quarta-feira, setembro 27, 2023

Operação combate tráfico de drogas, roubo e homicídio no interior do RN

Os mandados foram cumpridos em Luís Gomes, Paraná, José da Penha e Tenente Ananias

Com o objetivo de combater os crimes de homicídio, roubo e tráfico de drogas, policiais civis da 77ª Delegacia de Polícia Civil (DP de Luís Gomes) deflagraram, na manhã desta quarta-feira (27), a "Operação Impacto". No total, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão temporária.


Um dos homens que foi detido é suspeito de ter cometido um homicídio em junho deste ano, informou a Polícia Civil. O outro alvo foi preso em flagrante no município de Paraná. Ele estava na posse de 256 pinos de cocaína, parte de um tablete de maconha, porções de crack, dinheiro fracionado e uma munição. 


A operação contou com o apoio das equipes da DEICOR, DHPP, Assú, Patu, Pau dos Ferros, DEAM Pau dos Ferros, Alexandria, Marcelino Vieira e São Miguel e os mandados foram cumpridos nos municípios de Luís Gomes, Paraná, José da Penha e Tenente Ananias. 


Os suspeitos foram encaminhados ao sistema prisional e ficarão à disposição da justiça.


A Polícia Civil informa que a população pode enviar informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.


Fonte: Tribuna do Norte

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Suspeitos de homicídio e organização criminosa são presos em Mãe Luíza

As ações da Polícia Civil fazem parte da força-tarefa do Sistema de Segurança Pública

Um trio de homens suspeitos de homicídio, roubo e organização criminosa foram presos durante a manhã desta quarta-feira (27) em Mãe Luíza, bairro da zona Leste de Natal.


Segundo informações da Polícia Civil, os três mandados de prisão foram cumpridos nas primeiras horas da manhã. A Operação foi realizada por policiais da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), com o apoio da delegacia de Luis Gomes.


Questionada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE quanto a mais detalhes sobre a prisão dos suspeitos e seus histórico de crimes, a assessoria da Polícia Civil afirmou que o delegado responsável pela coordenação da ação afirmou que não iria divulgar mais informações.


Fonte: g1

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Polícia Civil prende homem acusado de estupro de vulnerável na região Agreste do RN


Um homem, acusado de estupro vulnerável, foi detido por Policiais Civis da Delegacia Municipal de São Tomé e Lagoa de Velhos, nesta quarta-feira (27). Segundo as autoridades, um indivíduo possuía mandado de prisao preventiva. O suspeito foi preso em São Paulo do Potengi, na região Agreste do RN.


O trabalho investigativo apurou que o indiciado abusou sexualmente de duas crianças e ficou foragido por vários meses. O homem foi conduzido à Delegacia Regional e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça. 


A Polícia Civil solicita que a população envie informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181. 


Fonte: Tribuna do Norte

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Tirolesa é periciada pelo Itep após quebrar e homem cair de altura de 5 metros em lagoa na Grande Natal

Itep faz perícia em tirolesa que se rompeu e derrubou homem de de altura de 5 metros na Grande Natal — Foto: Reprodução

Uma equipe do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) esteve na manhã de terça-feira (26) na Lagoa do Carcará, em Nísia Floresta, na Grande Natal, para realizar uma perícia na tirolesa que se rompeu quando um homem fazia a descida no equipamento no domingo (24).


No local, profissionais do Setor de Engenharia Legal e Meio Ambiente (Selma) do Itep avaliaram a estrutura do equipamento e do material utilizado no famoso ponto turístico do município de Nísia Floresta. Um laudo sobre a tirolesa deve sair em até 30 dias.


Segundo o Itep, em perícia deste tipo, a equipe tem por objetivo encontrar as causas da ocorrência, para descobrir se a causa foi acidental, falta de manutenção preventiva ou intencional.


Equipe do Itep realiza perícia em estrutura de tirolesa na Lagoa do Carcará, em Nísia Floresta — Foto: Divulgação / Itep RN


Ainda de acordo com o Instituto, a investigação neste tipo de caso pode ser feita por meio do estudo da fratura do material rompido e testes de tração em amostras retiradas deste elemento.


O caso

Um homem caiu de uma altura de aproximadamente 5 metros após uma tirolesa se romper, neste domingo (24), na Lagoa do Carcará, em Nísia Floresta, na Grande Natal.


O vídeo que registrou o acidente viralizou nas redes sociais. A vítima do incidente é o eletricista Pedro Angelo Stival, que não ficou ferido.


Nas imagens, é possível ver que o homem caiu dentro da lagoa, porém, ainda em uma parte rasa. "Eu achei que ia morrer, mas não quebrei nada. Quando fiquei de pé, a água batia no meu joelho. Se eu tivesse caído de pé teria quebrado as pernas. Mas caí de costas", contou.


Fonte: g1

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Homem deixa prisão do RN seis meses após alvará de soltura ser expedido

Cadeia Pública de Nova Cruz, no Agreste potiguar — Foto: DTI/SEAP

Um homem que estava detido no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte deixou a cadeia cerca de seis após a emissão do alvará que permitia a sua soltura.


O caso classificado como prisão ilegal foi constado pela Defensoria Pública do Rio Grande do Norte, durante um mutirão de revisão processual na Cadeia Pública de Nova Cruz.


Segundo o órgão, o alvará não tinha sido entregue à direção da unidade.


A prisão ilegal foi constatada durante análise do processo do interno no sistema de justiça. A prisão havia sido feita de forma provisória e, segundo verificado, o alvará de soltura havia sido expedido no dia 30 de março de 2023.



O documento, no entanto, não foi remetido à direção da unidade prisional para cumprimento, segundo a Defensoria.


“Relatamos a situação ao diretor da unidade e ele contatou a 2ª Vara da Comarca de Santa Cruz que realizou, no dia seguinte ao mutirão, a remessa do alvará, tendo o diretor dado imediato cumprimento”, afirmou o defensor público Diego Melo Fonseca, coordenador do Núcleo da DPE em Nova Cruz.


Segundo a Defensoria, em 2023, mais de 1.900 atendimentos pessoais a internos do sistema prisional potiguar já foram realizados.


