terça-feira, novembro 16, 2021

Turista de 19 anos cai de falésia da praia de Pipa durante passeio de quadriciclo

Um turista de 19 anos caiu de cima de uma falésia na praia de Pipa, no litoral Sul potiguar, durante um passeio de quadriciclo.


Quadriciclo caiu de cima de falésia na praia de Pipa, no RN — Foto: Cedida


O caso aconteceu na tarde de segunda-feira (15), segundo confirmou a Polícia Militar e a equipe da Unidade Mista de Saúde do município.


O jovem, que é de Fortaleza, foi socorrido. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, ele teve fraturas no fêmur e na coluna, passou por cirurgias e tem estado de saúde estável.


Apesar da gravidade dos ferimentos, a equipe de saúde do município afirmou que ele estava consciente e orientado na hora em que foi socorrido.


"Falou que perdeu o controle e caiu", disse a técnica de enfermagem Liliane Gomes de Lima.

Após atendimento na unidade mista de saúde do município, ele foi transferido para o Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, onde passou pelas cirurgias.


"Foi um milagre ele ter sobrevivido. A queda foi de cerca de 30 metros", contou o assistente social da unidade mista, Rosemberg Ferreira, que estava de plantão na segunda-feira (15).


O acidente

O caso aconteceu por volta das 16h nas falésias da região conhecida como Chapadão - um dos principais pontos turísticos da região. O resgate aconteceu na praia das Minas.


Grupos de turismo fazem passeios na região diariamente. O g1 RN tentou entrar em contato com a Secretaria de Turismo do município, mas não conseguiu contato.


Jovem de 19 anos foi socorrido com vida pela equipe da Unidade Mista de Saúde de Tibau do Sul, RN — Foto: Cedida


Falésias são um tipo de acidente geográfico formado por uma encosta íngreme ou vertical, que geralmente termina no mar e sofrem ação erosiva causada pela água. Falésias de grande dimensão costumam ser chamadas de penhasco.


Acidente aconteceu quase um ano após morte de família

O acidente aconteceu praticamente um ano após parte de uma falésia desabar e matar uma família em Pipa, em Tibau do Sul. O caso aconteceu no dia 17 de novembro de 2020,.


As vítimas foram Hugo Pereira, de 32 anos, que era gerente de hotel, a esposa dele, Stella Souza, o filho de 7 meses, Sol, e o cachorro da família. Eles descansavam à sombra da falésia, quando parte dela caiu.



Após o acidente, estudos foram realizados na área para buscar soluções em relação à proteção das falésias. Em outubro, um estudo propôs a retirada planejada de construções nas falésias de Pipa.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Por falta de energia, MPRN suspende atendimento presencial em Pau dos Ferros



O Ministério Público do Rio Grande do Norte na cidade de Pau dos Ferros, no Oeste Potiguar, suspendeu nesta terça-feira (16) as suas atividades presenciais e, portanto, o atendimento ao público, por falta de energia elétrica no prédio.


Segundo o MP, a substituição dos cabos já está sendo providenciada. No entanto, vai ser preciso que o imóvel fique sem energia até a conclusão do serviço, prevista para o fim do dia. O atendimento presencial deverá voltar nesta quarta-feira.

 

O atendimento ao público na modalidade remota (por telefone, videoconferência, e-mail ou whatsapp) segue ocorrendo normalmente, das 8h às 17h.


Fonte: Tribuna do Norte

Leia Mais ››

Movimentação econômica no RN cresce 2,9% e indica aquecimento para as vendas de fim de ano

A quantidade de operações de vendas nos principais setores econômicos do Rio Grande do Norte continua em uma curva crescente, tendo ultrapassado o patamar de um milhão de transações feitas em média por dia, desde o início do segundo semestre do ano. Em outubro, o número de vendas atingiu um montante médio de 1,04 milhão de operações diárias, equivalendo a uma movimentação de R$ 3,8 bilhões no mês. Isso representa um crescimento de 2,9% em relação a setembro, quando o faturamento médio das empresas que efetivaram negociações comerciais foi de R$ 369,4 milhões por dia. 


Adriano Abreu


Esses são alguns dos indicadores contidos na 24ª edição do Boletim Mensal da Receita Estadual, divulgada nesta terça-feira (16) pela Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN). O informativo apresenta dados sobre o faturamento das empresas e a movimentação dos setores analisados, bem como o desempenho no recolhimento de tributos estaduais. 


Na avaliação do secretário estadual de Tributação, Carlos Eduardo Xavier, as informações sobre a movimentação econômica do estado no décimo mês do ano são animadoras. “Esses números revelam que a economia do estado continua em um ritmo crescente e que os níveis de produção e vendas permanecem em alta. Esses fatores só indicam que teremos boas vendas em novembro e dezembro, os meses que tradicionalmente mais se registra alta nas vendas ao consumidor final. Tudo indica que deveremos ter um excelente ciclo natalino em 2021”, comemora. 


Isso porque os dois setores – indústria e atacado – que servem de termômetro para medir o aquecimento do comércio varejista e disposição da população ao consumo permanecem com níveis de produção e comercialização estáveis. De setembro para outubro, tanto a indústria quanto o segmento atacadista registraram leves baixas, porém, mantiveram a curva de faturamento acima da casa dos R$ 50 milhões negociados por dia. Em outubro, o faturamento médio diário da indústria de transformação diminuiu de R$ 54 para R$ 51,9 milhões. No atacado, houve redução de R$ 60 milhões para R$ 59,2 milhões em média por dia no mesmo período.


Avanço do varejo 


Com a produção em ritmo contínuo, o comércio varejista responde à altura. O número de vendas no varejo potiguar em outubro saltou de 27,6 milhões para 29,2 milhões de operações feitas diariamente. O volume faturado pelas empresas do setor também cresceu proporcionalmente no mês e passou de R$ 91,7 milhões para R$ 92,2 milhões vendidos em média ao dia. 


