terça-feira, setembro 25, 2018

Após período chuvoso, reservatórios de água do RN acumulam 26% da capacidade

Passada o período chuvoso do Rio Grande do Norte em 2018, as bacias hidrográficas do estado acumularam um total de 1.171.962.105 metros cúbicos de água - o correspondente a 26,56% da capacidade de armazenamento, que é de 4.411.787.259 m³. Os dados foram divulgados pelo Relatório da Situação Volumétrica dos Principais Reservatórios do Estado, divulgado pelo Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) nesta terça-feira (25).

Açudes do RN acumulam cerca de um quarto da capacidade de armazenamento de água, mesmo após quadra chuvosa (Arquivo/Dezembro de 2017) — Foto: Anderson Barbosa/G1
Açudes do RN acumulam cerca de um quarto da capacidade de armazenamento de água, mesmo após quadra chuvosa (Arquivo/Dezembro de 2017) — Foto: Anderson Barbosa/G1

Apesar de o primeiro semestre ter sido de inverno normal, chuvoso ou muito chuvoso em 84 municípios do estado, de acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), os efeitos da seca seguem firmes no estado. Tanto que já em setembro o Estado renovou a situação de emergência em 152 dos 167 municípios potiguares.

Conforme o relatório desta terça (25), Dos 47 reservatórios com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos monitorados pelo Igarn, 9 estão em volume morto, o que corresponde a 19,14% dos mananciais potiguares monitorados. Já os açudes atualmente secos são 4, que correspondem, percentualmente, a 8,51% do total de mananciais monitorados.

Armando Ribeiro Gonçalves
Maior reservatório do Estado, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves tem 609,700 milhões de metros cúbicos, correspondentes a 25,40% da sua capacidade.

Já a Barragem Santa Cruz do Apodi que possui capacidade para 599,712 milhões de metros cúbicos e é atualmente o segundo maior reservatório estadual está com 153,482 milhões de m³, que correspondem a 25,59% da sua capacidade total.

O reservatório Umari, com capacidade para 292,813 milhões de m³, está com 120,062 milhões de metros cúbicos, ou 41% da sua capacidade total de acumulação de água.

Alerta
Entre os reservatórios que estão na classificação de alerta, com volumes inferiores a 25% das suas capacidades, mas que estão acima do volume morto, os números dos aportes hídricos são os seguintes: Boqueirão de Angicos, que está com 1,655 milhões de metros cúbicos, percentualmente, 10,33% de sua capacidade; e Passagem das Traíras, com 1,309 milhões de m³, ou 2,62% da capacidade do reservatório. O açude Itans, que estava incluído nesta classificação, atualmente está com 5,322 milhões m³, ou 651% da sua capacidade total e já entrou em volume morto.

Dos oito reservatórios que atingiram 100% da capacidade de acumulação de água durante do inverno deste ano, Riacho da Cruz II está com 85,43% de reservas; Apanha Peixe está com 87,50%; Santo Antônio de Caraúbas está com 66,44%; Encanto está com 80,60%; Brejo está com 77,73%; Beldroega está com 70,71%; Pataxó está com 74,90% e Mendubim está com 78,56%.

Fonte: G1
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AGU defende cancelamento de título de quem não fez cadastro biométrico


A advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, defendeu a constitucionalidade do cancelamento de título do eleitor de quem não fez o recadastramento biométrico determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo a ministra, é importante respeitar a legislação para a manutenção da segurança jurídica no processo eleitoral brasileiro. “Daí a importância de se manter a regra do jogo em relação ao cadastro dos eleitores”, disse, após participar nesta terça-feira (25) do painel Acordo de Leniência e Compliance – Desafios na segurança jurídica para oportunidade de investimento estrangeiro, na Conferência Internacional + Segurança Jurídica + Investimento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso liberou na segunda-feira (24) para julgamento o pedido liminar do PSB para evitar o cancelamento dos títulos de eleitores que não realizaram o cadastramento por biometria em todo o país.

Na ação, a legenda sustenta que as resoluções do TSE que disciplinaram o cancelamento do título como penalidade ao eleitor que não realizou o cadastro biométrico obrigatório dentro do prazo são inconstitucionais, porque resultaram no indevido cerceamento do direito de votar.