Fonte: g1

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Prefeito de Mossoró envia para Câmara de Vereadores novo plano de cargos e carreira dos servidores


O prefeito do Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), protocolou nesta quarta-feira (27) na Câmara de Vereadores o projeto de lei que cria o novo plano de cargos, carreira e remuneração dos servidores municipais.


O gestor municipal foi pessoalmente entregar o PL e realizou uma caminhada com apoiadores pelas ruas da cidade.


O projeto foi encaminhado para a Secretaria Legislativa da Câmara para ser inserido no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo, iniciando assim a tramitação na Casa.


O projeto de lei ficará acessível aos vereadores e também a toda a população e poderá ser acessado por quem tiver interesse de conhecer os pontos do novo plano. A prefeitura garante que o projeto, caso seja aprovado, vai garantir reajuste de até 70% para servidores.



O projeto foi recebido pelo presidente da Câmara de Vereadores de Mossoró, Lawrence Amorim (PSDB), que garantiu o debate nos próximos dias.


"Eu acredito que na próxima semana o projeto vai estar sendo lido em plenário e enviado para as comisssões para discussão para poder, após isso, vir para plenário para votação", disse.


O líder da oposição da Casa, Tony Fernandes (Solidariedade), avalia que é preciso avaliar todo o projeto com cautela antes dele ser votado.


"A gente vai analisar o projeto, vai observar todos os artigos, inclusive, e fazer uma discussão com os vereadores em todas as comissões. Não só nas comissões, mas também falar com o sindicato e as associações. Falar com os servidores para saber se realmente atende o pleito do servidor público", disse.


Já protocolado na Casa, o projeto de lei precisa, agora, de no mínimo oito dias para receber o pedido de votação em regime de urgência.


O Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (Sindiserpum) pede que as discussões para votação aconteçam com o diálogo com os trabalhadores para garantir os direitos adquiridos no funcionalismo público municipal.


"O sindicato defende que continue o diálogo, continuem as conversas, que o sindicato seja escutado, que a categoria seja escutada. Só sentar e negociar sem ouvir alguma parte a gente não entende isso como sendo um diálogo", disse o vice-presidente do Sindiserpum, Luiz Costa.

Fonte: g1

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Secretaria de Saúde investiga descarte de vacinas jogadas no lixo de UBS em Natal

Vacinas descartadas em UBS na Zona Norte de Natal — Foto: Reprodução

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal está apurando uma denúncia que servidores foram obrigados a violar uma caixa de descarte para materiais perfurocortantes com o objetivo de resgatar frascos de vacinas que haviam sido jogado no lixo por engano. Caso aconteceu na Unidade Básica de Saúde (UBS) do conjunto Soledade, no bairro Potengi, Zona Norte da cidade.


De acordo com a denúncia feita ao Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN) na sexta-feira (22), os profissionais precisaram retirar os insumos do lixo após a identificação de que os frascos que haviam sido descartados na caixa não estavam vencidos, como havia sido interpretado.



Antes do descarte errado, houve o entendimento de que o lote teria vencido no dia 21 de setembro. Entretanto, foi percebido que, na realidade, a data correta para vencimento seria em 2 de outubro. Entre as vacinas despejadas na caixa para descarte, existiam doses de imunizantes contra Covid-19.


Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal informou que iniciou um processo de sindicância para apurar o caso.


Vacinas descartadas em UBS na Zona Norte de Natal — Foto: Reprodução


Ao violar a caixa de descarte com materiais perfurantes, os profissionais estiveram submetidos aos inúmeros riscos, com possibilidades de perfuração e cortes acidentais em instrumentos como agulhas e seringas, elementos que devem ir ao lixo.



Segundo informação do Sindsaúde, mesmo violando a caixa e retirando os frascos, a pessoa submetida ao procedimento comunicou a outros colegas de trabalho que se opuseram e não aceitaram a determinação para resgate dos frascos.


Com a oposição por parte dos servidores, as vacinas, que tiveram contato com materiais possivelmente infectados, foram definitivamente descartadas por orientação da direção do distrito sanitário.


Procurada pela reportagem da InterTV Cabugi, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal informou que, após tomar conhecimento sobre o ocorrido na noite passada, iniciou um processo de sindicância com a intenção de investigação e posterior tomada de decisões após a conclusão da apuração do caso.


Fonte: g1

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Sede do governo do RN é transferida temporariamente para Mossoró; entenda o motivo

Mossoró cidade vista aérea de cima cidade urbana mossoró ruas prédios casas RN Rio Grande do Norte — Foto: Wilson Moreno

A sede do governo do Rio Grande do Norte foi transferida temporariamente nesta quarta-feira (27) do Centro Administrativo, em Natal, para Mossoró, na Região Oeste do Estado. A gestão estadual será comandada do município até a próxima sexta-feira (29).


O motivo da mudança é homenagear os 140 anos da abolição da escravatura em Mossoró, data que é celebrada no sábado (30), feriado municipal.


A cidade é considerada pioneira na libertação dos escravos, movimento que foi oficializado apenas cinco anos depois no Brasil, com a assinatura da Lei Áurea.


Essa não é a primeira vez que o governo transfere a sede para Mossoró para comemorar a data. A última vez que isso havia ocorrido foi em 2021.



A governadora Fátima Bezerra e parte do secretariado estão município e evento de instalação aconteceu na noite desta quarta-feira (27) na reitoria da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN).


O governo do RN também vai cumprir agenda na região, tendo o primeiro compromisso oficial uma reunião com a gestão superior da UERN.


Haverá ainda a entrega de um poço artesiano movido a energia solar no assentamento Maisa Agrovila Olga Benali na quinta-feira (28) e a assinatura de transferência da administração do aeroporto Dix-Sept Rosado para a Infraero na sexta-feira (29).


Outras agendas irão acontecer nas áreas de segurança pública, recursos hídricos, cultura e assistência social, segundo informou a assessoria do governo do RN.


A ideia é descentralizar a administração estadual, aproximando-a ainda mais da população de Mossoró e municípios vizinhos. O primeiro compromisso oficial ocorre logo após a cerimônia de transferência: uma reunião com a gestão superior da Uern.


