quarta-feira, junho 15, 2022

Corpo encontrado em veleiro à deriva na costa de Natal é de italiano de 52 anos, confirma Itep

O Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep-RN) confirmou que o corpo encontrado dentro de um veleiro que estava à deriva a 26 km da costa de Natal é do italiano Stefano Magnani, de 52 anos.


Veleiro ancorado no Iate Clube em Natal — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi


A embarcação foi encontrada no dia 7 de maio. Dentro dela, estavam os documentos do italiano, que não foi identificado inicialmente devido ao avançado estado de decomposição do corpo.


Diante da situação, foi necessária a realização do exame de DNA, que confirmou a identidade de Stefano Magnani. Foram usados um fragmento do fêmur e um fragmento do músculo da coxa direita para a análise.



O exame fez o comparativo com o material genético da mãe de Stefano e confirmou o vínculo de maternidade.

No dia 30 de maio, os peritos do Itep já haviam revelado que a morte do italiano aconteceu por desidratação e desnutrição extremas.


Os peritos também haviam confirmado que o corpo não apresentava nenhuma lesão traumática, ou machucado.


Até a atualização mais recente desta reportagem, o corpo do italino seguia no Itep. É necessário que a retirada seja feita pela família.


O veleiro

O veleiro Mona-Mi F. S. foi encontrado em alto mar, à deriva, a 26 km da costa de Natal, no dia 7 de maio. A embarcação foi rebocada por um barco pesqueiro até o Iate Clube de Natal, onde ficou ancorada.



O barco estava com o leme e o mastro quebrados e tinha vários outros sinais de depredação.


Os funcionários do Iate Clube consideraram que, pelo estado em que o barco foi encontrado, pode ter passado muito tempo à deriva.


Parte da proa também estava destruída - provavelmente pela queda do mastro.


Fonte: g1

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PF cumpre mandados no RN, PA e PB em operação de combate à venda e transporte ilegal de madeira da Amazônia

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) uma operação de combate à venda e transporte ilegal de madeira da Floresta Amazônica. De acordo com a PF, a madeira é oriunda do Pará e destinada ao Rio Grande do Norte e Paraíba.


PF cumpre mandados no RN, PA e PB em operação de combate à venda e transporte ilegal de madeiras da Amazônia — Foto: Polícia Federal/Divulgação


Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, sendo 2 em Natal; 1 em Belém, no Pará; 2 em Tomé-Açu, também no Pará; e 3 em João Pessoa, na Paraíba. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal do RN.


PF cumpre mandados no RN, PA e PB em operação de combate à venda e transporte ilegal de madeiras da Amazônia — Foto: Polícia Federal/Divulgação


De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início em 2019 e buscava desvendar a origem da madeira comercializada e ocultada nas transações por donos de lojas desse ramo de negócio. A suspeita da PF é que esses comerciantes agem praticando fraude e, consequentemente, lavagem de dinheiro.


A ocultação da origem da madeira, segundo a Polícia Federal, acontece através de fraude no sistema da Guia Florestal. Ainda segundo a PF, as investigações buscam também revelar detalhes de todo esse processo ilegal de corte, transporte e aquisição da madeira de origem ilícita da Amazônia.


A operação Micélio acontece em conjunto com a Receita Federal e o Ibama.


PF cumpre mandados no RN, PA e PB em operação de combate à venda e transporte ilegal de madeiras da Amazônia — Foto: Polícia Federal/Divulgação


Fonte: g1

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Governo do RN retoma obrigatoriedade do uso de máscaras em escolas estaduais

O governo do Rio Grande do Norte retomou a obrigatoriedade do uso de máscaras em escolas estaduais. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (15).


Sala de aula escola estadual no RN — Foto: Sandro Menezes


A obrigatoriedade também é válida para os demais prédios e departamentos vinculados à Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer.


O texto é assinado pelo secretário Getúlio Marques e entra em vigor a partir da publicação.


A medida, segundo o portaria, é por recomendação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).


O documento determina "o uso obrigatório de máscaras faciais de proteção, preferencialmente de uso cirúrgico, nas dependências do órgão central, 16 DIRECs, 08 DRAEs e escolas da rede estadual, setores vinculados a esta secretaria, até novas recomendações da Sesap-RN".


Na portaria, é recomendado ainda "a imediata retomada das medidas de prevenção da Covid-19, como os protocolos sanitários e a higienização das mãos com frequência".


Considerações

Segundo a pasta, a medida se dá seguindo recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e das autoridades sanitárias do País e do Estado, "buscando evitar a disseminação e, consequentemente, uma nova onda de coronavírus" e considerando "o aumento significativo dos casos da Covid-19 no Rio Grande do Norte".


Além disso, é considerado ainda a portaria da Sesap que recomendou, em 6 de junho, a volta do uso de máscaras em ambientes fechados no estado.


