sexta-feira, outubro 15, 2021

Se Congresso derrubar veto, 'a gente vai se virar' para dar 'auxílio-modess', diz Bolsonaro



O presidente Jair Bolsonaro chamou nesta quinta-feira (14) de "auxílio-modess" o benefício vetado por ele que previa a distribuição de absorventes para estudantes de baixa renda, mulheres em situação de rua e presidiárias.


Como justificativa para o veto, publicado no último dia 7 no "Diário Oficial da União", o presidente argumentou, entre outros motivos, que o projeto aprovado pelo Congresso não previu fonte de custeio para essas medidas. Mas o projeto previa uso da verba destinada ao Sistema Único de Saúde (SUS).


Nesta quinta, em transmissão ao vivo por uma rede social, Bolsonaro disse que, na hipótese de o Congresso derrubar o veto (vídeo abaixo), encontrará um meio para fornecer o auxílio, mas ressalvou que não será "gratuito". Segundo ele, serão necessários pelos menos R$ 300 milhões para custear a adoção da medida. O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já disse que o veto é "candidatíssimo" a ser derrubado.


"Se o Congresso derrubar o veto — e estou torcendo para que derrube —, eu vou arranjar absorvente. Porque não vai ser gratuito. Calcularam aqui um pouco mais de R$ 100 milhões. Pode ter certeza, vai multiplicar por três isso daí. Vai ter que arranjar R$ 300 milhões, por aí. Eu não vou criar imposto para suprir isso aí. E nem majorar imposto para suprir isso daí", declarou.


Antes dessa declaração, Bolsonaro perguntou a um assessor se o nome do benefício era "auxílio-modess". Alguém respondeu que era "auxílio-absorvente".


"A gente vai se virar e vamos estender aí o auxílio-modess. É isso mesmo? Auxílio-modess? Absorvente? Para todo mundo. Tá ok?", afirmou.


Modess foi uma marca de absorvente da multinacional Johnson & Johnson, distribuído no Brasil a partir dos anos 1930.


O veto

A proposta de distribuição gratuita de absorvente menstrual para estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema teve origem na Câmara dos Deputados e depois foi aprovada pelo Senado em 14 de setembro.


Bolsonaro sancionou o projeto, que cria o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, mas vetou o artigo 1º, que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos, e o artigo 3º, que estabelecia a lista de beneficiárias:


estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino;

mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema;

mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e

mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

O presidente vetou ainda o trecho que incluía absorventes nas cestas básicas distribuídas pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.


O texto aprovado previa que o dinheiro viria dos recursos destinados pela União ao Sistema Único de Saúde (SUS) – e, no caso das presidiárias, do Fundo Penitenciário Nacional.



Em relação ao SUS, o presidente argumentou que absorventes não constam da lista de medicamentos considerados essenciais (a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) e que, ao estipular beneficiárias específicas, o projeto não atendia ao princípio de universalidade do Sistema Único de Saúde.


Sobre o o Fundo Penitenciário Nacional, argumentou que a lei que o criou não prevê o uso de recursos para esse fim.


Bolsonaro manteve os trechos que obrigam o Poder Público a promover campanha informativa sobre saúde menstrual e que autoriza os gestores da área de educação a realizar os gastos necessários para atendimento ao que prevê a lei.


O Congresso pode decidir manter ou derrubar vetos presidenciais. O prazo para essa avaliação é de 30 dias após a publicação do veto no "Diário Oficial", mas nem sempre é cumprido.


Fonte: G1

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Bolsonaro diz que vai mandar ministro alterar bandeira tarifária para 'normal' em novembro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14) que determinará ao ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, que mude a bandeira tarifária da energia elétrica de "vermelha" para "normal" em novembro.


Mesmo com a criação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), que pode tomar medidas extraordinárias em relação à gestão da crise energética, as mudanças nas bandeiras tarifárias precisam ser baseadas em estudos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por definir a cada mês a bandeira em vigor.


Atualmente, a bandeira em vigor não é a "vermelha", mas a "escassez hídrica", a mais cara, anunciada em agosto e que adiciona R$ 14,20 às faturas para cada 100 kW/h consumidos. Também não existe bandeira tarifária "normal". Além da "vermelha" (com dois patamares de tarifa) e da "escassez hídrica", as outras duas bandeiras são a "verde" (pela qual não há cobrança adicional) e a "amarela" (R$ 1,874 adicionais a cada 100 kW/h consumidos) — confira mais abaixo todas as bandeiras tarifárias.


