quarta-feira, outubro 21, 2020

Considerado um dos maiores assantantes de banco do RN, João da Besta morre em confronto com a PM em Umarizal no Oeste Potigtuar

 João Alves Nunes, também conhecido como “João da Besta”, considerado um dos maiores assaltantes de banco do Rio Grande do Norte morreu durante confronto com policiais militares, ocorrido no final da manhã, inicio da tarde desta quarta feira  21 de outubro de 2020 na cidade de Umarizal, no Oeste potiguar.




De acordo com informações do major  Brilhante o confronto aconteceu no Sítio Murici, zona rural daquela município após João da Besta reagir a uma abordagem policial, atirando contra as guarnições que foram ao local averiguar uma denuncia. Houve revide e na troca de tiros, o criminoso acabou sendo baleado e socorrido pelos próprios policiais, para o hospital da cidade, porém ele não resistiu.


Com João da Besta, os policiais apreenderam um revólver, munições deflagradas e uma pequena porção de drogas. O material foi apresentado na Delegacia Regional de Polícia Civil de Umarizal, para os procedimentos cabíveis. O corpo deverá ser encaminhado por uma funerária para a unidade do ITEP em Mossoró, onde será examinado.


João da Besta chegou a ser preso em São Paulo, no ano de 2010 depois que seu grupo foi desmantelado pela polícia do Rio Grande do Norte e ter fugido  para a capital paulista. O criminoso também era apontado como autor da morte do capitão do Exército Francisco de Assis da Fonseca Melo, de 58 anos, assassinado em julho de 2008, em Martins na região do Alto Oeste Potiguar.


Fazendo upload: 743424 de 758785 bytes.




Fonte: Fim da Linha

Leia Mais ››

Área com seca aumenta para 33%, mas RN tem melhor condição do país em setembro

O Rio Grande do Norte teve um aumento e atingiu 33,54% do seu território com área de seca fraca. O dado é do Mapa de Secas, ferramenta coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que foi divulgado nesta quarta-feira (21). Esse número no mês de agosto era de 14,57%.


Áreas atingidas com fenômeno aumentaram no país, segundo monitor — Foto: Monitor de Secas


Os 33,54% atingidos representam o maior número de área com seca no estado desde o mês de maio, quando chegado à marca de 42,56%. O aumento de agosto para setembro foi considerado "significativo" pela agência.


Apesar da expansão do fenômeno, o RN registrou a melhor condição de seca do Brasil neste mês de setembro, segundo a ANA. Ou seja, o estado tem a menor área atingida entre os estados monitorados e, além disso, a seca que atinge o território é somente a de intensidade fraca.


De acordo com a análise do Mapa de Secas, o avanço da seca fraca aconteceu na região central do território potiguar e os impactos serão de curto e longo prazo nas regiões Seridó e Borborema. Nos demais locais, serão apenas curto prazo.


O grau de severidade da seca no estado segue estável. Em outras 12 federações, houve o agravamento.


Segundo a ANA, setembro é climatologicamente seco em grande parte do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Tocantins e as chuvas são inferiores a 30mm na maior parte dos estados nordestinos, norte de Minas Gerais, nordeste de Goiás, leste de Tocantins, Distrito Federal e centro-norte de Mato Grosso do Sul.



Aumento no Brasil

Além do RN, 14 das 19 federações monitoradas apresentaram aumento das áreas de seca: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins. A redução de áreas com o fenômeno aconteceu somente no Rio Grande do Sul.


Já Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina passam por forte seca permaneceram com 100% de seus territórios com o fenômeno. A Bahia se manteve no patamar de 68% de sua área com seca.


O grau de severidade da seca aumentou em Alagoas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Tocantins e se manteve em Ceará, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além do RN. Nesse quesito, o Rio Grande do Sul foi o único estado do Mapa do Monitor a ter melhora na severidade do fenômeno.


A situação de seca mais severa registrada em setembro – seca extrema – aconteceu em Mato Grosso do Sul (24,08% de seu território), Paraná (8,6%) e Minas Gerais (2,92%).


Monitor de Secas

O Monitor de Secas realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e ou longo prazo desde 2014. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca


O projeto é coordenado pela ANA, com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.


Fonte: G1

Leia Mais ››

RN registra 79.326 casos confirmados e 2.556 mortes por Covid-19

O Rio Grande do Norte soma 79.326 casos confirmados e 2.556 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. Os dados estão no boletim epidemiológico da doença e foram divulgados pela Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap) nesta quarta-feira (21). Além disso, 323 óbitos ainda seguem sob investigação.


Em comparação com o boletim do dia anterior, quarta-feira (20), o estado tem 622 novos casos e três mortes a mais, sendo uma nas últimas 24 horas.


O boletim também aponta que os casos suspeitos subiram para 24.958 e os casos descartados são 185.573. O número de confirmados recuperados se manteve em 43.148 e o de inconclusivos, tratados como "Síndrome Gripal não especificada", também segue em 67.452.


Segundo a Sesap, atualmente 181 pessoas estão internadas por causa da Covid-19 no estado, sendo 145 na rede pública e 36 na rede privada. A taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 37,03% na rede pública e de 9,1% na rede privada.


O boletim da pasta aponta que o RN segue ainda com 253.621 testes feitos para coronavírus, sendo 148.018 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 105.603 sorológicos.