Em relação à arrecadação de impostos, o informativo da Receita Estadual mostra que as receitas totais voltaram a crescer em outubro, após amargar uma redução no mês anterior. A arrecadação registrou um aumento de 0,8% em relação a setembro, com um total de R$ 624 milhões. Em setembro, o volume foi de R$ 619 milhões. No entanto, o crescimento é mais expressivo na comparação com outubro do ano passado: 13% como resultado da evolução de R$ 551 milhões para R$ 624 milhões.


O acréscimo no volume das receitas próprias do estado foi ocasionado principalmente pela alta na arrecadação de ICMS. Em outubro, o Rio Grande do Norte recolheu R$ 600 milhões só com esse tributo, que é a principal fonte das receitas estaduais. Em setembro, o recolhimento deste imposto havia sido de R$ 584 milhões. Isso é equivalente a um aumento de 14% em relação a outubro de 2020, quando o RN arrecadou R$ 528 milhões com esse mesmo tributo.


Fonte: Tribuna do Norte

Leia Mais ››

Ex-gestores da Caern são condenados a ressarcir o Estado com R$ 44 milhões

Ex-gestores da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) e representantes do Instituto Assistencial dos Advogados do Nordeste (Iasan) foram condenados a ressarcir os cofres públicos do Estado com mais de R$ 44 milhões. A sentença foi expedida pelo juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas e se reporta a atos de improbidade há mais de 20 anos. O processo foi aberto em 2007 com a condenação oficializada no último dia 13 de novembro.



Estão condenados a devolver R$ 44.816.246,63 aos cofres públicos estaduais os ex-diretores da Caern Maurício Marques (ex-prefeito de Parnamirim); Rômulo de Macêdo Vieira; Vicente Inácio Martins Freire; Lúcio de Medeiros Dantas Júnior e o espólio de Luiz Marcelo Gomes Adeodato. Autor da sentença, Bruno Montenegro Ribeiro Dantas é coordenador do Grupo de Apoio às Metas do CNJ do Tribunal de Justiça do RN (TJRN). 


De acordo Victor Cortez, advogado de um dos acusados, com o advento da lei 14.230/2021, que altera a Lei de Improbidade Administrativa, o processo cuja sentença foi proferida no último dia 13 "está irremediavelmente prescrito". No processo, os advogados dos demais réus negam as acusações feitas contra eles. A TRIBUNA DO NORTE segue aberta para receber qualquer manifestação das defesas dos sete citados.


O que foi avaliado na sentença foi a contratação do Instituto Assistencial dos Advogados do Nordeste que ocorreu, segundo o juiz, "mediante procedimento indevido de inexigibilidade de licitação". O magistrado justificou a decisão pela modalidade escolhida não se adequar às disposições da lei 8666/1993, usada como base na ocasião para justificar a contratação direta. O episódio ocorreu em julho de 1999 e a negociação não envolveu qualquer tipo de procedimento licitatório. 


Fonte: Tribuna do Norte

Leia Mais ››

Árvore de Mirassol é acesa na sexta-feira (19) e marca início da programação do Natal em Natal

A tradicional Árvore de Mirassol será acesa na próxima sexta-feira (19) para marcar o início da programação do Natal em Natal que segue até o início de janeiro.


Fazendo upload: 958259 de 958259 bytes.
Árvore de Mirassol em 2018 — Foto: Canindé Soares


No local, acontece a feira de gastronomia artesanato. Nesta sexta, Rodolfo Amaral e Luizinho Nobre se apresentam a partir das 18h, no palco do Espaço Cultural Marilene Dantas, na Praça de Mirassol.


No sábado (20) é a vez de Deusa do Forró (19h) e DJ Samir (21h). No domingo é a vez de Forró na Manha (19h) e Rodolfo Lopes (21h).


A cada fim de semana (de sexta a domingo) a música estará presente com diversas atrações, até o dia 6 de janeiro.


Garagem de rua

Na Zona Norte de Natal acontece o Festival Garagem de Rua no Espaço Cultural Jesiel Figueiredo. O projeto é voltado para o cenário do rock alternativo. Nesta sexta-feira (19), a partir das 17h, se apresentam THC, Rharo e Diniz k9. No sábado é a vez de Jxvxns, Heresia, Endless Solitude e Ravanes. No domingo (21) é a vez de Psycothic Apes, Simioides, Morto e Chico Bomba. O projeto acontece também de sexta a domingo (26 a 28) e 4 e 5 de dezembro.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Sesap anuncia aplicação da segunda dose da vacina da Janssen no RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou nesta terça-feira (16) que vai dar início à aplicação da segunda dose da vacina da Janssen no Rio Grande do Norte. O imunizante foi o único utilizado na campanha de vacinação do Brasil como dose única.


Fazendo upload: 552461 de 552461 bytes.
Vacinas da Janssen — Foto: Adrià Crehuet Cano/Unsplash


A segunda dose da vacina foi anunciada pelo Ministério da Saúde também nesta terça.


De acordo com a Sesap, a aplicação da segunda dose está autorizada a partir do próximo sábado (20) pelo Ministério da Saúde, já que as cargas destinadas a essa dose começam a ser enviadas pela pasta nacional na sexta (19).


A Sesap informou que depende das doses que serão enviadas e que elas devem ser aplicadas por escalonamento de idade. A pasta aguarda as doses para poder organizar o cronograma.


Com a autorização da pasta estadual, os municípios devem também organizar os calendários para a aplicação. Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que só vai divulgar o início da aplicação da segunda dose da Janssen quando receber as doses.


O intervalo para receber a D2 do imunizante é de dois meses - e não cinco como nas doses de reforço das demais vacinas.


A D2 aplicada nas pessoas que tomaram a primeira dose de Janssen também será do mesmo imunizante e não de outro como acontece, por exemplo, com as doses de reforço.


Dose de reforço para todos adultos

O Ministério da Saúde também anunciou que está autorizada a aplicação da dose de reforço para todas as pessoas acima de 18 anos, que tomaram duas doses da vacina, após cinco meses.


