quinta-feira, dezembro 16, 2021

Operação contra apologia ao nazismo cumpre três mandados de busca e apreensão no RN

A Operação Bergon, deflagrada nesta quinta-feira (16) contra um grupo extremista que fazia apologia ao nazismo e disseminava ódio a negros e judeus nas redes sociais, cumpriu três mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Norte, segundo confirmou a Polícia Civil potiguar.


Polícia Civil cumpre três mandados de busca e apreensão no RN dentro de operação contra grupo suspeito de apologia ao nazismo — Foto: Cedida


A operação foi comandada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, prendeu quatro pessoas e cumpriu mandados em sete estados do país.


Segundo a Polícia Civil do RN, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Jardim do Seridó e o outro foi em Macaíba, na região metropolitana de Natal.



No entanto, não foram encontrados materiais suspeitos em nenhum dos nos locais procurados pela polícia. Nenhum suspeito foi preso.


Operação

As prisões que aconteceram foram em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense; em Valença, no Centro-Sul do Rio de Janeiro; e em Campinas e Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. A polícia apreendeu facões, arco e fechas e livros sobre o nazismo.


Agentes saíram para cumprir, no total, quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.


Investigações

As investigações duraram sete meses e começaram após um alerta do Cyber Lab e da Homeland Security Investigations (HSI), órgãos do governo dos EUA.


Ainda em maio, a partir dessas informações, agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) prenderam um suspeito. A polícia apreendeu com ele um computador, um telefone e quatro videogames. Na análise dos aparelhos, agentes da Dcav descobriram que ele mantinha contato com adultos e menores.


O suspeito integrava grupos de WhatsApp cujos membros se autodeclaram nazistas, ultranacionalistas e nacional-socialistas.


O nome da operação faz alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para abrigar crianças judias entre alunos católicos durante a Segunda Guerra Mundial, evitando que fossem capturadas pelos nazistas.


Fonte: g1

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MP denuncia vereador e dois ex-parlamentares de Mossoró por corrupção passiva, peculato e improbidade administrativa

O Ministério Público do Rio Grande do Norte ofereceu denúncia e quatro ações de improbidade contra um vereador e outros dois ex-parlamentares de Mossoró, no Oeste potiguar, por corrupção passiva e peculato.


Câmara Municipal de Mossoró — Foto: Google Street View


Os três também são suspeitos de cometerem atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, por receberem em suas contas bancárias e de familiares empréstimos consignados feitos por assessores parlamentares e repassados a eles.


O MP ainda apontou a existência de servidores fantasmas na Câmara Municipal de Mossoró, durante a legislatura de 2013 a 2016. Os investigadores pediram a quebra do sigilo bancário dos envolvidos.


Procurado, o Ministério Público informou que a ação segue em sigilo - por isso os nomes do parlamentares também não foram divulgados. Segundo o MP, além dos parlamentares, assessores também são investigados.


Além de condenação por corrupção passiva e peculato, o MP pediu condenação por enriquecimento ilícito e violação aos princípios da administração pública.


Fonte: g1

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Operação da CGU, MP e Polícia Civil investiga desvio de dinheiro público em Passa e Fica (RN)

A Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Civil e o Ministério Público deflagraram uma operação nesta quinta-feira (16) para apurar supostos desvios de recursos federais, estaduais e municipais na Prefeitura de Passa e Fica, na região do Agreste potiguar. O prejuízo seria de mais de R$ 1 milhão.


Operação da CGU, MP e Polícia Civil cumpre mandados em Passa e Fica (RN) — Foto: Divulgação


A Operação Ilicitação cumpre 16 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal, Parnamirim e Passa e Fica.


Segundo a CGU, as irregularidades teriam ocorrido na contratação de empresas para realização do transporte escolar e execução de pavimentação e drenagem de ruas localizadas na zona urbana do município por meio de licitações direcionadas. Os contratos envolvem convênios celebrados com os governos federal e estadual.



Em nota, a prefeitura de Passa e Fica contou que "prestou toda assistência e disponibilizou todos documentos solicitados pelo órgão de fiscalização" e apontou que "os contratos objetos da investigação não foram firmados pela gestão atual" (veja a íntegra abaixo).


As informações colhidas pelos investigadores indicam que o serviço de transporte de alunos teria sido superfaturado e subcontratado integral e ilegalmente.


Já as obras teriam sido executadas com pessoal e maquinários fornecidos pela própria Prefeitura de Passa e Fica, com o acréscimo do nome das empresas nos contratos e demais documentos somente para dar aparência de regularidade.


Segundo a força-tarefa, os fatos apurados demonstraram que durante a execução de convênios envolvendo até mesmo a construção do Terminal Turístico do Alto da Timbaúba, foram perpetradas diversas ilegalidades como direcionamento em licitações, fraudes na execução dos contratos, sobrepreço e a subcontratação integral dos serviços licitados.


Ainda de acordo com a CGU, foram confirmados ilícitos envolvendo o transporte de alunos, a execução da pavimentação em ruas de acesso ao Terminal Turístico do Alto da Timbaúba e do loteamento Caminhos da Serra.


No caso desse último loteamento, as ilegalidades teriam objetivo de valorizar loteamentos privados de pessoas ligados à Prefeitura, além de culminar na caracterização dessa área como expansão urbana.



Os valores envolvidos superaram o montante de R$ 2,67 milhões, culminando num prejuízo potencial de aproximadamente R$ 1 milhão, segundo a CGU.

Os investigadores defenderam que os desvios de recursos públicos decorrentes dos convênios federais e estaduais firmados pela Prefeitura Municipal de Passa e Fica comprometem a execução de outras ações em áreas essenciais, como saúde e educação.


