sábado, março 06, 2021

Mortes violentas caem 27% em fevereiro no RN, diz Secretaria de Segurança

As mortes violentas tiveram uma redução de 27,78% no Rio Grande do Norte no últimos mês de fevereiro. Os dados são da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análises Criminais (Coine) e foram divulgadas pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) nesta sexta-feira (5).


Crime em Macaíba no mês de fevereiro deste ano — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi


Segundo o relatório, o estado teve 104 mortes violentas no último mês de fevereiro, 40 a menos do que as 144 no mesmo mês em 2020.

Considerando o primeiro bimestre do ano - janeiro e fevereiro juntos -, a queda foi de 17,54%. Em 2021, neste período, foram registradas 268 mortes mortes violentas. Somando janeiro e fevereiro do ano passado, esse número foi de 221.


Segundo dados da pasta, todos os tipos de conduta letal registraram redução no mês de fevereiro:


Feminicídio: caiu de 4 para 2 (- 50%);

Lesão corporal seguida de morte: caiu de 10 para 6 (- 40%);

Intervenção policial: caiu de 33 para 24 (- 27,3%);

Latrocínio: caiu de 18 para 15 (-16,7%);

Homicídio doloso: caiu de 203 para 174 (- 14,3%).

De acordo com a Secretaria de Segurança, esse mês de fevereiro de 2021 foi o com menor taxa proporcional de mortes violentas por 100 mil habitantes desde 2015. A taxa foi de 1,09 morte.


2015 – Taxa de 1.30 morte/100.000 habitantes;

2016 – 1.50 morte

2017 – 1.98 morte

2018 – 1.93 morte

2019 – 1.14 morte

2020 – 1.31 morte

2021 – 1.08 morte


Fonte: G1

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MEC volta atrás e cancela ofício que proibia manifestações políticas em universidades

Após repercussão negativa, o Ministério da Educação (MEC) suspendeu, na noite de quinta-feira (4), o ofício que havia emitido no início de fevereiro para “prevenir e punir atos político-partidários nas instituições públicas federais de ensino". No novo documento, a pasta volta atrás e afirma que não havia a intenção de "coibir a liberdade de manifestação e de expressão" no ensino superior.


MEC volta atrás sobre ofício que coibia manifestações políticas nas universidades. Na foto, corredor da Universidade Federal do Ceará. — Foto: Natinho Rodrigues/SVM


O G1 publicou na quarta (3) reportagem que mostrava o envio do ofício a instituições federais. O documento considerava "imoralidade administrativa" manifestações políticas no ambiente universitário.


"Informamos o cancelamento do ofício (...), por possibilitar interpretações diversas da mensagem a que pretendia", afirma o MEC, em circular enviada aos reitores e assinada por Wagner Vilas Boas de Souza, secretário de Educação Superior.


Segundo o texto, o governo respeita a autonomia universitária prevista na Constituição Federal.


O que dizia o ofício que agora está suspenso?

O ofício, emitido em 7 de fevereiro, pedia que as instituições federais de ensino tomassem providências para prevenir e punir manifestações políticas em suas dependências.


O documento citava como um dos argumentos a decisão de 2019 do procurador-chefe da República em Goiás, Ailton Benedito de Souza. Na ocasião, ele afirmou que atos políticos contrários ou favoráveis ao governo representavam desrespeito ao "princípio da impessoalidade".


Segundo Souza, caberia punição, portanto, a comentários ou manifestações que ocorressem em espaços de serviços públicos (como as universidades federais). E seria necessário, na opinião dele, criar canais de denúncia sobre atividades político-partidárias ocorridas nas instituições de ensino.


Qual foi a repercussão do ofício?

Entidades ligadas ao ensino superior afirmaram que o MEC estava coibindo a liberdade de expressão e o direito de docentes e estudantes de lutarem por seus direitos.


Em nota, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) declarou que a recomendação do ministério era um "atentado às liberdades previstas em nossa Constituição".


Em resposta, o MEC havia alegado que a intenção era "orientar as universidades federais para a necessidade de regulamentação e estabelecimento de parâmetros mínimos de observância para a cessão e utilização dos espaços e bens públicos".


O que o MEC alegou para suspender o próprio ofício?

Ao suspender o ofício que a própria pasta havia emitido, o MEC afirma que sua intenção inicial era apenas "prestar informações às universidades sobre a possibilidade e conveniência de regulamentar" a utilização de seus espaços.


O objetivo, segundo o ministério, era orientar as universidades a "garantir o bom uso do recurso público", sem perder a garantia dos direitos de manifestação.


O documento diz também que a Secretaria de Educação Superior mantém diálogo constante com as instituições da rede federal.


O STF já se manifestou sobre o assunto?

Em maio de 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que são inconstitucionais:


atos que vão contra a liberdade de expressão de alunos e professores;

e tentativas de impedir a propagação de ideologias ou pensamento dentro das universidades.


Fonte: G1

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Câmara mantém sessões com deputados em plenário; Senado voltará a regime virtual

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O agravamento da pandemia de Covid-19 no país dividiu o Congresso Nacional em relação às medidas de controle do vírus nas dependências de Câmara e Senado.


Na Câmara, até o momento, vigora a decisão de manter o sistema híbrido de votações, que permite a presença física de deputados em plenário. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já anunciou que a Casa voltará ao regime exclusivamente virtual na próxima semana.


O modelo híbrido de votações foi adotado em fevereiro na Câmara, após a eleição do deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Casa. Os parlamentares seguem votando por aplicativo, mas podem também circular pelo prédio público. Anteriormente, apenas os líderes de cada partido tinham acesso garantido.


A Câmara também autorizou o retorno das comissões temáticas, paradas desde março do ano passado. Esses colegiados analisam os projetos de lei antes da votação em plenário.


