sábado, abril 11, 2020

Mais de 300 mil pessoas no mundo estão recuperadas do coronavírus

Na semana passada, mais de 200 mil pessoas estavam curadas do coronavírus no mundo todo, segundo dados da universidade americana Johns Hopkins. Nesta terça-feira (8), o número ultrapassou a marca de 300 mil e, até às 13h19, 308.617 casos haviam sido curados.

Coronavirus disease (COVID-19) outbreak, in Beijing
Coronavírus: número de curados é maior na China (Thomas Peter/Reuters)

A China, país onde o vírus surgiu no fim de dezembro, segue a líder em números de cura, com mais de 77 mil pessoas recuperadas. Em seguida, aparece a Espanha, com 48 mil curados.  Alemanha, com 36 mil e o Irã, com pouco mais de 27 mil.

Esses também são alguns dos países mais afetados pela doença.

No Brasil, até o momento, 127 pessoas foram curadas, segundo o monitoramento em tempo real feito pela Johns Hopkins. Mais de 13 mil casos foram confirmados e mais de 600 pessoas morreram, a maioria no estado de São Paulo, segundo dados do Ministério da Saúde.

Não há um prazo estabelecido sobre quanto tempo leva para uma pessoa se recuperar da covid-19. Nos casos mais leves, autoridades têm pedido ao menos 14 dias de quarentena. A China estabeleceu outros 14 – totalizando 28 – antes de definir que um paciente estava totalmente curado.

Fonte: Exame
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Simulação alerta que praticantes de atividades físicas ao ar livre deixam 'rastro' de gotículas capazes de transmitir vírus

Uma simulação computadorizada feita por pesquisadores da Bélgica e da Holanda recomenda que, durante a pandemia de Covid-19, as pessoas mantenham distância de até 20 metros umas das outras em exercícios físicos ao ar livre, a depender da atividade.

Imagem mostra como as gotículas de saliva se espalham atrás de uma pessoa que corre a 14,4km/h e podem infectar alguém que vem logo atrás se a pessoa estiver contaminada com a Covid-19. — Foto: Universidade de Tecnologia de Eindhoven
Imagem mostra como as gotículas de saliva se espalham atrás de uma pessoa que corre a 14,4km/h e podem infectar alguém que vem logo atrás se a pessoa estiver contaminada com a Covid-19. — Foto: Universidade de Tecnologia de Eindhoven

O trabalho ainda não foi publicado em revista científica, mas já foi divulgado pelas universidades responsáveis – a Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, e a Universidade de Tecnologia de Eindhoven, na Holanda – por ter sido considerado urgente para ajudar no combate ao novo coronavírus.

Os cientistas analisaram simulações feitas em computador de movimentos de caminhada, corrida e pedalada e concluíram que as gotículas de saliva emitidas pelas pessoas durante esses exercícios ficam no ar logo atrás delas enquanto elas se movimentam. (Veja detalhes sobre a sobrevivência do vírus da Covid-19 no ar mais abaixo nesta reportagem).

Por isso, alertam que, em atividades físicas ao ar livre, as simulações computadorizadas apontam que há risco potencial em determinadas distâncias e modalidades:

Caminhada: simulação aponta risco quando a distância é inferior a entre 4 e 5 metros da pessoa que está à sua frente;
Corrida: simulação aponta risco quando a distância é inferior a pelo menos 10 metros da pessoa que está à sua frente;
Pedalada: simulação aponta risco quando a distância é inferior a pelo menos 20 metros da pessoa que está à sua frente.

Os pesquisadores, que estudam aerodinâmica (não são virologistas), não analisaram o vírus da Covid-19, mas, sim, a forma com que as gotículas de saliva viajam pelo ar. Essas gotículas são a forma de transmissão do vírus.

"As gotículas que nós geramos quando respiramos ou exalamos o ar são muito pequenas, na verdade, e não viajam para muito longe. Se estivermos falando e estamos parados, a uma distância de 1,5 metros [distância mínima recomendada pela OMS], as suas gotículas não vão me alcançar e nem as minhas vão alcançar você", explicou o professor Bert Blocken, líder do estudo, em entrevista ao G1.

"Mas o problema é que, claro, quando você se mexe é diferente. Quando você está pedalando ou andando na minha frente, e respira e se move, as gotículas se movem para trás de você, no que chamamos de 'corrente de ar'. E, como as gotículas são muito leves, precisam de algum tempo para chegar ao chão. Mas, se eu estou correndo muito perto atrás de você, eu vou respirar e inalar a sua nuvem de gotículas", alertou.
De acordo com as simulações, esse distanciamento mínimo faz menos diferença se as pessoas estiverem andando ou correndo ao lado uma da outra em tempo calmo, sem vento.

Outra forma de evitar as gotículas dos outros que caminham à frente é manter uma linha diagonal, em vez de caminhar ou pedalar diretamente atrás da outra pessoa.

"Se você anda logo atrás da outra pessoa, e relativamente rápido, a 4km/h, precisa manter uma distância de 4 a 5 metros ou chegar um pouco para o lado, para não estar na corrente de ar do outro", explicou Blocken. "Você precisa deixar as gotículas caírem no chão, e por isso não pode andar muito rápido. Ou, então, manter uma longa distância da outra pessoa".

Ele recomenda, para evitar essas gotículas, que as pessoas usem máscaras durante atividades físicas ao ar livre ou que se exercitem em casa.