Fonte: g1

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Em meio a discussão sobre obra próxima ao Chapadão de Pipa, projeto de lei prevê tornar falésias patrimônio do RN

Chapadão, trecho de falésias de Pipa, RN — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) pretende reconhecer as falésias do litoral do Rio Grande do Norte como patrimônio cultural, de natureza material e imaterial, paisagístico e ecológico do estado.


A proposta é de autoria da deputada estadual Divaneide Basílio (PT) e foi apresentada nesta semana como desdobramento de uma audiência pública que aconteceu na Praia de Pipa na segunda-feira passada (25).


O encontro debateu a construção de um condomínio próximo ao Chapadão, que tem sido alvo de protesto de moradores que apontam que a obra acomete uma área de preservação ambiental. A Prefeitura de Tibau do Sul e o Instituto de Meio Ambiente do RN (Idema-RN) afirmam que a construção é legal e conta com as licenças ambientais.



O projeto de lei, que agora tramita na ALRN, prevê a preservação e celebração das falésias e almeja ser uma forma de proteger essas formações geológicas pelos próximos anos.


Falésias como as do Chapadão de Pipa representam alguns dos pontos turísticos mais visitados do Rio Grande do Norte.


"As falésias do litoral são um patrimônio de todos os potiguares e precisam ser protegidas de intervenções que possam causar impactos socioambientais irreversíveis", explicou a deputada sobre a intenção do PL.


"Esse projeto de lei visa garantir a valorização, a conservação e a promoção desse bem, que é um dos cartões-postais do nosso estado".


Audiência pública em Pipa

Além do projeto de lei, a audiência pública realizada pela ALRN em Pipa decidiu por outros encaminhamentos sobre a obra de construção do condomínio próximo ao Chapadão. Entre eles:


solicitar uma nova etapa de fiscalização ambiental das licenças sobre as obras e uma possível revisão;

visita técnica com o MP e com a sociedade civil

montar "um grupo de acompanhamento" para fiscalizar o cumprimento das condicionantes ambientais

cobrar o envio das documentações solicitadas pelo MPRN.

dialogar com Incra;

requerer atualização do Plano Diretor de Tibau do Sul;


Audiência aconteceu na praia de Pipa — Foto: Eduardo Maia


O Idema enviou representante para a audiência, mas o prefeitura e a Câmara de Vereadores de Tibau do Sul não mandaram.


A audiência pública realizada em Tibau, que foi um pedido feito pelo "SOS Pipa: Todos pelo Chapadão" contou com cerca de 300 pessoas. O SOS Pipa havia enviado requerimento também para a suspensão das licenças emitidas para a obra, que agora serão novamente analisadas, segundo explicou Gabriela Lyra, uma das lideranças do movimento.


Fonte: g1

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RN registra primeira queda na produção de camarão em 6 anos, aponta IBGE

Camarão — Foto: Cedida/IBGE

O Rio Grande do Norte registrou, em 2022, a primeira queda na produção de camarão no estado desde 2016 na série histórica da Pesquisa de Produção Municipal Pecuária, que acontece desde 2013. O resultado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) neste mês de setembro.


A redução na produção foi de 2,44% em relação a 2021, e, segundo o IBGE, pautado por variações normais de mercado. O estado vinha de cinco anos de crescimento na produção.


A pesquisa apontou que em 2022 o Rio Grande do Norte produziu aproximadamente 25,1 mil toneladas de camarão contra 25,8 mil no ano anterior.


Apesar da queda, o estado segue como o segundo maior produtor de camarão do Brasil, atrás apenas do Ceará, que é líder de mercado e registrou uma produção de 61,3 mil toneladas de camarão em 2022, de acordo com o IBGE.


Ao todo, o Ceará detém 54,1% do camarão que é produzido no país e o RN, 22,2%. A Paraíba está logo atrás com 6,4% (7,2 mil toneladas). O Nordeste concentra 99,6% das 113 mil toneladas produzidas.


O g1 RN procurou a Associação Potiguar de Criadores de Camarão (APCC) e a Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC) para analisar a redução, mas as associações desconheciam os dados. O Censo mais recente da ABCC foi publicado no ano passado em referência a 2021.



Cidade do RN é 3ª maior produtora

A pesquisa apontou ainda que Pendências foi o municípío do Rio Grande do Norte com maior produção de camarão em 2022, com 7,8 mil toneladas, sendo a terceira cidade maior produtora do país, atrás de Aracati (12,7 mil toneladas) e Jaguaruana (8,5 mil), ambas do Ceará.


Apesar da redução no RN, o Brasil registrou um aumento de 5,9% na produção de camarão em 2022 em comparação com 2021.


Perda no valor de produção

A perda maior no RN, no entanto, foi no valor de produção, que segundo a pesquisa do IBGE, foi de cerca de 17% em relação ao ano de 2021, por conta de uma diminuição no preço em comparação com o ano anterior, segundo apontou o IBGE.


Segundo a pesquisa, o valor da produção caiu de R$ 766,8 milhões para R$ 635 milhões


Apesar disso, o RN teve Pendências, Arez, Nísia Floresta, Mossoró, Canguaretama e Senador Georgino Avelino no ranking de 10 cidades com maior valor de produção de camarão. As outras quatro são do Ceará.


Produção de larvas e pós-larvas

Por outro lado, a produção de larvas e pós-larvas no estado aumentou 17,9%, chegando a 8,9 toneladas no total, quase 1,4 tonelada a mais que em 2021, segundo a pesquisa. Isso representou um aumento no valor de produção desses produtos de 16,7%, equivalente a R$ 21,4 milhões.


O resultado da produção de larvas e pós-larvas levou o RN à primeira posição no ranking nacional de estados com o maior valor de produção (R$ 149,4 milhões), a frente inclusive do Ceará que, apesar de ter produzido cerca de 556 toneladas a mais que o RN, alcançou um valor de produção de R$ 100,5 milhões.


Canguaretama, Nísia Floresta, Touros e Macau foram os municípios potiguares responsáveis por esses números.


