segunda-feira, julho 06, 2020

Professores protestam em São Gonçalo do Amarante após prefeitura rescindir contratos para o ano letivo de 2020

Os professores da rede municipal de ensino de São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Natal, fizeram um protesto na manhã desta segunda-feira (6). Segundo o sindicato da categoria, a manifestação acontece após a secretaria de Educação local rescindir o contrato de 186 contratos temporários de professores seletivos.

Docentes se concentraram na frente da prefeitura — Foto: Reprodução
Docentes se concentraram na frente da prefeitura — Foto: Reprodução

"Nós queremos uma reposta válida, uma resposta coerentes. Nós somos formadores de opinião, somos seres pensantes e não aceitamos desculpas esfarrapadas. Então, por favor, ouçam nosso pronunciamento", disse uma das professores que participaram do ato, que ocorreu na frente do prédio da prefeitura.

Os professores alegam que o contrato tinha vigência até 31 de dezembro e por isso não poderia ter sido quebrado. Já a prefeitura de São Gonçalo do Amarante informa que o acordo prevê rescisão a "qualquer momento" e que "os contratos venceram os prazos legais e estão, juridicamente, vetados de serem estendidos", além de "não estar tendo aulas presenciais que justifiquem prorrogar o prazo".

O contrato obtido pela reportagem do G1 mostra que a validade do acordo, de fato, se estende até 31 de dezembro, como argumentam os professores. No entanto, a prefeitura afirmou que a data se trata de um erro da Secretaria de Educação e o que prevalece é a cláusula sétima, que permite rescisão unilateral do contratante.

"Através de um decreto, Paulo Emídio resolveu rescindir os contratos de 186 trabalhadores seletivos da educação. Desta forma, mais de 200 salas de aula vão ficar sem professores. Isso sem falar nos educadores da carga suplementar, que tiveram suas atividades interrompidas pelo prefeito e ainda não receberam os pagamentos de março e abril", disse o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN).

A Secretaria de Educação de São Gonçalo do Amarante também se pronunciou por nota e alegou ainda dificuldades por causa da pandemia de Covid-19. Questionada sobre a continuação das aulas de maneira virtual sem os professores, que foram dispensados, a pasta informou que está "estudando escola por escola a melhor forma".

Confira trecho do pronunciamento da secretaria:

"Os contratos rescindidos pela Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante/RN, no último dia 3 de julho de 2020, se tratam do processo seletivo de nº 001/2018 regido pela Lei Municipal 803/97, a qual não permite contratos temporários por mais de 12 meses. Ou seja, os contratos venceram os prazos legais e estão, juridicamente, vetados de serem estendidos.

Além disso, é de conhecimento de todos a crise financeira causada pela pandemia de Covid-19 e que tem afetado drasticamente os municípios brasileiros. Em São Gonçalo do Amarante o repasse do Fundeb teve uma queda de mais de R$ 2 milhões, de janeiro a maio, o que afetou diretamente os pagamentos de contratos e fornecedores."

Fonte: G1
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Polícia apreende 900 caixas de cigarros contrabandeados em Mossoró

A Polícia Federal e a Polícia Militar apreenderam nesta segunda-feira (6), em Mossoró, aproximadamente 900 caixas de cigarros contrabandeados. O valor estimado da mercadoria é de R$ 1,5 milhão de reais.

Apreensão de cigarros contrabandeados aconteceu em Mossoró — Foto: Divulgação
Apreensão de cigarros contrabandeados aconteceu em Mossoró — Foto: Divulgação

A ação teve início quando policiais militares realizavam um patrulhamento de rotina no bairro Redenção e se depararam com homens em atitude suspeita entrando em um galpão. Todos foram abordados e, no interior do imóvel, a carga foi achada escondida em um caminhão caçamba que utilizava camadas de sacos de sal para ludibriar a fiscalização. Havia ainda naquele endereço um baú carregado com caixas de cigarro e que, segundo os homens, seriam ocultadas em uma segunda caçamba que chegaria ao local.

Acionados, os policiais federai foram ao local e ao realizarem novas diligências no bairro encontraram um segundo galpão e prenderam, em flagrante, um paulista de 33 anos, apontado como o dono da carga. Por ocasião dessa abordagem foram apreendidas mais caixas de cigarros contrabandeados, documentos e anotações que vinculam o carregamento dos dois galpões ao mesmo proprietário.

Autuado em flagrante e indiciado no crime de contrabando, com pena de reclusão, de 2 a 5 anos, o homem foi encaminhado à Cadeia Pública de Mossoró.

Os outros inicialmente detidos foram ouvidos e liberados por, segundo a PF, "restar provado que se tratava de trabalhadores braçais".

fonte: G1
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Adolescentes fogem de centro de ressocialização na Grande Natal durante ação de desinfecção

Pelo menos dois adolescentes fugiram do Centro Educacional (Ceduc) Pitimbu, para ressocialização de menores de idade infratores, durante a manhã desta segunda-feira (6). Inicialmente, servidores afirmaram que pelo menos três menores tinham fugido, porém, foram confirmados dois.

Ceduc Pitimbu (Arquivo) — Foto: Klenyo Galvão/Inter TV Cabugi
Ceduc Pitimbu (Arquivo) — Foto: Klenyo Galvão/Inter TV Cabugi

O caso ocorreu no momento em que miliares do Comando Conjunto das Forças Armadas faziam uma desinfecção de combate ao Covid-19 nas dependências da unidade localizada em Parnamirim, na Grande Natal. De acordo com o comando, porém, o incidente ocorreu em outra área, já quando os miliares encerravam o serviço, e não teve qualquer relação com o trabalho de desinfecção.