O trabalho de campo contou com a participação de nove auditores da CGU, de 70 policiais civis, de três promotores do Ministério Público do Rio Grande do Norte e de 40 servidores do GAECO/MPRN.


Nota da prefeitura de Passa e Fica


Em relação à visita da equipe da Corregedoria Geral da União – CGU, a Prefeitura de Passa e Fica tem a esclarecer que prestou toda assistência e disponibilizou todos documentos solicitados pelo órgão de fiscalização, bem como os esclarecimentos pertinentes.


Destaca ainda que os contratos objetos da investigação não foram firmados pela gestão atual, e reitera o empenho na probidade e na responsabilidade com recursos públicos do município.


Por fim, ressalta que permanece à disposição para colaborar com as investigações buscando que tudo seja apurado e esclarecido com a maior brevidade possível.


Assessoria de Comunicação de Passa e Fica.


Fonte: g1

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Homem morre após Kombi bater em caminhão parado na RN-117

Uma pessoa morreu em um acidente entre um caminhão e uma Kombi, na noite desta quarta-feira (15), na RN-117 na região oeste do estado.


Acidente entre Kombi e caminhão aconteceu na RN-117, entre Governador Dix-Sept Rosado e Caraúbas. — Foto: Cedida/ PM


Segundo informações do Departamento de Polícia Rodoviária Estadual (DPRE), o caminhão estava parado na pista, com problemas mecânicos, quando foi atingido na traseira pela Kombi.


O acidente aconteceu por volta das 21h. O caminhão estava carregado de lenha e parou na rodovia, no sentido Caraúbas – Governador Dix-Sept Rosado. Ainda de acordo com o DPRE, no trecho não existe acostamento e o motorista tentou sinalizar com galhos de árvores.


Uma Kombi que vinha no mesmo sentido bateu na traseira do caminhão. O motorista e o passageiro ficaram feridos e foram levados ao Pronto Socorro da cidade de Governador Dix-Sept Rosado.



O passageiro, identificado como Jean Ferreira de Oliveira, 43 anos, natural de Mossoró, não resistiu aos ferimentos e morreu. O motorista, segundo o DPRE, passa bem.


Fonte: g1

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RN registra 384.791 casos confirmados e 7.533 mortes por Covid

O Rio Grande do Norte tem 384.791 casos confirmados de Covid desde o início da pandemia. A doença vitimou 7.533 pessoas no estado. Os dados estão no boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) desta quinta-feira (16). Outros 1.379 óbitos estão sob investigação.


RN tem 384.791 casos confirmados de Covid — Foto: Anastácia Vaz


A Sesap notificou dois novos casos da doença nas últimas 24 horas.


Mortes e casos de Covid nas cidades do Rio Grande do Norte

O RN tem ainda 190.234 casos suspeitos e 809.622 casos descartados de Covid.


Atualmente, 135 pessoas estão internadas no RN por causa da Covid-19 - sendo 100 na rede pública e 35 na rede privada (apenas 8 dos 10 hospitais privados atualizaram os dados, de acordo com a Sesap). Com 51 pacientes, a taxa de ocupação dos leitos críticos (semi-intensivo e UTIs) é de 30% na rede pública; com 25 internados, a rede privada tem 16,3% de ocupação.



Números do coronavírus no RN

384.791 casos confirmados

7.533 mortes

190.234 casos suspeitos

809.622 casos descartados


Fonte: g1

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Covid: Sesap orienta que rodoviárias do RN solicitem comprovante de vacina aos passageiros

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) emitiu nesta quinta-feira (16) uma nota técnica orientando que todas as rodoviárias do Rio Grande do Norte solicitem aos passageiros a comprovação da vacinação contra a Covid.


Rodoviária de Natal RN — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi


De acordo com a pasta, a cobrança do "passaporte vacinal" visa cumprir o decreto Nº 30.940, de 30 de setembro de 2021, que dispõe sobre a obrigatoriedade de comprovação da vacinação de acordo com o calendário de imunização.


A Sesap explicou que a medida visa a prevenir uma nova onda de casos de Covid, diante da chegada da variante Ômicron no país. A pasta diz que esse cuidado é ainda mais importante em função do período das férias, que faz aumentar o número de turistas em circulação no estado.



“A orientação é fundamental para ampliar a segurança da população do Rio Grande do Norte e garantir que o esquema vacinal de quem chega ao estado seja completo”, disse Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap


De acordo com a nota técnica emitida pela Sesap, “o funcionamento em desconformidade com o disposto no decreto citado e em seus regulamentos, será punido com aplicação de multa pecuniária, nos termos da Lei Federal nº 6.437, de 20 de agosto de 1977 e do Decreto Estadual nº 29.742, de 04 de junho de 2020”.


As pessoas que não estão vacinadas devem ser direcionadas a um local mais próximo de vacinação contra a Covid para poder se imunizar.



"Alguns municípios podem aderir estratégias como a vacinação in loco nesses locais, compreendendo um grande fluxo de pessoas que estarão viajando neste período de festividades natalinas", pontuou Kelly Lima.


A secretaria, portanto, recomenda que as vigilâncias sanitárias municipais e estadual intensifiquem a fiscalização do cumprimento das medidas estabelecidas e que as forças de segurança do Rio Grande do Norte promovam operações constantes para garantir a aplicação das medidas sanitárias dispostas no decreto.


Fonte: g1

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MPT recomenda que empresas no RN exijam comprovante de vacinação contra Covid aos trabalhadores

O Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT-RN) recomendou que as empresas do estado exijam a comprovação da vacinação contra a Covid dos trabalhadores para ingressarem no ambiente de trabalho.


Vacina contra a Covid no RN — Foto: Prefeitura de Araxá/Divulgação


De acordo com o MPT, devem ser observados o estágio do atual esquema vacinal e o cronograma vigente nas cidades para a exigência.