Até então, a dose de reforço estava aprovada para os maiores de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.


A Secretaria Estadual de Saúde do RN, no entanto, informou que ainda não há previsão para iniciar a dose de reforço no restante da população, já que ainda não houve encaminhamento de doses específicas para isso por parte do Ministério da Saúde.


A Secretaria Municipal de Natal também informou que aguarda a chegada de doses específicas para autorizar a dose de reforço nesse público.


Fonte: g1

Leia Mais ››

PIX permitirá operações internacionais e pagamentos por aproximação no futuro, diz BC

Fazendo upload: 111439 de 111439 bytes.


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (16) que a instituição trabalha para implementar algumas mudanças o PIX, entre as quais, a possibilidade de pagamentos instantâneos de compras em outros países no médio prazo.


Campos Neto deu a declaração durante o evento sobre um ano da implementação do PIX (leia detalhes mais abaixo).


Além disso, segundo o diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta da instituição, Mauricio Moura, o BC também trabalha para inaugurar, no futuro, o PIX por aproximação. Essa modalidade, segundo ele, poderá ser usada, por exemplo, para pagar passagens de ônibus.


"Assim como há o cartão de crédito por aproximação, o PIX também terá no futuro uma funcionalidade por aproximação. Aproxima celular e vai fazer pagamento com o PIX", explicou ele.


De acordo com Campos Neto, presidente do BC, também há outros avanços sendo trabalhados para o futuro, como operações sem conexão com a internet.


Ele lembrou que entram em vigor, no fim deste mês, outras modalidades: o PIX saque e PIX troco. Os clientes poderão fazer pagamentos por produtos e serviços e receber troco ou fazer saques nas redes varejistas credenciadas.


Todas as pessoas que tiverem conta em uma das instituições participantes do PIX poderão utilizar os serviços, segundo o BC.


"O Brasil teve a adoção de meios de pagamento instantâneo mais rápida no mundo quando consideramos o número de transações per capita. o PIX já supera TED, DOC, cheque, boleto cartão pré-pago e débito direto, ficando apenas atrás de convênios de arrecadação [pagamentos de contas de água e luz, por exemplo], cartão de crédito e débito", acrescentou Campos Neto.


1 ano de PIX

Veja os números apresentados pelo Banco Central sobre o primeiro ano de implementação do PIX:


348,1 milhões de chaves PIX estavam cadastradas no sistema financeiro nacional no final do mês de outubro;

104,4 milhões de brasileiros (62,4% da população) há haviam usado o sistema no período;

Ao todo, já foram feitas mais de 7 bilhões de operações via PIX;

essas operações somaram mais de R$ 4 trilhões;

34% das transações foram feitas por pessoas de 20 a 29 anos; em segundo lugar ficou o público de 30 a 39 anos (31% do total).

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, João Manoel Pinho de Mello, avaliou que o PIX também possibilitou inclusão financeira da população de baixa renda no sistema financeiro.


Segundo ele, 45,6 milhões de pessoas, que até então não tinha utilizado TED nos doze meses anteriores, realizaram ao menos uma vez o PIX no último ano.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Primeiro paciente recebe soro anti-Covid desenvolvido pelo Butantan

O primeiro paciente recebeu, na última sexta-feira (12), no Hospital do Rim, o soro anti-Covid desenvolvido pelo Instituto Butantan. O paciente é um homem transplantado de 65 anos.


O soro produzido com plasma de cavalos, que foi aprovado para teste em maio, não substitui a vacina, mas é uma possibilidade de tratamento para diagnosticados com a doença. Veja, no vídeo acima, como o soro funciona.


De acordo com o Hospital do Rim, o primeiro paciente a receber o soro não teve nenhum efeito colateral, e a resposta ao medicamento foi adequada.


No total, o estudo terá 30 pacientes. Para receber o soro, a pessoa tem que estar com Covid leve para que, justamente, se previna uma evolução para um quadro grave da doença. Ainda não há prazo para divulgação dos primeiros resultados.


Segundo o diretor do Hospital do Rim, José Medina, em casos mais leves, a pessoa pode tomar o soro e ir pra casa. Mas por conta da idade e de possuir doença prévia média gravidade, os médicos decidiram que o paciente será acompanhado no hospital.


Ele está num leito semi-intensivo, onde ficará por 28 dias sendo observado.



Estudo com soro

Os testes também serão feitos em pacientes com Covid e câncer do Hospital das Clínicas. Na segunda fase, devem participar 558 pacientes transplantados e oncológicos.


Em maio deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o início dos testes em seres humanos.


O objetivo do soro é amenizar os sintomas e evitar casos graves nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar nem de prevenir a doença.


Soro anti-Covid está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan, em Sâo Paulo — Foto: Instituto Butantan/Divulgação


Produção do soro

Para a produção do soro, os técnicos retiram o plasma do sangue do cavalo e levam para a sede do Butantan, na Zona Oeste de São Paulo. Os anticorpos são então separados do plasma e se transformam em um soro anti-Covid.


Os cavalos, além de ajudarem a produzir o soro, participaram dos testes. O vírus inativo não provoca danos aos animais nem se multiplica no organismo, mas estimula a produção de anticorpos.


No início de março, Dimas Covas, diretor, do Butantan, disse que os testes feitos em animais apontaram que o soro é seguro e efetivo.


"Os animais que foram tratados tiveram seu pulmão protegido, ou seja, não desenvolveram a forma fatal da infecção pelo coronavírus, mostrando que os resultados de estudos em animais são extremamente promissores e esperamos que a mesma efetividade seja demonstrada agora nesses estudos clínicos que poderão ser autorizados."


Fonte: g1

Leia Mais ››

Justiça determina que filha receba metade da herança de Renné Senna, assassinado em 2007; valor ultrapassa os R$ 43 milhões

A Justiça autorizou que Renata Senna, filha do ex-lavrador Renné Senna, assassinado em 2007 após ganhar na Mega-Sena, receba metade da fortuna do pai: R$ 43,6 milhões.