"Se as máscaras forem boas, e se ajustarem muito bem ao rosto, podem parar as gotículas e também prevenir que você emita muitas delas no ambiente ou nas pessoas. O problema é se haveria máscaras suficientes – aqui na Bélgica, nós não temos", explica.
No Brasil, milhares de denúncias foram feitas por médicos e enfermeiros sobre a falta de equipamento de proteção nos hospitais. Por causa dessa falta, que está sendo registrada no mundo inteiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu à população que não compre máscaras destinadas a profissionais de saúde.

Espalhamento em ambientes fechados
Outro estudo, divulgado em 6 de abril por quatro instituições de pesquisa na Finlândia, simulou, em vídeo, como as partículas se espalham pelo ar depois que alguém tosse ou espirra dentro de um supermercado fechado, com ar condicionado. (Assista aqui).

Na simulação, a nuvem de aerossol se espalha da vizinhança imediata da pessoa que tosse e se dilui no processo. Mas isso pode levar alguns minutos.

Simulação finlandesa mostra o que acontece quando alguém tosse ou espirra em um ambiente fechado e com ar condicionado, como um supermercado. — Foto: Reprodução/YouTube Aalto University
Simulação finlandesa mostra o que acontece quando alguém tosse ou espirra em um ambiente fechado e com ar condicionado, como um supermercado. — Foto: Reprodução/YouTube Aalto University

"Uma pessoa infectada pelo coronavírus pode tossir e sair, mas deixar para trás as partículas carregando o vírus. Essas partículas podem, então, acabar no trato respiratório de outros que estão perto", explicou o professor Ville Vuorinen, da Universidade de Aalto.
Segundo a universidade, as partículas que saem da boca de alguém que tosse, por exemplo, são tão pequenas que, em vez de descer para o chão, pegam "carona" em correntes de ar ou continuam flutuando no mesmo lugar.

Com essas constatações, os cientistas ressaltaram a importância de evitar lugares cheios e fechados.

"O Instituto Finlandês de Saúde e Bem Estar recomenda que você fique em casa se estiver doente e que mantenha distância física de todos. As instruções também incluem tossir na manga da roupa e ter boa higiene das mãos", declarou Jussi Sane, especialista chefe do instituto.

O vírus da Covid-19 é transmitido pelo ar?
Os cientistas não sabem com certeza, mas estão discutindo isso.

Uma pesquisa publicada em 17 de março por várias universidades americanas apontou que o novo coronavírus (Sars-Cov-2) pode permanecer no ar em forma de gotículas por até 3 horas e continuar infeccioso.

Mas, segundo a OMS, uma análise de 75,4 mil casos de Covid-19 na China não demonstrou esse tipo de transmissão. A entidade reforça que a forma de transmissão é pelo contato direto com as gotículas de alguém infectado ou com uma superfície contaminada.

Apesar disso, a organização reconheceu, em uma nota do dia 29 de março, que a transmissão pelo ar da Covid-19 "pode ser possível" durante procedimentos de aerossol – por exemplo, uma entubação de alguém infectado.

Já uma carta publicada no dia 1º pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NAS, na sigla em inglês) admite a possibilidade de que o vírus pode se espalhar até quando alguém respira – e não somente tosse ou espirra.

Fonte: G1
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Embraer fecha acordos para suspensão temporária de contratos e redução salarial

A Embraer informou nesta sexta-feira (10) que a maior parte dos trabalhadores no país aceitaram as propostas de layoff (suspensão temporária dos contratos) e redução de salário. As medidas, adotadas diante da crise econômica provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), valem a partir de segunda (13).

Embraer fecha acordo para suspensão temporária de contratos e redução salarial — Foto: Embraer/Divulgação
Embraer fecha acordo para suspensão temporária de contratos e redução salarial — Foto: Embraer/Divulgação

Segundo a fabricante de aviões, que tem cerca de 16 mil funcionários, os termos propostos foram aceitos pelo Sindicato dos Engenheiros de SP, Sindiaeroespacial e Sindicato dos Metalúrgicos de Botucatu - que juntos representam trabalhadores de São Paulo, Campinas, Sorocaba, Gavião Peixoto, Taubaté e São José.

No entanto, ainda não há uma definição para os funcionários da base do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos - a entidade representa cerca de 35% dos empregados da Embraer no país.

De acordo com a fabricante de aeronaves brasileira, a empresa e o sindicato negociam a proposta para que a categoria possa votar a proposta.

A Embraer prevê redução de jornada e salário por três meses para quem trabalhar remotamente. Esses profissionais terão direito ao auxílio do governo federal de até R$ 453 e garantia do emprego por período proporcional ao acordo.

Quem entrar na suspensão temporária do contrato de trabalho (layoff) por dois meses terá a garantia de estabilidade por período correspondente a essa condição. A redução no salário será de 25%. Já quem seguir com trabalho na fábrica não terá alteração na jornada ou salário.

Diante da pandemia de coronavírus, a Embraer adotou medidas para afastamento da maioria dos trabalhadores desde o fim de março. A empresa manteve operações essenciais, mas havia adotado férias coletivas para maior parte dos empregados ou trabalho remoto.

Negociação em São José
Embraer e Sindicato dos Metalúrgicos de São José negociam a proposta, mas ainda não chegaram a um acordo.

"Tem itens que a gente não concorda com a proposta da empresa. A maior parte dos trabalhadores é representada por nós, então vamos para mais uma reunião na próxima semana", disse o líder sindical da Embraer, Herbert Claros.

Enquanto uma proposta da Embraer não é levada para votação, a orientação dada pela empresa a funcionários representados pela entidade é que os que podem trabalhar em home office devem seguir nessa condição a partir de segunda e quem tem atividade que não permite o trabalho remoto continuará em férias coletivas até novas orientações.

