quinta-feira, março 19, 2020

Secretaria de Saúde de Parnamirim, RN, investiga se morte de mulher de 47 anos está relacionada com coronavírus

As secretarias de Saúde do Estado e da cidade de Parnamirim, na Grande Natal, vão investigar se a uma mulher que morreu nesta quinta-feira (19) na UPA Nova Esperança foi vítima do novo coronavírus. Maria Robervânia de Carvalho Gomes tinha 47 anos de idade e trabalhava como faxineira em uma loja de venda de carros seminovos. Ela não havia sido sequer identificada como paciente suspeita do Covid-19.

Hospital Giselda Trigueiro, na Zona Oeste de Natal, é referência em infectologia — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi
Hospital Giselda Trigueiro, na Zona Oeste de Natal, é referência em infectologia — Foto: Julianne Barreto/Inter TV Cabugi

De acordo com o filho de mulher, João Paulo Gomes, os sintomas começaram a aparecer no fim de semana passado. “Todos nós gripamos aqui em casa e ficamos bem depois. Ela não melhorou”, relata. Maria Robervânia morava com o marido, o filho, a nora e uma neta de quatro anos de idade em Nova Parnamirim, na Região Metropolitana da capital.

Segundo João Paulo, na segunda-feira (16), a mãe dele se sentiu melhor e viajou a Mossoró, na região Oeste, para resolver questões pessoais da família. Voltou pior da viagem. Ainda segundo o filho, ela não trabalhou nesta semana. Na terça (17), procurou atendimento em uma clínica privada na Zona Sul de Natal.


João Paulo Gomes conta que o médico que a atendeu identificou que ela estava com sintomas do novo coronavírus: falta de ar, tosse e febre. Foi aí que orientou que Maria Robervânia procurasse a rede pública de saúde, para realizar os testes e confirmar ou não a suspeita.

Ainda segundo João Paulo Gomes, a mãe dele seguiu direto para a Unidade de Ponto Atendimento (UPA) Nova Esperança, em Parnamirim. Ao chegar lá, descobriu que não seria submetida ao teste, por causa do protocolo do Ministério da Saúde. Apesar de apresentar os sintomas, ao ser questionada se havia tido contato com algum estrangeiro e responder que não, Maria Robervânia não se enquadrou como caso suspeito do Covid-19.

João Paulo Gomes diz que ela foi medicada e liberada. A faxineira voltou para casa, mas o quadro de saúde não apresentou evolução. Já na manhã desta quinta-feira (19), com muita falta de ar, foi levada novamente à UPA, desta vez pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Lá eles não fizeram o teste de novo, pelo mesmo motivo”, afirma João Paulo. Ele conta que a mãe foi entubada, com dificuldades respiratórias e, às 11h desta quinta, morreu. “Uma negligência em não fazer o exame logo no primeiro dia, um descaso”, desabafou o filho.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim alegou que “todos os procedimentos de classificação de risco e de atendimento foram devidamente cumpridos neste caso”.

O corpo de Maria Robervânia de Carvalho Gomes foi levado para o Hospital Giselda Trigueiro, referência local em infectologia, para que sejam realizados os exames que vão precisar se ela morreu com Covid-19.

Fonte: G1
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Pequenos comércios começam a sentir efeitos do coronavírus em Natal

Com a chegada do novo coronavírus recentemente a Natal, a população da cidade passou a atender as recomendações das principais organizações de saúde e especialistas da área no mundo, que é a de ficar em casa, em quarentena. Esse método é visto como uma das formas mais eficazes neste primeiro momento de conter a propagação rápida do vírus.

Chiquita Bacana fica em Candelária, zona Sul de Natal — Foto: Divulgação
Chiquita Bacana fica em Candelária, zona Sul de Natal — Foto: Divulgação

Com a ausência de pessoas nas ruas e as medidas de prevenção nas próprias lojas, os pequenos comerciantes começam a sentir os efeitos do novo coronavírus.

O empresário Hans Beckmann é um deles. Dono da loja de açaí Chiquita Bacana, no bairro de Candelária, na Zona Sul, ele vai fechar a loja para atendimentos presenciais nos próximos dias. "Foi algo muito rápido e maior do que imaginávamos. Mas nós sabemos que isso vai piorar e, por isso, devemos fechar. Vamos passar a vender apenas por delivery", explicou ao G1.

Atualmente, Hans tem três funcionárias no comércio. Duas delas serão demitidas neste primeiro momento. "Eu não iria conseguir ficar três ou quatro meses pagando o salário delas sem o movimento, até porque tenho outros encargos que me são cobrados pelo comércio. Então decidi demiti-las para que elas possam receber o FGTS, fiquem com essa reserva nesse período, e tenham a dignidade de ficar em casa", disse.


Fundado há 14 anos, o Chiquita Bacana é o único sustento do empresário atualmente, que já chegou a ter nove funcionários na loja, mas há algum tempo havia reduzido a equipe para sobreviver às crises na economia. "Eu sobrevivo disso. E já estávamos enfrentando uma crise econômica há alguns anos. E não vemos horizonte de melhora. Eu já cheguei a ter nove funcionários trabalhando comigo", lembra.

Segundo ele, fechar para atendimentos presenciais neste momento é uma medida que visa também proteger os clientes. "Vamos fazer isso até em respeito ao nosso cliente, para que não haja o contágio lá".

A empresária Marcela Zauli, proprietária da Confraria das Massas, também precisou tomar medidas para o atual momento. Ela antecipou férias da equipe e ampliou as de uma funcionária que voltaria a trabalhar nos próximos dias.

"Vou adiantar e depois desses 30 dias vou avaliar como está o cenário novamente e ver o que fazer. Talvez trabalhemos com horário reduzido dos funcionários. Ainda vamos pensar", falou.

Apesar de destacar a situação complicada atualmente, a princípio ela vai manter a lanchonete aberta ao público, que já tem alterado o hábito nos últimos dias. "Estamos funcionando normalmente. Aqui está mais parado e acho que vai permanecer. Mas os pedidos para entrega já estão maiores do que o normal. Cada dia mais", comentou.