A ressalva, segundo o órgão, é para os casos em que a recusa à vacina seja justificada mediante declaração médica fundamentada, na ausência de recomendação vacinal na bula do imunizante.



O documento emitido às empresas é baseado em uma recomendação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que tem destacado que, no atual estágio de enfrentamento da pandemia, é estratégica e necessária a adoção do “passaporte vacinal”, pois “a proteção de uns depende da proteção de outros” e “não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”.


A Fiocruz reforça ainda que “esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da Covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”.


O documento considera, ainda, o artigo 8º da CLT, que aponta que nenhum interesse privado pode prevalecer sobre o interesse público.

Outras recomendações

A recomendação do Ministério Público do Trabalho orienta ainda às empresas a abonarem o dia de trabalho do empregado que faltar ao serviço para se vacinar. O MPT considera isso como medida de saúde e segurança do trabalho.


Também devem ser abonadas falta de trabalho para trabalhadores que promovam a vacinação de familiares que vivam sob sua dependência econômica - seja idoso, adolescente ou pessoa com deficiência, tendo em vista a função social da empresa e para controle da transmissão do vírus entre o domicílio e a empresa.



A recomendação instrui patrões a fiscalizem e exigirem das empresas contratadas a comprovação do esquema vacinal completo também dos empregados terceirizados e dos estagiários.


A recomendação preconiza ainda criação de medidas como campanhas internas de incentivo à vacinação e antecipação dos exames médicos periódicos para esclarecimento quanto à condição de saúde do trabalhador pelo médico do trabalho da empresa.


Os trabalhadores que se sentirem desprotegidos em seus ambientes de trabalho devido ao não cumprimento da recomendação podem fazer uma denúncia ao MPT-RN por meio do site do órgão (clique AQUI).


Fonte: g1

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Uern decide exigir comprovante de vacinação de estudantes antes da retomada das aulas presenciais

A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) vai exigir o comprovante de vacinação para todos os alunos antes do retorno das atividades presenciais, previsto para fevereiro de 2022. Segundo a instituição, aqueles que não justificarem a ausência da vacina poderão ter a matrícula suspensa.


A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) deve retomar as atividades presenciais a partir de fevereiro de 2022. — Foto: Oscar Xavier/Inter TV Cabugi


A decisão de exigir o passaporte de vacinação foi aprovada em regime de urgência pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), durante uma reunião extraordinária realizada nesta quarta-feira (15).


O trecho da resolução que trata do comprovante de esquema vacinal reúne procedimentos que devem ser adotados com o reinício das atividades acadêmicas presenciais. A decisão foi unânime, entre os 18 conselheiros que participaram da reunião.



Os demais servidores da universidade, como técnicos e professores, já apresentaram os comprovantes de vacinação. Para o servidores, as atividades presenciais foram retomadas gradativamente a partir de 1º de novembro.


De acordo com a Conselheira Mayra Rodrigues, a Diretoria de Informatização (Dinf) está discutindo como será feito o recolhimento dos comprovantes de vacinação.


“Estamos fazendo o máximo também para divulgar e chegar à maior quantidade de alunos possível essa comprovação da vacina”, disse Mayra.


A Universidade informou que haverá tratamento diferenciado para os alunos que não podem se vacinar por recomendação médica ou por alguma pré-condição de saúde. Nesse caso, a instituição permitirá que os estudantes continuem com atividades remotas.


A Uern informou ainda que caso não haja justificativa para não se vacinar, o aluno poderá ter sua matrícula suspensa.


Fonte: g1

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Casos de chikungunya disparam e acendem alerta de nova epidemia no Brasil

De acordo com o último boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde, os casos de chikungunya aumentaram 31% no Brasil na comparação entre 2020 e 2021.


Mosquito 'Aedes aegypti', vetor do vírus da dengue — Foto: Pexels


Até o dia 4 de dezembro deste ano, foram registrados 93,4 mil casos prováveis da doença, causada por um vírus e transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.


A região Nordeste segue como a mais afetada, com uma incidência de 111,7 casos a cada 100 mil habitantes. Mas chama a atenção também o aumento de afetados em outras partes do país, como o Sudeste, que reportou 29,1 casos por 100 mil indivíduos.

Só em São Paulo, o número de afetados por chikungunya saltou de 281 em 2020 para 18,2 mil em 2021, o que representa um aumento de mais de 6.000%.


A título de comparação, as outras duas enfermidades que também dependem da ação deste mesmo mosquito tiveram uma queda: o número de pacientes com dengue caiu 45,7%, enquanto o de zika se reduziu em 15,4% no mesmo período analisado.


Entre as possíveis explicações para essa diferença, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil destacam a forma menos intensa de como a chikungunya se espalhou pelo território brasileiro desde que foi introduzida por aqui, em 2014, além da enorme quantidade de pessoas suscetíveis em várias regiões do país.


Eles também temem que a chegada do verão e de dias mais quentes representem uma elevação ainda maior nos casos da doença ao longo das próximas semanas.


"Os vírus transmitidos pelo Aedes têm uma característica sazonal, e há um aumento na frequência de casos no período das chuvas e do calor, que costuma propiciar um ambiente favorável à proliferação desses mosquitos", explica a médica Melissa Falcão, da Sociedade Brasileira de Infectologia.

"Esperamos, portanto, um aumento de casos de chikungunya para os próximos meses", completa.


Uma doença onde as sequelas são regra, não exceção

Os médicos costumam dividir a chikungunya em três fases.



A primeira é a aguda, que dura até dez dias e costuma ser marcada por febre, fadiga e dores no corpo.


Na sequência, vem a fase subaguda, que se estende por até três meses. Nela, a febre deixa de ser uma preocupação, mas as dores podem se intensificar e atingir principalmente as articulações das mãos, dos pés, dos tornozelos e dos joelhos.