Renné Senna e Adriana Almeida: filha Renata é a única beneficiária da herança até agora — Foto: Reprodução/ TV Globo


Segundo o jornal Extra, a decisão saiu no mês passado, e Renata poderá receber o valor assim que impostos sobre a movimentação do dinheiro forem recolhidos. O g1 confirmou o teor da decisão judicial.


A outra metade da fortuna segue em disputa judicial por nove irmãos do ex-lavrador e Adriana Ferreira de Almeida, a viúva condenada a 20 anos de prisão pelo homicídio de Renné.


Viúva condenada por homicídio ainda tenta herança

Adriana teve um recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que também fosse reconhecida como uma das herdeiras previstas em testamento, mas ainda pode recorrer da decisão.


O STJ considerou que Adriana não tinha direito à herança por ter manipulado o marido, uma vez que já teria um plano para matá-lo.


Renata Senna, filha da Renné Senna: herdeira reconhecida e autorizada a receber parte da fortuna de Renné Senna — Foto: Renata Igrejas/Inter TV


Prêmio da Mega-Sena cresceu nos últimos anos

Parte do prêmio da Mega-Sena de R$ 52 milhões, ganho por Renné em 2005, já quase duplicou de valor.


Além dos juros do montante deixado por ele em 2007, quando foi assassinado, o patrimônio teve acréscimo de R$ 10 milhões por conta da venda das Fazendas Nossa Senhora da Conceição, Sítio BR-101 e Fazenda da Posse, e de mais R$ 1,3 milhão pela venda de cabeças de gado, totalizando R$ 87, 2 milhões.


Filha já teve outras vitórias na Justiça

Essa não é a primeira vez que Renata Senna é beneficiada na Justiça com a herança do pai. A primeira vitória veio em 2016, quando ela foi autorizada a receber a quantia de R$ 5 mil enquanto filha inventariante de Renê.


Em 2017, ele teve sua legitimidade contestada pela viúva de Renné, submeteu-se a um exame de DNA e conseguiu provar que era mesma filha do ex-lavrador.



Em 2019, os irmãos de Renné tentaram anular o testamento que previa Renata como única herdeira, o que foi acatado pela Justiça.


Em março de 2021, a Justiça aumentou o adiantamento de herança de Renata de R$ 5 mil para R$ 10 mil, sem prejuízo dos outros herdeiros testamenteiros.


Em outubro de 2021, Renata foi autorizada a receber metade da herança do pai, Renné Senna, após mais de 14 anos de disputa na Justiça.


Relembre o crime

O crime aconteceu no dia 7 de janeiro de 2007, quando Renné foi executado a tiros na porta de um bar que frequentava em Rio Bonito.


Ex-trabalhador rural, ele ganhou R$ 52 milhões em um sorteio da Mega-Sena em 2005. De acordo com as investigações e a decisão da Justiça, Adriana, então mulher de Renné, foi a mandante do crime e contratou ex-seguranças para matar o marido. As balas acertaram a nuca, a têmpora esquerda, o olho esquerdo e o queixo do milionário.


Adriana Ferreira — Foto: Renata Igrejas/Inter TV


Fonte: g1

Leia Mais ››

Golpe do PIX: hackers contam como enganam vítimas; saiba como se proteger



Uma aposentada de 78 anos recebeu, no fim de julho, uma ligação do filho dizendo que uma suposta funcionária do banco entrou em contato relatando que criminosos tentaram acessar a conta bancária dela.


A mulher então foi a uma agência na cidade de Santos, no litoral paulista, e fez os procedimentos que a suposta funcionária indicou. No dia seguinte, a aposentada recebeu uma nova ligação avisando que os procedimentos não tinham sido completados e a orientou para ir a um caixa eletrônico concluí-los.


Logo depois de seguir os passos, ela tentou fazer uma compra no débito em uma farmácia e teve a operação negada. Ao entrar no aplicativo do banco, a aposentada percebeu que tinham sido feitas diversas transações, incluindo um PIX no valor de R$ 24,7 mil e diversos empréstimos.


Os golpistas tiraram dinheiro da conta até que o saldo ficasse negativo. A vítima estima que o prejuízo total tenha sido de quase R$ 60 mil. O caso é investigado como estelionato pelo 3º Distrito Policial de Santos.


A BBC News Brasil ouviu dois hackers (que dizem não aplicar mais golpes), especialistas em segurança digital e o delegado da divisão antissequestro do Garra, da Polícia Civil de São Paulo, para entender como esses crimes são cometidos e como se proteger.


Os hackers disseram que os golpes podem ser divididos em duas categorias:


O mais comum é aquele que envolve algum contato entre o golpista e a vítima. E um mais sofisticado, que envolve programas de computador e invasões de dispositivos eletrônicos.


As transações por PIX foram integralmente implantadas no Brasil há um ano, no dia 16 de novembro de 2020.



Em entrevista à BBC News Brasil, o delegado titular da 3ª Delegacia Antissequestro, da Polícia Civil de São Paulo, Tarcio Severo, confirmou que o número de sequestros-relâmpago, crime antes considerado adormecido, disparou após a implantação do PIX no Brasil e que há inclusive quadrilhas migrando para esse tipo de crime.


Uma semana após a reportagem, o Banco Central anunciou que limitarias o valor das transferências bancárias feitas das 20h às 6h.


Ataque hacker

Há vários tipos de ferramentas digitais para aplicar o golpe. A mais comum chama-se capturador de sessões. Nela, o golpista envia um PDF ou um e-mail para a vítima com um arquivo que, caso seja aberto, vai infectá-la de alguma forma.


Com o vírus implementado, quando a vítima abrir um aplicativo de banco, o invasor automaticamente receberá uma notificação em sua tela informando que a vítima abriu uma sessão no banco. O hacker então captura a sessão daquela pessoa, com a combinação de senhas, para conseguir obter acesso à conta dela.


