quinta-feira, maio 06, 2021

Polícia Federal prende suspeito de receber R$ 800 em notas falsas pelos Correios no interior do RN

A Polícia Federal prendeu um homem de 19 anos de idade suspeito de receber R$ 800 em notas falsas pelos Correios no município de Serra do Mel, no interior do Rio Grande do Norte. O jovem foi detido pelos policiais quando deixava a agência da cidade com o envelope na mão.


Notas foram apreendidas com suspeito em Serra do Mel — Foto: Divulgação/PF


De acordo com a Polícia Federal, o envelope tinha notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20, todas com indícios de falsificação. O "dinheiro" foi apreendido.


Ao ser abordado pelos policiais federais, o suspeito não reagiu e confessou ter adquirido o material na através de um desconhecido em um anúncio numa rede social.


O suspeito foi conduzido para a sede da Delegacia da Polícia Federal em Mossoró, na Região Oeste, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante.


O rapaz de 19 anos foi indiciado por crime de moeda falsa e encaminhado para a Cadeia Pública, onde está à disposição da Justiça.


Fonte: G1

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RN tem 228.077 casos confirmados e 5.599 mortes por Covid-19



O Rio Grande do Norte registrou 228.077 casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia. A doença vitimou 5.599 pessoas no estado. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta quinta-feira (6). Outros 1.137 óbitos estão sob investigação.


Em relação ao boletim de quarta-feira (5), são 19 mortes a mais - sendo 13 ocorridas nas últimas 24 horas em Natal (4), Parnamirim (2), Mossoró (2), Jucurutu (1), Campo Redondo (1), Areia Branca (1), Várzea (1) e Pedro Velho (1).


Mortes e casos de Covid nas cidades do Rio Grande do Norte

Covid-19: veja a ocupação dos leitos de UTI em Natal

De acordo com a Sesap, 851 pessoas estão internadas por causa da Covid-19 no RN - 627 na rede pública e 206 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 351 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 81% na rede pública; com 127 internados, a rede privada tem 83% de ocupação.


O RN tem ainda 52.670 casos suspeitos e 455.943 casos descartados de Covid-19. O número de confirmados recuperados não foi atualizado e segue em 150.649, e o de inconclusivos, tratados como "Síndrome Gripal não especificada", está em 131.954.



O boletim também destaca que 489.797 testes de Covid-19 foram realizados no estado até o momento, sendo 273.161 RT-PCR (conhecidos também como Swab) e 216.636 sorológicos.


Números do coronavírus no RN

228.077 casos confirmados

5.599 mortes

52.670 casos suspeitos

455.943 casos descartados

150.649 confirmados recuperados


Fonte: G1

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Mais 64,5 mil doses da vacina de Oxford chegam ao Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte recebeu nesta quinta-feira (6) mais 64,5 mil doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para continuação da campanha de imunização contra a Covid-19 no estado.


Novo lote de vacinas chegou ao RN — Foto: Raiane Miranda


A carga foi encaminhada para a Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) e será distribuída, pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), aos municípios na sexta-feira (7).


Esse é 18º lote de vacinas desde o início da campanha de vacinação, em janeiro. Seguindo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), as doses vão ser destinadas para a continuação da vacinação de:


forças de segurança e salvamento e Forças Armadas

pessoas com comorbidades

gestantes, puérperas

pessoas com deficiência permanente - cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC)

continuidade da vacinação para idosos entre 60 a 64 anos.

Com esse novo lote, o RN ultrapassa a marca de 1,1 milhão de vacinas recebidas. O monitoramento da plataforma RN + Vacina aponta que, até o fim da tarde desta quinta-feira (6), foram registradas 795.547 pessoas que já receberam pelo menos uma dose das vacinas contra a Covid-19.


A Sesap informou que aguarda sinalização do Ministério da Saúde quanto a novos carregamentos, em especial da CoronaVac, para a finalização do esquema vacinal dos potiguares que estão em atraso. Segundo a pasta, 87 mil potiguares estão nessa situação atualmente.



Por falta de vacina, a aplicação da segunda dose de CoronaVac foi suspensa em Natal, Parnamirim, Mossoró e São Gonçalo do Amarante.


Fonte: G1

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Com alta de casos de Covid-19, prefeitura de Carnaubais decreta 'lockdown' de 10 dias no Oeste potiguar



O município de Carnaubais decretou "lockdown" de 10 dias, com fechamento de comércio e proibição de circulação de pessoas, na cidade Oeste potiguar, a partir desta sexta-feira (7). Segundo a prefeitura, a medida é uma tentativa para barrar a alta de casos e mortes por Covid-19.


A cidade é a segunda na região Oeste potiguar, a decretar o isolamento social rígido, com funcionamento apenas de serviços essenciais. Em Caraúbas, a medida passou a valer dia 1º de maio e segue até a próxima segunda (10).


Em Carnaubais, o decreto determina fechamento de comércios e proibição da circulação de pessoas até o dia 17 de maio. Segundo a secretária de Saúde, Marlizia Veras, o município vinha seguindo os decretos estaduais e até aumentou o toque de recolher na semana passada, mas a alta de casos levou a gestão a optar pelo novo decreto.


Somente em abril, o município registrou 180 casos de Covid-19 e três óbitos em um intervalo de 13 dias - a quantidade mais alta desde o início da pandemia. Até então, o mês com mais casos tinha sido março, com 69 pessoas com diagnóstico positivo para a doença.