Números do coronavírus no RN

79.326 casos confirmados

2.556 mortes

43.148 confirmados recuperados

24.958 casos suspeitos

185.573 casos descartados


Fazendo upload: 689146 de 689146 bytes.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Secretaria de Saúde emite nota técnica para investigação de possíveis casos de reinfecção por Covid-19 no RN

A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte emitiu uma nota técnica para prefeituras, e instituições de saúde públicas e privadas do estado para investigação de possíveis casos de reinfecção por Covid-19 no estado. De acordo com o governo, porém, não há nenhum caso registrado desde o início da pandemia, no RN.


Fazendo upload: 951105 de 951105 bytes.
Material de realização de teste RT-PCR, que detecta o novo coronavírus — Foto: Breno Esaki/Agência Saúde


O documento, publicado nesta terça-feira (20), determina como deve ser o fluxo de notificação de possíveis casos. De acordo com a recomendação, os exames deverão ser refeitos em pacientes que voltarem a apresentar sintomas de síndrome gripal depois de 60 dias após o primeiro teste positivo.


A Sesap também proíbe o descarte de amostras de sangue que tiveram resultado positivo para o coronavírus. De acordo com o Estado, os laboratórios da rede pública e privada devem armazenar as amostras por tempo indeterminado.


Mesmo a pandemia tendo sido decretada em março, apenas em 24 de agosto, em Hong Kong, houve a confirmação de um caso de reinfecção pelo SARS-CoV2 em um indivíduo assintomático, 4 meses e meio após o primeiro episódio sintomático de Covid-19.


De acordo com o governo do estado, a confirmação foi realizada após os pesquisadores sequenciarem o genoma das duas amostras virais que infectaram o indivíduo e detectaram que o vírus da segunda infecção era diferente da primeira, confirmando assim a possibilidade de reinfecção pelo SARS-CoV2.



De acordo com Alessandra Lucchesi, subcoordenadora da Vigilância Epidemiológica do RN, diante dessa nova perspectiva, recomenda-se o acompanhamento de pacientes Covid-19 por tempo prolongado independente da diminuição dos sintomas.


“Até 90 dias após a primeira infecção é possível encontrar fragmento viral na naso e orofaringe do paciente. Como até o presente momento nenhum paciente positivou em RT-PCR após 90 dias da data da primeira confirmação de infecção, optamos por ampliar a sensibilidade da rede de vigilância no RN com a investigação de possíveis casos”, esclarece Alessandra Lucchesi.


Por isso, qualquer paciente que tenha o teste RT-PCR positivo numa primeira infecção e que após 60 dias apresente qualquer sintoma de síndrome gripal será investigado para possível caso de reinfecção.


“Esse procedimento só será válido com pacientes que apresentem o diagnóstico com a RT-PCR. Essa investigação consiste na análise tanto dos aspectos clínicos, quanto do genoma do vírus, ou seja da estrutura genética do vírus, para que a gente consiga identificar uma possível reinfecção”, finaliza a subcoordenadora.


Investigação

De acordo com a Sesap, a investigação só terá andamento à investigação se for verificado resultado posivo para SARS-CoV2 na segunda amostra coletada.


"As amostras da primeira e segunda testagem devem ser separadas, caso essas amostras não estejam localizadas no LACEN (Laboratório Central do Estado) serão requisitadas aos laboratórios privados pelos municípios de residência dos referidos pacientes, de modo que essas deverão ser encaminhadas ao LACEN em até 1 dia últil após o atesto do recebimento da requisição, seguindo as normativas já existentes para correto transporte e armazenamento", diz a nota.


O Laboratório Central deverá fazer a reavaliação das duas amostras e caso ambas sejam confirmadas positivas novamente, elas serão enviadas a um laboratório de referência para ser realizado o sequenciamento do genoma viral e analise comparava dos mesmos. A partir disso, os pesquisadores dirão se houve uma reinfecção ou a reativação da doença.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Preço do gás de cozinha tem aumento médio de R$ 3 a partir desta quarta-feira (21) no RN, diz sindicato

O preço do gás de cozinha terá um aumento de 5% a partir desta quarta-feira (21) e poderá chegar a R$ 78 no Rio Grande do Norte, de acordo com o Sindicato dos Revendedores Autorizados de Gás Liquefeito de Petróleo (Singás-RN).


Botijões de gás de cozinha. — Foto: Reprodução/EPTV


A medida foi informada pela entidade após a Petrobras anunciar reajuste no preço do produto, para as distribuidoras, pela sétima vez desde maio.


O aumento deve representar acréscimo de até R$ 3 no preço final ao consumidor, segundo a entidade. Com isso, o preço do botijão do Gás Liquefeito do Petróleo (GLP), usado nas residências em botijões de 13 quilos, vai passar a custar de R$ 75 a R$ 78.


“Não houve aumento de salário, nem da matéria-prima. O único aumento que houve foi da margem da Petrobras”, disse o presidente do Singás-RN, Francisco Santos.


O último reajuste foi anunciado no mês de agosto, quando houve um aumento de 5,4% no preço aos revendedores e cerca de R$ 3 a R$ 3,50 no preço final.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Auditores apreendem 3 kg de peças de ouro avaliadas em R$ 1,2 milhão no RN; cargas irregulares somam R$ 4 milhões em outubro

Auditores fiscais do Rio Grande do Norte apreenderam 3 quilos em peças de ouro, avaliadas em R$ 1,2 milhão e transportadas de forma irregular no Aeroporto de Natal, no último fim de semana. Somado a outras 200 cargas apreendidas, somente em outubro, o estado já recolheu produtos avaliados em R$ 4,1 milhões.


Peças de ouro sem nota fiscal apreendidas no Aeroporto de Natal foram avaliadas em R$ 1,2 milhão — Foto: SET/Divulgação


De acordo com a Secretaria de Tributação, as ações recuperaram cerca de R$ 1,4 milhão em impostos que seriam sonegados.