Por fim, mais da metade dos acometidos progride para a fase crônica, que também é marcada pelos incômodos nas juntas do corpo.


"Pesquisas feitas na Índia, que também apresenta muitos casos de chikungunya, mostram que essa fase crônica pode persistir em alguns pacientes por até cinco anos", calcula o virologista Rômulo Neris, doutor em imunologia e pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

E isso, claro, representa um tormento para os próprios indivíduos e para todo o sistema de saúde.


"Durante os surtos, o impacto da chikungunya é muito grande. As unidades ficam superlotadas, com aumento da demanda de atendimento em mais de 100% nas unidades de pronto-atendimento", relata Falcão.


"E uma epidemia de chikungunya agora pode ter impactos ainda mais negativos, pois estamos com os profissionais de saúde saturados pelo trabalho extenuante da pandemia de Covid-19", acrescenta.


Como você deve ter percebido nos últimos parágrafos, a dor é a principal complicação da doença. O próprio nome dela, aliás, vem do maconde, uma das línguas faladas na Tanzânia, onde a primeira epidemia foi registrada no ano de 1953.


Neste idioma, a palavra chikungunya remete a "contorcer-se" ou "dobrar-se", numa referência direta aos fortes incômodos que afetam as articulações e os músculos e fazem os pacientes ficarem encolhidos e prostrados.

E, apesar de a enfermidade ser conhecida há algumas décadas, ainda não se conhecem todos os mecanismos por trás de tanta dor meses ou até anos após a invasão viral.


"Em alguns indivíduos, até encontramos uma infecção residual no tecido que envolve as articulações. Em outros, não observamos mais nenhum vírus", conta Neris.


"É possível que esse quadro tenha algo a ver com a resposta do sistema imunológico do paciente, que acaba ficando desregulado e prejudica o próprio corpo", especula o especialista.


Mas o que explica esse novo aumento agora?

Moradora de Feira de Santana, na Bahia, a infectologista Melissa Falcão acompanhou de perto a primeira onda de chikungunya que varreu boa parte do país a partir de 2014.


"Esse vírus foi introduzido no Brasil de forma simultânea em duas cidades: Feira de Santana (BA) e Oiapoque, no Amapá", lembra.



Em 2016 e 2017, grandes surtos de chikungunya foram registrados em Pernambuco, Paraíba e Ceará.


"Mas, diferentemente do que observamos com dengue e zika, a difusão dessa terceira doença pelo país ocorreu de maneira heterogênea. Ela se espalhou rapidamente pelo Nordeste, mas teve uma disseminação mais lenta do que o esperado nas outras regiões", analisa.

Falcão lembra que o Brasil experimentou uma forte epidemia de dengue entre 2015 e 2019, o que faz com que muita gente tenha uma imunidade alta contra essa moléstia agora. Algo parecido também aconteceu com o zika: o espalhamento muito rápido e amplo da doença pelo país a partir de 2015 reduziu o número de suscetíveis mais recentemente.


Como Brasil entrou em lista de 'alto risco' de volta da pólio

Do ponto de vista da médica, essa diferença nos cenários epidemiológicos ajuda a entender por que as duas doenças (zika e dengue) passaram por uma redução em 2021, enquanto a chikungunya teve um crescimento recente nos casos, já que ainda existe um número grande de brasileiros suscetíveis a essa terceira infecção.


Vale notar que a elevação do numero de pacientes acontece no Nordeste, mas também começa a avançar por outros locais.


"Os casos de chikungunya vêm aumentando em regiões que foram poupadas anteriormente, como o Estado de São Paulo, que enfrenta desde o início de 2021 a primeira transmissão mais importante dessa doença", aponta.


Falcão observa que, em terras paulistas, a região da Baixada Santista acumula cerca de 97% dos casos registrados e que isso evidencia "um potencial de disseminação da doença para as demais regiões".


Neris acrescenta outros possíveis fatores que ajudam a entender o atual cenário.


"Precisamos considerar também a grande distribuição dos mosquitos Aedes pelas cidades brasileiras e um possível aumento na capacidade de testagem e diagnóstico dessa doença nos últimos anos", lista o virologista.


"Além disso, também precisamos de novos estudos para verificar se o vírus da chikungunya não passou por mutações ou adquiriu uma capacidade de se transmitir mais facilmente. Essa possibilidade por enquanto não passa de especulação, mas ela também precisa ser averiguada", complementa.


O que fazer agora?

Na visão dos especialistas, existem ao menos quatro grandes eixos estratégicos que podem ser reforçados para conter os casos de chikungunya nos próximos meses.


"O Governo Federal precisa incrementar ainda mais a capacidade de testagem e vigilância, monitorar os indivíduos com suspeita de infecção e oferecer tratamento de acordo com os sintomas", cita Neris.


A BBC News Brasil entrou em contato com o Ministério da Saúde para obter um posicionamento a respeito do aumento de casos de chikungunya e quais medidas estão sendo tomadas, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.



"Já estados e municípios devem reforçar as medidas para controlar o vetor da doença, o mosquito Aedes. Isso envolve a aplicação de larvicidas e inseticidas, a criação de forças-tarefa para eliminar criadouros e o trabalho dos agentes de saúde, que batem na casa das pessoas para passar as orientações de prevenção", aponta o virologista.


A ciência também tem muito a contribuir com novas soluções contra a chikungunya, como vacinas e tratamentos antivirais. Infelizmente, as pesquisas nessa área andam devagar: de acordo com o site ClinicalTrials.Gov, que reúne informações sobre testes clínicos com novos produtos, existem apenas sete estudos ativos que buscam um imunizante contra essa doença.


A título de comparação, ocorrem atualmente 534 pesquisas sobre vacinas contra a Covid-19.