Como forma de prevenção, alguns shoppings de Natal passaram a atender em horário reduzido e outros comércios fecharam as portas por tempo indeterminado, casos do Ateliê Bar e do Rastapé, além de projetos culturais que movimentam a cidade como o "Quinta que te quero samba".

Fonte: G1
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Em um mês, 46 pacientes do RN foram submetidos a exames de coronavírus

Desde o surgimento dos primeiros casos suspeitos do novo coronavírus (Covid-19) no Rio Grande do Norte, no fim de fevereiro, até esta quinta-feira (19), 46 pacientes do estado foram submetidos a exames de coronavírus. As amostras, coletadas no RN, são enviadas para análise no Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará. Nesta quinta (19), o RN contabiliza 75 casos suspeitos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Exames coletados no RN são feitos no Instituto Evandro Chagas, no Pará — Foto: Junior Aguiar/Secom
Exames coletados no RN são feitos no Instituto Evandro Chagas, no Pará — Foto: Junior Aguiar/Secom

Das 46 amostras enviadas ao IEC para testagem do coronavírus, 13 já têm resultado: 12 descartes e 1 confirmação, que é até o momento o único registro da doença em solo potiguar. Os testes para confirmar o diagnóstico da Covid-19 podem demorar até 10 dias. O RN aguarda o resultado de 33 pessoas.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), as 46 amostras enviadas ao Pará até agora representam uma demanda dentro do esperado, uma vez que o Rio Grande do Norte não tem registro de transmissão local, quando o vírus é repassado dentro do estado.

Protocolo de testes
Atualmente, o Rio Grande do Norte não faz testagem para o novo coronavírus, mas pode fazer testes para outras doenças respiratórias no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). O protocolo funciona da seguinte maneira: o paciente com febre, tosse seca e que viajou ao exterior ou teve contato com pessoas que estiveram em outros países ou tiveram contato com pessoas com suspeita ou infectadas é considerado um caso suspeito e submetido a coleta da amostra laboratoria, que é encaminhada ao Lacen do RN.

Esse teste irá mostrar em até 72 horas se o paciente está infectado com algum vírus respiratório como Influenza A, Influenza B ou H1N1, por exemplo. Em caso de positivo, a infecção por coronavírus é automaticamente descartada. Caso o resultado seja negativo ou inconclusivo, o paciente segue sendo considerado como suspeito e o material coletado é enviado para análise no IEC, no Pará.

Segundo a equipe epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde Pública, não há registros de infecção por dois vírus (Covid-19 e outro vírus respiratório como a Influenza).

Após enviado ao Instituto Evandro Chagas, o resultado pode demorar até 7 dias para ser divulgado. Somados com as 72 horas do teste anterior para Influenza feito no Lacen, a espera pode chegar a até 10 dias no total.

fonte: G1
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Após caso suspeito de coronavírus no prédio da Procuradoria Geral, MPF suspende trabalho presencial no RN

Depois da identificação de um caso suspeito do novo coronavírus no prédio em que funciona a Procuradoria da República do Rio Grande do Norte, edifício Arnaldo Gaspar Corporativo, em Natal, o Ministério Público Federal suspendeu as atividades presenciais no estado. A medida foi anunciada através de nova enviada à imprensa nesta quinta-feira (19) e é válida por tempo indeterminado.

Procuradoria Geral do RN funciona no edifício Arnaldo Gaspar Corporativo — Foto: Google Maps
Procuradoria Geral do RN funciona no edifício Arnaldo Gaspar Corporativo — Foto: Google Maps

Servidores darão prosseguimento às atividades de casa. A orientação é que os cidadãos busquem atendimento on-line, por meio do portal MPF Serviços, que pode ser acessado do computador ou por aplicativo no celular.

Ao todo são 16 serviços disponíveis pelo sistema, como: formulários para denúncias e reclamações, pesquisa processual, pedidos de informação, envio de documentos, dentre outros. A plataforma, segundo o MPF, reúne os principais serviços prestados pelo órgão, incluindo envio de documentos eletrônicos por pessoas jurídicas e por pessoas físicas.

Na sexta-feira da semana passada, dia 13, o MPF já havia determinado por portaria a adoção de rodízio no atendimento ao público nas suas dependências. Além disso, os servidores que se enquadram em grupos mais vulneráveis à doença foram autorizados a trabalhar de casa. Também foram suspensos os eventos nas unidades do Ministério Público Federal na mesma portaria.

Fonte: G1
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Coronavírus: Órgãos da Justiça determinam trabalho remoto e suspendem prazos de processos no RN

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), o Ministério Público, a Defensoria Pública do Estado e a OAB assinaram um ato conjunto nesta quinta-feira (19) para determinar o trabalho remoto dos servidores e suspender os prazos dos processos judiciais. A medida foi tomada por causa da pandemia do novo coronavírus.

Sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, em Natal — Foto: Divulgação/ TJRN
Sede do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, em Natal — Foto: Divulgação/ TJRN

De acordo com os órgãos do Judiciário potiguar, fica suspenso o expediente presencial em todas as suas unidades, até o dia 30 de abril. Os membros e servidores das instituições deverão atuar em regime de trabalho remoto, ou seja, de casa. Os prazos de processos físicos e eletrônicos também ficarão suspensos no período de 19 de março a 30 de abril.

De acordo com o ato, quando for imprescindível a presença física de membros ou servidores nas instalações das unidades para necessidade de atividade presencial em caso de urgência, será limitada a 20% do quadro da unidade, mas o percentual pode ser menor a critério de cada gestor, em sistema de rodízio, que será realizado no período compreendido no horário de expediente.

Os setores administrativos das quatro instituições passam a ter expediente de 8h às 14h de segunda a sexta-feira, em sistema de rodízio entre os servidores, garantida a presença mínima necessária para o seu funcionamento, conforme escala elaborada pelo responsável imediato.


A suspensão dos processos poderá ser prorrogada por determinação da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, considerando a situação epidemiológica, exceto quanto às ordens judiciais consideradas urgentes e aquelas cujo cumprimento imediato seja considerado pela autoridade judiciária competente imprescindível para evitar o perecimento, a ameaça ou a grave lesão a direitos, bem como as indispensáveis ao atendimento dos interesses da Justiça.