A ação dos auditores fiscais do Estado e da Receita Federal nos setores alfandegário e de desembarque do aeroporto, interceptaram, no último domingo (18), bagagens na área de vôos domésticos que tinham itens sem notas fiscais e que entrariam no Rio Grande do Norte disfarçados entre objetos de uso pessoal.


Entre os produtos, chamaram a atenção dos fiscais três quilos de acessórios em ouro, que estavam em uma das malas de um passageiro. A apreensão só foi divulgada nesta quarta (21).


Produtos transportados dentro de ônibus sem nota fiscal foram apreendidos também no fim de semana — Foto: SET/Divulgação


De acordo com a Secretaria de Tributação, o material estava sem a comprovação de compra e sem as notas de pagamento dos impostos – uma sonegação superior a R$ 530 mil, entre tributo devido e multas. Os objetos foram apreendidos e levados ao depósito do Fisco Estadual.



Rodovias

O fim de semana passado também teve apreensões nas rodovias que cortam o estado - com destaque para as BR-304 (na altura de Mossoró) e BR-101 (entre o RN e a PB), onde foram retidas centenas de mercadorias irregulares, que totalizaram R$ 1 milhão sem a documentação legal.


Uma das cargas detidas foi uma com vários fardos de roupas e artigos de confecção que estavam sendo transportados no interior (fora do bagageiro) de um ônibus. De acordo com a SET, isso seria um disfarce para driblar a ação os auditores.


De acordo com o subcoordenador de Fiscalização de Mercadorias em Trânsito e Itinerância Fiscal da SET-RN, Marcos Medeiros, as equipes também promoveram no período uma operação de fiscalização às transportadoras e centros de distribuição dos Correios instalados no RN, um trabalho que já é feito rotineiramente, mas que foi intensificado.


A proposta foi averiguar as encomendas compradas em plataformas e sites de vendas pela internet sem a existência de documentação. Esses objetos obrigatoriamente precisam ser comprados com a exigência de nota fiscal para, inclusive o consumidor não correr o risco de ter a mercadoria detida.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Cachorro é encontrado em meio ao lixo dentro de sacola em terreno baldio no interior do RN

Um cachorro foi encontrado na manhã desta segunda-feira (19) em meio ao lixo em um terreno baldio, no bairro Boa Passagem, em Caicó. Uma mulher afirma que foi colocar ração para alguns gatos no local, quando achou o animal dentro de um saco, jogado em um container de lixo.


Cachorro é encontrado vivo dentro de sacola em terreno baldio em Caicó — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca


Assim que encontrou o cachorro, ela gravou um vídeo relatando o que viu. “Eu escutei um gemido. Eu não sei se ele foi atropelado. Ele está gemendo de dor, com muito frio. Ele estava dentro dessa sacola. Eu consegui tirar a sacola do corpo, mas ele não está deixando eu tirar do pescoço. Faço um apelo, um pedido de ajuda, pelo amor de Deus”, relata.


A Associação Caicoense de Proteção aos Animais e Meio Ambiente (ACAPAM) foi até o local e resgatou o cachorro, que está recebendo tratamento em uma clínica veterinária da cidade.


A Inter TV entrou em contato com a clínica e foi confirmado que o animal está internado e estável. De acordo com a médica veterinária que acompanha o caso, o cachorro deu entrada na clínica apresentando muita dor, desidratado e com infecção.


Cachorro foi resgatado por ONG — Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca


Fonte: G1

Leia Mais ››

Adolescentes são apreendidos após incêndio destruir sala de aula de escola da Grande Natal; um é ex-aluno

Um incêndio destruiu uma sala de aula de uma escola em uma escola em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal. Livros e carteiras escolares ficaram destruídos. O caso aconteceu no final da tarde desta terça-feira (20). Dois adolescentes foram apreendidos e levados à delegacia por suspeita de terem iniciado o fogo.


Incêndio atinge sala de aula em escola da Grande Natal — Foto: Reprodução


O caso aconteceu no Centro Municipal de Ensino Fundamental Dom Joaquim Almeida, que funciona em tempo integral, no centro de São Gonçalo do Amarante. A Guarda Municipal atendeu a ocorrência e acionou o Corpo de Bombeiros.


Incêndio destruiu sala de aula em escola de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal — Foto: Cedida


De acordo com a Guarda Municipal, vizinhos viram o momento em que dois rapazes pularam o muro da escola e relataram à equipe. Os adolescentes de 14 e 15 anos foram apreendidos no momento em que voltaram ao local para ver o combate ao incêndio e foram reconhecidos por uma testemunha.



Os adolescentes confessaram que começaram o fogo, mas disseram que foi por acidente. Ainda de acordo com a Guarda Municipal, a escola já havia sido arrombada e vandalizada no dia anterior.


Livros foram atingidos pelo fogo durante incêndio em escola na região metropolitana de Natal — Foto: Cedida


De acordo com a escola, um dos adolescentes é ex-aluno da instituição. A diretora Lidiana Venceslau lamentou a ocorrência, disse que a escola é modelo e que muitas pessoas desejam uma vaga ali, por ser uma escola de tempo integral.


"A gente procura oferecer o melhor. E saber que uma criança que foi nosso aluno veio cometer algo do tipo, a gente se entristece", disse.


Guarda Municipal foi acionada e apreendeu adolescentes em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal — Foto: Cedida


Fonte: G1

Leia Mais ››

Comissão do Senado aprova indicação de Kassio Marques para vaga no STF

 A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21), por 22 votos a 5, a indicação do desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).


