domingo, junho 02, 2019

Secretaria de Segurança tenta acalmar população diante de possível ataque de facção

Em vídeo divulgado na noite desta sexta-feira (31), o secretário de Segurança e Defesa Social do RN, Coronel Araújo, buscou acalmar a população no que diz respeito ao alerta feito pela Polícia Federal para um possível “salve geral” ordenado por uma facção criminosa que atual no RN.

FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM/GOVERNO DO RN

“O Governo está acompanhando de todo o sistema prisional do estado, como também as ações de segurança pública em todo o Rio Grande do Norte”, destacou o secretário.

Ainda de acordo com o Coronel Araújo, durante o fim de semana, “a população do Rio Grande do Norte poderá fazer o acompanhamento através das redes sociais do Governo do Estado”, concluiu.

Nesta sexta-feira, um relatório da PF enviado à Sesed, Sejuc, PM e PC do RN destacou o iminente ataque à ordem pública sob ordem de uma facção criminosa. Além de Natal, as cidades de Macaíba, Pau dos Ferros e Umarizal também estão na rota da violência.

Segundo a PF, os ataque estariam previstos para acontecer entre terça-feira (4) e quarta-feira (5).

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Bolsonaro diz que privatizar os Correios é a única solução: ‘O PT destruiu a empresa’

Em entrevista à Revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro declarou que já deu o “sinal positivo” para a privatização dos Correios. Segundo ele, os governos do PT destruíram a empresa.

FOTO: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

“A orientação é que a gente explique por que é necessário privatizar. No caso dos Correios, o PT destruiu a empresa. A bandalheira era tão grande que o fundo de pensão dos funcionários, que hoje está quebrado, fez investimentos em papéis na Venezuela. Com que interesse? Pelo amor de Deus! Então, temos de mostrar à opinião pública que não tem outro caminho a não ser privatizar os Correios”, declarou.

Ainda segundo a revista, Bolsonaro acrescentou que outras estatais também devem passar pelo mesmo processo. “Será assim com outras estatais. Há muitos cabides de emprego dentro do governo”, concluiu.

Fonte: Portal no Ar
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Prefeitos cobram a Fátima pendências do Governo com Municípios

A governadora Fátima Bezerra participou de reunião da frente parlamentar municipalista da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte e apresentou aos prefeitos presentes respostas para pleitos que foi cobrada.

FRENTE PARLAMENTAR MUNICIPALISTA - FOTO. JOÃO GILBERTO/ALRN

O prefeito de São Paulo do Potengi e presidente da Femurn, José Leonardo Cassimiro, disse que apenas os recursos do Programa Farmácia Básica só foram pagos por dois meses neste ano, relembrando que os municípios ainda não receberam nenhuma parcela do Programa Estadual de Transporte Escolar, tendo estes que arcar sozinhos com a despesa.

Os prefeitos também chamaram a atenção para outros assuntos, como o atraso no repasse do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a regionalização da saúde, a implantação dos grupos táticos operacionais, a questão dos resíduos sólidos, o plano de desenvolvimento econômico, a conclusão da Avenida Moema Tinoco, a municipalização das escolas de ensino fundamental e uma questão que foi repetida por vários dos presentes foi a atuação do CPTRans nos municípios. A reclamação principal dos prefeitos diz respeito à forma de abordagem da equipe responsável pela fiscalização. Os gestores municipais pedem para que seja feita uma campanha educativa antes de autuar as motos que estão irregulares.

A governadora Fátima Bezerra ouviu os apelos dos prefeitos e declarou, a princípio, que acreditava no diálogo e na parceria. “Nosso governo tem imprimido a marca da transparência, do diálogo, da responsabilidade e da disposição para o trabalho. Quando decretamos estado de calamidade financeira no início do governo foi porque gostaríamos que a população entendesse em que situação o Estado se encontrava”, disse. Ela aproveitou a ocasião para tornar públicas outras ações que vem batalhando em prol de recursos para o Estado, como o bônus de assinatura da cessão onerosa e o programa emergencial de ajuda fiscal. “Diante da calamidade financeira, vamos levar algum tempo para corrigir esses déficits e atender todas as demandas, mas estamos trabalhando para isso”, declarou.