Para os demais funcionários que aceitaram o acordo, as medidas são válidas a partir de segunda-feira e terão duração entre 60 e 90 dias, e garantia de emprego pelo período correspondente ao tempo em que estiverem em redução de jornada e salário ou suspensão do contrato.

Para os trabalhadores em exercício de atividades essenciais e trabalho presencial, não haverá alterações na jornada ou salários.

Fonte: G1
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STJ julgará pedido de indenização apresentado por Lula após delação de Delcídio

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgará um pedido de indenização apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a delação do senador cassado Delcídio do Amaral.

O ex-presidente Lula, em Curitiba, em imagem do ano passado — Foto: Giuliano Gomes/PR Press
O ex-presidente Lula, em Curitiba, em imagem do ano passado — Foto: Giuliano Gomes/PR Press

No processo, Lula pede indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais. O caso chegou ao STF no último dia 7 e ainda não há data prevista para o julgamento.

Líder do governo Dilma Roussef no Senado, Delcídio afirmou na delação premiada, fechada com a Lava Jato, que Lula participou de um suposto esquema para tentar comprar o silêncio e atrapalhar a colaboração do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Lula chegou a ser denunciado, mas o próprio Ministério Público Federal pediu à Justiça a absolvição do ex-presidente por falta de provas.

O MP também criticou a delação do ex-senador, afirmando que Delcídio agiu apenas em interesse próprio e que Cerveró "estava sonegando informações ao ex-parlamentar, e não sobre Lula, a quem inclusive imputava fatos falsos, no intuito de proteger Delcídio".

O que Lula argumenta
Lula argumenta que tem mais de 40 anos de vida pública, já exerceu o cargo de presidente da República e foi afetado em sua dignidade e integridade moral por conta das acusações feitas por Delcídio.

O juiz Mauricio Tini Garcia, da 2ª Vara Cível de São Bernardo do Campo (SP), rejeitou a ação de Lula sob argumento de que pessoas citadas em delação premiada têm espaço assegurado para exercer o amplo direito de defesa na esfera criminal e administrativa, mas não é adequado que procurem indenização por danos morais em ação cível.


Agora, Lula recorreu, e o caso será enfrentado pelo STJ.

“O ex-presidente Lula foi vítima de afirmações mentirosas no bojo da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral e por isso busca reparação por danos morais. Lula já foi absolvido na ação penal proposta com base nas afirmações de Delcídio por meio de decisão definitiva, uma vez que o próprio Ministério Público Federal concordou com o resultado”, afirmou o advogado Cristiano Zanin, responsável pela defesa do ex-presidente.

Fonte: G1
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Coronavírus: AGU diz que avalia ir à Justiça contra adoção de medidas restritivas por autoridades locais

Coronavírus: Confira medidas adotadas pelo Governo nos últimos ...O advogado-geral da União, André Mendonça, afirmou neste sábado (11), em nota, que avalia ingressar com ações judiciais contra a adoção de medidas restritivas por autoridades municipais e estaduais para combater o coronavírus. Segundo o AGU, o objetivo é garantir a ordem democrática.

Na nota, ele diz que qualquer medida deve ser respaldada na Constituição e que "medidas isoladas, prisões de cidadãos e restrições não fundamentadas em normas técnicas emitidas pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa abrem caminho para o abuso e o arbítrio".

Mendonça avalia ainda que as medidas de restrição devem ser preventivas e educativas e não fins "repressivos, autoritários ou arbitrários".

A nota faz referência, sem citar diretamente, à sinalização do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que disse que iria avaliar medidas mais rígidas de quarentena, como multa e até prisão de pessoas, caso a adesão ao isolamento não alcançasse 60% neste fim de semana no estado. (Leia mais abaixo)

Na semana anterior, o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), também havia endurecido o discurso e dito que iria responsabilizar quem saísse de casa durante isolamento no estado. "Daqui a pouco vamos ter que começar a levar para a delegacia. Até então foi um pedido, agora estou dando uma ordem: não saia de casa", afirmou.

Decisão no Supremo
Na quarta-feira (8), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu que a União não pode derrubar decisões de estados e municípios sobre isolamento social, quarentena, atividades de ensino, restrições ao comércio e à circulação de pessoas.

Ao analisar uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil, Moraes disse ser "fato notório" que há uma "grave divergência de posicionamentos entre autoridades de níveis federativos diversos e, inclusive, entre autoridades federais componentes do mesmo nível de governo, acarretando insegurança, intranquilidade e justificado receio em toda a sociedade".

Questionado, o Palácio do Planalto não quis comentar a decisão. No sábado anterior, a AGU enviou documento ao STF afirmando que todas as medidas adotadas pelo governo federal buscam garantir as orientações do Ministério da Saúde e da OMS.

Monitoramento e punição
O governo de São Paulo passou a usar, nesta semana, um sistema de monitoramento de sinais de celular para medir a adesão dos moradores do estado ao isolamento social.

A ideia inicial era medir o fluxo de pessoas pelo estado até dia 22, quando acaba a quarentena decretada atualmente. Mas, na quarta, a medição indicou que só 49% das pessoas estavam mantendo o isolamento.

O governo diz que, para ser efetiva, a medida requer adesão de pelo 70% da população e estabeleceu uma meta de 60% para o fim de semana. Caso contrário, segundo o governador, medidas "mais rígidas" poderão ser implementadas, como multa, advertência e voz de prisão.

Avaliação local
Em coletiva neste sábado, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, disse avaliar que o momento atual não é de discussão sobre o "lockdown", ou seja, o isolamento mais restritivo e com punição a infratores.

"O momento não é de pensar em 'lockdown'. É distanciamento social, usar máscara, lavar mãos. Medidas de higiene e etiqueta social são as armas mais eficientes que dispomos no momento", declarou.