É reforçado ainda a necessidade "de assegurar as condições mínimas para manutenção das atividades diárias, preservando a saúde dos servidores, professores, estagiários, terceirizados e usuários em geral".


Fonte: g1

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RN tem mais de 23 mil casos prováveis de dengue e duas mortes pela doença

O Rio Grande do Norte tem 23.240 casos prováveis de dengue e duas mortes confirmadas pela doença. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico de arboviroses, com informações até 4 de junho.


RN tem mais de 23 mil casos prováveis de dengue e duas mortes pela doença — Foto: Getty Images


Outros 10 óbitos por suspeita de dengue ainda estão em investigação. Para a chikungunya foram contabilizados 7.609 casos prováveis, sem óbitos confirmados e três óbitos em investigação. Já a zika tem 2.129 casos prováveis, sem óbitos confirmados. Os casos confirmados de zika em gestantes somam 9.


Em 19 de maio deste ano o governo declarou situação de emergência em relação às arboviroses. Desde então, diversas ações estão sendo feitas para fortalecer o enfrentamento à dengue, zika e chikungunya no estado.



A coordenadora do Programa Estadual das Arboviroses, Sílvia Dinara, lembra que a epidemia de dengue envolve outros setores além da saúde, como educação, mobilização social, infraestrutura, tratamento de resíduos sólidos entre outros. “O combate ao Aedes aegypti é comigo, com você, é com todos. Precisamos colocar na rotina, todos os cuidados para que o mosquito não se prolifere, cada um fazendo sua parte”.


Fonte: g1

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Irmãos confessam assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips na Amazônia, dizem fontes da PF

Os irmãos Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, confessaram o assassinato do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, desaparecidos desde 5 de junho na região do Vale do Javari, na Amazônia, informaram fontes da Polícia Federal


Segundo uma fonte da PF, os irmãos mataram Pereira e Phillips a tiros e depois queimaram e enterraram os corpos. A motivação do crime ainda é incerta, mas a polícia apura se há relação com a atividade de pesca ilegal na região. Segunda maior terra indígena do país, o Vale do Javari é palco de conflitos típicos da Amazônia: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo.



A PF iniciou buscas na área para localizar os corpos, o que não havia acontecido até a última atualização desta reportagem, e confirmar essa versão. Ainda de acordo com a fonte, deverá ser feito exame de DNA com base em material fornecido por parentes das vítimas. A família do repórter no Reino Unido afirmou não ter sido informada sobre a confissão dos assassinos.


Antes de sumir, Pereira, que era servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e Phillips haviam partido da Comunidade São Rafael em uma viagem com duração prevista de duas horas rumo a Atalaia do Norte, mas eles não chegaram ao destino (veja o mapa do percurso ao final deste texto).


Logo após o desaparecimento, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) afirmou que Pereira recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores. Em nota divulgada na ocasião, a entidade descreveu Pereira como "experiente e profundo conhecedor da região, pois foi coordenador regional da Funai de Atalaia do Norte por anos".


Segundo o jornal britânico "The Guardian", do qual Phillips era colaborador, o repórter estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente. Ele morava em Salvador e escrevia reportagens sobre o Brasil fazia mais de 15 anos. Também publicou em veículos como "Washington Post", "The New York Times" e "Financial Times".



Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, está detido desde 7 de junho. Segundo a polícia, ele foi visto por ribeirinhos, no dia do desaparecimento, em uma lancha logo atrás da embarcação de Pereira e Phillips. Os agentes encontraram vestígios de sangue no barco de Pelado. Já Oseney, o Dos Santos, foi preso temporariamente nesta terça-feira (14).


No domingo (12), a Polícia Federal divulgou imagens de objetos encontrados na área de buscas, no interior do Amazonas. Foram localizados uma mochila, um notebook , camisas, bermudas, calça, chinelos e botas (leia, mais abaixo, sobre as buscas e a investigação).


Montagem com fotos do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips — Foto: TV Globo/Reprodução


Buscas e investigação

A operação de buscas para encontrar o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom Phillips teve início no dia do desaparecimento, 5 de junho, um domingo. A operação foi inicialmente organizada por integrantes da Univaja. Como eles não conseguiram localizar a dupla, alertaram as autoridades sobre o sumiço na segunda-feira (6).


As buscas reúnem o Exército, a Marinha, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e a Polícia Federal. O Exército na região do Vale do Javari com combatentes de selva da 16º Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Tefé (AM).


Em 7 de junho, o assessor jurídico da Unijava disse que a Marinha e a PF ignoraram informações sobre suspeitos que, no passado, ameaçaram o indigenista. Em 10 de junho, as equipes encontraram "material orgânico aparentemente humano" em um rio próximo ao porto de Atalaia do Norte.