"Ao assinar o ato conjunto, os chefes das quatro instituições levaram em consideração a necessidade de reduzir o fluxo diário dos públicos interno e externo aos edifícios do Poder Judiciário, do MPRN, da Defensoria Pública e da OAB, e das recomendações de distanciamento social, e intensificação das ações e programas de higienização pessoal, e do ambiente de trabalho", informou o MP.

"Além disso, foi considerada a necessidade de maior restrição do contato físico pessoal no ambiente de trabalho em favor do isolamento social imprescindível a redução do contágio do coronavírus (Covid-19), conforme orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde", concluiu.

Fonte: G1
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Secretaria de Saúde suspende cirurgias eletivas e férias de servidores durante crise do coronavírus no RN

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap) suspendeu a realização de cirurgias eletivas, além de férias e licenças de servidores durante a crise do novo coronavírus - o Covid-19. As medidas foram estabelecidas por duas portarias publicadas no Diário Oficial do Estado. Servidores do setor administrativo poderão fazer trabalho remoto, de casa.

As únicas cirurgias eletivas que serão mantidas, de acordo com o governo, são as vasculares e as ortopédicas. As demais estão suspensas por tempo indeterminado. As unidades que realizam atendimentos ambulatoriais deverão criar um sistema de agendamento por horário, para evitar aglomeração de usuários e servidores, de acordo com os documentos.

De acordo com o governo, a concessão de licença prêmio, férias, licença para interesse particular, afastamento para estudo, estágio ou treinamento e redução de carga horária está suspensa enquanto perdurar a Emergência Nacional de Saúde Pública. "Somente será concedida Licença Prêmio para o servidor cujo período de licença que faz jus, corresponda ao tempo que falta para sua aposentadoria".

Nomeados
Ainda de acordo com o governo, os 970 servidores do Concurso Edital 001/2018 nomeados durante a Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional terão 2 dias úteis para entrada em exercício após assinatura do termo de posse, salvo os casos em afastamento por recomendação médica ou sanitária de isolamento e quarentena preconizada em virtude do coronavírus.

"Excepcionalmente, os servidores nomeados durante a Emergência em Saúde Pública, só precisarão apresentar os seguintes exames e/ou documentos à Junta Médica Estadual: Hemograma com contagem de plaquetas – validade 90 dias; Vacinas antitetânica/rubéola/hepatite B; Raio X do tórax em PA com laudo do radiologista – validade 6 meses; Atestado de sanidade mental emitido por médico psiquiatra – validade 30 dias; Glicemia de jejum – validade 90 dias; Atestado do ginecologista/obstetra assistente para gestantes, isentas de exames radiológicos, além de qualquer outro exame complementar solicitado por aquele colegiado; Anti-HVC e anti-HBS", informou a pasta.

A Secretaria de Administração disponibilizou agendamento online para nomeados do concurso da Saúde se apresentarem na Junta Médica. Os farmacêuticos, médicos, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e fisioterapeutas convocados precisam realizar ainda um pré-cadastro para concluir o agendamento.

"É preciso ressaltar que os convocados precisam primeiramente se apresentar na Sesap para entrega da documentação e abertura de processo. Inclusive, foi disponibilizado desde o dia 14 de março outro link para agendamento desta etapa. Só após feito isso é que os profissionais devem agendar a apresentação dos exames admissionais na Junta Médica. Os nomeados podem optar pelo atendimento na Junta Médica da Sead ou do Ipern".

Cirurgias ortopédicas estão mantidas (arquivo) — Foto: Douglas Lemos/G1 RN
Cirurgias ortopédicas estão mantidas (arquivo) — Foto: Douglas Lemos/G1 RN

Fonte: G1
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'Nós estamos aqui por vocês. Por favor, fiquem em casa por nós', pedem servidores do maior hospital público do RN

Com o avanço do coronavírus no Brasil, a orientação dos especialistas para conter a pandemia global é investir em hábitos simples de higiene, como lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e ficar em casa. Recomendações que viraram uma espécie de campanha dos servidores do Hospital Walfredo Gurgel, nas redes sociais.

Servidores fazem campanha para pessoas ficarem em casa — Foto: Reprodução
Servidores fazem campanha para pessoas ficarem em casa — Foto: Reprodução

O crescimento da Covid-19 provocou mudanças e alterou a rotina de pacientes, acompanhantes e visitantes no Walfredo Gurgel. "Nós estamos aqui por vocês. Por favor, fiquem em casa por nós", é a mensagem que os profissionais da maior unidade hospitalar do Rio Grande do Norte tentam passar à população.

"Existe uma preocupação por se tratar de uma pandemia, não sabemos quando isso vai acabar nem as reais sequelas do coronavírus na sociedade. Cuidamos de pessoas em estado grave de saúde, então temos que ter o máximo de cuidado. Os corredores do hospital estão mais vazios e estamos conscientizando as pessoas sobre as visitas", explica Cássia Costa, coordenadora de Serviço Social do Walfredo Gurgel.

Segundo Cássia, além da campanha nas redes sociais para reforçar a importância do isolamento social durante a pandemia, as assistentes sociais do hospital estão em constante contato com as famílias para explicar a suspensão de algumas visitas. "A gente liga e conversa, alguns apresentam resistência, mas no fim das contas todos entendem o momento", acrescenta.

Profissionais trabalham no Posto de Atendimento do 2º Pavimento do Walfredo Gurgel — Foto: Cedida
Profissionais trabalham no Posto de Atendimento do 2º Pavimento do Walfredo Gurgel — Foto: Cedida

Os pacientes internados em leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tiveram visitas suspensas para evitar contágio com o novo coronavírus. Como alternativa, os profissionais do hospital montaram uma sala, de onde estão informando as famílias dos pacientes por meio de boletim telefônico.

"É importante que adotemos essas medidas. A recepção de um hospital é um local que concentra aglomerações e no Walfredo não há pias na recepção. Tendo em vista nosso estoque de produtos como máscaras e álcool em gel é fundamental diminuirmos o fluxo de pessoas no hospital", detalha Cássia Costa.