De acordo com servidores do Ceduc, os adolescentes aproveitaram a mobilização na unidade, quebraram uma janela, por onde conseguiram passar, e pularam o muro, fugindo pelo matagal ao redor do prédio.

A Polícia Militar foi acionada para fazer uma busca região, mas nenhum dos internos foi recapturado.

fonte: G1
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Servidores do Samu fazem homenagem a colega morto com Covid-19 em Natal

Servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Natal fizeram uma manifestação, na manhã desta segunda-feira (6), em homenagem a um colega que morreu com Covid-19 neste domingo (5). Jussier Fernandes Terto, de 47 anos, era condutor de ambulância e estava internado em uma Unidade de Tratamento Intensivo havia 25 dias.

Servidores do Samu paralisaram ambulâncias em homenagem a colega que morreu com Covid-19 em Natal — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi
Servidores do Samu paralisaram ambulâncias em homenagem a colega que morreu com Covid-19 em Natal — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Durante a homenagem, os servidores pararam as ambulância em frente à sede do Samu Natal, fizeram orações e aplaudiram o colega. De acordo com o coordenador do serviço, apenas atendimentos de urgência estavam sendo atendidos.

Os servidores afirmaram que Jussier foi o primeiro colega a morrer com coronavírus. Ele fazia parte da equipe desde a fundação do Samu Natal, há 12 anos.

Durante o início da manhã, o sistema Regula RN, que aponta o número de leitos graves e de pacientes em fila de espera, apontava que 36 pacientes de Covid-19 aguardavam transferências para UTIs em todo o estado. Porém, de acordo com o coordenador do Samu Natal, Cláudio Macedo, apenas duas transferências estavam na "tela" do serviço. Ele ainda afirmou que elas seriam realizadas.

Além do ato em homenagem na sede do Samu, parte das ambulâncias também deverá acompanhar o cortejo do caixão de Jussier Terto até o cemitério, previsto para 10h.

"Jussier, além de ser querido, sempre vai ser um exemplo de dedicação, de respeito, de amor a outras pessoas e a nossa farda. Uma pessoa extremamente humana. Sua dedicação e comprometimento com o próximo eram muito grandes. Ele pegou a Covid-19 trabalhando, respeitando o próximo", afirmou Macedo.

Fonte: G1
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'Com a quantidade de leitos abertos, a projeção é de que estoque de medicamentos dure 20 dias ou menos', diz diretor da Unicat

A Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) enfrenta dificuldades com abastecimento de remédios para pacientes graves internados em UTI. De acordo com Thiago Vieira, diretor técnico da unidade, a pandemia de Covid-19 reduziu drasticamente os estoques do centro de abastecimento.

Unicat enfrenta dificuldade por causa da pandemia de Covid-19 — Foto: Reprodução/RBS TV
Unicat enfrenta dificuldade por causa da pandemia de Covid-19 — Foto: Reprodução/RBS TV

Ainda segundo Thiago, com o número de pessoas internadas em leitos de terapia intensiva no Rio Grande do Norte, a projeção é de que o estoque de medicamentos como analgésicos, antibióticos, anestésicos e relaxantes utilizados em pacientes que entram em entubamento dure menos de 20 dias. Com o fornecimento semanal de anestésicos e relaxantes neuromusculares aos hospitais, a unidade opera em estado crítico e tem dificuldades para reabastecer.

"Dado o avançar da pandemia, o que a gente observa é que mais pessoas se contaminam com o coronavírus e mais pessoas vão precisar do processo de entubamento. Toda pessoas que vai ser entubada precisa se manter sedada, então quanto maior o número de pessoas em leitos críticos, maior o uso desses insumos", explicou o diretor Thiago Vieira em entrevista ao Bom Dia RN da Inter TV Cabugi.

Segundo a Unicat, aquisições de novos medicamentos feitas em parceria do Governo do Rio Grande do Norte com o governo federal estão em andamento. "Nosso grande desafio hoje é encontrar quem venda, com a alta demanda o Rio Grande do Norte não é o único estado que necessita desse tipo de medicamento", destaca Vieira.

Ainda de acordo com Thiago, a pandemia também afeta os pacientes que tratam outras doenças. "A demanda de insumos para saúde, não somente pelo consumo mas também pela dificuldade logística. Tem ficado cada vez mais difícil a gente conseguir voos pra cá, então muitas vezes alguns medicamentos que nós fazemos a entrega aqui estão indo para Recife ou Salvador e depois vem para aqui de carro". acrescenta Thiago Vieira.

O Rio Grande do Norte tem 638 pessoas internadas com o coronavírus nas redes pública e privada, de acordo com o último boletim da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) divulgado no sábado (4).

Fonte: G1
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Decotelli diz a interlocutores que caiu por mistura de 'racismo e antibolsonarismo'

Ainda envolto na tempestade gerada pela descoberta de informações falsas em seu currículo acadêmico, o professor Carlos Alberto Decotelli tem afirmado a interlocutores que sua passagem fugaz pelo Ministério da Educação seria fruto de dois elementos: racismo e "perseguição ideológica" contra o presidente Jair Bolsonaro no meio acadêmico.

Decotelli diz que racismo e antibolsonarismo foram responsáveis pela queda dele do MEC
© AFP Decotelli diz que racismo e antibolsonarismo foram responsáveis pela queda dele do MEC

Segundo a BBC News Brasil apurou, Decotelli tem usado o termo "imperfeições curriculares" para se referir às informações falsas presentes em seu currículo Lattes e as acusações de plágio em sua dissertação de mestrado.

Decotelli teve sua nomeação para o cargo de ministro da Educação publicada em 25 de junho, mas não chegou a assumir o cargo. No começo daquela semana, o governo decidiu adiar a cerimônia de posse depois de um crescente mal-estar gerado após uma série de desmentidos.