“A AGU apresentou nos autos uma manifestação no sentido de que o direito ao voto não é um direito fundamental absoluto e que tem em seu exercício a possibilidade de regulamentação que foi o que fez a lei agora objeto de questionamento”, afirmou Grace Mendonça.

Perguntada sobre os milhões de eleitores que não poderiam ir às urnas, Grace afirmou que a AGU não teve acesso aos números dos que não poderiam votar pela falta do cadastramento biométrico. “A Advocacia-Geral da União detém uma missão muito clara, fazer a defesa da permanência da norma no ordenamento jurídico”.

Segundo informações iniciais do TSE, seriam 5,6 milhões de eleitores com título cancelado devido ao não comparecimento à revisão do alistamento do eleitorado entre os pleitos de 2016 e 2018. Ontem (24), entretanto, a presidente do TSE, ministra Rosa Weber, enviou um ofício ao ministro Roberto Barroso para informar que o número exato seria de 3,3 milhões de cancelamentos.

Acordos de leniência

A ministra informou que a AGU está dialogando com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para uma aproximação institucional entre os dois órgãos em diversos assuntos, um deles a colaboração nos acordos de leniência. “Temos muitos temas de interesse comuns. Por vivermos em um mundo globalizado é importante termos esse estreitamento de relações para que possamos atingir esses objetivos com muito mais rapidez”, afirmou.

O acordo de leniência é firmado com a pessoa jurídica que cometeu ato ilícito contra a administração pública, mas que se dispõe a colaborar nas investigações.

Segundo a AGU, cinco acordos de leniência já foram celebrados, três deles com empresas investigadas na Operação Lava Jato. “Os acordos assegurarão o pagamento, pelas empresas responsáveis, de valores que ultrapassam R$ 4,5 bilhões”, diz o órgão.

Atualmente, mais 16 pedidos de leniência envolvendo empresas nacionais e internacionais são analisados pelas comissões formadas por advogados da União e auditores do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Um dos pedidos está em fase de finalização das negociações.

Fonte: Agência Brasil
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Aplicativo registra mais de 10 mil reclamações de propaganda eleitoral


Lançado há um mês, o Pardal, aplicativo da Justiça Eleitoral para recebimento de denúncias de irregularidades cometidas na campanha eleitoral, já registrou mais de 10 mil reclamações. O Ministério Público Eleitoral e a Justiça Eleitoral são os responsáveis por apurar as infrações relatadas pelos usuários.

A maioria dos registros, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tem a ver com propaganda política nas ruas (6.839 notificações), seguido de crimes eleitorais (1.376 notificações), outros crimes (921 notificações), compras de votos (238 notificações) e doações e gastos eleitorais (89 notificações).

O levantamento parcial aponta ainda que os maiores denunciados são candidatos a deputado estadual (2.805), deputado federal (1.798) e governadores (674). Supostas irregularidades na propaganda eleitoral veiculada nas emissoras de TV ou rádio e na internet, bem como notícias de infrações relacionadas a candidatos aos cargos de presidente e vice-presidente da República, não são processadas pelo Pardal. Nesses casos, o eleitor deverá encaminhar as eventuais denúncias pelos meios tradicionais, como o MPE.

Estados
O maior colégio eleitoral do Brasil, São Paulo, é o estado recordista em denúncias, com 1.372 registros. Também lidera as notificações na categoria propaganda eleitoral, com 967 registros. Pernambuco aparece em segundo lugar no número total de denúncias, com 1.178 notificações, sendo 861 relacionadas a irregularidades em propagandas eleitorais e 125 a crimes eleitorais. O estado em que o aplicativo foi menos acionado no período é o do Tocantins, com apenas 23 registros.

Quando o levantamento é feito por região, a Nordeste é a que mais usa a ferramenta, com 3.596 denúncias, seguida pelas regiões Sudeste (2.674), Centro-Oeste (1.544), Sul (1.449) e Norte (1.012).

