sexta-feira, junho 30, 2023

Governo cria regras para compras internacionais de até US$ 50 na internet e taxará quem descumprir normas

O Ministério da Fazenda publicou uma portaria com novas regras para compras internacionais feitas pela internet, nesta sexta-feira (30). Pela norma, o governo vai deixar de cobrar o Imposto de Importação para compras on-line de até US$ 50, desde que as empresas entrem em um programa da Receita e recolham tributos estaduais.


Compras de até US$ 50 serão isentas, desde que empresas cumpram regras — Foto: Pixabay


Antes, todas as compras de importados eram taxadas, independentemente do valor. A isenção de US$ 50 que existia era restrita apenas para remessas internacionais entre pessoas físicas. Ou seja, empresas estavam fora desta isenção.


Pela portaria publicada nesta sexta-feira, as compras on-line de até US$ 50 feitas em empresas que não cumprirem com as novas regras do governo continuarão sendo taxadas. A medida começa a valer a partir de 1º de agosto.



As regras do programa ao qual as empresas terão de aderir também foram publicadas nesta sexta-feira por meio de uma Instrução Normativa da Secretaria Especial da Receita Federal. A medida cria uma série de critérios para empresas de comércio eletrônico, como:


fazer o repasse dos impostos cobrados;

detalhar para o consumidor informações sobre os valores de impostos, tarifas postais e demais despesas;

colocar no pacote enviado ao consumidor de maneira visível, no campo do remetente, a marca e o nome da empresa em questão;

realizar o combate ao descaminho e contrabando.

O Ministério da Fazenda também determinou que as empresas recolham o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para que as compras de até US$ 50 não recebam o Imposto de Importação.


No começo do mês, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) decidiu adotar uma alíquota de 17% para as compras feitas em plataformas on-line de varejistas internacionais.


Em relação à portaria publicada nesta sexta-feira, a regra vale exclusivamente para compras feitas em empresas de comércio eletrônico, nacionais ou estrangeiras.


A Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil fará relatórios bimestrais para monitorar os resultados obtidos com a nova regra, podendo propor mudanças na alíquota estabelecida.


Polêmica em abril

Em abril, o Ministério da Fazenda e a Receita Federal anunciaram que iriam extinguir a isenção para o comércio internacional entre pessoas físicas no valor de até US$ 50.


À época, o governo explicou que a regra de isenção estava sendo usada de maneira irregular por varejistas internacionais, que se "disfarçavam" de pessoa física para não pagar impostos.


Pelas regras atuais, as compras internacionais feitas pela internet entre pessoas físicas que ultrapassem a cota podem ser taxadas em 60% sobre o valor da nota fiscal.


Uma semana após anunciar a extinção da isenção, o governo voltou atrás e afirmou que não iria acabar com a isenção para remessas entre pessoas físicas.


Apesar do recuo, após a polêmica, a Shein assumiu um compromisso com o governo para investimentos no Brasil. Uma fábrica do Rio Grande do Norte vai começar a produzir roupas para vendas na empresa em julho.


Isenção e taxação

A combinação da isenção para compras de até US$ 50 com a criação de uma taxa para quem não cumprir as regras em vendas internacionais faz parte da implementação de um plano de conformidade do governo com os e-commerces globais – principalmente sites chineses, como a Shein.



Em maio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a discussão sobre as regras de tributação nas importações também envolvia os estados, já que eles têm direito à cobrança de ICMS sobre os produtos comprados pela internet.


A ideia é que, no futuro, os clientes de sites internacionais sejam informados dos preços totais dos itens já com a cobrança do Imposto de Importação, que é federal, além do ICMS.


Fonte: g1

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Imposto de Renda 2023: Receita paga 2º lote da restituição nesta sexta; veja calendário e quem recebe

O segundo lote de restituições do Imposto de Renda 2023 começa a ser pago nesta sexta-feira (30). Segundo informações da Receita Federal, mais de 5,1 milhões de contribuintes receberão cerca de R$ 7,5 bilhões. Essa cota de pagamentos também contempla restituições residuais de exercícios anteriores.