Oliveira elogiou o governo do Distrito Federal, que tem tomado medidas para, aos poucos, flexibilizar as regras de isolamento. Segundo o secretário, para isso, é preciso que haja monitoramento e avaliação do efeito dessas mudanças.

"Reitero que é decisão do gestor local, só ele tem condições de definir o que é melhor pra população. Nós aqui de cima temos pouca capacidade, deve ser avaliado com muito bom senso. Caso algum gestor adote medida de flexibilizar, que isso se dê com base em leitos, recursos humanos e equipamentos de proteção", disse.

Leia a íntegra da nota da AGU
Nota do Advogado-Geral da União

Diante da adoção ou ameaça de adoção de medidas restritivas de direitos fundamentais do cidadão por parte de autoridades locais e estaduais, informo que a Advocacia-Geral da União aguarda informações do Ministério da Saúde e da Anvisa para a propositura de medidas judiciais cabíveis com o objetivo de garantir a ordem democrática e a uniformidade das medidas de prevenção à Covid-19.

Como Advogado-Geral da União, defendo que qualquer medida deve ser respaldada na Constituição e capaz de garantir a ordem e a paz social. Medidas isoladas, prisões de cidadãos e restrições não fundamentadas em normas técnicas emitidas pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa abrem caminho para o abuso e o arbítrio. Por fim, medidas de restrição devem ter fins preventivos e educativos - não repressivos, autoritários ou arbitrários.

É momento de bom senso e serenidade de todos.

André Mendonça
Advogado-Geral da União
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Coronavírus: reduzir isolamento sem respaldo pode gerar ação por improbidade, diz MPF

CORONAVÍRUS: Reduzir isolamento sem respaldo pode gerar ação por ...
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal, emitiu neste sábado (11) uma nota técnica destacando que o gestor que flexibilizar as medidas de distanciamento social em meio à pandemia do coronavírus sem ter respaldo técnico poderá responder por improbidade administrativa.

A ação por improbidade administrativa pode resultar, em tese, em perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa.

Segundo o documento, que serve de orientação aos procuradores de todo o país, a transição das regras de quarentena está condicionada à garantia de que o sistema de saúde pública consiga atender ao pico de demanda, conforme critérios definidos no boletim epidemiológico nº 8 do Ministério da Saúde.

Ou seja, qualquer decisão para flexibilizar a medida de distanciamento só pode ser tomada se houver "respiradores suficientes, EPIs para os trabalhadores da área da saúde (como gorro, óculos, máscara, luvas e álcool gel), recursos humanos para o manejo de cuidados básicos e avançados de pacientes da covid-19, leitos de UTI e de internação, bem como testes laboratoriais para o diagnóstico dos pacientes".

"Os deveres de moralidade administrativa e de motivação e publicidade dos atos administrativos são imperativos estruturantes da administração pública no Estado Democrático de Direito e a inobservância desses princípios caracteriza improbidade administrativa", afirma trecho da nota, assinada pela procuradora federal dos diretos do cidadão, Deborah Duprat, e pelo seu adjunto, Marlon Weichert.

Na avaliação da PFDC, "a aparente inexistência de casos em larga escala em algumas localidades não deve servir de parâmetro isolado para qualquer decisão" sobre o afrouxamento das regras. O órgão argumenta que, em razão da falta de testes suficientes no país, há uma subnotificação de casos.

Segundo o documento, eventual mudança na abordagem de distanciamento deve estar fundamentada nas orientações do Ministério da Saúde, com a demonstração de que passou a fase de aceleração do contágio, de acordo com os dados de contaminação, internação e óbito.

A nota ressalta ainda que é "dever do poder público garantir o direito fundamental à saúde da população" e que "as políticas públicas respectivas devem estar voltadas à redução do risco".

Fonte: G1
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Papa Francisco faz vigília de Páscoa sem fiéis ou batismo em meio à pandemia do novo coronavírus

O Papa Francisco fez a cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a partir das 16h (21h no Vaticano) neste sábado (11). A celebração não teve a presença de fiéis nem batismos. As medidas são para evitar a disseminação do novo coronavírus. Na última sexta-feira, o Papa já havia celebrado a Paixão de Cristo com a Basílica de São Pedro vazia.

Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP
Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP

Além disso, a missa do Domingo de Páscoa (12 de abril), com a tradicional benção "Urbi et Orbi", também não reunirá fiéis. Segundo o Vaticano, as orações de Angelus podem ser vistas ao vivo no site do Vaticano até 12 de abril.

Desde a semana passada, o Papa Francisco realizou audiências gerais e o Angelus sem os fiéis para evitar a propagação do novo coronavírus. O pontífice também tem mantido a distância prudente recomendada de seus interlocutores.

A basílica e a Praça de São Pedro permanecem fechadas, seguindo as recomendações das autoridades italianas. Segundo os dados deste sábado (11), compilados pela Universidade John Hopkins, há 152.271 casos confirmados do novo coronavírus na Itália e 8 no Vaticano.

Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP
Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP

'Um anúncio de esperança'
Segundo a agência AFP, o Papa Francisco afirmou neste sábado, véspera da Páscoa, que essa festividade constitui "um anúncio de esperança". Ele disse ainda que "a escuridão e a morte não têm a última palavra".

"Tudo vai ficar bem, dizemos constantemente nessas semanas, agarrando a beleza de nossa humanidade e trazendo palavras de encorajamento de nossos corações. Mas, à medida que os dias passam e o medo cresce, até mesmo a mais intrépida esperança pode evaporar", alertou.
Mas "podemos e devemos esperar, apesar da tristeza que podemos abrigar", insistiu. O Papa Francisco aderiu recentemente ao apelo das Nações Unidas para um cessar-fogo imediato e mundial para preservar, contra o novo coronavírus, os civis mais vulneráveis dos países em guerra.