Pesquisa de Produção Pecuária Municipal

A Pesquisa de Produção Pecuária Municipal investiga todos os anos informações sobre os efetivos das espécies animais criadas e os produtos da pecuária, tendo como unidade de coleta dos dados os municípios. A pesquisa inclui informações dos grandes produtores.


Fonte: g1

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Acordo com União prevê R$ 593 milhões para Educação no RN

Governo do RN assinou conciliação com a União nesta terça-feira (26) em Brasília. — Foto: Fábio Duarte

O governo do Rio Grande do Norte assinou nesta terça-feira (26) uma conciliação com o governo federal para encerrar um litígio judicial de mais de 20 anos relacionados ao antigo Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).


O acordo prevê pagamento de R$ 593 milhões ao estado, mas ainda depende de homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).


“Uma das ações que serão beneficiadas com os R$ 593 milhões será o Programa Nova Escola Potiguar, maior pacote de investimento da história do RN no campo da educação básica”, afirmou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.


De acordo com a governadora, o acordo celebrado repara "um equívoco do passado" e permite ao estado aumentar os investimentos na área.


Segundo o governo federal, as disputas judiciais se arrastam há mais de duas décadas. O Rio Grande do Norte é o primeiro estado a assinar o acordo, de uma lista unidades que movem ações no STF relacionadas ao Fundef.


Ao todo, além do RN, nove estados estão negociando acordos para complementação dos recursos destinados à educação pública. São eles: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Sergipe.


Segundo a Advocacia Geral da União (AGU), se todos os estados aceitarem o acordo haverá pagamento total de R$ 9 bilhões.


O litígio

Os valores em discussão se referem ao período entre 1998 a 2007, quando o Fundef foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).


O STF condenou a União em 2017 a complementar a verba repassada ao Fundef ao definir que o valor mínimo repassado por aluno em cada unidade da federação não poderia ser inferior à média nacional.


Contudo, a forma de cálculo desse valor para cada unidade da federação permaneceu sendo discutida judicialmente e até o momento não houve decisão definitiva da Suprema Corte sobre o assunto.


Fonte: g1

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Morro do Careca tem risco 'muito alto' de deslizamentos, aponta relatório

Erosão no Morro do Careca deixa "falésias" à mostra em Natal — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi

Um relatório produzido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) a pedido do Ministério Público Federal (MPF) constatou intensificação das erosões e risco “muito alto” de deslizamentos no Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, em Natal. A duna é um dos principais cartões postais do Rio Grande do Norte.


O relatório enviado ao Ministério Público Federal no dia 13 de setembro recomenda que o acesso ao topo do morro permaneça restrito a técnicos e pesquisadores. Além disso, recomenda que a área isolada em frente à duna, no nível da praia, seja ampliada.


Segundo o SGB - empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia - o relatório "Avaliações Geotécnicas em Atrativos Turísticos – Morro do Careca e Adjacências, RN" é resultado de uma vistoria técnica realizada no local em atendimento a uma solicitação do MPF, enviada em julho.



A instituição reforça que o morro tem sofrido erosões provocadas pelo contato da água com a falésia que sustenta a duna e que o cenário gera um alerta para os riscos geológicos que podem afetar a segurança dos frequentadores da praia.


“Os deslizamentos podem ser de areia, tombamentos de blocos da falésia, ou queda/rolamento de blocos rochosos”, indica o documento.


Relatório recomenda ampliação da área de isolamento no entorno do Morro do Careca, em Natal, para faixa marcada com linha vermelha — Foto: Reprodução


Os estudos ainda apontam que o risco é restrito às áreas próximas à base do Morro do Careca, o que facilita as medidas de prevenção.


Ainda de acordo com o relatório, a tendência é que o processo de erosão costeira continue a comprometer a base da falésia e, desse modo, faça com que “mais sedimentos arenosos da duna deslizem e tragam consigo grandes fragmentos de blocos rochosos com potencial para provocar graves danos aos frequentadores do local”.



Entre as medidas de prevenção, os pesquisadores também sugereriram a instalação de mais placas informativas sobre os riscos geológicos existentes no local e a realização de estudos geológicos-geotécnicos específicos a respeito da erosão costeira no local. O objetivo é, a partir do estudo, determinar a melhor intervenção a ser feita para preservar a base da falésia.


No relatório, os pesquisadores destacam que está em andamento o projeto de “engorda” da praia, com o alargamento da faixa de areia, mas informam que o SGB não teve acesso às informações e, por essa razão, não é possível afirmar se a intervenção vai solucionar ou minimizar o processo de erosão.


Fonte: g1

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Bahia tem novo pico de violência com tiroteios e mortes

Bahia tem novo pico de violência com tiroteios e mortes — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

A onda de violência na Bahia produziu mais cenas de terror nas últimas 24 horas.


O tiroteio levou pânico aos moradores do nordeste de Amaralina, perto da região central de Salvador. Também na noite de terça-feira (27), um ônibus foi queimado no bairro de Paripe. O fogo atingiu a rede elétrica e deixou alguns moradores sem luz.


"O estrondo do tanque de combustível atingiu o poste. Olha só a altura lá de cima. Tanto que apagou. Todo mundo aqui ficou sem energia", conta um morador.

"Esse ataque ao coletivo teve relação direta com a intervenção que fizemos ontem à tarde. Seis elementos armados - fortemente armados, inclusive - confrontaram nossas guarnições e um deles foi atingido, socorrido ao hospital do subúrbio", diz o major Vinícius Pereira.


A noite passada também foi violenta no município de Acajutiba, a 200 km de Salvador. Cinco homens morreram em confronto com a Polícia Militar. Segundo a PM, eles estavam escondidos em uma área de mata e atiraram nos policiais.


Nesta quarta-feira (27), em Lauro de Freitas, mais confrontos e dois suspeitos mortos em uma ação da Polícia Civil.


A Bahia vive uma onda de violência que já deixou 54 suspeitos mortos só no mês de setembro. O policial federal Lucas Caribé também perdeu a vida em uma operação na periferia de Salvador há 12 dias.


Por causa da insegurança, mais de mil alunos ficaram sem aula nesta quarta-feira no Complexo do Nordeste de Amaralina. Os ônibus tiveram que mudar o itinerário.