Os bancos, entretanto, reforçaram a segurança nesse sentido, ressaltou o delegado.


"Mesmo que o hacker tenha a sua senha e sua conta, ele geralmente não consegue logar (acessar pela internet) no banco por ser de um local diferente (do autorizado) ou (por que o banco) identifica um acesso não autorizado", explica.

O vírus permite que o hacker use o computador da própria vítima para acessar o site do banco e fazer transferências via PIX. Em casos em que o banco exige algum tipo de número fornecido por um token, o hacker precisa clonar o número do celular da vítima para ter acesso ao código do token.


Segundo especialistas, isso é feito em parceria com pessoas que trabalham em operadoras de telefonia, que bloqueiam o chip da pessoa e o recadastra em um outro chip, do hacker. O custo desse serviço ilegal varia entre R$ 400 e R$ 500.



Além desses programas que furtam sessões de bancos após infectar o equipamento das vítimas, também há os phishings — mensagens falsas que induzem a vítima a compartilhas seus dados — dos simples aos mais avançados. Os mais básicos são aqueles em que o golpista cria uma página falsa na qual a vítima acessa por meio de um link de oferta enganosa ou algo parecido.


Hoje, ele é mais incomum porque as pessoas vão direto no endereço do site quando querem comprar algo, em vez de acessar por meio de um link. Mas esse tipo de golpe ainda ocorre.


O phishing mais complexo exige que o hacker tenha acesso ao DNS (Domain Name System) da vítima. Ao digitar um endereço para acessar um site, o DNS do computador identifica a qual endereço de IP esse site corresponde, analisa se ele é confiável e prossegue com o acesso.


Se um hacker acessa o DNS, ele pode "enganar" o computador da pessoa sobre qual site está sendo acessado. No navegador da vítima, aparecerá o endereço digitado pelo usuário, com o cadeado verde ao lado, que atesta a segurança da página. Mas, na verdade, trata-se de uma página falsa que alguém clonou para enganar o DNS do computador da vítima.


Mas conseguir acesso ao DNS para vítima para alterar esses dados é a parte mais difícil da invasão. Uma das formas é incluir algum código em algum site de acesso em massa — como um portal de notícias ou um site de gaming — para que o hacker possa trocar o DNS de diversos usuários que tenham senhas facilmente decifráveis em seu roteador (como "1234").


Esse método hoje, ele explica, é mais difícil de ocorrer em sites de bancos, que investiram em novas tecnologias de proteção. Mas costumava ser algo comum.


Um hacker ouvido pela BBC News Brasil explicou que a maior dificuldade desse método é espalhar o vírus ou conseguir vítimas. Quando o criminoso consegue isso, ele rouba o dinheiro imediatamente e o usa para comprar criptomoedas e ocultar a sua origem.



Isso criou um segundo mercado paralelo: o de vendas de licenças de programas para hackers. Para ganhar dinheiro cooperando com o crime, mas "sem sujar as mãos", alguns programadores desenvolvem programas que roubam dados e "alugam" a licença de um programa desses por até R$ 2 mil por semana.


SMS emergencial

Um dos golpes mais comuns é o do SMS emergencial, no qual o golpista dispara milhares de mensagens automáticas pedindo socorro e solicitando uma transferência via PIX para solucionar um problema financeiro.


Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem que poucas pessoas caem nesse tipo de golpe, mas que ainda assim é vantajoso para o golpista.


"Se o cibercriminoso mandou mensagem para mil pessoas e uma delas caiu no golpe, já é um estrago gigantesco. Ainda mais se ele conseguir acesso a uma conta e conseguir fazer um empréstimo pessoal, consignado, fazer transferências. Ele chega a roubar R$ 10 mil por dia. Um negócio muito lucrativo para ele", afirmou Emílio Simoni, especialista em segurança digital e diretor do dfndr Lab, do grupo CyberLabs-PSafe.

Como se proteger?

Segundo Simoni, a maioria dos golpes aplicados por hackers exigem uma engenharia social para enganar as vítimas, muitas vezes com o criminoso se passando por banco ou por empresa.


"É comum o golpista dizer que o cliente está com um problema no PIX e que precisa fazer uma transferência para testá-lo. Ou até dizem que se ele fizer um PIX vai receber em dobro porque o sistema está com problemas."

De acordo com o especialista, a Receita Federal bloqueou, até setembro de 2021, mais de 2,7 milhões de tentativas de golpes envolvendo o PIX.


1. Baixe um antivírus


Uma das maneiras de proteger o celular de um golpe é instalando um software antivírus no aparelho. Simoni disse que o mais baixado no Brasil é o Defender Security, gratuito e criado no Brasil — com 200 milhões de downloads e 6 milhões de aparelhos que o usam diariamente. Segundo ele, aplicativos de defesa contribuem para que o aparelho não fique vulnerável a ataques.



2. Fique atento ao visitado e desconfie de mensagens recebidas


Além de instalar um antivírus, o especialista em segurança cibernética disse que as pessoas precisam desconfiar de mensagens e ligações de desconhecidos. Essa é a origem da maior parte dos golpes que envolvem estelionato.


"Na dúvida, procure a instituição que entrou em contato. Ligue para o gerente perguntando se realmente há uma cobrança, retorne a ligação para o número que te procurou e tome cuidado ao passar seus dados pessoais, principalmente senhas.

Um desses ataques é aplicado por meio de conexões wi-fi ou páginas de sites confiáveis, como portais de notícias e lojas de departamento.


3. Escolha senhas seguras e difíceis


Criado por hackers em 2013, o programa DNS Change invade celulares com senhas de wi-fi fáceis, como "12345678" ou "adm1234" e troca a identidade do aparelho.


Desta forma, o golpista consegue ter acesso ao aparelho e espelhar a tela em seu computador sempre que o usuário entrar em um site ou página que o interesse, como a de um banco. O hacker usa uma página falsa para que o usuário coloque suas senhas, número de agência e conta.