"Vamos silenciar os gritos de morte, que as guerras terminem. Que a produção e o comércio de armas terminem, porque precisamos de pão, e não de rifles", disse em sua homilia pronunciada na Basílica de São Pedro.

Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP
Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP

Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP
Papa Francisco preside cerimônia solene de vigília de Páscoa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste sábado (11) — Foto: Remo Casilli/Pool Photo via AP

Fonte: G1
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Ignacio López-Goñi, o cientista que ousou dar 10 boas notícias sobre o coronavírus (e continua otimista)

Em 29 de fevereiro, um sábado, o microbiologista espanhol Ignacio López-Goñi assumiu três desafios, embora só fosse ter conhecimento do terceiro dias depois.

Ignacio López-Goñi é professor de microbiologia da Universidade de Navarra, na Espanha — Foto: Digulgação via BBC
Ignacio López-Goñi é professor de microbiologia da Universidade de Navarra, na Espanha — Foto: Digulgação via BBC

O primeiro era conseguir informações "animadoras" sobre um vírus emergente que estava causando dor e morte na China.

O segundo era escrever um texto que, com evidências científicas, convidasse as pessoas a não sentir medo desse coronavírus altamente contagioso, que já estava chegando a vários continentes.

E o terceiro, do qual ainda não tinha conhecimento, era conseguir que um artigo com boas notícias viralizasse.

É que vários estudos mostram que, como leitores, tendemos a escolher e nos lembrar mais das más notícias.

O professor da Universidade de Navarra intitulou seu artigo "Dez boas notícias sobre o coronavírus". O texto foi publicado na plataforma The Conversation em 1º de março.

Segundo o espanhol, seu artigo foi lido por mais de 21 milhões de pessoas e foi traduzido para idiomas como inglês, francês, português, espanhol, italiano, coreano e indonésio.

"A primeira coisa que isso causa é um pouco de vertigem (...) nunca pensei que algo que eu fosse escrever fosse dar a volta ao mundo", diz ele.

'Meu defeito é ser otimista'
A princípio, López-Goñi não tinha muita clareza sobre o conteúdo de seu artigo. Mas sabia que seria uma lista e que teria o número 10.

O artigo foi lido por mais de 21 milhões de pessoas e foi traduzido a diferentes idiomas — Foto: Getty images via BBC
O artigo foi lido por mais de 21 milhões de pessoas e foi traduzido a diferentes idiomas — Foto: Getty images via BBC

Naquele sábado, ele estava em casa quando escreveu o título com uma caneta.

Assim, começou o processo de eliminar uma a uma as razões pelas quais o panorama contra o coronavírus não era tão sombrio quanto muitos o percebiam.

"Eu estava preocupado com todas as notícias que estavam chegando sobre o coronavírus. Eram todas ruins, e talvez por causa do meu defeito de ser otimista, naquele fim de semana eu disse para mim mesmo: 'Vou ver se sou capaz de colocar no papel dez notícias animadoras sobre esse problema do coronavírus."

"É que você pode ver o copo meio cheio ou meio vazio. Tratava-se de vê-lo meio cheio. Houve pessoas que me disseram que isso era banalizar o assunto, mas não era a intenção, longe disso", diz ele.

Sua motivação, ele insiste, é que em tempos de crise "todos nós precisamos ver a luz no fim do túnel".

"Precisamos de um motivo para ter esperança e pensar: 'daqui conseguimos sair.' É por isso que o artigo foi tão bem-sucedido e é por isso que tantas pessoas o leram."


"As boas notícias às vezes podem se tornar virais."

Nuances
Refletindo sobre outras pandemias, o pesquisador garante que a comunidade científica reagiu a esta com "uma velocidade extremamente alta" e que só isso segue sendo "uma boa notícia".

"Tudo isso está mudando tão rapidamente que a leitura desse artigo dois meses depois de ter sido escrito pode ter nuances diferentes."

"É verdade que, quando escrevi, a situação na Espanha não era como a de agora e praticamente 98% dos casos estavam ocorrendo na China."

E embora tenha apontado no texto que os casos no país asiático estavam desacelerando, ele reconhece que mais tarde a doença se espalhou "por todo o planeta com uma força inusitada".

"É muito mais sério do que pensávamos quando escrevi o artigo", reflete.

O coronavírus está deixando dor em muitos dos lugares por onde passou. Mais de 95 mil pessoas morreram e já existem mais de 1,5 milhão de infectados.

O primeiro texto que López-Goñi escreveu sobre esse assunto foi em 10 de janeiro. O artigo foi publicado na revista científica Investigación y Ciencia, a versão espanhola da Scientific American.

"Naquela época, eu não sabia de tudo que nos aconteceria", diz ele.

A maioria das informações que a comunidade internacional tinha, naquele momento, vinha da China.

"A China adotou medidas draconianas, e pensávamos que o vírus nunca chegaria a nossos países. Eu realmente pensei que seria um problema contido na China, como havia acontecido com outros vírus, como do SARS e MERS no Oriente Médio."

"Acho que todos, eu em primeiro lugar, éramos um pouco incrédulos e pecamos sendo incrédulos, admito."
No entanto, "as boas notícias seguem sendo tão necessárias ou inclusive até mais do que eram há um mês, quando eu as escrevi".

O segredo: a perspectiva
"Não foi difícil de escrever", diz. "O número de artigos científicos que tinham sido escritos [até 29 de fevereiro] sobre o assunto era 164, e isso já tinha me impressionado. Hoje existem mais de 2.800."