De acordo como secretário da Saúde Pública, Cipriano Maia de Vasconcelos, os primeiros meses têm sido de lidar com a crise, mas a regionalização da saúde é uma prioridade absoluta. Além disso, informou que os pagamentos do Programa Farmácia Básica estão sendo feitos e aproveitou a oportunidade, já que foi citado o CPTrans, para fazer um apelo aos prefeitos para que os municípios se envolvam no controle dos acidentes de trânsito, porque isso também é promoção da saúde.

O secretário da Educação e da Cultura, Getúlio Marques Ferreira, informou que está sendo trabalhado o fortalecimento do regime de colaboração dos municípios por meio da municipalização dos anos iniciais do ensino fundamental, mas que isso está sendo feito de forma gradual. “O aluno é munícipe, ele vai ter que estar onde ele é melhor atendido e às vezes o município atende melhor esse aluno. A meta é que em quatro anos os anos iniciais do ensino fundamental (de 1ª a 5ª série) estejam com os municípios”, falou. Ele também comentou que estão sendo atualizados os pagamentos das prestações do transporte escolar.

Já o secretário de Gestão de Projetos e Articulação Institucional, Fernando Mineiro, falou aos presentes que está sendo organizado o projeto RN Cidadão. “Estamos publicando de janeiro a abril o que foi que a gente pagou, as empresas que receberam os recursos públicos e estamos focados no Plano Plurianual (PPA). Faremos 10 seminários regionais para discutir o PPA, o primeiro será em Canguaretama, onde vamos discutir as linhas gerais”, disse.

A reunião ocorreu ontem (31), presidida pelo deputado estadual Dr. Bernardo (Avante) e com vice-presidente deputado Francisco do PT (PT), e contou contou com a presença de secretários de Estado das pastas de Planejamento e Finanças, de Educação, Saúde e Gestão de Projetos e Articulação Institucional do Rio Grande do Norte, dos representantes da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) e demais associações representativas dos prefeitos municipais. O líder do governo na Casa, George Soares (PR) e os parlamentares Raimundo Fernandes (PSDB) e Ubaldo Fernandes (PTC) também participaram.

Fonte: Portal no Ar
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Estelionatários usam nome de deputado para aplicar golpe

Criminosos estão utilizando o nome do deputado federal Benes Leocádio (PRB-RN) para aplicar golpes pelo telefone. A ação consiste no envio de mensagens por meio de aplicativo WhatsApp, com pedidos de favores bancários como depósitos e ajuda assistencial financeira. O caso já está sendo oficialmente denunciado pelo parlamentar para investigação policial.

FOTO: ALLAN WHITE/FOTOS PÚBLICAS

Os golpistas entram em contato com as vítimas se passando pelo deputado Benes e pedem ajuda financeira. Em um dos casos, foi solicitado auxílio financeiro para compra de remédios, com urgência, para atender as necessidades de uma determinada criança que seria transplantada. As mensagens estão sendo enviadas pelos números: (84) 99213-7043 e (61) 98112-1000.

Benes alerta que qualquer exigência telefônica que objetive transferência de dinheiro não é verdadeira. “Peço aos amigos para ficarem atentos e não caírem no golpe. Reitero que não façam depósitos bancários em meu nome, sejam quais forem as circunstâncias. Avisem imediatamente à Polícia quando forem contatados para este fim”.

Fonte: Portal no Ar
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Agentes penitenciários negam tumulto em Alcaçuz

Agentes penitenciários afirmam que não houve motim no ‘Pavilhão 3’ da Penitenciária Estadual de Alcaçuz na noite dessa quinta-feira, 30. A afirmação diverge de outras fontes da Segurança Pública e também de parentes de presos que reafirmam que uma agitação no presídio aconteceu.

Apesar de não confirmar a informação, a Secretaria de Justiça, que administra os presídios do Estado, suspendeu as visitas íntimas no ‘Pavilhão 3’ de Alcaçuz que estavam previstas para esta sexta-feira, 31. Agentes penitenciários relataram ao PORTAL NO AR que se trata de uma medida preventiva.

Nesta sexta, integrantes da cúpula da Segurança do Estado, inclusive, discutem medidas a serem tomadas para o caso de presos se rebelarem nas unidades prisionais do Rio Grande do Norte.

É que o sistema prisional do Estado está em alerta. Nesta quinta, o núcleo de inteligência da Polícia Federal elaborou um relatório que aponta o risco de um “salve” da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no Rio Grande do Norte, na próxima terça-feira, 4. O documento diz que, a partir desta sexta, há a determinação de que pessoas sejam feitas reféns dentro dos presídios.