"Estamos atualmente com 139 pessoas em tratamento por Covid-19. Até dia 25 de março, eram 26 pessoas aqui no município. No início do ano tínhamos cinco mortes pela doença e agora estamos com 11. O município é pequeno, com cerca de 10,8 mil habitantes e não tem uma grande estrutura hospitalar", afirmou a secretária de Saúde do município Marlizia Veras.



Apenas serviços essenciais poderão funcionar, seguindo uma série de exigências de distanciamento, como atendimento de apenas uma pessoa por núcleo familiar e distanciamento mínimo de 1,5 metro.


"O decreto rege o lockdown no município e vai passar a valer a partir da meia noite. Nós pedimos apoio do estado junto com as forças de segurança e iremos cumprir o lockdown com medidas bem restritivas, com organização do comércio essencial e circulação de pessoas na cidade. Tudo isso para diminuir o número de casos", afirmou.


As pessoas que precisarem sair para ir aos serviços considerados essenciais deverão apresentar documento que comprovem a necessidade do deslocamento, segundo a prefeitura. A venda de bebidas alcoólicas fica proibida no município e até a exibição dos produtos em prateleiras não está autorizada.


Aulas, indústrias, igrejas, restaurantes e comércio em geral não poderão funcionar com atividades presenciais. Até mesmo a entrada e saída de pessoas na cidade ficará limitada.


São considerados essenciais no município

serviços públicos essenciais (como saúde e segurança)

serviços relacionados à saúde, incluídos os serviços médicos, hospitalares, atividades de podologia, entre outros;

farmácias, drogarias e similares, bem como lojas de artigos médicos e ortopédicos;

supermercados, mercados, padarias e demais estabelecimentos voltados ao abastecimento alimentar, vedada a consumação no local;

serviços funerários;

petshops, hospitais e clínicas veterinária;

serviços de imprensa e veiculação de informação jornalística;

atividades de representação judicial e extrajudicial, bem como assessoria e consultoria jurídicas e contábeis;

oficinas, serviços de locação e lojas de autopeças referentes a veículos automotores e máquinas, apenas para atendimento de veículos em serviço no cumprimento das medidas contidas neste Decreto;

postos de combustíveis e distribuição de gás;

serviços de telecomunicações e de internet, tecnologia da informação e de processamento de dados;

serviços de manutenção em refrigeração e demais equipamentos;

serviço de apoio para realização de transmissão on line de atividades religiosas;

serviços de cuidadores de idosos;

atividade agropecuária;

Instituições bancárias, inclusive salas de autoatendimento, casas lotéricas, correspondentes bancários e similares.


O município afirma que a fiscalização vai funcionar primeiramente de forma educativa, porém poderão ser aplicadas multa diária de R$ 500,00 para empresas e de R$ 200,00 para pessoas que descumprirem as normas, e o valor deverá ser duplicado a cada reincidência. Estabelecimentos também podem sofrer embargos ou interdição.


Fonte: G1

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RN precisa de 87 mil vacinas para segunda dose da CoronaVac, diz Secretaria de Saúde

O Rio Grande do Norte precisa de 87.097 doses de Coronavac para terminar a aplicação da segunda dose em quem já tomou a primeira. O levantamento foi feito pela Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) a pedido do Ministério da Saúde.


RN precisa de 87 mil vacinas para segunda dose da CoronaVac, diz Secretaria de Saúde — Foto: Instituto Butantan/Divulgação


De acordo com Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde no RN, há previsão de chegada de novas doses de Coronavac ao RN no fim de semana. "Ainda não se sabe se o Ministério da Saúde vai enviar essa totalidade das doses ou não", disse.


Ela explicou que dessas 87.097 doses, 61.097 foram enviadas pelo Ministério da Saúde como D2 e usadas como D1. As outras 26 mil doses não foram enviadas pelo MS.


De acordo com Kelly, o RN recebe nesta quinta (6) mais de 60 mil doses de Astrazeneca e, na sexta (7), 17 mil doses da vacina da Pfizer. "Com a chegada dessas vacinas vamos avançar a imunização no público com comorbidades", explicou Kelly.


Falta de Coronavac

A aplicação da segunda dose da Coronavac foi suspensa pela primeira vez no RN no dia 12 de abril na capital potiguar. De lá pra cá outros municípios também suspenderam a aplicação por falta de doses.


No dia 29 de abril a Secretaria Estadual de Saúde informou que 90% dos municípios do RN estavam com a aplicação da Coronavac suspensa por falta de doses.


Fonte: G1

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Programa de fomento ao empreendedorismo abre inscrições para startups do Nordeste



Startups de todos o Norte e Nordeste podem se inscrever no programa BID ao Cubo até o dia 23 de maio. O objetivo do programa é beneficiar startups com soluções inovadoras, de uso intensivo de tecnologia, com escalabilidade e impacto social e/ou econômico para melhorar a vida das populações pobres e vulneráveis na América Latina e no Caribe.


O foco do programa são startups que já estejam em fase de tração ou escala.


As inscrições podem ser feitas pela internet. A seleção das empresas acontece de 24 de maio a 6 de junho. O resultado final será divulgado de 7 a 11 de junho.


O programa será totalmente online e terá duração de 8 semanas, focado em conexões com grandes empresas, investidores e mentores da rede BID, BID Lab, Cubo Itaú e Darwin Startups. Confira o regulamento completo.