O cientista diz que 'as boas notícias também podem viralizar' e, em épocas de crises, são muito necessárias — Foto: Getty Images via BBC
O cientista diz que 'as boas notícias também podem viralizar' e, em épocas de crises, são muito necessárias — Foto: Getty Images via BBC

Um dos primeiros aspectos que o pesquisador esclarecia no texto é que uma pandemia "não é sinônimo de morte" e que, independente da classificação atribuída ao novo vírus, o assunto era sério e tinha que ser contemplado com importância.

Poucos dias depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia da covid-19, a doença causada pelo coronavírus.

"Poderíamos dizer: 'Quão pouco sabemos sobre o coronavírus!'. Mas se colocarmos em perspectiva, temos que pensar que, sim, é um vírus que não conhecíamos, mas aprendemos muitíssimo mais sobre ele em dois, três meses do que sabíamos sobre a AIDS em não sei quantos anos."

Por exemplo, já temos o genoma do vírus e métodos de diagnóstico.

'Vamos vencer esta partida'
O acadêmico escreveu outros textos nos quais se aprofundou em três das boas notícias sobre o coronavírus: o aumento substancial de artigos científicos sobre o assunto, o desenvolvimento de protótipos de vacinas e ensaios clínicos com antivirais e outras combinações de terapias que estão sendo empregadas para tratar os casos mais graves.

"A ciência nunca esteve tão bem preparada quanto agora para combater um problema como este", opina.

López-Goñi tem muita clareza sobre em que se deve ter fé: "A ciência vai nos tirar disso".

De todos os esforços internacionais em andamento, algo que é histórico, o professor está convencido de que "algo positivo virá", não apenas em termos de tratamento, mas também de prevenção.

"Vamos vencer esta partida", diz ele com entusiasmo.

Consertar o avião em pleno voo
A emergência internacional desencadeada pelo coronavírus mostrou que muitas vezes "a sociedade pede à ciência certezas, e a ciência não as possui", reflete López-Goñi.

"A ciência avança com as incertezas, com as perguntas."

Algumas das perguntas que "a sociedade fez à ciência durante esses meses não fomos capazes de responder simplesmente porque não sabíamos [as respostas]".

Com todos os esforços internacionais, algo histórico, o professor está convencido de que 'algo positivo sairá', não só em relação a tratamento, mas também a prevenção — Foto: Getty Images via BBC
Com todos os esforços internacionais, algo histórico, o professor está convencido de que 'algo positivo sairá', não só em relação a tratamento, mas também a prevenção — Foto: Getty Images via BBC

Para ilustrar esse ponto, o professor dá um exemplo: imagine que você está no comando de um avião e lhe dizem: o avião quebrou e você deve consertá-lo enquanto voa, porque não pode pousar.

"Estamos em uma situação muito semelhante."

Os cientistas não podem "parar", diz ele, e precisam continuar processando os dados que chegam de diferentes partes do mundo.

O que estamos fazendo é uma "ciência express."

E é importante lembrar, segundo o pesquisador, que a ciência exige "um pouco de descanso, a ciência tem seu tempo, ela precisa que cientistas avaliem o trabalho de cientistas, repita os experimentos e os confirme".

O medo paralisa
López-Goñi reflete sobre quanto dano as informações falsas que circularam sobre o coronavírus nas redes sociais e na internet causaram.

Soma-se a isso uma superexposição de informações que está gerando uma "enorme ansiedade" em muitas pessoas.

"A única coisa que o medo faz é nos paralisar", diz ele.

"É importante que se preste atenção nas boas notícias" e nas expressões de solidariedade que estão ocorrendo em todo o mundo.

"Isso está trazendo o melhor de muita gente", ele reflete.

"Tudo isso vai gerar uma mudança de paradigma no nosso modelo global."

E, na opinião dele, será para "melhor".

"O medo só nos paralisa", diz López-Goñi, que faz um alerta sobre as informações falsas que circulam na internet — Foto: Getty Images via BBC
"O medo só nos paralisa", diz López-Goñi, que faz um alerta sobre as informações falsas que circulam na internet — Foto: Getty Images via BBC

'A vacina é você'
O cientista espanhol insiste que "a solução está nas mãos de todos" e que "a vacina é você".

Ele explica que em nosso confronto contra esse novo vírus — para o qual as pessoas não são imunizadas e, portanto, somos todos suscetíveis —, a única maneira de reduzir a transmissão é através de medidas de distanciamento social e de higiene.

Isso ajudará a proteger as pessoas mais vulneráveis: os idosos e aqueles que sofrem de certas patologias.

Segundo o especialista, é essencial evitar o colapso dos sistemas de saúde, mas "é isso que está acontecendo em muitos países".

O que vem por aí
Segundo o especialista, "as epidemias se expandem, diminuem e terminam". "Não é como uma guerra que não sabemos quando começará ou quando terminará".

No entanto, o impacto da pandemia nos níveis social e econômico é o que lhe causa "a maior vertigem".

As consequências já começaram a ser sentidas em muitos setores da economia mundial.

Apesar disso, ele quer continuar apelando para o otimismo e para a importância de se pensar na ciência não como um gasto, mas como um investimento.

"Aqui na Espanha nós sofremos com isso. Agora olhamos para a ciência, mas há mais de uma década nós a estamos estrangulando economicamente."