Aplicativo
A versão 2018 do aplicativo pode ser baixada gratuitamente em smartphones e tablets nas lojas virtuais Apple Store e Google Play desde agosto. O objetivo da ferramenta é incentivar os cidadãos a atuar como fiscais da eleição no combate à corrupção eleitoral. Até o momento, o aplicativo foi instalado em 31.652 dispositivos móveis, entre celulares e tablets.

Nas denúncias feitas pelo aplicativo, devem constar o nome e o CPF do cidadão que as encaminhou, além de elementos que indiquem a existência do fato, como vídeos, fotos ou áudios.

Além do aplicativo móvel, o Pardal também pode ser acessado nos sites dos Tribunais Regionais Eleitorais para envio e acompanhamento das notícias de irregularidades.

Fonte: Agência Brasil
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Rede estadual de educação do RN divulga calendário de matrículas para 2019

A Secretaria da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte (SEEC) divulgou nesta terça-feira (25) o calendário de matrículas para o ano letivo de 2019 da rede pública. As escolas estaduais, de 1º a 30 de outubro, vão iniciar a atualização da oferta de vagas que serão disponibilizadas. O próximo ano letivo deve ser iniciado no dia 14 de fevereiro.

Ano letivo 2019 na rede estadual de educação do RN deve começar no dia 14 de fevereiro — Foto: SEEC/ASSECOM
Ano letivo 2019 na rede estadual de educação do RN deve começar no dia 14 de fevereiro — Foto: SEEC/ASSECOM

Chamada Escolar
Paralelamente ao calendário, a SEEC também está lançando a campanha Chamada Escolar, destinada aos alunos que estão fora da escola. No período de 6 a 30 de novembro, esses alunos e seus responsáveis poderão fazer a matrícula pelo portal do SIGEduc (sigeduc.rn.gov.br) ou através do aplicativo Matrícula Escolar RN (disponível gratuitamente no sistema Android).

Uma vez realizada a inscrição via sistema, o responsável terá quatro dias úteis, a partir da solicitação e confirmação, para efetivar a matrícula na escola, apresentando toda a documentação do aluno.

Ensino médio e tempo integral
Paralelamente, no mesmo período (6 a 30 de novembro), também ocorrerão as matrículas para o ensino médio em tempo integral.

Caso o estudante ou responsável não consiga fazer a matrícula por essas plataformas, ele pode também fazê-la na própria escola ou na sede da Diretoria Regional de Educação e Cultura (DIREC) onde a escola está jurisdicionada ou, ainda, na Central de Matrículas, localizada no andar térreo da Secretaria de Educação, localizada no Centro Administrativo do Estado.

“Em 2018 foram ofertadas 240 mil vagas e em 2019 a expectativa é que esse número aumente”, comentou Ana Paula Flor, coordenadora da Central de Matrículas da SEEC.

Necessidades educacionais especiais
De 6 a 30 de novembro também acontecem as matrículas para os estudantes com necessidades educacionais especiais (NEE).

Renovação de veteranos
Em seguida, de 26 de dezembro a 18 de janeiro, será a vez dos alunos que vão fazer a renovação da matrícula dos alunos veteranos. A própria escola fará a solicitação no sistema.


Transferências
Os alunos da rede estadual de ensino que buscarem transferência para outra unidade da própria rede devem comparecer na secretaria da escola, no período de 26 de dezembro de 2018 até o dia 21 de janeiro de 2019. O mesmo prazo vale para as transferências dos alunos oriundos da rede municipal para a estadual de ensino. Os estudantes que por motivo pessoal desejem ser transferidos devem buscar a sua escola no período de 26 de dezembro até o dia final das demais transferências, dia 21/01/19.

O resultado das vagas concedidas e efetivação das solicitações de transferências serão publicadas no SIGEduc no dia 25 de janeiro e o responsável terá quatro dias úteis para levar toda a documentação do aluno e efetivar a vaga na escola.

Calendário de Matrículas da rede Estadual de Ensino do RN
Através do sigeduc.rn.gov.br ou aplicativo Matrícula Escolar do RN (Chamada Escolar)
Chamada Escolar (para novos estudantes e estudantes fora da escola): 6 a 30 de novembro.
Alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE): 6 a 30 de novembro.
Renovação dos alunos veteranos: 26 de dezembro de 2018 a 18 de janeiro de 2019.
Transferência automática (rede estadual e municipal); transferência por interesse próprio (rede estadual): 26 de dezembro de 2018 a 21 de janeiro de 2019.
Publicação do resultado das vagas concedidas para efetivação: 25 de janeiro de 2019.
Outras informações: (84) 3232-1324.