Segundo Simoni, especialista em segurança, cerca de 40% dos celulares brasileiros estão vulneráveis a esse tipo de golpe porque possuem senhas fáceis ou não têm senha.


Fonte: BBC

Leia Mais ››

PIX completa 1 ano com novas medidas de segurança

O PIX, o sistema de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), completa 1 ano de funcionamento no país e ganha nesta terça-feira (16) um conjunto de novas medidas de segurança.


Pix — Foto: ADRIANO ISHIBASHI/FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO


Entre as novas medidas, estão o bloqueio preventivo dos recursos em caso de suspeita de fraude, notificações obrigatórias de transações rejeitadas e devolução de valores pela instituição recebedora, em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes.


As novas medidas foram anunciadas no final de setembro. Segundo o Banco Central, os mecanismos "criam incentivos para que os participantes aprimorem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes".


O PIX é um mecanismo de transferência de recursos que opera em tempo real, 24 horas por dia.


Atualmente já são quase 350 milhões de chaves cadastradas, sendo 334 milhões delas de pessoas físicas. Segundo o Banco Central, mais de 104 milhões de usuários pessoas físicas já realizaram alguma transação via PIX.


Neste 1 ano de PIX, o Banco Central estima que mais de 45 milhões de pessoas que não realizavam transações eletrônicas agora fazem PIX com frequência e que o sistema já conseguiu reduzir em quase R$ 5 bilhões os custos bancários para as empresas. Veja no vídeo acima.


Veja os novos mecanismos

Bloqueio cautelar: medida vai permitir que o banco que detém a conta do usuário possa efetuar um bloqueio preventivo dos recursos por até 72 horas em casos de suspeita de fraude. Sempre que o bloqueio cautelar for acionado, a instituição deverá comunicar imediatamente ao cliente.

Notificação de infração: notificação de infração deixará de ser facultativa e passará a ser obrigatória. Mecanismo visa permitir que os bancos registrem uma marcação na chave PIX, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta quando há "fundada suspeita de fraude". Essas informações serão compartilhadas com as demais instituições financeiras para aumentar aos mecanismos de prevenção a fraudes;

Ampliação do uso de informações para fins de prevenção à fraude: será criada uma nova funcionalidade que permitirá a consulta de informações vinculadas às chaves PIX. Assim, informações de notificação de fraudes estarão disponíveis para todos os participantes do PIX, que poderão utilizar essas informações em seus processos como, por exemplo, abertura de contas;

Mecanismos adicionais para proteção dos dados: mecanismos adotados pelos bancos devem ser, no mínimo, iguais aos mecanismos implementados pelo BC. Os bancos também terão de definir procedimentos de identificação e de tratamento de casos em que ocorram excessivas consultas de chaves PIX;

Devolução de valores em caso de fraude ou falha: a devolução poderá ser iniciada pelo prestador de serviço de pagamento do usuário recebedor, por iniciativa própria ou por solicitação do prestador de serviço do usuário pagador, em casos de fundada suspeita de fraude ou falha operacional nos sistemas das instituições participantes.

O Banco Central também mudou o regulamento do PIX para deixar claro que os bancos devem ser responsabilizados por "fraudes decorrentes de falhas nos seus próprios mecanismos de gerenciamento de riscos".


Limite de transferências à noite

Desde 4 de outubro, passou a valer o limite de R$ 1 mil para transferências e pagamentos realizados por pessoas físicas das 20h às 6h, incluindo o PIX. Pessoas jurídicas (empresas) não serão atingidas com a medida.


O limite poderá ser alterado a pedido do cliente, através dos canais de atendimento eletrônicos. Porém, a instituição financeira deve estabelecer prazo mínimo de 24 horas para a efetivação do aumento.


Segundo o Banco Central, os bancos devem oferecer aos seus clientes a opção de cadastrar previamente contas que poderão receber transferências acima dos limites estabelecidos.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Segunda paciente com HIV pode ter se curado da infecção sem tratamento; entenda

Uma argentina de 30 anos pode ser a segunda pessoa no mundo que se infectou e conseguiu se curar do vírus HIV sem a necessidade de tratamento, aponta uma pesquisa publicada nesta terça-feira (16) no "Annals of Internal Medicine".


Fazendo upload: 1122992 de 1122992 bytes.
Célula infectada por partículas do vírus HIV, anexas à superfície — Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID)


Segundo o estudo – de pesquisadoras em Buenos Aires e em Boston, nos Estados Unidos –, a mulher vem mantendo uma carga viral indetectável do HIV tipo 1 (HIV-1) há 8 anos, mesmo sem terapia antirretroviral nem transplante de medula óssea.


Nesta reportagem, você vai entender:


A questão em torno do "tipo de cura" alcançado pela paciente – e por que ela nunca poderá ser totalmente comprovada

Os detalhes do caso (a paciente engravidou e deu à luz um bebê sem HIV)

O mecanismo dos 'controladores de elite' para deter o vírus

A diferença entre esse caso e outros dois que também foram curados do HIV – só que com um transplante de medula óssea

Por que o HIV é tão difícil de curar

1. 'Tipo de cura'

Para chegar à conclusão de que a paciente havia, possivelmente, se curado do HIV, as cientistas examinaram 1,5 bilhão de células da paciente. Elas não encontraram nem partículas do vírus que fossem capazes de se replicar nem provírus do HIV – o vírus com o material genético em DNA, que se integra ao DNA das nossas células.


Até agora, só um outro caso do tipo – em uma mulher de 67 anos – havia sido identificado pela ciência (veja detalhes mais abaixo). As duas pacientes se tornaram conhecidas por serem o que se chama de "controladoras de elite" do vírus – pessoas capazes de obter uma "cura funcional" do vírus mesmo sem receber medicamentos (entenda melhor no tópico 3).