Fonte: G1

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Pfizer faz acordo para vacinar atletas da Olimpíada de Tóquio

Os laboratórios Pfizer e BioNTech anunciaram nesta quinta-feira (6) que chegaram a um acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para fornecer vacinas contra a Covid-19 aos atletas e membros das delegações dos Jogos Olímpicos de Tóquio.


Foto de 12 de abril de 2021 mostra os anéis olímpicos flutuando nas águas de Tóquio — Foto: Eugene Hoshiko/AP


As empresas anunciaram que as primeiras entregas de vacinas começarão no fim de maio, para que as delegações recebam a segunda dose antes de desembarcar em Tóquio.


Os Jogos Olímpicos estão previstos para ocorrer entre os dias 23 de julho e 8 de agosto deste ano e os Jogos Paralímpicos, entre 24 de agosto e 5 de setembro.

O comunicação dos dois laboratórios também menciona "delegações", o que sugere a inclusão de um grupo importante de pessoas além dos atletas, como técnicos, funcionários de logística e auxiliares.


O COI não tornou a vacinação contra a Covid-19 obrigatória, mas a recomenda a todos os participantes.


A vacina contra a Covid-19 desenvolvida e produzida pela Pfizer e pela BioNTech tem mais de 90% de eficácia e precisa ser armazenada a -70ºC.



O imunizante usa a tecnologia chamada de RNA mensageiro, diferente das tradicionais 


Segurança dos Jogos

A Olimpíada foi adiada em um ano devido à pandemia e deve receber quase 11 mil atletas de todo o mundo.


O presidente do COI, Thomas Bach, afirma que a distribuição de vacinas é "outro instrumento na caixa de ferramentas de medidas que ajudarão a tornar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 um evento seguro para todos os participantes".


Tanto o COI quanto o governo japonês têm sido criticados e pressionados a cancelarem a Olimpíada devido à pandemia, o que já foi descartado diversas vezes por ambas as partes.



O comitê já disse que a Olimpíada vai ocorrer "independentemente da pandemia". Os organizadores garantem que os Jogos de Tóquio serão um evento seguro, mesmo sem a vacinação, mas o acordo representa também uma resposta às críticas.


Covid-19 no Japão

A região de Tóquio e outros departamentos se encontram em estado de emergência diante do aumento no número de casos.


O Japão tem registrado uma média de 5 mil infectados por dia e 60 mortes por Covid-19. Desde o início da pandemia, foram 622 mil casos confirmados e 10,5 mil óbitos.


O país tem cerca de 126 milhões de habitantes e é o 11º mais populoso do mundo, atrás do México (128 milhões) e à frente da Etiópia (114 milhões).


Fonte: G1

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Brasil chega a 15 milhões de casos de Covid registrados, com mortes e diagnósticos apontando estabilidade



O Brasil passou a marca de 15 milhões de casos de Covid contabilizados e registrou 2.531 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta quinta-feira (6) 417.176 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 2.251. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -10%, indicando tendência de estabilidade nos óbitos decorrentes do vírus.


Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta quinta. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.


Dois estados apresentam tendência de alta nas mortes: PR e CE.


O país completa agora 51 dias seguidos com a média móvel de óbitos acima dos 2 mil mortos por dia. Já são 106 dias no Brasil com a média móvel de mortes acima da marca de mil.


Veja a sequência da última semana na média móvel:


Sexta (30): 2.523

Sábado (1º): 2.422

Domingo (2): 2.407

Segunda (3): 2.375

Terça (4): 2.361

Quarta (5): 2.329

Quinta (6): 2.251

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 15.009.023 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 72.559 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 59.448 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +3% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade nos diagnósticos.


Sem queda significativa tanto em casos quanto em mortes, o país começa a observar a formação de um platô perigoso nas curvas, com números ainda muito altos.


Fonte: G1

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Operação no Jacarezinho é a mais letal da história do RJ

A operação policial mais letal da história do Rio aconteceu nesta quinta-feira (6) no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, deixando 25 pessoas mortas.


O levantamento foi feito pelo G1 com informações do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni) da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da plataforma Fogo Cruzado.



Um dos mortos foi o policial civil André Leonardo de Mello Frias, da Delegacia de Combate à Drogas (Dcod). A Polícia Civil diz que os outros 24 assassinados eram criminosos, mas não revelou as identidades ou as circunstâncias em que foram mortos.


O delegado Ronaldo Oliveira nega que tenha havido execução. "Para deixar bem claro: quem não reagiu, foi preso. Ou foi preso ou fugiu".



O sociólogo Daniel Hirata, do Geni/UFF, classifica a operação como inaceitável e diz que é mais grave do que chacinas como a de Baixada Fluminense, em 2005, ou a de Vigário Geral, em 1993.


"Foi a operação mais letal que consta na nossa base de dados, não tem como qualificar de outra maneira que não como uma operação desastrosa (...) É uma ação autorizada pelas autoridades policiais, o que torna a situação muito mais grave".

Ele diz que, segundo os moradores, a ação se tornou mais violenta após a morte do policial e que ficou "incontrolável".



Polícia fez operação nesta quinta (6) na comunidade do Jacarezinho, Zona Norte do RJ — Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo


Em nota, a Polícia Civil disse que fez uma operação contra o crime organizado e que comunicou o Ministério Público sobre a ação, como determina o Supremo Tribunal Federal (STF).