"Meu bom Deus nos ajudou agora com chuva. Estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade. Dói a gente autorizar o ministro Bento, das Minas e Energia: 'Decreta bandeira vermelha'. Dói no coração. Sabemos das dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele [ministro de Minas e Energia] — pedir não, determinar — que ele volte para a bandeira normal no mês que vem", disse Bolsonaro à noite em um evento evangélico em Brasília.



Famílias de baixa renda incluídas na Tarifa Social de Energia Elétrica são isentas de pagar a bandeira "escassez hídrica".


Nos casos desses consumidores, a bandeira vigente é a vermelha patamar 2, cujo custo adicional é de R$ 9,49 por 100 kWh consumidos.


De acordo com a Aneel, a previsão é que a bandeira "escassez hídrica" permaneça até 30 de abril de 2022.


— Foto: G1


Fonte: G1

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Cinco pessoas são mortas a tiros em chacina em fazenda de Vilhena, RO

Cinco pessoas foram assassinadas a tiros em uma fazenda a cerca de 70 km de Vilhena, no sul do estado de Rondônia. A região é conhecida por ser uma área de conflitos agrários. A polícia confirmou para a equipe da Rede Amazônica que esteve no local que os mortos são o casal dono da fazenda e três funcionários. O crime aconteceu na noite de quarta-feira (13).


Fazenda onde cinco pessoas foram mortas em Vilhena, RO — Foto: Maelly Nunes/Rede Amazônica


Segundo as primeiras investigações da polícia, a família estava jantando quando a casa foi invadida. O dono da fazenda foi levado para uma sala separada, onde foi torturado. Há indícios de que ele teve o coração arrancado com um facão.


Ainda segundo a polícia, a mulher do fazendeiro e os três funcionários foram levados para a varanda da casa, colocados de joelho e executados com tiros na nuca.


Crianças foram poupadas


Fazenda onde cinco pessoas foram mortas em Vilhena, RO — Foto: Maelly Nunes/Rede Amazônica


No local também estavam duas crianças, menores de 10 anos, e a esposa de um dos funcionários executados. Eles foram trancados em um dos quartos da casa durante a noite e só conseguiram sair na manhã desta quinta-feira após quebrarem uma janela.


A mulher e as crianças andaram por 15 km pela zona rural até que conseguiram pedir socorro. Foram eles que chamaram a polícia.


Outro crime na mesma fazenda

É a segunda chacina no mesmo local em pouco mais de cinco anos.


Em 2015, cinco pessoas também foram mortas na fazenda. Na ocasião, um homem foi atingido com um tiro nas costas. Ele fingiu que estava morto, sobreviveu e ajudou à Polícia Civil nas investigações do crime.


Três corpos carbonizados foram encontrados dentro da casa em Vilhena — Foto: José Manoel/Arquivo Rede Amazônica


Ele disse que estava com mais cinco amigos conversando quando apareceram alguns homens e começaram a atirar na direção do grupo, que tentou fugir.


Os suspeitos então atearam fogo no local onde as vítimas se abrigaram para escapar dos tiros. O sobrevivente disse que em seguida os homens foram embora, mas três dos cinco mortos foram queimados vivos.


Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por uma disputa de terras.


Em 2017, os réus Eber Maciel da Costa e Marlos de Souza Cândido, acusados de participação na chacina da fazenda Vilhena, foram condenados a 20 anos de reclusão em um novo julgamento.


Eles foram absolvidos pelo Tribunal do Júri em setembro de 2016, mas o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) entrou com recurso e o julgamento foi anulado.


Fonte: G1

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Ex-secretário de Japeri condenado por matar rival político é preso

Policiais Civis da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam nesta quinta-feira (14) Seny Pereira Vilela Júnior, de 46 anos. O homem é ex-secretário municipal de Japeri, na Baixada, e contra ele havia um mandado de prisão em aberto pelo assassinato de um rival político.


Seny foi preso em bar — Foto: Divulgação


Seny e outros secretários de Japeri foram investigados e denunciados em 2011 pela morte de Andrezinho, opositor político do grupo no município.


Seny, que na época era secretário municipal de Governo, foi condenado a 18 anos e oito meses de prisão por, segundo a polícia, ter sido o mandante do crime.


A ordem para prender o ex-secretário foi expedida pela Justiça em abril deste ano.


Preso num bar em Engenheiro Pedreira (Japeri), Seny depois foi levado para a DHBF, onde ficaria até ser transferido para o sistema penitenciário.


Fonte: G1

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