Imposto de Renda 2023: prazo para declaração foi de 15 de março a 31 de maio. — Foto: Marcos Serra/ g1


Ainda de acordo com a Receita, todo o valor será destinado a contribuintes que têm prioridade no recebimento. Ao total, são:


130.088 contribuintes idosos acima de 80 anos;

978.397 contribuintes idosos entre 60 e 79 anos;

70.589 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave;

468.889 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;

3.490.513 contribuintes que receberam prioridade por terem utilizado a declaração pré-preenchida ou optado por receber a restituição via PIX.


Os pagamentos das restituições do IR 2023 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações terminou em 31 de maio.


Veja as próximas datas de pagamento da restituição:


3º lote: 31 de julho

4º lote: 31 de agosto

5º lote: 29 de setembro

Como vou receber a restituição?

O pagamento da restituição é realizado na conta bancária informada pelo contribuinte na declaração de Imposto de Renda, de forma direta ou por indicação de chave PIX.


Vale lembrar que a conta precisa estar no nome do declarante, admitidas as exceções no caso de contribuinte falecido, menor de idade, incapaz ou com saída definitiva do país.


Como saber se tenho algum valor a receber?

Para saber se a restituição está disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição".


A Receita Federal lembrou que disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.


Não recebi minha restituição. O que fazer?

O primeiro passo é consultar a situação da sua restituição. A consulta pode ser feita pelo extrato da declaração, por meio do sistema Meu Imposto de Renda, disponível no e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).



Segundo a Receita, entre os principais motivos para o não recebimento estão:


Ainda não chegou o seu momento — para isso, o Fisco aconselha que o contribuinte fique atento ao cronograma de recebimento da restituição;

Você está em malha fiscal;

Você está em malha débito, ou seja, possui dívidas e sua restituição será utilizada para compensá-las;

As informações de sua conta bancária estão erradas ou a conta foi encerrada (saiba o que fazer abaixo).


O que fazer caso os dados bancários estejam errados ou a conta tenha sido encerrada?

De acordo com o Fisco, há dois caminhos possíveis nessas situações:



Caso a restituição ainda não tenha sido liberada


Nesse caso, o contribuinte pode corrigir as informações na declaração, informando os novos dados bancários. O contribuinte também pode acessar o serviço "Consultar e alterar conta para crédito de restituição", disponível no sistema Meu Imposto de Renda, no e-CAC.


Caso a restituição já tenha sido liberada


Já nesse caso, os valores da restituição são enviados ao Banco do Brasil e ficam disponíveis por um ano para resgate. Para receber os novos valores, o contribuinte precisa informar novos dados bancários no próprio site do banco.


Vale lembrar que não é permitido a indicação de contas salário para recebimento da restituição, uma vez que esse tipo de conta só pode receber crédito de pagamento de salário, proventos, soldos (remuneração-base de militares), vencimentos, aposentadorias, pensões e similares.


Fonte: g1

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TSE pode concluir nesta sexta o julgamento de Bolsonaro; veja o que está previsto para a sessão


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode concluir nesta sexta-feira (30) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. O caso entra no quarto dia de sessões. Faltam os votos de três ministros.


O placar está 3 a 1 pela condenação e consequente inelegibilidade de Bolsonaro.


Bolsonaro é julgado pela reunião com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, na qual difamou sem provas o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido pela TV oficial do governo.


Na reunião -- realizada às vésperas do início do período eleitoral -- o ex-presidente fez ataques às urnas e ao sistema eleitoral, repetindo alegações já desmentidas de fraudes.


No julgamento no TSE, a defesa alegou que a discussão do sistema eletrônico de votação não pode ser considerada um tema tabu na democracia e que a reunião foi um evento diplomático.


Devem votar nesta sexta, nesta ordem, os ministros:


Cármen Lúcia (vice-presidente do tribunal)

Nunes Marques

Alexandre de Moraes (presidente do tribunal)

Na terça-feira (27), o relator, ministro Benedito Gonçalves, concluiu que Bolsonaro deve ser condenado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.


Nesta quinta, dois ministros concordaram com o relator: Floriano Marques e André Tavares.


Um ministro votou pela absolvição: Raul Araújo.



Qualquer ministro pode pedir vista, ou seja, mais tempo para analisar o processo, o que levaria a conclusão do julgamento para daqui a 90 dias. Mas não há essa expectativa no TSE.