Hoje, a Anistia Internacional Brasil pediu a interrupção das operações policiais na Bahia e disse que o "combate ao crime organizado não é licença para matar".


A Secretaria de Segurança Pública da Bahia não se manifestou.


Fonte: g1

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Corpo encontrado em Roca Sales é de homem que desapareceu durante enchente, diz Defesa Civil

Rodrigo Martins Lopes, que desapareceu em Roca Sales — Foto: Arquivo pessoal

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou nesta quarta-feira (27) que o corpo encontrado no último domingo (24) em Roca Sales, no Vale do Taquari, é de um homem que desapareceu na enchente que atingiu a cidade durante a passagem de um ciclone extratropical pelo estado. A identidade foi confirmada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).


Com isso, o número de desaparecidos na lista da Polícia Civil caiu de nove para oito. Foi retirado o nome de Rodrigo Martins Lopes, que estava desaparecido desde 4 de setembro. O número total de óbitos aumentou de 49 para 50.


Roca Sales foi uma das cidades mais atingidas pelas enchentes, registrando um total de 13 mortes, atrás somente de Muçum, também no Vale do Taquari, onde 16 pessoas morreram durante a passagem do ciclone.


A população pode registrar ocorrências sobre novos desaparecimentos ou divulgar qualquer outra informação relevante nas delegacias mais próximas ou pelo telefone (51) 9 8444-0606.


Também é possível receber alertas meteorológicos no celular emitidos pela Defesa Civil. É necessário enviar o CEP de sua localidade por SMS para o número 40199.


Cidades onde houve mortes


Bom Retiro do Sul: 1

Colinas: 2

Cruzeiro do Sul: 5

Encantado: 1

Estrela: 2

Ibiraiaras: 2

Imigrante: 1

Lajeado: 3

Mato Castelhano: 1

Muçum: 16

Passo Fundo: 1

Roca Sales: 13

Santa Tereza: 1

São Valentim do Sul: 1


Cidades onde há desaparecidos


Arroio do Meio: 1

Encantado: 1

Lajeado: 2

Muçum: 3

Roca Sales: 1

Pessoas resgatadas


3.130

Municípios afetados


107

Desabrigados registrados (número total de pessoas que ficaram fora de casa)


5.216

Desabrigados no momento


490

Desalojados


22.283

Afetados


402.297

Feridos


943


Fonte: g1
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Funcionário de clínica de reabilitação onde paciente morreu diz que internos eram agredidos sempre: 'Se quebrasse uma regra, já era espancado'

Clínica de reabilitação é interditada após morte de interno em Embu-Guaçu — Foto: Reprodução/TV Globo/Arquivo Pessoal

Um funcionário da Comunidade Terapêutica Kairos Prime, onde um paciente de 38 anos morreu e cinco funcionários foram presos, em Embu-Guaçu, afirmou que as agressões contra os cerca de 90 internos eram frequentes.


"Cheguei a presenciar algumas agressões e a intervir. As ordens partiam de dois funcionários com consentimento da diretora. Eu comecei a combater e enfrentar os três. Se o paciente colocava duas calças, por exemplo, eles consideravam que ia fugir e aí já batiam. Eu já os vi baterem em paciente por quebrar uma regra, que é normal porque o cara vai para quebrar e se reeducar. Se quebrasse uma regra já era espancado".



"Eu estava disposto a tirar as agressões ali dentro. Mas me senti impotente e revoltado. Sensação é de revolta. Mas tenho consciência que fiz minha parte tentando impedir o que eu via", complementa.


Ainda conforme o funcionário, as agressões eram socos na costela e cabeça. "Eram sempre socos na costela, cabeça. Padrão era amarrar. Eu mesmo já vi batendo nas mãos de um paciente com madeira. Eu não presenciei, mas pegaram um paciente e espancaram tanto que ele defecou na roupa".


Morte e prisão


Cinco funcionários, entre 26 e 65 anos, foram levados para a delegacia e presos suspeitos de agredirem o interno até a morte com objetos de madeira, entre eles tacos de sinuca. O caso foi registrado como homicídio, sequestro, cárcere privado e tortura.



De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), guardas civis realizavam patrulhamento de rotina, quando foram informados de que Onésio Ribeiro Pereira Júnior teria dado entrada já sem vida e com sinais de violência pelo corpo na Unidade Mista de Saúde (UMS) Municipal.


Os guardas foram até o local e, em contato com os funcionários da clínica, foram informados de que o interno teria fugido e, após ter sido capturado, começou a se sentir mal. Alegaram ainda que, por isso, o homem foi levado até o hospital.


Porém, segundo os médicos, o interno já havia entrado no hospital sem vida. Com isso, diante das contradições, policiais civis da delegacia de Embu-Guaçu foram até a clínica, onde testemunhas contaram que a vítima teria sido agredida e que o local da agressão havia sido lavado para dificultar o trabalho da perícia.


Em entrevista à TV Globo, um dos internos relatou que ouviu a vítima ser agredida. "Espancaram ele de madeira. Amarraram e bateram nele. O meu quarto era em cima do quartinho que ele tava. Nós escutamos tudo...ele gritando: 'pelo amor de Deus para'. Isso aí não pode ficar assim, não pode ficar impune", afirmou o rapaz, que terá a identidade preservada.


Funcionários de clínica de reabilitação são presos em Embu-Guaçu — Foto: Arquivo Pessoal


Investigação

Na declaração de óbito, segundo apurado pela TV Globo, consta que Onésio sofreu hemorragia subdural disfusa traumática, traumatismo crânio e cefálico e traumatismo raque medular.


"Testemunhas contaram que a vítima já estava usando camisa de força quando, então, os indivíduos, esses administradores da clínica, iniciaram uma sessão de pancadaria, agressões contra a vítima que, segundo essas testemunhas, eram costumeiramente realizadas com barras de ferro, pés de mesa, tacos de sinuca e cabeceira de uma cama", afirmou o delegado Júlio Cesar de Almeida Teixeira.


"As lesões que nós encontramos no corpo da vítima não são passíveis de ser imputadas como lesões de fuga. São claramente lesões praticadas por instrumentos contundentes".