Até esta quarta-feira (15), nove pessoas haviam sido ouvidas pela polícia. Entre elas, está a mulher de Amarildo, Josenete, que prestou depoimento na última sexta-feira (10) e preferiu não falar sobre a prisão do marido nem sobre o caso dos desaparecidos.


Fonte: g1

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Concursos do INSS e Receita: veja como foram as provas anteriores e a concorrência

O Ministério da Economia autorizou dois dos concursos mais esperados pelos candidatos: 699 vagas para a Receita Federal e 1.000 vagas no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ambos os órgãos não fazem concursos há bastante tempo. No caso do INSS, são sete anos de espera pela nova abertura de vagas, em meio ao atraso na análise e liberação de pedidos de benefícios. Na Receita Federal, são oito anos, mesmo com o déficit de servidores na fiscalização aduaneira.


Concursos públicos — Foto: Reprodução/INSS


As vagas autorizadas são as seguintes:


1 mil vagas de técnicos do seguro social (nível médio e salário de R$ 6.500)

230 vagas para auditor-fiscal (nível superior e salário de R$ 21.029)

469 para analista-tributário (nível superior e salário de R$ 11.684)


O prazo para a publicação dos editais de abertura é de 6 meses a partir da data de publicação das portarias, ou seja, até 13 de dezembro.


Receita Federal

O último concurso para auditor-fiscal foi em 2014, para 278 vagas. A organizadora foi a Escola de Administração Fazendária (Esaf). Veja o edital e as provas anteriores do concurso.


Já para analista-tributário foram oferecidas 750 vagas em 2012, com a mesma banca organizadora. Veja o edital e as provas anteriores do concurso.


Os dois cargos exigem diploma de curso superior concluído em qualquer área. Os salários iniciais são de R$ 21.029 para auditor-fiscal e de R$ 11.684 para analista-tributário.


Nos concursos anteriores de 2012 para analista tributário e em 2014 para auditor fiscal, foram aplicadas provas objetivas e discursivas.


A prova objetiva foi dividida entre conhecimentos gerais e específicos. No caso dos conhecimentos gerais, as disciplinas foram praticamente as mesmas. Já na de conhecimentos específicos houve algumas diferenças.


Para auditor fiscal, a prova discursiva teve questões referentes a Direito Tributário e Comércio Internacional e Legislação Aduaneira.


Para analista tributário, a prova discursiva teve questões sobre Direito Constitucional e Administrativo, Administração Geral, Direito Tributário, Legislação Tributária e Aduaneira e Informática.


As provas foram elaboradas e aplicadas pela Escola de Administração Fazendária (Esaf), que acabou incorporada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) em 2019.


A Receita Federal confirmou que a Enap não será a banca organizadora do concurso. O órgão informou que está em processo de seleção da banca que irá realizar o concurso. A data de divulgação do edital e de realização das provas, bem como da nomeação dos aprovados, não foi definida.


A concorrência dos concursos da Receita chegou a passar de 200 candidatos por vaga na ocasião. Para analista, o concurso de 2012 com 750 vagas teve 93.692 candidatos (125 por vaga). No caso do auditor, a concorrência foi o dobro: foram 68.540 candidatos para 278 vagas (246 por vaga).


De acordo com a Receita Federal, as provas para ambos os cargos serão aplicadas no mesmo dia, para que os mesmos candidatos não concorram aos dois cargos, o que poderia prejudicar o preenchimento das vagas.


Foi autorizada a redução para dois meses do prazo entre a publicação do edital e a realização da primeira prova do concurso, ou seja, os candidatos terão menos tempo para se preparar para os testes.


INSS

Mais de 130 concursos públicos estão disponíveis no país


O último edital do concurso do INSS foi lançado em 2015 e previa 800 vagas para técnico do seguro social. A organizadora do concurso foi o Cebraspe - veja o edital e as provas anteriores do concurso.


O concurso teve prova objetiva de conhecimentos básicos e específicos com as disciplinas de Ética no Serviço Público, Regime Jurídico Único, Noções de Direito Constitucional, Noções de Direito Administrativo, Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico, Noções de Informática e Seguridade Social.



Foram 1.043.807 inscritos para as 800 vagas - 1.304 candidatos por vaga.


O cargo exige nível médio de escolaridade. O salário inicial é de R$ 6.500.


O INSS informou que a escolha da banca organizadora deve ser feita daqui a 60 dias, ou seja, até agosto.


Os aprovados serão convocados, de acordo com a classificação, para trabalhar nas Agências da Previdência Social espalhadas pelo país.


Fonte: g1

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Pastor procurado por agredir filha de 2 meses até deixá-la paraplégica e cega é preso na Zona Norte do Rio

Policiais Civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA-Niterói) prenderam na noite desta terça-feira (14) Rogério Chaves da Silva, conhecido como Pastor Rogerinho, de 31 anos. Ele tinha um mandado de prisão por ter agredido a filha de 2 meses até deixá-la paraplégica e com outras lesões graves.