Fonte: G1
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Crédito consignado com uso do FGTS será oferecido a partir desta quarta-feira

Os 36,9 milhões de trabalhadores formais do país poderão usar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para o crédito consignado a partir desta quarta-feira (26).

A Caixa será a primeira a oferecer a nova linha de financiamento, que também poderá ser operada por outros bancos.

Os juros da nova linha não poderão ultrapassar 3,5% ao mês. Segundo o governo, este percentual é até 50% menor que de outras operações de crédito disponíveis no mercado. O prazo de pagamento será de 48 meses.

Agência da Caixa Econômica Federal no centro do Rio de Janeiro.  — Foto: REUTERS/Pilar Olivares/File
Agência da Caixa Econômica Federal no centro do Rio de Janeiro. — Foto: REUTERS/Pilar Olivares/File

Pelas regras, os trabalhadores podem dar como garantia até 10% do saldo da conta do FGTS e a totalidade da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa. Estes valores podem ser retidos pelo banco no momento em que o trabalhador perder o vínculo com a empresa em que estava quando fez o empréstimo consignado.

Estímulo ao crédito
Em agosto, o Ministério do Planejamento anunciou "mudanças normativas" para destravar o uso do FGTS como consignado. A linha foi anunciada em abril do ano passado, mas não estava sendo oferecida pelos bancos.

Com as mudanças anunciadas, as empresas privadas interessadas em que seus trabalhadores tenham acesso a essa linha de empréstimos devem se conveniar a um dos bancos integrantes do sistema implantado pela Caixa.

Os bancos passarão a poder realizar uma consulta prévia para apurar a margem consignável de cada trabalhador no FGTS – o que antes não era permitido.

Com as mudanças, o governo espera que o juro do crédito consignado oferecido à iniciativa privada possa se aproximar das taxas médias praticadas atualmente pelo mercado para os servidores públicos (1,75% ao mês).

Fonte: G1
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Setembro Amarelo: Município de Itaú realiza caminhada e conversa com adolescentes sobre o suicídio


Na manhã desta terça-feira (25) as Secretarias Municipais de Assistência Social, Saúde e Educação realizaram uma caminhada em prol do Setembro Amarelo, tendo como objetivo chamar a atenção da comunidade em especial os adolescentes para a campanha nacional contra o suicídio, onde no Brasil um grande número de crianças e adolescentes atentam contra a sua vida; uma média de 36 adolescentes por dia.

A caminhada saiu da Biblioteca Pública Municipal "Izabel Maia Pinheiro" localizada à Praça Marcolino Bessa, até o Clube ACRI envolvendo as Escolas Municipais e Particular do município de Itaú-RN. Durante a caminhada as crianças liam frases de prevenção ao suicídio.

Chegando no ACRI a equipe organizadora através das Psicólogas Wigma Soares e Rafaela Azuzzy conversaram com os adolescentes sobre o suicídio dando todo apoio aos adolescentes convidando os mesmos as dialogarem, se abrirem com seus amigos e professores que estão disponíveis para ajudar aqueles que necessitam, tendo como uma segunda opção o CVV (Centro de Valorização da Vida) ligando para o 188.

A Caminhada foi um grande sucesso, tendo em vista, as proporções atingidas e a participação dos envolvidos.




Fonte: Assessoria de Comunicação Social
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Institutos veem chance de seca em 2019

O El Niño, responsável pela seca de sete anos no Rio Grande do Norte, pode voltar no final deste ano e início de 2019. É o que apontam  a  Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A probabilidade é de 60% disso acontecer.  Já o Centro de Previsão Climática do NOAH (Administração Oceânica de Atmosfera Nacional) dos Estados Unidos publicou que a possibilidade do El Niño neste período é de até 70%. O El Niño castigou o  Rio Grande do Norte de 2012 a 2017.