E completa: "Nós não sabemos os cuidados que o visitante toma, pode ser que ele se infecte no caminho para o hospital e traga o vírus para os pacientes. Imagine se uma pessoa que já está em estado grave na UTI acaba se infectando com o coronavírus, tudo ficaria muito mais difícil. Por isso fica a mensagem, nós ajudem e fiquem em casa".

Localizado na Avenida Senador Salgado Filho, uma das mais movimentadas da capital potiguar, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel é a maior unidade do Rio Grande do Norte e está recebendo um incremento no números de profissionais para o enfrentamento do novo coronavírus (Covid-19). O reforço vem dos novos nomeados do concurso público da saúde, homologado em 2018. No sábado (14), o Governo do Rio Grande do Norte nomeou 970 candidatos.


O Rio Grande do Norte tem uma confirmação para o novo coronavírus e 108 casos suspeitos da doença. Em todo o país, o número de casos suspeitos ultrapassou 11 mil e quatro pessoas morreram por causa da Covid-19 no estado de São Paulo.

Um dos corredores do hospital — Foto: Cedida
Um dos corredores do hospital — Foto: Cedida

Fonte: G1
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Igreja Católica suspende missas por tempo indeterminado para evitar contágio de coronavírus no RN

Os bispos da Igreja Católica no Rio Grande do Norte expediram um decreto que suspende missas nos seus templos em todo o Rio Grande do Norte. A medida vale a partir desta sexta-feira (20), por tempo indeterminado, e visa intensificar a prevenção ao novo coronavírus - o Covid-19.

Igrejas seguem abertas para que fiéis possam fazer orações.  — Foto: Alex Regis/PMN/Secom
Igrejas seguem abertas para que fiéis possam fazer orações. — Foto: Alex Regis/PMN/Secom

De acordo com o decreto, apenas catedrais e igrejas matrizes de cada paróquia poderão fazer celebrações a portas fechadas e com equipe reduzida, para que sejam transmitidas ao vivo pela internet ou por emissoras de rádio.

"Os fiéis poderão ainda assistir às missas pelas emissoras de TV de inspiração católica", afirma o documento, assinado pelo arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha e pelos bispos de Mossoró e Caicó, Mariano Manzana e Antônio Carlos Cruz Santos. Veja aqui.

Ainda conforme o documento, confissões devem ser realizadas somente em caso de "real necessidade", tomando os devidos cuidados, assim como a unção dos enfermos e a celebração das exéquias.

"No tocante às celebrações do Sacramento do Matrimônio e do Batismo, recomendamos que sejam transferidas para um tempo oportuno. Não sendo possível a transferência de Matrimônio, seja celebrado em privado, com reduzido número de pessoas".

Templos seguem abertos
Os bispos ordenaram, no entanto, que os templos permaneçam abertos para que os fiéis que quiserem possam fazer suas orações particulares, respeitando as normas sanitárias.

Principalmente aos idosos e o público de risco, a orientação da igreja é que se mantenham em suas casas como uma medida protetiva, "em espírito quaresmal de oração e penitência".

fonte: G1
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São Paulo confirma quinta morte por coronavírus

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou nesta quinta-feira (19) a quinta morte pelo coronavírus em São Paulo. O paciente é um homem de 77 anos, com comorbidade, que residia na capital paulista e estava internado em um dos hospitais da rede Prevent Senior.

Foto ilustrativa mostra resultado positivo para o novo coronavírus  — Foto: Dado Ruvic/Reuters/Arquivo
Foto ilustrativa mostra resultado positivo para o novo coronavírus — Foto: Dado Ruvic/Reuters/Arquivo

A operadora de saúde informou que em sua rede há 33 pacientes na UTI, sendo que 12 tiveram exames confirmados para a doença Covid-19. Os outros 21 aguardavam o resultado do exame até a última atualização desta reportagem.

Em nota, a Prevent Senior diz ainda que há 90 pacientes "em acomodação apartamento, sendo 16 positivos para Covid-19 e 74 aguardando resultado do exame".

O estado de São Paulo tem 286 casos confirmados do novo coronavírus e 7.669 suspeitos, segundo boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde nesta quinta-feira (19). O número de confirmados aumentou 19% em relação ao balanço anterior, divulgado na quarta (18).

Dentre os 286 pacientes, 4 residem em outros estados, mas tiveram a confirmação em São Paulo, e 2 vivem em outro país. A maior parte dos casos (259) está na capital, mas há casos confirmados em outros 16 municípios.

Ao todo, país vai a 7 casos de morte em decorrência do Coronavírus no Brasil. No Rio de Janeiro, duas mortes foram confirmadas nesta quinta-feira (19).

Casos confirmados pela Secretaria de Saúde
As três mortes confirmadas na quarta (18) são de homens, com problemas de saúde anteriores e idades de 65, 81 e 85 anos, segundo o órgão. Todos foram atendidos em hospital privado da capital paulista. O paciente de 81 anos é morador do município de Jundiaí e os demais de São Paulo.

O primeiro caso no Brasil de morte de pessoa infectada pelo novo vírus (Sars-Cov-2) foi confirmado nesta terça-feira (17) na capital paulista. Já no começo da tarde desta quarta-feira (18) outras duas mortes foram registradas por uma rede de hospitais particulares de São Paulo, e os registros foram confirmados pela secretaria.

O estado de São Paulo também registra 240 casos confirmados da doença, segundo balanço desta quarta-feira (18). Trata-se de um aumento de 46% em relação ao balanço anterior, que confirmava 164 casos.

Desses 240 casas, 214 estão na cidade de São Paulo, 6 em São Caetano do Sul, 6 em Santo André e 3 em São Bernardo do Campo.

Osasco, Ferraz de Vasconcelos, Cotia, Barueri, Guarulhos, Mauá, Santana do Parnaíba, São José dos Campos, Campinas, São José do Rio Preto e Jaguariúna registram um caso confirmado cada.

O balanço desta quarta-feira (18) registra as primeiros casos do novo coronavírus no interior do estado. Até o balanço anterior, todos os registros estavam restritos a cidades da Grande São Paulo.

Em todo o Brasil são 512 pessoas infectadas, segundo as secretarias estaduais brasileiras. O boletim do Ministério da Saúde desta quarta-feira aponta 291 pacientes infectados.