Desde o início dessa retomada da atividade presencial, o número de deputados e funcionários da Câmara diagnosticados com Covid-19 quase dobrou: passou de 58 em janeiro para 105 em fevereiro, segundo a assessoria de imprensa da Câmara.


No Senado, três senadores anunciaram que estão com Covid-19 nesta semana. Lasier Martins (Podemos-RS), Major Olímpio (PSL-SP) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Olímpio está internado na UTI de um hospital em São Paulo.


Desde o início da pandemia, dois senadores já faleceram por causa da doença: José Maranhão (MDB-PB) e Arolde de Oliveira (PSD-RJ). Dois assessores do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) também morreram na última semana.


Nesta sexta-feira (4), o país registrou 1.760 mortes pela Covid-19 em 24 horas. São 262.948 óbitos desde o começo da pandemia e 44 dias seguidos com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil.


Risco de colapso nacional

O Ministério Público Federal (MPF) enviou ao Ministério da Saúde nesta semana uma recomendação para que sejam adotadas medidas contra o colapso das redes de saúde privada e pública devido à Covid-19. O MPF afirmou que 20 das 27 capitais do país estão com taxas de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 acima de 80%.


A piora no cenário fez com que estados e o Distrito Federal decidissem aumentar as medidas de isolamento. O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), ampliou o toque de recolher no estado.


Já o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), decretou lockdown amplo. Escolas e academias voltarão a funcionar a partir de segunda-feira (8), mas demais restrições permanecem.


Aglomerações

O quadro da pandemia no Distrito Federal tem impacto direto no funcionamento do Congresso e dos demais poderes da República. Mesmo que os parlamentares possam trabalhar à distância, a presença dos servidores também aumenta os riscos de disseminação da doença.


Desde o decreto do governo do DF prevendo o fechamento de atividades não essenciais, Câmara e Senado decidiram proibir o acesso de visitantes aos edifícios oficiais.


Um ato da Mesa Diretora da Câmara publicado no dia 1º de março também suspendeu os trabalhos presenciais dos servidores enquanto durarem as restrições na capital. A decisão revoga uma medida, tomada dias antes, que previa a retomada gradativa das atividades presenciais.


Nas últimas semanas de fevereiro, diversos prefeitos fizeram visitas à Câmara e ao Senado. Há também registros em vídeo de visitantes que se aglomeravam em filas para entrar no prédio que dá acesso aos gabinetes dos deputados.


Fonte: G1

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Moraes rejeita no STF ações que questionam lei de ajuda a estados e municípios na pandemia

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O ministro Alexandre de Moraes votou nesta sexta-feira (5) no plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) pela rejeição de quatro ações que questionam a lei de ajuda a estados e municípios com a finalidade de atenuar os efeitos da perda de arrecadação durante a pandemia do coronavírus.


O julgamento tem previsão de término no próximo dia 12. No plenário virtual do Supremo, os ministros apresentam os votos na página do tribunal na internet, sem a necessidade de discussão em uma sessão presencial ou por videoconferência.


As ações argumentam que a medida fere a autonomia dos governos locais em razão da obrigação imposta a estados e municípios por uma lei federal em relação ao equilíbrio fiscal. A lei proíbe União, estados, Distrito Federal e municípios de conceder aumentos e reajustes ao funcionalismo, realizar concursos públicos (a não ser para repor pessoal em vagas já existentes), criar cargos, empregos ou funções que aumentem os gastos e criar despesas continuadas de caráter obrigatório.


Relator do caso, Alexandre de Moraes ressaltou a importância de uma atitude responsável das autoridades em relação aos gastos públicos no contexto da crise causada pela pandemia.


"Ao contrário de deteriorar qualquer autonomia, a previsão de contenção de gastos com o aumento de despesas obrigatórias com pessoal, principalmente no cenário de enfrentamento de uma pandemia, é absolutamente consentânea com as normas da Constituição Federal e com o fortalecimento do federalismo fiscal responsável", afirmou o ministro.


Segundo ele, a eventual irresponsabilidade fiscal do ente federativo, "por incompetência ou populismo", não pode ser compensada pela União, em detrimento dos demais entes federativos.


"Pretende-se, pois, evitar que alguns entes federativos façam 'cortesia com chapéu alheio', causando transtorno ao equilíbrio econômico financeiro nacional", escreveu.


Fonte: G1

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Maioria do STF confirma proibição de que governo federal requisite insumos do estado de SP

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (5) para impedir que o governo federal requisite, do governo de São Paulo, seringas, agulhas e outros insumos para o enfrentamento da pandemia


Para os ministros, a requisição administrativa não pode se voltar contra bem ou serviço de outro ente federativo quando representar indevida interferência na autonomia de um sobre outro. Portanto, essa requisição prevista na Constituição não seria autorizada para questões ligadas à crise sanitária.


Os ministros julgam no plenário virtual da Corte uma ação do governo de São Paulo contra a requisição administrativa, pela União, de insumos de uma empresa com a qual o estado fechou contrato.


Em janeiro, numa decisão individual, o ministro Ricardo Lewandowski já tinha proibido o governo federal de interferir na compra fechada por São Paulo.


Agora, a liminar de Lewandowski foi confirmada pela maioria dos ministros da Corte. Seguiram o voto do relator os ministros: Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli, Marco Aurélio Luiz Fux e Roberto Barros.


Lewandowski diz no voto que o STF tem entendimento consolidado de que a requisição não pode configurar indevida interferência na autonomia do governo federal sobre os governos estadual e municipal.



O ministro ressalta que o Supremo já considerou incabível a interferência da União sobre hospitais municipais, suspendeu ato “por meio do qual a União requisitou 50 ventiladores pulmonares adquiridos pelo Mato Grosso, e determinou a entrega ao estado do Maranhão de ventiladores pulmonares previamente adquiridos por meio de contrato administrativos.