O vice na chapa de Bolsonaro, Braga Netto, que também é julgado, já recebeu quatro votos pela absolvição. Portanto, já tem maioria a favor de si.


O que pode acontecer com Bolsonaro

Se a maioria dos ministros concordar com o relator, Bolsonaro sairia do julgamento inelegível até 2030. Ele não poderia, portanto, nem disputar as eleições municipais nem as estaduais e federais.


No entanto, o ex-presidente não seria preso, porque essa ação no TSE não é do âmbito penal.


Recursos

Mesmo sendo condenado no TSE, Bolsonaro pode recorrer ao próprio TSE ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).


A defesa do ex-presidente já sinalizou que pretende recorrer de uma eventual condenação.


Há duas possibilidades de recursos:


Embargos de declaração

Recurso que seria enviado ao próprio TSE. Nesse instrumento, a defesa aponta obscuridades e contradições, na tentativa de reverter um eventual resultado pela inelegibilidade e preparar terreno para outro recurso ao STF.


Recurso extraordinário

Esse seria enviado so STF. O documento precisa apontar que uma eventual decisão do TSE pela inelegibilidade feriu princípios constitucionais. O advogado de Bolsonaro, Tarcísio Vieira, afirmou que já vê elementos para esse recurso, seguindo na linha à restrição do direito de defesa.



Os dois recursos têm prazo de três dias. Mas, se for apresentado primeiro o embargo de declaração, o prazo para o recurso extraordinário deixa de contar.


Antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal, o recurso é apresentado ao próprio TSE, onde caberá o presidente Alexandre de Moraes verificar se os requisitos formais foram preenchidos.


Uma vez o caso na Suprema Corte, os ministros que atuaram no julgamento no TSE não participam do sorteio para a relatoria, mas não estão impedidos de votar no caso quando ele for a plenário.


Destaques dos votos

Veja os principais pontos dos votos proferidos até agora:


Mentiras, discurso violento e intenções eleitorais

Em seu voto, o relator Benedito Gonçalves disse não ser possível fechar olhos para mentiras e discurso violento.


"Em razão da grande relevância e da performance discursiva para o processo eleitoral e para a vida política, não é possível fechar os olhos para os efeitos antidemocráticos de discursos violentos e de mentiras que colocam em xeque a credibilidade da Justiça Eleitoral", escreveu Gonçalves.


Ministro rebateu pontos da defesa - que tentou descaracterizar a natureza eleitoral da reunião. Também rejeitou a análise da reunião de forma pontual e isolada, argumentando que toda comunicação é pragmática, porque busca influenciar o meio.



"A reunião portanto teve finalidade eleitoral, mirando influenciar o eleitorado e a opinião pública nacional e internacional com uso da estrutura pública e das prerrogativas do cargo de presidente da República foi contaminado por desvio de finalidade em favor da candidatura da chapa investigada", leu o ministro.


Voto pela absolvição

O ministro Raul Araújo foi o primeiro a divergir do entendimento do relator, Benedito Gonçalves, e se manifestou pela rejeição das acusações contra Bolsonaro.


No voto, o ministro afirmou entender que "não há que ter limites no direito à dúvida". Raul Araújo concordou que Bolsonaro divulgou informações comprovadamente falsas na reunião com embaixadores, mas entendeu inexistir "o requisito de suficiente gravidade" para a condenação.


Distante da liturgia do cargo

Terceiro a votar, o ministro Floriano Marques se manifestou pela condenação de Bolsonaro e pela inclusão da minuta do golpe na ação. Porém, afirmou que o documento e outras transmissões e discursos feitos pelo ex-presidente são apenas acessórios ao posicionamento dele, focado na reunião com embaixadores.


Marques citou depoimentos dos ex-ministros das Relações Exteriores, Carlos França, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, e afirmou que as provas obtidas ao longo do processo apontam que a reunião não era parte da agenda de eventos institucionais. Para ele, ficou evidente que o "caráter eleitoral era central naquela atividade".



Marques declarou que a performance de Bolsonaro na reunião foi menos de chefe de Estado e mais um comportamento típico de campanha e distante da liturgia do cargo.


Liberdade de expressão não abriga mentiras

Durante o voto pela condenação de Bolsonaro, o ministro André Tavares afirmou que a liberdade de expressão, que é um direito fundamental, "não alberga a propagação de mentiras".