Pastor é acusado de agredir filha de 2 meses até deixá-la paraplégica — Foto: Reprodução


Rogério foi detido no momento em que o pastor se deslocava até uma igreja no bairro de Quintino Bocaiuva, Zona Norte do Rio de Janeiro. 


De acordo com a investigação realizadas pela Polícia Civil, em abril de 2016, Rogério Chaves agrediu brutalmente sua filha, recém-nascida de apenas 02 (dois) meses de idade. Segundo o processo, as agressões resultaram em consequências gravíssimas e permanentes para a vida da criança - ela ficou cega, paraplégica e portadora de comprometimentos cognitivos. 



Na época, segundo a polícia, foi feita uma tomografia na criança, e havia muitas lesões compatíveis com uma criança que foi sacudida a ponto de movimentar o cérebro. Exame de imagem revelou fratura temporal e hemorragia, além de contusão no tecido cerebral. A criança tinha um quadro de trauma e havia hemorragia ocular. 


Durante o transcurso do processo, o pastor Rogerinho sequer compareceu ao juízo. Ainda, visando dificultar sua prisão, após o crime o foragido da justiça passou a se esconder no interior do Complexo da Maré, onde passou a pregar cultos evangélicos em um dos templos religiosos da comunidade. 


Rogério também possui anotações criminais por injúria, ameaça, difamação cometidos em contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher. 


O detento foi encaminhado para uma unidade prisional, onde ficará à disposição da Justiça. 


Disque Denúncia recebe informações sobre a localização de foragidos da Justiça, nos seguintes canais de atendimento:


Zap do Portal dos Procurados: (21) 98849-6099

(21) 2253 1177 ou 0300-253-1177

APP "Disque Denúncia RJ"

Facebook/(inbox): https://www.facebook.com/procuradosrj/

https://twitter.com/PProcurados (mensagens)

Site Portal dos Procurados – em Denuncie – (procurados.org.br/contato).


Pastor Rogerinho é acusado de deixar filha de 2 meses paraplégica — Foto: Divulgação


Fonte: g1

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Ratanabá: arqueólogo explica por que lenda de 'cidade perdida na Amazônia' não faz sentido

Nos últimos dias, a suposta descoberta de Ratanabá, uma civilização secreta no coração da Amazônia, se espalhou com grande velocidade pelas redes sociais.


Boato defende que civilização teria construído 'capital do mundo' na Amazônia há 600 milhões de anos, quando não existiam nem os dinossauros — Foto: Getty Images via BBC


De acordo com as postagens, que viralizaram no TikTok, no Twitter e no Instagram, a cidade seria "maior que a Grande São Paulo", era "a capital do mundo" e "esconde muita riqueza, como esculturas de ouro e tecnologias avançadas de nossos ancestrais".


Algumas teorias da conspiração foram além e disseram que a descoberta ajudaria a explicar "o verdadeiro interesse de dezenas de homens poderosos na Amazônia" e até o desaparecimento do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira.


Essas informações, porém, não fazem o menor sentido. "Tudo isso é um delírio", avalia o arqueólogo Eduardo Goés Neves, professor do Centro de Estudos Ameríndios da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos do Museu de Arqueologia e Etnologia da mesma instituição.


Há mais de 30 anos, o especialista integra uma rede de pesquisadores que trabalham para revelar o passado da Amazônia e dos povos que viveram (e ainda vivem) por lá.


Na avaliação dele, o surgimento de histórias como a de Ratanabá, que não têm fundamento algum nas publicações científicas recentes, presta um "desserviço à arqueologia".


"Há mais de 20 anos, os arqueólogos que atuam na região defendem que existiam cidades na Amazônia, mas isso era visto como coisa de maluco", conta.


"Com o passar do tempo, a perspectiva foi mudando e a comunidade acadêmica começou a aceitar que, sim, existem evidências de sítios de grande dimensão, estradas e aterros construídos há muito tempo", continua o especialista, que reforça que essas descobertas não têm nada a ver com civilizações antigas ou tesouros ocultos.



"Agora, todo o nosso esforço pode quase voltar à estaca zero com a história de Ratanabá e a propagação de informações das maneiras mais estapafúrdias possíveis", completa.


A seguir, confira por que os principais argumentos utilizados para falar sobre a "cidade perdida na Amazônia" não fazem sentido — e o que as evidências científicas revelam sobre a ocupação humana na maior floresta tropical do mundo.


Uma conta que não fecha

O primeiro detalhe que chama a atenção nas postagens sobre Ratanabá são as datas utilizadas. Em alguns textos, está escrito que a civilização teria existido ali há 350, 450 ou até 600 milhões de anos.