Primeiro, a universidade de Rosário, na Argentina, negou que o professor tivesse concluído seu doutorado na instituição, ao contrário do que o próprio informava. Depois, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, fez o mesmo ao contestar a informação de que Decotelli teria feito ali um pós-douturado.

A gota d'água para a revogação da nomeação ao topo do Ministério da Educação teria acontecido no último dia 29, quando a FGV enviou nota à imprensa negando que Decotelli tivesse sido "professor de qualquer das escolas da Fundação".

"Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição", informara então a FGV, que se tornou alvo de críticas após a confirmação de que Decotelli deu aulas em cursos da instituição desde 2001.

À reportagem, Decotelli informou que "está impedido de dar entrevistas" no momento. A pessoas próximas, no entanto, ele tem dito que a nota da FGV teria sido "plantada para destruir um professor com mais de 20 anos de trabalho por perseguição política".

Perseguição
Segundo a narrativa de Decotelli, a posição da FGV teria sido fruto de uma suposta oposição ao governo Bolsonaro.

O quase-ministro, que não chegou a assumir o cargo nos cinco dias entre a nomeação e a revogação de seu nome, tem usado o termo "perseguição ideológica contra Bolsonaro" para explicar o que aconteceu.

Para ele, a faculdade teria se adiantado em negar que Decotelli fosse seu professor para que não fosse associada ao governo bolsonarista. Decotelli tem dito que a fundação "plantou fake news" para destruir sua carreira "por razões de perseguição política".

A FGV concedeu uma série de placas comemorativas a Decotelli, nas quais "parabeniza o professor Carlos Alberto Decotelli por sua atuação destacada como docente". Em 2012, por exemplo, ele foi parabenizado com um troféu da FGV Management "por ser o professor mais representativo da turma 02 do MBA em Gestão Financeira com ênfase em Mercado de Capitais".

A reportagem teve acesso a seis troféus concedidos pela FGV e ao calendário de docentes da instituição, que aponta centenas de aulas ministradas por Decotelli entre dezembro de 2001 e setembro de 2018, em cidades como Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro, Vitória, Santos, Florianópolis, Uberlândia, Campinas e outras.

Após a contestação, a FGV mudou de tom e disse que "vem esclarecer, uma vez mais, que o professor Decotelli ministrava aulas em seus cursos de educação continuada, coordenados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE/FGV), que englobavam, além dele, outros quase 950 professores desde o início da pandemia em março do corrente ano, sendo 199 especialistas, 503 mestres e 247 doutores".

A entidade continua, em nota enviada ao jornal Folha de S. Paulo: "A afirmação de que não era professor das escolas FGV se trata de simples rigor técnico inerente às classificações terminológicas das Portarias da CAPES, uma vez que não lecionava em turmas de graduação e pós-graduação stricto sensu, o que não reduz, em absoluto, a importância de tais cursos de educação continuada".

Questionada pela BBC News Brasil, a FGV afirmou que "em seus 75 anos de existência sempre se portou de forma apartidária e (...) repudia, com veemência, as insinuações e inverdades que têm sido lançadas contra ela, notadamente essa fantasiosa - e inédita até aqui - alegação de motivação ideológica para suas declarações, que nada mais reportaram do que a verdade dos fatos, com todos os rigores técnicos. Em nenhum momento se negou que o Sr. Carlos Alberto Decotelli era professor, ao contrário, se esclareceu inclusive que, como tal, lecionava nos cursos de educação continuada. Qualquer outra forma de interpretação ou de ilação consiste em distorção indevida e maledicente".

Racismo
Decotelli também tem dito que seu caso ilustra o racismo à brasileira.

O professor tem inclusive ressaltado, sem citar nomes, que outras figuras da estrutura do governo "não foram atacadas tão covardemente" quanto ele por informações falsas no currículo.

Antes de ser ministra, Damares Alves, por exemplo, disse em diversas palestras em igrejas que era mestre em temas ligados a direito e educação. Após a posse, ela foi questionada sobre a ausência de um currículo Lattes - plataforma acadêmica mantida pelo CNPq (Conselo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Confrontada, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos acabou confirmando que não fez mestrados acadêmicos e alegou que "diferentemente do mestre secular, que precisa ir a uma universidade para fazer mestrado, nas igrejas cristãs é chamado mestre todo aquele que é dedicado ao ensino bíblico."

Já Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, também teve um mestrado na Universidade de Yale desmentido após escrutínio da imprensa. Após ser apresentado assim em uma série de artigos e programas de TV, Salles atribuiu o erro a sua assessoria de imprensa.

Abraham Weintraub, antecessor de Decotelli à frente da Educação, chegou a ser apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais como doutor - questionado, o presidente corrigiu a informação e disse que o apontado era mestre em administração e finanças.

Diferentemente de Decotelli, nenhum deles precisou se afastar ou foi demitido do cargo, que, na visão do agora ex-ministro, explicaria a associação ao racismo - todos os demais citados são brancos.

A tese sobre racismo é endossada por autoridades como o doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito Silvio Almeida, um dos principais pensadores que discutem o racismo no Brasil.

Autor de Racismo Estrutural (Editora Pólen), Almeida disse à Folha de S.Paulo que "o racismo está presente nas relações de poder e na política de maneira fundamental, especialmente em um contexto político conflagrado, em um governo de extrema-direita".

"Ele não é o primeiro ministro que mente no currículo. Mas foi tratado de maneira diferente", avaliou Almeida.

Ao portal UOL, a filósofa e escritora Djamila Ribeiro, autora de Pequeno manual antirracista (Companhia das Letras) e Lugar de Fala (Pólen), foi na mesma linha.