E volta a usar um exemplo muito ilustrativo:

"Imagine que há quatro meses perguntassem aos cidadãos: 'Você deseja que com o dinheiro de seus impostos se pague, subsidie, uma pesquisa de umas pessoas que estão buscando vírus em morcegos?'. Pois as pessoas teriam dito que não, que não havia interesse em direcionar dinheiro a buscar vírus em morcegos. Mas não nos damos conta da importância desse tipo de pesquisa, muitas vezes básica."
A origem do SARS Cov-2 foi associada a vírus encontrado em morcegos.

Essa mudança de paradigma sobre a qual López-Goñi fala também deve incluir investimentos em saúde e educação, diz ele.

"Não podemos baixar a guarda."

E, se tivermos sucesso, certamente haverá mais boas notícias para contar.

Fonte: G1
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Mais de 32,2 milhões já se cadastraram para pedir o auxílio emergencial de R$ 600

Foto: (Nayra Halm/Fotoarena/Estadão Conteúdo)Mais de 32 milhões de brasileiros já se inscreveram para solicitar o programa de auxílio emergencial de R$ 600. Segundo a Caixa Econômica Federal, até as 12h deste sábado (11), 32,2 milhões pessoas já tinham concluído o cadastro no site e no aplicativo, por meio do qual informais, autônomos, desempregados e MEIs podem solicitar o benefício.

Além disso, foram feitos 272 milhões de acessos aos sites do programa, e o aplicativo teve 33,5 milhões de downloads. As ligações, por sua vez, chegaram a 9,6 milhões.

O auxílio será disponibilizado em três parcelas e a expectativa do governo é que 54 milhões de brasileiros sejam beneficiados, com custo aproximado de R$ 98 bilhões.

Na quinta-feira (9), cerca de 2,5 milhões de pessoas receberam a primeira parcela do auxílio emergencial anunciado pelo governo para trabalhadores informais. Os primeiros a receber foram aqueles que estão no Cadastro Único do governo federal, mas não recebem Bolsa Família e têm conta no Banco do Brasil ou poupança na Caixa.

Quem tem direito
O auxílio emergencial vai pagar R$ 600 a informais, MEIs, desempregados e contribuintes individuais do INSS durante três meses.


Será preciso se enquadrar em uma das condições abaixo:

ser titular de pessoa jurídica (Micro Empreendedor Individual, ou MEI);
estar inscrito Cadastro Único (CadÚnico) para Programas Sociais do Governo Federal até o último dia dia 20 de março;
cumprir o requisito de renda média (renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, e de até 3 salários mínimos por família);
ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social.
Além disso, todos os beneficiários deverão:

ter mais de 18 anos de idade e CPF ativo;
ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50);
ter renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 3.135) por família;
não ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.
A mulher que for mãe e chefe de família e estiver dentro dos demais critérios poderá receber R$ 1,2 mil (duas cotas) por mês.

Na renda familiar, serão considerados todos os rendimentos obtidos por todos os membros que moram na mesma residência, exceto o dinheiro do Bolsa Família.

Quem recebe outro benefício que não seja o Bolsa Família (como seguro desemprego e aposentadoria) não terá direito ao auxílio emergencial.

A Caixa também disponibilizou o telefone 111 para tirar dúvidas dos trabalhadores sobre o auxílio emergencial. Não será possível se inscrever pelo telefone, apenas tirar dúvidas.

Fonte: G1
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Quarentena: como limpar a casa, de quanto em quanto tempo e quais produtos usar

Nesse período de quarentena, como limpar a casa para evitar a contaminação pelo coronavírus? Os produtos têm que ser diferentes? E com qual regularidade a faxina deve ser feita?

Especialistas explicam como deve ser a rotina de limpeza durante a quarentena para prevenir a contaminação pelo coronavírus — Foto: Divulgação
Especialistas explicam como deve ser a rotina de limpeza durante a quarentena para prevenir a contaminação pelo coronavírus — Foto: Divulgação

Para saber estas respostas, o G1 consultou os infectologistas Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, e Jean Gorinchteyn, do Hospital Emílio Ribas, de São Paulo.

Eles explicam como devem ser as rotinas de limpeza das famílias durante esse período de quarentena e de pandemia do novo coronavírus e quais devem ser os cuidados a serem tomados no caso de um dos moradores estar doente ou ter suspeita de infecção.

Famílias sem suspeitos de infecção pelo coronavírus
Como deve ser a faxina e com quais produtos?
Os especialistas afirmam que a limpeza pode ser feita com água sanitária e desinfetante.

"Com a água sanitária, devem ser lavados chão, paredes, cubas, pias. Pode usar desinfetante principalmente para limpeza do interior do vaso sanitário e também na própria pia depois da aplicação do hipoclorito [de sódio]", afirma Gorinchteyn.

"Os cômodos devem ser mantidos arejados e bem ventilados. Na limpeza de superfícies, deve ser utilizada água sanitária. Para evitar a descoloração de algum material, a utilização de pano umedecido com álcool pode ser uma medida muito higiênica e segura para a limpeza também", diz Gorinchteyn.
"A utilização de aspiradores para pisos com tapetes ou carpetes é uma opção, ou optar pela limpeza com panos umedecidos com água sanitária para outros pisos."

Sabão em barra e água sanitária são aliados na limpeza da casa contra o coronavírus — Foto: Reprodução/TV Globo
Sabão em barra e água sanitária são aliados na limpeza da casa contra o coronavírus — Foto: Reprodução/TV Globo

Com qual regularidade a faxina deve ser feita?
Segundo Weissmann, a limpeza deve ser feita uma vez ao dia. Mas Gorinchteyn afirma que a regularidade deve ser maior em portas, maçanetas e torneiras, por exemplo, já que estes são locais que são tocados com mais regularidade. "Devem ser higienizados de preferências duas a três vezes ao dia, assim como as cubas, as pias e os vasos sanitários."