Desembargador Kassio Marques, indicado por Bolsonaro para o STF, durante sabatina na CCJ do Senado — Foto: Mateus Bonomi/AGIF - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo


Com a aprovação, cabe ao plenário do Senado votar a indicação – o que deve acontecer ainda nesta quarta. Marques foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a vaga aberta depois da aposentadoria do ministro Celso de Mello.


Durante esta quarta, o indicado foi submetido a uma sabatina pela CCJ. A sessão começou pouco depois das 8h e se estendeu por quase dez horas.


'Centrão'

A escolha do desembargador contou com apoio de políticos de partidos do bloco partidário conhecido na Câmara por "Centrão".


Um dos políticos que apoiou a indicação foi Ciro Nogueira (PP-PI), senador eleito pelo Piauí, estado natal do desembargador.


Marques também teve o aval dos ministros do STF Dias Toffoli e Gilmar Mendes, que costumam ser alvo de críticas de apoiadores de Bolsonaro.


Alguns pontos da sabatina

O desembargador foi sabatinado por quase dez horas na CCJ do Senado. Na exposição inicial, Marques citou a Bíblia e se defendeu das acusações de plágio em uma dissertação de mestrado.


Ao ser questionado sobre aborto, ele também disse ser “defensor do direito à vida”, sinalizando posição contrária à prática.


Kassio Marques disse ainda que não tem por hábito julgar recursos sozinho.


“Sempre prestigio o colegiado e tal postura está inscrita nos meus quase dez anos de Tribunal Regional Federal”, afirmou.


Quem é Kassio Marques

Kassio Nunes Marques tem 48 anos e, desde 2011, atua no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília. Foi escolhido para o tribunal pela então presidente Dilma Rousseff e ingressou na Corte na cota de vagas para profissionais oriundos da advocacia.


Natural de Teresina (PI), Kassio Marques foi advogado por 15 anos, fez parte da Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Piauí e também foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do estado.


Marques foi a primeira indicação de Bolsonaro para o STF. O nome do desembargador não constava em listas de possíveis indicados e foi alvo de críticas entre apoiadores do presidente.


Bolsonaro optou por não indicar neste momento um ministro "terrivelmente evangélico", como havia prometido. Diante de críticas, ele tem repetido que o desembargador é um jurista conservador.


Fonte: G1

Leia Mais ››

Trump abandona entrevista para o programa '60 Minutos' e ataca apresentadora

O presidente dos Estados Unidos e candidato republicano à reeleição, Donald Trump, encerrou uma entrevista para o programa "60 Minutos", um dos mais importantes da televisão norte-americana, atacou a apresentadora, Lesley Stahl, e afirmou que está considerando publicar a entrevista antes de ela ir ao ar na televisão.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante comício no Pitt-Greenville Airport, em Greenville, na Carolina do Norte, na quinta-feira (15) — Foto: AP Photo/Evan Vucci


A entrevista foi gravada na segunda-feira (19), para ser exibida no domingo (25). Na noite desta terça-feira (20), Trump afirmou em uma rede social que estava pensando em publicar a entrevista antes de ela ir ao ar no canal CBS "para fins de precisão" e "para que todos possam vislumbrar como a entrevista foi falsa e enviesada".


A duas semanas das eleições - marcadas para 3 de novembro - e atrás do candidato democrata, Joe Biden, nas pesquisas, Trump iniciou uma ofensiva. Nos últimos dias, atacou Biden, a comissão de debates presidenciais e até Anthony Fauci, principal epidemiologista do país e conselheiro dos últimos seis presidentes americanos, inclusive do próprio Trump (veja mais ao final da reportagem).



No domingo, o presidente dos EUA interrompeu a entrevista na Casa Branca após cerca de 45 minutos e afirmou à equipe do canal de televisão CBS que acreditava que eles já tinham material suficiente, segundo o jornal "The New York Times" e a CNN.


Trump também se recusou a participar do segmento "walk and talk" do programa ("caminhar e conversar", em tradução livre), em que andaria pela Casa Branca ao lado do seu vice-presidente, Mike Pence, e da apresentadora.


Vídeo de apresentadora na Casa Branca

O presidente também publicou em rede social um vídeo de 6 segundos da entrevistadora, Lesley Stahl, em ela aparece conversando sem máscara com duas pessoas que usam o acessório dentro da Casa Branca. No post, Trump destacou que a entrevistadora estava sem máscara no vídeo e escreveu que há "muito mais por vir".


Uma fonte afirmou à CNN que o vídeo foi feito logo após a entrevista ser encerrada e que Lesley Stahl usou uma máscara desde o momento em que entrou na Casa Branca até o início da gravação.


Nesta terça-feira, em um comício na Pensilvânia, Trump disse a apoiadores que eles "tinham de assistir o que nós fizemos no '60 Minutos'". "Vocês vão se divertir muito com isso. Lesley Stahl não vai ficar feliz".


Entrevista com Biden

O candidato democrata, Joe Biden, e a senadora da Califórnia Kamala Harris, sua candidata a vice, também foram entrevistados pelo "60 Minutos". A previsão era que todas as entrevistas fossem ao ar no mesmo programa, no domingo.


Enquanto Biden e Harris gravaram suas entrevistas separadamente, Trump e Pence apareceriam juntos, como fizeram quatro anos atrás. Mas, após encerrar a entrevista, o presidente dos EUA não voltou para a gravação com Pence.


A entrevista com Biden foi feita pelo âncora do programa "CBS Evening News", Norah O’Donnell. O candidato democrata não se pronunciou até o momento sobre a entrevista.