"É sempre importante frisar que estamos em lados opostos. É claro que a gente não apoia esse governo e tudo o que ele representa, porém não tem como a gente não observar que existem ministros que fraudaram também seus currículos e continuam ocupando seus cargos. Tem um outro peso quando são homens brancos que fraudam e não há a mesma cobrança."

Justificativas do ex-ministro
Ao mesmo tempo, nenhum dos demais citados teve tantos questionamentos simultâneos ao seu currículo. O caso de Decotelli também chama atenção pelo fato de ele ter sido convocado justamente para a pasta da Educação.

Após a eclosão das acusações de falsidade no currículo, Decotelli deu entrevista a jornalistas, na portaria do MEC, e afirmou ter obtido os créditos do doutorado na Argentina, mas disse que não chegou a defender uma versão final da tese.

A banca que analisou seu trabalho pediu "readequações" na tese, mas o ministro disse que precisou voltar ao Brasil por conta de "dificuldades financeiras" e que não retornou para apresentar o texto.

"A banca falou que a tese tinha um ponto de corte muito longo e me mandou fazer readequações. Essa foi a recomendação formal da banca. [Mas] Eu precisava voltar ao Brasil, porque toda a despesa foi pessoal, não havia bolsa. Com dificuldade, não mais voltei. Eu fiquei com o diploma de créditos concluídos, posso apresentar a vocês", afirmou o ministro, segundo a Agência Brasil.

Sobre o pós-doutorado na Alemanha, o ministro também argumentou que a pesquisa foi concluída, apesar de não ter sido oficialmente considerada um título de pós-doutorado.

"A pesquisa foi concluída? Foi. A estrutura da pesquisa, do pós-doutorado. Não tem sala de aula, não tem nota de uma disciplina, é uma orientação. Foi caracterizado que, quando foi concluído o trabalho, a pesquisa tinha que ser registrada em um cartório acadêmico. E você tem a pesquisa lá, registrada [no cartório]. Agora, o pós-doutorado é um título de pesquisa. Se você olhar o documento de Rosário, vai ver que os créditos foram concluídos", disse.

Já sobre a acusação de plágio, o ministro negou qualquer tipo de cópia, e destacou que pode ter havido uma "distração" nas citações bibliográficas e revisão do texto.

"Quando você escreve, tem que ter disciplina mental para escrever, revisar e mencionar o que citar. Cuidado. É possível haver distração? Sim, senhora. Hoje, a senhora tem mecanismos para verificar, [tem] softwares. Mas naquela época, pela distração... Não houve plágio, porque o plágio é quando faz 'Control + C, Control + V', e não foi isso", justificou aos jornalistas.

Fonte: BBC News
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Covid-19: Ministério da Saúde volta a omitir dados da pandemia

Mais uma vez, o Ministério da Saúde mostra dificuldades na divulgação dos números da pandemia da Covid-19, publicados diariamente pelas secretarias de saúde em suas redes sociais. Desde o dia 18 de maio, a pasta não publica mais os dados de mortes diárias em decorrência da doença, nem o seu número acumulado — que, de acordo com o último boletim, divulgado na noite de domingo, 5, totalizavam 64.867 óbitos.

Movimentação da região da 25 de Março no centro de São Paulo após a reabertura do comércio na cidade
© Kaio Lakaio/VEJA Movimentação da região da 25 de Março no centro de São Paulo após a reabertura do comércio na cidade

As informações oferecidas diariamente por meio de um boletim dão destaque ao acúmulo de recuperados (906.286 curados) e em acompanhamento (632.902 pacientes). O número de infectados totais (1.603.055 pessoas) também é informado, junto de um ranking onde o Brasil aparece como segundo país com mais registros da doença em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (EUA). Já em relação ao número de óbitos, a pasta utiliza outra metodologia e informa os índices por milhão de habitantes. Deste modo, o país aparece em 15º no ranking mundial de mortalidade pela doença.

A título de comparação, na mesma plataforma utilizada pela pasta da saúde para fazer os cálculos proporcionais por habitantes, o Worldometers, se comparados os números absolutos em todo o mundo, o Brasil aparece treze patamares acima, em segundo lugar, atrás apenas dos EUA.

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Ainda que os dados de mortes estejam indisponíveis nas redes sociais, a pasta ainda os oferece por meio de uma lista de WhatsApp com transmissão para jornalistas e por meio do painel oficial.

Apagão de dados

Esta não é a primeira vez que a pasta da saúde deixa de oferecer dados vitais para o acompanhamento da doença no país. Os problemas iniciaram-se após a saída do ministro Nelson Teich, há 52 dias e ainda sem substituto nomeado oficialmente.  O caso mais emblemático ocorreu no início de junho, quando os boletins diários começaram a ser lançados com sucessivos atrasos (inicialmente, os dados eram publicados todos os dias às 19h, mas passaram à sair às 22h). Além disso, o painel oficial sobre o avanço da doença ficou fora do ar por dois dias e, quando retomado, estava totalmente descaracterizado. Faltavam dados sobre óbitos gerais, diagnósticos positivos em todo o período, gráficos que apontavam o avanço diário, entre outras informações relevantes. O problema foi posteriormente solucionado.

Após estes problemas, alguns portais dispuseram-se a informar os dados, um deles é mantido pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

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Procurado para comentar a mudança nas divulgações, o Ministério da Saúde ainda não respondeu a solicitação da reportagem.

Fonte: G1
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Coquetel de anticorpos contra a Covid-19 entra em fase final de testes, diz farmacêutica

farmacêutica norte-americana Regeneron anunciou nesta segunda-feira (6) que começou a fase final de testes clínicos para avaliar a eficácia de seu coquetel de anticorpos na prevenção e tratamento da Covid-19.