“A incúria [falta de cuidado] do governo federal não pode penalizar a diligência da administração do estado de São Paulo , a qual vem se preparando, de longa data, com o devido zelo para enfrentar a atual crise sanitária”, escreveu o ministro.


Fonte: G1

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STF tem maioria para prorrogar lei que autoriza governos locais a traçar medidas contra a Covid-19



O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (5) para estender, enquanto durar a pandemia da Covid-19, a autorização para que governadores e prefeitos determinem medidas de combate ao coronavírus.


Os governos locais podem determinar, diante da particularidades de cada local, medidas como:


isolamento,

quarentena,

restrição à locomoção,

uso de máscaras,

exames médicos,

testes laboratoriais,

coleta de amostras clínicas,

vacinação,

investigação epidemiológica,

tratamentos médicos específicos,

requisição de bens e serviços,

exumação,

necropsia,

cremação e

manejo de cadáveres.


A decisão que deve ser confirmada em plenário também libera que os governos de estados e municípios decidam sobre importação e distribuição de quaisquer materiais, medicamentos, equipamentos e insumos da área da saúde sujeitos à vigilância sanitária sem registro na Anvisa considerados essenciais para auxiliar no combate da pandemia.


As regras devem ficar em vigor até que nova lei seja aprovada pelo Congresso. Em janeiro, o STF emitiu nota para esclarecer que, ao contrário do que vinha dizendo o presidente Jair Bolsonaro, o tribunal nunca proibiu que a União também estabeleça medidas de combate à Covid-19.


O tema é julgado em plenário virtual, mas já tem decisão provisória do ministro relator Ricardo Lewandowski – que deve ser confirmada pela maioria dos magistrados.



O voto do relator

Lewandowski diz no voto que, apesar de a lei que autoriza a adoção dessas medidas locais estar ligada ao decreto de calamidade pública, vencido em dezembro, é preciso assegurar a atribuição dos governos enquanto durar a crise sanitária.


Segundo Lewandowski, quando o legislador atuou a favor de governadores e prefeitos, ainda não era possível saber o tempo de duração da pandemia – portanto, não seria adequado impor uma limitação.


“Ocorre que a pandemia, longe de ter arrefecido o seu ímpeto, na verdade dá mostras de encontrar-se em franco recrudescimento, aparentando estar progredindo, inclusive em razão do surgimento de novas cepas do vírus, possivelmente mais contagiosas”, escreveu o ministro.


Ainda de acordo com Lewandowski, a análise tem que levar em conta a "conjectura segundo a qual a verdadeira intenção dos legisladores tenha sido a de manter as medidas profiláticas e terapêuticas extraordinárias, preconizadas naquele diploma normativo, pelo tempo necessário à superação da fase mais crítica da pandemia, mesmo porque à época de sua edição não lhes era dado antever a surpreendente persistência e letalidade da doença”.


"Por isso, a prudência - amparada nos princípios da prevenção e da precaução, que devem reger as decisões em matéria de saúde pública - aconselha que as medidas excepcionais abrigadas na Lei n° 13.979/2020 continuem, por enquanto, a integrar o arsenal das autoridades sanitárias para combater a pandemia", diz Lewandowski na decisão individual.


Seguiram este entendimento os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Rosa Weber e Dias Toffoli, Luiz Fux e Roberto Barroso.


O ministro Marco Aurélio divergiu por entender que não cabe uma intervenção do Judiciário no caso, para não representar interferência no Legislativo.


Fonte: G1

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Rachadinhas: defesa de Flávio Bolsonaro pede ao STJ que retome julgamento sobre atuação do Coaf

A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) pediu nesta sexta-feira (5) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que retome o julgamento sobre a atuação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no caso das "rachadinhas".


Senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) — Foto: Reprodução/TV Globo


O julgamento já começou e seria retomado na última terça (2), mas foi adiado pelo relator, ministro Félix Fischer, que retirou o caso da pauta e pediu mais informações ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).


Os advogados de Flávio Bolsonaro argumentam que o regimento do STJ não prevê interrupção de julgamentos já iniciados. Para a defesa, como já foram apresentados votos de ministros, a medida seria irregular.


"Isso implica em dizer que provocar-se mais atraso na conclusão do julgamento em questão – qualquer que seja o seu resultado – também significa emperrar-se outras duas instâncias – sendo uma delas o STF – que aguardam, como todo o país, a decisão do STJ para poderem seguir com os seus respectivos expedientes e até outros que guardam relação com o tema deste recurso", afirmaram os advogados.


Nos recursos, o senador aponta supostas irregularidades na comunicação feita pelo Coaf sobre movimentações atípicas no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. Os recursos também questionam a validade de decisões tomadas pela primeira instância no caso, já que o foro especial foi reconhecido pelo Tribunal de Justiça do Rio.


No mês passado, a Quinta Turma do STJ decidiu, por 4 votos a 1, anular as quebras de sigilo de Flávio Bolsonaro nas investigações. Os ministros entenderam que a decisão judicial que autorizou o acesso a esses dados não foi devidamente fundamentada.


As chamadas "rachadinhas" consistem em parlamentares se apropriarem de parte dos salários de assessores de gabinete. A denúncia do Ministério Público aponta a ocorrência dessa prática quando Flávio Bolsonaro era deputado da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).


Impacto na denúncia

A decisão que anulou as quebras de sigilo pode impactar a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio. Isso porque os documentos enviados à Justiça se baseiam, em grande parte, no material obtido quando os sigilos foram afastados.


Na prática, se o STJ reconhecer irregularidades no compartilhamento de dados do Coaf com o MP, o material recolhido pelo Coaf pode ter que ser excluído dos autos do inquérito.


