denunciada".


"Entre agosto e novembro de 2022, Carla Zambelli, ciente de que Walter Delgatti possuía conhecimento técnico e meios necessários para tanto, o abordou com a proposta de invasão a sistemas de elevado interesse público, oferecendo, em retorno pelo serviço prestado, a contratação formal para prestação de serviços relacionados à sua atividade parlamentar", relatou o MP.

"CARLA ZAMBELLl, diante da informação apresentada por WALTER DELGATTl de que seria viável a invasão ao sistema utilizado pelo CNJ, determinou a concretização da prática delituosa, que haveria de incluir a emissão de mandado de prisão do Ministro Alexandre de Moraes, como se ele mesmo estivesse determinando a própria prisão. A denunciada CARLA ZAMBELLl foi, ainda, responsável pela elaboração do texto a ser utilizado por WALTER DELGATTl na confecção do mandado fraudulento", completou.



A PGR propõe que eles respondam pelos seguintes crimes:


invasão a dispositivo informático (art. 154-A do Código Penal): consiste em "invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita". A pena é de um a quatro anos, e multa. Neste caso, a PGR pediu a aplicação de aumento de pena de 1/3 a 2/3, usada quando há prejuízo econômico pela ilegalidade.

falsidade ideológica (art. 299 do CP): consiste em "inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante". A pena é de um a cinco anos de prisão e multa.

Defesas

Quando a denúncia foi apresentada, a defesa de Zambelli divulgou nota em que diz que a própria investigação desmentiu a narrativa de Delgatti, e que irá demonstrar que ela não praticou as infrações penais.


"A defesa da Deputada Carla Zambelli recebeu com surpresa o oferecimento da denúncia em seu desfavor, já que inexiste qualquer prova efetiva que ela tivesse de alguma forma colaborado, instigado e ou incentivado o mitômano Walter Delgatti a praticar as ações que praticou. A narrativa dele acusando a Deputada e terceiras pessoas foi desmentida pela própria investigação, e a defesa irá exercer sua amplitude para demonstrar que ela não praticou as infrações penais pelas quais foi acusada", afirmou a nota.



Em nota nesta terça-feira, os advogados reforçaram que "a deputada não praticou qualquer ilicitude e confia no reconhecimento de sua inocência porque a prova investigação criminal evidenciou que inexistem elementos de que tenham contribuído, anuído e ou tomado ciência dos atos praticados pelo complicado".

Também quando a denúncia foi protocolada pela PGR, a defesa de Walter Delgatti afirmou que ele é réu confesso na invasão e, portanto, a denúncia não é uma surpresa.


"Walter é réu confesso na invasão do CNJ, portanto não é surpresa a denúncia em seu desfavor. Com relação a denúncia perpetrada a Carla Zambelli, só confirma que Walter falou a verdade", disseram os advogados.


Tramitação

Se o Supremo receber a denúncia, o processo penal é aberto. Se entender que o pedido não atende aos requisitos previstos na lei penal, a denúncia será rejeitada. É possível recorrer destas decisões.


Aberta a ação penal, será feita a instrução, com diligências, coleta de provas, depoimentos de testemunhas e interrogatórios dos réus.


A etapa seguinte é a apresentação de alegações finais pelas defesas dos acusados e pela Procuradoria-Geral da República.


Encerrada esta fase, o caso poderá ser julgado. Os acusados podem ser absolvidos ou condenados pelos crimes. Se houver condenação, o tribunal vai estabelecer o tempo de pena, analisando as circunstâncias individuais de cada réu. Da decisão de julgamento, também é possível recurso dentro da própria Corte.


Fonte: g1

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Moraes diz que big techs não podem continuar como 'terra de ninguém' e pede à ONU Declaração de Direitos Digitais

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, e ministros da Corte durante seminário sobre inteligência artificial — Foto: Kevin Lima/g1


O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse nesta terça-feira (21) que a Organização das Nações Unidas (ONU) deve liderar um esforço para elaboração de uma Declaração Universal de Direitos Digitais em defesa da democracia.