Foto de 24 de junho de 2020 - Cientista trabalha em laboratório inglês em pesquisa sobre o novo coronavírus — Foto: Steve Parsons/Pool/Reuters/Arquivo
Foto de 24 de junho de 2020 - Cientista trabalha em laboratório inglês em pesquisa sobre o novo coronavírus — Foto: Steve Parsons/Pool/Reuters/Arquivo

O teste, feito em conjunto com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, testará a capacidade terapêutica de evitar a infecção daqueles que tiveram exposição próxima a um paciente com Covid-19.

Outras pesquisas
Além da Regeneron, outras farmacêuticas e instituições de pesquisa buscam meios de desenvolver tratamentos contra a Covid-19, seja em forma de vacinas, medicamentos antivirais, entre outros.

A norte-americana Eli Lilly anunciou no mês passado a primeira fase de testes em humanos de um medicamento experimental contra a Covid-19 derivado do tratamento à base de anticorpos, retirados do plasma de um paciente já curado.

A Gilead Sciences está desenvolvendo uma forma inalável do tratamento antiviral remdesivir contra a Covid-19, depois que os testes mostraram eficácia moderada do medicamento administrado por infusão.

O mesmo medicamento foi analisado em um estudo publicado no "The England Journal of Medicine", que encontrou resultados parecidos contra a Covid-19 em tratamentos com duração de 5 ou de 10 dias. Os primeiros testes com o uso do remédio, divulgados em 22 de maio, mostraram uma redução no tempo de recuperação dos pacientes graves.

No Reino Unido, a Universidade de Oxford está na fase três das pesquisas, aplicando uma vacina em 10 mil voluntários. Uma brasileira, a cientista Daniela Ferreira, está coordenando um dos centros que testa a vacina.

A imunização ChAdOx1 também é testada no Brasil em cerca de 2 mil voluntários em São Paulo e no Rio de Janeiro e será produzida nacionalmente – caso se comprove sua eficácia – pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Além dela, outra vacina – esta de origem chinesa – também será testada no país pelo Instituto Butantan e recebeu a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) neste fim de semana.

Fonte: G1
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Subsecretário do GDF é preso após acidente entre carros de luxo; polícia investiga racha

A Polícia Civil investiga um suposto racha, entre dois carros de luxo, que terminou em acidente na noite deste domingo (5), no Distrito Federal. Os veículos envolvidos – um Audi modelo A4 e uma Mercedes C-200 – foram flagrados trafegando em alta velocidade no Noroeste.

As imagens foram gravadas por um morador da região, na via W9, por volta das 22h. A velocidade máxima permitida na pista é de 60 km/h. Segundo a Polícia Militar, um dos envolvidos é Wesley Wenisgton Vieira dos Santos, de 27 anos. Ele é subsecretário de Convênios e Parcerias da Secretaria de Esportes do DF.

O servidor foi preso em flagrante após se apresentar na delegacia. Um equipe da TV Globo esteve no local, mas os advogados de Wesley não quiserem gravar entrevista. Em nota, a Secretaria de Esporte disse que aguarda a apuração do caso para "tomar as devidas providências".

Wesley Wenisgton Vieira dos Santos, de 27 anos é subsecretário de Convênios e Parcerias da Secretaria de Esportes do DF.  — Foto: TV Globo/Reprodução
Wesley Wenisgton Vieira dos Santos, de 27 anos é subsecretário de Convênios e Parcerias da Secretaria de Esportes do DF. — Foto: TV Globo/Reprodução

Segundo a PM, o servidor não foi encontrado no local do acidente. O carro em que ele estava (Mercedes C-200) foi parar em um monte de terra, às margens da via. O caso foi registrado na 2ª DP (Asa Norte) como disputa em veículo automotor.

Motorista de carro envolvido em suposto racha perde controle do veículo e para às margens da pista — Foto: TV Globo/Reprodução
Motorista de carro envolvido em suposto racha perde controle do veículo e para às margens da pista — Foto: TV Globo/Reprodução

O motorista, que não se feriu, foi encaminhado para a realização de exames no Instituto Médico Legal (IML) e, segundo a Polícia Civil, foi preso em flagrante. O condutor do outro carro foi encaminhado ao hospital.

Motorista ferido
O Audi envolvido no acidente capotou várias vezes próximo à quadra 307. O motorista, de 22 anos, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros com suspeita de hemorragia interna e fraturas. Ele foi levado em estado grave para o Hospital de Base.

Acidente na via W9, no Noroste, na noite deste domingo (5) — Foto: CBMDF/Divulgação
Acidente na via W9, no Noroste, na noite deste domingo (5) — Foto: CBMDF/Divulgação

O condutor foi identificado como Pedro Luca Lima Gabriel. Familiares dele estiveram no local e retiraram uma cadeirinha de bebê que estava no carro, sem ocupantes. O veículo ficou com a frente e a traseira destruídas.

Fone: G1
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MPF abre inquérito contra o deputado Daniel Silveira para apurar denúncia de improbidade administrativa

O Ministério Público Federal abriu um inquérito civil para investigar se o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) cometeu improbidade administrativa e utilizou verba da Câmara dos Deputados, no valor de R$ 110 mil, para pagar serviços de consultoria prestados por um escritório de advocacia em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

MPF abre inquérito contra o deputado federal Daniel Silveira para apurar denúncia de improbidade administrativa — Foto: Reprodução
MPF abre inquérito contra o deputado federal Daniel Silveira para apurar denúncia de improbidade administrativa — Foto: Reprodução

O inquérito foi instaurado no dia 22 de junho pela procuradora da República em Petrópolis, Monique Cheker.

O deputado ganhou notoriedade depois do episódio em que aparece em uma manifestação em que ele quebrou uma placa em homenagem à vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.