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Fenômeno “El Niño” diz respeito ao aquecimento de águas do pacífico. Secas dos últimos sete anos foram causadas por fenômeno

Mesmo com os indicadores apontando para sua volta em dezembro e janeiro e fevereiro de 2019, o meteorologista da Empresa de Pesquisa Agropecuário do Rio Grande do Norte (Emparn), Gilmar Bristot, prefere esperar pela configuração dos indicadores de clima de setembro para confirmar a ocorrência do fenômeno.  

Evento climático de grandes proporções, El Niño ocorre no Oceano Pacífico e quando isso acontece, explica o meteorologista, causa confusão no clima de algumas áreas do planeta, como no Nordeste brasileiro. 

Mas quando ele está em atividade no Brasil não afeta apenas o Nordeste. Nas regiões Sul e Sudeste costuma causar chuvas fortes, e no Norte, concentra precipitações principalmente no  Acre, que fica próximo ao litoral do Pacífico.  

“Estamos em uma situação de anomalias com águas mais quentes que o normal (no Pacífico)”, pontua o meteorologista. De acordo com ele, isso pode trazer como consequência um afloramento do El Niño entre os meses de novembro e dezembro, com auge entre janeiro de fevereiro. “O que poderia comprometer o período chuvoso de 2019”.

Com a atuação do fenômeno, a partir do auge pode haver uma tendência de resfriamento do Pacífico mas não é possível dizer as consequências dessa atuação para a formação de chuvas por enquanto, afirma Gilmar Bristot. “Eu gosto de começar a conversar sobre previsão climática a partir de meados de outubro”, aponta.

Em outubro, esclarece Bristot,  é possível ter algumas informações do comportamento dos oceanos, tanto do Pacífico quanto do Atlântico, com os  dados de setembro, mês significativo para se obter dados para se chegar a conclusões sobre o clima. 

O Atlântico Norte atinge a temperatura máxima setembro, e o Atlântico Sul, a mínima, enquanto o Pacífico mostra uma melhor tendência aumento. “Existe a possibilidade nas análises, nos dados, de esquentar e isso está muito evidente”, diz  Bristot. 

Mas evidências não são dados concretos para dimensionar os resultados dessa elevação de temperatura do Pacífico para 2019 com os indicadores atuais, complementa o meteorologista.

 “Há um alerta de aumento (da temperatura) no final de 2018 e início de 2019”, diz Bristot. Mas ele diz ser preciso mais informações para quantificar o alerta. Se vai realmente acontecer ou se vai chegar ao auge que normalmente começa em dezembro e depois reduzir sua atividade.

De acordo com o padrão histórico do El Niño   depois de uma ocorrência muito forte, como foi o caso de  2015/2016 no Rio Grande do Norte,  dificilmente haverá uma ocorrência forte nos próximos dois ou três anos, afirma Bristot. 

Dados mostram, no momento, que haverá atividade do dele nos períodos apontados mas Gilmar Bristot prefere cautela, e emitir uma opinião mais técnica somente em outubro com base na dinâmica de setembro. 

Chuvas de dezembro
É difícil dizer se as chuvas de dezembro que costumam cair na região Oeste do Estado na  chamada de pré-estação chuvosa podem receber influência do El Niño, assinala Bristot. 

A pré-estação de dezembro depende da expansão da umidade que vem da região Amazônica em direção ao Leste do Nordeste em dezembro e janeiro. “Mas é difícil  fazer previsão para a pré-estação chuvosa porque são sistemas anômalos que atuam sobre o Nordeste como vórtices cliclônicos e frentes frias”. São sistemas de previsibilidade e alta frequência, portanto, não há condições de se dimensionar sua atuação. 

Em janeiro e fevereiro de 2004, a atuação do vórtice cliclônico foi responsável por um grande volume de chuvas no Rio Grande do Norte mas as precipitações cessaram.

Gilmar Bristot explica que não tem não tem capacidade técnica para fazer previsão climática entre um e dois meses. Somente com até oito dias. 