"A cura funcional é aquela em que você controla o vírus e não tem mais nenhuma evidência de que ele possa fazer algum mal à saúde. É aquela daquelas pessoas que a gente chama de controladores de elite – não é uma coisa infrequente, acontece em 1% a 3% das pessoas", explica Ricardo Diaz, infectologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que, no ano passado, liderou um grupo de pesquisadores que conseguiram eliminar o HIV de um paciente com um novo coquetel de medicamentos.


"Essas pessoas têm carga viral indetectável – então, aparentemente, o vírus não está se multiplicando de uma forma que a gente consiga enxergar com os métodos de laboratório que tem. E elas não têm uma diminuição da imunidade – não cai o CD4 [tipo de célula de defesa]", completa Diaz.

Só que esses dois casos chamam atenção mesmo entre esses "controladores de elite". Isso porque essas pacientes foram capazes de controlar o vírus de maneira tão eficiente que não há mais nenhum sinal de que ele tenha capacidade de se multiplicar, explica Diaz.


Mas as próprias autoras do estudo alertam que, apesar de ser provável que a paciente tenha obtido o que chamam de "cura esterilizante" do HIV, não é possível provar isso com absoluta certeza.


"No contexto da pesquisa do HIV-1, isso significa que será impossível provar empiricamente que alguém alcançou a cura esterilizante", dizem. "Tudo o que pode ser feito razoavelmente é mostrar que alguém não está curado, isolando provírus intactos e/ou HIV-1 competente para replicação", explicam na pesquisa.


Elas esclarecem que, "embora isso possa parecer insatisfatório, reflete uma limitação intrínseca da pesquisa científica: os conceitos científicos nunca podem ser provados por meio da coleta de dados empíricos; eles só podem ser refutados".

Nesse ponto, Diaz faz uma crítica: para ele, como as cientistas encontraram vestígios do HIV na paciente, não é possível dizer que o que ocorreu foi uma "cura esterilizante" (entenda melhor a diferença mais abaixo nesta reportagem).


As cientistas reconhecem que os "mecanismos que permitem um resultado tão notável da doença são difíceis" e que os resultados são extremamente raros, mas possíveis.


A autora sênior da pesquisa, Xu Yu, explicou em um comunicado à imprensa que as descobertas podem sugerir uma resposta específica de células do sistema de defesa que abre possibilidade de que outras pessoas com HIV também tenham alcançado a cura sozinhas. Se esses mecanismos imunológicos puderem ser entendidos, a ciência pode desenvolver tratamentos que ensinem o sistema imunológico de outras pessoas a imitar essas respostas em casos de infecção por HIV.


2. A paciente de Esperanza: detalhes do caso

O caso ocorreu na cidade de Esperanza, na Argentina, cerca de 500 km a noroeste de Buenos Aires. A mulher – que ficará conhecida como a "paciente de Esperanza", como o "paciente de Berlim" e o "paciente de Londres" – teve o primeiro resultado positivo para o HIV em março de 2013.


Nos 8 anos seguintes em que foi acompanhada, os resultados de 10 testes comerciais apontaram carga viral abaixo do limite de detecção, ou seja, indetectável. Também não houve sinais clínicos ou laboratoriais de qualquer doença associada ao HIV-1.


Em 2019, a mulher engravidou e fez um tratamento com a terapia antirretroviral para evitar que o bebê se infectasse, até o parto, em 2020. A criança nasceu e permanece, até hoje, sem o vírus.


Mas por que começar o tratamento se a paciente era uma controladora de elite?


Há pelo menos dois motivos, segundo Ricardo Diaz: o primeiro é que nem todos os controladores de elite permanecem assim para sempre. O outro é que a própria gestação pode fazer com que a mulher perca essa capacidade de controlar o vírus.


"Nem todo controlador de elite é controlador de elite pra sempre. Em 8 anos, um terço deles perde o controle", esclarece o pesquisador.

"A gente não sabe exatamente o que é que faz eles perderem o controle. Mas, seguramente, é alguma coisa que ao mesmo tempo estimula o vírus e modifica o teu sistema imune. Então você vai ficar menos responsiva. Sabe uma coisa que estimula o vírus e modifica o teu sistema imune? Gestação. Então, mesmo sendo controladora de elite, na gestação, a gente trata", explica.


Depois que deu à luz, a paciente parou de usar a terapia antirretroviral, mas continuou a controlar a doença naturalmente.


3. Como funciona o 'autocontrole' do HIV?

Mesmo com esse controle "de elite" foram encontrados vestígios de que a mulher um dia foi infectada com o vírus e chegou a ter ciclos ativos de replicação viral, segundo as pesquisadoras.


Elas chegaram a essa conclusão depois de encontrar 7 provírus (material genético em DNA) do HIV defeituosos. Um deles era hipermutado (com pedaços que o tornavam defeituoso e incapaz de se replicar) e quase completo, e os outros tinham muitos pedaços faltando (grandes deleções).


Quando o HIV infecta o nosso corpo, ele entra no DNA de todas as nossas células. E, à medida que as células vão se reproduzindo, fazem o mesmo com o material do vírus – e o jogam para a corrente sanguínea.


O que acontece com os controladores de elite, explica Ricardo Diaz, é que o sistema imune mata as células antes que os vírus saiam dela. É uma estratégia chamada "shock and kill" – "chocar e matar", em tradução livre.


"O que acontece é que só vai sobrar vírus nessas pessoas onde você tem como se fosse um deserto – em que você não consegue fazer com que o vírus se multiplique [para matar as células]", esclarece.

"Só sobra HIV onde tem cromatina repressora – como se fosse uma tumba para o vírus. E ele não consegue sair. Aí essa pessoa adquire essa cura – porque sobraram pedacinhos de vírus, ou [o vírus] está naquele local que ele não consegue sair, que é a cromatina repressora. Isso acontece muito raramente – e provavelmente aconteceu duas vezes, que a gente tenha detectado: essa moça da Argentina e na outra, de São Francisco", explica.