FOTO: WELLINGTON ROCHA/PORTAL NO AR

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Presos fazem motim no Pavilhão 3 de Alcaçuz

Em meio à iminência de uma rebelião, um motim foi registrado na noite dessa quinta-feira, 30, na Penitenciária Estadual de Alcaçuz. O tumulto aconteceu no ‘Pavilhão 3’ da maior unidade prisional do Rio Grande do Norte. A confusão foi controlada por agentes penitenciários antes de o incidente ganhar maiores proporções. As informações foram confirmadas por fontes internas do PORTAL NO AR ligadas à segurança pública e também por parentes de presidiários.

FOTO: WELLINGTON ROCHA/PORTAL NO AR

Nesta quinta, o núcleo de inteligência da Polícia Federal elaborou um relatório em que alerta para o risco de um “salve” da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no Rio Grande do Norte, na próxima terça-feira, 4. O documento diz que, a partir desta sexta-feira, 31, há a determinação de que pessoas sejam feitas reféns dentro dos presídios.

Apesar de não confirmar a informação do motim dessa quinta, a Secretaria de Justiça, que administra os presídios do Estado, suspendeu as visitas íntimas no ‘Pavilhão 3’ de Alcaçuz que estavam previstas para esta sexta. Agentes penitenciários relataram ao PORTAL NO AR que se trata de uma medida preventiva.

Desde segunda-feira, 27, parentes de presos estão acampados na Governadoria. O grupo formado, na maioria, por mulheres reclama de maus tratos com os detentos e com os familiares. “Eles (agentes penitenciários) gritam até as crianças que vão lá (Alcaçuz) visitar os pais”, disse a esposa de um interno da penitenciária.

Outra mulher revelou que vários objetos que podem ser usados como armas em uma rebelião já foram descobertos. Ela teme que um massacre como o ocorrido em 2017, quando 26 presos morreram na penitenciária, volte a ocorrer. “Não aguento mais meu filho dizer: mamãe, papai vai morrer. Estou depressiva”, afirmou.

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Polícia Federal avisa que facção planeja ‘mandar quebrar tudo nas ruas’ do RN na próxima terça-feira

O núcleo de inteligência da Polícia Federal elaborou um relatório em que alerta para o risco de um “salve” da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no Rio Grande do Norte, na próxima terça-feira (4). O documento foi revelado Blog do Negreiros.

FOTO: DIVULGAÇÃO/SEJUC

O relatório faz o alerta para as secretarias de Segurança Pública (Sesed) e de Justiça e Cidadania (Sejuc), além das polícias Militar e Civil.

De acordo com o documento, “a ordem seria ‘mandar quebrar tudo nas ruas’ a partir da meia-noite de terça”. A ação ainda teria o apoio de membros da fação em Pau dos Ferros, Mossoró, Umarizal, Apodi e Macaíba.

Além dos ataques nas ruas, o grupo criminoso estaria planejando ações contra agentes penitenciários e também em unidades prisionais. Outro alerta do relatório diz que os presos de Alcaçuz teriam “encontrado uma forma de abrir as celas utilizando pedaços de concreto como aríete”.

A reportagem do portalnoar.com.br entrou em contato com a Sesed. A pasta informou que “até o final da manhã deve se pronunciar sobre o caso”. A Sejuc repetiu o discurso e disse que ainda não há posicionamento da secretaria.


Fonte: Portal no Ar
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Incêndio atinge caminhões em terreno de fábrica à margem da BR-226 em Currais Novos-RN

Um incêndio atingiu dois caminhões na noite deste sábado (1º), na zona rural de Currais Novos, região Seridó potiguar. Segundo a Polícia Militar, os veículos estavam estacionados no terreno de uma fábrica de cerâmica que fica localizada às margens da BR-226. A suspeita é de que as chamas tenham sido deflagradas criminosamente.

De acordo com a 3ª Companhia Independente da PM, a cerâmica fica localizada próxima à entrada para o povoado da Cruz, cerca de 15 quilômetros distante do centro do município.

Os policiais militares foram acionados pelos moradores da região por volta das 22h. O fogo foi contido com a ajuda da população.