Foonte: G1

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PSB vai ao Supremo para impedir processos do governo contra professores que criticam Bolsonaro

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ato da Controladoria-Geral da União (CGU) que impôs a dois professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) o compromisso de não proferir quaisquer “manifestações de desapreço” ao presidente Jair Bolsonaro. As críticas não poderiam ser feitas em ambiente universitário pelo período mínimo de dois anos.


Ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) teve de firmar acordo com a CGU após criticar gestão de Bolsonaro na pandemia — Foto: RBS TV/Reprodução


A ação foi distribuída ao ministro Ricardo Lewandowski.


Os processos administrativos foram motivados por manifestações proferidas pelo ex-reitor Pedro Hallal e pelo pró-reitor de extensão e cultura Eraldo Pinheiro durante uma live nas redes sociais da Federal de Pelotas, localizada no interior gaúcho.


No documento, o PSB argumenta que o processo movido pela CGU retira dos professores a livre manifestação de ideias e opiniões e tem intenção intimidatória e persecutória contra professores.


Conduta da CGU

Segundo o partido, a conduta da Controladoria-Geral da União (órgão de controle interno sobre patrimônio público e transparência de gestão) representa "patente retrocesso em direitos fundamentais, especialmente à liberdade de expressão, à liberdade de cátedra e ao pluralismo de ideias, que constituem a base da autonomia constitucional conferida às universidades públicas".


O PSB pede medida cautelar contra qualquer apuração ou punição administrativa e judicial contra docentes ou servidores públicos que opinem sobre o governo federal ou sobre o presidente da República nos locais de trabalho. O documento aponta inconstitucionalidade.


Em 2018, o STF considerou, por unanimidade, que uma operação da Justiça Eleitoral ocorrida no mesmo ano feriu a liberdade de expressão de alunos e professores e rechaçou quaisquer tentativas de impedir a propagação de ideologias ou pensamento dentro dos estabelecimentos de ensino.


Em outubro de 2018, universidades públicas de ao menos 9 estados brasileiros foram alvos de operações autorizadas por juízes eleitorais. As ações aconteceram para averiguar denúncias de campanhas político-partidárias que estariam acontecendo dentro das universidades.


O processo na UFPel

Em janeiro deste ano, Pedro Hallal participou de uma cerimônia virtual de nomeação da nova reitora da UFPel, Isabela Andrade. A lei determina que o presidente escolha um nome em uma lista tríplice, mas tradicionalmente o mais votado da eleição interna era nomeado.


Até então, era Hallal quem ocupava o cargo. Isabela Andrade havia ficado em segundo lugar na eleição, mas foi a escolhida pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a instituição.


Em primeiro lugar ficou Paulo Ferreira (Centro de Desenvolvimento Tecnológico), que recebeu 56 votos, e Isabela Andrade (Centro de Engenharias) ficou em segundo, com 6 votos.


Na cerimônia de posse virtual, o antigo reitor criticou Bolsonaro e chamou a gestão de "desgoverno". A nomeação da segunda colocada foi vista como uma intervenção federal na universidade do interior gaúcho, que já vinha sendo alvo de ataques, em especial do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.


No vídeo, ele afirma: "Infelizmente, assim como aconteceu em mais de 20 universidades pelo Brasil durante o desgoverno Bolsonaro, mais de 20 vezes a escolha das comunidades não foi respeitada, o primeiro lugar da lista não foi nomeado."


Em outro trecho, destaca: "É importante identificar de quem é a culpa do que aconteceu. Quem tentou dar um golpe na nossa universidade foi o presidente da República. E eu digo presidente com p minúsculo".


Denúncia de deputado


Pelas críticas, o epidemiologista foi denunciado à Controladoria-Geral da União (CGU) pelo deputado bolsonarista Bibo Nunes, integrante do antigo partido do presidente, o PSL.


Na análise do vídeo da live, a CGU incluiu na denúncia o pró-reitor de extensão e cultura, Eraldo dos Santos Pinheiro, por ter chamado Bolsonaro de "machista, racista, homofóbico, genocida".


Para a controladoria, o ato foi uma infração disciplinar de menor potencial ofensivo. A instituição propôs a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que obriga Hallal e Pinheiro a não se manifestarem contra o presidente Jair Bolsonaro por dois anos.


Em nota, a controladoria disse que o "TAC é um instrumento de natureza consensual, não possuindo, pela sua própria natureza, qualquer caráter punitivo. Nos termos do artigo 7º, §3º, da Instrução Normativa CGU nº 4/2020, o TAC possui acesso restrito até o seu efetivo cumprimento".


'Não vai funcionar'

Hallal, em entrevista ao G1, disse que "se é intimidação contra minhas posturas relacionadas ao coronavírus, o que posso dizer é que não vai funcionar porque vou continuar emitindo todas as opiniões sobre as trágicas formas de condução dessa pandemia".


Questionado sobre as opiniões que emitia, o ex-reitor disse "que o país não tem testagem em massa. Não faz rastreamento de contatos. Não pratica o distanciamento social. Que o presidente e o governo desvalorizam o distanciamento social, e até hoje, direta ou indiretamente, seguem com tratamentos sem eficácia comprovada. Que o presidente declarou que não ia tomar vacina. Que a campanha de vacinação é o maior fracasso da saúde pública até hoje. Essas coisas que falo como opinião de pesquisador."


Cientistas do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Federal de Pelotas fizeram no ano passado testes para detectar anticorpos contra o coronavírus de vários estados e entrevistas para entender como o vírus afeta diferentes classes sociais e grupos étnicos.


Fonte: G1

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Bolsonaro tenta dividir sociedade e criar cortina de fumaça para mansão do filho, avaliam aliados



Aliados do presidente Jair Bolsonaro ouvidos pelo blog reconhecem que o presidente tem um objetivo claro ao usar palavras duras e que chocaram a população ao criticar medidas de restrição em meio a recorde de mortes por Covid-19.