Trump no ataque

Como parte das ofensivas da campanha presidencial, o presidente dos EUA tenta ressuscitar suspeitas sobre Hunter Biden, filho de Joe Biden, e ligá-lo a negócios na Ucrânia e na China quando seu pai era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017).


O republicano também criticou a organização dos debates presidenciais nos EUA, que anunciou que vai cortar os microfones dos candidatos enquanto o adversário fala no próximo encontro. A medida foi tomada após críticas pelas interrupções do primeiro embate.


Na segunda, Trump chamou de "desastre" o Dr. Anthony Fauci, conselheiro de saúde de seis presidentes americanos e o principal epidemiologista do país, e se referiu ao especialista e outras autoridades de saúde como idiotas.


Fauci é o maior especialista em doenças infecciosas dos EUA e trabalhou diretamente com Ronald Reagan, George H.W. Bush, Bill Clinton, George W. Bush, Barack Obama e o próprio Trump.


O último presidente americano que não conseguiu se reeleger foi o também republicano George H.W. Bush, pai de George W. Bush.


Tentativas de desacreditar a imprensa

A entrevista de Trump para Lesley Stahl foi a terceira concedida à apresentadora. Além de 2016, quando ainda era candidato, o presidente americano conversou com a jornalista em outubro de 2018, também na Casa Branca.


A entrevistadora já disse no passado que Trump lhe confessou em 2016 que os ataques à imprensa eram uma estratégia. O então candidato à presidência dos EUA afirmou, em uma conversa não-gravada, que os ataques visavam desacreditar as histórias negativas sobre ele.


Segundo Stahl, Trump lhe disse: "Você sabe por que eu faço isso? Eu faço isso para desacreditar e rebaixar todos vocês, então, quando vocês escreverem histórias negativas sobre mim, ninguém vai acreditar em vocês".


Fonte: G1

Leia Mais ››

Ministro da Saúde disse que governo só cancelaria compra de 6 milhões de doses da vacina chinesa, afirma secretário de SP

Fazendo upload: 171115 de 171115 bytes.


O secretário da Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse na manhã desta quarta-feira (21) que o governo federal cancelaria o investimento de apenas 6 milhões das 46 milhões de doses da CoronaVac prometidas na última terça-feira (20), durante uma reunião em que estavam presentes 24 governadores.


De acordo com Gorinchteyn, a conversa ocorreu por telefone às 9h, de forma amistosa, e durou cerca de dez minutos, pouco antes de o presidente Jair Bolsonaro anunciar que não iria adquirir a CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

O secretário concedeu entrevista à GloboNews. Assista no vídeo acima.


Segundo Gorinchteyn, Pazuello disse que estava sabendo da intenção de Bolsonaro, mas explicou que a negativa de aquisição só se aplicaria às seis milhões de doses que já viriam prontas da China.


“O que deu a entender é que os seis milhões de doses da vacina do Butantan que viriam da China, esses não seriam adquiridos, apenas os 40 milhões. Isso é o que deu para entender. Mas queremos entender melhor essas tratativas", afirmou.

O secretário afirmou à TV Globo que a importação das 6 milhões de doses e o envase das outras 40 milhões estão mantidos e que o Butantan vai atrás de outros parceiros.



Na terça-feira (20), o Ministério da Saúde havia anunciado a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac e a inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunização (PNI). Destas, 6 milhões viriam prontas da China, e o restante receberia matéria-prima chinesa, mas seria envasado no Instituto Butantan. Com isso, o governo federal deveria editar uma nova Medida Provisória para disponibilizar R$ 2,6 bilhões até janeiro.


No entanto, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em sua página no Facebook nesta quarta-feira (21) que o Brasil não irá comprar "a vacina da China".


Gorinchteyn disse que o governo de São Paulo "recebeu com imenso espanto" o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do Ministério da Saúde de não adquirir a CoronaVac.


"Recebemos com imenso espanto. A vacina é um direito da população, e é a única maneira que temos de evitar que tantas pessoas continuem morrendo. O governo do estado de São Paulo irá, assim que aprovado pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], fornecer aos brasileiros a vacina", disse Gorinchteyn em entrevista ao G1.


Após a postagem de Bolsonaro, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, negou, durante um pronunciamento, a intenção do governo federal de adquirir o imunizante.


"Não houve qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo ou seu governador no sentido de aquisição de vacinas contra Covid-19", disse Franco. "Tratou-se de um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante. Não há intenção de compra de vacinas chinesas", acrescentou o secretário.


Ainda de acordo com Gorinchteyn, o governo paulista, que está em Brasília e tem agenda com representantes da Anvisa mantidas, foi "pego de surpresa" com a mudança de discurso em menos de 24 horas.


“Fomos pegos de surpresa por uma coisa que estava muito certa, pela fala do ministro, pelas colocações de todos os secretários, do Ministério. Isso fez com que todos ali parabenizassem o ministro pela condução, todos os governadores, os secretários, os representantes do Conass [Conselho de secretários de Saúde]. Ficou claro que estava tudo muito bem. Então, foi uma vitória do Brasil naquele momento”, comentou o secretário de Saúde de SP.


Questionado sobre se a posição do governo federal pode atrapalhar o processo de aprovação da CoronaVac na Anvisa, o secretário disse confiar que não. "A Anvisa é um órgão muito técnico e ético. Sempre se pautou nesses pilares. Então não tenho dúvida que não teremos nenhum impasse nesse sentido".


Nas postagens, o presidente também escreveu que, antes de ser disponibilizada à população, a imunização deve ser "comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa".