Quando chegaram ao local, entretanto, os policiais não localizaram suspeitos do incêndio. O caso será investigado pela Polícia Civil do município.

Caminhões incendiados estavam em fábrica de cerâmica às margens da BR-226 na região Seridó do RN — Foto: Reprodução
Caminhões incendiados estavam em fábrica de cerâmica às margens da BR-226 na região Seridó do RN — Foto: Reprodução

Fonte: G1
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RN teve redução da violência após controle de facções nos presídios

A retomada do controle dos presídios potiguares por parte do Estado, sobretudo com a identificação, o isolamento e a transferência dos chefes das facções que protagonizaram o massacre de presos na penitenciária de Alcaçuz em 2017 – justamente o ano em que o Rio Grande do Norte atingiu o ápice no número de assassinatos – é apontada por especialistas em segurança pública como o principal fator para a redução dos índices de violência fora das cadeias.

Agentes penitenciários estão novamente a postos dentro do Pavilhão 5 de Alcaçuz — Foto: Thyago Macedo/G1
Agentes penitenciários estão novamente a postos dentro do Pavilhão 5 de Alcaçuz — Foto: Thyago Macedo/G1

Levantamento divulgado pelo G1 mostra que o Rio Grande do Norte está entre os quatro estados do país que conseguiram reduzir em mais de 30% o número de mortes violentas no primeiro trimestre do ano. Em abril, o índice se manteve, com 32,3% de redução em comparação aos primeiros quatro meses de 2018. Quando o primeiro quadrimestre de 2019 é comparado com os primeiros quatro meses de 2017, o declínio é ainda maior: 40,3%.

O cume da violência no estado foi no ano de 2017, quando ocorreram 2.405 homicídios. Naquele ano, somente nos primeiros quatro meses, foram registrados 541 assassinatos. Para ter uma ideia do caos vivido no estado, se comparado o período com o primeiro quadrimestre de 2015, por exemplo, o número de mortes violentas intencionais subiu 51% na época.

Para entender melhor o que levou o RN a conseguir reduzir tamanha sangria, o G1 ouviu pessoas que direta ou indiretamente vivenciaram o momento de maior crise na segurança pública potiguar. Foram entrevistados a delegada e ex-secretária de Segurança Pública e da Defesa Social Sheila Freitas, o policial civil e ex-secretário de Justiça e da Cidadania Mauro Albuquerque, o juiz da Vara de Execuções Penais de Natal Henrique Baltazar dos Santos, o pesquisador em segurança pública, doutor em ciências sociais pela Unicamp e professor do Departamento de Sociologia da UFRN Edmilson Lopes Junior e um promotor criminal do Ministério Público do Estado, que pediu para não ser identificado.

No RN, Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc) passou a exercer um controle mais rígido dos presos após o massacre ocorrido em Alcaçuz em 2017   — Foto: Anderson Barbosa/G1
No RN, Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc) passou a exercer um controle mais rígido dos presos após o massacre ocorrido em Alcaçuz em 2017 — Foto: Anderson Barbosa/G1

Líderes isolados e menos tensão nos presídios
Especialista em combate ao crime organizado, a delegada da Polícia Civil Sheila Freitas exerce atualmente a função de secretária da Segurança Pública de Natal. Até o final do ano passado, no entanto, ela era a secretária estadual da Segurança Pública e da Defesa Social, cargo que assumiu em março de 2017, dois meses após o massacre de Alcaçuz.

Para Sheila, a identificação dos líderes presos e o isolamento deles em presídios federais contribuiu para a retomada do controle dos presídios do estado e, consequentemente, para a redução dos índices de criminalidade fora das cadeias.

“Somente no ano de 2015, no início do então governo Robinson Faria, foi que se admitiu a existência de facções, embora as polícias Civil, Militar e Federal já desenvolvessem ações de combate. Porém, o controle dos líderes presos sobre os faccionados nas ruas era grande, e a comunicação entre eles era feita principalmente por celulares. Estas lideranças controlavam sobretudo o tráfico de drogas, e enriqueciam, embora estivessem presos”, explica Sheila.

A delegada, que só deixou a secretaria no final de 2018 com a mudança de governo, também fala sobre a origem das facções no RN. “Inicialmente era apenas o PCC, embora em nosso estado já tivesse representantes do Comando Vermelho. Essa última não encontrou muitos seguidores e, com um racha existente nas lideranças locais do PCC, criou-se o Sindicato do RN”, afirma.