Primeiro caso
O estado de São Paulo registrou o primeiro caso no Brasil de morte pelo novo coronavírus nesta terça-feira (17). A primeira vítima é um homem de 62 anos que estava internado no Hospital Sancta Maggiore, da Rede Prevent Senior, no Paraíso, na capital paulista.

A vítima morava na cidade de São Paulo e tinha histórico de diabetes e hipertensão, além de hiperplasia prostática — um aumento benigno da próstata que não é uma doença, mas uma condição comum em homens mais velhos e que pode causar infecções urinárias.

Segundo o infectologista David Uip, a vítima teve os primeiros sintomas da doença no dia 10 de março, sendo internada quatro dias depois, dia 14, e falecendo às 16h03 desta segunda-feira (16).

“Infelizmente o ocorrido foi o primeiro óbito aqui. Um homem morador de São Paulo internado num hospital privado e o diagnóstico de coronavírus foi feito também por um laboratório privado. Ele veio a óbito ontem 16h03 e não tem histórico. Fomos informados oficialmente hoje às 10h. Existem quatro outros óbitos neste mesmo serviço particular que estão sendo investigados. Assim que tivermos informações sendo ou não coronavírus vamos informá-los”, afirmou David Uip.

O secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, informou que o homem não tinha histórico de viagens ao exterior e está sendo tratado como caso de transmissão comunitária do vírus.

"Temos que repensar cada vez mais as medidas de prevenção, principalmente por se tratar de um óbito comunitário", declarou o secretário.

De acordo com estimativa do secretário estadual de Saúde paulista, José Henrique Germann, 20% dos pacientes registrados com coronavírus em SP estão em estado grave na UTI.

Revisão de protocolos
Para o infectologista David Uip, a morte do primeiro paciente está levando as autoridades paulistas a rever os entendimentos sobre os períodos de evolução da doença nos pacientes graves.

“Foi uma evolução rápida, da internação ao óbito. O caso desse [primeiro] paciente está fazendo a gente entender como se comporta a doença. Nós imaginávamos que o período de encubação da doença era de até 14 dias, mas a média está sendo de 6 a 8 dias até a doença se manifestar. Vamos inclusive sugerir ao Ministério da Saúde que diminua o tempo de quarentena de até 14 dias para dez”, disse Uip.

Sepultamentos
Na entrevista coletiva também foi esclarecido como será o trabalho dos agentes funerários durante o sepultamento de vítimas do coronavírus em São Paulo. No caso dos velórios, a orientação, segundo o secretário da Saúde, é de fechar o caixão para evitar o contato das pessoas. Caberá ao serviço de verificação de óbito liberar os corpos e já existe um protocolo específico para isso, segundo Paulo Menezes, coordenador do comitê de operações emergenciais (COE) da Secretaria Estadual de Saúde.

“A orientação é colocar o corpo num saco plástico, fechar e limpar externamente o saco com álcool, que é uma substância muito eficiente contra o coronavírus”, declarou Menezes.

Com o aumento do número de mortes ao redor do mundo, vários países já estabeleceram protocolos de segurança com relação aos mortos. A China proibiu funerais, assim como a Itália. A Espanha recomenda velórios sem aglomeração de pessoas, assim como o Ministério da Saúde do Brasil.

“Este óbito, infelizmente outros virão, não devem criar pânico na população. Essa é uma circunstância de quem lida com doente grave e muitas vezes a gripe se torna uma doença grave, a semelhança com a influenza. Nos EUA tem uma média de 30 mil óbitos por influenza por ano. Esperamos que não tenha mais nenhum óbito em São Paulo, mas a contingência de lidar com doentes graves implica em ter perdas, então isso não muda nada no estado a forma de entender a epidemia. E não deve chegar a população como algo inesperado e criar uma situação de pânico porque não é assim”, afirmou o infectologista Davi Uip.

Doações de sangue
Ao informar sobre a primeira morte de paciente como coronavírus, o governo do estado de São Paulo fez um alerta e um pedido à população da cidade de São Paulo para que façam doações de sangue pois, segundo o coordenador de Centro de Contingenciamento para o Coronavírus em São Paulo, o médico David Uip, os bancos da capital estão "praticamente vazios".

"Eu preciso dar um informe, que preciso de muito apoio de vocês: os nossos bancos de sangue estão praticamente sem sangue. O banco de sangue que tem mais sangue, tem sangue hoje para praticamente uma uma semana", declarou.

O governo de São Paulo avalia que o surto de coronavírus deve durar "de quatro a cinco meses". No entanto, as medidas restritivas adotadas pela administração estadual, como a suspensão das aulas e a restrição de eventos (leia mais abaixo), não devem ser aplicadas durante todo este período.

Medidas de contenção do vírus
A pandemia de coronavírus que atingiu o Brasil tem levado o governo e a prefeitura de São Paulo a tomarem uma série de medidas para impedir aglomeração de pessoas. O governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (18) o fechamento de todos os shoppings centers e academias da capital paulista e da região metropolitana de São Paulo para deter a propagação vírus. Ele também recomendou a suspensão de missas e cultos na Grande SP para conter o coronavírus.

Os shoppings têm até a próxima segunda-feira (23) para fechar as portas e o fechamento deve durar preliminarmente até o dia 30 de abril. A medida não se aplica a shoppings do interior e do litoral, apenas da Grande São Paulo, segundo o governo. Por meio de nota, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (ALSHOP) informou que irá cumprir integralmente a determinação dos governos estaduais quanto ao fechamento dos shoppings até a data estipulada.

A Prefeitura de São Paulo, por sua vez, proibiu o funcionamento do comércio a partir de sexta-feira(20). Apenas serviços essenciais e de alimentação continuarão funcionando, como supermercados, padarias, farmácias, restaurantes, postos de gasolina, lojas de conveniência e de produtos para animais, além de feiras livres. O resto do comércio deve paralisar as atividades até 5 de abril.

Segundo o prefeito Bruno Covas, a medida não afeta os estabelecimentos de serviços da capital paulista e nem as praças de alimentação, supermercados, bancos e outros serviços que funcionam dentro dos shoppings. Porém, as lojas desses shoppings centers da capital deverão ser fechadas.