Na avaliação desses aliados, o método de Bolsonaro consiste em dividir ainda mais a sociedade com intenção eleitoral de conquistar apoio de um segmento da população que está em desespero pela falta de trabalho ou por que precisou fechar o negócio.


Até mesmo integrantes do governo, avaliam de forma reservada um erro na postura agressiva do presidente Bolsonaro. “Ao invés de dividir, seria o momento de unir a população para uma solução segura no enfrentamento da pandemia e conciliar esforços para vacinação”, reconheceu ao blog um auxiliar próximo.


Bolsonaro usou os termos "mimimi" e "frescura" ao criticar novamente as medidas adotadas diante da pandemia. Ele fez o comentário durante um evento de que participou nesta quinta-feira (4) em São Simão, sudoeste de Goiás, um dia após o estado ter registrado recorde de mortes pela doença.


"Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?", disse o presidente.


Para aliados no Congresso Nacional, Bolsonaro ainda tinha um segundo objetivo ao usar termos fortes para chocar a população: criar uma espécie de cortina de fumaça para o desgaste político causado pela divulgação da compra por R$ 6 milhões de uma mansão no Lago Sul, de Brasília, pelo filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).


Fonte: g1

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Papa Francisco tem encontro histórico com aiatolá e visita local de nascimento de Abraão, pai do judaísmo, cristianismo e islamismo

O Papa Francisco se reuniu neste sábado (6) com o principal líder xiita do Iraque, o grande aiatolá Ali al-Sistani, em um encontro histórico. Depois, ele foi a Ur, onde nasceu o profeta Abraão, pai do judaísmo, cristianismo e islamismo.


Papa Francisco se encontra com o principal clérigo xiita do Iraque, o grande aiatolá Ali al-Sistani, em Najaf, no Iraque — Foto: Vatican Media / AP Photo


O encontro ocorreu na cidade sagrada de Najaf, no sul do país. Foi a primeira vez que um papa se encontra com um líder xiita sênior.


A televisão estatal Ekhbariya mostrou o comboio do papa movendo-se por Najaf.


Sistani é uma das figuras mais importantes do islamismo xiita, tanto no Iraque como fora dele.


Ele exerce enorme influência sobre a política. Seus decretos enviaram iraquianos às urnas eleitorais pela primeira vez em 2005, reuniram centenas de milhares de homens para lutar contra o Estado Islâmico em 2014 e derrubaram um governo iraquiano sob pressão de manifestações em 2019.


Helicóptero militar iraquiano sobrevoa o santuário Imam Ali em Najaf, durante a visita do Papa Francisco à cidade sagrada para encontro histórico com o clérigo xiita grande Aiatolá Ali al-Sistani — Foto: Mohammed Sawaf / AFP Photo


Sistani, de 90 anos, raramente faz reuniões e recusou negociações com os atuais e ex-primeiros-ministros do Iraque, segundo autoridades próximas a ele.


Sistani concordou em se encontrar com o papa com a condição de que nenhuma autoridade iraquiana estivesse presente, informou uma fonte do gabinete do presidente à Reuters.


Mulher caminha perto de pôster que dá boas-vindas ao Papa Francisco em Bagdá em 4 de março — Foto: Reuters/Teba Sadiq


O Papa Francisco iniciou sua viagem mais arriscada ao exterior na sexta-feira (5), voando para o Iraque em meio à segurança mais rígida já vista para uma visita papal para apelar aos líderes do país e ao povo para que acabem com a violência e conflitos religiosos.


Francisco, de 84 anos, fez um apelo para que os iraquianos dessem uma chance aos pacificadores durante uma reunião de oficiais e diplomatas iraquianos no palácio presidencial.


Mais tarde, ele prestou homenagem às pessoas mortas em ataques motivados pela religião, visitando uma igreja de Bagdá onde homens armados islâmicos mataram cerca de 50 fiéis em 2010.


Papa visita o local de nascimento de Abraão



Vista do sítio arqueológico em Ur onde, acredita-se, nasceu o profeta Abraão, em 6 de março de 2021 — Foto: Thaier al-Sudani/Reuters


Após seu encontro com Sistani, Francisco foi visitar as ruínas da antiga Ur, também no sul do Iraque, venerada como o local de nascimento de Abraão, que é visto como o pai de três grandes religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.


"Esse lugar sagrado nos leva de volta às nossas origens", ele afirmou ao lado de líderes muçulmanos, cristãos e yazidis. Ele falou perto do sítio arqueológico da cidade de 4.000 anos.


"Deste lugar, onde a fé nasceu, da terra do nosso pai Abraão, nos permite afirmar que Deus é misericordioso e que a maior blasfêmia é profanar seu nome com ódio aos nossos irmãos e irmãs", disse ele em Ur.


"A hostilidade, o extremismo e a violência não nascem de um coração religioso, [esses sentimentos] são a traição da religião. Nós, crentes, não podemos nos silenciar quando o terrorismo abusa da religião", afirmou o Papa.


Fonte: G1

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Atentado com carro-bomba deixa mortos na Somália

Mais de 10 pessoas morreram nesta sexta-feira (5) em um atentado do grupo islamita Al-Shabab, que explodiu um carro-bomba em frente a um restaurante em Mogadíscio, capital da Somália, informou a polícia.


Ferido é socorrido após explosão de bomba perto de restaurante em Mogadíscio, na Somália, na sexta-feira (5) — Foto: Reuters/Feisal Omar


De acordo com o porta-voz da polícia, Sadick Dudishe, o ataque foi realizado com um riquixá, que puxava um reboque carregado de explosivos. "Os terroristas tinham como alvo um restaurante frequentado por civis. Dez pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas", disse à imprensa.