Desde junho do ano passado, o STF suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em "hipóteses absolutamente excepcionais", com o Ministério Público sendo avisado.


“Temos uma cadeia de responsabilizações que precisa ser apurada. Se trata de uma operação policial, um caso gravíssimo de violência de Estado. Não é grupo de extermínio, maus policiais, milicianos. É uma operação autorizada pelas autoridades. E tudo isso em um momento em que há a determinação de suspensão das operações policiais nas comunidades pelo Supremo Tribunal Federal”, diz o especialista.


Em nota, o MP informou que foi comunicado "logo após o seu início, sendo recebida às 9h". A operação, segundo o MP, foi feita para cumprir prisão preventiva e buscas e apreensão contra traficantes. Até 17h10 tinham sido apreendidos:


16 pistolas

6 fuzis

12 granadas

1 submetralhadora

1 escopeta

O MP afirmou ainda que está investigando o caso e que recebeu ocorrências de abuso policial em seu plantão de atendimento.


Estudo: letalidade não diminui violência



Operação policial na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6). — Foto: REUTERS/Ricardo Moraes


Um levantamento de 2019, feito pelo Ministério Público, mostrou que o aumento da violência policial não diminui a ocorrência de crimes ou de homicídios no Rio. O estudo conclui que:


letalidade policial não provoca redução de homicídios e roubos

Rio tem a polícia mais letal, mas está entre os 10 mais violentos

áreas onde há maior redução de assassinados não tiveram aumento de mortes por policiais

ações policiais esporádicas não foram capazes de reduzir o problema da segurança pública

confrontos aumentam risco de matar inocentes e afetar serviços públicos

Pelas redes sociais, moradores do Jacarezinho relataram mais mortes que as computadas, além de corpos no chão, invasão de casas e celulares confiscados. À tarde, eles chegaram a fazer um protesto na comunidade.


Dois passageiros do metrô foram baleados dentro de um vagão da linha 2, na altura da estação Triagem, e sobreviveram (veja no vídeo acima). Um morador foi atingido no pé, dentro de casa, e passa bem. Dois policiais civis também se feriram.


Ações com mais mortos desde 2007:


06/05/2021 - Jacarezinho - 24 mortos civis + 1 policial civil morto + 5 feridos (2 deles policiais)

28/06/2007 – Complexo do Alemão - 19 mortos civis

08/02/2019 - Fallet/Prazeres - 13 mortos civis + 1 ferido civil

15/05/2020 - Complexo do Alemão - 13 mortos civis

15/10/2020 - Vila Ibirapitanga (Itaguaí) - 12 mortos civis (incluindo um ex-PM)

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informa que está acompanhando "com muita atenção os desdobramentos da operação".


"Neste momento, a instituição está no local, por meio de sua Ouvidoria e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, ouvindo os moradores e apurando as circunstâncias da operação, a fim de avaliar as medidas individuais e coletivas a serem adotadas. Desde já, manifestamos nosso pesar e solidariedade aos familiares de todas as vítimas de mais essa tragédia a acometer nosso estado."


Em nota, a ONG de Direitos Humanos Instituto Igarapé criticou a ação.


"É inaceitável que a política de segurança pública do estado continue apostando na letalidade como principal estratégia, sobretudo em áreas vulneráveis. Privilegiar o confronto indiscriminado coloca nossa sociedade e nossos agentes públicos em perigo".


Fonte: G1

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Concurso da PRF: Justiça suspende liminar e libera provas neste domingo

O Tribunal Regional da 1ª Região (TRF-1) suspendeu uma decisão liminar e permitiu a realização das provas objetivas e discursivas do concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), marcadas para este domingo (9).


Agente da PRF durante operação em rodovia federal — Foto: PRF/Divulgação


O desembargador Francisco de Assis Betti atendeu a um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e derrubou a decisão de primeira instância que suspendeu a realização do exame, por conta dos riscos impostos pela pandemia de Covid-19. Para o magistrado, o governo tem autonomia para decidir sobre a questão.


A corporação oferece 1,5 mil vagas, com salário de R$ 9,8 mil. Ao todo, são 304.330 inscritos para o concurso em todo o país. A concorrência é de quase 203 pessoas por vaga.


Nova decisão

Ao analisar o recurso da AGU, o desembargador Francisco Betti entendeu que a decisão anterior invadiu a competência do Executivo.


Para ele, a juíza que suspendeu o concurso "acabou se imiscuindo na própria competência discricionária de gestão e condução do certame, em prejuízo da organização e do planejamento administrativo e orçamentário realizados previamente pelo gestor público, frustrando, em última análise, a segurança jurídica que há de ser resguardada em situações da espécie, seja em relação aos inúmeros candidatos que se organizam para realização das provas, seja em relação à própria Administração".



"Verifica-se, portanto, na espécie, em consequência da suspensão de concurso de alcance nacional, a hipótese de interferência do Poder Judiciário na organização administrativa da Polícia Rodoviária Federal e, por consequência, na execução de política pública de segurança no segmento específico de sua atuação.


Risco de Covid-19


Inicialmente, as provas do concurso estavam previstas para ocorrer em março. No entanto, foram adiadas por conta do avanço da pandemia.


Na segunda-feira, ao determinar a suspensão do exame, a juíza substituta Liviane Kelly Soares Vasconcelos argumentou que o quadro sanitário não melhorou nos últimos dois meses e que, portanto, a Covid-19 ainda impõe riscos à realização do teste.