"Isso não faz o menor sentido do ponto de vista da história geológica e biológica do nosso planeta", responde Neves.


"Para ter ideia, nem os dinossauros existiam há 350 milhões de anos. Nossos ancestrais mais antigos viveram há mais ou menos 6 milhões de anos. Mas a nossa espécie mesmo, o Homo sapiens sapiens, surgiu há 350 mil anos na África", estima.

Ou seja: há um erro de cálculo de, pelo menos, 349.650.000 anos nessa história.


Na era paleozoica (entre 542 e 241 milhões de anos atrás), animais viviam majoritariamente em ambientes aquáticos — Foto: Getty Images via BBC


"Se alguém falasse que existiram cidades na Amazônia há 3.500 anos eu até pensaria que essa era uma questão para tentar entender melhor e pesquisar. Agora, uma civilização há 350 milhões de anos? Não existe a menor possibilidade disso", assinala o arqueólogo.


Metrópoles do passado, pequenas cidades de hoje

A segunda informação completamente errada sobre Ratanabá tem a ver com o suposto tamanho da cidade. Algumas postagens dizem que ela seria maior que a Grande São Paulo.


Mais uma vez, isso está em desacordo com as evidências científicas. "Ainda não temos uma estimativa exata de quantas pessoas viviam nessas cidades da Amazônia, mas certamente elas não tinham o tamanho de São Paulo de jeito nenhum", diz Neves.


"Para ter ideia, no século 16, as cidades mais populosas do mundo provavelmente eram Istambul, na Turquia, e Tenochtitlán, no México. E elas tinham 50 mil, no máximo 200 mil habitantes", calcula o professor da USP.

Atualmente, a Grande São Paulo abriga cerca de 22 milhões de habitantes.


Neves calcula que, antes da chegada dos europeus nas Américas, existiam cerca de 10 milhões de indígenas em toda a Amazônia. "E esse número caiu muito a partir do século 17 por conta das guerras e das epidemias", ensina.



Linhas retas no meio da selva

O terceiro argumento que confere musculatura aos boatos sobre Ratanabá tem a ver com túneis encontrados na região amazônica ou com imagens aéreas, que mostram linhas retas e quadrados perfeitos, visíveis entre as copas das árvores.


Esses túneis, defendem as postagens nas mídias sociais, serviriam de passagem secreta e conectariam diversas partes da América do Sul.


As linhas retas, por sua vez, não existem na natureza e seriam fruto de trabalho humano, garantem os boatos.


Neves esclarece que realmente existem túneis na Amazônia. "As imagens divulgadas provavelmente vêm da região do Forte Príncipe da Beira, em Rondônia, que era um posto colonial português."


Forte Príncipe da Beira, em Rondônia, quase na divisa entre Brasil e Bolívia, foi construído no século 18 — Foto: Divulgação/Roberto Castro/Ministério do Turismo


"Essas construções estão relacionadas às disputas de fronteira entre Espanha e Portugal nas proximidades do rio Guaporé ao longo do século 18", complementa.


Mas e as linhas retas? Pelas poucas imagens disponíveis, Neves acredita que elas sejam de uma região próxima da fronteira entre os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas.


"Essas formações são conhecidas há muito tempo e realmente parecem linhas perpendiculares, o que é uma coisa incomum", avalia.


"As principais suspeitas são de que seja uma formação natural de calcário ou algum tipo de rocha que segue esse padrão", diz o arqueólogo.


"É improvável que aquilo seja de autoria humana. Mas, caso realmente tenha sido feito pelos povos locais, essas construções não devem ter mais do que 2,5 mil anos", completa.


O que pode estar por trás do interesse no tema

Neves, que não possui nenhum perfil nas redes sociais, confessa que nunca tinha ouvido falar de Ratanabá até a segunda semana de junho de 2022.


"Quando começaram a me perguntar sobre isso, até fui pesquisar e consultar outros colegas que estudam a arqueologia amazônica, mas ninguém conhecia essa história", relata.


Embora existam perfis nas redes sociais e até livros publicados sobre a tal "civilização perdida" nos últimos anos, o tema só ganhou o interesse popular e foi virar um assunto amplamente comentado nos últimos dias.



Na avaliação de Neves, o fenômeno pode ser explicado por uma série de fatores.


"Me parece uma mistura da ingenuidade das pessoas, que querem acreditar nesse tipo de coisa, com interesses econômicos de exploração da Amazônia", especula o especialista, que lembra de outras lendas parecidas, como a cidade de Eldorado, alvo de exploradores ao longo dos séculos por supostamente ser feita de ouro.


Na ilustração, explorador europeu vislumbra ao longe a cidade de Eldorado, que segundo as lendas era feita de ouro maciço — Foto: Getty Images via BBC


"E também não podemos ignorar o racismo nesse contexto. Quando se fala que existiram civilizações 'avançadas' há 300 milhões de anos, você está retirando dos povos ancestrais, que são os antepassados dos indígenas de hoje, a autoria de todas aquelas construções", acrescenta.