Uma autoridade de segurança e uma fonte médica não descartaram que o saldo de vítimas possa ser maior. "A explosão foi muito forte e causou graves danos e vítimas. Ainda estamos avaliando o número exato de vítimas, embora a informação inicial seja a de que mais de 10 pessoas morreram", explicou a autoridade, Mohamed Osman.


"Nossas equipes confirmaram 20 pessoas mortas e 30 feridas", afirmou, por sua vez, o diretor do serviço de ambulâncias da capital somali, Abdikadir Abdirahman.


O Al-Shabab, um grupo islamita afiliado à rede Al-Qaeda, lidera há anos uma rebelião para derrubar o frágil governo somali, apoiado pela comunidade internacional. Eles foram expulsos de Mogadíscio em 2011 pela força da União Africana (UA), mas seguem controlando amplas áreas da Somália, um país tomado pelo caos desde 1991.


Fonte: Frances Presse

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Ministro da Saúde do Paraguai é o mais recente da região a perder cargo por pandemia

O ministro da Saúde do Paraguai, Julio Mazzoleni, pediu demissão nesta sexta-feira (5), depois que parlamentares pediram, na véspera, para ele deixar o cargo em meio a um aumento de casos de coronavírus que está deixando os hospitais do país perto do colapso.


Paraguaios protestam contra a resposta do governo de Marido Abdo Benitez à pandemia de Covid-19 no país, em Assunção, na sexta-feira (5 — Foto: AP Photo/Jorge Saenz


Mazzoleni é o mais recente de uma série de importantes autoridades de saúde que perderam seus cargos na América Latina nas últimas semanas por conta da condução da pandemia e distribuição lenta de vacinas.


O ministro inicialmente rejeitou a solicitação do Senado para sair, mas horas depois pediu demissão após reunião com o presidente Mario Abdo.


"Concordamos juntos em eu sair... para proporcionar a paz de que precisamos para enfrentar esse desafio", disse Mazzoleni.


Abdo nomeou o dr. Julio Borba, vice-ministro, para a vaga de Mazzoleni.


O Paraguai vacinou menos de 0,1% de sua população, segundo dados oficiais.


Fonte: Reuters

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Covid-19: Israel reabre espaço aéreo após cinco semanas de fechamento

Israel vai reabrir seus aeroportos a partir de domingo (7) para a entrada de cidadãos do país depois de um mês de fechamento total do espaço aéreo. Mas a abertura não será completa e irrestrita. Só 3 mil cidadãos israelenses vão poder voltar no país por dia, depois de mais de cinco semanas de fechamento quase total dos aeroportos internacionais do país.


Os viajantes israelenses exibem as pulseiras eletrônicas de monitoramento que devem usar após retornarem do exterior, no aeroporto Ben-Gurion, perto de Tel Aviv, Israel, na segunda-feira (1º) — Foto: AP Photo/Sebastian Scheiner


Desde 25 de janeiro, só voos de carga e de emergência puderam desembarcar nos dois únicos aeroportos internacionais de Israel: o principal e maior, o Ben Gurion, perto de Tel Aviv, e o Ilan Ramon, no extremo Sul, que é bem pequeno.


O fechamento do espaço aéreo aconteceu para evitar a entrada das novas e mais virulentas variantes do coronavírus no país, como a britânica, a sul-africana, a brasileira e a de Nova York. Israel, na época, estava no auge de seu terceiro lockdown desde o começo da pandemia, e em meio a um aumento de casos de Covid-19.


O resultado é que dezenas de milhares de israelenses não puderam voltar para casa. Só podia desembarcar quem conseguisse uma permissão especial de uma comissão governamental. Agora, o espaço aéreo volta a ser aberto, mesmo que ainda parcialmente e só para cidadãos. Os primeiros voos virão de Nova York, Paris, Frankfurt e Kiev.



Medida conseguiu conter a Covid-19

O fechamento aconteceu como parte de um conjunto de medidas que diminuiu a incidência de Covid-19 em Israel, nos últimos dois meses e meio. Primeiro, o país começou sua campanha de vacinação em 20 de dezembro e, desde então, 80% dos moradores com mais de 16 anos já se imunizaram com pelo menos uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech ou já se recuperaram do vírus. Fora isso, o governo decretou um lockdown de cinco semanas.


O fechamento dos aeroportos até demorou, o que levou a muitas críticas às autoridade, já que a variante britânica já havia entrado no país. Mas, desde o fechamento do espaço aéreo, não há registros de outras variantes no país, só alguns casos da sul-africana.


Autoridades de saúde não escondem que gostariam de manter os aeroportos fechados exatamente para ganhar tempo e conseguir que mais pessoas recebam a segunda dose antes da chegada das variantes, algo que é dado como certo.


Mas foram voto vencido no Gabinete do Coronavírus, para o qual não era mais possível juridicamente proibir cidadãos de voltarem a seu próprio país. Até porque há eleições gerais marcadas para o próximo 23 de março. E como, pela lei israelense, não se pode votar no exterior, é ilegal proibir cidadãos de participar do pleito.


Procedimento para entrar em Israel

Diante do perigo da entrada das variantes com a abertura dos aeroportos, as autoridades estão tomando precauções. Todos os repatriados precisarão se submeter a dois exames de coronavírus: um antes de embarcar e outro na chegada. E, ao desembarcar, todos terão que fazer quarentena. Eles podem optar por se isolar em um hotel gratuito ou em casa.


Quem optar pela segunda opção, receberá uma pulseira eletrônica com GPS para monitorar seus movimentos. Mais de 600 policiais serão designados para fazer cumprir a quarentena obrigatória.