Em discurso na abertura de um seminário do TSE sobre inteligência artificial nas eleições, Moraes defendeu o texto nos moldes da já existente Declaração Universal dos Direitos Humanos, que serve de base para direitos fundamentais em países de todo mundo e se tornou um dos pilares da sociedade moderna.


Segundo ele, a declaração de direitos digitais funcionaria como uma cooperação internacional para combater o mau uso de redes sociais e ferramentas digitais, como a inteligência artificial (IA).



“Há pouco mais agora de 75 anos, a ONU proclamou a sua declaração de direitos. Há hoje uma necessidade também de uma discussão, do ponto de vista internacional, para que a ONU lidere uma declaração de direitos digitais em defesa da democracia”, disse o ministro


Para Alexandre Moraes, essa declaração universal seria uma forma de impedir que as chamadas big techs — gigantes de tecnologia mundial — continuem como “terra de ninguém” a nível global.


“Não podemos permitir que essas big techs, que atuam no mundo todo, continuem sendo terra de ninguém. Não podemos permitir que essas big techs sejam consideradas empresas de tecnologia. São empresas de publicidade, de mídia, de informação. E, como tais, devem ser responsabilizadas igual todas as demais”, declarou Moraes.

O ministro também voltou a defender a criação de regras para redes sociais no Brasil. Alexandre de Moraes avaliou que mecanismos legislativos são necessários para reprimir o uso das plataformas e da inteligência artificial na manipulação de resultados eleitorais.


“Além da educação, da prevenção e da preparação para o combate à utilização de inteligência artificial para propagar as fake news, as deepfakes, é importante também mecanismos administrativos, legislativos e judiciais para que nós possamos combater, de forma repressiva também, para que nós não deixemos que isso influencie nas eleições”, declarou.



Para o magistrado, a utilização da IA, "anabolizando as fake news", pode interferir no resultado de uma eleição.


"Porque até que aquilo seja desmentido, até que chegue a versão verdadeira a todo eleitorado, isso pode mudar milhares de votos. Consequentemente, pode fraudar o resultado da vontade popular. Nós não podemos permitir isso”, acrescentou Moraes.

'Terra digital'

Recém-eleita para comandar o TSE durante as eleições municipais de 2024, a ministra Cármen Lúcia disse, no evento, que é possível identificar e responsabilizar quem manipula o espaço virtual para "corroer" a democracia.


Para a ministra, a expressão “terra de ninguém” não deve ser aplicada ao ambiente digital. Em sua participação no seminário desta terça, a ministra afirmou ainda que o avanço da inteligência artificial sobre os pilares da democracia é um “tema que preocupa o mundo inteiro”, especialmente órgãos responsáveis por organizar eleições.


“Criaram uma terra digital, supranacional, atuando no planeta, e há, sim, alguém perfeitamente identificável que é dono dessas plataformas, que atua nessas plataformas, que atua nos algoritmos e faz com que eles atuam sobre a inteligência natural das pessoas, fazendo com que sejam mutiladas as liberdades e, dessa forma, corroídas as democracias”, afirmou Cármen Lúcia.

Regulamentação


A regulamentação das redes sociais e da IA é alvo de discussão no Congresso. No início deste ano, os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elencaram a medida como uma das prioridades das Casas em 2024.


Há uma discussão já avançada no Senado a respeito da inteligência artificial, sob a relatoria do senador Eduardo Gomes (PL-TO). Do lado dos deputados, um projeto, já aprovado pelos senadores, que estabelecia mecanismos de combate à disseminação de conteúdos ilícitos em redes sociais ficou travado.


Como saída, Lira decidiu criar um grupo de trabalho para reformular a proposta e abarcar a regulamentação das redes e da IA. A ideia é unificar o texto discutido por Gomes junto a normas de consenso para as big techs. Apesar do anúncio, o colegiado ainda não foi oficialmente criado.


Enquanto o debate não avança no Congresso, o TSE aprovou, em fevereiro, regras que podem levar à cassação de um candidato por uso irregular de IA.


A regra faz parte de um conjunto de 12 sugestões que foram analisadas pelo tribunal e que serão aplicadas nas eleições municipais de 2024.