4. Pacientes de Berlim e Londres

Há uma diferença entre os casos dessas duas pacientes, controladoras de elite, e de outros dois, que conseguiram a chamada "cura esterilizante" – mencionada no começo da reportagem – do HIV.


Tanto o "paciente de Berlim" (Tim Brown, que morreu no ano passado) e o outro, o "paciente de Londres", curado em 2019, passaram por um transplante de medula óssea.


(Segundo Diaz, um terceiro caso desse tipo deve ser anunciado em breve – o do "paciente de Düsseldorf").


Ambos os homens receberam o transplante de medula de pessoas que tinham uma mutação de um gene (CCR5-delta 32) que as tornava naturalmente resistentes à infecção pelo HIV.


Com esse "reset" do sistema imune, foi apagado qualquer vestígio do vírus em seus corpos – até na cromatina repressora, a "tumba" do HIV, explica Ricardo Diaz. Nesse caso, segundo o pesquisador, pode se falar em "cura esterilizante" – que é a mencionada pelas cientistas na pesquisa argentina.


"A cura esterilizante é simplesmente porque o vírus sumiu e os anticorpos sumiram e a imunidade das células – a imunidade celular específica – sumiu também. É quando ele [o paciente] se livra totalmente do vírus. Não é só o vestígio, mas a ausência completa do vírus e qualquer sinal do corpo de que possa ter o vírus", esclarece Diaz.

Ao mesmo tempo em que explica que é por isso que a ciência acredita que a cura dos pacientes transplantados é esterilizante – pela ausência completa do vírus, diferente da paciente argentina – o especialista esclarece que esses termos são desatualizados. O mais correto seria referir-se aos casos como "remissão sustentada do HIV sem antirretrovirais".


"Não dá pra garantir, mesmo que você tenha boas evidências, de que uma cura esterilizante aconteceu de fato. Você teria que seguir a pessoa a vida inteira – não tem como tirar um raio-X do corpo da pessoa e falar 'não existe nenhum vírus mais aqui'. Você consegue amostrar de uma forma limitada – pega uma quantidade grande de sangue, faz biópsia – você não enxerga o corpo todo da pessoa para ver se ela tem HIV", pondera.


5. Por que o HIV é tão difícil de curar?

Nas pessoas "comuns" – a vasta maioria que não consegue controlar naturalmente o HIV – a intenção da terapia antirretroviral é "acordar" o vírus que está latente – "dormindo" dentro das células – e eliminá-lo. É o mesmo "chocar e matar", só que com a ajuda de medicamentos.


É essa latência que torna tão difícil eliminar o HIV.


"Tem uma quantidade de células – que é de 0.01% até 0.0001% – que têm vírus latente. O vírus latente vai acordando ao longo do tempo. Se você tratar as pessoas com coquetel, o vírus vai saindo da latência e você vai diminuindo essa porcentagem de vírus latente. Igual a um balãozinho, que vai murchando", explica Ricardo Diaz.


"Aí você cura a pessoa – só que demora. 80 anos. Para curar uma pessoa, você teria que tratar de forma efetiva por 80 anos. Por isso que não dá para interromper o tratamento – porque, na hora que você interrompe, aparece um vírus latente", esclarece.

Na pesquisa que liderou no ano passado, ele e sua equipe começaram uma empreitada que pretende diminuir esse tempo para 2 anos.


Fonte: g1

Leia Mais ››

Ao falar em reajuste para servidor, Bolsonaro ignora alerta técnico de que não há espaço no orçamento

Técnicos do Ministério da Economia têm alertado o presidente Jair Bolsonaro há pelo menos três meses de que um eventual reajuste linear para servidores federais não caberá no Orçamento de 2022, mesmo com a abertura de espaço fiscal promovida pela eventual aprovação do PEC dos Precatórios.


O presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto em 10 de novembro — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters


Nesta terça-feira, porém, no Bahrein, Bolsonaro voltou a falar em conceder reajuste para os servidores. Ele já havia feito declaração neste sentido na segunda-feira, em Dubai.


Cálculos da área econômica são de que um reajuste linear de 5%, por exemplo, representaria R$ 15 bilhões nas contas federais. Já um percentual que venha a repor a inflação de 2021, próxima de 10%, custaria o mesmo que o antigo Bolsa Família.


Segundo relato de fontes econômicas ao blog, os números foram apresentados a Bolsonaro em recente reunião no Planalto.


Além do Auxílio Brasil de R$ 400, que consumiria em torno de R$ 50 bilhões, boa parte da sobra no teto de gastos terá que ser direcionada para cobrir as despesas afetadas pela inflação mais alta, que irá levar à correção de benefícios previdenciários e do salário mínimo, por exemplo.


Bolsonaro seguia insistindo, contudo, que não poderia passar os quatro anos de mandato sem dar reajustes aos servidores.


Policiais

Já era discutida a possibilidade de destinar em torno de R$ 1,5 bilhão para a reestruturação da carreira de policial federal, o que, na prática, representaria reajuste para a categoria que o presidente quer ter ao seu lado até a eleição de 2022.


A reestruturação também ajudaria o ministro da Justiça, Anderson Torres, que deseja concorrer a uma vaga de deputado federal pelo Distrito Federal - domicílio eleitoral de boa parte da categoria.


Dentro do governo, Bolsonaro é alertado que, se privilegiar somente uma categoria, a de policiais, vai angariar ainda mais desaprovação entre outras categorias.


Ao longo do governo, Bolsonaro privilegiou reestruturações e aumentos salariais e de benefícios a servidores de categorias que tradicionalmente o apoiam, como militares e policiais.


A necessidade de ampliar sua base de apoio levou Bolsonaro a trazer a ideia de volta à mesa. No Congresso, parlamentares também acreditam que a promessa de reajuste de salários também pode ajudar a angariar mais apoio para a aprovação da PEC, prestes a passar por mudanças no Senado.


Fonte: Blog da Ana Flor

Leia Mais ››