Mas, ao anunciar o acordo na terça-feira, o próprio Ministério da Saúde informou que, para que a imunização tenha início, as vacinas – tanto a da Sinovac como a de Oxford, que já teve intenção de compra anunciada pelo governo federal – "devem ser liberadas pela Anvisa e ter eficácia e segurança garantidas".


Assim como as demais vacinas testadas no Brasil, a CoronaVac está em fase de testes e sua eficácia ainda precisa ser comprovada antes que o uso seja liberado pela Anvisa. Nos testes, são aplicadas duas doses do imunizante por voluntário.


Reuniões com os estados

O anúncio de que o Ministério da Saúde compraria 46 milhões de doses da CoronaVac veio após uma reunião em que participaram 24 governadores, incluindo o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.


Após o encontro, o ministro Pazuello disse que quando a vacina fosse aprovada, as doses seriam distribuídas a todo o Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que há décadas é responsável por campanhas nacionais de vacinação.


“O Butantan já é o grande fabricante de vacinas para o Ministério da Saúde, para o SUS. 75% das vacinas que nós compramos para vacinar os brasileiros vêm do Butantan. Então, a vacina do Butantan será a vacina brasileira”, disse Pazuello.

Ministério da Saúde chegou a afirmar que "somadas, as três vacinas – AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac – representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021".


Segundo auxiliares do presidente, Bolsonaro desautorizou Pazuello. Ao blog da Andréia Sadi, fontes do Planalto disseram acreditar que o governo não vai recuar da compra, desde que duas condições sejam atendidas: que a vacina seja aprovada Anvisa e que a vacinação não seja obrigatória.


Antes do encontro da terça-feira (20), outra reunião havia sido realizada com os secretários estaduais de Saúde, em que o governo federal não havia incluído a CoronaVac no programa nacional de vacinação.


Em entrevista ao G1, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse, na ocasião, que o ministério só havia investido em Oxford, e tratava vacinas que estavam na mesma fase de testes de "maneira diferente".


Contrato com SP

O governo de São Paulo já havia fechado contrato com o laboratório chinês para a aquisição dessas 46 milhões de doses. A gestão João Doria (PSDB) buscava negociar com o governo federal para que elas fossem distribuídas via Sistema Único de Saúde (SUS).


Apesar disso, o governador já chegou a afirmar que, caso não houvesse acordo com o Ministério da Saúde, o governo estadual iria garantir a vacinação para "os brasileiros de São Paulo".


O acordo para compra de 46 milhões de doses foi firmado com verba estadual e custou 90 milhões de dólares. A assinatura foi feita por Doria durante coletiva de imprensa no final de setembro. Segundo Dimas Covas, diretor do instituto Butantan, a vacina começaria a ser envasada no Brasil já em setembro.


O governo estadual também anunciou a previsão de adquirir mais 15 milhões de doses até fevereiro de 2021, chegando ao total de 61 milhões com verba própria. A expectativa era que, com o dinheiro do governo federal, mais 40 milhões fossem adquiridas, chegando a 100 milhões até maio de 2021.


No entanto, o acordo que havia sido anunciado na terça com o governo federal não contemplava as 55 milhões de doses adicionais que o governo do estado de SP anunciou até maio de 2021, apenas as 46 milhões de doses que já estavam garantidas em contrato com a empresa chinesa.


Segurança da vacina

A CoronaVac está na terceira fase de testes. Nesta segunda-feira (20), o governo de São Paulo afirmou que 35% dos nove mil voluntários que participam dos testes no Brasil apresentaram reações adversas leves. Segundo o governo, não houve registro de efeitos colaterais graves e a vacina pode ser considerada segura.



A informação faz parte de um estudo parcialmente apresentado em entrevista coletiva. O estudo, no entanto, não foi publicado em revista científica. Ainda não há dados sobre a eficácia da CoronaVac. Segundo o governo, essas informações serão apresentadas até o fim do ano.


Embora Doria tenha garantido anteriormente que a vacina começaria a ser aplicada em profissionais de saúde no dia 15 de dezembro, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta segunda que a data para liberação ainda é incerta. Para ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é necessário que a eficácia da vacina também seja comprovada.


"As perspectivas da vacina são otimistas, mas não podemos dar uma data específica de quando isso vai acontecer. Esperamos que até o final do ano essa vacina tenha o dossiê entregue na Anvisa, e que a Anvisa possa proceder a análise e o registro", disse.


Fonte: G1

Leia Mais ››

'Já mandei cancelar', diz Bolsonaro sobre protocolo de intenções de vacina do Instituto Butantan em parceria com farmacêutica chinesa



O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (21) que já mandou cancelar o protocolo de intenções de compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac.


O anúncio do protocolo de intenções havia sido feito nesta terça-feira (20) pelo Ministério da Saúde após uma reunião entre o titular da pasta, Eduardo Pazuello, e governadores. O de São Paulo, João Doria (PSDB), participou – o Butantan é vinculado ao governo paulista.


"Houve uma distorção por parte do João Doria no tocante ao que ele falou. Ele tem um protocolo de intenções, já mandei cancelar se ele [Pazuello] assinou. Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós", afirmou Bolsonaro.

O presidente deu a declaração durante visita a um centro militar da Marinha em Iperó (SP).


Mais cedo, ele já havia afirmado em suas redes sociais que o governo não iria adquirir "vacina da China".


Após essa declaração, o Ministério da Saúde fez um novo anúncio, por meio do qual o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, disse que o protocolo de intenções firmado com o Butantan não tem caráter vinculante. Afirmou ainda que "não há intenção de compra de vacinas chinesas" (leia mais abaixo). O ministro Pazuello não participou desse novo anúncio.