"O que se verifica é que, de acordo com os dados oficiais, não houve melhora significativa na situação da saúde pública de modo a justificar que uma prova adiada em 12 de março de 2021 seja aplicada em 9 de maio de 2021", dizia na decisão.


O concurso


As provas são para o cargo de policial rodoviário federal, com nível superior. As vagas estão divididas da seguinte forma:


Ampla concorrência: 1.125 vagas

Reservadas para candidatos negros: 300

Pessoas com deficiência: 75

O concurso da Polícia Rodoviária Federal conta com duas etapas:


1ª Etapa


Prova escrita objetiva, de caráter eliminatório e classificatório

Prova escrita discursiva, de caráter eliminatório

Exame de Avaliação Física, de caráter eliminatório

Avaliação Psicológica, de caráter eliminatório

Apresentação de documentos, de caráter eliminatório

Avaliação Médica, de caráter eliminatório

Avaliação de Títulos, de caráter classificatório

2ª Etapa


Curso de Formação, de caráter eliminatório

Veja o peso de cada fase para a aprovação dos candidatos:


Prova objetiva (120,0 pontos)

Prova discursiva (20,0 pontos)

Avaliação de títulos (10,0 pontos)

Curso de Formação Profissional (50,0 pontos)


Fonte: G1

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Azul tem prejuízo de R$ 2,8 bilhões no 1º trimestre



A companhia aérea Azul reportou nesta quinta-feira (6) prejuízo líquido de R$ 2,8 bilhões nos primeiros três meses do ano, reduzindo fortemente a perda em relação ao trimestre anterior, mas ainda mostrando um salto frente ao resultado negativo de R$ 317 milhões um ano antes, com a empresa aérea ainda afetada pela pandemia de Covid-19.


"O Brasil claramente foi impactado pela segunda onda da pandemia do Covid-19, mas continuamos vendo progresso no esforço de vacinação", afirmou a Azul no material do balanço.


"Diversos estados e municípios estão reduzindo suas medidas de restrição, o que já afetou positivamente as recentes tendências de reservas. Somente nos últimos quatro meses, o volume de reservas aumentou mais de 40% e esperamos que essa tendência acelere com o avanço da vacinação."


Fonte: G1

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Vice-presidente da CPI quer que Pazuello encaminhe um teste de Covid à comissão

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), informou nesta quinta-feira (6) que pedirá ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello que encaminhe à comissão um exame de detecção do coronavírus.


Eduardo Pazuello, general do Exército e ex-ministro da Saúde — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino


Randolfe fez o anúncio após repórter do jornal "O Estado de S. Paulo" ter informado que Pazuello se reuniu nesta quinta em Brasília com o ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni. O pedido de Randolfe terá de ser aprovado pela comissão.


O G1 buscava contato com as assessorias de Onyx e do Exército até a última atualização desta reportagem.


Convocado a prestar depoimento à CPI, isto é, com obrigatoriedade de comparecimento, Pazuello seria ouvido nesta quarta (5). Entretanto, o depoimento do general do Exército foi remarcado para o próximo dia 19 em razão de o ex-ministro ter dito que entrou em contato com pessoas infectadas pelo novo coronavírus.


"Por que ele não compareceu à CPI e, ato contínuo, recebe pessoas, mesmo tendo alegado que estava sob suspeita de infecção para não vir à CPI?", questionou Randolfe nesta quinta-feira.


"É uma providência a ser tomada por esta CPI: requisitar o exame para ele encaminhar com urgência para que a CPI tome uma providência", acrescentou.


O vice-presidente da comissão classificou ainda como "lamentável e triste" um ex-ministro da Saúde receber visitas nessa situação. "No mínimo, é infração à ordem sanitária. No máximo, é obstrução à investigação" disse Randolfe.


Além de ter se reunido com Onyx, a reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" informa que, na prática, Pazuello tem mantido uma rotina de poucos cuidados dentro das dependências do hotel militar onde reside.


Segundo o jornal, ele foi visto, nesta quinta-feira, circulando sem máscara e usando o telefone da recepção para fazer ligações.


Articulador político do Planalto

Onyx Lorenzoni foi escolhido pelo Palácio do Planalto como coordenador político do grupo governista que atua na CPI da Covid.


Segundo o colunista do G1 Gerson Camarotti, todos os assuntos relacionados à CPI passam pelo ministro.


A decisão foi tomada após uma reunião entre ministros e senadores, quando a CPI começou a ouvir os ex-ministros da Saúde Luiz Henriqu Mandetta e Nelson Teich.


O chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, ficou responsável pela coleta de informações nos ministérios e por abastecer com dados a tropa de choque governista na Comissão.


Fonte: G1

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Ministério da Saúde libera R$ 6,6 bi para compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer



O Ministério da Saúde liberou nesta quinta-feira (6) R$ 6,6 bilhões para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 produzida pela farmacêutica Pfizer e a empresa de biotecnologia BioNTech. A medida foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União".


Agora, com a liberação, a próxima etapa é a assinatura do contrato de compra entre o ministério e as empresas. O Brasil já havia comprado 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, em distribuição no país.


Segundo o consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de Saúde, 15,7% da população brasileira foi vacinada contra a Covid até as 20h16 desta quarta (5).


CPI da Covid

Ao prestar depoimento nesta quinta-feira à CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o novo contrato com a Pfizer. Ele também disse que a campanha de vacinação é fundamental para controlar a pandemia.