Com relação à IA, o TSE decidiu que as campanhas eleitorais deverão obedecer às seguintes regras:


conteúdos manipulados por IA deverão ser identificados como tal;

chatbots e avatares para intermediar a comunicação da campanha devem ter uso limitado. Não poderá haver qualquer simulação de conversa do chatbots e avatar com candidato ou pessoa real;

proibição absoluta ao uso de deepfake. Esse termo, deepfake, se refere a conteúdo produzido por IA que reproduz falsamente voz e imagem de pessoas reais.


Fonte: g1
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Lula diz a prefeitos que governo vai renegociar dívidas de municípios e pede que eleições não causem perda da civilidade

Presidente Lula discursa na abertura da 25ª Marcha dos Prefeitos — Foto: CMN/Youtube/Reprodução


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (21) a renegociação de dívidas previdenciárias dos municípios – em meio à discussão sobre a desoneração da folha salarial deles – e pediu que as eleições municipais deste ano não causem a perda da civilidade entre adversários.


As declarações foram na abertura da 25ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), também estiveram na cerimônia.


Conhecido como "Marcha dos Prefeitos", o evento é organizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que tem expectativa de receber mais de 10 mil gestores até quinta-feira (23).



O presidente disse no evento que atendeu pedido da CNM e anunciou, além da renegociação das dívidas previdenciárias, a criação de novas regras para pagamento de precatórios.


"O governo apresentará novo prazo para financiamento de dívidas previdenciárias dos municípios com renegociação de juros e teto máximo de comprometimento da receita corrente líquida. O governo apresentará novas regras para pagamentos de precatórios, a fim de facilitar a liquidação dos mesmos, e aliviar as contas públicas dos municípios por meio de um teto máximo de comprometimento da receita corrente líquida do órgão", disse.


Civilidade


Lula não participou da abertura da marcha em 2023, quando foi representado por Alckmin. O petista faria uma viagem à China na ocasião, porém adiou o compromisso por orientação médica ao ser diagnosticado com broncopneumonia bacteriana e viral.



Nesta terça, o presidente foi recebido com vaias e aplausos, e pareceu incomodado (veja no vídeo acima). Em discurso, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, criticou as vaias a Lula.


"Eu já desde logo chamo muito atenção do plenário, que nesse plenário nos temos que primar pelo respeito as nossas autoridades. Não estamos aqui para disputa de direita, de centro, de esquerda, aqui estão os municípios do Brasil representado pelos prefeitos e prefeitas", afirmou.

"Peço encarecidamente ao plenário que aqui não haja vaia, aqui haja nada, nós estamos recebendo convidados e como tal eu tenho feito em todas as marchas quem acompanha sabe disso", continuou.


No discurso, Lula pediu civilidade na disputa eleitoral deste ano. "Não permitam que as eleições façam com que vocês percam a civilidade. Esse país está precisando de harmonia, muito mais de compreensão", disse.


Desoneração


Um dos principais temas tratados na véspera da marcha foi a contribuição previdenciária dos pequenos municípios.


Na semana passada, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciaram um acordo para manter, até o fim deste ano, a alíquota reduzida da contribuição previdenciária, de 8%, paga pelos pequenos municípios.


Haverá aumento gradual do imposto a partir de 2025. O Congresso votará um projeto de lei para que implementar o acordo.


Antes, a legislação determinava para as prefeituras a cobrança de 20% sobre os salários dos funcionários. No ano passado, os parlamentares aprovaram a redução para 8%, o que virou lei. Isso vale para cidades com até 156 mil habitantes.


No discurso nesta quinta, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, defendeu a alíquota previdenciária reduzida no salário dos funcionários das prefeituras e citou outros setores, como clubes de futebol e igrejas, com tributação inferior. "Por que nós, que prestamos serviço à sociedade, temos que pagar 22%?", disse.


O presidente da Câmara, Arthur Lira, também comentou o tema. Ele defendeu um "consenso" que permita, "de um lado que as prefeituras ganhem fôlego maior para poder se recuperar dos custos pós pandemia", e de outro, que o governo federal realize "o indispensável ajuste fiscal".