Em reunião, Pazuello citou 'compromisso de aquisição'

Durante a reunião com os governadores na terça, o ministro Pazuello citou uma carta para o Butantan e falou em "compromisso da aquisição das vacinas que serão fabricadas até o início de janeiro".


"Nós já fizemos uma carta em resposta ao ofício do Butantan e essa carta, ela é o compromisso da aquisição das vacinas que serão fabricadas até o início de janeiro, em torno de 46 milhões de doses. E essas vacinas servirão para nós iniciarmos a vacinação ainda em janeiro", disse Pazuello.



Em um ofício datado da última segunda-feira (19), o ministro informou ao Butantan sobre a "intenção deste Ministério da Saúde em adquirir 46 milhões da referida vacina (Vacina Butantan-Sinovac/Covid-19), em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, ao preço estimado de US$ 10,30 (dez dólares e trinta centavos) por dose" 


Bolsonaro afirmou que ao valor "seria uma importância bastante absurda".


'Interpretação equivocada'

Antes do anúncio da possível compra da CoronaVac, o Ministério da Saúde havia dito que a previsão era ter 140 milhões de doses no primeiro semestre de 2021:


40 milhões via iniciativa COVAX Facility, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS);

e 100 milhões de doses via AstraZeneca/Oxford (além dessas doses, no segundo semestre, o governo pretende produzir 165 milhões de doses deste imunizante).

A pasta informou, ainda nesta terça, que "somadas, as três vacinas – AstraZeneca, Covax e Butantan-Sinovac – representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021".


Já nesta quarta – antes da manifestação de Bolsonaro no interior de São Paulo –, o secretário-executivo do Ministério da Saúde disse, sobre a reunião de Pazuello com governadores, que "houve uma interpretação equivocada da fala do ministro da Saúde" e que "em momento nenhum a vacina foi aprovada pela pasta"


"Não há intenção de compra de vacinas chinesas. A premissa para aquisição de qualquer vacina prima pela segurança, eficácia, ambos conforme aprovação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], produção em escala e preço justo", declarou o secretário.


"Qualquer vacina, quando estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde, poderá ser oferecida aos brasileiros por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). E no que depender desta pasta não será obrigatória", completou o secretário.


Assim como as demais vacinas testadas no Brasil, a CoronaVac está em fase de testes e sua eficácia ainda precisa ser comprovada antes que o uso seja liberado no país.


Bolsonaro citou 'jogo político'

Mais cedo, Bolsonaro havia respondido a seguidores, em uma rede social, que não iria comprar a vacina. A afirmação foi feita em resposta a uma seguidora que pediu a exoneração de Pazuello. "Bom dia, presidente. Exonera Pazuello urgente, ele está sendo cabo eleitoral do Doria. Ministro traíra", escreveu ela.


Depois, o presidente disse ainda que "estamos perfeitamente afinados com o Ministério da Saúde, trabalhando na busca de uma vacina confiável, nada mais além disso". "Fora isso é tudo especulação, é um jogo político."


Segundo o blog da Andréia Sadi, Bolsonaro se irritou com o anúncio do acordo feito por Pazuello e desautorizou o ministro. Fontes do governo avaliam que o ministro não teve “malícia política” e deixou Doria “capitalizar” o anúncio.



De acordo com o blog do Valdo Cruz, logo depois que o presidente enviou mensagens a seus ministros dizendo que seu governo não vai comprar vacina da China, assessores presidenciais informaram que vão tentar convencer Bolsonaro a esclarecer melhor sua posição sobre o tema. Motivo: a vacina não será obrigatória, mas a maioria da população quer ser vacinada contra a Covid-19.


"Essa declaração do presidente gerou preocupação dentro do governo. Vai acabar gerando desgaste para o próprio presidente. Vamos conversar com ele para que esclareça sua posição sobre o tema", afirmou um assessor presidencial ao blog.


Vacina em SP

O governo de São Paulo já havia fechado, antes, contrato com o laboratório chinês para a aquisição de 46 milhões de doses. A gestão Doria buscava negociar com o governo federal para que elas fossem distribuídas via Sistema Único de Saúde (SUS).


Apesar disso, o governador já chegou a afirmar que, caso não houvesse acordo com o Ministério da Saúde, o governo estadual iria garantir a vacinação para "os brasileiros de São Paulo".


Nesta quarta, em Brasília, Doria afirmou: "A vacina é que vai nos salvar, que vai salvar a todos. Não é ideologia, não é política, não é processo eleitoral que salva, é a vacina"


O governador de São Paulo deu a declaração em uma entrevista coletiva no Senado, durante uma visita à capital federal, cuja programação também previa reuniões na Anvisa e no Supremo Tribunal Federal, com o presidente da Corte, ministro Luiz Fux.


Segurança da CoronaVac

A CoronaVac está na terceira fase de testes. Nesta segunda-feira (20), o governo de São Paulo afirmou que 35% dos nove mil voluntários que participam dos testes no Brasil apresentaram reações adversas leves.


Segundo o governo, não houve registro de efeitos colaterais graves e a vacina pode ser considerada segura.


A informação faz parte de um estudo parcialmente apresentado em entrevista coletiva. O estudo, no entanto, não foi publicado em revista científica. Ainda não há dados sobre a eficácia da CoronaVac.


Segundo o governo, essas informações serão apresentadas até o fim do ano. Embora Doria tenha garantido anteriormente que a vacina começaria a ser aplicada em profissionais de saúde no dia 15 de dezembro, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse na segunda que a data para liberação ainda é incerta.


Para ser aprovada pela Anvisa, é necessário que a eficácia da vacina também seja comprovada.