Além da transferência e isolamento dos chefes destas facções, Sheila também lista outras ações que ela considera responsáveis pela melhora nos índices de violência nestes últimos meses, como a realização de concursos, contratação e formatação de método de trabalho dos agentes penitenciários, a reconstrução das unidades prisionais e uma integração mais eficaz com as polícias nas investigações.

A delegada também considera que a tensão dentro dos presídios caiu em razão da retomada do controle, fazendo com que houvesse um impacto direto fora das penitenciárias. “Sim, houve redução do conflito entre as facções, sobretudo com a redução dos índices de homicídios, que continuam em queda, desde o final de 2017, considerado o ano mais violento em todo o país”, acrescenta Sheila.

Reunidos no pátio, presos de Alcaçuz cantam o hino nacional  — Foto: Sejuc/Divulgação
Reunidos no pátio, presos de Alcaçuz cantam o hino nacional — Foto: Sejuc/Divulgação

Mais rigidez e organização
Atual titular da Secretaria da Administração Penitenciária do Ceará, Luis Mauro Albuquerque Araújo, ex-secretário da Justiça e da Cidadania (Sejuc) do Rio Grande do Norte, considera a situação carcerária potiguar essencial para a diminuição da violência no território do estado. "Fizemos a retomada e implantamos procedimentos de segurança amparados pela Lei de Execução Penal. Encerramos o domínio de blocos por facções e os inserimos numa sistemática gerenciada pelo Estado, o verdadeiro detentor das ações de qualquer unidade prisional", destaca.

Mauro também aponta a retirada dos celulares de dentro dos presídios do RN, a implantação de procedimentos e identificação das lideranças das facções como ações diretas na retomada do controle do sistema. "Os líderes foram isolados da massa carcerária, neutralizados e passaram a ter um controle mais rígido e organizado das unidades prisionais. Na minha gestão não foi necessário fazer transferência de líderes para presídios federais, inclusive nós conseguimos trazer 50 presos de volta para o sistema carcerário do RN em consequência do nosso controle e organização", ressalta.

Quanto ao atual governo, Mauro diz acreditar que a nova gestão dará continuidade ao modelo que ele deixou implantado. "Deixamos os servidores e agentes penitenciários capacitados, qualificados, implementamos rotinas e conseguimos sedimentar uma compreensão de entrega, espírito público e responsabilidade sobre o sistema", diz.

Mauro Albuquerque, quando secretário de Justiça e da Cidadania no RN, deu início ao trabalho de retomada dos presídios — Foto: G1 RN
Mauro Albuquerque, quando secretário de Justiça e da Cidadania no RN, deu início ao trabalho de retomada dos presídios — Foto: G1 RN

Pilares a serem mantidos
O Ministério Público também foi ouvido. Porém, o promotor pede para não ser identificado. De acordo com ele, a retomada do sistema prisional e o combate mais efetivo às facções criminosas que agem dentro e fora das unidades carcerárias são fatores que merecem destaque.

Sobre a atuação e combate às facções no estado, o promotor lembra de uma ação realizada pelo MP no final de 2014, batizada de Operação Alcatraz, como um divisor de águas. Na opinião dele, foi ali que o estado passou, de forma sistemática, a entender o funcionamento das facções, principalmente a partir do maior presídio do estado, a penitenciária estadual de Alcaçuz. Foi somente em março de 2015, no entanto, com uma série de ataques criminosos registrados na Grande Natal, que o governo do estado passou a admitir o poder das facções.

"O MP fez várias investigações diretas, como a própria Operação Alcatraz, que viabilizaram entender como funcionam estas facções e denunciou várias lideranças", ressalta o promotor, destacando também o trabalho realizado pelo então secretário Mauro Albuquerque, "com mudanças profundas no sistema e a recuperação efetiva de unidades, alem da aplicação de procedimentos padrões dentro das unidades e indicações técnicas para cargos-chaves dentro da Sejuc".


O promotor também fala sobre a importância da presença do Estado dentro das unidades prisionais, impedindo o uso indiscriminado de celulares dentro das cadeias e, por consequência, uma comunicação efetiva dos presos com os criminosos nas ruas.