Integrantes da CPI têm cobrado o governo pelo atraso na aquisição de vacinas. Uma das linhas de investigação é justamente apurar se houve negligência por parte do governo Jair Bolsonaro na compra de imunizantes para a população.


"Em relação à Pfizer, foi feito um contrato de 100 milhões de doses da Pfizer, e nós conseguimos uma antecipação dessas doses, e estamos aqui – já adianto para vossa excelência – na iminência de fechar um novo acordo com a Pfizer de 100 milhões de doses, que já está só nas finalizações legais, então, o que seria um aporte adicional muito importante para o nosso programa de vacinação", disse Queiroga.



De acordo com o Ministério da Saúde, é expectativa é que os 100 milhões de doses da vacina comecem a chegar ao Brasil ainda neste ano.


Fonte: G1

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Supremo decide que extensão de patentes é inconstitucional

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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (6), por 9 votos a 2, que é inconstitucional a regra que permite estender os prazos de patentes prevista na Lei de Propriedade Industrial em caso de demora na análise dos pedidos pelo Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).


Esse foi o entendimento do relator da ação, ministro Dias Toffoli, que finalizou seu voto nesta quarta. Para o ministro, o fim do prazo extra tem que valer desde já para medicamentos e equipamentos de saúde.


Os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux divergiram do relator em relação à inconstitucionalidade da norma.


O plenário ainda deve definir se a decisão deve ser aplicada apenas às patentes novas ou também às já vigentes, mesmo que estendidas, e se haverá exceção no caso dos medicamentos. A análise deve ser retomada na próxima quarta (12).


A ação foi apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR). O julgamento teve início na semana passada.


Nesta quinta, além de Toffoli, também haviam votado Nunes Marques e Alexandre de Moraes, acompanhando o relator. A análise foi retomada nesta quinta, para o voto dos demais ministros.


Liminar

No início do mês, Toffoli concedeu em parte a liminar (decisão temporária) e suspendeu a regra para patentes de medicamentos e produtos farmacêuticos, mas apenas com efeitos futuros. Agora, o plenário decide o mérito da questão.


Em seu voto, Toffoli afirmou que a prorrogação é inconstitucional e a decisão da Corte deve valer apenas para novas patentes a partir da publicação da ata do julgamento, “em nome da segurança jurídica”, exceto para medicamentos e equipamentos de saúde.


Segundo o Inpi afirmou no processo, existem atualmente 36.022 patentes de invenção e 2.886 de modelo de utilidade em vigor.


O ministro ressalvou que o voto não significa a quebra de patentes, já que somente o prazo de extensão seria atingido.


Votos dos ministros nesta quinta

Edson Fachin – acompanhou o relator. “A livre concorrência e o direito do consumidor exigem que o interesse particular dos titulares de monopólio sejam proporcionalmente ponderados diante do interesse difuso de exploração coletiva. Há, como assegura a Constituição, de ser protegido o direito de propriedade intelectual. Nada obstante, seu exercício não pode transpassar a esfera do uso desse poder para que seja respeitado o regime de concorrência”, afirmou.


Luís Roberto Barroso – divergiu do relator, afirmando que o Inpi prevê resolver o problema da demora até o final do ano e que essa decisão não cabe ao Judiciário. “Se o Inpi atrasar, não é responsabilidade de quem fez o depósito da patente”, afirmou. “Também entendo que não houve violação à livre concorrência ou ao direito do consumidor na medida em que a própria Constituição faz a ponderação e diz: para incentivar a inovação, eu dou a exclusividade.”


Rosa Weber – acompanhou o relator. Segundo a ministra, o prazo extra previsto em lei “desconfigura o atributo de temporariedade da patente”. “Sem dúvida, desde que as patentes sejam temporárias, e sua duração seja razoável, não existe comando constitucional limitando sua duração a 20 anos. Mas o que e se tem é uma norma que, por suas características de incerteza, revela-se desproporcional.”



Cármen Lúcia – acompanhou o relator. Para a ministra, houve a “demonstração de um quadro no qual esse dispositivo leva a uma indeterminação, portanto, uma ideia de privilégio temporário”. “Privilégio temporário é para limitar, restringir algo que, pela sua natureza, já demonstra sua incompatibilidade com a ciência solidária. O conhecimento não é egoísta, a invenção é generosa.”


Ricardo Lewandowski – acompanhou o relator. “Tenho todos os motivos para acreditar, que salta aos olhos, que o estabelecimento de um monopólio, cuja duração é indefinida, contraria fundamentos constitucionais explícitos”, disse.


Gilmar Mendes – acompanhou o relator. "A ninguém escapa aqui que esse direito de propriedade intelectual é extremamente relevante e é um direito fundamental", disse Mendes, "mas há uma falha legislativa a ser corrigida".


Marco Aurélio Mello – acompanhou o relator. "Sou favorável à liberdade de mercado, sou favorável à concorrência. Isso é o que garante ao cidadão opção, preços razoáveis. Quando se tem, com essa projeção, podendo chegar a 20 e tantos anos, 30 anos, a exclusividade, não se pode cogitar de opção e, evidentemente, os interesses da cidadania ficam em segundo plano", afirmou.


Luiz Fux (presidente) – divergiu do relator. Para Fux, a Constituição prevê um privilégio para a propriedade intelectual que é temporária. "Essa demora dos procedimentos administrativos está sendo usada contra o autor intelectual. A lei é clara", defendeu.