Silveira também se envolveu em uma polêmica, em maio deste ano, depois de fazer uma transmissão ao vivo nas redes sociais na qual falava que foi repreendido por ir até um mercado e não usar máscara de proteção, medida que é recomendada por autoridades de saúde por conta da pandemia de Covid-19.

Na ocasião, o deputado disse que o novo coronavírus não adoece, mas 'idiotiza' as pessoas.

Em junho, ele publicou uma mensagem nas redes sociais informando que havia se contaminado com o novo coronavírus.

O deputado também foi alvo de uma operação da Polícia Federal no inquérito que investiga atos antidemocráticos.

O G1 tenta contato com o gabinete do deputado em Petrópolis para sabe o posicionamento dele sobre o caso.

Fonte: G1
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Câmara de Bragança vai apurar quebra de decoro de vereador que cheirou calcinha durante sessão

A câmara de Bragança Paulista faz nesta segunda-feira (6) a primeira sessão da comissão de ética que vai avaliar se houve quebra de decoro parlamentar do vereador Ditinho (PSC) que foi flagrado cheirando uma calcinha durante uma sessão on-line. A sessão está marcada para 14h. Caso seja confirmada a quebra de decoro, o vereador pode ter o mandato cassado.

Vereador Ditinho cheira roupa íntima feminina durante sessão da Câmara de Bragança Paulista — Foto: Reprodução/Câmara de Bragança Paulista
Vereador Ditinho cheira roupa íntima feminina durante sessão da Câmara de Bragança Paulista — Foto: Reprodução/Câmara de Bragança Paulista

O flagrante aconteceu no dia 23 de junho, durante uma transmissão on-line. O vereador estava em seu gabinete na Câmara. Durante uma das discussões, enquanto outra parlamentar falava, ele deu mudo em seu microfone, mas deixou a câmera habilitada e foi flagrado.

No vídeo, alguns colegas tentam alertar o vereador de que ele está sendo filmado enquanto observava a peça, mas sem perceber, ele segue sendo transmitido e aparece cheirando a peça íntima.

Ao G1, Ditinho disse que acompanhava a sessão, mas que naquele momento recebeu um presente em seu gabinete e abriu. A calcinha, segundo ele, seria uma piada de um amigo porque no dia ele usava uma camisa rosa para a sessão. Ele alegou não estar desrespeitando a vereadora que falava no momento e alegou que acompanhava as discussões pela pauta do dia.

Segundo a Câmara, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e das Promotoras Legais Populares de Bragança Paulista pediu que fosse aberta uma apuração pela comissão de ética da câmara para avaliar a quebra de decoro.

Nesta primeira etapa, os vereadores Fabiana Alessandri (MDB), que falava no momento do vídeo; Natanael Ananias (PSC), Rita Leme (DEM), Tião do Fórum (DEM) e Sidiney Guedes (Patriota) -- que fazem parte da comissão -- vão escolher o presidente e o relator e deliberar como será o processo de investigação.

O que diz o vereador
Ao G1 o vereador informou que vai aguardar o desfecho da apuração na comissão de ética e não quis comentar a investigação.

Fonte: G1
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Pai, mãe e filha morrem com Covid-19 em Natal

A professora Francisca Katiane do Nascimento, de 37 anos, foi a terceira vítima da Covid-19 em uma família devastada pela doença. Ela vivia no bairro de Pajuçara, Zona Norte de Natal, com o pai, Francisco Canindé Nunes do Nascimento, e a mãe, Maria Francisca Nunes do Nascimento. Os três morreram com o novo coronavírus em um intervalo de duas semanas.

Dona Nina, Katiane e Seu Canindé moravam na zona norte de Natal — Foto: Arquivo familiar/Cedida
Dona Nina, Katiane e Seu Canindé moravam na zona norte de Natal — Foto: Arquivo familiar/Cedida

Katiane faleceu na noite de domingo (5) após 10 dias internada em um hospital particular de Natal. Ela apresentou os sintomas da doença no dia 25 de junho e deu entrada na unidade após sentir dores no corpo e dificuldades para respirar. A professora, que não tinha nenhuma comorbidade, foi internada dois dias depois da morte do pai e faleceu sem saber da morte da mãe.

Katiane era professora e cantava na igreja — Foto: Arquivo familiar/Cedida
Katiane era professora e cantava na igreja — Foto: Arquivo familiar/Cedida

Fernando Xavier, afilhado de Maria Francisca, que era conhecida como Nina, acompanhou toda a luta da família contra a Covid-19. "Katiane foi internada sabendo da morte do pai e toda essa situação de tristeza e choro agravou o caso dela, por isso o médico preferiu não informá-la sobre a morte da mãe", conta.

Francisco Canindé Nunes, ou simplesmente Canindé do Rosário, tinha 60 anos e trabalhava como motorista. Ele era conhecido por ser uma pessoa religiosa, responsável por organizar romarias pelos santuários do Rio Grande do Norte. Canindé foi a óbito no dia 23 de junho, apenas dois dias depois de apresentar sintomas da Covid-19.

Francisco Canindé tinha 60 anos — Foto: Arquivo familiar/Cedida
Francisco Canindé tinha 60 anos — Foto: Arquivo familiar/Cedida

Nina tinha 59 anos e assim como a filha Katiane, também era professora. Ela morreu no dia 26 de junho, cinco dias depois de ter sido internada em um hospital de Natal. Lembrada como uma pessoa generosa, sensível e de grande coração, Nina deixa saudades na família Nascimento.