Já sobre a diminuição nos casos de assassinatos no estado, o promotor concorda que dentro dos presídios as mortes diminuíram porque o estado realmente retomou o controle das unidades. Nas ruas, eles enxerga uma outra situação. "Fora dos presídios os conflitos ainda existem, se intensificando justamente a partir do massacre de 2017 em Alcaçuz, que acaba sendo algo que nunca será esquecido, um motivo para uma facção querer se vingar da outra por causa destas mortes. Fora dos presídios, a diminuição das mortes vem por causa de um combate longo destas facções, que acaba gerando uma hegemonia de um grupo sobre o outro, o que de certa forma gera uma pacificação e a gente deixa de escutar notícias de guerras periódicas que já existiu em tempos anteriores."

Por fim, o representante do Ministério Público reforça a necessidade de haver menos ingerência política nas unidades prisionais do estado, para que não ocorra um retrocesso do que foi conquistado.

"Três pilares precisam ser mantidos. Procedimentos adotados dentro das prisões não podem ser afrouxados, indicações técnicas devem ser mantidas e não pode mais existir intromissão política, caso contrário corre-se o risco de o sistema prisional voltar a ruir", conclui.

Chefes de facções são identificados e transferidos de Alcaçuz após o massacre ocorrido em 2017 — Foto: Sejuc/Divulgação
Chefes de facções são identificados e transferidos de Alcaçuz após o massacre ocorrido em 2017 — Foto: Sejuc/Divulgação

Cadeia de comando rompida
Juiz da Vara de Execuções Penais de Natal, Henrique Baltazar dos Santos também credita a redução das mortes no estado ao enfrentamento das fações a partir da retomada do controle dos presídios por parte do poder público. De acordo com o magistrado, a identificação dos chefes das facções, o isolamento e as transferências para presídios federais foram fundamentais para que isso acontecesse.

“Em 2010 o governo me passou informações sobre a existência das facções, mas de público recusou-se a admiti-lo, com o discurso de que isso as fortaleceria. Só admitiu de público em 2015 e passou a tentar administrar a situação, iniciando timidamente o enfrentamento. Em 2017, com a chegada de Mauro Albuquerque, enfrentou com vontade”, afirma.

A retomada do sistema prisional, ainda segundo o juiz, foi possível graças ao enfraquecimento do controle que as facções exerciam de dentro das penitenciárias, principalmente com a instalação de bloqueadores de sinais de celular, coibindo uma comunicação permanente com as ruas.

“Quem sempre combateu os crimes das facções foi o Ministério Público. Houve um combate efetivo decorrente de operações do MP e destruição, pela Sejuc, do esquema de controle que as facções tinham nos presídios. As lideranças foram identificadas, isoladas e algumas transferidas para presídios federais”, diz, acrescentando que, “com a cadeia de comando das facções rompida, se tem a diminuição dos crimes praticados a partir dos presídios”.

Conjugação de fatores positivos
Graduado em ciências sociais e professor do Departamento de Sociologia da UFRN, Edmilson Lopes desenvolve pesquisas empíricas sobre criminalidade e segurança pública. Ele ainda é mestre em sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutor em ciências sociais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Questionado se foi possível diminuir a tensão dentro dos presídios e se houve um impacto disso fora das penitenciárias, o professor diz que “há uma percepção de que o Estado passou a ter um maior controle sobre o sistema penitenciário”, e que isso “tem uma importância significativa na avaliação geral da violência e da criminalidade por parte da população”.

Ainda de acordo com o especialista, os acontecimentos que marcaram os presídios locais, especialmente Alcaçuz, em 2017, repercutiram forte e negativamente na sociedade norte-riograndense, fato que só começou a ser revertido quando o governo estadual assumiu o controle e “a população passou a perceber que o Estado passou a gerir minimamente o sistema”.

O professor acrescenta: “Mesmo que a diminuição das ocorrências delituosas não seja igualmente significativa, a população passa a valorar mais positivamente a segurança pública. Esse é um dado de realidade inegável e um trunfo que o sistema de gerenciamento dessa área no governo do RN não pode deixar de aproveitar".