Votos dos ministros na quarta

Nunes Marques – acompanhou o relator pela inconstitucionalidade do prazo extra. “Não resta qualquer dúvida razoável sobre a inconstitucionalidade”, argumentou o ministro. “Com menos concorrência, há menos possibilidades ao consumidor e mais carestia no mercado. A carestia de remédios e insumos hospitalares repercute na realização de políticas públicas de saúde e na concretização do princípio maior da dignidade da pessoa humana.”


Alexandre de Moraes - acompanhou o relator. “Há uma desproporcionalidade nessa norma. Gera problema do atraso, acúmulo, preferência, se escolhe uma patente para conceder antes do outro. Ou seja, a partir disso, segurança jurídica, eficiência, razoável duração do processo administrativo estão sendo ignorados de forma direta”, afirmou. “Essa possibilidade de prorrogação ‘ad infinitum’ acaba derrubando os prazos fixados.”



Como funciona a patente

A patente dá ao titular o direito de monopólio sobre a sua invenção e impede a reprodução ou comercialização do produto durante determinado período, em que o dono recebe os chamados royalties.


Pela regra atual:


as patentes de invenção, por exemplo, duram 20 anos contados a partir da data de depósito no Inpi, ou pelo menos 10 anos após a data de concessão;

se houver atraso na concessão, a demora é compensada com mais anos de monopólio.

O julgamento pode ter impacto bilionário no Sistema Único de Saúde (SUS). Há pelo menos 74 remédios beneficiados pela extensão. Estudo da GO Associados estima que o Brasil economizaria R$ 3 bilhões se não liberasse a expansão do prazo das patentes de remédios por mais de 20 anos, o que encarece as compras do SUS.


Fonte: G1

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Queiroga diz que toda aglomeração deve ser evitada 'independente de quem a faça'



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quinta-feira (6) que “toda aglomeração” deve ser evitada independentemente de quem a promova.


Queiroga deu a declaração durante depoimento à CPI da Covid, que investiga, entre outros pontos, ações e omissões do governo federal durante a pandemia.


Ele foi questionado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE) sobre aglomerações promovidas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.


“A pergunta que eu faço: as aglomerações que o presidente Bolsonaro faz, sistematicamente, ajudam a proliferar o vírus?”, indagou o parlamentar.


Queiroga afirmou que já havia se manifestado a respeito de aglomerações, mas Carvalho insistiu: “Estou perguntando de novo”. O cardiologista, então, afirmou:


“Toda aglomeração deve ser dissuadida, independente de quem a faça.”

Frequentemente, o presidente Jair Bolsonaro provoca aglomerações em eventos públicos. Sem usar máscara, o presidente cumprimenta pessoas e pega crianças no colo durante essas aparições, como no último dia 17 em Goianópolis (GO).


Especialistas em saúde e organismos internacionais na área orientam o uso de equipamentos de proteção e, também, recomendam o distanciamento social, como medidas de enfrentamento à Covid-19.


Durante a reunião da CPI desta quinta-feira, o senador Reguffe (Podemos-DF) fez um apelo a Queiroga para que o ministro da Saúde converse com o presidente e reforce a necessidade do uso de máscaras.


“Eu sempre acho que a gente afirma pelo exemplo. Quando ele [Bolsonaro] sai sem máscara nas ruas, ele não dá um bom exemplo para o país. E é importante que esse exemplo seja dado”, afirmou.


Fonte: G1

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Na língua de Queiroga, 'não posso fazer juízo de valor' significa 'não concordo com o presidente'



Diante da estratégia do ministro da Saúde de fugir das perguntas incômodas envolvendo as posições do presidente Jair Bolsonaro sobre a Covid com um recorrente "não posso fazer juízo de valor", integrantes da CPI da Covid ironizavam que, na língua de Marcelo Queiroga, a frase significa o mesmo que "não concordo com o presidente, mas não posso dizer em público".


Queiroga recorreu à estratégia de sempre repetir que "não me cabe ou não posso fazer juízo de valor" sobre posições e declarações do presidente Jair Bolsonaro ao longo de todo seu depoimento. Principalmente quando era questionado sobre a defesa do presidente para o uso da cloroquina e se ele recomendaria o medicamento como médico.


Vice-presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que, "nas declarações que o ministro não pôde dar, ele deixou claro que a estratégia deliberada do governo Bolsonaro até agora foi de contaminar todos”, acrescentando que a "imunidade natural ou de rebanho foi a forma adotada para enfrentar a pandemia".


Dentro do Palácio do Planalto, assessores do próprio presidente da República admitiram que a estratégia de evitar dar respostas a perguntas sobre o presidente acabou passando a mensagem de que o ministro da Saúde estava apenas evitando contradizer o chefe.



O ministro usou a mesma tática, treinada no Palácio do Planalto durante ensaio para sua fala na CPI da Covid, também quando foi indagado se as declarações de Bolsonaro insinuando que a China criou o coronavírus em laboratório prejudicava a fabricação de vacinas no Brasil.


O ministro da Saúde também recorreu à frase quando foi questionado o que ele achava das ameaças do presidente de baixar um decreto para garantir o direito de ir e vir da população brasileira, impedindo governadores e prefeitos de adotarem medidas de restrição de atividades.


Apesar do treinamento, em pelo menos dois momentos, pressionado, ele acabou deixando transparecer sua posição sobre esses temas.