Estado de emergência 
Pela décima primeira vez consecutiva o governo do Estado publicou o decreto de situação de emergência para 152 dos 167 municípios do Rio Grande do Norte em razão das consequências da seca que atinge o semiárido potiguar desde 2012. A agropecuária do estado sofreu uma perda de R$ 4,3 bilhões, uma perda de 50% da contribuição do setor para o PIB estadual.

Nas razões 16 razões que o governo aponta para a renovação do decreto decreto de emergência (28.325 de 12 de setembro de 2018) estão a escassez hídrica por seis anos contínuos e o impacto socioeconômico que o fenômeno El Niño causou à agropecuária potiguar. 

As irregularidades pluviométricas, aponta o decreto, esvaziaram os reservatórios públicos e privados de água bem como foram responsáveis pela baixa recarga dos lençóis freáticos, apesar das chuvas do primeiro semestre de 2018 terem sido consideradas normais na maioria dos municípios. 

Por causa da escassez hídrica a oferta de água foi reduzida para consumo humano e também para o cultivo irrigado.  Este ano, segundo a Emparn, em 84 municípios as chuvas foram de normal a muito chuvoso. 

Pelo menos 33 municípios foram classificados como secos e 21, muito secos, e 29 ficaram sem informações pluviométricas, de acordo com o decreto de emergência. Houve perdas estimadas em mais de R$ 2,4 milhões, sendo R$ 1,7 milhões de prejuízos para a lavoura e R$ 721 mil na pecuária.

Fonte: Tribuna do Norte
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RN tem 220 mil à procura de emprego

Três anos depois de se mudarem para Natal com a intenção de abrir uma lanchonete na praia de Ponta Negra, o brasiliense Flávio de Almeida e a piauiense Suzy da Silva reservaram a manhã desta segunda-feira, 24, para procurar emprego com carteira assinada. Às 9h, foram no posto do Sistema Nacional de Emprego (Sine) para se cadastrarem e concorrerem às vagas disponíveis; uma hora depois, estavam em Parnamirim, município da região metropolitana Sul de Natal, entregando currículos em empresas. Antes de chegar o meio dia, precisaram voltar para a casa alugada, no bairro de Igapó, zona Norte da cidade, para deixarem os dois filhos na escola.

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Suzy da Silva: “Atingimos o que vem depois do fundo do poço”. Ela e marido procuram emprego

É assim a rotina do casal, junto há 12 anos, para conseguir sobreviver, desde que a lanchonete – motivo maior, lembre-se, para a mudança entre Brasília e Natal – faliu, em 2016. Esse é o verbo que escolhem utilizar para falar sobre as ocupações de todos os dias: sobreviver. A PNAD Contínua mostrou que cerca de 220 mil pessoas procuram emprego no estado, mas ainda não tinham sido admitidos. 

A ideia de montar um negócio em Natal surgiu quando os dois trabalhavam juntos em um restaurante, em Brasília. O local fechou e, como atuavam há cinco anos na área, receberam o convite de um amigo para empreender na cidade. Ele tinha uma propriedade desocupada, que poderia ser utilizada pelo casal para o trabalho. Quando chegaram à capital potiguar, em 2015, Flávio e Suzy alugaram uma casa em Ponta Negra e logo montaram o empreendimento na orla, a mais famosa entre as orlas de Natal. 

Deu certo por meses, mas a baixa estação, aliada com a crise econômica, diminuiu o fluxo de turistas na praia e os levou à falência. “Faltou um pouco de capital econômico para investir mais”, diz Flávio, relembrando a experiência como empresário. Desse dia em diante, por quatro meses, o único dinheiro que o casal e os dois filhos, de 9 e 11 anos, tiveram foi proveniente da ajuda dos familiares de Flávio. Tiveram que largar a casa alugada e morar na propriedade do amigo, onde antes funcionava a lanchonete. “Atingimos o que vem depois do fundo do poço”, resume Suzy, de 33 anos, 11 a menos que o marido.

Mesmo com qualificação, não foi fácil arranjar vagas de emprego nas áreas que tinham experiência para sair da situação que estavam. Suzy cursou design de interiores em uma universidade particular, mas não tem o diploma porque a instituição perdeu alguns dados da sua graduação – atualmente, o caso está na Justiça. Meio a essa ação, começou a trabalhar como faxineira. “Já tinha essa experiência de faxina, comecei com 11 anos. Não foi problema”, ressalta.