"É algo parecido ao que vemos no livro Eram os Deuses Astronautas?, de Erich von Däniken. Ali, soa mais fácil explicar que as pirâmides do Egito foram construídas por seres extraterrestres do que dar o crédito aos povos africanos", compara.


"E tudo isso denota um profundo racismo com todas as populações não europeias, como os indígenas e os africanos, como se elas não fossem capazes", interpreta.


Por fim, o arqueólogo opina que o fato de lendas do tipo ganharem fôlego justamente agora serve como uma espécie de balão de ensaio.


"Elas funcionam como cortina de fumaça num momento em que temos duas pessoas desaparecidas e desviam a atenção do real problema da violência na Amazônia", completa.


(Falta de) pedras no caminho

Neves explica que a arqueologia amazônica enfrentou grandes percalços ao longo das últimas décadas.


"De forma geral, a Amazônia tem poucas rochas. Então, a principal matéria-prima utilizada nas construções do passado eram terra e madeira", contextualiza.


"Para compreender esses períodos, precisamos de uma equipe multidisciplinar, capaz de trabalhar com objetos que foram deixados e resistiram ao tempo, como cerâmicas, restos orgânicos, amostras de solo, pedaços de comida, sementes e ossos", exemplifica.


Para ilustrar essa dificuldade, Neves cita como exemplo um artigo publicado há poucas semanas no periódico científico Nature por especialistas de universidades britânicas e alemãs.


A pesquisa revelou os detalhes de dois grandes sítios arqueológicos de 147 e 315 hectares (uma área equivalente a 205 e 441 campos de futebol, respectivamente), inclusive com a existência de pirâmides, na Amazônia boliviana.


"Essas estruturas de terra são conhecidas há 60 anos, mas era muito difícil definir se eram naturais ou foram construídas por seres humanos", avalia o arqueólogo.

"Só foi possível obter essa resposta agora, porque temos uma tecnologia chamada Lidar capaz de fazer esse tipo de análise."


O futuro depende do passado

Mas, afinal, diante das evidências científicas disponíveis no momento, o que os cientistas sabem sobre a história dos povos que habitaram essa região?



"Sabemos que a Amazônia foi densamente ocupada no passado e que os povos que viveram lá deixaram marcas muito visíveis do modo de vida que tinham, com valas em formato geométrico e estradas lineares", resume Neves.


"E temos dados que nos mostram de forma muito segura uma relação direta entre os indivíduos que fizeram essas construções no passado e os povos indígenas de hoje."


"Não se trata, portanto, de uma civilização perdida, que desapareceu há milhões de anos", assegura o pesquisador.


De acordo com o Painel Científico para a Amazônia, publicação coordenada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que tem um capítulo sobre os povos que viviam na região antes da chegada dos europeus, há evidências de que essa floresta tropical é ocupada por indígenas há 12 mil anos.


"Durante essa longa história, as sociedades indígenas desenvolveram tecnologias que eram altamente adaptadas às condições locais e otimizadas para a expansão do sistema de produção de alimentos", escreve o grupo de especialistas que assinam o documento, liderado por Neves.


"A arqueologia amazônica mostra quão profunda é a história indígena na região, caracterizada pela diversidade cultural e agro-biológica. Trata-se de um dos poucos centros independentes de domesticação de plantas no planeta e um dos primeiros centros produtores de cerâmica no Novo Mundo", segue o texto.



"Todas essas tecnologias podem inspirar novas formas de urbanismo, manejo dos dejetos e sistemas integrados do uso da terra", finalizam os autores.


Para Neves, esse conjunto de evidências permite enxergar a Amazônia como um "patrimônio biocultural", com uma interação entre a ação humana e a natureza ao longo de milênios.


"Portanto, para proteger a Amazônia, precisamos fortalecer as populações locais, como os indígenas, os ribeirinhos, os quilombolas e os caboclos, porque elas têm um papel muito importante na construção e na manutenção desse patrimônio biocultural", conclui o arqueólogo.


Fonte: BBC

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Seis pessoas são baleadas em festa junina com show de Wesley Safadão em Maceió

Seis pessoas foram baleadas em uma festa junina ocorrida na madrugada desta quarta-feira (15) no Benedito Bentes, em Maceió, em que Wesley Safadão era a principal atração. A Polícia Militar não soube informar se o cantor estava se apresentando no palco no momento dos disparos. Ninguém foi preso. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a confusão


As vítimas feridas foram identificadas como:


José Waleffe Nascimento dos Santos, 25 anos- está em recuperação anestésica, seu estado de saúde é estável

Overmarz Stanleu Pedro Napoleão Melo Pereira da Silva, 21 anos- está em observação na Área Vermelha.