Ainda conforme a polícia, esta foi a segunda morte registrada este ano na clínica. Em março, um jovem de 27 anos foi achado com marcas de agressão no pescoço. Três pessoas foram presas na época.


O diretor da clínica Comunidade Terapêutica Kairos Prime, Ueder Santos de Melo, informou ao g1 na terça-feira (26), por telefone, que acompanhará as investigações e disse que os cinco funcionários foram desligados imediatamente.


"Desligamento total dos funcionários e a Justiça está apurando os fatos. Estou total à disposição da polícia. A unidade nasceu em 2022. É uma unidade nova. Agora, minha preocupação é orientar as famílias. Nunca foi da nossa política ter agressão. Nunca vi como gestor acontecer algo, como muitos estão dizendo. Seria o primeiro a fazer denúncia se visse algo", afirmou.


Interdição

Após a morte de Onésio, a clínica de reabilitação foi interditada pela prefeitura nesta terça-feira (26) por falta de alvará.


Em nota, a prefeitura informou que, após uma inspeção da fiscalização sanitária, foi verificada a irregularidade do espaço e, por isso, foi determinada a interdição.



Ainda conforme o Executivo municipal, uma avaliação dos medicamentos presentes no local será feita, solicitando as respectivas receitas.


Questionada sobre a clínica ter CNPJ ativo desde 2022, a prefeitura esclareceu que o processo de fiscalização é acionado por meio de denúncias ou quando o estado informa a existência de clínicas que precisam ser verificadas.


"No caso da clínica Projeto Kairos, um fator relevante foi a ausência de sinalização, o que tornou a clínica discreta e, consequentemente, passou despercebida pelas autoridades, operando clandestinamente", disse a prefeitura.


Ao g1 e à TV Globo, o diretor da clínica, Ueder Santos de Melo, alegou que estava em processo de regularização e que tinha protocolado todos os documentos solicitando o alvará.


'Que não fiquei impune'


Onésio Ribeiro Pereira Júnior — Foto: Arquivo Pessoal


Uma parente de Onésio, que prefere não se identificar, contou que ele foi internado no dia 28 de agosto deste ano após ter recaída com uso de drogas. Ele já havia sido internado em 2020.


"Internamos ele por conta da recaída. O pessoal da clínica foi buscar na casa. Ele era dócil, querido, não era agressivo. Só ia se proteger se batessem nele. Não revidaria nunca", afirmou


Ainda conforme a familiar, Onésio havia contraído sarna recentemente e horas antes de ser comunicada sobre sua morte, havia falado com ele sobre como usar o medicamento.


"Eu falei com ele para ensinar sobre o medicamento. Passou um tempo e me ligaram dizendo que ele queria fugir para ficar com a família. Mas ele não tentou fuga. Foi quando o pegaram e o amarraram. Me ligaram de vídeo e ele chorava muito. Disse que não ia fugir, que só passou na cabeça".


"Quando foi por volta das 15h [de segunda-feira], recebi ligação de que ele estava passando mal e foi levado pro hospital. Quando cheguei, eu conversei com médico que recebeu o corpo e disse que ele estava morto há mais de uma hora".


De acordo com parecer emitido pela clínica referente à evolução do paciente, ao qual a reportagem teve acesso, foi informado que Onésio apresentava "convivência aceitável com os demais acolhidos, equipe e aceitável adesão ao tratamento por internação" e "demonstrava interesse nos conteúdos abordados".



"A gente entrega para que pessoas tirem o vício. É uma clínica paga, com mensalidade, taxas, com consultas psiquiátricas pagas. Gastos chegavam a R$ 2 mil. Ele nunca gritou com ninguém, não fez nada de errado a não ser usar droga. Que isso não fique impune".


Fonte: g1
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Banco do Brasil é alvo de inquérito inédito sobre papel na escravidão e MPF pede reparação

A instituição foi fundada em 1808 no Rio de Janeiro — Foto: Getty Images

O Ministério Público Federal (MPF) notificou o Banco do Brasil (BB) na tarde desta quarta-feira (27/09) sobre a abertura de um inquérito civil público que pretende investigar o envolvimento da instituição na escravidão e no tráfico de cativos africanos durante o século 19.


A ação, inédita no país e obtida com exclusividade pela BBC News Brasil, visa iniciar um movimento de cobrança por reparação histórica de grandes e centenárias instituições brasileiras - estatais e privadas - que de alguma forma tenham participado ou fomentado a escravidão no país.


O inquérito foi proposto por um grupo de 14 historiadores de 11 universidades, que pesquisaram e escreveram um texto sobre o que se sabe da relação do Banco do Brasil com a economia escravista e seus negociantes.



Eles descobriram, por exemplo, que entre os fundadores e acionistas do BB estavam alguns dos mais notórios traficantes de escravizados da época - entre eles José Bernardino de Sá, tido como o maior contrabandista de africanos do período (leia mais abaixo).


Três procuradores aceitaram a sugestão e elaboraram uma ação com o objetivo de fazer com que o banco estatal reconheça e tome medidas para investigar e tornar públicas suas ações durante a escravidão.


Entre essas ações, está o financiamento, em um primeiro momento, de pesquisas acadêmicas sobre o assunto para que, no futuro, possa bancar projetos de reparação e políticas públicas voltadas à comunidade negra.


“O debate sobre reparação está acontecendo no mundo inteiro. Da nossa parte, queremos aprofundar a discussão com o Banco do Brasil e com a sociedade para que essa história não seja mais silenciada”, diz Julio Araujo, procurador regional dos direitos do cidadão do MPF, que assina o despacho com outros dois colegas, Jaime Mitropoulos e Aline Caixeta.


“O que existe hoje é uma naturalização do papel de várias instituições brasileiras nesse período. Essa é uma discussão importantíssima a ser encarada: até que ponto cabe a reparação histórica e qual é a melhor maneira de fazê-la?”, questiona o procurador.



A escravidão é considerada um crime contra a humanidade. Por isso, não prescreve e permite que ações relacionadas ao período ainda possam correr na Justiça.