Com Flávio foi semelhante. Mais de dez anos de experiência na área do comércio como representante de vendas e vendedor de produtos não bastou para encontrar uma vaga na área em Natal. No entanto, conseguiu encontrar uma vaga como operador de telemarketing. 

Se antes estavam “abaixo do fundo do poço”, conseguiram subir um pouco e respirar. Alugaram uma casa na zona Norte, onde os aluguéis são mais baratos. Mas, a partir disso, outros problemas começaram a surgir, como a falta de tempo com as crianças. Pequenos, tiveram que aprender a se cuidarem precocemente para tornar possível a sobrevivência. Mesmo assim, existiam necessidades que os pais deviam estar presentes. “Eu trabalhava até às 22h no telemarketing, não sobrava tempo para a casa”, conta Flávio.

Para avançarem um degrau a mais, com cautela, o casal começou a juntar dinheiro e pesquisar trabalhos com um melhor custo-benefício. Foi quando decidiram se tornar motoristas de Uber, pensando em uma renda mensal de R$ 2 mil. Esse valor leva em consideração os gastos com a parcela do carro, que financiaram para poder fazer o serviço, combustível e manutenção. O que sobra é “suficiente para comprar o que está faltando em casa” e pagar a faculdade de gastronomia de Flávio, que, apesar das dificuldades, ainda tem  a intenção de voltar a empreender no futuro.

Há três meses se revesam como motoristas de Uber no carro da família. O veículo é utilizado, também, para levar as crianças para a escola. Os dois estudam em escolas públicas, em Neópolis. “Eu sempre fui um militante da escola pública, por isso eles estão lá”, relata. “E estamos muito satisfeitos com a escola deles. São duas que, realmente, tem uma equipe muito boa e unida”, complementa a esposa.

A procura por um emprego de carteira assinada no Sine, mesmo com o Uber, é com a intenção de conseguir uma maior estabilidade e complementar com o Uber. Os constantes aumentos de gasolina tem tornado a atividade menos rentável. O casal afirma que, na ponta do lápis, é necessário R$ 3 mil líquido para ter uma maior folga.

‘Voltar para Brasília? Não’
O motivo para a mudança não prosperou, mas o casal não pensa em retornar para a capital do país. “Lá as coisas estão iguais”, diz Flávio, quando questionado. “Iguais? Lá é pior”, corrige Suzy. A razão não é somente o emprego, mas o custo de vida alto. “E o preço dos imóveis. Nós aqui temos a expectativa de, em cinco anos, conseguir tirar um imóvel. Lá, não”, complementam.

Mesmo em uma terra sem familiares, é em Natal que os planos do casal se firmam. Flávio está perto de concluir o cursode gastronomia e não dispensa voltar a tentar empreender na área. Já pensou em bistrô, mas agora aguarda concluir a graduação para ter uma certeza da área. “O curso abre muitas possibilidades, então eu ainda estou vendo”, conta. A frase carrega uma característica do casal, nos dias atuais: tudo acaba sendo feito com a cautela necessária para não dar um passo acima do limite.

Suzy aguarda o resultado da ação judicial para tentar alguma vaga na área de design de interiores.  Enquanto isso é uma entusiasta das ideias do marido. “Estamos lado a lado na hora de planejar alguma coisa”, diz a mulher.
Por enquanto, vivem sem sobras, tentando alcançar a renda mensal com a Uber, procurando a complementação com um emprego formal e cuidando das crianças. Estão conseguindo, dizem:  o dinheiro que conseguem com o Uber é o mesmo que conseguiam antes, como faxineira e operador de telemarketing. 
Por trás dos números 
A série “Por trás dos números – Emprego” traz, nesta última semana do mês de setembro, reportagens sobre a vida das pessoas que estão em diversas situações de ocupação. A primeira reportagem ocorreu neste domingo, apresentando os números de emprego no Rio Grande do Norte.

Rio Grande do Norte
1.330.000 pessoas têm alguma ocupação

220.000 pessoas estão desocupadas

178.000 pessoas estão desalentadas

Fonte: Tribuna do Norte
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