Lira disse ainda que leis "não são perfeitas", mas que a questão previdenciária no âmbito municipal é um problema "grave" que deve ser tratado com a participação do Congresso, de Lula, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e prefeitos.


Logo depois, o presidente da Câmara enviou um recado aos outros poderes.


"O que nós fizemos foi aprovar as leis, seguir o rito constitucional, ter ou não o seguimento de todo processo legislativo terminado. [...] O que não aceitamos é a imposição de nenhuma vontade de um poder sobre o outro. A Câmara é a casa do povo, qualquer projeto é discutido com a sociedade. Os setores são ouvidos, os partidos opinam e depois que opinam as leis são votadas, sancionadas e merecem ser respeitadas", disse.


Fonte: g1

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PF prende 18 pessoas em operação contra PMs da Bahia e Pernambuco suspeitos de venda de armas e munições ilegais para facções

Durante a operação são cumpridos 20 mandados de prisão e 33 de busca a apreensão. — Foto: Divulgação/PF


Dezoito pessoas foram presas e uma foi baleada na manhã desta terça-feira (21), na Bahia, Pernambuco e Alagoas, durante uma operação da Polícia Federal, que investiga policiais militares da Bahia e Pernambuco, CACs e lojistas suspeitos de integrar uma organização especializada em vender armas e munições ilegais para facções criminosas.


👉 Para a operação, foram determinados o cumprimento de 20 mandados de prisão e 33 de busca a apreensão.


A pessoa baleada foi identificada como Diego do Carmo dos Santos. O confronto aconteceu no bairro São Gonçalo do Retiro, em Salvador.


As investigações apontaram que Diego do Carmo fez 16 encomendas aos investigados. A primeira delas ocorreu em 14 de fevereiro de 2022 e a última, em 6 de junho de 2023, ou seja, um período de cerca de 16 meses.


Na operação desta terça, foram apreendidas ao menos 20 armas de fogo (a maioria pistolas 9 mm) e milhares de munições, de todos os tipos, incluindo de fuzil.


Em uma casa em Salvador, a força tarefa encontrou mais de 400 munições de fuzil. O dono do arsenal ilegal foi preso agora em Petrolina.


Segundo fontes da força tarefa, também foram apreendidos dezenas de celulares e computadores. O material vai passar por perícia, para permitir identificar mais suspeitos de integrar o esquema criminoso de desvio de armas para facções criminosas.


Quem participou da operação:


A ação integrada é feita pela PF e Ministério Público da Bahia;

A operação conta com apoio da Polícia Civil da Bahia, as polícias Militar da Bahia e de Pernambuco, além do Exército Brasileiro.


Investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. — Foto: Divulagção/PF



Segundo a Polícia Federal, desde as primeiras horas da manhã, cerca de 325 policiais cumprem os mandados em desfavor de agentes de segurança pública, CACs, empresários e lojas de comercialização de armas de fogo, munições e acessórios.


Veja abaixo as cidades em que ocorrem o cumprimento dos mandados:


Juazeiro (BA);

Salvador (BA);

Santo Antônio de Jesus (BA);

Porto Seguro (BA);

Lauro de Freitas (BA);

Petrolina (PE);

Arapiraca (AL).


Foi determinado, ainda, o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas, localizadas em Juazeiro, Petrolina e Arapiraca, que comercializavam material bélico de forma irregular.


Durante a deflagração da operação, o Exército Brasileiro fiscalizou outras lojas que vendem armas, munições e acessórios controlados nos municípios de Juazeiro, no norte da Bahia, e Petrolina, no sertão de Pernambuco.


Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com penas somadas que podem chegar a 35 anos de reclusão.


A operação foi denominada "Fogo Amigo". — Foto: Divulgação/PF


A operação foi denominada "Fogo Amigo". De acordo com a PF, o nome faz alusão ao fato de que os policiais integrantes da organização criminosa vendem armas e munições de forma ilegal para criminosos faccionados e que acabam sendo utilizadas contras os próprios órgãos de segurança pública.


A Polícia Federal informou que o caso continuará a ser investigado, na tentativa de descobrir a real amplitude da suposta organização criminosa e identificar outros integrantes.


Fonte: g1

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