"Nesse sentido, um campo que tem avançado bastante é a inoculação da bactéria Wolbacchia no Aedes aegypti. Quando presente dentro desse mosquito, esse micro-organismo impede que os vírus da dengue, do zika, do chikungunya e da febre amarela urbana se desenvolvam, contribuindo para redução dessas doenças", aponta Falcão.


As pesquisas que avaliam essa estratégia estão em andamento (inclusive no Brasil) e trouxeram resultados promissores nos últimos meses.


Por fim, existe a responsabilidade individual na prevenção de chikungunya e das outras enfermidades transmitidas pelo Aedes.



"Vale fazer o uso do repelente, que é efetivo para prevenir a picada do mosquito, que costuma estar mais ativo no início da manhã e no final da tarde", sugere a infectologista.


"A população também contribui ao eliminar os focos do mosquito nas residências. Basta verificar uma vez por semana todos os locais onde ocorre acúmulo de água parada, que serve de criadouro", aconselha.

Entre os possíveis depósitos, é importante checar desde objetos grandes, como piscinas e caixas d'água descobertas, até espaços mais apertados, como latas, tampas de garrafa pet, vasos de planta e os reservatórios de líquidos da geladeira e do ar condicionado.


Fonte: BBC

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Anvisa autoriza vacina contra Covid da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos

A área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta quinta-feira (16) a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos. Ainda não há previsão de quando a imunização vai começar, pois a dosagem para esse público será menor do que a utilizada por maiores de 12 anos e o Brasil ainda não tem essas doses ajustadas.


Frascos da vacina da Pfizer em versão pediátrica (laranja) e a partir dos 12 anos (roxa) — Foto: Tobias Schwarz/AFP


A mesma autorização de uso já foi concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia), além de países como Costa Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai.


A Anvisa reforça que a aprovação dada nesta quinta permite que a vacina já seja usada no país para a faixa de 5 a 11 anos. "A chegada do imunizante aos postos depende do calendário e da logística do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS), que coordena a distribuição das vacinas por meio de programas públicos no Brasil".


O g1 entrou em contato com o Ministério da Saúde sobre a previsão do início da vacinação desse público, mas não havia obtido respostas até a última atualização da reportagem.


Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos (leia mais abaixo).


A Anvisa alerta que a autorização é baseada nos dados disponíveis até o momento e os resultados são avaliados a todo momento. Veja as orientações da agência:


A dose para as crianças entre 5 e 11 anos de idade é 1/3 da formulação já aprovada no Brasil.

A formulação pediátrica é diferente daquela aprovada anteriormente apresentada para o público com mais de 12 anos – portanto, não pode ser utilizada a formulação de adultos diluída.

A criança que completar 12 anos entre a primeira e a segunda dose deve manter a dose pediátrica.

Não há estudos sobre a coadministração com outras vacinas. Segundo a Anvisa, até que saiam mais estudos, é indicado um intervalo de 15 dias entre a vacina da Covid-19 e outros imunizantes do calendário infantil.


Também participaram da avaliação especialistas das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Pneumologia e Tisiologia.


O infectologista Renato Kfouri, representante da Sociedade Brasileira de Imunizações e que participou da avaliação da Pfizer junto à Anvisa, lembra que a Covid matou mais crianças do que coqueluche, diarreia, sarampo, gripe e meningite somadas.


“A gente fala que só 0,4% das mortes ocorrem nos menores de 20 anos, mas 0,4% de 600 mil mortes são mais de 2.500 crianças e adolescentes que perderam a vida para a Covid. Em dois anos, esse total de mortes é maior do que todo o calendário infantil. Se somarmos todas as mortes por coqueluche, diarreia, sarampo, gripe, meningite, elas não somam 1.500 por ano. A Covid-19 é uma doença prevenível por vacina que mais mata nossas crianças”, diz.


Ele reforça que existem justificativas sanitárias, epidemiológicas, de saúde pública para incluir crianças no programa de imunizações. “Claro, desde que as vacinas sejam seguras, com o mesmo critério e rigor que licenciamos para os adultos. Cumprindo esses critérios, não há dúvidas que é importante vacinar essa faixa etária”, completa.


A vacina da Pfizer está registrada no Brasil desde 23 de fevereiro deste ano para pessoas com mais de 16 anos e, para a faixa etária de 12 a 15 anos, desde 11 de junho.


Menino recebe dose da vacina da Pfizer contra a Covid-19 em Roma, na Itália, em 15 de dezembro, dia que marcou o início da vacinação de crianças contra a doença na Europa. — Foto: Andrew Medichini/AP


Dosagem menor

O pedido para ampliação do uso da vacina da Pfizer para essa faixa etária havia sido apresentado em 12 de novembro. A farmacêutica informou que a dosagem para essa faixa etária será menor. Além disso, os frascos terão a tampa da cor laranja, para diferenciar das doses já usadas em maiores de 12 anos.


"A redução na dosagem para a faixa de 5 a 11 anos se respaldou nos estudos de Fase 1 e 2, que mostraram que essa dosagem (10 microgramas) foi o suficiente para gerar altos títulos de anticorpos com perfil de segurança bastante favorável para a população pediátrica", informou a Pfizer.



A avaliação levou 21 dias, descontados os 14 dias que a Pfizer utilizou para responder exigências técnicas da Anvisa. O tempo total do processo na agência foi de 35 dias.


90% eficaz na prevenção de infecções

Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos.


O estudo acompanhou 2.268 crianças de 5 a 11 anos que receberam duas doses da vacina ou placebo, com três semanas de intervalo. Cada dose foi um terço da quantidade administrada a adolescentes e adultos.


Segundo os pesquisadores, 16 crianças que receberam o placebo foram infectadas com Covid-19, em comparação com três que receberam o imunizante.