Wheverton Wilker Tenório Aureliano Dias, 21 anos- medicado e recebeu alta médica

Kaic Gomes Pereira, 18 anos- medicado e recebeu alta médica

Fabrício Klisman Rodrigues dos Santos Silva, 20 anos - medicado e recebeu alta médica

M. L. S. C., 17 anos - encaminhada para um hospital particular


Não há informação sobre quem disparou os tiros ou por qual motivo. A Polícia Militar realizou buscas, mas ninguém foi preso. Ao g1, a PM informou que o controle de acesso do público ao local do show, promovido pelo Governo do Estado, foi feito por uma empresa de segurança particular.


Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública disse que o autor dos disparos passou a arma usada no crime por baixo dos tapumes que cercam o local do evento.


Tiros são disparados em festa junina no Benedito Bentes, em Maceió; imagem mostra um dos seis feridos na ocorrência — Foto: Reprodução/Vídeo


De acordo com informações do 5º Batalhão da Polícia Militar, duas das vítimas foram socorridas por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro do Trapiche da Barra.



Já a adolescente foi socorrida para um hospital particular no bairro do Farol com um tiro na perna. Os outros feridos também foram levados para o HGE.


Quem tiver alguma informação que ajude a polícia a identificar o autor dos disparos pode ligar para o Disque Denúncia, no número 181. A ligação é gratuita e não precisa ser identificada.


Tiros são disparados em festa junina no Benedito Bentes, em Maceió; imagem mostra um dos seis feridos na ocorrência — Foto: Reprodução/Vídeo


Fonte; g1

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Ator de 'Riverdale' assassinou a própria mãe e planejava matar primeiro-ministro do Canadá

Ryan Grantham, ator de "Riverdale" e "Supernatural", assassinou a própria mãe e planejava matar Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, em 2020.


Ator Ryan Grantham em cena de Riverdale — Foto: Reprodução


O ator de 24 anos matou a mãe com um tiro no dia 31 de março daquele ano. Barbara Waite, de 64 anos, foi atingida na nuca enquanto tocava piano dentro de casa.


No dia seguinte, Grantham cobriu o corpo da mãe com um lençol e saiu de casa com a intenção de matar o político.


A informação foi revelada no primeiro dia de audiência de condenação do ator nesta semana.


Ele também confessou que após o assassinato da mãe surtou, escreveu em seu diário, gravou um vídeo ao lado do corpo, saiu para pegar dinheiro, voltou para casa, testou a construção de coquetéis molotov e assistiu TV por duas horas e meia.


No dia seguinte, ele saiu de casa com o objetivo de fazer outra vítima: Trudeau. Além de falar para os policiais, o ator também escreveu a intenção em um diário.


No meio do caminho, no entanto, Grantham mudou de ideia e se entregou à polícia. Ele pode ser condenado à prisão perpétua. A audiência será retomada na próxima semana.


Carreira na TV


Ryan Grantham em cena de 'Considering Love and Other Magic' — Foto: Divulgação


Grantham começou a atuar na televisão e no cinema aos nove anos. "Riverdale", "Supernatural" e "iZombie" são as séries de maior destaque da carreira do ator.


Ele também atuou nos filmes "O Caminho do Mal", "Considering Love and Other Magic", "Becoming Redwood" e no primeiro longa da franquia "Diário de um Banana".


Fonte: g1

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Bolsonaro sanciona lei que permite uso de fundo da PF para gastos com saúde de servidores do órgão



O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (15) a medida provisória que permite o uso de recursos do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-Fim da Polícia Federal (Funapol) para custear a saúde de servidores do órgão.


Criado em 1997, o Funapol é irrigado com recursos de taxas cobradas por serviços prestados pela Polícia Federal, como os relacionados à: migração; multas; rendimentos do próprio fundo; receitas obtidas com concursos públicos; doações, entre outros.


Cabe a um conselho gestor elaborar, no segundo semestre do ano anterior, o plano anual de destinação de parte das verbas do fundo. Antes da MP, esse dinheiro era empregado no deslocamento e manutenção de policiais em operações oficiais da PF.


A medida provisória foi editada pelo governo federal e depois aprovada pelo Congresso. Ela permite a utilização de até 50% dos recursos do fundo para custeio das seguintes despesas:


transporte, hospedagem e alimentação de servidores em missão ou em operação de natureza oficial e parcelas de caráter indenizatório

saúde dos servidores da Polícia Federal

pagamento de indenização ao servidor da PF que voluntariamente deixar de gozar integralmente do repouso remunerado (folga), permanecendo à disposição de serviço, conforme regras e disponibilidade orçamentária

Originalmente, o texto enviado pelo governo no fim de 2021 previa a utilização de até 30% das receitas do Funapol com transporte, hospedagem alimentação de servidores da PF, o que já era previsto; e, como novidade, previa a possibilidade de utilização do percentual também com a saúde dos funcionários da instituição.