Fonte: G1

Leia Mais ››

'Não há intenção de compra de vacinas chinesas', diz Ministério da Saúde um dia após anunciar negociação para adquirir 46 milhões de doses



O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou, nesta quarta-feira (21), que "não há intenção de compra de vacinas chinesas" contra a Covid-19. A afirmação foi feita um dia depois de a própria pasta anunciar uma negociação para adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac contra a Covid-19.


"Não houve qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo ou seu governador no sentido de aquisição de vacinas contra Covid-19", disse Franco. "Tratou-se de um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante. Não há intenção de compra de vacinas chinesas", acrescentou o secretário. (Veja íntegra da fala ao final desta reportagem).


As declarações do secretário-executivo vão na contramão de uma nota divulgada na terça-feira (20) pelo próprio Ministério da Saúde, que anunciava a intenção de compra. O texto previa, inclusive, a edição de uma medida provisória para disponibilizar R$ 1,9 bilhão para a aquisição (leia um trecho abaixo).


"Além das vacinas já adquiridas previamente (AtraZeneca e Covax), o Governo Federal assinou protocolo de intenções para a compra de 46 milhões de doses da Butantan-Sinovac, após negociações com o Instituto Butantan. Para tanto, será editada uma nova Medida Provisória para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão. O Ministério da Saúde já havia anunciado, também, o investimento de R$80 milhões para ampliação da estrutura do Butantan – o que auxiliará na produção da vacina", diz o texto de terça-feira.


Ministro fala em 'compromisso'

O anúncio do governo federal, de intenção de compra, foi feito depois de uma reunião do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com os 27 governadores, também na terça-feira.


O ministro afirmou que a pasta enviou uma carta ao Instituto Butantan, em São Paulo, na qual se comprometia a adquirir as vacinas fabricadas pelo instituto até o início de janeiro (veja vídeo). O Butantan tem um contrato com a Sinovac de fornecimento de doses e de transferência de tecnologia da CoronaVac.


"Nós já fizemos uma carta em resposta ao ofício do Butantan e essa carta, ela é o compromisso da aquisição das vacinas que serão fabricadas até o início de janeiro, em torno de 46 milhões de doses. E essas vacinas servirão para nós iniciarmos a vacinação ainda em janeiro", disse o ministro.


O contrato do instituto com a Sinovac prevê que a farmacêutica envie 6 milhões de doses da vacina já prontas até dezembro, enquanto as outras 40 milhões teriam o processamento finalizado (o envasamento) no Butantan 


De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, até o final do ano o instituto teria as 46 milhões de doses prontas. O contrato para transferência de tecnologia previa que o instituto pudesse fabricar as vacinas em território brasileiro a partir de 2021.


O governo paulista também anunciou a previsão de adquirir mais 15 milhões de doses até fevereiro de 2021, chegando ao total de 61 milhões com verba própria. A expectativa era que, com o dinheiro do governo federal, mais 40 milhões fossem adquiridas, chegando a 100 milhões até maio de 2021.


Presidente e governador

Mais cedo, também nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro havia afirmado, em uma rede social, que o Brasil não irá comprar "a vacina da China".


A afirmação foi feita em resposta a uma seguidora que pediu a exoneração de Pazuello. "Bom dia presidente. Exonera Pazuelo urgente, ele está sendo cabo eleitoral do Doria. Ministro traíra", escreveu a seguidora, se referindo a João Doria (PSDB), governador do estado de São Paulo.



"Tudo será esclarecido ainda hoje. Não compraremos a vacina da China", disse o presidente. Segundo auxiliares, Bolsonaro desautorizou Pazuello.

Em coletiva de imprensa no Senado, o governador respondeu que "não devemos avaliar a origem da vacina, mas sua eficácia".


Veja íntegra da fala do secretário-executivo da Saúde, divulgada em nota de esclarecimento nesta quarta (21):

NOTA DE ESCLARECIMENTO


"Sobre a reunião de ontem, realizada no Ministério da Saúde, por meio de vídeo conferência com governadores, esclarece-se o seguinte:


Houve uma interpretação equivocada da fala do Ministro da Saúde. Em momento nenhum a vacina foi aprovada pela pasta, pois qualquer vacina depende de análise técnica e aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).


Destaca-se que o governo Federal, por intermédio do Ministério da Saúde, tem envidado esforços na direção de proteger a população por intermédio de várias ações, como:


a adesão na iniciativa Covax Facility, com a opção de compra de vacinas;

o contrato de encomenda tecnológica AztraZeneca/Oxford com insumos estrangeiros em um primeiro momento para o escalonamento de 100,4 milhões de doses e transferência tecnológica para produção própria de insumos. O que possibilitará que a Fiocruz produza mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.

Não houve qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo ou seu governador, no sentido de aquisição de vacinas contra Covid-19.


Tratou-se de um protocolo de intenção entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, sem caráter vinculante, grande parceiro do MS na produção de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).


Mais uma iniciativa para tentar proporcionar vacina segura e eficaz para a nossa população, neste caso com uma vacina brasileira, caso fiquem disponíveis antes das outras possibilidades. Não há intenção de compra de vacinas chinesas.



A premissa para aquisição de qualquer vacina prima pela segurança, eficácia (ambos conforme aprovação da Anvisa), produção em escala, e preço justo. Quando qualquer vacina estiver disponível, certificada pela Anvisa e adquirida pelo Ministério da Saúde, ela será oferecida aos brasileiros por meio do PNI e, no que depender desta Pasta, não será obrigatória."


Fonte: G1

Leia Mais ››