Edmilson conclui a análise dizendo que a diminuição de ocorrências graves dentro dos presídios parece indicar uma nova situação. “Os conflitos terão diminuído?”, questiona. E ele próprio responde:

“Pode ser que eles permaneçam latentes e venham a explodir em qualquer momento. O que se pode apostar é que o maior controle do Estado parece ter contribuído para um rearranjo entre as facções, o encontro de um modus vivendi para a disputa por pessoas, territórios e recursos.”
“A gestão atual está há muito pouco tempo na condução da máquina da segurança pública. É cedo, muito cedo, para avaliações minimamente objetivas. Ou até mais substanciais. O que se pode adiantar é que parece haver um continuum nessa gestão, que, acredito, começou a ser positivamente alterada após os trágicos acontecimentos de janeiro de 2017. Uma maior presença do governo federal, seja com efetivos ou assessoria técnica, é um elemento que faz muita diferença. Outro aspecto importante é a valorização dos quadros técnicos e a lenta retirada da segurança pública estadual da órbita de influência das lideranças políticas locais. Temos, assim, uma conjugação de fatores positivos”, diz.

fonte: G1
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MP pedirá exame de insanidade mental para mulher que jogou filha do 5º andar de prédio em SP

O Ministério Público (MP) pedirá um incidente de insanidade mental para a mulher de 29 anos que há uma semana jogou a filha de 3 anos pela janela do quinto andar do prédio onde mora, na Zona Oeste de São Paulo. Em seguida, a mãe incendiou o apartamento e pulou da janela com a chegada dos bombeiros.

O caso ocorreu na madrugada de 24 de maio, na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, no Jaguaré. A menina teve a queda amortecida por um carro e sofreu escoriações. Ela ficou internada no Hospital das Clínicas (HC) e teve alta na quarta (29). Até está sexta (31), a mãe permanecia internada em estado estável na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do mesmo centro médico. No sábado, o hospital informou que ela foi transferida para o quarto e está em estado estável.

A principal suspeita da polícia é que a mãe teve um surto psicótico, cortou a tela de proteção da janela, enrolou a filha em panos e depois a jogou. Policiais disseram que a mulher estava imaginando que outras pessoas queriam levá-la com sua filha.

Prédio onde mãe e filha caíram do quinto andar na Zona Oeste de SP — Foto: Reprodução/TV Globo
Prédio onde mãe e filha caíram do quinto andar na Zona Oeste de SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Surto psicótico
A mulher ficou aliviada quando soube que a filha estava bem após ter perguntado sobre o estado de saúde da menina para os bombeiros.

“Me parece claro, em princípio, que não havia motivo para que ela tomasse essa atitude salvo se realmente ela estivesse num quadro de surto psicótico. O que, inclusive, me autoriza até, antes mesmo da defesa, de pedir a instauração dessa avaliação psicológica dela”, afirmou na quinta-feira (30) ao G1 o promotor Rogério Leão Zagallo, do 5º Tribunal do Júri do Fórum da Barra Funda, Zona Oeste. Zagallo é o representante do MP no caso.

Caso o exame comprove que a mãe tem alguma doença mental, por exemplo, ela não poderá ser responsabilizada criminalmente pelo que fez, tendo de receber tratamento num hospital psiquiátrico.

Bombeiros tentaram convencer mulher a abrir a porta do apartamento — Foto: TV Globo/Reprodução
Bombeiros tentaram convencer mulher a abrir a porta do apartamento — Foto: TV Globo/Reprodução

Insanidade mental
Os bombeiros contaram ter arrombado a porta para tentar resgatar a mulher, que estava armada com duas facas e se jogou, conforme registraram imagens gravadas por celular.

Segundo o promotor, o incidente de insanidade mental deverá apontar se a mulher tem alguma doença mental.

“E se essa doença mental interferia na sua capacidade de compreensão de que ela praticava um ato ilícito quando lançou a sua própria filha pela janela. Saber se há uma relação de causa e efeito entre a doença e o comportamento da mulher”, disse Zagallo.

Carro que amorteceu queda de menina em prédio na Zona Oeste de São Paulo — Foto: Reprodução/Polícia Militar
Carro que amorteceu queda de menina em prédio na Zona Oeste de São Paulo — Foto: Reprodução/Polícia Militar

A Polícia Militar (PM) prendeu a mulher e a Polícia Civil a indiciou por tentativa de assassinato e incêndio. A Justiça ainda decretou a prisão preventiva dela, que será presa quando deixar o hospital.

Tratamento

Zagallo afirmou que irá pedir à Justiça para negar a solicitação da defesa da mulher, que quer que ela responda aos crimes em liberdade.