Vacinação em SP
O governo paulista também anunciou que a vacina contra a gripe será oferecida gratuitamente em farmácias a partir do dia 13 de abril. A campanha de vacinação contra o vírus influenza começa na próxima segunda-feira (23) nos postos de saúde. A vacina contra a gripe não protege contra o novo coronavírus, mas médicos destacam que é importante que a população esteja imunizada contra a gripe comum para facilitar o diagnóstico do novo vírus.

“Nas farmácias, a vacinação será gratuita e válida a partir do dia 13 de abril e nos postos de saúde a partir do dia 23 de março”, disse o governador João Doria em coletiva.

Fonte: G1
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Número de mortos na Itália por Covid-19 ultrapassa total de vítimas na China

O número de mortes causadas pelo novo coronavírus na Itália ultrapassou nesta quinta-feira (19) o total de vítimas na China pela Covid-19.

Exército transporta corpos de vítimas do novo coronavírus em Bergamo, na Itália, nesta quinta-feira (19) — Foto:  Sergio Agazzi.Fotogramma via Reuters
Exército transporta corpos de vítimas do novo coronavírus em Bergamo, na Itália, nesta quinta-feira (19) — Foto: Sergio Agazzi.Fotogramma via Reuters

Segundo balanço das autoridades italianas divulgado pela agência Reuters, a Itália registrou 3.405 mortes pelo novo coronavírus. Na China — considerando todo o país — o total de vítimas é de 3.245.

Ainda segundo autoridades italianas, o país europeu registrou 427 mortes somente em um dia. É um número levemente menor do que as 475 vítimas registradas na véspera. No total de casos da doença, a Itália tem 41.035, uma alta de 14,9% em apenas um dia.


Para conter a disseminação do novo coronavírus, o governo da Itália impôs restrições na circulação em todo o país. Italianos não devem sair de casa, a não ser em caso de extrema necessidade — na maioria dos casos, é preciso levar uma declaração de punho próprio para apresentar às autoridades, em caso de abordagem.

Exército retira corpos

Caminhões de exército utilizados para levar corpos da Covid-19 na Itália nesta quinta-feira (19) — Foto: Sergio Agazzi.Fotogramma via Reuters
Caminhões de exército utilizados para levar corpos da Covid-19 na Itália nesta quinta-feira (19) — Foto: Sergio Agazzi.Fotogramma via Reuters

A Itália ordenou ao exército que retire corpos de uma cidade do norte do país que está no centro do surto de coronavírus onde os serviços funerários estão sobrecarregados, e o governo se prepara para prolongar medidas de interdição de emergência em todo o país.

Vídeos feitos por moradores de Bergamo, a nordeste de Milão, e exibidos no site do jornal local "Eco di Bergamo" mostraram uma longa fila de caminhões militares atravessando as estradas de madrugada e retirando caixões de um cemitério da cidade.

Um porta-voz do Exército confirmou nesta quinta-feira (19) que 15 caminhões e 50 soldados foram mobilizados para transferir corpos para províncias vizinhas. Mais cedo, autoridades de Bergamo haviam pedido ajuda com cremações por causa da sobrecarga em seu crematório.

China sem transmissão local

A China anunciou nesta quinta-feira (19) que nas últimas 24 horas não registrou qualquer novo caso de Covid-19, mas verificou 34 casos de infectados que vieram do exterior. Trata-se da primeira jornada sem casos locais de contaminação desde que as autoridades locais definiram, em janeiro, os critérios de contagem.

Fonte: G1
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Coronavírus: O que diz o modelo matemático que levou o Reino Unido a mudar radicalmente combate à Covid-19

A estratégia do governo britânico contra o coronavírus baseava-se na "mitigação" da pandemia e na "imunização de rebanho", ou infecção de grande parte da população, que na teoria desenvolveria imunidade coletiva com o objetivo de proteger todos os cidadãos.

Ruas desertas no centro de Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira (19) — Foto: Hannah McKay/ Reuters
Ruas desertas no centro de Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira (19) — Foto: Hannah McKay/ Reuters

Mas de repente tudo mudou: um modelo matemático apresentado pelo Imperial College de Londres deu um panorama extremamente sombrio de como a doença ia se propagar pelo país, como ia impactar o sistema público de saúde (o SUS do Reino Unido, chamado de NHS) e quantas pessoas iam morrer.

Imagem de uma estação de metrô em Londres, em 19 de março de 2020 — Foto: Isabel Infantes/AFP
Imagem de uma estação de metrô em Londres, em 19 de março de 2020 — Foto: Isabel Infantes/AFP

E a mensagem não poderia ser mais clara: ou muda-se a estratégia ou mais de 250 mil pessoas vão morrer por causa do novo coronavírus, mesmo se o sistema puder atender todos os pacientes contagiados.

Nos Estados Unidos, esse modelo mostra que entre 1 milhão e 1,2 milhões de pessoas podem morrer pelo coronavírus se medidas imediatas não forem tomadas.

"Pode ser que a gente viva em um mundo muito diferente do que conhecemos durante um ano ou mais", disse Neil Ferguson, chefe do programa de modelos matemáticos do Imperial College de Londres, ao jornal Financial Times.

Por isso, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, começou a falar de "supressão", que é a estratégia que foi utilizada na China e que significa romper a cadeia de contágio com a distância social de toda a população, em vez de "mitigação".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia declarado que se a opção fosse não fazer nada, as mortes no Reino Unido podiam chegar a 510 mil. Tendo isso em conta, optou-se pela estratégia de mitigação, com o objetivo de não fechar o país.

Se o governo continuasse com o modelo de mitigação, no entanto, não haveria só essa quantidade de mortos, mas o sistema de saúde entraria em colapso.