Foi quando, ao ser questionado mais de uma vez pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) sobre o uso da cloroquina e se havia feito distribuição do medicamento, respondeu que "eu não autorizei a distribuição da cloroquina".


E quando, pressionado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), acabou admitindo que concordava com a decisão do STF de que Estados e municípios podem adotar medidas de restrição de atividades diante de situações graves da pandemia do coronavírus, criticadas e combatidas por Bolsonaro.


Fonte: Blog do Valdo Cruz

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Tratamento precoce não é decisivo contra pandemia, mas vacinação sim, diz Queiroga na CPI



O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (6) durante depoimento na CPI da Covid que o tratamento precoce não é decisivo no enfrentamento a pandemia, mas sim a vacinação e as medidas "não farmacológicas" (como distanciamento e uso de máscara).


Na CPI, Queiroga também:


disse que não poderia fazer 'juízo de valor' sobre a opinião de Bolsonaro acerca da cloroquina e não respondeu se é a favor do remédio

não quis responder sobre o motivo de o país ter recusado contrato para doses da Pfizer em 2020

anunciou que o governo deve fechar novo contrato para mais 100 milhões de doses da Pfizer

A fala do ministro contraria a argumentação da bancada governista na CPI, que na sessão da quarta-feira (5) insistiu na defesa do chamado tratamento precoce. Esse método para pretensamente curar a doença é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e envolve medidas que comprovadamente não têm eficácia contra a Covid, como o uso do remédio cloroquina.


"Há um agrupamento de colegas que defendem fortemente esse chamado tratamento precoce com esses fármacos e há outros colegas que se posicionam contrariamente, e o Ministério da Saúde quer acolher todos para que cheguemos a um consenso. Essa questão do tratamento precoce não é decisiva no enfrentamento a pandemia, o que é decisivo é justamente a vacinação e as medidas não farmacológicas", disse Queiroga.


Entre as medidas não farmacológicas citadas por Queiroga estão o uso de máscara e o distanciamento social. Bolsonaro é crítico do distanciamento e comparece a eventos públicos e promove aglomerações sem usar a máscara.


"Temos que orientar a população a aderir às medidas não-farmacológicas que parecem simples, e são simples. É necessário reforçar de forma reiterada, por exemplo, o uso da máscara", disse o ministro em outro momento do depoimento.


Queiroga é o terceiro a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Ele está há um mês e meio no cargo. O ministro foi à CPI na condição de testemunha. Isso implica que ele deve falar a verdade, sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho. A comissão ouviu nos últimos dias os ex-ministros Henrique Mandetta e Nelson Teich.


A CPI da Covid destina-se a apurar ações e omissões do governo federal e eventuais desvios de verbas federais enviadas aos estados para o enfrentamento da pandemia.


Cloroquina

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), reclamou durante a sessão do que chamou de "falta de objetividade" do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que estava prestando depoimento.



Renan perguntou diversas vezes se Queiroga compartilhava da opinião do presidente Jair Bolsonaro de que a cloroquina deve ser usada para tratar a Covid. O medicamento, que não tem eficácia para a doença, faz parte do "kit Covid" defendido por Bolsonaro.


Em todas as respostas, Queiroga dizia que a questão é técnica. Ele também alegou que a questão deve ser decidida pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).


"Conforme já externei, não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente da República. Essa questão é de natureza técnica. Essa medicação, como outras, foi suscitada no tratamento da Covid. no começo, o uso compassivo foi feito em diversas instituições. E já existem estudos controlados que mostram que pacientes mais graves, em UTI, não tem efeito. Em pacientes intermediários, não tem efeito", respondeu Queiroga.


Renan não ficou satisfeito com as respostas e comentou: "Vou passar para a pergunta seguinte, porque não conseguimos resposta".


Doses da Pfizer

Em outro momento da CPI, o ministro afirmou que não pode falar “sobre um contrato que foi firmado numa gestão anterior”, ao ser questionado sobre a demora na aquisição de vacinas da Pfizer.


Em agosto do ano passado, a farmacêutica ofereceu ao governo brasileiro a possibilidade de comprar um lote de 70 milhões de doses, com entrega prevista a partir de dezembro de 2020. Segundo a própria empresa, houve uma série de tratativas, sem sucesso, para o fornecimento do imunizante ao Brasil. À época, Eduardo Pazuello era o ministro da Saúde.



O acordo com a Pfizer só foi anunciado pelo governo brasileiro em março deste ano. A previsão é da entrega de 100 milhões de doses - a maior parte delas acontecerá apenas no segundo semestre.


“Eu assumi há 45 dias e esses acordos não foram firmados na minha gestão. Não tenho como precisar se houve demora, porque não participei dessas negociações”, afirmou o ministro da Saúde.


O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, insistiu nas perguntas sobre as negociações de aquisição do imunizante.


“Mas o senhor agora está tratando do contrato com a Pfizer. Não teve acesso a isso?”, questionou, referindo-se também à justificativa apresentada pelo governo de que haveria cláusulas “abusivas” impostas pela Pfizer. Queiroga, porém, voltou a afirmar que assumiu a pasta depois do processo de assinatura do contrato e manteve a posição de desconhecer as tratativas iniciais.


O ministro afirmou também que estão nas “finalizações legais” as negociações para a aquisição de mais 100 milhões de doses da Pfizer.


Fonte: G1

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