Fonte: g1

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Funcionário de restaurante é agredido por cliente após pedir comprovante de vacinação em Alter do Chão

Um funcionário de um restaurante foi agredido depois de pedir o comprovante de vacinação a um cliente na vila balneária de Alter do Chão, em Santarém, no oeste do Pará. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (15) e as imagens podem ser vistas no vídeo acima.


Câmeras de segurança do estabelecimento registraram o momento em que o recepcionista foi agredido pelo homem ao solicitar que ele mostrasse a carteira de vacinação com o registro dos imunizantes contra Covid-19.


Nas imagens é possível ver que o homem, que está usando a máscara de forma incorreta e descalço, agride o funcionário com socos e o empurra.


Homem agride funcionário de restaurante em Alter do Chão, no PA — Foto: Câmeras de segurança


No vídeo também é possível perceber que outros clientes que estavam no local ficaram assustados com a ação.


À produção de jornalismo da TV Tapajós, a proprietária do estabelecimento informou que o homem chegou ao restaurante acompanhado de um casal de amigos. O casal apresentou o comprovante de vacinação e entrou.


O homem que se recusou a apresentar o comprovante de vacina e agrediu o recepcionista chegou a entrar no estabelecimento, mas a proprietária do restaurante pediu que ele se retirasse do local.



Ainda de acordo com a proprietária do restaurante, o caso foi comunicado à Divisão de Vigilância Sanitária e um boletim de ocorrência deverá ser registrado ainda nesta quinta (16) na delegacia de Polícia Civil de Santarém para os procedimentos cabíveis.


O g1 tenta contato com o homem que agrediu o funcionário do restaurante.


Nota do restaurante

Por nota, a direção do restaurante Do Italiano informou que não se sente apoiada pelo poder público. A sua ausência, principalmente em campanhas de conscientização efetivas e fiscalização, têm deixado o peso do controle sob a responsabilidade total dos empresários.


Ainda segundo a nota do estabelecimento, o Restaurante Do Italiano tem sido alvo de diversas críticas via mídias sociais e agressões verbais, por seguir os protocolos e cobrar de todos os seus clientes o cumprimento dos Decretos.


A direção do estabelecimento conclui que busca ser exemplo para a comunidade local, trabalhando arduamente para manter a Vila de Alter do Chão protegida, pois entende que é papel de todos como cidadãos e empresários proteger a equipe, clientes e a comunidade no geral.


Apoio Jurídico

A Prefeitura de Santarém informou que está prestando todo apoio necessário ao funcionário agredido e ao estabelecimento. A prefeitura se dispôs a dar suporte jurídico, caso seja necessário.



Decreto

Está em vigor em Santarém desde o dia 10 de dezembro o Decreto 1071/2021 com atualização das medidas de enfrentamento à Covid-19.


O documento institui política de incentivo à vacinação e vincula o licenciamento de estabelecimentos e eventos, assim como, a lotação independentemente de sua capacidade, à comprovação de esquema vacinal completo dos frequentadores.


Fonte: g1

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Maurílio segue em estado grave na UTI, mas teve melhora na parte respiratória, diz médico

O cantor sertanejo Maurílio, de 28 anos, que faz dupla com Luiza, segue em estado grave na UTI, mas teve melhora no quadro respiratório, segundo informou o médico Wandervam Azevedo nesta quinta-feira (16). Ele participava da gravação de um DVD em Goiânia quando se sentiu mal e foi levado a um hospital. O artista foi diagnosticado com tromboembulismo pulmonar.


Dupla Luiza e Maurílio durante apresentação — Foto: Reprodução/Instagram


"As partes clínica e a respiratória deram uma melhorada. Por exemplo, ontem [15], o respirador eletrônico chegou a fornecer 80% de oxigênio e, hoje [16], caiu para 60%, o que é um bom sinal", explicou Azevedo.


Agora, a equipe médica aguarda o resultado de exames para saber se Maurílio vai precisar fazer hemodiálise por causa da doença. O médico destacou que o quadro de saúde evoluiu de gravíssimo para grave, ou seja, o artista apresenta sinais vitais mais estáveis.


O médico, que o acompanha, disse que o sertanejo sempre foi extramente cuidadoso com a saúde e fazia exames de rotina. Na UTI, Maurílio está sedado e respira com ajuda de aparelhos.


“Ele é extremamente cuidadoso. Sempre me ligava dizendo: ‘Wandervam, preciso fazer [exames] de rotina. Sempre preocupado", destacou o médico.


De acordo com Wandervam Azevedo, o sertanejo sofreu um acidente de carro há cinco anos, quando teve várias fraturas pelo corpo e início de trombose. Depois da recuperação, ele passou a usar medicação contra a doença.



"Agora tem uns seis meses que eu não o acompanhava e não sei o que estava usando de medicação. A princípio, não usava nenhuma medicação para prevenir trombose", explicou Azevedo.


O médico explicou que tromboembolia pulmonar é a uma obstrução dos vasos da artéria pulmonar, que causa um coágulo, provavelmente da perna, que pode ir para o pulmão, coração ou cérebro, bloqueando o fluxo do sangue nesses lugares. Ele disse ainda que a doença é grave e que causa morte súbita em 25% dos casos.


Salvo pelo tempo

O médico explicou que Maurílio está vivo porque estava muito perto do pronto socorro. "O evento fica a 3 minutos do hospital. Ele já chegou ao pronto socorro evoluindo para uma parada cardíaca, então o tempo colaborou demais para ele estar vivo até agora", pontuou Wandervam Azevedo.


O hospital informou que Maurílio deu entrada na unidade durante a madrugada de quarta-feira (15) apresentando dificuldades para respirar e fortes dores no peito. Ele foi atendido pela equipe médica, porém, durante a avaliação, ele teve uma parada cardíaca e foi reanimado com sucesso.