A decisão de reabrir os céus veio um dia depois de o governo decidir colocar em prática a terceira fase da estratégia de saída do lockdown. A partir de domingo, restaurantes e salões de festas também poderão reabrir. A princípio, receberão apenas pessoas que apresentem o chamado “passe verde”, um documento emitido para quem tomou as duas doses da vacina, sendo que se passaram sete dias da segunda.


Esses “sortudos”– cerca de 40% da população – também já podem frequentar academias de ginástica, shows e teatros. Quem ainda não tem o passe, no entanto, já pode pelo menos ir a shoppings, que reabriram. As escolas também foram reabertas recentemente.


Aumento de contaminações

Apesar de todas essas medidas e precauções, a epidemia ainda persiste em Israel. O número de infectados tem começado a aumentar novamente, apesar da esperança de que, até março, Israel alcançasse algo parecido com uma “imunidade de rebanho”.


Mas isso não aconteceu. Há dois motivos: o primeiro é o fato de que 25% da população do país é formada por crianças de até 16 anos, que ainda não podem ser vacinadas por falta de provas de que a imunização é segura em menores.


O segundo motivo são as variantes. Como o aeroporto fechou depois que a mutação britânica já havia chegado ao país, muitas pessoas que ainda não tinham sido vacinadas ou só haviam recebido uma dose de imunizante foram infectadas. Principalmente gente mais jovem, com menos de 40 anos, e até muitas crianças.


Mas a boa notícia é que o número de mortos ou doentes em estado grave não aumentou proporcionalmente, provando a eficácia das vacinas para evitar casos severos e óbitos.


Mesmo assim, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que pode declarar um novo lockdown se o índice de contaminações, a chamada taxa R, superar o número 1. O ideal é que a R fique abaixo de 1, diminuindo a propagação do vírus. Como ela já está em 0,97, é possível que um novo lockdown aconteça antes das eleições.


A pergunta é se Netanyahu vai realmente seguir esse parâmetro, já que um novo fechamento total da economia poderia afetar sua popularidade e colocar sua reeleição em risco.


Fonte: G1

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Covid: Reino Unido encontra cidadão infectado por variante brasileira que era procurado pelas autoridades

O ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, disse nesta sexta-feira (5) que as autoridades do país conseguiram identificar o cidadão que era procurado após ter sido infectado pela variante brasileira do coronavírus.


Passageiros no aeroporto de Heathrow, em Londres. — Foto: REUTERS/Toby Melville


Ele era o único entre as seis pessoas que testaram positivo para a variante P.1 – encontrada pela primeira vez em Manaus – que não havia sido identificado pelas autoridades sanitárias do país.


Isso aconteceu porque ele não preencheu corretamente o formulário que acompanha o teste caseiro enviado por ele pelo correio.


Sem essas informações, o laboratório que deu o diagnóstico positivo para essa variante não conseguia identificá-lo e nem rastrear possíveis contatos.


Hancock informou que o indivíduo, que não teve sua identidade divulgada, cumpria com a quarentena dentro de casa e que não há evidências de que ele possa ter transmitido a doença para outras pessoas.


No fim de fevereiro, o primeiro-ministro Boris Johnson, disse que as autoridades estavam fazendo um grande esforço para evitar que essa a variante se espalhasse pelo país.


Segundo as autoridades britânicas, todos pacientes identificados tinham histórico recente de viagem para o Brasil e estão em isolamento.


Histórico de contato

No domingo (28), o Public Health England (PHE), agência do Departamento de Saúde do Reino Unido disse que buscava por passageiros de um voo vindo de São Paulo, via Zurique, que pousou em Londres no dia 10 de fevereiro.


Naquele momento, três casos com a variante foram identificados na Escócia, e mais dois na Inglaterra.


O governo também anunciou que iria testar pessoas próximas aos infectados para rastrear contatos e evitar a propagação dessa variante no país que já tem que lidar com a cepa britânica do vírus, mais transmissível e dominante na região.


Fonte: G1

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'Brasil tem que levar isso muito a sério', alerta OMS sobre aumento dos casos e mortes por Covid-19



Depois de dizer na semana passada que o "Brasil vive uma tragédia", diretores da Organização Mundial de Saúde (OMS) cobraram nesta sexta-feira (5) medidas agressivas e disseram que o aumento dos casos de Covid-19 no país pode impactar toda a América Latina.


"A situação é muito séria, muito preocupante. As medidas de saúde pública que o Brasil deveria adotar deveriam ser agressivas – enquanto, ao mesmo tempo, distribui vacinas."

"(...) Se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil." - Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

Os diretores se posicionaram depois de serem questionados sobre o aumento de internações entre jovens.


Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, resumiu a gravidade da situação dizendo que o Brasil precisa levar o aumento de casos "muito, muito a sério".


"A situação no Brasil é muito, muito preocupante. Quando vimos muitas tendências de queda, em muitos países, nas últimas seis semanas, a situação no Brasil ou tinha aumentado ou atingido um platô – mas, é claro, com uma tendência maior de aumento. Eu acho que o Brasil tem que levar isso muito, muito a sério" - Tedros

"Sem fazer coisas para impactar a transmissão ou suprimir o vírus, não acho que vamos conseguir ter, no Brasil, a tendência de queda", alertou o diretor-geral.


Não é hora de relaxar

Na mesma sessão da OMS desta sexta-feira, o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, alertou que não é hora de relaxar.


"Houve um aumento nacional no Brasil [em número de casos], e isso é de norte a sul. As medidas de saúde pública, sociais e comportamentais param todas essas cepas e variantes. Agora não é a hora de o Brasil ou qualquer outro país, aliás, relaxar", disse Ryan.

Ryan continuou o alerta dizendo que a chegada de vacinas é um momento de "grande esperança", mas que também pode fazer com que as pessoas percam o foco no combate à pandemia.