"Eram pessoas muito especiais, madrinha Nina era uma professora séria, mas quem a conhecia sabia do coração de manteiga derretida que ela tinha. Seu Canindé também era uma pessoa que todo mundo gostava. E Katiane, a gente avistava de longe só pelo sorriso e também pela voz marcante, já que ela cantava na igreja. É muito triste e muito assustador também porque ainda existem pessoas que não levam a sério a doença", diz Fernando Xavier.


Da família ficam duas filhas: Silvia Lya e Francisca Ticiane. Fernando lembra do processo doloroso de acompanhar a situação da família. "A gente tinha um grupo onde compartilhávamos os boletins médicos e fazíamos orações todas as noites. É um momento muito difícil e além de nos partir o coração, nos causa muito medo também", conta.

O Rio Grande do Norte tem 34.983 casos confirmados de Covid-19 e 1.246 mortes causadas pela doença. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) e foram divulgados na entrevista coletiva desta segunda-feira (6).

Fonte: G1
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Índia ultrapassa a Rússia e se torna o 3º país com mais casos de Covid-19

Com quase 700 mil casos de infecções pelo novo coronavírus, a Índia ultrapassou a Rússia e se tornou nesta segunda-feira (7) o terceiro país mais atingido pela pandemia de Covid-19 em todo o mundo. Estados Unidos e Brasil são os países com o maior número de casos confirmados.

Profissional de saúde faz rastreamento de pessoas com sintomas de Covid-19 em Dharavi, uma das maiores favelas da Ásia, em Mumbai, na Índia, nesta segunda-feira (6)  — Foto: Rafiq Maqbool/AP
Profissional de saúde faz rastreamento de pessoas com sintomas de Covid-19 em Dharavi, uma das maiores favelas da Ásia, em Mumbai, na Índia, nesta segunda-feira (6) — Foto: Rafiq Maqbool/AP

Nas últimas 24 horas, a Índia registrou 24 mil novos contágios. O país, porém, tem um número relativamente baixo de mortes em razão da doença, com 19.693 óbitos até esta segunda-feira (6).

O país teve um aumento exponencial de 475 mil casos desde 1º de junho, após o governo relaxar as medidas de confinamento em todo o país, de acordo com a Deutsche Welle. Esse aumento coincide também com o reforço de vários estados na testagem em uma tentativa de controlar a pandemia.

A propagação do vírus está em ritmo acelerado principalmente nas grandes cidades como Mumbai, Nova Déli e Madras.

Para enfrentar o grande número de infectados, Nova Déli inaugurou um gigantesco centro com capacidade para 10 mil leitos, em um espaço dedicado a reuniões religiosas.

Muitas cidades voltaram a determinar o confinamento da população.

As autoridades de Agra, no norte do país, decidiram manter fechado o célebre Taj Mahal, que não recebe visitantes desde meados de março.

Fonte; G1
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Caso de peste bubônica faz China elevar estado de alerta no norte do país

Autoridades na China aumentaram medidas de segurança sanitária depois que uma cidade na Mongólia Interior (região autônoma do país) confirmou um caso de peste bubônica.

Uma amostra de peste bubônica em tecido removido do gânglio de um paciente — Foto: Getty Images via BBC
Uma amostra de peste bubônica em tecido removido do gânglio de um paciente — Foto: Getty Images via BBC

De acordo com relatos de autoridades estatais, o paciente, um camponês da cidade de Bayannur, está em quarentena e em condição estável.

Autoridades decretaram nível três de alerta — que proíbe a caça e consumo de animais que poderiam estar com a praga e pede que as pessoas reportem casos suspeitos às autoridades.

A peste bubônica, uma das doenças mais temidas no passado, causada por uma infecção bacterial, ainda é letal, mas hoje é tratada com antibióticos comuns.
O novo caso foi reportado no sábado. Ainda não está claro como o paciente poderia ter se infectado.

Fatal, mas tratável
Casos de peste bubônica ocorrem de tempos em tempos pelo mundo.

Em Madagascar, houve um surto com 300 casos em 2017.

Em maio do ano passado, duas pessoas na Mongólia morreram da peste, que foi contraída após a ingestão de carne crua de marmota.

Uma autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Ulan Bator, capital da Mongólia, disse à BBC que a carne crua de marmota e os rins do animal são usados como remédio popular no país.

A marmota é portadora da bactéria da praga e está associada aos casos da praga no país. A caça da marmota é ilegal.

A peste bubônica é caracterizada por inchaço dos gânglios linfáticos. É difícil de se identificar a doença com muita antecedência porque os sintomas — geralmente parecidos com a gripe — costumam aparecer entre três e sete dias depois da infecção.
Mas é improvável que a peste bubônica — que foi chamada de peste negra — leve a uma nova epidemia.

"Ao contrário do século 14, nós agora temos uma compreensão de como essa doença é transmitida", disse Shanti Kappagoda, médico da clínica Stanford Health Care, ao site Healthline.

"Nós sabemos como prevenir. Também sabemos como tratar pacientes que são infectados com antibióticos eficientes."

No século 14, a peste negra matou cerca de 50 milhões de pessoas na África, Ásia e Europa.

O último grande surto em Londres ocorreu em 1665, dizimando cerca de um quinto da população da cidade. No século 19 houve outro surto na China e na Índia que matou mais de 12 milhões de pessoas.

Fonte: G1
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Ameba 'comedora de cérebro': caso de infecção na Flórida gera alerta nos EUA

Um caso de uma rara ameba “comedora de cérebro” foi confirmado no Estado americano da Flórida, segundo autoridades de saúde locais.

Meningoencefalite amebiana primária tem alto índice de letalidade — Foto: Getty Images/ BBC
Meningoencefalite amebiana primária tem alto índice de letalidade — Foto: Getty Images/ BBC

O Departamento de Saúde da Flórida afirmou que uma pessoa no condado de Hillsborough contraiu Naegleria fowleri, uma microscópica ameba unicelular que causa infecção no cérebro.