Instituições de alguns países, como universidades e bancos nos Estados Unidos e Inglaterra, têm reconhecido seu papel na escravidão e criado medidas de reparação, que vão de fomento a pesquisas acadêmicas e indenizações.


No documento enviado ao Banco do Brasil, o MPF estipulou um prazo de 20 dias para a presidência da instituição responder a uma série de questões:


“A posição do banco sobre sua relação com o tráfico de pessoas negras escravizadas”, “informações sobre financiamentos realizados pelo banco e relação com a escravidão”, “informações sobre traficantes de pessoas escravizadas e sua relação com o banco” e “iniciativas do banco com finalidades específicas de reparação em relação a esse período.”


Os procuradores também solicitaram uma reunião com a direção do BB para discutir medidas de reparação histórica no dia 27 de outubro, no Rio de Janeiro. Também convidaram para o encontro o grupo de historiadores que propôs a ação e membros dos ministérios de Direitos Humanos e Igualdade Racial.


Segundo Julio Araujo, o inquérito civil “é diferente de uma investigação tradicional”, e pode terminar em um acordo, Termo de Ajuste de Conduta (TAC) ou mesmo uma ação judicial contra o banco caso a instituição se recuse a discutir o tema. “É imprevisível, não sabemos qual o rumo ele pode tomar, mas queremos uma resposta do banco”, afirma o procurador.



Contatado pela BBC News Brasil às 17h desta quarta-feira, o Banco do Brasil informou que "foi notificado no final da tarde de hoje" e que o "jurídico da instituição analisará o teor do documento e prestará as informações necessárias dentro do prazo previsto" (pelo MPF).


Mas, afinal, como o Banco do Brasil participou da escravidão?


História do BB

Nos últimos cinco meses, os historiadores pesquisaram em arquivos públicos a participação de escravocratas e traficantes na fundação e estabelecimento do Banco do Brasil como a maior instituição financeira do Império.


No início da pesquisa, havia uma questão fundamental: o Banco do Brasil de hoje é o mesmo do século 19?



“Inicialmente, na minha cabeça, a resposta era negativa, porque ele havia sido fundado, liquidado e refundado outras vezes”, explica o historiador Thiago Campos Pessoa, pesquisador do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (UFF), um dos acadêmicos que assinaram o documento enviado ao MPF.


A resposta para o dilema, conta Pessoa, veio do próprio banco. “Oficialmente, o BB conta que sua história começa em 1808, com a vinda do rei D. João 6º ao Brasil. Ou seja, mesmo com as refundações, ele considera que é sempre a mesma instituição. Então, partimos dessa premissa: é o mesmo banco”, afirma Pessoa.


De fato, em seu site, o Banco do Brasil afirma ter mais de 200 anos de história, embora não cite a escravidão nem suas três refundações. “Estamos cuidando do futuro com responsabilidade, e cultivando, há mais de 200 anos, o valor dessa relação que temos com os brasileiros”, diz o texto da empresa na seção “Quem somos”.


Em sites de órgãos do governo federal, como do Banco Central e do Arquivo Nacional, a história do BB sempre começa em 12 de outubro de 1808, meses depois da chegada da corte portuguesa ao Brasil.


Quando foi criado, o objetivo da instituição era enfrentar a escassez de crédito e de moeda do Império português, mas sua atuação se reduziria ao financiamento público. Segundo os historiadores, porém, parte do dinheiro do banco vinha de taxas cobradas de embarcações dedicadas ao tráfico de africanos.



“A escravidão e o comércio negreiro financiavam a constituição do banco também de maneira indireta por meio de subscrições”, escrevem os pesquisadores.


Ou seja, o governo imperial concedia títulos de nobreza a escravocratas e comerciantes ilegais que colocavam dinheiro no banco.


Com dificuldades financeiras, esse primeiro BB foi dissolvido em 1829 e depois foi refundado em 1833, mas essa fase durou apenas um curto período.


É na refundação de 1853 que a ligação do Banco do Brasil com a escravidão fica mais estreita, segundo os pesquisadores que procuraram o MPF.


Eles descobriram, por exemplo, que grandes traficantes de escravizados fizeram parte do grupo de empresários que assinaram o termo de refundação da instituição.


Embora tenha renascido como um banco privado, o BB tinha finalidades públicas, como o controle do mercado de crédito e o monopólio da emissão da moeda.


Um desses empresários que fundaram o BB era José Bernardino de Sá, que se tornou seu maior acionista em 1853. Um dos homens mais ricos do Império, o magnata tinha fazendas, inúmeros imóveis e até um teatro no Centro do Rio de Janeiro.


Mas sua principal atuação era o tráfico de africanos, diz o historiador Thiago Campos Pessoa, da UFF, que há anos estuda a vida do contrabandista e há poucos meses se deparou com o nome dele entre os fundadores do Banco do Brasil.



“Esse era um mercado muito complexo e envolvia muitas pessoas dos dois lados do Atlântico. Mas também era extremamente lucrativo, porque, na época, um escravizado valia muito dinheiro. Uma única viagem de um navio negreiro podia enriquecer um traficante”, afirma.


Segundo Pessoa, Bernardino de Sá tinha um barracão ao norte de Luanda, capital de Angola, onde deixava os africanos sequestrados até o embarque. Eles chegavam ao litoral de São Paulo e Rio de Janeiro e, depois, eram deixados em fazendas do empresário até serem negociados. Estima-se que o traficante tenha contrabandeado 20 mil africanos entre 1825 e 1851.


Essa operação, porém, era considerada ilegal desde 1830, quando o comércio transatlântico de pessoas foi proibido por lei sob pressão da Inglaterra. A questão é que a proibição “não pegou” no Brasil e ficou conhecida como “lei para inglês ver”.


Nos anos seguintes, o tráfico se intensificou com anuência e participação do Império. Calcula-se que cerca de 753 mil africanos foram trazidos ilegalmente ao Brasil em apenas duas décadas, entre 1830 e 1850.


Como comparação, em todo o período da escravidão no Brasil, que durou cerca de 300 anos, 5 milhões de pessoas foram trazidas ao Brasil.