"A estratégia de supressão é a única viável", diz o estudo do Imperial College.
O modelo

Itália se tornou o epicentro do surto do novo coronavírus  — Foto: Getty Images via BBC
Itália se tornou o epicentro do surto do novo coronavírus — Foto: Getty Images via BBC

Para criar esse modelo, os cientistas, levando em conta a experiência de países como a China e a Coreia do Sul, mediram as três estratégias possíveis para enfrentar a pandemia:

- Supressão: romper as cadeias de transmissão, tratando de efetivamente deter a epidemia e reduzir os casos ao menor número possível, como fez a China;

- Mitigação: aceitar que não se pode deter o coronavírus e, portanto, diminuir sua propagação e tratar de evitar ao máximo casos de contágio que fariam colapsar o sistema público de saúde. Essa era a estratégia do governo britânico até esta segunda, 16:

- Inação: não fazer nada e deixar que o coronavírus ataque toda a população gerando imunidade coletiva.

"O que esse modelo nos diz é que devemos reduzir a curva dos casos, com a certeza de que não vamos zerá-la", disse à BBC Patrick Vallance, assessor de assuntos científicos do governo britânico.

O estudo do centro de pesquisas parte do cenário mais similar ao que a humanidade enfrentou com um vírus sem uma vacina disponível: a pandemia da gripe H1N1 de 1918, a chamada gripe espanhola, quando cerca de 50 milhões de pessoas morreram ao redor do mundo.

Com isso em mente, o modelo implementado pelo Imperial College para realizar sua medição pega algumas variáveis como os dias de incubação do vírus (5,1 dias), a média de pessoas que se contagiaram por dia, as circunstâncias de controle que existiam quando se contagiaram e as taxas de mortalidade e de recuperação.

Também levaram em conta, de acordo com os dados enviados por cada país, as políticas que foram implementadas, como por exemplo: pessoas que foram colocadas em quarentena por apresentar sintomas, pessoas que foram isoladas porque tiveram contato com outra pessoa infectada, distância social das pessoas com mais de 70 anos de idade, distância social de toda a população e o fechamento de escolas e universidades.


Os especialistas aplicaram variáveis de tempo e quantidade de pessoas infectadas a cada um desses aspectos e, sobretudo, como poderiam impactar o sistema de saúde dos dois países, Reino Unido e EUA, levando em conta os leitos disponíveis em cada país.

Resultados
Os resultados deixaram os especialistas desconcertados: se os dois países não tomarem medidas, o modelo mostra que o pico de contágio será alcançado em três meses, infectará cerca de 80% da população e deixará 510 mil mortos no Reino Unido e cerca de 2,2 milhões nos EUA.
Além disso, um sistema de saúde colapsado.

Com a estratégia de mitigação do contágio, além das 250 mil mortes no Reino Unido e 1,2 milhões nos EUA, o problema seria manter esse sistema de saúde para os casos que devem ocorrer a longo prazo.

"Nossa maior conclusão desse modelo é que a estratégia de mitigação — a que o governo britânico estava adotando — não é factível porque supõe respaldar-se em um sistema de saúde que se veria superado em vários números e em sua capacidade de recuperação", diz o documento.

Os dados mostram que a estratégia de supressão, que é a mistura de todas essas políticas, reduziria em "dois terços" a demanda por atenção médica por parte dos serviços de saúde no ponto mais alto da crise e é "a política correta para endereçar a pandemia".

"Os efeitos sociais e econômicos para poder adotar essas medidas serão profundos porque deverão ser financiadas durante um tempo", diz o texto.

Finalmente, indica que muitos países já adotaram essa estratégia para mitigar o impacto na sociedade e que inclusive países como o Reino Unido, onde o coronavírus está em uma etapa incipiente — em comparação com a Itália e a Espanha — devem adotá-la de forma iminente.

Fonte: G1
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Profissionais de saúde alertam para cuidados com coronavírus: 'Nós estamos aqui por você. Fique em casa por nós'

Com a rotina restrita de grande parte da população em tempos de isolamento voluntário e precaução por causa do coronavírus, os profissionais da saúde estão entre aqueles que seguem na intensidade do combate aos males do novo vírus.

Profissionais da unidade de saúde em mensagem nas redes sociais — Foto: PMM/Divulgação
Profissionais da unidade de saúde em mensagem nas redes sociais — Foto: PMM/Divulgação

Em Macapá, os cuidados de médicos, enfermeiros e técnicos, principalmente com a população mais exposta como idosos e doentes crônicos, ultrapassou as portas dos hospitais e dos postos de saúde e foi para a web com recados motivacionais que conquistaram os internautas.

Na Unidade Básica de Saúde Lélio Silva, na Zona Sul, que tem recebido a maior parte das pessoas com os sintomas da Covid-19, causada pelo coronavírus, a foto feita pelos profissionais traz um recado simples: "Nós estamos aqui por você ❤ por favor fique em casa por nós :)"

Postada nas redes sociais da prefeitura da capital, a foto ganhou milhares de curtidas, centenas de compartilhamentos e comentários emocionados, entre eles: "contem comigo", "Deus proteja a cada um", "corajosos", "guerreiros" e "venceremos juntos".

Médicos, técnicos e enfermeiros do pedindo cuidados aos moradores — Foto: Divulgação
Médicos, técnicos e enfermeiros do pedindo cuidados aos moradores — Foto: Divulgação

O alerta com mais carinho também foi adotado pelos funcionários do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) da capital. Com folhas de papel simples, a mesma mensagem foi publicada nas redes sociais e caiu nas graças dos usuários.

O apoio aos trabalhadores da saúde também motivou um "aplauso do bem" convocado pelas redes sociais para a noite de sexta-feira (20). O objetivo é aplaudir das janelas de casa às 20h em homenagem aos funcionários que tratam dos suspeitos e infectados pelo coronavírus.

Campanha na web convoca aplausos para profissionais da saúde — Foto: Divulgação
Campanha na web convoca aplausos para profissionais da saúde — Foto: Divulgação

Incidência no Amapá
Boletim atualizado na tarde desta quinta-feira (19) aponta que o Amapá não tem nenhum caso confirmado de coronavírus, apenas suspeitos, que somam mais de 60. O primeiro registro que aguarda resultado de exame foi divulgado na sexta-feira (13).

fonte: G1
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Ernesto Araújo pede que embaixador da China se retrate por resposta a Eduardo Bolsonaro

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, publicou em uma rede social nesta quinta-feita (19) um texto em que diz que é "inaceitável que o embaixador da China endosse ou compartilhe postagem ofensiva ao chefe de Estado do Brasil e aos seus eleitores, como infelizmente ocorreu ontem à noite".