Frequentemente encontrada em água morna, a ameba entra no corpo pelo nariz.

Não foram divulgadas informações sobre o estado de saúde do paciente ou sobre a maneira com que contraiu a ameba — que não passa de uma pessoa para outra.

Esse tipo de infecção (meningoencefalite amebiana primária) é mais comum em Estados do sul dos EUA, mas ainda assim é rara. Na Flórida, há 37 registros desde 1962. Mas dada as suas consequências potencialmente fatais, o órgão de saúde da Flórida emitiu um alerta em 3 de julho para os moradores de Hillsborough.

Autoridades locais recomendaram aos habitantes que evitem o contato do nariz com água encanada e de outras fontes da região.

Isso inclui lagos, rios e canais, por exemplo, onde infecções por Naegleria fowleri são mais comuns por causa da temperatura da água nos meses mais quentes (julho, agosto e setembro).

Aqueles infectados pela ameba apresentam sintomas como febre, náusea, vômito, rigidez na nuca e dores de cabeça. A maioria morre em até uma semana. Estima-se que 97% dos infectados morrem.

O órgão de saúde da Flórida afirmou que qualquer pessoa com esses sintomas deve procurar atendimento médico rapidamente. “Lembre-se de que essa doença é rara e estratégias eficazes de prevenção podem permitir banhar-se de forma segura e relaxante durante o verão.”

Quando se trata da prevenção, o recomendado é que se mantenha a água distante do nariz ao nadar e mergulhar em água doce, seja cobrindo o nariz com a mão, deixando-os fora da água ou usando itens para cobrir os orifícios.

Por que a ameba se alimenta de 'cérebros'?
Infecções por Naegleria fowleri são raras nos EUA, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Entre 2008 e 2017, apenas 34 infecções do tipo foram registradas no país. Do total, 30 ocorreram em atividades de lazer em fontes de água fresca (como lagos e rios), três durante irrigação nasal e uma se deu durante uma brincadeira no quintal de casa.

"Houve 34 registros de infecções nos Estados Unidos nos 10 anos entre 2008 e 2017, apesar das milhões de exposições à água em atividades recreacionais a cada ano. Como comparação, nos 10 anos entre 2001 e 2010, houve mais de 34 mil mortes por afogamento no país", diz o site do órgão.
De acordo com o CDC, a Naegleria fowleri é um protozoário que vive em ambientes úmidos, como solos mais encharcados e fontes de água fresca, doce e morna — como rios e lagoas. Em casos de menor incidência, esses microrganismos podem ser encontrados também em piscinas com tratamento de cloro inadequado ou na água de torneira aquecida.

Segundo o CDC, a presença dessa ameba em ambientes aquáticos doces é comum, mas as infecções são raras — não há ainda métodos e métricas satisfatórias para quantificar a incidência da meningoencefalite amebiana primária no material líquido e a ligação disso com a contaminação em humanos.

Quando ocorre, a infecção se dá com a entrada da água contaminada no corpo pelo nariz.

É desta forma que a ameba chega ao cérebro e ataca o tecido cerebral. Daí o nome pelo qual esse organismo é conhecido: "a ameba que come cérebros". Em geral, ela se alimenta de bactérias encontradas nos sedimentos de regiões alagadas.

Fonte: G1
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Após aprovação da Anvisa, terceira fase de testes de vacina chinesa contra coronavírus começa dia 20

Terceira fase de testes de vacina chinesa contra coronavírus ...O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (6) que o recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa de biotecnologia Sinovac começa na próxima segunda-feira (13).

Na sexta (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a nova etapa do projeto realizado pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan. Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal.

Segundo o governador João Doria (PSDB), após o recrutamento, a vacina deve começar a ser aplicada nos voluntários no dia 20 de julho.

Apenas profissionais de saúde que estejam na ativa poderão participar do estudo. Outros pré-requisitos são que os voluntários não tenham se contaminado pela Covid-19 e morem perto de um dos 12 centros de pesquisa que conduzirão o projeto.

"A inscrição será obrigatoriamente para profissionais de saúde, médicos, paramédicos, enfermeiros, os que estão atuando e os que já atuaram. Com a autorização da Anvisa, começaremos o processo de testagem a partir do dia 20 de julho", disse Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

"No mundo são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos. Desses 12, apenas 3 estão na fase chamada fase 3. Então, a partir da aprovação da Anvisa, nós nos credenciamos como uma das 3 vacinas que têm grande chance de chegar ao público muito rapidamente. E nós temos um acordo preliminar de um acesso, até o final deste ano, de 60 milhões de doses [para o Brasil] se a vacina for efetiva", afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

A parceria havia sido anunciada no dia 11 de junho. Na ocasião, Doria disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será produzida no país e disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021.

Esses novos testes da fase 3 da CoronaVac, nome da vacina, serão feitos em larga escala e precisam fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança, isto é, a vacina precisa ser capaz de criar anticorpos para imunizar contra a covid-19.

Etapas
Em nota, a Anvisa informou que as fases 1 e 2, feitas em humanos saudáveis e em animais, demonstraram bons resultados com o esquema de duas doses da vacina.

Este é o segundo teste de vacina contra a covid-19 liberado pela Anvisa no país. No dia 2 de junho, a Agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.


CoronaVac
A vacina da Sinovac já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).

Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.

Cientistas chineses chegaram à fase clínica de testes – ensaios em humanos – em outras três vacinas. Uma produzida por militares em colaboração com a CanSino Biologics, e mais duas desenvolvidas pela estatal China National Biotec.

*Com supervisão de Cíntia Acayaba

Fonte: G1
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