O ministro entendeu que a reunião não foi um ato "isolado e aleatório", mas fez parte de uma "verdadeira concatenação estratégica ao longo do tempo, com finalidades eleitoreiras


Para Tavares, o conteúdo do discurso do ex-presidente "é permeado por informações falsas" e "inequívocos ataques" a partidos, candidatos, ministros do STF e TSE. O ministro também concluiu que ficou comprovado "desvio de finalidade, caracterizando o abuso de poder".


Segundo Tavares, o encontro com embaixadores fez parte de uma estratégia para desestabilizar a democracia, e que que elementos anteriores e posteriores à reunião não podem ser ignorados.


Fonte: g1

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Moraes mantém prisão de Mauro Cid, que terá de prestar novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedidos de revogação da prisão do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que vai ter de prestar um novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (30).


Tenente-coronel Mauro Cid e o ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo


A decisão do ministro é do dia 25 e está sob sigilo. Moraes também decidiu manter presos: Max Guilherme de Moura, Sergio Cordeiro e Ailton Barros.


Mauro Cid está preso desde 3 de maio, quando foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid, no sistema do Ministério da Saúde, de integrantes da família do ex-auxiliar e do ex-presidente Jair Bolsonaro.



O novo depoimento que será prestado por Mauro Cid é sobre as investigações dos atos golpistas de janeiro.


Mensagens apreendidas no celular do ex-ajudante de ordens mostram diálogos de teor golpista com pessoas próximas a Bolsonaro. Além disso, ele recebeu documentos com roteiro para um golpe.


Nesta quinta, a defesa de Mauro Cid recorreu ao STF contra a convocação aprovada pela CPI dos Atos Golpistas para que ele tenha que prestar depoimento ao colegiado na próxima terça-feira (4).


Ao rejeitar a revogação da prisão, Moraes argumentou que a soltura pode prejudicar as investigações sobre o caso.


"A evolução das diligências apuratórias, especialmente sobre os dados telemáticos obtidos, reforça os indícios de participação dos investigados em esquema criminoso [...], bem como em outras infrações penais, notadamente em razão da existência de indícios de que a organização criminosa investigada teria, como uma de suas finalidades, a prática dos crimes de golpe de Estado e/ou abolição violenta do Estado Democrático de Direito", escreveu.


"Em liberdade poderiam obstar a produção probatória, em especial, em face da possibilidade de destruição/ocultação de provas, bem como com eventual comunicação com outros investigações que surgiram ao longo da produção probatória realizada pela Polícia Federal", acrescentou.

Segundo o ministro, "a necessidade de novas oitivas [depoimentos] e a análise do conteúdo obtido através da apreensão dos bens dos investigados requerentes, que se encontra em andamento, revelam a permanência da necessidade e da adequação das prisões preventivas decretadas".



Moraes afirmou que medidas cautelares diversas da prisão "não se revelariam suficientes para preservar a higidez da colheita dos elementos de prova necessários à elucidação dos fatos".


Perícia no celular

A PF declarou ao STF que as provas obtidas com a perícia no celular de Cid ratificam a "hipótese criminal relacionado a participação dos investigados na tentativa de execução de um golpe de Estado".


"Seja por meio de induzimento e instigação de parcela da população aderente à ideologia política professada, seja por meio de atos preparatórios e executórios propriamente ditos", explicou.


Na avaliação da Polícia Federal, a atuação dos investigados possivelmente foi um dos "elementos que contribuiu para os atos criminosos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023, materializando os objetivos ilícitos da organização criminosa investigada".


Em relação à investigação do caso de dados falsos no Ministério da Saúde, a PF afirmou que a análise identificou trocas de mensagens que confirmam os "demais elementos informativos já colhidos na presente investigação".


"Demonstrando que Gabriela Santiago Cid [esposa do ex-auxiliar de Bolsonaro], Mauro Cesar Cida e suas filhas B. R. C., G. R. C. e I. R. C. não tomaram vacina contra a Covid-19, reforçando a inserção de dados falsos nos sistemas do Ministério da Saúde com o objetivo de burlar as regras sanitárias impostas na pandemia da Covid-19", concluiu a PF.


fonte: g1

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