O artista participou da gravação de um DVD da dupla Zé Felipe e Miguel, na noite de terça-feira (14) (veja vídeos acima). Os shows dos próximos dias foram cancelados. A parceira dele pediu orações para o companheiro.



"Só isso que peço com toda humildade do mundo: cinco minutos. Dediquem uma oração ao Maurílio, por favor", disse em uma publicação em sua rede social.

Luiza esteve no hospital em busca de informações do cantor, mas deixou a unidade por volta das 12h. Outros amigos, compositores e produtores musicais compareceram ao local e torceram pela recuperação do músico.


O escritório que administra a carreira da dupla disse ainda que os shows que aconteceriam nos dias 17 e 18 de dezembro em Mato Grosso foram cancelados.


Nas redes sociais, Dennis Dj desejou força a Maurílio. Outros famosos e fãs também publicaram os desejos de melhoras. A dupla canta o sucesso "S de Saudade", que tem participação de Zé Neto e Cristiano (ouça trecho acima).



Maurílio Ribeiro tem 28 anos e nasceu em Imperatriz, no Maranhão. Ele e Luiza, que é natural de Belo Horizonte (MG), formam uma dupla sertaneja desde 2016, quando a cantora foi passar as férias na cidade natal dele e o chamou ao palco para cantar com ela durante o aniversário de uma amiga em comum.


Fonte: g1

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Butantan ofereceu 3 milhões de doses remanescentes de vacina contra a gripe ao Ministério da Saúde e não obteve resposta, diz Dimas Covas

O Instituto Butantan ofereceu 3 milhões de doses remanescentes da vacina da gripe da última campanha ao Ministério da Saúde, por conta do aumento de casos da doença em diversas cidades do país, mas não obteve resposta, disse o diretor do Instituto, Dimas Covas.


Frascos da vacina contra a gripe produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo — Foto: Divulgação/I.Butantan


Ainda de acordo com o diretor, a oferta foi enviada há 15 dias e segue sem retorno.


"Oferecemos já há 15 dias 3 milhões de doses dessas vacinas que são remanescentes da última campanha. Não tivemos nenhuma resposta, não tivemos uma resposta afirmativa por parte do Ministério. Houve a solicitação do município do Rio de Janeiro, porque lá sim está ocorrendo um surto gripal do vírus H3N2 e nós doamos pra cidade do Rio de Janeiro 400 mil doses, mas temos ainda 3 milhões de doses para serem ofertadas para aqueles que precisarem", afirmou Dimas Covas, em entrevista à GloboNews nesta manhã.



O Butantan é o principal produtor e fornecedor do imunizante para o Programa Nacional de Imunização (PNI). A campanha começou em abril deste ano e foi sendo ampliada em diversos estados para ampliar a adesão da população.


O g1 entrou em contato com o Ministério da Saúde e aguarda retorno.


O Instituto Butantan disponibiliza ao Brasil 80 milhões de doses da para a campanha nacional, com produção integral do imunizante e sem necessidade de importação de matéria-prima.


O imunizante deste ano é constituído por três cepas de Influenza: A/Victoria/2570/2018 (H1N1)pdm09; A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2); e B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria).



Surto de gripe

Nas últimas semanas, diversas cidades alertaram para o aumento de casos de síndrome respiratória. O Rio de Janeiro contabilizou mais de 23 mil casos de gripe.


Nesta quarta (15), a Bahia registrou o primeiro caso de morte causada por Influenza A H3N2. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, a vítima era uma mulher de 80 anos e residente em Salvador e não estava vacinada contra a Influenza.


Hospitais públicos e privados da capital paulista têm registrado crescimento no fluxo de pessoas com sintomas, o que tem provocado filas e maior tempo de espera por atendimento. Em prontos-socorros municipais, pacientes afirmam que a espera pode chegar a 6 horas.


A situação inesperada, que já é tratada pelas autoridades de saúde como uma epidemia, ocorre num momento em que as hospitalizações e as mortes por Covid-19 estão em baixa.


Entre os fatores que ajudam a entender esse cenário, estão:


relaxamento nas medidas restritivas contra o coronavírus;

baixa taxa de vacinação contra essa doença;

grande quantidade de cidadãos vulneráveis e sem imunidade contra esse patógeno.

Campanha da gripe de 2022

Mais cedo, o governador João Doria (PSDB) também disse que está preocupado com a demora do governo federal em solicitar ao Instituto Butantan as doses da vacina da gripe que serão usadas durante a campanha de imunização em 2022.



De acordo com Doria, em anos anteriores, a encomenda para a produção já havia sido feita pelo Ministério da Saúde.


Sobre os casos de gripe no estado de São Paulo, ele disse que estão monitorando com atenção.


"Antes do estágio da preocupação, o estágio da atenção. E atenção também em relação ao Brasil. Porque até agora o Butantan não recebeu a encomenda do Ministério da Saúde para as vacinas da gripe, da Influenza. Em outros tempos, já seria normal receber a encomenda para vacinas da gripe. O Butantan é o único produtor brasileiro da vacina da gripe e é o maior produtor de vacinas do mundo. É o feito de uma instituição de 120 anos. Isso nos preocupa”, afirmou.


Doria ressaltou a doação de 400 mil doses da vacina da gripe que fez na semana passado ao Rio de Janeiro, que enfrenta um surto da doença.


“O Ministério da Saúde, que tinha a reserva, não entregou, sei lá por qual razão, dentro do prazo. E nós, atendendo ao apelo do Secretário Municipal de Saude do Rio, nós imediatamente atendemos. Então é preciso atenção no estado de São Paulo, do ponto de vista de incidência da gripe. Mas atenção em relação ao Ministério da Saúde que em qualidade e eficiência fica muito a dever à sua população, e que faça a encomenda das vacinas antes que seja tarde demais", argumentou.