A MP prevê ainda que outras despesas relacionadas à atividade-fim da PF não especificadas na proposta poderão ser custeadas com verbas do fundo, desde que sejam estabelecidas em regulamento do órgão.


O texto também define regras para o serviço voluntário dos policiais federais e estabelece que as verbas necessárias para o pagamento das indenizações virão de remanejamento de dotações orçamentárias da PF.


Pagamento por disponibilidade

Durante a tramitação na Câmara, os deputados incluíram no texto o pagamento de indenizações aos policiais pelo tempo de disponibilidade. Elas serão pagas quando o servidor, fora do horário de trabalho, ficar à disposição do órgão.



Segundo o texto, será considerado “em disponibilidade” o servidor que permanecer à disposição da PF após a jornada regular de trabalho, de oito horas diárias ou 40 horas semanais. A disponibilidade deverá seguir escala elaborada com antecedência.


A indenização será equivalente a 1/3000 da maior remuneração da carreira policial - em valores atuais, os policiais receberiam em torno R$ 10 por hora. O pagamento não ficará sujeito à cobrança de imposto de renda ou de contribuição previdenciária. Os valores não poderão ser incorporados à remuneração do servidor nem utilizados como base de cálculo para aposentadoria ou pensão por morte.


O ministro da Justiça e Segurança Pública estabelecerá os limites e condições para o pagamento da indenização, segundo a disponibilidade orçamentária da pasta. As verbas virão do remanejamento de dotações orçamentárias da própria Polícia Federal.


Serviço voluntário

Bolsonaro também assinou a sanção da medida provisória que cria o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário para jovens de 18 a 29 anos, pessoas com deficiência, e indivíduos acima de 50 anos que estejam há mais de 24 meses sem vínculo formal de emprego.


O objetivo do programa, que terá dois anos de duração, é "auxiliar na inclusão produtiva de pessoas em situação de vulnerabilidade e reduzir impactos" da pandemia no mercado de trabalho.



A medida provisória foi editada pelo governo em janeiro deste ano e foi aprovada pelo Congresso Nacional. O governo federal não informou se o presidente vetou algum trecho do texto aprovado pelos parlamentares.


A MP não prevê o uso de recursos do governo federal no programa, que será custeado pelo Distrito Federal e pelos municípios que aderirem à ação.


Caberá ao DF e aos municípios definir e ofertar as atividades "de interesse público" a serem prestadas, sem vínculo empregatício ou profissional de qualquer natureza.


Terão prioridade de adesão ao programa:


beneficiários de programas de transferência de renda, como o Auxílio Brasil

pessoas pertencentes à família de baixa renda inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico)

Não poderão participar do programa pessoas que recebem benefício de natureza previdenciária dos regimes geral e próprios de Previdência Social, com exceção daqueles que recebem pensão por morte ou auxílio-acidente.


Os voluntários serão selecionados pelos governos locais por meio de processo seletivo público simplificado, que definirá o período de duração do trabalho voluntário.


A carga horária máxima será de 22 horas semanais, limitada a 8 horas diárias. Os gestores municipais e distrital que aderirem ao programa deverão ofertar também curso de formação inicial ou de qualificação profissional com carga horária mínima de 12 horas a cada 30 dias de permanência no programa.



Os cursos poderão ser no formato presencial, semipresencial ou a distância e serão realizados nas entidades do Sistema S, ou em instituições municipais ou distritais de formação técnico-profissional.


Bolsa menor que o salário mínimo

Municípios e o DF deverão definir o valor da bolsa a ser paga aos participantes do programa. A quantia deverá ser equivalente ao salário mínimo por hora e corresponderá à soma das horas dos cursos e das atividades executadas.


Parlamentares da oposição criticaram a regra, que, segundo eles, permitirá bolsas com valores inferiores a meio salário mínimo, ou seja, cerca de R$ 500.


O texto prevê pagamento de vale-transporte, que não será descontado da bolsa, ou oferecimento de outra forma de transporte gratuito; e a contratação de seguro contra acidentes pessoais.


Os voluntários não poderão exercer atividades:


insalubres

perigosas

que configurem substituição de servidores ou de empregados públicos do ente federativo na execução de atividades

Quando o voluntário completar um ano no programa, terá direito a recesso de 30 dias, com pagamento de bolsa no período. Se o voluntário ficar menos de um ano no programa, terá direito a recesso proporcional ao período que trabalhou voluntariamente.


Os voluntários serão desligados do programa se forem contratados em um emprego com carteira assinada, tomarem posse em cargo público, tiverem frequência inferior à mínima ou aproveitamento insuficiente.


Fonte: g1

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