Que cuidado deve ser tomado quando alguém sai para trabalhar ou para ir ao mercado ou à farmácia?
Weissmann afirma que o primeiro cuidado é tirar os sapatos antes de entrar em casa e deixar em uma área externa, se possível. "Também deve tirar a roupa e colocá-la para lavar e higienizar objetos pessoais, como óculos, bolsa e celular. Depois, deve limpar a maçaneta e evitar tocar nos objetos em casa. Aí, lavar as mãos com água e sabonete ou tomar um banho", diz Weissmann.

Se uma das pessoas sai para trabalhar, quais cuidados especiais ela deve ter?
Os cuidados são parecidos com o do item anterior, mas eles devem se estender também para o ambiente de trabalho. Por isso, Weissmann afirma que é importante higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool gel, além de evitar tocar nos olhos, nariz e boca.

"É bom manter uma distância mínima de 1,5 ou 2 metros dos colegas de trabalho. Também deve manter o ambiente bem ventilado", diz Weissmann.
Famílias com infectados ou com suspeitos de infecção
Como deve ser a faxina e com quais produtos?
Os infectologistas afirmam que a limpeza deve ser mais rigorosa no caso de a família ter algum caso confirmado ou suspeito de Covid-19.

"Quem fizer a limpeza, deve usar luvas e máscara. Tem que limpar diariamente as superfícies em que haja contato mais frequentes, como maçanetas, corrimões, mesas, cadeiras, sofás, pias, torneiras, interruptores, telefone, teclado, entre outros. Para a limpeza e desinfecção, recomenda-se usar os produtos habituais ou, preferencialmente, uma solução de água sanitária", afirma Weissmann.

Eles afirmam que o infectado deve ser mantido em um cômodo isolado. Por isso, ele próprio acaba realizando boa parte da própria limpeza desse quarto.

"Todos os itens, sejam as roupas de cama ou toalhas que estejam no interior do quarto, devem ser colocadas de forma adequada em um saco plástico. Quem for buscar essas roupas deve usar luvas, e as luvas também devem ser desprezadas em outro saco plástico, assim como papéis, papel higiênico e lenços de papel utilizados [pelo infectado]", diz Gorinchteyn.
Segundo ele, as roupas utilizadas devem ser lavadas imediatamente em uma máquina de lavar sozinhas, sem roupas de outros moradores. Para a limpeza, podem ser usados os produtos usuais, como sabão em pó e amaciante.

"Talheres e copos devem ser higienizados de uma forma muito cuidadosa, preferencialmente pré-lavados pelo paciente dentro de um cômodo que tenha um banheiro. Caso contrário, o ideal seria fazer a manipulação disso com luvas e máscaras. Se puder usar copo, garfo e faca descartáveis, é melhor para não ter esse risco [de contaminação]", afirma Gorinchteyn.

Com qual regularidade a faxina deve ser feita?
Segundo Weissmann, a faxina na casa deve ser diária para evitar novas infecções. Já dentro do cômodo em que o infectado está isolado, Gorinchteyn afirma que ela pode ser menos frequente para diminuir um possível contato com as outras pessoas da casa.

Tem algum cômodo que deve receber atenção especial?
Weissmann afirma que o banheiro deve ter uma limpeza mais cuidadosa, pois o vírus pode ser eliminado pelas fezes. "Mas não se sabe até que ponto esse achado tem relação com a transmissão. Também é necessário ter maior atenção com as superfícies em que a pessoa com Covid-19 possa ter tocado."

Gorinchteyn afirma ainda que a atenção do banheiro deve ser especial porque "é um lugar em que [resíduos] são liberados, sejam de tosse com catarro, sejam secreções da higienização de nariz". Por isso, segundo ele, é muito importante aplicar desinfetantes e água sanitária com cuidado no cômodo.

"Se [o infectado] não tiver um banheiro [só para ele] e tiver que sair do quarto, todo vez que ele usar o banheiro, alguém vai lá, limpa com água sanitária e passa o álcool nas torneiras. Tudo com luvas descartáveis", afirma Gorinchteyn.
Quem deve fazer a faxina dos cômodos que o infectado ou o suspeito de infecção ocupa?
Segundo Weissman, a limpeza deve ser feita preferencialmente pela própria pessoa com a infecção, que deve ficar em um quarto exclusivo e ter um banheiro de uso somente seu, se possível.

Mesmo assim, como já foi colocado acima, de tempos em tempos, o infectado vai passar as suas roupas sujas, talheres e toalhas para outro morador poder fazer a limpeza destes itens. Por isso, segundo Gorinchteyn, deve ser eleita uma única pessoa para realizar estes serviços.

"O cuidador deve fazer todos os serviços de levar comida, pegar os pratos, pegar o material que deve ser descartado, como roupas e tudo mais", diz Gorinchteyn.
Segundo o especialista, o ideal é que seja alguém que não seja de grupo de risco, de preferência um jovem sem nenhuma comorbidade.

"Os cuidadores devem tomar cuidado. Após cada contato, devem promover a higienização adequada até a região dos punhos com água e sabão. Deixar 40 segundos essa mistura com espumas. Aí fazer uma reaplicação do álcool gel para garantir realmente a eliminação eventual do vírus", afirma Gorinchteyn.

Segundo os infectologistas, as pessoas infectadas devem fazer parte da limpeza dos cômodos em que estão isoladas. — Foto: Pixabay/Divulgação
Segundo os infectologistas, as pessoas infectadas devem fazer parte da limpeza dos cômodos em que estão isoladas. — Foto: Pixabay/Divulgação

Fonte: G1
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