"Me parece que uma pessoa que tem esse tipo de surto é de fato um risco para ela própria e, principalmente, para a sociedade. Ela tem que ficar reclusa ainda que num hospital de custódia e tratamento”, disse o promotor.
O promotor ainda afirmou que pretende processar a mulher à Justiça pelos crimes enquanto o resultado do exame não ficar pronto.

“Então essas serão minhas posturas: oferecer denúncia. Pedir para a juíza negar o pedido de liberdade provisória, mantendo-se a prisão preventiva que foi decretada em audiência de custódia, e pedir sim a instauração da avaliação psicológica e psiquiátrica nela, que é um incidente de insanidade mental.”

O pai da menina não mora na residência, e estaria separado da mãe da criança. Segundo policiais, a mulher registrou um boletim de ocorrência contra o homem por violência doméstica e ameaça.

Fonte: G1
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Novos destroços e objetos são encontrados no local onde caiu a aeronave que levava Gabriel Diniz

Na manhã deste sábado (1º), técnicos da Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema) encontraram objetos e novos destroços da aeronave que caiu no mangue do Povoado Porto dos Matos, em Estância (SE), matando o cantor Gabriel Diniz e os pilotos Linaldo Xavier e Abraão Farias.

Destroços da aeronave recolhidos por técnicos da Adema — Foto: Adema
Destroços da aeronave recolhidos por técnicos da Adema — Foto: Adema

De acordo com os técnicos da Adema, que estavam no local investigando se houve dano ambiental, foram encontrados um tablet, uma bateria, óculos, peças menores da aeronave e uma arma de fogo (que ainda não foi identificada a quem pertence). Na próxima segunda-feira (3), o material será entregue à Polícia Federal.

Revólver encontrdo no local do acidente — Foto: Adema
Revólver encontrdo no local do acidente — Foto: Adema

Na terça-feira (28), técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) e da Polícia Federal recolheram pedaços da fuselagem e assentos da aeronave. Na quarta-feira (29), o material foi levado ao Aeroclube de Sergipe, em Aracaju, onde a perícia será concluída.

Na noite do domingo (26), Gabriel Diniz havia feito um show em Feira de Santana (BA). Ele estava indo encontrar a família para comemorar o aniversário da namorada, Caroline Calheiros, que completou 25 anos nesta segunda. Por esse motivo, ele pegou o avião para Maceió.

Gabriel Diniz no clipe de 'Paraquedas' — Foto: Reprodução/YouTube/Gabriel Diniz
Gabriel Diniz no clipe de 'Paraquedas' — Foto: Reprodução/YouTube/Gabriel Diniz

Fonte: G1
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Alunos de escola estadual em SP arremessam livros contra professora e jogam carteiras

Resultado de imagem para Alunos de escola estadual em SP arremessam livros contra professora e jogam carteiras

Alunos de uma escola estadual em Carapicuíba, na Grande São Paulo, arremessaram livros em uma professora, jogaram carteiras, vandalizaram a sala de aula nesta sexta-feira (31) e gravaram a cena com um celular (veja vídeo acima). Os estudantes foram suspensos, segundo a Secretaria da Educação.

No vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver que a professora da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira é quase atingida por um livro. Ela tenta controlar os alunos, que seguem bagunçando as carteiras e gritando. Quando ela deixa a sala de aula, o vandalismo se generaliza.

A Diretoria Regional de Ensino de Carapicuíba afirmou, por meio de nota, "que repudia todo e qualquer ato de violência dentro e fora do ambiente escolar".

"Os responsáveis pelos alunos foram chamados, os alunos, suspensos e o Conselho Tutelar foi acionado. A escola conta com professor mediador que trabalha na resolução de conflitos e incentivo à cultura de paz", diz a nota.

O número de agressões a professores de São Paulo cresceu 73% em 2018 se comparado ao ano anterior, segundo levantamento feito pela GloboNews via Lei de Acesso à Informação. No ano passado, houve 434 agressões a professores da rede estadual contra 251 contabilizados em 2017.


Na comparação com 2014, quando foram registrados 234 casos de agressões a professores da rede estadual, as ocorrências contabilizadas em 2018 representam uma alta de 83%.

Os dados são registrados desde 2014 pelo Registro de Ocorrência Escolar (ROE). O ano de 2018 foi o que mais teve agressões --o menor foi 2015, com 188 casos.

Fonte: G1
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