Fonte: g1

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Pena de filho de Flordelis condenado por participação na morte do pastor Anderson é aumentada para 9 anos

A juíza Nearis Santos, da 3ª Vara Criminal de Niterói, decidiu aumentar para nove anos a pena imposta a Lucas Cezar de Souza, filho adotivo da ex-deputada federal Flordelis, por participação dele no assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019.


Lucas Cézar dos Santos de Souza (sentado, E) e Flávio dos Santos Rodrigues, filhos de Anderson, durante o julgamento em que são acusados da morte do pai. — Foto: Nicolás Sartriano


Lucas e o irmão Flávio dos Santos Rodrigues (filho biológico de Flordelis) foram condenados no mês passado pela morte do pastor Anderson, executado a tiros no dia 16 de junho de 2019, em Niterói.


Autor dos disparos, Flávio foi condenado a 33 anos, dois meses e vinte dias de prisão. Lucas, a princípio, havia sido condenado a sete anos e seis meses de prisão por participação no crime.


Entretanto, atendendo a solicitação do Ministério Público, a juíza aumentou a pena para 9 anos.


“Compulsando os autos, verifica-se que assiste razão ao Ministério Público, considerando que efetivamente o réu Lucas foi legalmente adotado pela vítima, devendo, portanto, ser reconhecida a agravante decorrente da prática do delito "contra ascendente" (artigo 61, alínea "e", do Código Penal) na respectiva dosimetria da pena", afirmou a magistrada.


Condenação


O julgamento de Flávio e Lucas foi presidido pela juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, no Fórum da cidade. Sobre a condenação, a defesa de Flávio afirmou que iria recorrer. Já a defesa de Lucas, na época, disse ter concordaso com a pena imposta ao cliente.


Flordelis e outros oito acusados também serão julgados pelo crime. Ela foi denunciada como mandante do assassinato e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada.


Em 15 horas de julgamento, oito pessoas prestaram depoimento, e os réus foram interrogados.


Jorge de Souza, pai adotivo do pastor, foi um dos primeiros a chegar ao Fórum e acompanhou o julgamento até as 22h de terça. Segundo a defesa da família, ele não se sentiu bem e foi colocado em um carro para ir embora.


Jorge de Souza, pai adotivo do pastor Anderson do Carmo, de 81 anos, assistiu a parte do julgamento de Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza — Foto: Reprodução/ TV Globo


'Sofrimento da mãe'

Em seu interrogatório, ainda na noite de terça, Lucas afirmou que Flávio queria acabar com o sofrimento da mãe.


Segundo Lucas, Flávio teria contado sobre seu desejo numa conversa cerca de um mês antes do assassinato. Na ocasião, Flávio também teria dito que Flordelis estaria sofrendo por causa de "trâmites" de Anderson em Brasília.


Lucas afirmou que não sabia que a pistola Bersa 9 milímetros que comprou seria usada para matar o pastor.


Anderson, ex-marido de Flordelis, foi assassinado a tiros em 2019. A ex-parlamentar é acusada de ser a mandante do crime.


Flordelis está presa desde o dia 13 de agosto, um dia após a perda do mandato parlamentar na Câmara dos Deputados e ter sido expulsa do PSD. Ela está no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.


Juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, durante a leitura das sentenças de Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cézar dos Santos de Souza — Foto: Reprodução/ TV Globo


O julgamento

O pai adotivo do pastor Anderson do Carmo, de 81 anos, foi um dos primeiros a chegar no fórum de Niterói, no início da tarde desta terça-feira.


A delegada Barbara Lomba foi a primeira a ser ouvida durante o julgamento desta terça. Lomba afirmou que a ex-deputada federal foi a responsável por elaborar uma carta que responsabilizaria outros filhos pelo assassinato do pastor.


De acordo com o depoimento da delegada, a carta foi copiada por Lucas – filho afetivo da ex-deputada – a mando do filho biológico Flávio, quando os dois estavam presos na penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.


Flávio teria recebido a carta da esposa de outro detento, um ex-PM condenado a mais de 200 anos de prisão por ter participado da chacina da Baixada Fluminense.


O conteúdo da carta, disse a delegada, não esclarecia nada do crime, apenas tentava culpar outras pessoas da família de encomendar a morte do pastor.


Filha de Flordelis sobre 'irmão': 'É uma pessoa ruim, mesmo'

Roberta dos Santos, filha registrada de Flordelis, foi a quinta pessoa a depor no julgamento de Flávio e Lucas. Segundo ela, Flávio, um dos dois filhos julgados nesta terça, é uma "pessoa ruim".



Roberta contou que o "irmão" mais velho castigava os mais novos de forma rígida, às vezes os obrigando a ajoelhar em grãos de milho, virados para a parede.


A filha registrada de Flordelis, mas que fora criada por outros irmãos mais velhos, também contou ter presenciado uma surra dada por Flávio em um irmão surdo-mudo.


"Ele socava o estômago do Lucas", relatou Roberta.

O Lucas mencionado por ela não é o mesmo que também é julgado nesta terça. A sessão de espancamento, segundo Roberta, foi interrompida por outro irmão, André, que em seguida teria tido uma tesoura cravada nas costas por Flávio.


Além de Roberta, também foram ouvidos Misael, filho de Flordelis que acredita que a mãe é responsável pela morte de Anderson, Luana Rangel, casada com Ismael e mais dois delegados responsáveis pelo caso.


Regiane Ramos, testemunha de defesa e ex-patroa de Lucas César dos Santos, também foi ouvida essa nesta terça-feira.


Fonte: g1

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