“Nessas duas década o Brasil foi responsável pelo maior crime contra a humanidade do século 19”, diz Bruno Rodrigues de Lima, doutor em História e o Teoria do Direito pelo Max Planck Institute, em Frankfurt, na Alemanha, e especialista na história da escravidão desse período.


“A lei assinada pelo imperador D. Pedro 2º tem efeito contrário. O tráfico se torna massivo, em escala industrial. O Rio de Janeiro se tornou na época a capital mundial da escravidão. E, para esse mercado dar certo, era preciso muito dinheiro, crédito, operações bancárias e documentos oficiais”, explica Lima, organizador das Obras Completas de Luiz Gama.


Era nesse contexto que atuava José Bernardino de Sá.


“Não era segredo o que ele fazia, ele era uma pessoa rica e conhecida, com muitos investimentos. Mas foi o tráfico que o enriqueceu. Esse ‘comércio ilegal’ era naturalizado, era conduzido pelo Estado e tinha o Estado como parceiro”, diz.



Segundo os historiadores, em 1855, José Bernardino de Sá possuía 5.216 ações do Banco do Brasil, o que representava um montante de cerca de mil contos de réis, fortuna maior do que a de muitos fazendeiros do Vale do Paraíba, região cafeeira entre o Rio e São Paulo e morada dos homens mais ricos do Brasil na época.


Mas havia outros nomes conhecidos da escravidão entre os fundadores do Banco do Brasil, inclusive em sua diretoria.


Um deles era João Pereira Darigue Faro, vice-presidente do banco em 1855. Visconde do Rio Bonito, Darigue Faro era membro de uma das famílias mais ricas do Vale do Paraíba fluminense. Segundo o documento do MPF, sua família possuía 540 escravizados, “certamente dos maiores proprietários de escravos no Império”, diz o texto.


Outro nome era João Henrique Ulrich, diretor do BB por uma década a partir de 1854. Sua história com a escravidão também é conhecida. Em 1842, ele foi flagrado pelo governo de Angola comandando um barracão de escravizados em Luanda. Segundo jornais da época, Ulrich fez fortuna com o tráfico e intermediando negócios do café.


Ligações do BB com a escravidão

Embora entre os fundadores do BB estejam traficantes de escravizados, até que ponto o banco estava ligado à escravidão e quanto de seu dinheiro vinha desse sistema?


Para Clemente Penna, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que também assina o documento, o sistema financeiro da época “dependia da escravidão”, mas ainda faltam mais pesquisas acadêmicas para determinar o papel de cada instituição.


“Era uma economia que tinha pouca moeda oficial circulando. O que havia era um sistema baseado em títulos de créditos, hipotecas, letras de câmbio… Quem tinha muito dinheiro em caixa eram os traficantes. Então, foram eles que financiaram o Estado, os títulos da dívida e o capital societário dos bancos”, explica.


A pesquisa do historiador, que analisou 3 mil execuções de dívidas no Rio de Janeiro entre 1830 e 1860, aponta que escravizados eram utilizados inclusive como garantia do pagamento de empréstimos.


Quando havia uma débito não pago, a Justiça determinava que escravizados pertencentes ao devedor fossem enviados a um depósito no antigo Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio, onde eram “armazenados” até que o dinheiro fosse devolvido. Se isso não acontecesse, o cativo era leiloado e o valor era usado para saldar a dívida.



Segundo Penna, 65% das execuções de dívidas no período tiveram ao menos um escravizado levado a esse depósito - algumas dessas negociatas tiveram participação dos bancos.


Para o historiador, todas as operações financeiras da época tinham ligação com a escravidão. “Quem fazia dinheiro no século 19 estava ligado com a escravidão, porque ela estava em toda a sociedade, em toda esquina. Todo o sistema financeiro dependia dela”, explica.


O Banco do Brasil também concedeu empréstimos a fazendeiros proprietários de escravizados.


Segundo a tese de doutorado de Thiago Campos Pessoa, da UFF, o banco emprestou 800 contos de réis para José e Joaquim de Souza Breves, conhecidos como Irmãos Breves, em 1871.


A pesquisa aponta que, além de acionista e com membros na diretoria do BB, a família Breves era conhecida como uma das maiores proprietárias de escravizados do país, com cerca de 5 mil pessoas espalhadas em suas fazendas no Rio e em São Paulo.


“O que acontecia era que o banco financiava a escravidão e a escravidão financiava o banco. O dinheiro que entrava e o que saía faziam parte desse sistema”, explica Pessoa.


Movimento internacional

O inquérito do MPF segue um movimento global por reparação histórica de grandes instituições que participaram da escravidão.


Na Inglaterra, por exemplo, o caso mais emblemático é do Bank of England, fundado em 1694, que foi proprietário de centenas de escravizados no século 18. Recentemente, o banco reconheceu seu papel na escravidão e, por meio de pesquisas históricas, encontrou descendentes de escravizados, iniciando um processo de reparação financeira às famílias.


Já nos Estados Unidos, uma série de universidades, como Harvard e Brown University, também reconheceu o papel que proprietários de escravos tiveram em sua fundação e crescimento. A partir daí, as entidades financiaram pesquisas acadêmicas de longo prazo e em projetos voltados à comunidade negra afetada.


Para o procurador Julio Araujo, o inquérito contra o Banco do Brasil pode ser o pontapé inicial das discussões sobre reparação histórica no país.


“É preciso encarar essa discussão, porque esse passado e essa memória fazem parte e ainda afetam nosso presente, por meio das desigualdades sociais e do racismo estrutural. A sociedade e as grandes instituições brasileiras precisam se olhar no espelho e enfrentar esse assunto”, diz.


Já o historiador Bruno Lima afirma que “todas as instituições brasileiras com mais de 150 anos, sejam elas bancos, universidades e até tribunais de Justiça, têm em suas mãos o sangue e as digitais da escravidão.”



“Elas enriqueceram com a escravidão, compraram e venderam pessoas. É preciso um esforço institucional e uma pressão da sociedade para que essa história seja escavada, seja reconhecida, e que a gente consiga finalmente compreender como foi formado o Brasil”, afirma.


Fonte: BBC

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