sexta-feira, outubro 22, 2021
Dois terços dos reajustes salariais no Brasil ficam abaixo da inflação em setembro; veja índices por setor
Dois terços dos reajustes salariais negociados em acordos e em convenções coletivas ficaram abaixo da inflação em setembro, segundo o boletim Salariômetro, divulgado nesta sexta-feira (22) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Isso significa que apenas 9,5% das negociações trabalhistas resultaram em ganhos reais (acima da inflação) e 23,5%, em ganhos iguais ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Entre os setores que conseguiram reajuste acima da inflação estão gráficas e editoras e artefatos de borracha. Ambas registraram um aumento real de 0,1% (veja tabela abaixo).
Segundo Hélio Zylberstajn, professor sênior da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), a inflação no país está tão alta que por mais que o trabalhador consiga um reajuste salarial, está cada vez mais difícil conseguir um percentual suficiente para alcançá-la.
"A perda salarial durante as negociações se deve a dois fatores: a desocupação que tira o poder de barganha do trabalhador e a inflação que corrói os salários. É o pior dos mundos", explica o professor, que coordena o boletim.
Zylberstajn afirma também que, em um contexto de crise econômica e alto índice de desemprego, os sindicatos não têm força para fazer greve, tampouco para reivindicar condições melhores para os trabalhadores.
Neste caso, funciona a regra da oferta e demanda: quando mais profissionais buscam emprego, piores são as condições oferecidas também aos que já estão trabalhando.
Para o próximo ano, o coordenador da pesquisa prevê um cenário conturbado até o fim do primeiro trimestre, uma vez que as previsões para a inflação continuam altas até março. A virada do jogo depende, segundo ele, da estabilidade política e econômica do país.
Em setembro, o reajuste mediano negociado foi de 8%, enquanto o INPC no acumulado de 12 meses ficou em 10,4%. O piso salarial mediano foi de R$ 1.255 em setembro, enquanto o piso médio foi de R$ 1.396.
Para o próximo ano, o coordenador da pesquisa prevê um cenário conturbado até o fim do primeiro trimestre, uma vez que as previsões para a inflação continuam altas até março. A virado do jogo depende, segundo ele, da estabilidade política e econômica do país.
Fonte: g1
Alec Baldwin disparou arma que matou diretora de fotografia durante gravações de filme, diz polícia
O ator Alec Baldwin disparou a arma que matou uma mulher e deixou um ferido no set do filme "Rust" nesta quinta-feira (21) no estado americano do Novo México, informou o gabinete do xerife do condado de Santa Fé.
"O gabinete confirma que os dois indivíduos baleados no set de 'Rust' foram a diretora de fotografia Halyna Hutchins, 42, e o diretor do filme, Joel Souza, 48, atingidos quando uma arma cenográfica foi disparada pelo ator e produtor Alec Baldwin", detalha o comunicado.
O incidente está sendo investigado pelas autoridades.
De acordo com a polícia, o disparo aconteceu durante uma cena, mas ainda não se sabe se era um ensaio ou uma gravação. Testemunhas estão sendo interrogadas.
O jornal "New York Times" procurou representantes do ator e da produção, mas não recebeu resposta.
Hutchins foi levada de helicóptero a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
"Detetives estão investigando como e que tipo de munição foi disparado", afirmou a polícia.
De acordo com fontes do site especializado Deadline, Souza foi atingido no ombro. Já Hutchins foi levada ao hospital para passar por uma cirurgia no estômago.
A produção de "Rust" foi paralisada.
O filme de velho oeste estrelado e produzido por Baldwin ("Missão: Impossível - Efeito fallout") tem no elenco ainda Jensen Ackles ("Supernatural") e Travis Fimmel ("Vikings").
Halyna Hutchins
Com 42 anos, Halyna Hutchins era diretora de fotografia. Ela tinha créditos em curtas, produções na TV e em filmes desde 2012, segundo o site IMDb.
De acordo com seu site profissional, Hutchins nasceu na Ucrânia e cresceu em uma base militar soviética no Circulo Polar Ártico. Ela estudou jornalismo em seu país e cinema em Los Angeles.
Como diretora de fotografia, listava trabalhos em filmes como "Archenemy" (2020), com Joe Manganiello, "Blindfire" (2020) e "The Mad Hatter" (2021).
Na terça-feira (19), dois dias antes do incidente, ela publicou um vídeo em seu perfil no Instagram falando sobre o trabalho em "Rust".
"Um dos benefícios de gravar um filme de velho oeste é que você pode andar a cavalo na sua folga", escreveu.
Fonte: g1