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, recebeu a imprensa para comentar o acordo do Mercosul com a União Europeia  — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, recebeu a imprensa para comentar o acordo do Mercosul com a União Europeia — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Araújo afirmou que o governo tem "a expectativa de uma retratação por sua repostagem ofensiva ao chefe de Estado".

O texto original da embaixada chinesa não citava Jair Bolsonaro. Era uma resposta a uma publicação do deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente.

"As críticas do deputado Eduardo Bolsonaro à China, feitas também em postagens ontem à noite, não refletem a posição do governo brasileiro.Cabe lembrar, entretanto, que em nenhum momento ele ofendeu o chefe de Estado chinês", afirmou Araújo.
O texto de Eduardo era o seguinte: "Quem assistiu (à série) Chernobyl vai entender o q ocorreu. Substitua a usina nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. +1 vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas q salvaria inúmeras vidas. A culpa é da China e liberdade seria a solução".

A representação diplomática da China no Brasil respondeu da seguinte forma:

"As suas palavras são extremamente irresponsáveis e nos soam familiares. Não deixam de ser uma imitação dos seus queridos amigos. Ao voltar de Miami, contraiu, infelizmente, vírus mental que está infectando a amizade entre os nossos povos", escreveu a Embaixada chinesa.

"Lamentavelmente você é uma pessoa sem visão internacional, nem senso comum, sem conhecer a China, nem o mundo. Aconselhamos que não corra para ser o porta-voz dos EUA no Brasil, sob a pena de tropeçar feio", acrescentou a representação diplomática.

'Desculpas ao povo chinês'
A Embaixada também replicou uma série de mensagens atribuídas ao embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming, contra as palavras de Eduardo Bolsonaro. O diplomata afirmou que exigiu que o deputado "retire imediatamente" as palavras e "peça desculpas ao povo chinês".

"As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal, nem a sua qualidade como uma figura pública especial", escreveu.

"Além disso, vão ferir a relação amistosa China-Brasil. Precisa assumir todas as suas consequências", completou o embaixador.

Para o ministro brasileiro de Relações Exteriores, " a reação do embaixador foi, assim, desproporcional e feriu a boa prática diplomática".
"Já comuniquei ao embaixador da China a insatisfação do governo brasileiro com seu comportamento. Temos expectativa de uma retratação por sua repostagem ofensiva ao chefe de Estado."

Conversas
Araújo diz, na nota publicada em rede social, que vai conversar com o deputado Eduardo Bolsonaro e com o embaixador da China, "procurando promover um reentendimento recíproco".

A venda de produtos brasileiros para a China, Hong Kong e Macau somaram US$ 4,724 bilhões em fevereiro, alta de 20,9% na comparação com o mesmo mês de 2019, informou o Ministério da Economia em 2 de março.

Rodrigo Maia pede desculpas à China
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu desculpas à China na madrugada da quinta-feira pela afirmação do deputado Eduardo Bolsonaro, que responsabilizou o país pela disseminação do coronavírus pelo mundo.

"Em nome da Câmara dos Deputados, peço desculpas à China e ao embaixador @WanmingYang pelas palavras irrefletidas do Deputado Eduardo Bolsonaro", escreveu Maia em uma rede social.

Fonte: G1
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OMS volta atrás e diz que não tem recomendação contra ibuprofeno no tratamento do coronavírus

A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou atrás nesta quinta-feira (19) e retirou a restrição de uso de medicamentos à base de ibuprofeno no tratamento contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A restrição havia sido anunciada na última terça-feira (17).

Ibuprofeno — Foto: Reprodução/TV Globo
Ibuprofeno — Foto: Reprodução/TV Globo

Apesar disso, o Ministério da Saúde segue recomendando que outros medicamentos sejam usados contra a doença. Em uma publicação em uma rede social na manhã desta quinta, a pasta afirmou que, "por precaução", recomenda "a substituição do #ibuprofeno por outros analgésicos." Segundo o ministério, "é fundamental que a substituição de medicamentos seja feita com recomendação de um profissional de saúde." A recomendação também consta em uma nota técnica, de 17 de março.

Segundo a OMS, a organização "está ciente das preocupações sobre o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (isto é, ibuprofeno) para o tratamento da febre em pessoas com Covid-19". No entanto, entidade afirma que "após uma rápida revisão da literatura [pesquisas científicas], a OMS não está ciente dos dados clínicos ou de base populacional publicados sobre esse tópico", afirmou a organização, em nota.

"Não temos conhecimento de relatos de efeitos negativos do ibuprofeno, além dos efeitos colaterais conhecidos usuais que limitam seu uso em determinadas populações", informou a OMS.

Segundo a OMS, a conclusão foi tomada após ouvir médicos que tratam pacientes com Covid-19 e após consultas a pesquisas científicas desenvolvidas até o momento sobre a doença.

A organização reforça que, com base nas informações disponíveis, não há restrições ao uso de Ibuprofeno no tratamento contra a Covid-19.

Ministério da Saúde mantém restrição contra ibuprofeno — Foto: Reprodução/Twitter/@minsaude
Ministério da Saúde mantém restrição contra ibuprofeno — Foto: Reprodução/Twitter/@minsaude

Por que havia restrição contra o ibuprofeno?
Na última terça-feira (17), a OMS informou que o mais recomendado em tratamentos contra a Covid-19 era o uso de medicamentos à base de paracetamol.

A indicação ocorreu após o ministro da Saúde francês alertar, no sábado (14), contra o uso do ibuprofeno, que é encontrado em anti-inflamatórios.

Na semana passada, uma pesquisa científica sugeriu que pacientes com diabetes e hipertensão tratados com ibuprofeno tinham mais riscos de desenvolver quadros severos da doença. Para o infectologista Celso Granato, professor da Unifesp e diretor clínico do grupo Fleury, em São Paulo, a evidência mostrada na pesquisa não era forte o suficiente. "Existem vários outros anti-inflamatórios, antitérmicos - por exemplo, paracetamol - que têm o mesmo efeito e não têm evidência de que têm esse problema", lembrou Granato.

Fonte: G1
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