"Se eu acho que vou receber a vacina nas próximas semanas, talvez eu não seja mais cuidadoso. Talvez eu ache que já superei. Você não precisa que muitas pessoas comecem a pensar isso para dar uma chance ao vírus de se espalhar. Nós vimos isso na Europa até o Natal", lembrou.

"Mudanças pequenas num grande número de pessoas podem levar a uma grande mudança na epidemiologia deste vírus. Acho que já aprendemos isso a esta altura", disse.


Variante P.1

Michael Ryan também afirmou que a OMS está preocupada com a variante P.1 – identificada pela primeira vez em Manaus mas que já se espalhou para vários estados brasileiros e ao menos outros 24 países.


"Estamos muito preocupados com a P.1. Ela carrega muitas mutações específicas que dão vantagens ao vírus, principalmente na transmissão. Não há dúvidas de que uma proporção desses casos que estão ocorrendo agora são reinfecções, potencialmente devido à perda de imunidade, potencialmente devido ao fato de que novas variantes estão evadindo o potencial imunológico da imunidade natural – o que, por si só, significa que precisamos ser muito cuidadosos com vacinas, para ter certeza de que as vacinas funcionam contra essas cepas", alertou.


O diretor lembrou da necessidade das medidas de prevenção.


"As coisas que te protegem da cepa original ainda protegem você e sua comunidade da cepa P.1. ou qualquer outra", frisou Ryan. "Infelizmente ou felizmente, ainda está em nossas mãos. Nosso risco ainda está em nossas mãos".

Tedros destacou, ainda, que a preocupação da entidade não é só com o Brasil.


"Os vizinhos do Brasil são quase a América Latina inteira. Muitos países. O que significa que, se o Brasil não for sério, vai continuar a afetar toda a vizinhança lá e além. Não é só sobre o Brasil. É sobre toda a América Latina e até além. A aplicação de medidas de saúde públicas sérias é muito, muito importante", declarou.


Fonte: G1

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'Chega de frescura, de mimimi': frase de Bolsonaro repercute na imprensa internacional

A declaração do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, sobre medidas de restrição em meio a recorde de mortes por Covid-19 no país repercutiu na imprensa internacional. Ele fez o comentário durante um evento na quinta-feira (4) em Goiás:


"Vocês não ficaram em casa. Não se acovardaram. Temos que enfrentar os nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?", disse o presidente do Brasil.

Segundo o colunista do G1, Gerson Camarotti, Bolsonaro tem método ao falar sobre "mimimi": o presidente divide a sociedade pensando na eleição e tenta criar uma cortina de fumaça após a revelação da compra de uma mansão de R$ 6 milhões pelo filho Flávio.


Veja abaixo a repercussão internacional:


Reuters

A agência de notícias Reuters destaca que a declaração foi feita após dois dias seguidos de recorde de mortes e que o Brasil é o segundo país com mais óbitos no mundo, só atrás dos Estados Unidos.


"O governo federal tem demorado a comprar e distribuir vacinas, com menos de 3,5% da população vacinada", destaca a reportagem.



'Chega de frescura, de mimimi': frase de Bolsonaro repercute na imprensa internacional — Foto: Reprodução/Reuters


Deutsche Welle

A rede alemã DW, que ainda destacava a declaração de Bolsonaro na sua página inicial na manhã desta quinta-feira (5), diz que "os comentários do líder de extrema-direita ocorrem no momento em que o Brasil atravessa sua semana mais mortal da pandemia do coronavírus, com mais de 1,3 mil mortes por dia".


Chega de frescura, de mimimi': frase de Bolsonaro repercute na imprensa internacional — Foto: Reprodução/DW


Washington Post

"O solo fértil para variantes no Brasil é uma ameaça ao mundo inteiro", escreve o comitê editorial do jornal "Washington Post", o principal da capital americana. Sem citar a frase do "mimimi", o jornal lembra que Bolsonaro chamou a Covid-19 de "gripezinha" e "apoiou remédios inúteis como a hidroxicloroquina".


O editorial diz que o Brasil "parece incapaz de sair do abismo" e traça um paralelo com a postura do ex-presidente americano Donald Trump nos EUA. "O vácuo de liderança de Bolsonaro deu ao vírus uma abertura para se espalhar".

O "Washington Post" destaca a preocupação de cientistas de que a variante brasileira pode estar reinfectando quem já teve Covid-19 anteriormente.


"O que acontece no Brasil não fica no Brasil", ressalta o editorial. "Como o epidemiologista Miguel Nicolelis, da Universidade Duke, disse ao Post: 'se o Brasil não controlar o vírus, será o maior laboratório aberto do mundo para o vírus sofrer mutação'. Isso é um problema para todos".


Clarín

O principal jornal da Argentina destaca que, "em meio ao caos", Bolsonaro "voltou a minimizar a pandemia", "chamou de 'covardes' os que cumprem o distanciamento social" e "se rebelou contra os que lhe pedem para comprar vacinas".


"Com recorde de mortes, hospitais à beira do colapso e uma campanha de vacinação em câmera lenta, o Brasil vive a fase mais mortal da pandemia do coronavírus. No entanto, seu presidente novamente voltou a minimizá-la".


BBC

"O Brasil está enfrentando sua pior fase da pandemia, deixando seu sistema de saúde em crise", afirma reportagem da BBC News, do Reino Unido, dizendo que "ainda assim, na quinta-feira (4), Bolsonaro continuou a minimizar a ameaça representada pelo vírus".



A reportagem cita as medidas de restrição que estados e municípios têm adotado para frear o avanço da pandemia e destaca a cepa brasileira do novo coronavírus, dizendo que "a explosão de casos foi atribuída à disseminação de uma variante altamente contagiosa"


Fonte: G1

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